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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos gerais
5 Requisitos específicos
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis na fabricação dos cabos telefônicos com condutores estanhados, isolados
com termoplástico e com núcleo protegido por capa APL. Estes cabos são indicados para a fabricação de cotos de
transição, para uso em armários de distribuição, em caixas terminais e em entradas de edifícios.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5368:1997 - Fios de cobre mole estanhados para fins elétricos - Especificação
NBR 6810:1981 - Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura em componentes metálicos - Método de ensaio
NBR 6811:1981 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de aderência e continuidade em fios de cobre estanhados - Método de
ensaio
2 NBR 10488:2001
NBR 6814:1986 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica - Método de ensaio
NBR 7301:1982 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de soldabilidade - Método de ensaio
NBR 7310:1982 - Transporte, armazenamento e utilização de bobinas de condutores elétricos em madeira -
Procedimento
NBR 9128:1994 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de capacitância mútua - Método de ensaio
NBR 9129:1994 - Cabos ópticos e telefônicos - Verificação da continuidade elétrica da blindagem - Método de ensaio
NBR 9130:1994 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de desequilíbrio resistivo - Método de ensaio
NBR 9131:1998 - Cabos telefônicos - Ensaio de diafonia - Método de ensaio
NBR 9133:1999 - Cabos telefônicos - Ensaio de atenuação de sinal de transmissão - Método de ensaio
NBR 9134:1998 - Cabos ópticos e telefônicos - Ensaio de aderência da fita APL - Método de ensaio
NBR 9135:1994 - Cabos telefônicos - Ensaio de dobramento do cabo - Método de ensaio
NBR 9137:1998 - Cabos ópticos e telefônicos - Ensaio de pressurização - Método de ensaio
NBR 9138:1998 - Cabos telefônicos - Ensaio de desequilíbrio capacitivo - Método de ensaio
NBR 9140:1998 - Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de comparação de cores - Método de ensaio
NBR 9141:1998 - Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de tração e alongamento à ruptura - Método de
ensaio
NBR 9142:1999 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de resistência à fissuração - Método de ensaio
NBR 9143:1999 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de contração - Método de ensaio
NBR 9144:1999 - Fios e cabos telefônicos - Verificação da continuidade e contato elétrico - Método de ensaio
NBR 9145:1991 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de resistência de isolamento - Método de ensaio
NBR 9146:1994 - Cabos ópticos, fios e cabos telefônicos - Ensaio de tensão elétrica aplicada - Método de ensaio
NBR 9154:1999 - Amostragem e inspeção em fábrica de fios e cabos telefônicos - Procedimento
NBR 11137:2000 - Carretéis de madeira para acondicionamento de fios e cabos elétricos - Dimensões e estruturas
NBR 13977:1997 - Cabos ópticos - Determinação do tempo de indução oxidativa (OIT) - Método de ensaio
NBR NM-IEC 60811-1-1:2001 - Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos
elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação geral - Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas -
Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas
ASTM D 3349:1993 - Test for absorption coefficient of carbon black pigmented ethylene plastic film
Munsell Book of Color
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 cabo telefônico CTP-APL-SN: Conjunto constituído por condutores de cobre eletrolítico estanhado, maciço, com
isolação termoplástica, reunidos no mínimo em 10 pares e com núcleo protegido por uma capa APL.
3.2 capa APL: Conjunto constituído por uma fita lisa de alumínio revestida em ambas as faces com filme termoplástico,
aplicada longitudinalmente sobre o núcleo do cabo, e uma camada externa de material termoplástico extrudada sobre a
fita.
4 Requisitos gerais
Na fabricação dos cabos telefônicos CTP-APL-SN, devem ser observados processos de modo que os cabos prontos
satisfaçam os requisitos técnicos fixados por esta Norma.
4.1 Designação dos cabos
Os cabos telefônicos especificados por esta Norma são designados pelo seguinte código:
CTP - APL - SN - Y - Z
onde:
CTP é o cabo telefônico com isolação termoplástica, conforme a tabela 1;
APL é a capa APL;
SN representa os condutores estanhados;
X é o número centesimal do diâmetro nominal do condutor, conforme a tabela 1;
Y é o número de pares nominais, conforme a tabela 1.
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Diâmetro Número
nominal centesimal do
Designação Número de pares nominais
do diâmetro do
condutor condutor
mm X Y
0,50 CTP-APL-SN 50 10 20 30 50 75 100 150 200 300 400 600
4.2 Condutor
4.2.1 Cada condutor deve ser constituído por um fio de cobre eletrolítico maciço, estanhado, com diâmetro nominal de
0,50 mm, sendo seu diâmetro mínimo limitado pela resistência elétrica máxima.
4.2.2 Os condutores utilizados na fabricação dos cabos devem estar conforme a NBR 5368.
4.2.3 A superfície do condutor não deve apresentar aspereza, fissuras, escamas, rebarbas, estrias ou inclusões.
4.2.4 O condutor pode ter emendas efetuadas por solda a frio ou a quente, desde que as características elétricas e
mecânicas satisfaçam os requisitos desta Norma.
4.3 Isolação
4.3.1 A isolação de cada condutor deve ser constituída de material termoplástico, aplicada de forma a satisfazer os
requisitos desta Norma.
4.3.2 A camada de material isolante aplicada sobre cada condutor deve ser contínua, uniforme e homogênea ao longo de
todo o comprimento do condutor.
4.3.3 A isolação deve estar justaposta sobre o condutor, porém removível e não aderente a ele.
4.3.4 A isolação de cada condutor deve ser externamente de uma única cor, quando verificada conforme a NBR 9140, com
tonalidade, luminosidade e saturação conforme o Padrão Munsell apresentado na tabela 2.
4.3.5 Para as cores neutras (branca, cinza e preta), os limites de luminosidade e saturação devem ser conforme o Padrão
Munsell apresentado na tabela 3, quando verificados conforme a NBR 9140.
Tabela 3 - Cores neutras da isolação
Luminosidade
Cor Saturação
Mínima Máxima
Branca N8,75 N9,4 5R/1; 5YR/1; 5Y/1; 5G/0,5; 5B/0,5 e 5P/0,5
Cinza N4,5 N5,5 5R/0,5; 5Y/0,5; 5G/0,5; 5B/0,5 e 5P/0,5
Preta N1,5 N2,3 5R/0,5; 5Y/0,5; 5G/0,5; 5B/0,5 e 5P/0,5
4.3.6 Todos os condutores de um mesmo comprimento de cabo devem ser isolados com o mesmo tipo de material, sendo
sua escolha de inteira responsabilidade do fabricante.
4.3.7 O nível permissível de falhas na isolação do condutor não deve exceder, em média, uma falha a cada 12 km de
condutor isolado.
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4.3.8 São permitidos reparos na isolação dos condutores durante o processo de fabricação, usando-se o mesmo material
da isolação com aplicação a quente ou outro método equivalente. As características da isolação reparada devem satisfazer
os requisitos desta Norma.
4.4.1 Depois de isolados, os condutores devem ser torcidos dois a dois, formando pares, com passos e sentidos esco-
lhidos pelo fabricante, de modo que o cabo pronto satisfaça os requisitos desta Norma.
4.4.2 Os passos de torcimento dos pares não devem exceder 150 mm.
4.4.3 Não deve ocorrer a perda de identificação dos pares quando da abertura de 1 m de cabo.
Par Cores
Número Código de cor Veia A Veia B
1 B - Az Branca Azul
2 B-L Branca Laranja
3 B-V Branca Verde
4 B-M Branca Marrom
5 B-C Branca Cinza
6 E - Az Encarnada Azul
7 E-L Encarnada Laranja
8 E-V Encarnada Verde
9 E-M Encarnada Marrom
10 E-C Encarnada Cinza
11 P - Az Preta Azul
12 P-L Preta Laranja
13 P-V Preta Verde
14 P-M Preta Marrom
15 P-C Preta Cinza
16 Am - Az Amarela Azul
17 Am - L Amarela Laranja
18 Am - V Amarela Verde
19 Am - M Amarela Marrom
20 Am - C Amarela Cinza
21 Vt - Az Violeta Azul
22 Vt - L Violeta Laranja
23 Vt - V Violeta Verde
24 Vt - M Violeta Marrom
25 Vt - C Violeta Cinza
4.6.1 Os pares devem ser encordoados e reunidos nas formações previstas por esta Norma, formando o núcleo do cabo.
4.6.2 Os cabos com 10 e 20 pares devem ser de formação concêntrica, podendo ter seus pares dispostos de maneira
aleatória e com passos escolhidos de modo a satisfazer os requisitos técnicos fixados por esta Norma. A disposição dos
pares nas coroas deve ser conforme a figura 1 e o código de cores, a partir do centro para a periferia, conforme a tabela 5.
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4.6.3 Os cabos com 30 pares devem ser de formação concêntrica, com todas as coroas encordoadas no mesmo sentido,
com passos escolhidos de modo a satisfazer os requisitos técnicos fixados por esta Norma. A disposição dos pares nas
coroas deve ser conforme a figura 1 e o código de cores, a partir do centro para a periferia, conforme a tabela 5. Os cabos
com 30 pares devem ter a primeira coroa separada da coroa externa através de fios ou fitas de material dielétrico não-
higroscópico, enrolados em hélice aberta. A cor dos fios ou fitas de amarração deve ser branca.
4.6.4 Os cabos de 50 pares devem ser constituídos por quatro subgrupos, sendo dois de 12 pares e dois de 13 pares,
conforme indicado na figura 2. Cada subgrupo individual deve ser de construção concêntrica com as coroas encordoadas
no mesmo sentido, podendo ter seus pares dispostos de maneira aleatória, com passos escolhidos de modo a satisfazer
os requisitos técnicos fixados por esta Norma. A disposição dos pares nos subgrupos deve obedecer ao código de cores, a
partir do centro para a periferia, de acordo com a tabela 6.
4.6.5 Os cabos com mais de 50 pares devem ser de formação múltipla, constituídos por grupos de 25 pares. Cada grupo
individual deve ser de construção concêntrica, com as coroas encordoadas no mesmo sentido, podendo ter seus pares
dispostos da maneira aleatória, com passos escolhidos de modo a satisfazer os requisitos técnicos fixados por esta Norma.
A disposição dos pares nas coroas deve obedecer à figura 3 e ao código de cores, a partir do centro para a periferia, de
acordo com a tabela 7.
Tabela 6 - Formação do cabo de 50 pares
4.6.6 Cada subgrupo ou grupo deve ser amarrado individualmente por meio de fios ou fitas de material dielétrico não-
higroscópico, enrolados juntos em uma só hélice ou separadamente em duas hélices, uma de cada cor, ou alternativa-
mente uma fita bicolor.
4.6.7 Os materiais dos fios ou fitas utilizados nas amarrações dos subgrupos e grupos, bem como os passos aplicados,
devem ser tais que garantam a identificação dos conjuntos formados, quando abertos em 1 m da ponta do cabo.
4.6.8 As cores dos fios ou fitas de amarração dos subgrupos de 12 e 13 pares, na formação do núcleo de 50 pares, devem
ser conforme a tabela 8.
4.6.9 As cores dos fios ou fitas de amarração dos grupos de 25 pares, para a formação dos cabos com mais de 50 pares
até 600 pares, devem ser conforme a tabela 9.
4.6.10 Os subgrupos e grupos devem ser torcidos juntos, concentricamente, com passos e sentidos de encordoamento
apropriados, de modo a satisfazer os requisitos desta Norma, formando um núcleo cilíndrico, sendo permitido que as
coroas de grupos sejam separadas por meio de fios ou fitas de material dielétrico não-higroscópico. São permitidos
eventuais enchimentos de material termoplástico compatível com a isolação, a fim de formar um núcleo cilíndrico.
4.6.11 A disposição dos subgrupos e grupos nos diferentes cabos é mostrada na figura 4.
Seqüência dos
Número do grupo Cores da amarração do grupo Código de cores
pares nos grupos
1 Branca - Azul B - Az 1 a 25
2 Branca - Laranja B-L 26 a 50
3 Branca - Verde B-V 51 a 75
4 Branca - Marrom B-M 76 a 100
5 Branca - Cinza B-C 101 a 125
6 Encarnada - Azul E - Az 126 a 150
7 Encarnada - Laranja E-L 151 a 175
8 Encarnada - Verde E-V 176 a 200
9 Encarnada - Marrom E-M 201 a 225
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Tabela 9 (conclusão)
Seqüência dos
Número do grupo Cores da amarração do grupo Código de cores
pares nos grupos
10 Encarnada - Cinza E-C 226 a 250
11 Preta - Azul P - Az 251 a 275
12 Preta - Laranja P-L 276 a 300
13 Preta - Verde P-V 301 a 325
14 Preta - Marrom P-M 326 a 350
15 Preta - Cinza P-C 351 a 375
16 Amarela - Azul Am - Az 376 a 400
17 Amarela - Laranja Am - L 401 a 425
18 Amarela - Verde Am - V 426 a 450
19 Amarela - Marrom Am - M 451 a 475
20 Amarela - Cinza Am - C 476 a 500
21 Violeta - Azul Vt - Az 501 a 525
22 Violeta - Laranja Vt - L 526 a 550
23 Violeta - Verde Vt - V 551 a 575
24 Violeta - Marrom Vt - M 576 a 600
4.7 Pares-piloto
4.7.1 Quando especificado pelo comprador, os cabos CTP-APL-SN podem incorporar pares adicionais denominados
“piloto”, identificados pelas cores branca (veia A) e preta (veia B).
4.7.2 Os pares-piloto devem possuir condutores com mesmo diâmetro dos demais condutores do cabo e atender aos
requisitos desta Norma.
4.7.3 A quantidade de pares-piloto em cada cabo é igual a um par para cada 100 pares nominais. Os cabos com menos
que 100 pares nominais devem possuir um par-piloto conforme a tabela 10.
4.7.4 Nos cabos de formação concêntrica, o par-piloto deve estar posicionado na coroa externa, conforme a figura 1.
4.7.5 Nos cabos com mais de 30 pares, os pares-piloto devem estar na coroa externa do subgrupo ou grupo que o inclui,
conforme a figura 4.
4.8.1 Os cabos CTP-APL-SN, preferencialmente, não devem possuir pares extras, porém, no caso do fabricante considerá-
los necessários, eles poderão ser colocados nos cabos de 600 pares nominais, para substituição de eventuais pares
defeituosos (ver 4.9), a fim de complementar a quantidade nominal de pares exigida. O número de pares extras deve ser
conforme definido na tabela 10.
Tabela 10 - Pares-piloto e pares extras
4.8.2 Em todos os casos, a quantidade de pares úteis deve ser no mínimo a quantidade de pares nominais do cabo, sem
considerar os eventuais pares-piloto.
4.8.3 A identificação dos pares extras deve ser conforme apresentado na tabela 11.
4.8.4 Os pares extras podem ser colocados nos interstícios dos grupos da coroa externa. Todos os pares extras podem,
alternativamente, estar reunidos agrupadamente e amarrados helicoidalmente com fios ou fitas de material dielétrico e não-
higroscópico, na cor verde.
4.8.5 Os pares extras devem possuir condutores com o mesmo diâmetro dos demais condutores do cabo e atender aos
requisitos desta Norma.
4.9.1 Considera-se par defeituoso todo aquele que apresentar características em desacordo com esta Norma.
4.9.2 Não devem ser admitidos condutores em contato elétrico com a fita metálica da capa APL, nem eventuais pares-
piloto com defeito.
NBR 10488:2001 9
4.9.3 Os pares defeituosos devem ser identificados por meio de uma etiqueta neles fixada em cada extremidade do cabo,
de tal maneira que não se deteriorem nem se separem dos mesmos. A codificação visível a ser utilizada nas etiquetas,
para identificação do tipo de defeito, deve ser:
- A: par com veia(s) interrompida(s) (aberto);
- C: par em curto-circuito;
4.9.4 Os cabos que apresentarem pares defeituosos devem ter suas extremidades pintadas com tinta indelével, na cor
amarela.
4.9.5 As posições dos pares defeituosos devem ser discriminadas no certificado de conformidade que acompanha cada
lance de cabo.
4.9.6 Nos cabos com 600 pares, é tolerado um par defeituoso por grupo de 25 pares, limitado ao número de pares extras
do cabo.
4.10 Enfaixamento
4.10.1 O núcleo do cabo deve ser envolvido por uma ou mais fitas de material não-higroscópico, aplicadas com sobre-
posição.
4.10.2 O enfaixamento deve fornecer proteção térmica adequada, de modo a evitar danos à isolação dos condutores ou
adesão entre eles por transferência de calor durante a aplicação da capa APL.
4.11.1 Sobre o núcleo do cabo enfaixado, deve ser aplicada longitudinalmente, com sobreposição, uma fita de alumínio
revestida com termoplástico em ambas as faces (fita APL), de modo a atender aos requisitos desta Norma.
4.11.2 A espessura do alumínio na fita APL deve ser de 0,15 mm ± 0,02 mm. Fitas de espessuras maiores podem ser
utilizadas.
4.11.3 A espessura mínima do filme termoplástico de cada face da fita APL deve ser de 0,03 mm.
4.11.4 Ao longo do comprimento do cabo deve haver aderência na sobreposição da fita APL, de forma a atender aos
requisitos desta Norma.
4.11.5 Sobre a fita APL deve ser aplicado, por extrusão, um revestimento de material termoplástico na cor preta, contendo
aditivos adequados, de forma a atender aos requisitos desta Norma e garantir o bom desempenho do produto ao longo de
sua vida útil.
4.11.6 O revestimento de material termoplástico deve ser aplicado sobre a fita APL de maneira tal que ambos fiquem
perfeitamente ligados, formando um conjunto estanque à passagem de água ou vapor d’água, constituindo a capa APL.
4.11.7 O revestimento deve ser contínuo, homogêneo, de aspecto uniforme e isento de furos ou outras imperfeições.
4.11.8 São permitidos reparos no revestimento, usando-se o mesmo material, aplicado adequadamente. As características
do revestimento reparado devem satisfazer os requisitos desta Norma.
4.11.9 O revestimento externo deve suportar, sem ruptura, a tensão alternada com valor eficaz de 12 000 V ou a tensão
contínua de 16 800 V entre a fita APL e a superfície externa, aplicada continuamente, utilizando um spark test adequado
com indicação de falhas. Alternativamente, o cabo pode ser imerso em água com aplicação de tensão contínua de 5 000 V
entre a fita APL e a água, durante 5 min.
4.12.1 Os cabos com até 200 pares, inclusive, devem possuir sob a capa APL um ou mais cordões de rasgamento que
possibilitem a abertura manual da capa APL. O cordão de rasgamento deve ser dielétrico, não-higroscópico e contínuo em
todo comprimento do cabo.
4.12.2 O cordão de rasgamento deve permitir, sem o seu rompimento, a abertura de pelo menos 1 m da capa APL.
4.13 Identificação
4.13.1 Sob ou entre as fitas de enfaixamento do núcleo, ou entre este e a capa APL, deve ser colocada, ao longo do eixo
do cabo, uma fita de material dielétrico não-higroscópico contendo impressos, em intervalos não superiores a 0,5 m, o
nome do fabricante e o ano de fabricação.
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4.13.2 Sobre o revestimento externo, em intervalos de 1 m, ao longo do eixo do cabo, devem ser gravados o nome do
fabricante, a designação e a capacidade nominal do cabo, a identificação do lote, o ano de fabricação e, para cabos com
mais de 100 pares, uma seta indicando a extremidade do cabo com os grupos posicionados no sentido horário.
Quando especificado pelo comprador, podem ser gravadas informações adicionais.
4.14 Marcação seqüencial
4.14.1 A marcação métrica seqüencial deve ser feita em intervalos de 1 m, ao longo do revestimento externo do cabo, com
algarismos de altura, forma, espaçamento e método de gravação ou impressão tais que se obtenha legibilidade perfeita e
permanente. Uma marcação ilegível ocasional é permitida, se houver uma marcação legível localizada a não mais que 2 m
daquela. A marcação seqüencial do comprimento do cabo deve ser visível em ambas as extremidades do cabo.
4.14.2 Na medição da marcação do comprimento ao longo do eixo do cabo, é tolerada uma variação para menos de até
0,5%, não havendo restrição de tolerância para mais.
4.14.3 A marcação inicial deve ser feita na cor branca ou incolor. Se esta marcação não satisfizer os requisitos anteriores,
é permitida uma única remarcação na cor amarela e não sobreposta à primeira.
As características dimensionais dos cabos telefônicos CTP-APL-SN devem ser conforme a tabela 12.
4.17.1 Cada lance de cabo deve ser fornecido acondicionado em um carretel de madeira ou aço, com diâmetro mínimo do
tambor de 18 vezes o diâmetro do cabo. A largura total do carretel não deve exceder 1,5 m e a altura total não deve ser
superior a 2,7 m.
4.17.2 Um dos discos laterais (flange) do carretel deve ser provido de uma espiral (lesma) para acesso à ponta interna.
4.17.3 Os carretéis devem conter um número de voltas tais que entre a camada superior e as bordas dos discos laterais
exista um espaço livre mínimo de 6 cm.
4.17.4 Os carretéis devem ter no centro dos discos um furo com diâmetro de 87,5 mm ± 7,5 mm, para colocação do eixo.
4.17.5 Os carretéis de madeira utilizados devem estar de acordo com a NBR 11137.
4.17.6 As extremidades do cabo devem ser facilmente acessíveis para os ensaios, sem a necessidade de desenrolá-lo.
Devem ser devidamente presas à estrutura do carretel, de modo a não permitir que o cabo se solte ou se desenrole
durante o transporte.
4.17.7 Após efetuados todos os ensaios exigidos para o cabo, as extremidades do lance devem ser fechadas, a fim de
prevenir contra a entrada de umidade.
4.17.8 Todos os lances de cabo CTP-APL-SN com capacidade igual ou superior a 200 pares devem ser fornecidos com
uma pressão estabilizada entre 49 kPa e 98 kPa, quando medida conforme a NBR 9137.
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4.17.9 Cada lance do cabo deve ter um comprimento nominal conforme apresentado na tabela 12, com tolerância de ± 5%.
Lances com comprimento específico e suas tolerâncias devem ser objeto de acordo entre comprador e fornecedor.
4.17.10 Cada bobina deve conter, de forma legível, indelével e acessível, as seguintes informações:
a) nome do comprador;
b) nome do fabricante;
c) número da bobina;
d) designação do cabo;
e) comprimento real do cabo na bobina, em metros;
f) massa bruta e massa líquida, em quilogramas;
g) uma seta ou indicação apropriada, para indicar o sentido em que a bobina deve ser desenrolada;
h) identificação de remarcação, quando aplicável.
4.17.11 O transporte, o armazenamento e a utilização das bobinas de cabo telefônico CTP-APL-SN devem ser feitos
conforme a NBR 7310.
5 Requisitos específicos
Os cabos telefônicos CTP-APL-SN devem possuir características que satisfaçam os requisitos desta Norma.
5.1 Requisitos elétricos
5.1.1 Resistência elétrica dos condutores
A resistência elétrica de cada condutor, em corrente contínua e a 20°C, medida conforme a NBR 6814, deve estar de
acordo com o indicado na tabela 13.
5.1.3.2 Para os cabos telefônicos CTP-APL-SN acima de 20 pares, a média dos valores de capacitância mútua, de todos
os pares medidos conforme a NBR 9128, deve ser de 51 nF/km ± 3 nF/km e o desvio médio quadrático, calculado
conforme a equação a seguir, não deve ser superior a 2,5%:
∑ (xi − x )2
σ(% ) = n −1 × 100
x
onde:
σ é o desvio médio quadrático, em porcentagem;
xi é o valor individual;
n é o tamanho da amostra.
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O desequilíbrio capacitivo par-par e par-terra, de todos os pares medidos conforme a NBR 9138, deve estar de acordo com
a tabela 15.
mm Freqüência
150 kHz 1 024 kHz
0,50 9,3 23,5
Resíduo de telediafonia
Freqüência
dB/km
kHz
Média quadrática mínima Mínimo individual
150 68 58
1024 52 35
A resistência de isolamento de cada condutor deve ser de no mínimo 15 000 MΩ.km, conforme a NBR 9145.
5.1.9.1 O isolamento entre condutores deve suportar, por 3 s, sem ruptura, um potencial em corrente contínua de valor
igual a 3 000 V, quando ensaiado conforme a NBR 9146.
5.1.9.2 O isolamento entre o conjunto dos pares e a blindagem ligada à terra deve suportar, por 3 s, sem ruptura, um
potencial em corrente contínua de valor igual a 10 000 V, quando ensaiado conforme a NBR 9146.
A fita APL, quando submetida ao ensaio conforme a NBR 9129, deve apresentar continuidade elétrica ao longo de todo o
comprimento do cabo.
As verificações da continuidade elétrica dos condutores e do contato elétrico entre os condutores devem ser realizadas
conforme NBR 9144.
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O alongamento dos condutores na ruptura, deve ser de no mínimo 10%, conforme NBR 6810.
O material da isolação dos condutores deve apresentar características de acordo com o indicado na tabela 18, quando
ensaiado conforme as NBR 9141 e NBR 9143.
Propriedades Requisitos
Alongamento à ruptura mínimo (%) 300
Contração máxima (mm) 10
A força mínima de separação entre o revestimento externo e a fita APL, determinada conforme a NBR 9134, deve ser de
20 N/25 mm.
5.2.4 Dobramento
O cabo pronto, quando submetido ao ensaio de dobramento conforme a NBR 9135, sobre um mandril com diâmetro não
superior a 15 vezes o diâmetro externo do cabo, não deve apresentar fissuras ou deslocamento da fita APL em relação ao
revestimento externo ou na sobreposição.
O material do revestimento externo deve apresentar características de acordo com o indicado na tabela 19, quando
ensaiado conforme a NBR 9141 e a NBR 9143.
Propriedades Requisitos
Resistência à tração mínima (MPa) 12
Alongamento à ruptura mínimo (%) 400
Contração máxima (%) 5
O material do revestimento externo não deve apresentar falha em 10 amostras, quando submetido ao ensaio de resistência
à fissuração conforme a NBR 9142, durante 48 h.
Quando exposto à radiação ultravioleta, o material do revestimento externo deve apresentar um coeficiente de absorção
mínimo de 4 000 absorções/cm, medido conforme a ASTM D 3349.
Os condutores, após o isolamento, devem ser submetidos ao ensaio de aderência e continuidade da camada de estanho e
não devem apresentar pontos negros, conforme NBR 6811.
Os condutores devem ser submetidos ao ensaio de soldabilidade conforme a NBR 7301 e examinados quanto à qualidade
da estanhagem, que deve ser verificada pelo livre escoamento da solda no condutor.
Uma amostra de 30 cm do cabo deve ser submetida a 70°C durante 14 dias em uma estufa com circulação de ar. Após o
condicionamento, retirar os fios do interior do cabo, escolher 10 deles, distribuídos em todas as cores disponíveis, e extrair
a isolação dos condutores, desprezando 5 cm de cada lado. Medir o tempo de oxidação induzida das 10 isolações e do
revestimento externo a 200,0°C ± 0,5°C, conforme a NBR 13977. O valor mínimo do tempo de oxidação induzida para a
isolação e o revestimento externo deve ser de 20 min.
14 NBR 10488:2001
A espessura da capa APL, medida conforme a NBR NM-IEC 60811-1-1, deve estar de acordo com o apresentado na
tabela 12.
O diâmetro externo dos cabos telefônicos, conforme a NBR NM-IEC 60811-1-1, deve estar de acordo com o apresentado
na tabela 12.
5.5.3 Ovalização
A ovalização dos cabos CTP-APL-SN, com capacidade igual ou superior a 200 pares, deve ser no máximo de 15%.
A ovalização deve ser calculada de acordo com a seguinte equação:
D −d
O (%) = ×100
d
onde:
O é a ovalização, em porcentagem;
A sobreposição da fita APL, medida conforme a NBR-NM-IEC 60811-1-1, deve ser de no mínimo 3 mm, para os cabos com
diâmetro de núcleo inferior ou igual a 16 mm, e de no mínimo 6 mm, para cabos com diâmetro de núcleo superior a 16 mm.
Na sobreposição da fita APL, medida conforme a NBR NBR-NM-IEC 60811-1-1, deve haver aderência de pelo menos
1,2 mm, para os cabos com diâmetro de núcleo inferior ou igual a 16 mm, e de pelo menos 2,4 mm, para cabos com
diâmetro de núcleo superior a 16 mm.
6 Inspeção
6.1 O fabricante deve fornecer todas as facilidades e meios para realização dos ensaios exigidos nesta Norma, quer para
os cabos prontos, quer durante o processo de fabricação, no que diz respeito aos materiais utilizados no cabo.
6.2 Todos os ensaios e verificações previstos nesta Norma estão discriminados e classificados na tabela 20, de acordo
com os respectivos métodos de ensaio e tipos de inspeção conforme a NBR 9154.
7 Aceitação e rejeição
7.1 Sobre todas as bobinas devem ser aplicados os critérios de aceitação conforme a NBR 9154.
7.2 Na inspeção visual, as unidades do lote devem atender às condições estabelecidas em 4.17, exceto 4.7.10 e 4.17.11.
NBR 10488:2001 15
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