Análise Perceptiva Da Obra de Camille Pissarro
Análise Perceptiva Da Obra de Camille Pissarro
Análise Perceptiva Da Obra de Camille Pissarro
Boulevard-Montmartre
SALVADOR
2010
Barbra Sousa Baldas
Boulevard-Montmartre
Salvador
2010
Impressionismo
Jacob Abrahan Camille Pissarro nasceu em Charlot Amalie, na ilha e São Tomás nas
Índias Ocidentais Dinamarquesas, em 10 de Julho de 1830. Com 11 anos Camille
Pissarro foi enviado a Paris para estudar num colégio interno.
Pissarro aos 23 anos tentou com a ajuda de seu amigo Fritz Melbye, iniciar sua carreira
de pintor em Paris. Neste tempo conheceu e se encantou com as obras de Camille Corot
e iniciou amizade com Paul Cézanne, Claude Monet, Charles-François Daubigny, entre
outros pintores impressionistas. Pissarro era decano dos impressionistas, e participou
das oito exposições do grupo.
Os temas de Pissaro variaram das paisagens campestres às cenas de rua. Sua grande
capacidade de composição espacial se apresenta em suas pinturas com perspectivas
abrangidas pela circulação profunda e emolduradas pela arquitetura, sua luz aparece na
cidade como uma atmosfera relaxante.
Esta obra de Pissarro intitulada Boulevarde Montmartre Tarde é apenas uma das séries
de pinturas, deste local, feita por ele. Nela é retratada uma grande e famosa avenida de
Paris, que o pintor via da janela de seu quarto.
Os tons rosados nas nuvens nos provocam a certeza de que o dia está por acabar, assim
como os tons mais escuros abaixo das árvores e um amarelo avermelhado que nos
remete ao por do sol. As cores utilizadas pelo pintor não causam muito contraste, a
exceção do preto utilizado nas carruagens e roupas.
A mudança das cores parece ser feita sutilmente, pois não se percebe mudanças bruscas
e quebras. Talvez pela característica da forma de pintura em staccato e da mistura de
cores diretamente na tela dos impressionistas, essas mudanças são gradativas surgindo
entre as cores novos tons intermediários.
A característica da pintura impressionista nos permite ter uma visão ampla, mas não
definida do momento. A falta de nitidez aparenta ser um dia de chuva. Quanto a isso
Schapiro diz: “[...] quando traduzido em pinceladas rápidas e sumarias para se tornar
uma pintura de [...] Pissarro, a cena talvez parecesse aos mesmos espectadores
entusiastas uma imagem caótica e arbitrária em seus detalhes ilegíveis e dispersos”.
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