Prova Adp
Prova Adp
Prova Adp
ASSINATURA DO CANDIDATO
No do Documento
0000000000000000
Conhecimentos Gerais
P R O VA Conhecimentos Específicos
Discursiva-Redação
INSTRUÇÕES
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 70 questões, numeradas de 1 a 70.
- contém a proposta e o espaço para o rascunho da Prova Discursiva-Redação.
Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMA resposta certa.
- Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.
VOCÊ DEVE
- Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS, conforme o exemplo: A C D E
- Ler o que se pede na Prova Discursiva-Redação e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho.
ATENÇÃO
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitido o
uso de lápis, lapiseira, marca-texto, borracha ou líquido corretor de texto durante a realização da prova.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer espécie de consulta.
- Em hipótese alguma o rascunho da Prova Discursiva-Redação será corrigido.
- Você deverá transcrever sua Prova Discursiva-Redação, a tinta, na folha apropriada.
- A duração da prova é de 4 horas e 30 minutos, para responder a todas as questões objetivas, preencher a Folha de
Respostas e fazer a Prova Discursiva-Redação (rascunho e transcrição).
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Em defesa da dúvida
Numa época em que tantos parecem ter tanta certeza sobre tudo, vale a pena pensar no prestígio que a dúvida já teve. Nos
diálogos de Platão, seu amigo Sócrates pulveriza a certeza absoluta de seus contendores abalando-a por meio de sucessivas
perguntas, que os acabam convencendo da fragilidade de suas convicções. Séculos mais tarde, o filósofo Descartes ponderou que o
maior estímulo para se instituir um método de conhecimento é considerar a presença desafiadora da dúvida, como um primeiro passo.
Lendo os jornais e revistas de hoje, assistindo na TV a entrevistas de personalidades, o que não falta são especialistas
infalíveis em todos os assuntos, na política, na ciência, na economia, nas artes. Todos têm receitas imediatas e seguras para a
solução de todos os problemas. A hesitação, a dúvida, o tempo para reflexão são interpretados como incompetência, passividade,
absenteísmo. É como se a velocidade tecnológica, que dá o ritmo aos nossos novos hábitos, também ditasse a urgência de
constituirmos nossas certezas.
A dúvida corresponde ao nosso direito de suspender a verdade ilusória das aparências e buscar a verdade funda daquilo que
não aparece. Julgar um fato pelo que dele diz um jornal, avaliar um problema pelo ângulo estrito dos que nele estão envolvidos é
submeter-se à força de valores já estabelecidos, que deixamos de investigar. A dúvida supõe a necessidade que tem a consciência de
se afastar dos julgamentos já produzidos, permitindo-se, assim, o tempo necessário para o exame mais detido da matéria a ser
analisada. A dúvida pode ser o primeiro passo para o caminho das afirmações que acabam sendo as mais seguras, porque mais
refletidas e devidamente questionadas.
(Cássio da Silveira, inédito)
(A) constitui o meio pelo qual se empreende uma contestação ilusória de verdades dadas como irrefutáveis.
(B) vale-se astutamente de sua fragilidade como método para poder impor algumas verdades definitivas.
(C) permite abrir um caminho para o conhecimento ao questionar verdades dadas como absolutas.
(D) contribui para a valorização de verdades pré-estabelecidas por métodos seguros de conhecimento.
(E) implica a tentativa de se chegar a um tipo de conhecimento cuja validade dispensa qualquer comprovação.
2. Diferentemente da maneira pela qual Sócrates e Descartes qualificavam a dúvida, o texto nos lembra que há
(A) quem pulverize a certeza inabalável com que alguns afirmam seus pontos de vista, juízos e convicções.
(B) aqueles que já de saída se apresentam como especialistas infalíveis em temas da política, da ciência, das artes.
(C) aquele que se dispõe a se pronunciar sobre algum assunto depois de ter aberto várias hipóteses de abordagem.
(D) quem sempre suspenda a verdade das aparências, não se furtando a questioná-las antes de aceitá-las.
(E) quem se afaste de julgamentos definitivos para se deter sobre o que há de problemático numa matéria.
II. No 2o parágrafo, é patente o tom irônico com que o autor do texto faz referência aos especialistas infalíveis em todos os
assuntos, ironia que se ratifica no segmento Todos têm receitas imediatas e seguras para a solução de todos os
problemas.
III. No 3o parágrafo, todos estes três segmentos referem ações a se evitar: suspender a verdade ilusória das aparências,
avaliar um problema pelo ângulo estrito dos que nele estão envolvidos e Julgar um fato pelo que dele diz um jornal.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II.
(E) III.
2 DPSPD-Conhecimentos Gerais1
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
4. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
o
(A) pulveriza a certeza absoluta (1 parágrafo) = aniquila a convicção imperiosa
o
(B) ditasse a urgência (2 parágrafo) = consumasse a precipitação
o
(C) suspender a verdade ilusória (3 parágrafo) = ir ao encontro da ilusão convincente
o
(D) avaliar um problema pelo ângulo estrito (3 parágrafo) = retificar uma questão aprimorando o foco
o
(E) o exame mais detido da matéria (3 parágrafo) = a prova mais recôndita da tese defendida
(A) Uma vez distanciados no tempo, Sócrates e Descartes são parceiros quanto a compartilharem ao mesmo prestígio que
costumam atribuir ao valor da dúvida.
(B) Mesmo separados por séculos, os filósofos Sócrates e Descartes parecem acordes quanto ao valor que atribuem ao papel
da dúvida na constituição do pensamento.
(C) Muito embora fossem distintos filósofos, é de se constatar que tanto Descartes quanto Sócrates alimentavam sobre as
dúvidas a mesma convicção que lhes mantinha.
(D) Descartes e Sócrates, filósofos consagrados, em que pese o valor que se atribuíam às suas dúvidas, tinham estreita
relação de pensamento quanto aquilo que lhes era comum.
(E) A par de serem distantes no tempo, ainda que compartilhando suas condições de filósofos, Descartes e Sócrates se
identificavam por conta da dúvida que se nutriam.
(A) Aos que vivem de apregoar certezas, diga-se que faria melhor duvidarem um pouco, pois a dúvida nunca faz mal ao rigor
com que se ordena as ideias.
(B) Fazem-se notar nos jornais e revistas de hoje a convicção com que se manifestam as pessoas a propósito de tudo, como
se jamais lhes faltassem competência para julgar o que quer que sejam.
(C) Tomam-se como presunção de incompetência as qualidades de quem hesita e reflete antes de agir, preferindo assim a
dúvida à precipitação, a cautela ao açodamento.
(D) Sempre haverá aqueles que prefiram relativizar suas análises, evitando assim, com a dúvida, que se emprestem aos
preconceitos o peso que eles jamais poderiam ter.
(E) Não se confunda com a dúvida saudável e metódica as indecisões permanentes de quem jamais se habilitam a percorrer o
caminho que leva às decisões finais.
7. Os tempos e modos verbais estão adequadamente correlacionados na completude da frase: Se lêssemos os jornais e revistas
de hoje com espírito crítico apurado pela dúvida,
(A) muitos dos mais notórios preconceitos em que incorremos acabarão sendo evitados.
(B) evita-se a precipitação de julgamento com que estamos respondemos aos fatos.
(D) mais complexos acabariam por se revelar aqueles fatos que julgávamos tão cristalinos.
(E) as interpretações que vimos dando aos fatos acabarão sendo outras, mais justas.
DPSPD-Conhecimentos Gerais1 3
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
Atenção: Para responder às questões de números 9 a 15, considere o texto abaixo.
Campo e cidade
“Campo” e “cidade” são palavras muito poderosas, e isso não é de estranhar, se aquilatarmos o quanto elas representam na
vivência das comunidades humanas. O termo inglês country pode significar tanto “país” quanto “campo”; the country pode ser toda
a sociedade ou só a parte rural. Na longa história das comunidades humanas, sempre esteve bem evidente essa ligação entre a terra
da qual todos nós, direta ou indiretamente, extraímos nossa subsistência, e as realizações da sociedade humana. E uma dessas
realizações é a cidade: a capital, a cidade grande, uma forma distinta de civilização.
Em torno das comunidades existentes, historicamente bastante variadas, cristalizaram-se e generalizaram-se atitudes
emocionais poderosas. O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida – de paz, inocência e virtudes simples. À
cidade associou-se a ideia de centro de realizações – de saber, de comunicações, de progresso. Também constelaram-se poderosas
associações negativas: a cidade como lugar de barulho, mundanidade e ambição; o campo como lugar de atraso, ignorância e
limitação. Além disso, em nosso próprio mundo, entre os tradicionais extremos de campo e cidade existe uma ampla gama de
concentrações humanas: subúrbio, cidade dormitório, favela, complexo industrial, centro tecnológico etc.
A visão que se pode ter do campo ou da cidade pode variar conforme a perspectiva pessoal. Vejam-se estes versos do poeta
inglês Wordsworth, do século XIX, vindo do campo e chegando a Londres pela manhã, compostos a partir de sua primeira visão da
cidade:
É bem verdade que se trata de uma visão da cidade antes da azáfama e do barulho do dia de trabalho; porém não há como
não reconhecer esse sentimento de entusiasmo diante de um grande aglomerado de metas e destinos humanos.
(Adaptado de: WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade. Trad. Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 11)
9. A afirmação de que Em torno das comunidades existentes (...) cristalizaram-se e generalizaram-se atitudes emocionais
o
poderosas (2 parágrafo) comprova-se e exemplifica-se em:
I. O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida – de paz, inocência e virtudes simples.
III. Também constelaram-se poderosas associações negativas: a cidade como lugar de barulho, mundanidade e ambição; o
campo como lugar de atraso, ignorância e limitação.
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, apenas.
10. Ao comparar a vida das comunidades humanas no campo e na cidade, o autor nos mostra que essas duas formas
(A) se opõem definitivamente, uma vez que se associam a cada uma delas valores contrários estabilizados e permanentes.
(B) se complementam na história da humanidade, dado que se alternam no cumprimento das mesmas funções.
(C) sofrem fortes associações negativas, por conta da crítica que se faz contra o que há de destrutivo no progresso.
(D) apresentam apenas vantagens para quem opta por um cotidiano marcado pela ambição e pelo dinamismo.
(E) se avaliam de modo relativo, uma vez que se pode associar a cada uma delas qualidades positivas e negativas.
4 DPSPD-Conhecimentos Gerais1
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
11. A citação dos versos do poeta Wordsworth e o comentário que a ela se segue reforçam o que se afirma em
(A) O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida, sobretudo quando se pensa no que há de atropelo na vida
que se leva nas grandes cidades.
(B) the country pode ser toda a sociedade ou só a parte rural, já que é essa a sensação confusa vivida pelo poeta à porta da
grande cidade.
(C) existe uma ampla gama de concentrações humanas, tal como pode constatar aquele que chega do campo e se depara
com o gigantismo de uma capital.
(D) a cidade como lugar de barulho, mundanidade e ambição, ao mesmo tempo em que se reconhecem nela a azáfama e as
agitações que a tantos deprimem.
(E) A visão (...) da cidade pode variar conforme a perspectiva pessoal, sendo possível ver nas edificações urbanas uma alta e
incomparável beleza.
12. Sem prejuízo para o sentido da frase, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está entre parênteses em:
(A) isso não é de estranhar, se aquilatarmos o quanto elas representam na vivência das comunidades humanas (ainda que
relativizemos)
(C) A visão (...) pode variar conforme a perspectiva pessoal (não obstante o ponto de vista)
(D) É bem verdade que se trata de uma visão da cidade antes da azáfama (Está patente que se fala)
(E) porém não há como não reconhecer esse sentimento de entusiasmo (ainda que não se constate)
13. Ao flexionar-se, o verbo indicado entre parênteses deve concordar com o elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) Não (ser) de estranhar que haja tantas opiniões contraditórias acerca da vida na cidade ou no campo.
(B) É difícil evitar que se (constelar), em torno da cidade, muitas associações negativas.
(C) Em nossa época se (cristalizar) juízos mais favoráveis à vida no campo do que à da cidade.
(D) Não (propiciar) uma visão harmônica da cidade os vários ritmos impostos pelo progresso.
(E) (Ressaltar) nos versos do poeta Wordsworth sua admiração pelos ícones arquitetônicos de Londres.
I. Ele pesquisa o transporte público nas grandes cidades, onde convivem meios obsoletos e avançados.
II. A preferência pela vida no campo tende a diminuir, em função das ofertas de trabalho que há na cidade.
III. Num passado recente, ninguém imaginaria que confortos da cidade viessem a se oferecer na vida do campo.
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e III.
(E) II e III.
15. Ambos os termos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática na frase:
DPSPD-Conhecimentos Gerais1 5
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
Atenção: Para responder às questões de números 16 a 20, considere o texto abaixo.
Barbárie e civilização
16. Voltaire não hesita, ao considerar o grau de civilização em que encontra sua época, em
(A) suprimir quaisquer preconceitos contra as classes populares, notadamente as mais laboriosas.
(B) enaltecer a aristocracia, escudado tão somente no argumento de que a nobreza está no sangue.
(C) manifestar seu desprezo pelos que julga néscios, responsabilizados pela prática e expansão da barbárie.
(D) atribuir aos clérigos e fanáticos religiosos a responsabilidade pelo atraso nas letras e no pensamento.
(E) declarar sua admiração pelos campesinos que se conservam humildes e honestos a despeito de sua classe.
17. Voltaire associa a quem se manifesta pela acusação de herege e pela saudação dos vivas
(A) o direito à manifestação pública, desde que interpretada como insensata ou injusta.
(B) a motivação irrefletida dos grosseiros que acatam a acusação leviana e aplaudem a barbárie.
(C) o entusiasmo das massas, quando inflamadas pela fé ou pela opinião de quem difunde a cultura erudita.
(D) a facilidade com que mesmo as criaturas pensantes incorrem no vício de seguir a opinião alheia.
(E) a vantagem que leva sobre as demais criaturas, ao fazer valer a virtude de seu descortino crítico.
I. Nas expressões probos agricultores e lavradores inocentes, os qualificativos devem ser entendidos, em função do
contexto, como manifestações da ironia de Voltaire.
II. Voltaire acusa o idealismo de poetas que louvam em suas éclogas ou elegias criaturas que de fato ele reconhece como
bárbaros ou grosseiros.
III. Ao se valer da expressão suplício de um infeliz, Voltaire está se referindo às provações que sofre um homem culto diante
das manifestações de barbárie.
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
(A) Voltaire não hesita em quantificar a preponderância dos homens grosseiros sobre os pensantes, ao se valer da expressão
a canalha será sempre de cem para um.
(B) Ao se pautar na expressão a canalha será sempre de cem para um, cujo sentido óbvio é o de apontar a supremacia desta
sobre os demais.
(C) A expressão a canalha será sempre de cem para um refere-se ao quanto Voltaire imagina de que os incultos são muito
mais voluntariosos que os outros pensantes.
(D) Para não deixar dúvida em matéria de proporção, quem são os pensantes, Voltaire afirma que estes se reduzem a um por
cada cem dos demais.
(E) Para cada cem pessoas grosseiras, propõe Voltaire que apenas uma é mais pensante, atestando-se assim a hegemônica
atuação de uns poucos sobre todos os demais.
6 DPSPD-Conhecimentos Gerais1
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
20. Estão adequadas ambas as construções pronominais indicadas entre parênteses, como alternativas válidas, no contexto, para
as expressões sublinhadas em:
(A) Voltaire atribui aos grosseiros (atribui-lhes) a responsabilidade por aplaudirem a barbárie (lhe aplaudirem).
(B) As velhas acusam a vítima (acusam-lhe) de herege e os bárbaros seguem as velhas (seguem-nas) em seu preconceito.
(C) Os poetas idealistas louvam os campesinos (lhes louvam), ignorando os defeitos deles (ignorando-lhes os defeitos).
(D) Muitos homens querem agradar as massas (as agradar), não hesitando em cortejar as mesmas (cortejar-lhes).
(E) Para que aprimoremos a civilização (a aprimoremos), é preciso prestigiar os pensantes (prestigiá-los).
Noções de Informática
21. Um usuário do editor de texto Microsoft Word 2007 acionou a opção de imprimir um documento, sendo que a janela que se abre
em decorrência dessa ação oferece algumas opções de Intervalo de Páginas a serem impressas. Duas dessas opções são
22. No editor de texto Microsoft Word 2007, um usuário selecionou certo texto (T1) e aplicou a formatação Negrito. Logo em
seguida, selecionou outro texto (T2) sem qualquer formatação e digitou a tecla F4. O resultado dessa ação será:
23. Paulo, um usuário do Microsoft Excel 2007 necessita alterar o modo de exibição de sua planilha. Para isso, o Excel 2007 tem
3 modos de exibição pré-formatados. Dois desses modos são
24. Ana precisa fazer algumas operações com caracteres e números em sua planilha do Microsoft Excel 2007. Para tanto, inseriu as
duas funções a seguir, em duas células distintas:
=DIREITA(“canetas”;4) e =ESQUERDA(“celular”;3)
O resultado obtido por Ana para essas duas funções será, respectivamente,
(A) 4e3
(B) ***etas e cel****
(C) 3 e 4.
(D) can e celu.
(E) etas e cel.
25. Um usuário do Microsoft Excel 2007 deseja imprimir uma planilha, repetindo algumas linhas da planilha na parte superior e
algumas colunas dessa mesma planilha à esquerda do texto impresso. Se o objetivo for repetir as colunas A e B e as linhas 1, 2
e 3, a forma correta de se representar tal especificação é
DPSPD-Conhecimentos Gerais1 7
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
26. Carlos Alberto precisa publicar alguns vídeos no YouTube. Ele sabe, que alguns dos formatos de arquivo de vídeo compatíveis
com YouTube são os que possuem extensões
27. Alguns spammers (agentes que enviam spam) enviam mensagens fraudulentas que tentam fazer com que você compartilhe
informações pessoais, como senhas ou números de cartões de crédito. O Gmail, por exemplo, além de mover essas mensagens
para a caixa SPAM, informa o que você precisa saber: “Os criadores de spams conseguem enviar mensagens que parecem ser
de uma pessoa ou empresa que você conhece. Eles conseguem até invadir contas de e-mail e enviar mensagens delas.
Portanto, tenha cuidado com essas mensagens, mesmo se você conhecer o remetente”. Essa prática chama-se phishing. Além
do referido cuidado, outra recomendação do Gmail é que você
28. Albertina notou que o seu computador passava por certa degradação e, aparentemente, estava esquentando além da
temperatura regular. Alguns amigos disseram a ela que tal comportamento poderia comprometer o processador. Aconselha-
ram-na a avaliar o dispositivo que, em conjunto com o dissipador de temperatura, evita o superaquecimento do processador,
para ver se estava funcionando adequadamente. Corretamente, ela procedeu à verificação e manutenção
(A) da fonte.
(B) da bateria.
(C) do chipset.
(D) do cooler.
(E) do clock.
29. Para fazer um backup seguro de seus arquivos um internauta usou um serviço da Google que se baseia no conceito de
computação em nuvem, pois poderá armazenar arquivos através deste serviço e acessá-los a partir de qualquer computador ou
outros dispositivos compatíveis, desde que ligados à internet, com toda garantia de guarda dos dados, segurança e sigilo, por
contrato de uso. Além disso, tal serviço disponibiliza vários aplicativos via on-line, sem que esses programas estejam instalados
no computador da pessoa que os utiliza. Trata-se do Google
(A) Blogger.
(B) Chrome.
(C) Backup.
(D) Schedule.
(E) Drive.
30. No Windows 7, uma das formas de saber o tamanho de um arquivo ou pasta é clicar sobre o nome deles com o botão direito do
mouse (padrão) e, na janela apresentada, escolher
(A) Tamanho.
(B) Propriedades.
(C) Editar.
(D) Conteúdo.
(E) Detalhes.
8 DPSPD-Conhecimentos Gerais1
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
31. Verônica, funcionária da Defensoria Pública do Estado que tem a posse de um telefone celular de propriedade da Defensoria
Pública, pelo qual é responsável, em determinado dia de trabalho ao sair para almoçar esqueceu este telefone em cima de sua
mesa de trabalho. Vagner, seu colega de trabalho na mesma função, nota o descuido e subtrai o aparelho celular. Nesta
situação hipotética, diante do Código Penal brasileiro é correto afirmar que Verônica
(A) e Vagner cometeram crime de peculato, se sujeitando às mesmas penalidades, pois ambos concorreram para o crime.
(B) cometeu o crime de peculato mediante erro de outrem enquanto Vagner cometeu o crime de peculato doloso.
(C) não cometeu nenhum crime e Vagner cometeu o crime de peculato, pois se apropriou de bem móvel público de que tem a
posse em razão do cargo em proveito próprio ou alheio.
(D) não cometeu nenhum crime e Vagner cometeu o crime de peculato culposo.
(E) cometeu o crime de peculato culposo e Vagner cometeu o crime de peculato, pois ele não estava em posse do bem, mas
mesmo assim o subtraiu, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
32. Marcelo, funcionário público da Defensoria Pública, é responsável por organizar a fila de atendimento ao público. Ao encontrar
seu amigo Pedro, que pretende ser atendido na Defensoria, diz que pode fazer com que ele seja o primeiro a ser atendido,
embora Pedro não tenha chegado primeiro e sequer tenha algum motivo justo para isso. Pedro se interessa, mas Marcelo
solicita cem reais em dinheiro para fazer isso e afirma que, se Pedro não quiser pagar, não tem problema, apenas terá que
aguardar seu lugar correto na fila. Nesta situação, Marcelo
(A) cometeu o crime de corrupção passiva por ter solicitado para si vantagem indevida em razão de sua função.
(B) cometeu o crime de concussão por ter exigido para si vantagem indevida em razão de sua função.
(C) cometeu o crime prevaricação, pois beneficiou terceiro por ser seu amigo.
(D) não cometeu nenhum crime, pois seu amigo não se manifestou quanto a aceitação no ato de pagar o valor para ajuda de
custo.
(E) cometeu o crime de advocacia administrativa pois patrocinou diretamente interesse privado perante a Administração pú-
blica valendo-se da qualidade de funcionário.
I. Facilitar a revelação de fato que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.
II. Solicitar vantagem indevida para revelar informações sigilosas que só tenha acesso por conta de seu cargo a terceiros
interessados.
III. Exigir vantagem indevida para revelar informações sigilosas que só tenha acesso por conta de seu cargo.
IV. Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de
pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração pública.
Um funcionário público cometerá o crime de violação de sigilo funcional, nas condutas indicadas APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(E) II e IV.
DPSPD-Conhecimentos Gerais1 9
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
34. Prefeito de uma cidade que tem a posse de veículo público oficial para se locomover por ocasião de sua função, passou a
o
utilizar o veículo para fins particulares. Diante disso, com base na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n 8.429/1992), o
referido Prefeito
(A) cometeu ato de improbidade administrativa estando sujeito a proibição de contratar com o Poder Público, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.
(B) cometeu ato de improbidade administrativa estando sujeito a suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos.
(C) não cometeu ato de improbidade administrativa, uma vez que esta conduta é permitida aos agentes públicos.
(D) cometeu ato de improbidade administrativa estando sujeito a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.
(E) cometeu ato de improbidade administrativa estando sujeito a proibição de contratar com o Poder Público, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos.
o
35. Quanto à definição de agente público, com base de na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n 8.429/1992), considere os itens
abaixo:
I. Agente público pode ser pessoa que esteja transitoriamente trabalhando em repartição pública.
II. São agentes públicos as pessoas que embora não recebam remuneração exercem sua função em qualquer organização
civil, ainda que essa organização não receba dinheiro público.
III. São agentes públicos as pessoas que recebem remuneração e exerçam sua função em qualquer organização civil, ainda
que essa organização não receba dinheiro público.
IV. São agentes públicos os chefes do Poder Executivo em todos os níveis da federação.
(A) I, II e III.
(B) I e IV.
(C) II, III e IV.
(D) I, II e IV.
(E) I e II.
36. Mauro praticou ato de improbidade administrativa por ter negado publicidade de atos oficiais (art. 11, IV da Lei de Improbidade
o
Administrativa, Lei n 8.429/1992), e por esta mesma Lei está sujeito às seguintes sanções:
(A) I, II e III.
(B) II e III.
(C) III e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II e IV.
o
37. O Ato Normativo DPG n 55 de 2011 dispõe sobre diversas competências e direitos aos usuários dos recursos da Tecnologia da
Informação e Comunicação disponibilizados pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, EXCETO:
(A) Informar à Coordenadoria de Tecnologia de Informação sobre eventuais necessidades de intervenções técnicas, para
reparos ou configurações, visando à boa gestão dos recursos.
(B) Garantir o uso adequado de recursos de TIC sob sua guarda, observando as regras e procedimentos previamente
definidos.
(C) Zelar pela integridade dos recursos de TIC sob sua responsabilidade, resguardado o auxílio e acesso a orientações pela
Coordenadoria de Tecnologia de Informação.
(D) Zelar para que a senha e o certificado digital, que são de uso coletivo de todos os funcionários de cada setor, não sejam
transferidos a funcionários de outros setores.
(E) Acessar os serviços de e-mail podendo solicitá-los à Coordenadoria de Tecnologia de Informação através do suporte ao
usuário.
10 DPSPD-Conhecimentos Gerais1
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
38. Funcionário da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, preocupado com a sua avaliação de desempenho, analisa o Ato
o
Normativo DPG n 23/2009 e descobre que
(A) assiduidade e disciplina são critérios da avaliação de desempenho que deverá ser realizada até o dia 31 de dezembro de
cada ano.
(B) capacidade de iniciativa e produtividade são critérios da avaliação de desempenho, desta avaliação não caberá recurso
administrativo.
(C) produtividade e responsabilidade são critérios da avaliação de desempenho, desta avaliação caberá recurso
administrativo.
(D) responsabilidade e organização são critérios da avaliação de desempenho, desta avaliação não caberá recurso administra-
tivo.
(E) responsabilidade e organização são critérios de avaliação que deverá ser realizada até o dia 31 de dezembro de cada
ano.
39. Hoje faz dois meses que Fernanda, servidora efetiva de Defensoria Pública do Estado de São Paulo, foi punida pela primeira vez
em sua carreira. A pena aplicada foi advertência por escrito por ter descumprido determinado dever funcional. Caso descum-
o
pra novamente esse mesmo dever funcional Fernanda estará sujeita, conforme a Deliberação da CSDP n 111 de 2009, à pena
de
(A) advertência por escrito, que deverá constar no prontuário de Fernanda, mas não poderá ser publicada no Diário Oficial,
ainda que seja decisão definitiva.
(B) suspensão por até noventa dias, que constará no prontuário de Fernanda e será publicada no Diário Oficial se for decisão
definitiva.
(C) censura, que constará no prontuário de Fernanda, mas não poderá ser publicada no Diário Oficial, ainda que seja decisão
definitiva.
(D) suspensão por até noventa dias, que constará do prontuário de Fernanda, mas não poderá ser publicada no Diário Oficial,
ainda que seja decisão definitiva.
(E) censura, que constará no prontuário de Fernanda cuja decisão definitiva será publicada no Diário Oficial.
o
40. Sobre sindicância e processo administrativo, que dispõe a Deliberação CSDP n 111, de 09 de janeiro de 2009, considere as
afirmativas abaixo.
I. Durante a sindicância ou processo administrativo o Defensor Público-Geral do Estado, por representação do Corregedor-
Geral, poderá afastar o sindicado ou indiciado do exercício do cargo, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens,
desde que demonstrada a necessidade da medida para a garantia de regular apuração dos fatos.
II. Durante a sindicância ou processo administrativo o Defensor Público-Geral do Estado, por representação do Corregedor-
Geral, poderá afastar o sindicado ou indiciado do exercício do cargo, com prejuízo de seus vencimentos e vantagens,
desde que demonstrada a necessidade da medida para a garantia de regular apuração dos fatos.
III. O afastamento do sindicado ou indiciado não excederá 30 dias, podendo, excepcionalmente, ser prorrogado por até
90 dias mediante decisão do Defensor Público-Geral do Estado.
(A) III.
(B) II e III
(C) II.
(D) I e III.
(E) I.
DPSPD-Conhecimentos Gerais1 11
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
41. No campo da teoria do desenvolvimento,
(A) de acordo com Piaget, o desenvolvimento do pensamento abstrato, que ocorre no período operatório-formal, possibilita a
criação imaginativa, hipotética e metafórica de situações não vividas.
(B) Piaget e Vygotsky são representantes da perspectiva interacionista do desenvolvimento, com estudos sobre a inteligência
e a maturação cognitiva.
(C) Piaget entende que, no período pré-operatório, a criança se desenvolve por meio da realização de atividades motoras e
dos estímulos sensoriais.
(D) Vygotsky entende a zona de desenvolvimento proximal como a avaliação do aprendizado obtido pela criança no período
escolar.
(E) Piaget entende que a adaptação está relacionada à busca do equilíbrio constante no processo de maturação cognitiva.
42. Sobre a teoria das representações sociais, do psicólogo social romeno Serge Moscovici, considere:
I. A teoria das representações sociais estuda o conhecimento do senso comum (consensual) com o propósito de descrever,
explicar e interpretar os fenômenos sociais que ocorrem na vida cotidiana.
II. A objetivação como processo formador das representações sociais possibilita a criação de uma imagem como
representação de uma ou mais ideias.
III. Ancorar é classificar um fenômeno desconhecido a fim de dar-lhe um significado e torná-lo familiar.
IV. A teoria tem sido utilizada nas pesquisas interessadas em compreender como se dá a construção do conhecimento
científico (reificado).
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, III e IV.
(B) I, II e III.
(C) II e IV.
(D) II, III e IV.
(E) III e IV.
44. A respeito da história e dos fundamentos teóricos da Psicologia Social e da Psicologia Social Crítica, é correto afirmar que:
(A) As práticas hegemônicas da Psicologia Social brasileira, nas décadas de 1960 e 1970, estavam voltadas para os estudos
das interações grupais, sob forte influência do modelo da Psicologia Social europeia.
(B) A Psicologia Social moderna, com o fenômeno da “individualização do social”, tem como representantes as teorias das
Representações Sociais.
(C) A Psicologia Social brasileira, em oposição a outras áreas da Psicologia, desde seu início, tem como tradição os estudos
do indivíduo na relação com o meio em que vive, com sua história e cultura.
(D) A Psicologia Social iniciou os estudos sobre preconceito, discriminação racial e exclusão social a partir do aumento dos
chamados “crimes de ódio” na atualidade e da necessidade de explicar esses fenômenos sociais.
(E) A Psicologia Social Crítica questiona a compreensão dos fenômenos sociais como sendo naturais e a-históricos; estuda as
relações sociais, as relações de poder e dominação e as práticas libertárias.
o
45. De acordo com a Lei Complementar n 988, de 9 de janeiro de 2006, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo deve ter uma
equipe multiprofissional, com atuação interdisciplinar e em rede. A esse respeito, na atuação interdisciplinar,
(A) os diferentes posicionamentos teóricos e práticos são bem demarcados a partir do saber de cada profissão.
(B) acontece quando são bem demarcados os diferentes posicionamentos teóricos e práticos nas intervenções realizadas
junto aos usuários, a partir do saber de cada profissão.
(C) as intervenções são marcadas pelas leituras e compreensões especializadas em que cada saber profissional intervém
quando necessário, de forma hierarquizada.
(D) o encaminhamento do usuário para outros setores se dá com o propósito de melhorar o fluxo das demandas e dos
atendimentos de cada serviço, visando ao trabalho em rede.
(E) há composição de uma equipe com profissionais de diferentes áreas de formação para garantir o atendimento ao grande
número de demandas.
12 DPSPD-ADP-Psicólogo
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
46. [...] a complexidade envolvida na definição e operacionalização do conceito de pobreza ganha maior alcance com o de
vulnerabilidade social que apresenta uma noção multidimensional, considerando diversos fatores para sua definição, como o
bem estar de indivíduos, grupos e comunidades, referindo-se a suas diferentes formas e graus de intensidade.
(Cartilha da Defensoria Pública de São Paulo sobre Vulnerabilidade Social, p.2).
Em relação à vulnerabilidade social e às intervenções realizadas pela psicologia e equipe nos Centros de Atendimento
Multidisciplinar − CAM, considere:
I. O CAM avalia vulnerabilidade social com base nas situações de fragilidade identificadas e na classificação do tipo de
vulnerabilidade social em que as pessoas se encontram, de acordo com o Índice Paulista de Vulnerabilidade So-
cial − IPVS.
II. A intervenção junto à população em situação de rua, pela psicologia e pelo serviço social, está centrada na busca ativa da
família de origem para reinserção da pessoa no contexto familiar.
III. No CAM, a psicologia não tem possibilidade de realizar uma escuta atenta para a subjetividade da pessoa atendida em
função dos limites de ação próprios da Defensoria, que visa prestar assessoria jurídica nos casos de violação de direitos.
IV. A pessoa em situação de rua pode apresentar situação criminal que demande atendimento pelo Centro de Atendimento
Multidisciplinar Criminal (CAMCrim), problemas de saúde que necessite de atendimento no Consultório de Rua do SUS,
problemas socioassistenciais que demandem atendimento pelo SUAS.
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e IV.
(D) I, II e IV.
(E) I e III.
47. As últimas décadas registraram o ressurgimento da importância do campo de conhecimento denominado políticas públicas,
assim como das instituições, regras e modelos que regem sua decisão, elaboração, implementação e avaliação [...] A
formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus propósitos e
plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão resultados ou mudanças no mundo real.
(SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da Literatura. Sociologias, Porto Alegre, n. 16, p.20-45, dez. 2006).
I. O processo de implementação de políticas públicas é uma oportunidade para a prática de cidadania e controle social. A
participação social no Serviço Único de Saúde − SUS e no Serviço Único de Assistência Social − SUAS foi instituída pela
o
Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei n 8.142/1990.
II. Nas políticas do SUS e do SUAS, a integralidade e a equidade norteiam as ações realizadas; a primeira possibilita a
atenção integral a usuários, famílias e comunidades e, a segunda, a criação de Programas dirigidos a grupos específicos,
tais como: mulheres, homens, crianças, idosos, pessoas com deficiência e pessoas com privação de liberdade.
III. O Centro de Referência Especializado em Assistência Social − CREAS e o Centro de Referência em Assistência Social −
CRAS são dispositivos criados pelo SUAS para execução do Plano Nacional de Assistência Social; os dois estão
organizados de acordo com o tipo de proteção que o usuário precisa e com o grau de complexidade da problemática
apresentada. Suas ações são interdisciplinares, intersetoriais e interinstitucionais.
IV. A concepção de sujeito de direitos e de cidadania está relacionada aos direitos sociais garantidos pela Constituição
Federal de 1988, que assegura saúde, assistência social e educação como direitos do cidadão e deveres do Estado.
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) I e III.
(E) I, II e IV.
DPSPD-ADP-Psicólogo 13
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
48. O Brasil é signatário de tratados e documentos internacionais que definem medidas para a eliminação da violência contra a
mulher. Essas medidas dependem de diferentes atores nos âmbitos do governo e da sociedade, bem como da introdução de
conhecimentos específicos e tecnologias diferenciadas para profissionais que atuam diretamente na atenção à saúde, integrada
a outras iniciativas, possibilitando, assim, a formação de redes de atenção para mulheres e adolescentes em situação de
violência doméstica e sexual. Tais redes de atenção integrada devem trabalhar em consonância com as redes e o sistema de
proteção de direitos de crianças e adolescentes.
(Adaptado de: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011, p.13).
49. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo realiza diversas ações junto a famílias e comunidades, em articulação com o
Plano Nacional de Assistência Social (PNAS), o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e o Sistema Único de
Assistência Social (SUAS). A esse respeito, é correto afirmar:
(A) Idosos que se encontram em situação de negligência e violência familiar podem ser encaminhados ao CRAS com fins de
ajuda para o restabelecimento dos vínculos familiares.
(B) São diversos os serviços oferecidos no CRAS e dentre eles estão: o Programa de Atenção Integral às Famílias, Centros de
informação e de educação para o trabalho, Plantão Social e Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das
pessoas com deficiência.
(C) Pessoas com deficiência podem ser encaminhadas ao CRAS, quando for constatada violação de direitos, para
atendimento no Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, conforme previsto na Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009).
(D) Dentre os serviços a serem ofertados nos CREAS, de acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais
(2009), estão: Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), Serviço de Proteção
Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de
Serviços a Comunidade (PSC).
(E) A atuação do psicólogo no SUAS é caracterizada pelas especificidades de sua formação teórico-prático para intervenções
em psicoterapia individual, psicoterapia grupal, psicoterapia de casal e psicoterapia familiar.
50. O CAM coloca-se no lugar de articulação e acompanhamento dessa demanda, na tentativa de promover alternativas de
enfrentamento à questão da dependência química, além do instrumento judicial da interdição e da internação compulsória, os
mais usualmente buscados pelos familiares daqueles envolvidos com o uso abusivo de substâncias químicas.
(Cartilha Orientações para o atendimento de álcool e outras drogas, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, 2011, p.5)
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
51. Na Psicologia, a pesquisa científica tem sido fundamental para produção de novos conhecimentos. A este respeito, considere as
afirmações a seguir.
I. Nas Ciências Humanas e Sociais, durante a elaboração do projeto de pesquisa, a formulação de hipóteses é fundamental
para explicitar o rigor científico na construção do conhecimento.
II. A pesquisa-ação, como pensada por Kurt Lewin, rompe com os pressupostos epistemológicos do pensamento positivista
de neutralidade e de dicotomia entre sujeito e objeto. Visa ao estudo, e intervenção, do fenômeno em seu contexto social.
III. Na perspectiva da relevância social, entende-se que toda pesquisa científica deve resultar em intervenções junto à
população estudada.
IV. Segundo o referencial teórico-metodológico do construcionismo social, a entrevista é uma interação conversacional que
deve acontecer em uma relação menos assimétrica, pois as informações não são objetos prontos a serem coletados ou
obtidos, mas são produzidas em conjunto por quem pesquisa e por quem participa voluntariamente da pesquisa.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e III.
(B) II e IV.
(C) III.
(D) I.
(E) I e IV.
o
52. A Resolução CNS n 466, publicada em 2012 pelo Conselho Nacional de Saúde, estabelece diretrizes para as práticas em
pesquisa científica com seres humanos a fim de criar um padrão ético entre pesquisadores e instituições no país. Tendo em
vista tal documento, analise:
I. Como parte do planejamento da pesquisa, os cuidados éticos em pesquisa científica devem ser explicitados, incluindo a
análise e comunicação dos riscos para o participante, seja físico ou psicológico.
II. As proposições sobre os aspectos éticos envolvidos nas práticas de pesquisa científica estão fundamentadas na con-
cepção de dignidade humana, cidadania e direitos humanos presentes no Código de Nuremberg (1947), na Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948), na Constituição Federal de 1988 e em diversos Pactos Internacionais dos quais o
Brasil é signatário.
III. Nas pesquisas científicas envolvendo seres humanos é indicado o uso de um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido a ser assinado pelo pesquisador e entregue ao sujeito da pesquisa com o objetivo de comprovar sua
participação na pesquisa.
IV. Os projetos de pesquisa devem ser submetidos à avaliação de um Comité de Ética em Pesquisa que, uma vez aprovado,
torna-se corresponsável nos cuidados éticos com os participantes do estudo.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e III.
(B) I, II e IV.
(C) III e IV.
(D) III.
(E) I, III e IV.
53. A atenção às pessoas no contexto da Saúde Mental envolve políticas de saúde, direitos, diagnóstico, tratamento e ética. A este
respeito, analise as proposições:
I. O Benefício de Prestação Continuada, regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS, Lei no 8.742/1993),
é um benefício a que todas as pessoas com autismo têm direito para que não interrompam o tratamento especializado.
II. O DSM-5 faz uma advertência sobre sua utilização no âmbito forense por considerar que foi desenvolvido para atender às
necessidades clínicas e não às demandas do judiciário.
III. As diretrizes para o tratamento de pessoas "acometidas por transtorno mental", com base no Plano Nacional de Saúde
o
Mental − PNSM (Lei n 10.216/2001), são: o acompanhamento de casos graves deve ser realizado preferencialmente nos
Centros de Atenção Psicossocial III (CAPS III) e a internação deve acontecer somente quando esgotados outros
recursos terapêuticos.
IV. A Deliberação CSDP no 219/2011, regulamenta as hipóteses de atendimento ao usuário em sofrimento ou com transtorno
mental, pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que envolve a necessidade de atendimento conjunto de um
defensor e de um profissional do CAM, bem como um atendimento psicológico no CAM.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) III.
(B) II e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) I e IV.
DPSPD-ADP-Psicólogo 15
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
54. De acordo com Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente − NECA,
as famílias brasileiras ao longo da nossa história foram se transformando: a frequência dos casamentos legais diminuiu, o
número de separações aumentou, o de recasamentos cresceu, outros arranjos sexuais na formação dos casais são
experimentados, o número de nascimentos diminuiu, assim como o número de filhos por casal.
(MOREIRA, M.I.C. Novos rumos para o trabalho com famílias. São Paulo: NECA − Associação dos Pesquisadores de Núcleos de
Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente, 2013, p. 10)
16 DPSPD-ADP-Psicólogo
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
58. Sobre as ações da equipe multidisciplinar nos Centros de Atendimento Multidisciplinar, no contexto da Educação, considere o
relato a seguir.
“A senhora Paula procura o CAM e pede assessoria jurídica para processar a escola em que estuda seu filho de sete anos,
dizendo que ela não está cumprindo seu papel na educação das crianças e quer desvirtuar e desmoralizar tudo com uma
conversa de que meninos e meninas são iguais, que meninos podem brincar de boneca, pois, se continuar assim, eles vão virar
gays; diz que está até com medo que o ex-marido queira tomar a guarda do filho. Acrescenta que está ciente de que tem direito
à escola pública de qualidade e sabe bem que a escola não pode infiltrar essas ideias na cabeça das crianças como se elas não
tivessem família.”
(A) a triagem deve encaminhar Paula para atendimento pela Secretaria de Educação por não se tratar de um caso para a
Defensoria Pública.
(B) verifica-se a falta de esclarecimento e o preconceito da mãe, não se tratando de uma demanda para o CAM e para a
Defensoria Pública.
(C) é preciso que seja feita a convocação da direção da escola para realização de mediação.
(D) conclui-se que há demanda para uma escuta psicossocial qualificada e orientação sobre as diretrizes do Programa
Nacional de Direitos Humanos acerca da diversidade, diferenças e gênero para a Educação.
(E) verifica-se demanda para escuta psicossocial qualificada e assessoria jurídica, em função da violação dos direitos da mãe
por parte da escola e da necessidade de orientação sobre a guarda do filho.
59. A respeito das áreas de atuação da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e das populações que recebem assistência
jurídica integral e gratuita, é correto asseverar:
(A) Pessoas em situação de imigração, refugiadas no Brasil, que necessitam de regularização de documentação e de situação
migratória, não estão inclusas nas áreas e populações assistidas pela Defensoria Pública.
(B) Pessoas que apresentem problemas referentes à perda de moradia em função de desastres ambientais devem ser
orientadas a procurar a Defesa Civil, por não corresponderem a populações e áreas assistidas pela Defensoria Pública.
(C) Pessoas que querem fazer mudança de nome social e de gênero podem ser acompanhadas pelo Núcleo Especializado de
Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, para solicitação de ação
judicial.
(D) No CAM, em casos de violência sexual contra pessoas adultas, os profissionais de psicologia prestam assistência
psicológica somente à pessoa considerada vítima, não podendo prestar assistência psicológica à pessoa agressora.
(E) Pessoas discriminadas por diagnóstico de HIV positivo devem ser encaminhadas aos setores da Saúde, por não se tratar
do tipo de discriminação para a assessoria jurídica oferecida pela Defensoria Pública e para atendimento pela equipe do
CAM.
60. O trabalho do psicólogo nas diferentes instituições coloca-se frente a diferentes demandas que estão implícita e explicitamente
relacionadas à organização social, política, cultural, econômica da sociedade e às relações de poder instituídas, de maneira a
exigir do profissional uma escuta além das relações pessoais e intrafamiliares dos atendidos.
Acerca das relações institucionais e de poder, a partir do pensamento de Guirado, Guilhon e Lapassade, pode-se considerar
correto que:
(A) A instituição, para Guilhon, pode ser compreendida como a intermediação entre o Estado e a população que a ela procura,
sendo transpassada pelas forças e interesses criados no âmbito dos projetos da sociedade.
(B) Guilhon e Lapassade definem da mesma forma instituição, compreendendo-a como o conjunto do que está instituído e,
enquanto jurisdição e política, pauta toda e qualquer relação.
(C) O sujeito, na estrutura institucional, de acordo com Guirado, deve ser pensado a partir de suas características e
capacidades individuais e pessoais, o que permite compreender os conflitos, os desvios, as inadequações que atuam no
espaço institucional.
(D) De acordo com Guilhon, a perpetuação do instituído se dá pela organização burocrática das relações, que designa lugares
definidos de decisão e execução.
(E) De acordo com Lapassade, nas relações de poder, a autonomia de grupos e sujeitos é substituída pela submissão e o
cumprimento das normas se estabelece como fim em si mesmo.
DPSPD-ADP-Psicólogo 17
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
61. Em relação à produção e análise de documentos elaborados por psicólogos que atuam na Justiça, de acordo com o Código de
Ética Profissional do Psicólogo, é correto afirmar:
(A) No relatório psicológico, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à sua investigação, subsidiando o Juiz na
solicitação realizada, emitindo seu parecer de forma a articulá-lo às leis e indicar qual a melhor decisão a ser tomada, uma
vez que se trata de um parecer técnico que deverá ser considerado em sua íntegra pelos magistrados.
(B) O psicólogo assistente técnico poderá estar presente durante a realização dos procedimentos metodológicos que norteiam
o trabalho do perito, a fim de garantir a dinâmica e a qualidade do serviço realizado.
(C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica,
social e cultural.
(D) O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa detalhada e didática, com
clareza e precisão dos termos técnicos utilizados, não sendo necessário explicações e fundamentos teóricos-filosóficos
sobre os conceitos utilizados.
(E) O relatório psicológico deve respeitar a fundamentação teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como os
princípios éticos. Além disso, deve conter todas as informações coletadas durante a avaliação psicológica, pois permitirá
ao juiz ter maior clareza sobre a parte avaliada, facilitando a sua decisão.
62. Em relação à produção e análise de documentos elaborados por psicólogos que atuam na Justiça, de acordo com o Código de
Ética Profissional do Psicólogo, a avaliação psicológica é solicitada ao psicólogo nas suas diversas práticas e nos diversos
contextos em que atua. A este respeito, é correto afirmar:
(A) A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de
informações a respeito dos fenômenos psicológicos que são resultantes, exclusivamente, das relações parentais
vivenciadas na infância.
(B) A avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento têm outras determinações além das questões
de ordem psicológica que incidem no processo de subjetivação do indivíduo.
(C) Ao psicólogo é facultativa a utilização das normas descritas no Manual de Elaboração de Documentos Decorrentes de
Avaliações Psicológicas, pois os pareceres, laudos e declarações devem pautar-se nos modelos existentes nas instituições
onde desenvolve sua prática profissional, como é o caso dos psicólogos inseridos no sistema de Justiça.
(D) Ao produzir documentos escritos, os psicólogos deverão baseá-los nos instrumentos técnicos, que se configuram como
métodos e técnicas psicológicas para coletar dados, em impressões pessoais, estudos e interpretação de informações a
respeito do objeto da avaliação psicológica.
(E) O relatório psicológico deve restringir-se a diagnóstico, prognóstico e evolução do caso.
64. A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson, psicanalista, propõe oito estágios durante o ciclo vital. Cada um deles
envolve uma “crise” na personalidade, que surge de acordo com a maturação do indivíduo e deve ser satisfatoriamente resolvida
para um desenvolvimento saudável do ego.
Segundo esta teoria, na adolescência,
(A) a produtividade e a autoestima encontram-se como elementos principais da crise.
(B) o esforço do adolescente para compreender sua identidade é parte de um processo saudável e vital, fundamentado nas
realizações dos estágios anteriores, e estabelece as bases para enfrentar as crises da vida adulta.
(C) a possibilidade de envolver-se de forma profunda com outras pessoas é um dos principais focos da crise de identidade.
(D) não ocorrerá atualizações de períodos anteriores, pois, uma vez superados os conflitos da infância, esses não têm mais
papel de importância na vida do sujeito.
(E) a identidade pode se desenvolver de duas formas: 1) pelo processo de diferenciação e de integração; 2) pelo processo de
substituição.
18 DPSPD-ADP-Psicólogo
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
o
65. A Deliberação do Conselho Superior da Defensoria Pública − CSDP n 187, de 12 de agosto de 2010, que organiza e estrutura
os Centros de Atendimento Multidisciplinar (CAM), instituiu, como uma das propostas de trabalho, a composição extrajudicial de
conflitos como alternativa à instauração de um processo judicial. É correto afirmar que:
(A) Mediação, conciliação e negociação podem ser definidas como: a busca da solução de um conflito por meio da
comunicação direta e aberta entre os envolvidos no impasse, sendo um elemento importante e muito utilizado nos
relacionamentos humanos.
(B) A conciliação, embora seja amplamente utilizada pelos psicólogos do CAM, ainda não está prevista no Código de
Processo Civil.
(C) O papel do mediador é buscar a aproximação entre as partes, sugerindo alternativas claras, tendo em vista a composição
do litígio.
(D) O trabalho conjunto dos profissionais de psicologia e direito no âmbito da mediação possibilita, a partir de uma leitura mais
ampla sobre o conflito, que as partes auxiliadas por esses profissionais construam uma solução favorável tanto do ponto
de vista psicológico como jurídico.
(E) Na mediação facilitadora, o mediador deve opinar sobre os pedidos das partes e sobre o acordo. Sua atuação será dirigida
à aproximação das partes, conciliando os interesses convergentes.
66. A psicologia se origina em diferentes matrizes do conhecimento psicológico, o que justifica sua diversidade teórica, metodológica
e de práticas. Pode-se afirmar que:
I. A diversidade permite que o psicólogo possa desenvolver a prática a partir de uma matriz e a teoria a partir de outra.
II. Embora o conhecimento psicológico tenha se originado a partir de diferentes matrizes, ele possui uma única forma de
abordar o seu objeto de estudo.
III. Na Psicologia, teoria, método e prática se inter-relacionam e se sustentam.
IV. A psicologia é uma ciência que comporta diferentes formas de pensamento, fundamentados em diferentes origens e
objetivos, o que faz dela um espaço de diversidade.
V. A teoria e o método estão inter-relacionados, entretanto a prática psicológica depende unicamente das características do
profissional.
São verdadeiras as proposições:
(A) I, III e IV.
(B) I e II.
(C) III e IV.
(D) II, III e V.
(E) II e V.
67. A separação conjugal, muitas vezes, é um processo desgastante, que traz para o casal e para seus filhos sofrimento emocional
decorrente dos conflitos conjugais que levaram à separação. A mediação familiar tem se mostrado um método que traz
benefícios às partes. Neste contexto, o psicólogo deverá considerar em sua prática:
I. A mediação permite que as partes envolvidas possam pensar por si mesmas para chegarem a um acordo, assumindo
suas vidas e decisões, comprometendo-se a cumprir o que foi acordado.
II. A mediação pode ser utilizada em todos os casos de separação conjugal.
III. Nos casos de separação conjugal, a mediação sempre será realizada com o casal, não podendo ser ampliada ao grupo
familiar.
IV. Um dos objetivos da mediação familiar, na separação conjugal, é levar as partes à reflexão sobre a situação dos filhos em
comum, buscando a solução que seja menos prejudicial ao bem-estar deles.
V. A atuação do psicólogo na mediação familiar visa tão somente avaliação psicológica das partes e à produção de relatório
que auxilie o profissional do direito na condução da mediação do conflito.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) III e V.
(C) II e IV.
(D) IV e V.
(E) I e IV.
DPSPD-ADP-Psicólogo 19
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
68. Uma demanda atendida pelo Sistema Judiciário está relacionada à queixa de pais sobre o uso de entorpecentes pelos filhos
adolescentes, que apresentam comportamentos de confronto e agressividade e se colocam, muitas vezes, em situações de risco
e/ou vulnerabilidade. Diante da dificuldade de tratar e proteger seus filhos, esses pais buscam a Defensoria Pública visando
conseguir uma solução para seus sofrimentos. Tendo em vista a atuação do psicólogo no CAM da Defensoria Pública do Estado
de São Paulo, considere as assertivas abaixo.
I. O psicólogo deverá acolher a demanda dos pais e encaminhar o adolescente para acolhimento institucional
imediatamente.
II. O sintoma da utilização de entorpecentes por um membro da família frequentemente denuncia que na estrutura familiar
pode haver comprometimento nas relações humanas, seja no âmbito individual, grupal ou social.
III. A orientação e apoio para acolhimento da família em sofrimento é fundamental na reestruturação e tratamento do
dependente químico, independentemente do estágio em que se encontre a gravidade do problema.
IV. Os usuários de drogas ilícitas, sejam adolescentes ou adultos, apresentam os mesmos aspectos psicológicos.
V. É importante buscar rapidamente, junto aos familiares, soluções, caso contrário haverá, necessariamente, o agravamento
do problema.
(A) II e III.
(B) I, II e III.
(D) II, IV e V.
(E) I e V.
69. Na demanda atendida diariamente pelo Centro de Atendimento Multidisciplinar ou pelo Centro de Atendimento Multidisciplinar
Criminal, encontram-se pessoas com dificuldade de expressão de suas necessidades, de seu sofrimento psíquico e com
indicativo de transtorno mental. A avaliação psicológica inicial, muitas vezes, requer a compreensão e a análise dos aspectos
psicopatológicos presentes. A este respeito, deve-se considerar que
(A) a psicopatologia busca observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental, atendo-se aos
princípios científicos e empíricos, a fim de estabelecer a necessidade de tratamento em meio fechado ou aberto.
(B) o diagnóstico, para ser abrangente, deverá contemplar os processos que deram origem aos sintomas atuais e as causas
situacionais que os perpetuam.
(C) o psicólogo, na realização da avaliação diagnóstica, estabeleça um diagnóstico definitivo − como, por exemplo, neurose
obsessiva ou psicose paranoica −, a fim de poder encaminhar adequadamente a pessoa avaliada para o tratamento
necessário.
(D) a utilização de testes psicológicos, sejam eles projetivos ou estruturados, como condição indispensável, para a realização
do diagnóstico psicopatológico.
(E) o estudo analítico das funções psíquicas isoladas e de suas alterações, uma vez que são fenômenos autônomos,
permitindo precisão no diagnóstico psicopatológico.
70. A doença mental ou transtorno mental, por suas características e sintomas, afetam a convivência do indivíduo na sociedade. O
DSM-5, propõe que:
(A) em relação aos transtornos de personalidade, o diagnóstico deve desconsiderar os antecedentes étnicos, culturais e
sociais do indivíduo, prevalecendo a intensidade e frequência dos sintomas.
(B) o transtorno mental é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das
expectativas da cultura do individuo, manifestando-se em duas (ou mais) das seguintes áreas: cognitiva, afetiva,
funcionamento interpessoal e controle de impulsos.
(C) a indicação de tratamento em paciente com diagnóstico de transtorno mental deva considerar a gravidade e importância
dos sintomas, o sofrimento do paciente, entre outros aspectos.
(D) seu uso tenha como objetivo respaldar clínicos e outros profissionais no diagnóstico de transtornos mentais e de
personalidade, como, por exemplo, os que trabalham no campo da Justiça.
(E) em conjunto com o CID 11 sejam utilizados como manuais que abordam de formas diferentes os quadros de doenças
mentais e transtornos, não havendo nenhuma aproximação entre as classificações dos quadros mentais apresentados por
ambos.
20 DPSPD-ADP-Psicólogo
www.pciconcursos.com.br
Caderno de Prova ’A24’, Tipo 001
DISCURSIVA-REDAÇÃO
Atenção:
Conforme Edital do Concurso, Capítulo X, itens:
“10.6. Será atribuída nota ZERO à Prova Discursiva-Redação que: a) fugir à modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto; b) apresentar texto sob forma não articulada
verbalmente (apenas com desenhos, números e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local apropriado; c) for assinada fora do local
apropriado; d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato; e) estiver em branco; f) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível.
10.7. Na Prova Discursiva-Redação, a folha para rascunho no Caderno de Provas será de preenchimento facultativo. Em hipótese alguma o rascunho elaborado pelo candidato
será considerado na correção pela banca examinadora. 10.8. Na Prova Discursiva-Redação deverão ser rigorosamente observados os limites mínimo de 20 (vinte) linhas e
máximo de 30 (trinta) linhas, sob pena de perda de pontos a serem atribuídos à Redação. 10.9. A Prova Discursiva-Redação terá caráter eliminatório e classificatório e será
avaliada na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado o candidato que nela obtiver nota igual ou superior a 50 (cinquenta).”
Instruções:
− NÃO é necessária a colocação de Título na Prova de Redação.
A taxa de reincidência de prisioneiros libertados nos Estados Unidos é de 60%; na Inglaterra, de 50%; na Noruega, de
20%.
A prisão de Halden foi projetada para incorporar a ideia que os noruegueses têm de execução penal: a pena é a
privação da liberdade, não o tratamento cruel. O objetivo é a reabilitação, não a vingança.
“Fundamentalmente, acreditamos que a reabilitação do prisioneiro deve começar no dia em que ele chega à prisão",
afirma a ministra júnior da Justiça da Noruega, Kristin Bergersen: "a reabilitação do preso é do maior interesse público, em
termos de segurança".
(Adaptado de: http://www.conjur.com.br/2012-jun-27/noruega-reabilitar-80-criminosos-prisoes)
Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do tema:
Sistema prisional e ressocialização do preso
DPSPD-ADP-Psicólogo 21
www.pciconcursos.com.br