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CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

SEGURANÇA DO TRABALHO

Estatística
ALVORADA

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A segurança do trabalho é uma ciência multidisciplinar e se utiliza de outras ciências
para atuar. Dessa forma, vamos discutir, nesta aula, a utilização de dados estatísticos
usados pela segurança do trabalho no sentido de prevenir acidentes de trabalho.

1
Segurança do trabalho I A03

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Para começo
de conversa...
E
m todos os ramos de atividade a estatística está presente, fornecendo dados
que permitem comparações para se avaliar o comportamento daquilo que está
sendo realizado. Como exemplo, temos: as pesquisas de opinião pública, que
aferem à audiência de um determinado programa; as pesquisas realizadas em época
de eleições, que refletem os resultados nas urnas da preferência dos eleitores em
relação aos candidatos. Isso é a aplicação da Estatística.

A Segurança do Trabalho lança mão de estatística para estudar o comportamento dos


acidentes nas empresas e, a partir daí, averiguar o nível das condições de segurança
desenvolvidas nas diversas atividades.

O que é Estatística?
Segundo Milone (2004, p. 3), a

Estatística é o estudo dos modos de obtenção, coleta, organização,


processamento e análise de informações relevantes que permitem quantificar,
qualificar ou ordenar entes, coleções, fenômenos ou populações de modo tal
que se possa concluir, deduzir ou predizer propriedades, eventos ou estados
futuros.

Assim, utilizando a estatística de acidentes, podemos deduzir se as ações de segurança


do trabalho estão sendo eficazes ou não.

O que são dados estatísticos?


Os dados são quaisquer registros ou indícios relacionados a alguma entidade ou evento
que servirão de análise e posterior conclusão relacionado ao acontecimento.

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A Estatística e a
Segurança do Trabalho
Para relembrar...

Os acidentes de trabalho ocorridos na empresa devem ser comunicados


ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) através da Comunicação de
Acidentes de Trabalho (CAT). A emissão da CAT se destina ao controle
estatístico e epidemiológico junto aos órgãos Federais e visa, principalmente,
à garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até
mesmo de uma aposentadoria por invalidez. Por sua vez, o Ministério do
Trabalho e do Emprego (MTE), através da FUNDACENTRO, recebe, trata e
divulga as fichas de acidentes com o objetivo de avaliar e comparar a
eficácia da prevenção de acidentes nos setores da economia dos municípios,
estados e do país.

Os objetivos da Estatística de acidentes na


Segurança do Trabalho são:
a) Possibilitar avaliações sobre o desempenho do programa de Segurança do Trabalho
da empresa, através de comparações de índices de acidentes ocorridos entre os
seus diversos setores ou entre empresas de mesmo ramo de atividades na mesma
ou em diferentes regiões do país ou no mundo.

b) Propiciar o desenvolvimento de estudos referentes ao custo de acidentes – quanto


custa um acidente de trabalho? Financeiramente falando, vale à pena investir na
prevenção de acidentes?

c) Fornecer aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da


estatística acidentária – nesse caso os interessados teriam parâmetros para avaliar
a necessidade ou não de intervenção nos programas de segurança desenvolvido
pelas empresas.

d) Desenvolver programas que visem à redução de acidentes do trabalho e assim


permitir que a empresa pague prêmios menores no tocante ao seguro de acidente
do trabalho.

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Praticando... 1
É evidente a importância da Estatística para a segurança do trabalho, uma
vez que fornece aos órgãos públicos e particulares dados concretos e
atualizados da estatística acidentária. Assim, pesquise, através de livros,
internet, etc. exemplo de Estatística aplicada à segurança do trabalho e
descreva sua interpretação dos dados expostos.

Publicação e divulgação das estatísticas


de acidentes de trabalho – Decreto-Lei nº
362/93 de 15 de Outubro de 1993
Incumbe ao Ministério do Emprego e da Segurança Social, através do respectivo
Departamento de Estatística, o apuramento e difusão regular de estatísticas sobre
acidentes de trabalho e doenças profissionais, nos termos da delegação de competências
do Instituto Nacional de Estatística naquele Departamento.

Neste aspecto, as entidades seguradoras devem remeter ao Departamento de Estatística


do Ministério do Emprego e da Segurança Social, até o dia 15 de cada mês, um exemplar
de cada uma das participações de acidentes de trabalho que lhes tenham sido dirigidas
no decurso do mês anterior.

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Cadastro de
acidentes na empresa
O cadastro de acidentes é o conjunto de informações das ocorrências dos acidentes
de uma empresa. Sua organização tem por base a Norma NBR 14280/99 – Cadastro
de acidentes do trabalho, procedimento e classificação – e deve proporcionar unidades
de medidas padrões universais de comparação.

Esses padrões são as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e a Taxa de Gravidade de


Acidentes (G) usados para indicar a necessidade relativa de medidas de prevenção em
diferentes departamentos da fábrica ou entre indústrias de mesmo risco.

Conceitos básicos que servirão para o estudo


das Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e
Taxa de Gravidade de Acidentes (G)
a) Empregado: Número de pessoas com compromisso de prestação de serviço na área
de trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos.

b) Horas-homem de exposição ao risco: Somatório das horas durante as quais os


empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período – dias,
semanas, meses, ano, etc.

1. As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer


outros registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as
extraordinárias.

2. Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão
ser estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número de
horas trabalhadas por dia.

3. Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de exposição


ao risco, arbitra-se em 2000 horas-homem anuais a exposição do risco para cada
empregado.

4. As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais
como as relativas a férias, licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga,
gala, luto, convocações oficiais não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas,
isto é, horas de exposição ao risco.

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5. Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente
a serviço do empregador.

6. Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho


não definido, deve ser considerado no cômputo das horas de exposição, a média
diária de 8 horas.

7. Para empregados de plantão nas instalações do empregador, devem ser consideradas


as horas de plantão.

c) Dias perdidos: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal,


exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho.

d) Dias debitados: Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para
o cálculo do tempo computado.

e) Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com


incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas
de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”.

f) Número de acidentes, com e sem perda de tempo ocorrido no mês.

Praticando... 2

Calcule o que se pede:

1. José sofreu um acidente no dia 11 de abril e voltou ao trabalho no dia


30 de maio. Calcule os dias perdidos desse trabalhador.

2. João acidentou-se no dia 25/04/2007 e voltou a trabalhar no dia


07/05/2007. Calcule os dias perdidos desse trabalhador.

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Medidas de avaliação de
frequência e gravidade
O cálculo das taxas deve ser realizado por períodos mensais e anuais, podendo-se usar
outros períodos quando houver conveniência.

Os acidentes de trajeto devem ser tratados à parte, não sendo incluído no cálculo usual
das taxas de frequência e de gravidade.

Taxas de frequência

Taxa de frequência de acidentes


 É o número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, e
m
determinado período.

Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:

N × 1.000.000
FA =
H
Em que:
FA → taxa de frequência de acidentes
N → número de acidentes
H → horas-homem de exposição ao risco

Taxa de frequência de acidentados com lesão


com afastamento
 É o número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de h
o
ra
s
-h
o
me
mde
exposição ao risco, em determinado período.

Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:

N × 1.000.000
FL =
H

Em que:
FL → taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento
N → número de acidentados com lesão com afastamento
H → horas-homem de exposição ao risco

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Taxa de frequência de acidentados com lesão
sem afastamento
 É o número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de h
o
ra
s
-h
o
me
mde
exposição ao risco, em determinado período.

Deve-se fazer o levantamento do número de acidentados vítimas de lesão, sem


afastamento, calculando a respectiva taxa de frequência.

Apresenta a vantagem de alertar a empresa para acidentes que concorram para o


aumento do número de acidentes com afastamento.

O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão com
afastamento. Auxilia os serviços de prevenção, possibilitando a comparação existente
entre acidentes com afastamento e sem afastamento.
N × 1.000.000
F L(sem / afastamento)=
H

FL → taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento


N → número de acidentados com lesão sem afastamento
H → horas-homem de exposição ao risco

Praticando... 3
Calcule o que se pede:

1. Em uma empresa onde trabalham 500 empregados, com regime de


trabalho de 8h diárias, ocorreram, em dois meses, 5 acidentes com perda
de tempo. Calcular a Taxa de frequência desta empresa.

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Taxa de Gravidade
 É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, m
e
determinado período.

Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte expressão:


T × 1.000.000
tt =
H

Em que:
G → taxa de gravidade
T → tempo computado
H → horas-homem de exposição ao risco

Calcule o que se pede:

Praticando... 4

1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “X”, sabendo-se que a mesma


registrou no primeiro trimestre de 2006 os seguintes dados:

O número de horas-homens trabalhadas foi 500.000 e o número de dias


perdidos foi de 400.

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Números médios para efeito
de estatística de cidentes
para cada trabalhador:
Quadro 01 – Números médios de dias trabalhados

Descrição Números médios

Horas trabalhadas por dia 8h/dia

Dias trabalhados por mês 25 dias/mês

Horas trabalhadas por mês 200 h/mês (8×25)

Dias trabalhados por ano 300 dias/ano (25×12)

Horas trabalhadas por ano 2.000 h/ano

Fonte: Adaptado da NBR 14280/99

Exemplo 1
Analisaremos duas fábricas: uma a que chamaremos de T e a outra, de
H. No ano passado, 10 trabalhadores se acidentaram na fábrica T e 20 na
H. Qual das duas fábricas teve uma proporção mais alta de acidentados?
T ou H ?

Fábrica Número de acidentados Observação

T 10
T é melhor que H
H 20

Mas suponhamos que na fábrica T trabalhem 100 pessoas e na H um


número duas vezes maior. Cada fábrica, portanto, teve o mesmo número
de acidentados para cada 100 trabalhadores.

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Fábrica No. de acid. Empregados Observação
T 10 100 T e H tiveram o mesmo número de
acidentes para cada 100 trabalhadores,
H 20 200 ou seja, 10 acidentes para cada 100
trabalhadores

Mas, suponhamos agora que a fábrica T trabalhe 40 horas por semana e


a fábrica H 44 horas. Isso nos faz concluir que, em termos de prevenção
de acidentes, a H é melhor do que a T, já que na fábrica H o tempo de
exposição ao risco é maior que em T, e H e T têm a mesma relação de
acidentes para cada 100 trabalhadores.

Número de operá- Número de Horas trabalha-


Fábrica Observação
rios acidentados trabalhadores das/ semana

T 10 100 40 H é melhor que A, pois


os trabalhadores têm
H 20 200 44 mais tempo de exposi-
ção ao risco.

Na fábrica T ocorreram 10 acidentes com afastamento no ano passado e


foram trabalhadas 200.000 horas-homens durante o ano. Assim, obtemos a
taxa de frequência aplicando a seguinte fórmula:

a) Cálculo da Taxa de Frequência

10 × 1.000.000
FL = = 50
200.000

Isso significa que, durante o ano, os trabalhadores da fábrica T sofreram


lesões que provocaram uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão
de horas que trabalharam.

b) Cálculo da Taxa de Gravidade

No caso da fábrica T, as 10 lesões provocaram um total de 200 dias


perdidos, assim, com a fórmula da Taxa de gravidade, obteremos o valor de
dias perdidos com acidentes para cada 1.000.000 horas trabalhadas:

200 × 1.000.000
tt = = 1000
200.000

Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica T, no ano


passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas-trabalhadas. Supondo-
se que cada empregado trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo
perdido foi de 2 (dois) dias por homem, por ano.

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Aplicação da tabelas
de Dias Debitados
A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade devido ao
acidente. Representa uma perda econômica, tendo a vida média do trabalhador sido
estimada em 20 anos ou 6.000 dias.

Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da


mão, a carga correspondente é de 750 dias, os quais, acrescidos à perda de tempo
proveniente das 9 lesões restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total de
930 dias, e a Taxa de gravidade será:

(180 + 750) × 1.000.000


tt = = 4.650
200.000

O tempo perdido devido aos acidentes foi de 4.650 para cada 1.000.000 de horas-homem
trabalhadas, fato esse agravado pelo acréscimo dos dias debitados referentes à perda
de dois dedos da mão.

Tabela de Dias Debitados


A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fim exclusivo de permitir a
comparação da redução da capacidade resultante dos acidentes entre departamentos
de uma mesma empresa, entre diversas Empresas e entre empresas de países que
adotem a mesma tabela. A perda de tempo constante da tabela representa uma perda
econômica tendo por base a vida média ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou
6.00 dias.

Curiosidades....

A tabela dos dias debitados é usada internacionalmente e foi organizada


pela “International Association of Industrial Accident Bord and Commission”.
Ela foi mostrada na redação da Norma Regulamentadora 5 – Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), em seu anexo 1 da Portaria
32/68, depois na atualização no anexo II – quadro 1A da Portaria n.º 33,
de 27 de outubro de 1983. Apesar de não ter sido citada em sua última
atualização, na prática ainda se faz referência ao quadro 1A da Portaria n.º
33, de 27 de outubro de 1983.

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Tabela 1–- Dias debitados

Avaliação Dias
Natureza
percentual debitados

Morte 100 6.000


Incapacidade total e permanente 100 6.000
Perda da visão de ambos os olhos 100 6.000
Perda da visão de um olho 30 1.800
Perda do braço acima do cotovelo 75 4.500
Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3.600
Perda da mão 50 3.000
Perda do 1º quirodátilo (Polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo) 5 300
Perda de dois outros quirodátilos (dedos) 12 1/2 750
Perda de três outros quirodátilos (dedos) 20 1.200
Perda de quatro outros quirodátilos (dedos) 30 1.800
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e qualquer outro quirodátilo
20 1.200
(dedo)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e dois outros quirodátilos
25 1.500
(dedos)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e três outros quirodátilos
33 1/2 2.000
(dedos)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e quatro outros quirodátilos
40 2.400
(dedos)
Perda da perna acima do joelho 75 4.500
Perda da perna, no joelho ou abaixo dele 50 3.000
Perda do pé 40 2.400
Perda do 1º pododátilo (dedo grande do pé) ou de dois ou
6 300
mais podátilos (dedos do pé)
Perda do 1º pododátilo (dedo grande) de ambos os pés. 10 600
Perda de qualquer outro pododátilo (dedo do pé) 0 0
Perda da audição de um ouvido 10 600
Perda da audição de ambos os ouvidos 50 3.000

Fonte: <http://www.geocities.com/Athens/Troy/8084/Estatist.html>.
Acesso em: 20 ago. 2009.

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Praticando... 5
Calcule o que se pede:

1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “H”, sabendo-se que a mesma


registrou no primeiro trimestre de 2008 os seguintes dados:

O número de horas-homens trabalhadas foi 600.000 e o número de


dias perdidos foi de 450. Sabe-se, também, que entre os operários
acidentados, um deles perdeu a visão de um olho e outro perdeu a perna
acima do joelho.

2. Em uma empresa onde trabalham 1.000 empregados ocorreram, em


um mês, três acidentes com perda de tempo, nos dias 2, 15 e 20. Os
acidentados voltaram a trabalhar, respectivamente, nos dias 26, 17 e 27
do mesmo mês. No primeiro acidente, o operário perdeu um dedo polegar.
Pede-se calcular as Taxas de frequência e de Gravidade.

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3. Na empresa “A”, ocorreram, em três meses, 10 acidentes dos quais
apenas 8 registraram perda de tempo com um total de 600 dias perdidos.
Dentre os acidentados, houve dois casos mais graves: um operário
perdeu um dedo polegar e outro operário perdeu o dedo pequeno do
pé. Calcular as Taxas de frequência e de Gravidade dessa empresa,
sabendo-se que a mesma tem 400 empregados e que, durante um mês,
as atividades da citada empresa ficaram totalmente paralisadas.

Interpretação de
dados estatísticos
Até agora sabemos como calcular as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e Taxa de
Gravidade de Acidentes (G), cujo resultado nos fornece parâmetros para avaliar a eficácia
das ações de segurança nos setores das empresas. Agora, vamos ler e interpretar as
tabelas e quadros de estatísticas de acidentes divulgados no Brasil:

Exemplo 2
Os dados estatísticos de acidentes de trabalho registrados nos anos de
1996 a 2006 (tabela 2) indicam que:

1. no ano de 2006 ocorreu o maior número absoluto de acidentes (503.890


acidentes = típico + trajeto + doença);

2. o maior número absoluto de mortes no trabalho foi de 4.488 vítimas


em 1996;

3. no ano de 1996 ocorreu o maior número absoluto de acidentes com


incapacidade permanente (18.233 vítimas).

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Segurança do trabalho I A03

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Nesta tabela não podemos fazer comparações entre o total de acidentes
nos diversos períodos, para determinar em que ano ocorreu o menor índice
de acidentes de trabalho no país, uma vez que não temos um parâmetro
comum para tal. Por exemplo, se fizéssemos a relação entre o número de
acidentes pelo número de trabalhadores expostos ao risco em cada ano,
teríamos um valor comum para ser comparado.

Tabela 2 – Acidentes de trabalho registrados nos anos de 1996 a 2006

Acidentes de trabalho Tabela 113


Brasil 1996-2006 (acidentes registrados)

Acidentes Acidentes Doenças do Total de Incapacidade


Ano Mortes
típicos de trajeto trabalho acidentes permanente

1996 325.870 34.696 34.889 395.455 4.488 18.233


1997 347.482 37.213 36.648 421.343 3.469 17.669
1998 347.738 36.114 30.489 414.341 3.793 15.923
1999 326.404 37.513 23.903 387.820 3.896 16.757
2000 304.963 39.300 19.605 363.868 3.094 15.317
2001 282.965 38.799 18.487 340.251 2.753 12.038
2002 323.879 46.881 22.311 393.071 2.968 15.259
2003 325.577 49.642 23.858 399.077 2.674 13.416
2004 375.171 60.335 30.194 465.700 2.839 12.913
2005 398.613 67.971 33.096 499.680 2.766 14.371
2006 403.264 73.981 26.645 503.890 2.717 8.383
Fonte: MPAS. Anuário Estatístico da Previdência Social
Elaboração: DIEESE
Obs.: Para os anos mais recentes, os resultados são preliminares, portanto, sujeitos à alteração

Fonte: Anuário dos trabalhadores (2008, p. 191).

Praticando... 6
Baseando-se no exemplo 2 e analisando a tabela de acidentes de trabalho
registrados, por motivo, em 2006 (tabela 3), que conclusão você pode tirar?

16
Segurança do trabalho I A03

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Tabela 3 – Acidentes de trabalho registrados, por motivo, em 2006

Motivo
Regiões e Estados Total
Típico Trajeto Doença do Trabalho

BRASIL 503.890 403.264 73.981 26.645


NORTE 19.888 15.866 2.742 1.280
Acre 431 329 77 25
Amapá 490 353 121 16
Amazonas 6.083 4.676 760 647
Pará 9.213 7.749 1.084 380
Rondônia 2.337 1.764 417 156
Roraima 124 61 54 9
Tocantins 1.210 934 229 47
NORDESTE 52.415 40.728 7.656 4.031
Alagoas 6.143 5.448 576 119
Bahia 15.992 11.939 1.980 2.073
Ceará 5.886 4.205 1.203 478
Maranhão 2.642 2.140 411 91
Paraíba 2.602 2.050 344 208
Pernambuco 11.014 8.527 1.911 576
Piauí 1.059 738 280 41
Rio Grande do Norte 4.834 3.955 649 230
Sergipe 2.243 1.726 302 215
SUDESTE 287.918 229.727 43.153 15.038
Espírito Santo 11.842 9.918 1.600 324
Minas Gerais 51.858 43.295 6.639 1.924
Rio de Janeiro 35.741 26.079 6.535 3.127
São Paulo 188.477 150.435 28.379 9.663
SUL 110.768 90.989 14.936 4.843
Paraná 36.995 30.768 4.951 1.276
Rio Grande do Sul 43.341 35.958 5.222 2.161
Santa Catarina 30.432 24.263 4.763 1.406
CENTRO-OESTE 32.901 25.954 5.494 1.453
Distrito Federal 5.788 4.087 1.115 586
Goiás 13.057 10.413 2.230 414
Moto Grosso 7.544 6.288 1.042 214
Mato Grosso do Sul 6.512 5.166 1.107 239

Fonte: <http://www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Anuario%202008/Estatistica%20Tabela2.pdf>.
Acesso em: 20 ago. 2009.

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Segurança do trabalho I A03

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Exemplo 3
A tabela a seguir é mais completa – Número de Acidentes e Doenças do
Trabalho no Brasil de 1970 a 2006 (tabela 4). Dessa forma, podemos inferir
que:

1. Nos anos 70, o maior índice de acidentes foi no ano de 1972, onde
ocorreram 18.465 acidentes para cada 100.000 trabalhadores.

2. Apesar de maior número absoluto de acidentes (1.916.187 acidentes) no


ano de 1975, pode-se considerar que, em matéria de segurança, foi um
ano melhor que o de 1972, pois ocorreram 14.743 acidentes para cada
100.000 trabalhadores.

Tabela 4 – Número de Acidentes e Doenças do Trabalho no Brasil de 1970 a 2006

Acidentes
Óbitos/ Óbitos/
Total Aci- Acidentes/
Ano Trabalhadores Doenças Óbitos 100 Mil 10 Mil
Típico Trajeto dente 100 Mil Traba.
Trab. acid.

1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 1.220.111 16.751 2.232 31 18


1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 1.330.523 17.615 2.587 34 19
1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 1.504.723 18.465 2.854 35 19
1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 1.632.696 14.901 3.173 29 19
1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 1.796.761 15.574 3.833 33 21
1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 1.916.187 14.744 4.001 31 21
1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 1.743.825 11.668 3.900 26 22
1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 1.614.750 9.734 4.445 27 28
1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 1.551.461 9.324 4.342 26 28
1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 1.444.627 8.191 4.673 26 32
Média
anos 70 12.428.828 1.535.843 36.497 3.227 1.575.566 13.697 3.604 29 23

1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 1.464.211 7.836 4.824 26 33


1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 1.270.465 6.621 4.808 25 38
1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 1.178.472 6.051 4.496 23 38
1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 1.003.115 5.099 4.214 21 42
1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 961.575 4.888 4.508 23 47
1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 1.077.861 5.096 4.384 21 41
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 5.450 4.578 21 38
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.028 5.738 25 50
1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.191 4.616 20 47
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 3.628 4.554 19 51

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Média
21.077.804 1.053.909 59.937 4.220 1.118.071 5.389 4.672 22 42
anos 80
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 2.990 5.355 23 77
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 632.322 2.749 4.527 20 72
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 532.514 2.391 3.516 16 66
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 412.293 1.780 3.110 13 75
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 388.304 1.641 3.129 13 81
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 424.137 1.785 3.967 17 94
1996 23.830.312 325.870 34.696 34.889 395.455 1.659 4.488 19 113
1997 24.104.428 347.482 37.213 36.648 421.343 1.748 3.469 14 82
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 1.692 3.793 15 92
1999 24.993.265 326.404 37.513 23.903 387.820 1.552 3.896 16 100
Média
23.648.341 414.886 35.618 19.706 470.210 1.999 3.925 17 85
anos 90
2000 26.228.629 304.963 39.300 19.605 363.868 1.387 3.094 12 85
2001 27.189.614 282.965 38.799 18.487 340.251 1.251 2.753 10 81
2002 28.683.913 323.879 46.881 22.311 393.071 1.370 2.968 10 76
2003 29.544.927 325.577 49.642 23.858 399.077 1.351 2.674 9 67
2004 31.407.576 375.171 60.335 30.194 465.700 1.483 2.839 9 61
2005 33.238.617 398.613 67.971 33.096 499.680 1.503 2.766 8 55
2006 35.155.249 403.264 73.981 26.645 503.890 1.433 2.717 8 54
Média
30.206.932 344.919 53.844 24.885 423.648 1.397 2.830 9 68
anos 00
Total 32.460.811 1.697.428 445.719 34.604.008 - 141.821 - -
Média
21.162.115 877.319 45.876 12.046 935.243 5.963 3.833 20 54
geral

Fonte: <http://www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Anuario%202008/Estatistica%20Tabela1.pdf>.
Acesso em: 20 ago. 2009.

Praticando... 7
1. Analisando o quadro número de acidentes e doenças do trabalho no
Brasil, de 1970 a 2006 (tabela 4), preencha as lacunas relativas à
década de 80 (a) e repita as informações no que couber para a década
de 90 (b) e compare entre si as duas décadas (c):

a) Década de 80:

1. Nos anos 80, o maior índice de acidentes foi no ano de , onde


ocorreram acidentes para cada 100.000 trabalhadores.

2. Apesar do maior número absoluto de acidentes no ano de ______


com acidentes, pode-se considerar que em matéria de
segurança foi um ano melhor que o de , pois ocorreram
acidentes para cada 100.000 trabalhadores.

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b) Década de 90:

c) Entre as duas décadas:

2. Analisando o quadro de acidentes de trabalho ocorridos nos últimos 17


anos no Estado do Rio Grande do Norte (tabela 5), em qual ano ocorreu
maior êxito nas ações de prevenção de acidentes? Explique sua resposta.

Tabela 5 – Acidentes de trabalho ocorridos nos últimos 17 anos no Estado do Rio Grande do Norte

Acidentes de Trabalho Registrados Óbitos/ Óbitos/


Ano Trabalhadores Óbitos 10 Mil 100 Mil
Típico Trajeto Doença Total
Acid. Hab.
1990 258.819 2.059 229 14 2.302 28 122 11
1991 266.361 1.999 224 8 2.231 48 215 18
1992 258.097 819 87 8 914 24 263 9
1993 263.652 849 54 8 911 32 351 12
1994 276.319 778 29 6 813 27 332 10
1995 285.985 926 88 28 1.042 24 230 8
1996 287.614 1.273 28 162 1.463 37 253 13
1997 272.744 1.229 193 28 1.450 34 234 12
1998 286.325 1.431 216 48 1.695 42 248 15

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1999 297.616 1.374 216 59 1.649 20 121 7
2000 315.488 1.212 252 49 1.513 31 205 10
2001 337.160 1.508 282 66 1.856 26 140 8
2002 318.971 1.821 335 89 2.245 28 125 9
2003 388.007 2.099 332 129 2.560 32 125 8
2004 421.109 3.030 449 131 3.610 23 64 5
2005 450.797 3.397 489 169 4.055 20 49 4
2006 475.257 3.955 649 230 4.834 28 58 6
Total 5.460.321 29.759 4.152 1.232 35.143 504 - -
Média 321.195 1.751 244 72 2.067 30 184 10

Fonte: <http://www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Anuario%202008/Estatistica%20por%20Estados%20RN.pdf>.
Acesso em: 20 ago. 2009.

Nesta aula, estudamos os dados estatísticos de acidentes de trabalho e como esses


dados ajudam na prevenção de acidentes. Na próxima aula, estudaremos como identificar
as atividades e operações insalubres e perigosas no ambiente laboral, condições estas
responsáveis por muitas doenças ocupacionais. Até breve!

Leitura complementar
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14280/99: cadastro de
acidentes de trabalho: procedimentos e classificação. Rio de Janeiro, 2001. Disponível
em: <http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/nbr14280-cadastro.doc>.
Acesso em: 29 jan. 2009.

Documento que aborda a Norma Brasileira Regulamentadora 14.280, relativo ao


procedimento e classificação do cadastro de acidentes do trabalho.

Você estudou que a estatística tem um papel importante na prevenção de


acidentes, uma vez que as divulgações de dados estatísticos vão servir
como parâmetro de avaliação das ações de segurança implantadas na
empresa ou diagnosticar os setores que necessitam de melhor intervenção
de segurança. Portanto, cabe ao pessoal da Segurança do Trabalho,
na ocorrência de acidentes, preencher e enviar a ficha de acidentes de
trabalho específica à FUNDACENTRO, órgão responsável pelo recolhimento
e tratamento dos dados.

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Autoavaliação

Responda ao que se pede:

1. Qual o papel da Estatística na Segurança do trabalho?

2. O que significa o parâmetro Horas-homem de exposição ao risco?

3. A quem compete o tratamento estatístico dos acidentes de trabalho?

4. Qual o papel da empresa em relação aos dados estatísticos de acidentes


de trabalho?

5. Qual a diferença entre dias perdidos e dias debitados?

6. Em que se baseia a tabela de dias debitados?

7. Qual a diferença entre a Taxa de Frequência e Taxa de Gravidade?

8. Nos quadros e tabelas estatísticas, o que compõe a coluna total de


acidentes de trabalho registrados ou total de acidentes?

9. Para fins estatísticos, qual a média das horas trabalhadas por ano?

10. Em uma empresa A, onde trabalham 2500 empregados, ocorreram


5 (cinco) acidentes em 1 (um) ano, com 7 (sete) dias perdidos; um
dos trabalhadores perdeu a visão de um olho e outro perdeu a mão.
Em uma empresa B, onde trabalham 1500 empregados, ocorreram 3
(três) acidentes em 1 (um) ano, com 3 (três) dias perdidos e um dos
trabalhadores veio a falecer.

a) Calcule a Taxa de frequência e Gravidade, considerando o regime de


trabalho de 8h diárias.

b) Compare as empresas A e B em termos de eficácia em relação às ações


de segurança do trabalho.

Referências
ANUÁRIO Estatístico de Acidentes do Trabalho 2007: Seção II - Indicadores de Acidentes
do Trabalho. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.
php?id=645>. Acesso em: 20 ago. 2008.

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Segurança do trabalho I A03

Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt22 28/10/09 11:02


BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria
n.° 33, de 27 de outubro de 1983. Brasília, 1983. Disponível em: <http://www.mte.
gov.br/legislacao/portarias/1983/p_19831027_33a.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2008.

BRASIL. Ministério da Economia e da Inovação. Decreto-Lei n. 362/93, de 15 de


Outubro de 1993. Regula a informação estatística sobre acidentes de trabalho e
doenças profissionais. Brasília, 1993. Disponível em: <http://www.iapmei.pt/iapmei-
leg-03.php?lei=2260>. Acesso em: 13 jul. 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14280/99: cadastro de


acidentes de trabalho: procedimentos e classificação. Rio de Janeiro, 2001. Disponível
em: <http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/nbr14280-cadastro.doc>.
Acesso em: 29 jan. 2009.

. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas regulamentadoras. Disponível em:


<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp>. Acesso
em: 13 jul. 2008.

COSTA NETO, Ângelo da; FERNANDES, Francisco das Chagas de Mariz. Segurança do
trabalho: defenda essa causa. Natal: Setor gráfico da ETFRN, 1989.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS –


DIEESE. Anuário dos trabalhadores 2008. 9. ed. São Paulo: DIEESE, 2008. Disponível
em: <http://www.mte.gov.br/dados_estatisticos/anuario_2008/arquivos/pdf/anuario_
trabalhadores_2008.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009.

ESTATÍSTICAS de acidentes. Disponível em: <http://www.geocities.com/Athens/


Troy/8084/Estatist.html>. Acesso em: 12 jul. 2008.

INSTRUÇÃO normativa INSS/PRES nº 20, de 11 de outubro de 2007. Diário Oficial


da União, 10 out. 2007. Disponível em: <http://www81.dataprev.gov.br/sislex/
paginas/38/INSS-PRES/2007/20.HTM>. Acesso em: 12 jul. 2008.

MILONE, Giuseppe. Estatística: geral e aplicada. São Paulo: Pioneira Thompson Learning,
2004. p. 483.

PANTALEÃO, Sérgio Ferreira. Comunicação de acidente de trabalho. In: SINDICATO DOS


SERVIDORES PÚBLICOS DE S.J. DE UBÁ: blog. 27 set. 2007. Disponível em: <http://
sisepuba.spaceblog.com.br/53630/COMUNICACAO-DE-ACIDENTE-DE-TRABALHO/>.
Acesso em: 12 jul. 2008.

PROTEÇÃO: informação de fonte segura. Anuário brasileiro de proteção 2008. Disponível


em: <http://www.protecao.com.br/novo/template/page.asp?menu=962&CodMenu=9
62&Lbt=0>. Acesso em: 20 ago. 2009.

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Anexo 1

Termos estatísticos
Vamos apresentar alguns termos utilizados em relação a estatísticas de acidente,
conforme a NBR 14280/1999, para podermos compreender os dados estatísticos de
acidentes de trabalho:

1. Lesão com afastamento (Lesão com perda de tempo ou incapacitante): Lesão


pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente
ou de que resulte incapacidade permanente.

Essa lesão pode provocar incapacidade permanente total, incapacidade permanente


parcial, incapacidade temporária total ou morte.

2. Lesão sem afastamento (Lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo):
Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato
ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente.

Essa lesão não provoca a morte, incapacidade permanente total ou parcial ou


incapacidade temporária total; exige, no entanto, primeiros socorros ou socorros
médicos de urgência.

Devem ser evitadas as expressões “acidente com afastamento” e “acidente sem


afastamento”, usadas impropriamente para significar, respectivamente, “lesão com
afastamento” e “lesão sem afastamento”.

3. Incapacidade permanente total: Perda total da capacidade de trabalho, em caráter


permanente, sem morte. Ex.: ambos os olhos, um olho e uma das mãos ou um olho
e um pé, ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.

4. Incapacidade permanente parcial: Redução parcial da capacidade de trabalho, em


caráter permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total,
é a causa de perda de qualquer membro ou parte do corpo ou qualquer redução
permanente de função orgânica.

5. Incapacidade temporária total: Perda total da capacidade de trabalho de que resulte


um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial
e a incapacidade permanente total.

6. Análise do acidente: Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstâncias


e consequências.

7. Estatísticas de acidentes, causas e consequências: Números relativos à ocorrência


de acidentes, causas e consequências devidamente classificados.

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8. Comunicação de acidente: Informação que se dá aos órgãos interessados, em
formulário próprio, quando da ocorrência de acidente.

9. Comunicação de acidentes para fins legais: Qualquer comunicação de acidente


emitida para atender a exigências da legislação em vigor como, por exemplo, a
destinada à previdência social.

10. Comunicação interna de acidentes para fins de registro: Comunicação que se faz
com a finalidade precípua de possibilitar o registro de acidente.

11. Registro de acidente: Registro metódico e pormenorizado, em formulário próprio,


de informações e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à análise de
suas causas, circunstâncias e consequências.

12. Registro de acidentado: Registro metódico e pormenorizado, em formulário


individual, de informações e de dados relativos a um acidentado, necessários ao
estudo e à análise das causas, circunstâncias e consequências do acidente.

13. Formulários para registro, estatísticas e análise de acidente: Formulários


destinados ao registro individual ou coletivo de dados relativos a acidentes e
respectivos acidentados, preparados de modo a permitir a elaboração de estatísticas
e análise dos acidentes, com vistas à sua prevenção.

14. Cadastro de acidentes: Conjunto de informações e de dados relativos aos acidentes


ocorridos.

15. Acidente típico: é aquele decorrente da característica da atividade profissional


que o indivíduo exerce.

16. Acidente de trajeto: é aquele que ocorre no trajeto entre a residência do trabalhador
e o local de trabalho e vice-versa.

17. Doença profissional ou do trabalho: é a doença produzida ou desencadeada pelo


exercício de determinada função, característica de um emprego específico.

18. Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente


do tempo decorrido desde a lesão.

19. Estatísticas por setor de atividade: Além das estatísticas globais da empresa,
entidade ou estabelecimento, é de toda conveniência que sejam elaboradas
estatísticas por setor de atividade, o que permite evitar que a baixa incidência de
acidentes em áreas de menor risco venha a influir nos resultados de quaisquer
das demais, excluindo, também, das áreas de atividade específica os acidentes
não diretamente a elas relacionadas.

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