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Transdução de Sinais

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1.

Conceitue as seguintes formas de sinalização células, exemplificando-as:


a) Endócrina:

A sinalização endócrina é uma sinalização mediada por hormônios. As glândulas endócrinas secretam
substâncias químicas chamadas de hormônios, que são lançados no espaço extracelular, e através do
sistema circulatório, são distribuídos por todo o corpo. Estes hormônios vão atuar em células que
possuem os receptores específicos, chamadas células-alvo, normalmente longe da célula excretora.

A função dos hormônios é exercer uma ação reguladora - indutora ou inibidora - em outros órgãos ou
regiões do corpo. São caracterizados por circularem em baixa concentração; acoplam-se a receptores
de alta especificidade; nunca são segregados a uma velocidade constante e nunca criam uma ação
enzimática nova.

Um exemplo dessa sinalização endócrina é a ação da


Prolactina, que começa através de sua ligação a um receptor
na membrana plasmática. A Prolactina - é um hormônio
secretado pela adenohipófise que estimula a produção de
leite pelas glândulas mamárias e o aumento das mamas. O
aumento de produção da prolactina provoca a
hiperprolactinemia, causando nas mulheres alteração
menstrual e infertilidade. No homem, gera impotência sexual
por prejudicar a produção de testosterona e também o
aumento das mamas – ginecomastia.

Em geral, a sinalização endócrina é extremamente


importante, pois permite a atuação dos hormônios no nosso
corpo; estes trabalham devagar e agem por muito tempo,
regulando o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução e
as funções de muitos tecidos, bem como os processos
metabólicos do organismo.
b) Parácrina:

A sinalização parácrina, caracteriza-se pela comunicação entre células vizinhas onde não é utilizada
a circulação. Os sinais químicos atuam nas proximidades do local onde foram secretados. Normalmente
a molécula secretada por um tipo de célula atua sobre outro tipo de célula; porém na secreção
parácrina, algumas vezes, moléculas sinalizadoras produzidas por um tipo célula age também em
moléculas do mesmo tipo que estão próximas ou até mesmo sobre a própria célula que originou o sinal
químico. Este tipo de secreção que atua sobre o mesmo tipo de célula é chamada de secreção autócrina.

Um exemplo da comunicação parácrina são os estrógenos que são produzidos pelo folículo ovariano
em maturação. Eles podem ser liberados pelo ovário e funcionar como um hormônio ou agir localmente
por via de sinalização parácrina ou autócrina.

c) Neuronal:

Semelhantemente à parácrina, essa comunicação ocorre entre células próximas. A diferença existe no
tipo de ligação, tendo em vista que a comunicação neuronal somente liga uma célula nervosa a outra,
ou a uma célula muscular. O mecanismo básico é a sinapse (neuro-neuronal ou neuro-muscular).
Esta sinalização é caracterizada pela secreção de moléculas chamadas neurotransmissores. Essas
secreções têm lugar nas sinapses – locais onde as células nervosas estabelecem contato umas com as
outras. Os neurotransmissores podem ser liberados também pelos prolongamentos das células nervosas
que fazem contato com células musculares ou com células secretoras.
Um neurotransmissor importante é a
acetilcolina (ACh), o primeiro
neurotransmissor descoberto. Tem um
papel importante no sistema nervoso
central e periférico. Uma vez sintetizada,
parte da ACh é transportada e
armazenada em vesículas sinápticas.
Esse processo é realizado por um
transportador vesicular de Ach (VAChT),
capaz de elevar em até 100 vezes sua
concentração no interior dessas
vesículas. Após ser liberada inteiramente
por exocitose, a ACh interage
especificamente com os receptores
colinérgicos presentes nas membranas
pré- e pós-sinápticas. A ação da
acetilcolina cessa quando é hidrolisada
em acetato e colina pela enzima acetilcolinesterase (AChE), presente na fenda sináptica.

d) Dependente de contato:

2. Dê um exemplo da ação pleiotrópica de moléculas sinalizadoras.

3. Dê exemplos de receptores de superfície e intracelulares e cite características de cada um


deles.

4. Cite as três classes de receptores de superfície, descrevendo suas formas de ação na


sinalização.

1) Canais de íons: a ligação do ligante provoca uma mudança de conformação no receptor que
permite a passagem de determinados íons.
2) Receptores acoplados à proteína G:

5. Esquematize e descreva o processo de ativação da proteína G.

Os mais freqüentes receptores catalíticos de sinais hidrofílicos na superfície celular são os receptores
ligados a proteína da membrana, chamada proteína G. Essa proteína é um interruptor que é ligado por
GTP e desligado quando esse nucleotídeo é desfosforilado e transformado em GDP.

Os receptores ligados às proteínas G são moléculas protéicas complexas, com sete passagens pela
membrana. A captação de um sinal químico pelo segmento extracelular ativa o receptor que atua sobre
a proteína G, e esta, através de uma cadeia de reações, gera cAMP ou Ca2+, que vão ativar cinases
protéicas. As cinases, ativadas por essa via, vão adicionar grupamentos fosfato à serina ou à treonina de
certas proteínas, que são alvos do sinal captado pelo receptor. Trata-se de uma via muito importante
para o funcionamento das células eucariontes, e já foram identificadas numerosas cinases protéicas,
influenciadas pelos receptores ligados às proteínas G.

As moléculas da proteína G são compostas por três subunidades: alfa (α), beta (β) e gama (γ). A
unidade α possui um sítio de ligação com o GTP ou GDP; e é a parte da molécula que ativa a próxima
molécula da cadeia. As subunidades β e γ permanecem sempre unidas. Quando um ligante ativa o
receptor acoplado à proteína G, ele induz uma mudança no formato do receptor que permite que o
funcionar como um fator de troca do nucleotídeo guanina, colocando GTP no local do GDP que está na
subunidade Gα. Isso desencadeia a dissociação da subunidade Gα (que está ligada ao GTP) do dímero
Gβγ e do receptor. Ambas, Gα-GTP e Gβγ, podem então ativar diferentes cascatas de sinalização e
proteínas efetoras. A molécula de GTP ligada é finalmente hidrolisada pela subunidade Gα (que possui
atividade enzimática de uma cinase), tornando-se novamente GDP, o que permite que a subunidade Gα
se recombine com o dímero Gβγ, iniciando um novo ciclo.

6. Esquematize e explique a via do cAMP e fosofolipases, quando a proteína G é ativada.

7. Esquematize e explique a via de sinalização envolvendo receptores com atividade de


quinase.

Uma conseqüência comum da ligação de um ligante ao seu receptor é a ativação intracelular de


proteínas quinases, resultando na fosforilação da mesma e de outras proteínas intracelulares (em
resíduos de serina, treonina ou tirosina).

Quinases são enzimas que catalisam uma reação bem específica: a fosforilação de proteínas. Uma das
moléculas que navegam livremente nas células dos seres vivos é a ATP. A fosforilação é a reação de
transferência de um grupo fosfato do ATP, que vira ADP. Nas proteínas, a fosforilação costuma
acontecer nos aminoácidos Serina, Treonina e Tirosina, justamente pelo fato dos três possuírem o
radical OH em suas cadeias laterais (o radical hidroxi é ideal para a reação de hidrólise que se dá no
ATP, para soltar o fosfato). A fosforilação desses aminoácidos muda radicalmente sua natureza química
e isso provoca alterações conformacionais da enzima que reduzem drasticamente a capacidade da
enzima de exercer sua função original. Felizmente, a defosforilação também é uma reação relativamente
simples. Então a fosforilação funciona como um interruptor para a atividade enzimática e as quinases
são os responsáveis por ligar e desligar este interruptor. Assim, não é sempre necessário degradar
proteínas e transcrever/traduzir proteínas novas toda vez que a célula quer alterar seu metabolismo;
basta ativar ou desativar as proteínas de acordo com a necessidade.

8. Faça um desenho final integrando as vias de sinalização celular.


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832010000200007
http://www.uff.br/WebQuest/pdf/comunicacao.htm
http://www.sbimunologia.com.br/sbinarede/SBInarede52/linfocitos.htm

Biologia Celular e Molecular, Luis C. Junqueira e José Carneiro

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