PDF SV 208 Novembro
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PDF SV 208 Novembro
208
2018
DESOSSA
OU
CAIXARIA?
As duas
estratégias têm
prós e contras. Saiba
o que considerar
na hora de def inir
o açougue na
sua loja
SU PERVAR E JO
38
CAPA
Desossa ou caixaria
Ambas as estratégias têm seus
prós e contras. Entenda o que
deve ser considerado no
momento de selecionar a
melhor forma de definir o
açougue na sua loja
COLUNAS
editorial 6
jurídico 32
melhor gestão by falconi 34
o cliente e o varejo by
ibope inteligência 36
MERCADO
checkout 24
8
por dentro do varejo 26
tabloide 28
food service 30
ENTREVISTA
rubens ricupero 8
ACONTECE
prêmio apas acontece 50
70
GESTÃO
marketing – bebidas
para o verão 70
operação – meios
de pagamentos 84
marketing – cosméticos 98
rubens
ricupero
As incógnitas para
2019
O embaixador Rubens Ricupero foi diplomata de carreira, aposentando-se
após ocupar a chefia das embaixadas do Brasil em Genebra, Washington
e Roma. Exerceu os cargos de Ministro do Meio Ambiente e da Amazônia,
bem como de Ministro da Fazenda (no governo Itamar Franco), quando
lançou a nova moeda brasileira, o real, em julho de 1994. Entre 1995 e
2004, por eleição da Assembleia Geral das Nações Unidas, dirigiu como
secretário-geral a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento (Unctad), em Genebra. Atualmente, dirige a Faculdade
Armando Álvares Penteado, onde também dá aulas na Faculdade de
Economia e Relações Internacionais. Recentemente, lançou o livro
A Diplomacia na Construção do Brasil: 1750 a 2016. Com quase 82 anos e
uma disposição invejável, o embaixador Ricupero recebeu a reportagem
da SuperVarejo e disse que está extremamente preocupado com o
anúncio das primeiras medidas do presidente eleito Jair Messias
Bolsonaro. O “3 em 1” no Ministério da Economia tem pouco efeito prático,
segundo ele, e pode provocar um grande estrago. O que mais o preocupa
é a unificação dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. Segundo
ele, sem experiência sobre o que prevalece hoje no mundo, o Brasil pode
perder investidores, cessar relações internacionais e correr ladeira abaixo
por não seguir as regras vigentes entre as nações mais evoluídas: preservar
o meio ambiente, priorizar os direitos humanos, promover a igualdade
entre mulheres e homens e a tolerância à diversidade, de todos os tipos.
Qual sua opinião sobre a criação do público. Se você me perguntar se é verdade que o
superministério da Economia, a partir mercado está querendo acreditar nele, é verdade.
da fusão dos ministérios da Fazenda, Mas o mercado é mercurial: hoje diz uma coisa,
Planejamento, Indústria e Comércio? amanhã diz outra. É preciso ver o que o ministro
Olha, já foi tentado uma vez na época do Collor, quer fazer e se o presidente eleito vai deixar.
e não deu certo. Não economiza nada, porque as
despesas dos ministérios continuam as mesmas Agora, o que a gente pode esperar
com o pagamento de funcionários e torna a gestão para a economia em 2019, nos
mais difícil. O Ministério da Fazenda em si já é setores da indústria e do varejo?
muito grande, complexo de administrar; juntar Neste momento, o índice de confiança melho-
outros vai complicar ainda mais. Sobretudo com rou muito no comércio, nos últimos meses está
um ministro (Paulo Guedes) que não tem expe- se recuperando. A economia vai crescer, pouco,
riência prévia de administração pública. Minha mais vai crescer. Agora é preciso se consolidar
impressão: é mais uma medida superficial, dá a para 2019, porque a questão fundamental é o de-
impressão de que economiza, mas, na verdade, semprego. Enquanto houver um desemprego tão
não melhora, e até complica. grande, o consumo não será nada vigoroso. Esses
números devem despencar para a retomada do
O estrago pode ser maior com esse crescimento e isso só acontece com a retomada
combo de ministérios “3 em 1”?
É claro, porque são ministérios que devem ter sua
especificidade separada. Apenas confirma aquilo
de que já se desconfiava. É uma equipe inconse-
quente, sem clareza de ideias e com constantes
oscilações sobre propostas de governo. São sinais
negativos. Não é uma equipe amadora, mas in-
consequente, que a toda hora se contradiz, sempre
com pouca firmeza. Não passa uma imagem boa.
O que nos move vai muito além da energia. É por isso que aplicamos todo nosso
conhecimento a favor do desenvolvimento do seu negócio, com parceria e soluções
que trazem mais competitividade, economia e sustentabilidade para a sua empresa.
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TÓPICOS: Política • Relações internacionais • Economia • Meio ambiente
rubens
ricupero
das obras de infraestrutura, o Brasil está muito preciso ter muito cuidado, porque há um grupo
atrasado. É necessário criar condições de con- que apoia Bolsonaro que tem posições muito pre-
fiança para os investidores privados, inclusive os ocupantes, como o ruralista que outro dia defendia
estrangeiros. Temos urgência em atrair capitais mudanças na lei de combate ao trabalho escravo. A
para a melhoria das estradas, recuperação das fer- imagem dele, do presidente Bolsonaro, não é boa,
rovias para o transporte de soja, das hidrovias, porque hoje em dia a imagem de qualquer pessoa ou
dos portos. E há muito capital disponível que não qualquer país se constrói com base em quatro te-
chega porque os investidores têm medo do risco. mas: direitos humanos, meio ambiente, promoção
da igualdade entre mulheres e homens e tolerância
Bolsonaro atrai ou repele à diversidade de todos os tipos. A pessoa que fica
os investidores? contra isso é um pouco um pária, é vista como uma
Hoje em dia, nenhum grande investidor vai pôr pessoa que está fora da civilização. Com qualquer
dinheiro em um país que seja favorável ao desma- país que se apresente com as ideias dessas pessoas
tamento da Amazônia ou à destruição do cerrado. que apoiam Bolsonaro não dá nem para começar
Causas assim provocam engajamento até mesmo a conversa. É como disse um desses exportado-
dos investidores da Europa, do Japão e dos Esta- res de soja: as pessoas que adotam essa atitude
dos Unidos. Vários fundos de investimento ignoram de desprezo ao meio ambiente nunca negociaram
países ou empresas que agridem o meio ambiente nada fora do Brasil. Eles não sabem que, quando
e não cumprem os direitos trabalhistas. Então, é nós saímos, é a primeira coisa que nos cobram:
J
á se foi o tempo em que pa- nome está em evidência no seg- Assim, fica claro aos supermerca-
lestra significava ver um mento varejista nos últimos anos. distas que é preciso sair da zona de
speaker sério no palco, com Agora o foco de Dill Casella é o conforto para fazer a diferença no
os movimentos calculados e uma tema “Como tornar o atendente da mercado. Dill Casella mostra como.
plateia sem interação. O que vale loja um vendedor”, em treinamen-
agora é o stand-up empresarial, to em que ele adapta a performan- Dill Casella marcou presença
formato de apresentação que re- ce dos grandes palcos para os au- nos principais eventos
supermercadistas do país:
mete aos espetáculos interativos e ditórios das redes supermercadis-
conecta o público com o tema pro- tas. Com clientes em diversas áre- Super Encontro
2016 Varejista, em
posto, de modo dinâmico e com as do varejo, o palestrante destaca Minas Gerais
entretenimento. o trabalho feito atualmente na rede
Esse novo conceito é trabalhado Hirota, de São Paulo, no qual já mi- 2017 SuperMinas
pelo palestrante Dill Casella, que nistrou mais de dez palestras ao
mostra que, dessa forma, a trans- longo de 2018. 2018 APAS Show
missão da mensagem proposta é “Temos que fazer com que o
muito mais dinâmica e o objetivo é atendente da loja, seja ele quem for,
alcançado de forma assertiva. As- o repositor, o operador de caixa, o Mais informações:
sim, explorando o assunto de forma cortador de frios, se transforme em contato@dill.com.br
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consistente e diferenciada, seu protagonista dentro do supermer-
rubens
ricupero
Em 2017 a China
desmatadas. Então, se houver uma retomada investiu a realidade, acho que vamos ter resultados
US$ 20,9 bilhões
do desmatamento, nós perderemos mercado. muito negativos.
no Brasil. Os
O que muita gente não se dá conta é de que principais setores
o Brasil tem uma série de concorrentes, há beneficiados E o desejo de mudar a embaixada na
foram agricultura,
certa ingenuidade de pensar que nós somos logística e Arábia Saudita?
os tais. Se o Brasil começar a ter esse tipo energia. Quando Outra ideia que ele tem, que é completamen-
o assunto é
de comportamento, os concorrentes vão usar te esdrúxula, é mudar a embaixada, de Tel
importação, foram
isso contra nós. Se ocorrer isso, é melhor fe- movimentados Aviv para Jerusalém. Ele vai ofender a todos
char a butique, porque você não vai vender. quase os árabes. Você sabe que o que nós vendemos
US$ 48 bilhões
entre os dois no Oriente Médio não é para Israel, é para
Dentro dessa linha, Bolsonaro países no período. os árabes. Vendemos carne, frango, cerca de
Soja, minério de
fala em aproximar-se de Taiwan... ferro e petróleo
US$ 6 bilhões aos árabes. Então é preciso que
É uma armadilha? são os produtos haja alguém que tenha a capacidade de acon-
Isso seria um desastre enorme. Os chineses mais importados selhar, de mostrar isso.
pelos chineses
seguramente adotariam fortes represálias, o
Brasil simplesmente perderia o maior mer- Antes de tomar posse, Bolsonaro
cado. A China é o maior mercado do Brasil. já tem uma imagem terrível.
Tanto Bolsonaro quanto o pessoal que o cerca têm
Ele vai ter que fazer um esforço
um conhecimento aparentemente muito distor-
cido da realidade internacional. Se eles não fo-
gigantesco só para não agravar
rem capazes de atrair gente que conheça melhor a imagem que tem
DESTILADOS
Categoria
AQUECEM OS cresceu 4,5% no
NEGÓCIOS NO VERÃO último ano e mostra
potencial para
O crescimento dos destilados se deu, entre outros fatores, pelas
novas ocasiões de consumo. As pessoas estão cada vez mais re-
alavancar as vendas
cebendo amigos e familiares em casa para encontros casuais, e, e a rentabilidade
para esse momento, as pessoas buscam drinks leves, refrescan-
tes e sofisticados, conectando com a alta coquetelaria que está
das lojas
em destaque no momento em todo o mundo.
1. AUMENTE O FLUXO NO CORREDOR: segundo
Para o varejo, isso é positivo, pois, de acordo com a última
a árvore de decisão da Diageo, 66% dos clientes
pesquisa de árvore de decisão liderada pela Diageo, 70% dos que interagem com destilados compram o
shoppers que compram bebidas destiladas no varejo as con- produto. Uma sugestão é posicionar a categoria
somem em casa. Dentro da categoria, destaque para o Gin, a próximo a corredores de maior movimentação,
que mais cresceu no último ano, 260% segundo dados Nielsen. como o de cervejas e refrigerantes. Porém é
Inclusive a sub-categoria figura como astro principal em bares importante estar atento à legislação local..
especializados. Destilados e cervejas dividem, em muitas vezes,
cestas de compras, e isso facilita a jornada
Mas ainda há muito espaço para crescer, já que só um a cada 10 de compra do cliente para bebidas alcoólicas.
brasileiros compra destilados - 13% de penetração nos lares - e
o consumidor ainda conhece pouco desse mundo de coquete- 2. COLOQUE OUTROS PONTOS DE CONTATO NA
LOJA: utilize os pontos extras: cachaça próximo
laria. As dúvidas são comuns: como fazer um drink? É possível
a carvão ou açougue, RTD no corredor da
fazer um drink rápido e fácil? Quais insumos usar? O que com-
cerveja, vodca e gin próximos a frutas e
bina com essa bebida? Destilados são bebidas muito fortes? temperos – como hortelã e gengibre. Uma boa
estratégia para aumentar a cesta do cliente é
Com esse cenário, o varejista pode ajudar seu cliente respon- aproximar os destilados de água tônica, água de
dendo a essas perguntas e, assim, aumentar suas vendas. Aqui coco, chás, sucos e açúcares, sugerindo a criação
vão algumas dicas para aproveitar esse movimento e deixar a de diferentes tipos de drinks.
loja preparada para o verão!
3. EDUQUE O SEU CLIENTE: use ferramentas como
encartes, tabloides, site próprio, blogs, redes
RECEITA JOHNNIE HIGHBALL sociais, além de materiais de ponto de venda,
• Em um copo longo coloque 50ml de JW para ensinar aos clientes drinks fáceis, que
• Adicione 50ml de Água de Côco poderão ser preparados em casa para consumo
• Encha de Gelo e coloque Tônica até completar próprio ou com amigos e familiares. O ideal é que
•Finalize com uma rodela de laranja a receita tenha no máximo quatro passos, como
no exemplo ao lado.
rubens
ricupero
problema nos primeiros meses, senão vai ser mais ser tomada é a idade mínima para aposenta-
difícil à medida que o governo se desgasta. doria, acabar com a possibilidade da aposen-
tadoria por tempo de serviço, isso não existe
E como é governar com essa Câmara em nenhum lugar. E, provavelmente, o que vai
completamente renovada? acontecer é uma reforma gradual.
É imprevisível, porque não sabemos exatamen-
te qual vai ser o comportamento dos novatos E quanto às reformas tributária
eleitos, é preciso lembrar que muitos são des- e política?
sas corporações como Bancada da Bala, polícias A tributária vem à frente porque hoje se sabe que
militares etc. A situação está tão grave que na uma empresa gasta uma fortuna só com o setor de
Previdência Social o que começa a pesar mais pagamento de impostos. Precisamos simplificar
são as aposentadorias e pensões dos militares, a estrutura de impostos. Existe a proposta do IVA
não mais dos funcionários civis. Ora, ele repre- – imposto sobre valor agregado-, que substitui
senta uma corporação que são as Forças Arma- todos os impostos indiretos.
das, será que ele terá disposição de mexer nisso?
E quanto à reforma política?
Se for feita uma reforma Eu também me pergunto se ele estará dis-
mínima, a Previdência quebra? posto a usar esse capital com a expressiva
Em quantos anos? votação de quase 58 milhões de eleitores a
Depende. Existem várias projeções. Não há seu favor para apresentar uma reforma po-
dúvida nenhuma de que a primeira medida a lítica substancial, porque um dos primeiros
FOTOS: DIVULGAÇÃO
COVABRA / VINHEDO (SP)
Primeiro hiper
da região
A rede Condor inaugurou
uma loja na cidade de
Mafra, em Santa Catarina.
Com investimento de
R$ 40 milhões, a operação
conta com 4.000 metros
quadrados de área de
vendas, 21 checkouts e mix
de 20.000 itens, além de
uma galeria de 12 lojas e
praça de alimentação.
BELA VISTA
por REDAÇÃO revista@supervarejo.com.br
Inauguração
com presente
A Óticas Diniz abriu
sua primeira loja na cidade
de Indaiatuba, em São Paulo.
Para comemorar a chegada
à cidade, a rede fez uma ação
promocional na semana de
abertura, quando ofereceu
gratuitamente 1.000 armações
por dia a quem adquirisse
lentes monofocais.
Avanço no Norte
A rede Divino Fogão inaugurou sua segunda unidade em Palmas
(TO), no Capim Dourado Shopping. O novo espaço conta com um
bufê que traz pratos tradicionais da fazenda e um cardápio com
mais de 17 opções diárias, entre saladas, grelhados e sobremesas.
Ao todo, a rede conta com 186 lojas em operação por todo o Brasil
e pretende expandir, com mais unidades em shoppings.
Moda europeia
no Brasil
A marca Zippy inaugurou
duas lojas de roupas no
Brasil, uma no Morumbi
Shopping e a outra no
Shopping Tamboré,
respectivamente, em
São Paulo e em Barueri,
ambas no estado paulista.
Fundada em Portugal, Cuidados com os bichinhos em SP
a rede está presente A rede Petz inaugurou, na zona Leste de São Paulo,
em cerca de 40 países e sua 26ª loja na capital, sendo essa a 71ª da rede no país.
pretende dar continuidade Com aproximadamente 1.700 metros quadrados, a unidade
à sua expansão conta com uma clínica veterinária, um centro de estética
na América Latina. e um mix com mais de 20.000 produtos nacionais e importados.
tabloide
Indústrias Anhembi Salon Line
Super Candida Wipes, novos panos de limpeza Linha #todecacho, composta por
umedecidos, disponíveis nas versões Desengordurante itens como Creme para Pentear,
e Multissuperfícies. Low Poo, Ativador de Cachos e
Geleia Capilar.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Razzo
Livy Therapia do Banho, linha
de sabonetes hidrantes,
em embalagem com três Kim
unidades de 90g cada. Wraps nas versões Tradicional e Integral, encontrados
em embalagens de 300g, com 10 unidades.
CLASSE A
por NATHALIE GUTIERRES nathalie.gutierres@supervarejo.com.br
food service
Pitlak
Brigadeiro e Beijinho, doces com
receita caseira, que passam a
integrar a linha de confeitaria.
Duas Rodas
Candy Colors, linha voltada para o setor de confeitaria fina, com 14 produtos, incluindo pastas
americanas coloridas, corantes e granulados.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Harald
Gel Confeiteiro Sabor Chocolate, disponível
em sachês de 1,050 kg. É indicado para a
decoração de bolos e tortas, entre outros.
ARNEG
por ROGERIO LEVORIN NETO* revista@supervarejo.com.br
DIVULGAÇÃO
detalhista e de difícil execução outras áreas. No capítulo tributário, por
governamental, por não prever a exemplo, a União passou a ter
origem dos recursos para que o Estado comprometida a sua capacidade
*Coordenador jurídico da Associação
possa cumprir seus deveres. Mas é econômica para fazer frente a esses Paulista de Supermercados. Formado
também elogiado por outros como direitos sociais. Já os estados alargaram em direito pela USP e pós-graduado em
direito empresarial pelo Mackenzie.
sendo a Constituição Cidadã, que a competência de também receber
trouxe importante evolução e tributos. A consequência foi a alta carga
significativas conquistas sociais, tributária brasileira, que passou de 23% impopularidade das medidas, em ano
notadamente por disciplinar temas do PIB (Produto Interno Bruto), em de eleições, politizou o debate,
relevantes, entre eles os direitos 1988, ao pico de 36%, em 2013 impediu sua implementação e, assim,
fundamentais, o direito dos (atualmente está na casa dos 33%). deixou essa árdua missão para o
consumidores, o regime geral de Temos hoje uma das cargas tributárias próximo governo.
previdência social e o direito das mais altas do mundo, sem a devida Como sabemos, a galopante
minorias, os quais foram contrapartida em serviços públicos de elevação da arrecadação para custeio e
minuciosamente observados no texto qualidade, como acontece nos países sustento da máquina pública chegou ao
legal. Além dos artigos que tratam da com as maiores taxas. Certamente não ponto de saturação, tornando cada vez
organização política e jurídica do país evoluímos bem nesse campo, pois, mais premente o enfrentamento de
e dos direitos fundamentais, a além de esse sistema ser caro e outros temas de suma relevância, tais
Constituição traz questões ambientais, complexo, perdeu-se a oportunidade, como: o fim da reeleição em todas as
culturais, tributárias, entre outras. em 1988, de modernizá-lo. esferas de poder, a nomeação de
Fato é que, nessas três décadas de No que se refere ao gasto público, a políticos eleitos para cargos no
vigência da Constituição, passamos Constituição agiu fortemente na Executivo, a adoção do voto distrital
por dois impeachments de presidente proteção dos direitos de servidores e da puro, além da extinção de emendas
da República, crises de corrupção que Previdência, cujo pagamento consome parlamentares, do fundo partidário e
envolveram o alto escalão de atualmente 67% do total do orçamento da estabilidade para servidor público.
autoridades governamentais, e que público. O resultado é que pouco sobra Nesse contexto, é razoável que haja
resultaram em processos como o para os investimentos em infraestrutura o debate sobre a revisão de matérias
mensalão e a operação Lava Jato. de que o Brasil tanto necessita, e até constitucionais que têm gerado
Não obstante, a Constituição Federal mesmo para garantir os direitos sociais sobrecarga à sociedade, com a adoção
conseguiu manter o mínimo padrão apregoados pela Carta Magna. de soluções que permitam reduzir o
de governabilidade e garantir Neste ano, sabendo-se que o déficit público, a fim de fomentar o
a estabilidade do país, com o sistema está próximo do colapso, o necessário desenvolvimento
pleno funcionamento das instituições governo federal propôs uma reforma econômico e possibilitar a redução do
dos três poderes (legislativo, da Previdência que demandaria desemprego, a geração de renda e o
executivo e judiciário). alterações na Constituição. Todavia, a aumento do consumo.
divulgação
de carreiras tradicionais ou que existe mais. A relação com o trabalho
acabaram de surgir precisam se mudou. A nova geração quer trabalhar
*Sócio e diretor de Gente e Gestão na Falconi.
reinventar constantemente para com propósito, mas, ao mesmo tempo, Graduado em Engenharia, especialista
acompanhar essas mudanças. A má quer que a rotina seja divertida, em Gestão Estratégica de Negócios e mestre
em Engenharia de Produção.
notícia é que o mercado está carente interessante e construtiva. Essa forma
de pessoas que tenham competências de trabalhar, muitas vezes, se traduz
indispensáveis para lidar com essas em empreender ou em se tornar um cursos de curta duração estão
transformações. A boa notícia é que profissional autônomo. Por sinal, os proliferando de forma exponencial e
ainda dá tempo de se movimentar. jovens têm muito menos medo de prometem um aprendizado mais
A Falconi tem trabalhado há mais de arriscar, mesmo que isso signifique rápido do que uma pós-graduação ou
20 anos com os maiores varejistas do menos estabilidade profissional. MBA tradicional, por exemplo. Ao
Brasil e com alguns grandes players A tecnologia, por outro lado, terá mesmo tempo, a atualização
mundiais, além de atender a redes mais impacto nas operações dos profissional deve ser mais importante
regionais de grande impacto local. negócios. Acredito que a digitalização pela vivência do que pelo conteúdo. Se
Nossa experiência ao longo desses anos vai continuar transformando a rotina você não vive o que aprende na prática,
tem nos mostrado que, quando os profissional – muitas funções serão é como dar um tiro na água. Joga
ciclos de recuperação se iniciam, as automatizadas, enquanto novas conhecimento, tempo e recursos fora.
empresas que se prepararam e se carreiras vão surgir, para atender a Um dos caminhos mais certos a
fortaleceram durante o período de crise demandas que ainda não existem. trilhar, neste momento de transição,
saem na frente e conseguem capturar Essa tendência obriga os profissionais é adquirir habilidades indispensáveis
uma fatia maior do valor agregado pelo a tomar para si a responsabilidade de ao futuro. O profissional que quer
crescimento do mercado. adquirir novos conhecimentos. continuar no mercado precisa ter
Entre as transformações que Dessa forma, para quem já está no bom relacionamento interpessoal, ser
ocorrem, a mudança de geração é a mercado, é fundamental atualizar-se capaz de encontrar formas de ajudar
mais difícil de lidar. As lideranças ainda de forma constante e rápida. E esse as pessoas e conciliar divergências de
estão tentando entender o que é movimento deve ser de 360 graus. Os ideias em sua rotina, com inteligência
emocional. Interpretar dados e
extrair deles insights estratégicos
serão outros diferenciais buscados
pelas empresas, que darão
preferência às pessoas com
pensamento crítico e criativo, que
ilustração: istock
DIVULGAÇÃO
embasada em nossos estudos, indica grande oportunidade de mantê-los
a mudança de diversos hábitos, sim. O clientes. Será necessário conhecê-
consumidor está ficando mais velho, los cada vez mais, o que é possível
*Diretor executivo do Ibope Conecta. MBA
informado e exigente. Mas, seguimos investindo em pesquisas para pelo IESE Business School (Barcelona)
questionando: em que o brasileiro está entender seus hábitos de consumo, e bacharel em Economia pela PUC-SP.
Desde 2017, também preside o Comitê de
mudando, de fato, o seu consumo? comportamento de compra e para Tecnologia e Pesquisas Digitais da ABEP.
Em um levantamento realizado identificar oportunidades de agregar
por nós em julho deste ano – Ibope mais valor aos seus produtos
Conecta, referência em pesquisas e serviços. de que, nesse cenário, o valor é mais
on-line no país –, identificamos que Nós identificamos, ainda, nessa importante que o preço, ou seja,
o internauta brasileiro está trocando pesquisa, que os usuários de internet deve-se proporcionar o desconto e
marcas de alimentos mais caras por no Brasil estão evitando comer fora transformá-lo em algo mais vantajoso
outras mais econômicas. De acordo de casa (2/3 dos entrevistados) e e não simplesmente em uma redução
com o estudo, 69% dos entrevistados metade destes (49%) começou a de preço. Outra recomendação é
estão fazendo a troca por alimentos receber mais amigos e família em se preparar para o atendimento e
de marcas mais baratas. casa em vez de sair. promover seus serviços e produtos,
A pesquisa mostra, também, que Por outro lado, os internautas têm fisgando esses novos clientes, já que
68% dos internautas que estão posto a mão no bolso apenas quando dificilmente haverá uma segunda
experimentando alimentos de avaliam a qualidade do alimento. De oportunidade. Por isso, o primeiro
marcas mais econômicas se sentem acordo com nosso estudo, 65% deles contato com esses novos clientes
satisfeitos com elas. Eis que surge estão dispostos a pagar mais por precisa ser bem executado, desde
uma nova pergunta: quão fiéis esses uma marca quando acreditam que ela o atendimento, passando pela
consumidores serão a essas marcas tem qualidade superior em relação às comunicação na embalagem ou em
assim que a economia reaquecer e o outras. Fidelidade, entretanto, está peças publicitárias, até a qualidade
em baixa: apenas 26% está disposto e a experiência percebida de toda a
a pagar mais caro por uma marca que jornada de consumo. Por fim, e não
consumia com frequência. Ou seja, menos importante, o consumidor está
percebe-se que o consumidor está mais qualificado e desconfiado. Tenha
cada vez mais racional no consumo, cuidado com as propagandas “espertas”
e o preço, mais do que nunca, tem ou enganosas e evite promessas
sido critério fundamental na compra. falsas ou vazias. Prepare-se, capriche
Como lidar com esse contexto? na sua comunicação e transmita
Estudos da unidade do Ibope o sentimento de uma compra
ilustração istock
CARNE
CERTA
TÓPICOS: Açougue • Desossa • Caixaria
NATHALIE GUTIERRES
do profissional
estoque e das perdas, que acaba desossador e
sendo mais complicada, e tam- turnover na
bém as exigências de estrutura área é baixo
e mão de obra para a desossa.
o consumidor tem sempre carne fresca, que, pela demanda da rede,
Carne fresca todo dia fica evidente que gira bem nas lojas.
A principal vantagem da desos- Caso parecido é o do Supermercado Castanha (uma loja em
sa sobre a “caixaria”, segundo São Paulo), de Shirlei Castanha. Para a diretora, a carne com-
varejistas ouvidos pela repor- prada direto do abatedouro ou do frigorífico garante um ali-
tagem, é o frescor. O diretor co- mento mais fresco, cuja qualidade tem maior possibilidade de
mercial do Supermercado Beira ser acompanhada.
Alta (seis lojas na Grande São “Temos consumidores que vêm de outros bairros para comprar
Paulo), Serafim Silva Martins, nossa carne”, conta Shirlei, atribuindo tamanho sucesso ao fres-
contou que o frigorífico que for- cor da carne, ao domínio de todo o processo – que permite à equi-
nece para a rede abate o animal, pe fazer os cortes do jeito que os consumidores gostam – e ao con-
por exemplo, na terça, e entre- trole de qualidade, visto que, pelo fato de haver um único forne-
ga a peça na quinta. Como a en- cedor, toda a manipulação é interna.
trega é diária para o Beira Alta, Martins, do Beira Alta, reitera a experiência de Shirlei e explica
que, no caso da “caixaria”, os cortes já vêm prontos da indústria. O
supermercadista sabe de onde veio a carne, pois, em geral, são lotes
Açougue gera tráfego na loja e,
rastreáveis, mas não tem controle sobre a escolha do fornecedor.
por ser uma compra de Outro ponto que, para Martins, favorece a desossa interna é o
reposição, ainda ajuda a formar fato de que a carne de “caixaria” pode chegar ao supermercado
a imagem do supermercado com até 30 dias desde o abate do animal, considerando que o pra-
zo de validade chega a ser o dobro disso.
SUPER-
MERCADO
MADRID
implanta
Açougue
Nota 10,
projeto da
JBS que
prevê, entre
outras ações,
ELIANE CUNHA
consultoria
e treinamento
à equipe da loja
COMO É NOS EUA 42 mil bovinos por dia (28 mil nos
Estados Unidos, 4 mil no Canadá e 10
P OR ROG É RIO G AT TI mil na Austrália); seis unidades de
confinamento (150 mil cabeças –
A
SuperVarejo visitou, em pode ser manipulado pelo Austrália); e oito centros de
agosto deste ano, cinco supermercado, ou já em case- distribuição (sete na Austrália e uma
plantas frigoríficas da JBS -ready, que são aquelas embalagens na Nova Zelândia). O faturamento
nos Estados Unidos. Enquanto no prontas para colocar nas gôndolas”, atinge US$ 21 bilhões ao ano. A JBS
Brasil são 112 abatedouros, na diz o executivo, que está no grupo Pork, que abate 90 mil porcos por dia
América do Norte a operação JBS- desde 2007 e comandou a empresa na (cinco unidades de processamento de
USA conta com 63 unidades nos Austrália antes de assumir a operação porcos, sete abatedouros, duas
Estados Unidos, uma no Canadá e oito estadunidense. unidades genéticas e dois centros de
no México. Na Austrália são 26, Uma curiosidade desse mercado é distribuição) e tem faturamento anual
empregando quase 90 mil pessoas. que 50% da carne bovina vendida nos de US$ 6,2 bilhões. E, por fim, a JBS
No Brasil são 125 mil empregados. varejos alimentares são de ground Chicken, que tem capacidade para
Hoje, contudo, a operação por aqui beef, a nossa carne moída. Mesmo abater nada menos que 8,2 milhões
representa somente 20% do negócio com os consumidores acostumados aves por dia – 26 abatedouros nos
quando o assunto é faturamento do com a bandeja coberta com filme, as Estados Unidos, com 6,6 milhões de
grupo, que atualmente atinge a casa embalagens a vácuo estão ganhando aves , um em Porto Rico (66 mil aves),
dos 55 bilhões de dólares ao ano. espaço, como conta o executivo. “Essa seis no México (851 mil aves) e quatro
Segundo o CEO da empresa, o embalagem, que chamamos de tijolo, no Reino Unido (760 mil aves), com
brasileiro André Nogueira, a operação aumenta a validade do produto na faturamento anual de US$ 11 bilhões.
com supermercados nos Estados gôndola. Em comparação com o O frigorífico bovino visitado pela
Unidos se dá quase que totalmente Brasil, a embalagem a vácuo para SuperVarejo fica na cidade de Greeley,
em caixaria. “A desossa começou a carne moída ainda é muito pouco no Estado do Colorado, e abate 6 mil
mudar por aqui há aproximadamente usada por aqui”, compara Nogueira. cabeças de gado por dia. Para se ter
30 anos, com a diminuição constante Quanto a características de uma ideia, a maior unidade no Brasil,
da quantidade de açougues, que mercado, muitas redes que fica em Campo Grande (MS), não
ficavam nos fundos da loja. Hoje nós supermercadistas dos Estados Unidos chega a abater 3 mil cabeças por dia.
entregamos a carne num formato que optam por utilizar marca própria. Essa * Rogério Gatti viajou a convite da JBS
não pode passar de tos”, como o valor do espaço, cada vez mais alto nas grandes
4 ºC
cidades, e a imagem do açougue diante dos clientes – antes de
tomar uma decisão.
Fontes: entrevistados
Prêmio APAS
Acontece
Supermercadistas elegem
fornecedores de produtos
e serviços em 21 categorias pelo
destaque no relacionamento
ao longo do último ano
EMPRESAS
QUE FAZEM
A DIFERENÇA
É BOM. É DO BEM. É
ACONTECE
GESTÃO
Prêmio APAS
Acontece
Destaque para
o troféu da premiação
O troféu entregue às empresas que se sagraram
vencedoras desta edição do Prêmio APAS
Acontece foi elaborado pelo artista plástico Fred
Gelli, conhecido por ter criado o logo dos Jogos
Olímpicos Rio 2016. Inspirado pelo movimento
sempre vivo do fogo, Gelli desenvolveu uma
peça orgânica e com movimento, que tem cada
componente móvel e as diferentes cores da
chama aplicadas sobre acrílico.
ADQUIRÊNCIA: Cielo
Sergio Saraiva, vice-presidente
Adotamos uma política de pôr o cliente na fren-
te, e cada vez mais lançamos produtos adequa-
dos. Oferecemos itens que agregam valor ao ne-
gócio do cliente, como o Big Data, que propor-
cionam inteligência de dados ao varejista por
meio das informações geradas, a fim de ajudá-lo
a tomar a decisão correta.
BAZAR: Tramontina
André Savi, gerente de vendas
A premiação nos faz ser sinônimo de categoria no
segmento de utilidades domésticas. O reconheci-
mento dos associados da APAS comprova a força da
nossa marca, muito presente nesse setor. É emo-
cionante representar toda a equipe da Tramontina,
toda a estrutura que a empresa possui. Nós temos
o slogan O prazer de fazer bonito, então, isso é uma
comprovação de que estamos no caminho certo.
BEBIDAS ALCOÓLICAS
(exceto cervejas):
Companhia Müller de Bebidas
José Aidar Neto, superintendente
A Müller foca cada vez mais esse canal, com um
portfólio renovado, compreendendo muito melhor
a cadeia de valor e, principalmente, concentrada em
uma melhor execução. Receber o prêmio é o reco-
nhecimento de um esforço, de um trabalho que nós
realmente nos preocupamos em fazer, foi uma meta
que nós nos propusemos a cumprir. Acima de tudo,
isso nos encoraja e nos motiva a continuar melho-
rando cada vez mais a parceria com esse canal.
de clientes.
A
w w w . s e a r a . c o m . b r
ACONTECE
GESTÃO
Prêmio APAS
Acontece
CARNES: JBS
Ailton Firmino da Silva, diretor executivo comercial
Estamos fazendo bastante investimento na marca Fri-
boi nesses anos todos e, para nós, esse prêmio é o re-
torno de tudo aquilo que plantamos, tudo aquilo que
nós fizemos, também nos anos anteriores. Esse reco-
nhecimento aumenta a nossa responsabilidade com o
nosso produto, com a nossa qualidade, com a nossa
marca. E não seria possível estar aqui se não fosse o
apoio de todos os supermercadistas.
CERVEJA: Ambev
Oscar Sala, diretor de trade marketing
Para estarmos mais próximos dos supermercadis-
tas, fizemos uma série de investimentos. Abrimos
um novo canal de comunicação com o parceiro
Ambev e também renovamos a nossa estrutura de
trade marketing, a fim de levar uma solução de
gerenciamento de categoria a todos os varejistas
que tiverem interesse.
EQUIPAMENTOS LEVES
E PESADOS: Toledo
Mário Francisco Pandolfo, diretor comercial
Nosso grande diferencial, para ser reconheci-
dos pelos supermercadistas, é a tecnologia e
todo o trabalho que fazemos para encantar os
clientes, sempre com soluções que agregam va-
lor ao negócio deles. Nossa busca incessante é
pelos melhores produtos, as melhores soluções,
atendendo a todas as legislações possíveis.
Sempre acompanhamos tudo isso para satisfa-
zermos o mercado de uma forma plena.
HORTIFRÚTI: Benassi
Bruno Benassi, diretor comercial
Ao longo de sua história, a Benassi construiu al-
guns diferenciais que nos fazem ser lembrados
neste momento importante de celebração. Acre-
dito que o principal deles, que nos torna reco-
nhecidos, é o atendimento ao consumidor final,
prestando suporte ao supermercadista, o que faz
parte do nosso DNA.
LÁCTEOS: Nestlé
LIMPEZA: Ypê
Waldir Beira Júnior, presidente da Ypê
Eu vejo que houve um alinhamento de interesses,
especialmente no sentido de que tanto a indús-
tria quanto o varejo têm um objetivo em comum,
que é atender bem o shopper, aquele consumidor
que vai às lojas escolher e comprar os seus pro-
dutos. Acho que temos desenvolvido um bom tra-
balho nesse sentido, focando o shopper e agindo
sempre no sentido desse bom atendimento. Com
isso, ganha o shopper, o supermercado e também
a indústria.
PÃES E PRODUTOS
DE CONFEITARIA: Panco
Akiko Tinen, sócia-diretora
Nosso foco é sempre a qualidade, com produtos
fresquinhos, e distribuição que atende muito
bem os supermercadistas. Damos sequência à
cultura de nosso fundador, que respeitava mui-
to os clientes e os visitava pessoalmente. Para
nós, é muito importante receber este prêmio,
porque queremos crescer no mercado, expandir
por outros territórios, além das regiões do país
em que atuamos hoje.
PERECÍVEIS CONGELADOS
E PERECÍVEIS RESFRIADOS: BRF
Sidney Manzaro, vice-presidente
Acredito que um dos grandes diferenciais que
fizeram com que a BRF, os nossos produtos,
Sadia, Perdigão e Quali, pudessem ser eleitos,
MELHOR são as marcas, admiradas e desejadas pelo con-
EMPRESA sumidor. Outro diferencial é termos uma rela-
DO ANO ção muito aberta, muito justa, muito honesta
com os nossos clientes, para que nós pudésse-
mos fazer negócios, prosperar juntos e promo-
ver o crescimento das categorias.
l h or
www.sadia.com.br/receitas
Nosso me
está d en t ro
ACONTECE
GESTÃO
Prêmio APAS
Acontece
TECNOLOGIA E GESTÃO
Arius: Valdir Ballet Junior, diretor de tecnologia
Trabalhamos com o objetivo de apoiar o nosso cliente
em sua tomada de decisão. Então, nossos produtos, que
são os softwares, acabam por ajudá-lo a tomar grandes
decisões rapidamente e, nisso, auxiliam no aperfeiço-
amento de todo o ambiente de trabalho. Nossos grandes
diferenciais foram trabalhar junto ao nosso cliente e
tentar entender, o máximo possível, a necessidade que
ele tem. Com um ambiente de CRM, a gente consegue
analisar o que o cliente está consumindo no supermer-
cado, e agregar o produto às estratégias de fidelização.
VR Software:
Renato Domingues Neto, presidente
O prêmio significa, principalmente, um re-
conhecimento por termos uma atenção es-
pecial, encantarmos o cliente e cuidarmos
dele. O prêmio significa um bom atendimen-
to ao cliente. Porém, para oferecê-lo, você
não pode pôr um robô para exercer essa fun-
ção: tem que haver pessoas do lado de lá. E
nós valorizamos demais as pessoas.
Intersolid:
Fernando Galvão, diretor comercial
A Intersolid sempre foi uma empresa voltada para o aten-
dimento aos supermercadistas. Desde o início de nossas
operações quisemos criar um produto que entendesse as
necessidades dos supermercadistas e as nuances de cada
processo que acontece dentro dos supermercados. Eu acho
que esse foi o nosso diferencial, a gente conseguiu esta-
belecer uma proximidade muito grande com os clientes,
eles não foram tratados como mais um número.
marketing
Um brinde ao
VERÃO
ISTOCK
TÓPICOS: Bebidas para o verão • Líquidos • Gerenciamento
O ximando e as pri-
meiras coisas que
associamos a essa estação do
ano são férias, diversão, e, é
claro, muito calor. Quando se
elevam as temperaturas dos
termômetros, os supermerca-
distas têm a oportunidade de
alavancar as vendas dos pro-
dutos que mais se destacam
nessa época do ano.
Segundo um estudo realiza-
do pela Universidade de Brest,
na França, e pela Universidade
de Southampton, no Reino
Unido, o planeta Terra terá,
entre 2018 e 2022, anos mais
quentes do que a média. De
acordo com Florian Sévellec e
Sybren Drijfhout, autores da
pesquisa, as altas de tempera-
tura podem ficar numa média
entre 0,02 °C e 0,07 °C.
As oportunidades de traba-
lhar os produtos tropicais es-
tendem-se para além dos três
meses de verão e isso pode ga-
rantir boa rentabilidade o ano
inteiro, com um bom gerencia-
mento, como é feito, por exem-
plo, no Supermercado Passa-
rela, que conta com cinco lojas
distribuídas entre Concórdia e
Herval d’Oeste, em Santa Ca-
tarina, e em Erechim, no Rio
Grande do Sul. “Apesar de se
dar mais ênfase a essas vendas
no verão, nosso clima e nossos
hábitos de consumo favorecem
enquanto a cerveja registrou evolução um pouco menos ex- “O consumidor hoje está
pressiva, de 10%. Em 2009, por exemplo, a mesma lista era comprando ideia. Quando ele
encabeçada por refrigerantes, cervejas, sucos em pó e sucos faz isso, está compactuando e
prontos, conforme informa a Kantar. alegando que quer uma bebida
A água de coco foi destaque também em penetração nos saudável, mas, ao mesmo
lares ao longo dos últimos anos. Num cenário em que a cer- tempo, que a embalagem tem
veja apresenta estagnação, comparando-se 2009 com 2018 que ter uma alegação susten-
– 62,6% versus 62,8% nos últimos 12 meses, terminados em tável, que reporte de forma
maio deste ano –, a água de coco subiu de 9,6% para 17,4% transparente os componentes
(também nos últimos 12 meses, até maio de 2018). Growlers são do produto”, descreve ela.
garrafões com
A professora Renata Nieto, conselheira do Instituto Brasileiro de
tampa, que
Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), explica que podem ser de O diferente que rende
o varejo atualmente está voltado para a saudabilidade, e os su- vidro, cerâmica Mesmo com o ínfimo cresci-
ou alumínio,
permercados já estão entendendo que isso está cada vez mais geralmente com
mento da cerveja no último
sólido. “Existem as pessoas que têm autocuidado ou evitam co- alças, usados ano, algumas redes de su-
para transportar permercados apostaram na
mer alimentos gordurosos, e que procuram as versões mais sau-
bebidas e
dáveis. Por isso já existe essa verticalização nas prateleiras, nas garantir seu bebida para atrair a atenção
gôndolas”, diz. frescor por até dos consumidores e garantir
uma semana
Além disso, Renata frisou a importância de trabalhar uma boa bons números nas vendas.
comunicação com o público, visto que o trade marketing tem so- Foi o caso do Superprix, que
frido uma mudança avassaladora no sentido de reorganizar os lançou em janeiro deste ano
produtos por estilo, sabor e embalagens que tenham um apelo. uma “Growler Station”. Em
ISTOCK
conta com um CRM consolidado, uma ferramenta que as em- papel dele no sortimento – se
presas estão priorizando para alcançar o desenvolvimento e o é primeiro preço, intermediá-
engajamento. rio ou premium, se a precifi-
“O grande lance é que está todo mundo estudando cupom e cação é adequada ao perfil do
vendo quais são as bebidas que mais têm saída para apostar ne- produto e à sua qualidade. “A
las. O varejo ainda é mais tradicional na apresentação dessa ca- rede, na categoria de bebidas,
tegoria, na compra”, analisa Renata, do Ibevar. trabalha com mais de 20 for-
No Supermercado São Vicente, a elaboração do mix considera necedores. Nós consideramos
a relevância do produto no mercado. É importante considerar o que sempre precisamos ter
O olhar da indústria condiz com o modo de exposição atu- O supermercadista deve dis-
almente encontrado nos supermercados, como comenta o di- tribuir sua atenção entre atra-
retor comercial da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo. “Reco- ção e manutenção, porque não
mendamos sempre a exposição vertical dos produtos nas gôn- basta trazer o consumidor até
dolas. O destaque deve ser proporcional ao gerenciamento de a gôndola, ele não pode sim-
categoria que cada cliente propõe para o seu negócio e o pú- plesmente sair com as mãos
blico-alvo”, afirma. abanando e desistir da compra.
“No São Vicente, a área de exposição é pensada para facilitar Por isso, trabalhar bem a re-
o momento da compra. Os pontos extras são montados, nas lo- posição dos produtos e ficar de
jas, com os produtos em oferta, a fim de chamar a atenção do olho no estoque são deveres
consumidor”, conta Gusmão. essenciais, para ser executa-
No Passarela, a partir dos produtos que estão cadastrados, dos diariamente. Os grandes
a loja fica atenta às novidades, aos lançamentos e aos pedidos supermercadistas fazem pre-
dos próprios clientes. “Sempre que há uma solicitação de item venção de perdas e garantem
não cadastrado por parte do consumidor, ela é avaliada para uma gestão de estoque muito
que ele seja posto à disposição no PDV. Hoje temos aproxima- bem calculada.
damente 40 fornecedores nesse segmento. Os itens que não “Hoje as etiquetas inteli-
podem faltar no mix são os da curva ABC”, conta Rosset. gentes ajudam muito. Eu sei a
ISTOCK
“No Passarela, nós trabalhamos pensando na experiência de de identificação dos produtos
compra no ponto de venda, com exposições, degustações e abor- por interlocutores importantes,
dagem. Fora do PDV, promovemos cursos, degustações comen- como blogueiros, chefs de co-
tadas e eventos, focando, basicamente, cervejas e espumantes”, zinha, programas de culinária
explica o gerente. etc. Hoje as redes são as cabe-
É o que faz a OG Company, que tem uma agenda de degus- ças de chave”, conta Renata.
tações em alguns pontos de venda na cidade de São Paulo Ter sempre os olhos abertos
praticamente o ano todo. “A cada semana estamos em um aos lançamentos e ficar por
local e, quando há degustação, as vendas crescem mais de dentro do que o seu cliente
100%”, afirma Messias. procura é, sem sombra de dú-
Também no PDV, a Piracanjuba aposta na abordagem, nas vida, o melhor caminho para
degustações, na prospecção com cafés da manhã, entregas de conquistá-lo e garantir bons
livros de receitas etc. “Essas ações geram mais contato com os números nas vendas do seg-
consumidores, fidelizam e trazem mais compradores para a mento. Lembre-se: ser dife-
marca”, explica Lorenzo. rente é ser atrativo.
Hoje, com a internet cada vez mais indispensável em nosso Sabendo trabalhar a catego-
dia a dia, as ações não estão mais limitadas ao interior da loja. ria, o consumidor de bebida
Sendo assim, um trabalho em equipe, entre indústria e varejo, estará fidelizado, visto que ele
pode resultar em boas vendas para ambos. ainda é diversificado. Nem
“Os produtos lançados pela indústria são automaticamente as- todo mundo toma só um sabor
sociados a eventos. Isso já promove essa movimentação, essa bus- e, nas casas, sempre haverá
ca. Estamos falando de redes sociais, aplicativos, personalização mais de um tipo de bebida.
marketing
OPERAÇÃO
DIVER
SIFI
CADA
ISTOCK
uando se analisa
marketing
731 bilhões
de reais no se preocupam em se reinven-
cartão de crédito tar já que somente a taxa não
e 495 bilhões
de reais no é mais um diferencial a ser
cartão de débito explorado. O que pesa na ba-
comparado a 2007, quando esse formato de pagamento respon- lança agora são aspectos como
dia por apenas 18%. Em 2017, as vendas com cartões de crédito o relacionamento que o forne-
e débito alcançaram 1,2 trilhão de reais, percentual equivalente cedor mantém com o varejo,
a 29,4% do total do consumo das famílias”, avalia o presidente
da RDI Inteligência em Serviços Financeiros, Rafael Durer.
Essa importância se confirma no último Ranking divulgado
pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em que o
pagamento com cartões responde por aproximadamente 54% do
faturamento total dos supermercados – 22% de pagamento no
débito e 9% no cartão de crédito próprio ou no formato Private
Label –, sendo 23% no cartão de crédito de terceiros.
“Mais de um terço dos gastos das famílias brasileiras já é pago
com o uso de cartões. No primeiro semestre de 2018, o Brasil re-
gistrou elevação de 15% nas transações com cartões de débito e
crédito, em relação ao mesmo período do ano passado, e um valor
13,6% superior nessas operações, de acordo com dados da
Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito
DURER,
e Serviços)”, explica o diretor da Bin – First Data, Walter Campos. DA RDI:
Os pagamentos em dinheiro, porém, ainda são relevantes nos em 2017,
supermercados, e respondem por aproximadamente 34% do total as vendas
das vendas, seguidos, em terceiro lugar, pelos pagamentos reali- com cartão
de crédito
zados com vale-alimentação, que têm uma participação de 9%. A
e débito
aceitação do cheque também tem diminuído nos últimos anos. Em
alcançaram
2008 o uso de cheques respondia por quase 10% do total dos pa- 1,2 trilhão
gamentos e, atualmente, representa por apenas 2% deles. de reais
marketing
FOTOS: DIVULGAÇÃO
assim como outros serviços
agregados, que acabam fide-
lizando o cliente. Com o ce-
nário mudando a todo mo-
mento, tanto em termos eco-
nômicos como em inovações
tecnológicas, cada solução é
voltada para determinado tipo
de aplicação, e são comple-
mentares no varejo.
Assim sendo, é importante
o supermercado abranger o
atendimento aos seus consu-
midores. “Existem grandes
empresas, geralmente ligadas
aos grandes bancos, que são
específicas para transacionar
os pagamentos das bandeiras
tradicionais, e a contratação
de pelo menos uma delas é MAKRO,
obrigatória. Além disso, há as que antes pagamento, mudar de estratégia foi fundamental para se man-
companhias que podem trazer só aceitava ter competitivas em um cenário que ainda traz resquícios da
pagamento
alternativas adicionais de pa- crise financeira por que passa o país nos últimos anos. Essa
por meio de
gamento, que complementam seu Private realidade foi vivida pelo Makro, atacadista que, por muitos anos,
os cartões de bandeira. Temos Label, agora só aceitou pagamentos realizados em seu próprio cartão – mo-
boas empresas operando com recebe todas as delo Private Label. Mas essa condição mudou.
soluções eficientes, que po- bandeiras Hoje, o Makro diversificou e agora aceita todas as bandeiras
dem atender a varejos de to- de cartão de crédito, além do cartão próprio. “Ampliar as for-
dos os portes”, ressalta o di- mas de pagamento, passando a aceitar cartão de crédito das
retor comercial da financeira Só na América do principais bandeiras, e desobrigar o uso do passaporte, foi mais
Senff, Werther Luiz Liconti. Sul, o Makro opera uma forma que encontramos de trazer comodidade e flexibili-
em cinco países:
Se antes havia, tanto no ce- Argentina, Brasil,
dade para o orçamento dos consumidores. Ao expandir nossas
nário do varejo quanto no do Colômbia, Peru e formas de pagamento, atendemos a uma demanda do mercado
atacado, empresas que ofere- Venezuela – e também apoiamos nossos clientes”, analisa o diretor de
somando mais de
ciam resistência a abrir o le- 130 lojas marketing da empresa, Ricardo Fojo.
que e diversificar os meios de De acordo com o executivo, a rede segue buscando oportu-
nidades e iniciativas realmente efetivas para os consumidores,
sejam eles profissionais ou famílias. “O mercado do cash &
Pagamento com cartão carry está em constante renovação e é preciso estar atento para
poder atuar na hora certa e atender às mudanças no compor-
responde por cerca de 54% tamento do consumidor. Nesse momento, temos o objetivo de
do faturamento total dos estar presente em todas as situações de compra, sejam elas di-
supermercados gitais ou físicas. Então, teremos ainda muitas novidades por vir
nesse sentido”, antecipa.
marketing
Fidelidade e mais
crédito = Private label
Em um cenário competitivo e
de pouco crédito disponível,
investir em cartões próprios –
COM ELETRÔNICAS EM TOTAL AO
conhecidos também como CARTÃO DIRETAS PAPEL CONSUMIDOR
Private Label – tem sido uma
estratégia crescente entre as
bandeiras de supermercados.
E essa demanda tem feito com
que empresas cujo foco é ofe-
41.465,4 58.346,4 1.244,5 2.313,1 48.141,6 55.284,7 90.851,5 115.944,2
recer serviços nesse campo
ganhem mercado. PERCENTUAL DE ALTA
Uma delas é a DMCard, que
destaca como pontos positivos
38,6% 40,9% 60,0% 89,7% 27,2% 33,2% 17,4% 24,3%
o fato de que a taxa adminis-
trativa desse tipo de cartão é Fonte: Dados Euromonitor (Estudo Finanças do Consumidor 2018)
marketing
Pesquisas apontam também que, para algumas gerações, co- operacional, pois reduz os
mo a dos Millennials, a conexão com a tecnologia faz parte da custos ligados à manipulação
São aqueles que
rotina. “O aumento do uso dos pagamentos digitais em situações nasceram entre do dinheiro em espécie e ofe-
cotidianas pode trazer benefícios diretos para consumidores, 1980 e 1999 e rece mais segurança, graças à
que atingiram a
governos e empresas. Eles reduzem a circulação de grandes maioridade em
redução de circulação de mo-
quantidades de dinheiro em papel, por exemplo, com uma tran- uma era digital. eda. Além disso, evita filas,
sação mais segura, que diminui furtos e roubos a estabeleci- Só no Brasil, o traz mais rapidez e conveni-
potencial de
mentos comerciais”, analisa o vice-presidente de soluções para consumo dessa ência aos consumidores, e abre
o comércio da Visa do Brasil, Fernando Pantaleão. geração deve caminho para a próxima gera-
ultrapassar R$ 75
De acordo com o executivo da companhia, já acontece no mun- bilhões em 2019
ção de formas de pagamento.
do um fenômeno conhecido como a desconstrução do plástico. “Com a expansão dos paga-
Nos últimos 50 anos, tem havido uma mudança significativa nos mentos eletrônicos, as pesso-
cartões de crédito e débito, por meio da inserção da tarja mag- as ganham mais tempo e as
nética, do holograma, do chip etc. Todas essas modificações bus- empresas conseguem operar
cam oferecer opções ao consumidor, que está cada vez mais em- de forma mais simples. As
poderado e no centro da decisão. É ele que vai decidir a melhor compras cotidianas de baixo
forma de pagar, da maneira como quiser. valor ficam mais rápidas e
“Uma das tecnologias que podemos destacar é o pagamento práticas para os consumidores,
por aproximação, permitido pela tecnologia NFC (Near Field que podem pagar um café ou
Communication). É a próxima onda, que representa uma forma outros itens de mercado de
rápida e conveniente de pagar as compras do dia a dia apenas NFC é uma forma fluida, com um simples
tecnologia que
aproximando o cartão, celular ou dispositivo vestível da maqui- gesto”, diz Pantaleão.
permite a troca
ninha. A tecnologia de pagamento por aproximação é a principal de informações Outra empresa que trabalha
solução para setores do comércio em que a agilidade é o ponto entre dispositivos com foco no pagamento em
sem a
mais importante, como fast-foods, supermercados, drogarias, necessidade de ambientes virtuais é a Vindi,
lojas de conveniência, transporte público e máquina de venda cabos nem fios que disponibiliza plataformas
(wireless), apenas
automática”, ressalta Pantaleão, da Visa. on-line focadas no supermer-
por uma
Já do ponto de vista dos estabelecimentos comerciais, a aproximação cado, com o intuito de ofere-
tecnologia oferece benefícios, como promover a eficiência física. A novidade cer mais opções de pagamen-
teve origem no
padrão RFID to e agilidade ao consumidor.
(Radio Frequency A companhia acredita no
Identification),
crescimento e na melhoria
mas se distanciou
deste ao limitar das operações dos supermer-
o campo de cados em virtude da concor-
atuação de
frequências rência, e, principalmente, do
para uma fato de as operações on-line
distância de até
estarem crescendo.
10 cm, com o
objetivo de “A tendência é cada vez
tornar a mais as compras se tornarem
operação mais
segura recorrentes, quando falamos
de produtos específicos, co-
mo limpeza, higiene pessoal,
pets e até mesmo hortifrúti.
ISTOCK
O fato de os consumidores
PA R A B É N S , .
S U P E R M E R C A D I S TA ! .
Versão Pantone (preferencial)
Pantone 298 C C:60% M:0% Y:0% K:0% Pantone 485 C C:0% M:100% Y:100% K:0%
Pantone 715 C C:0% M:55% Y:100% K:0%
Pantone 368 C C:60% M:0% Y:100% K:0%
Pantone 485 C C:0% M:100% Y:100% K:0%
GESTÃO
marketing
DIVULGAÇÃO
como meio de recebimento das vendas dos clientes profissionais.
Para difundir esse serviço, o Assaí recorre a preços de aqui-
sição e taxas competitivas, focando um público específico e PANTALEÃO,
sensível a preços. “O Assaí tem as médias e pequenas empre- DA VISA: estão sendo oferecidas espe-
sas, além dos profissionais liberais, como uma parcela impor- aumento dos cialmente às pequenas empre-
tante do seu público-alvo e mantém uma relação de parceria pagamentos sas, mas também aos autôno-
digitais traz
com esses negócios. Pensando nessa relação e na fidelização mos e aos microempreendedo-
benefícios a
desse público, a Passaí oferece condições diferenciadas do que res. As primeiras lançadas
consumidores,
se encontra atualmente no mercado”, explica o diretor finan- governos e foram a POP Credicard (mode-
ceiro da rede, José Marcelo Santos. empresas lo sem bobina, que funciona
A First Data é outro nome do mercado que aposta nesse ni- com chip e wi-fi) e a Mega POP
cho. “O mercado de varejo é bastante estratégico para a em- Credicard, similar ao POS con-
presa e, por isso, oferecemos a BIN e a Mini BIN, que são solu- vencional. “Em ambas as situ-
ções de aluguel e compra da maquininha de cartão (POS), res- ações, a proposta é se diferen-
pectivamente, considerando o perfil de cada cliente, seja ele ciar, com curto prazo de paga-
um grande varejista, seja um pequeno ou médio comerciante”, mento aos lojistas e taxas
explica o diretor Walter Campos. comp et it iv a s”, a f i r ma o
Entre os gigantes do setor, a Rede (Itaú-Unibanco) anunciou a diretor-presidente da adqui-
entrada da marca Credicard no segmento de adquirência, por meio rente, Marcos Magalhães.
de uma família de maquininhas para pagamentos com cartão que Assim, as opções e novidades
estão expostas e se adaptando
aos diferentes tipos de negócio.
Para o supermercadista, é im-
Investir em cartões próprios tem sido portante escolher a parceria
uma estratégia crescente entre as certa para o seu tamanho,
público-alvo e modelo de ope-
bandeiras de supermercados
ração, e jamais deixar de lado a
conciliação de valores.
marketing
INO
VA
ÇÃO
PARA
AVANÇAR
TÓPICOS: Cremes • Xampus • Exposição • PDV
ISTOCK
GESTÃO
marketing
Em ano desafiador,
a inovação decide
De acordo com um levanta-
mento da Euromonitor, ape-
sar da projeção positiva, o ano
de 2018 se mostrou desafiador
para o segmento de beleza e
cuidados pessoais. Um ponto
de destaque é que o shopper
manteve um comportamento
MAIA, DA mais conservador nessa cesta
COTY BRASIL: no último ano.
a vaidade “As expectativas de um re-
do brasileiro sultado mais forte em termos
movimenta de consumo foram explicadas
o setor de
pelo baixo nível da inflação
cosméticos
mesmo com durante o ano passado. A taxa
DIVULGAÇÃO
SUPER-
que manteve a cautela do con- MERCADO voltando seus lançamentos para os fortes movimentos nas re-
CASTANHA
sumidor diante do aumento giões desenvolvidas.
reúne vários
dos gastos em muitos produ-
corredores de
tos, incluindo os de beleza”, cosméticos, Os cosméticos e os supermercados
avalia o analista sênior de be- divididos por Com a vida agitada, os brasileiros tendem a buscar comodi-
leza e saúde da Euromonitor, categorias dade na hora do consumo, ou seja, querem solucionar as com-
Elton Morimitsu. pras de suas listas em um único lugar. E é nesse ritmo que o
“No ano passado, apesar de setor supermercadista se destaca no abastecimento das cate-
uma reação tímida, novos gorias relacionadas à beleza, como explana Valotta, da
produtos ganharam popula- Memphis. “O supermercado é um dos nossos principais canais
ridade no Brasil. Muitas em- de venda e nossas linhas são sempre bastante procuradas pe-
presas voltaram a investir no los consumidores nesse canal, principalmente os sabonetes e
desenvolvimento de produ- os xampus masculinos. São itens de primeira necessidade e
tos”, cita Morimitsu, dizendo
ainda que, como os consumi-
dores estão se tornando cada
Apesar da projeção positiva, o ano de
vez mais conectados às ten- 2018 se mostrou desafiador para o
dências globais, muitos dos segmento de beleza e cuidados pessoais
players lo ca is já estão
marketing
marketing
1
tante para aumentar, tam-
bém, o tamanho da cesta de
Categorias mais
compras, para que o shopper
sensíveis a preço,
como desodorantes, seja motivado a adquirir todos
podem ser É importante os itens de suas necessidades
conhecer o shopper
23
impulsionadas com na mesma viagem”, ressalta
promopacks, ou com de cada categoria a
Maia, acrescentando que o
promoções virtuais fim de oferecer a ele
as ações que mais cross merchandising é outro
na medida adequada,
estimulem a venda recurso simples, porém efi-
para que seja
possível preservar dos produtos caz, que pode ser aplicado
a rentabilidade e nesse segmento.
alavancar o giro Assim, o PDV na loja deve
con sider a r u ma sér ie de
4
ações, da exposição à comu-
Categorias mais nicação na gôndola. “Não é
ligadas à vaidade simplesmente espaço e ven-
feminina, como da, há no todo uma comuni-
Brindes ao shopper esmaltes e coloração, cação diferenciada, porque
costumam trazer são muito alavancadas
há muitas categorias e pro-
bons resultados, por variedade de
cores/nuances em dutos. Os itens não podem
principalmente
espaços amplos e ser expostos como uma ca-
quando anunciados
nas mídias da própria bem organizados tegoria qualquer; é preciso
loja (tabloides, ter certo glamour no mo-
ISTOCK
E como posicionar
Skol Hops
na sua loja?
Plano de mídia
completo:
tv mobiliário
urbano
digital rádio
gôndola ponto extra
PERFIL por NATHALIE GUTIERRES nathalie.gutierres@supervarejo.com.br
casa flora
Sucessão de
C
VALOR ompletando 48 anos de história em 2018, a Casa Flora é uma das prin-
cipais importadoras do país, reconhecida pelo seu vasto mix, que ofe-
rece desde vinhos de diversas regiões do planeta às famosas patas de
jamón (como são conhecidos os tradicionais presuntos espanhóis), passando por
água norueguesa, azeitonas chilenas, queijos portugueses, massas italianas e
cervejas alemãs, entre inúmeros outros produtos.
A saga da família começou em 1950, quando Antônio Pereira Carvalhal e sua fa-
mília, esposa e filhos, se mudaram da cidade mineira de Itamonte, a quase 400 qui-
lômetros de distância de Belo Horizonte, para a capital paulista. O comércio já cor-
ria no sangue desse jovem, à época com 30 anos, que resolveu investir na Casa da
Mussarela, uma loja de laticínios na Rua Santa Rosa, no bairro do Brás, na região DA ESQ. PARA
conhecida como Zona Cerealista. Em paralelo à loja, nesse mesmo período, Antônio A DIR.
comprou a Queijo Flora, fábrica de laticínios que produzia queijos frescal e meia NETO, JUNIOR,
ADILSON E
cura, localizada na cidade mineira de Três Corações.
THAIS:
Anos mais tarde, Adilson, o primogênito de Antônio, juntou-se à loja. “Fui tra- família Carvalhal
balhar com meu pai depois que não consegui entrar em nenhuma faculdade. E achei constrói história
muito bacana o comércio, poder me relacionar com as pessoas”, lembra ele. no segmento
brasileiro de
Da Casa da Mussarela à Casa Flora importação de
alimentos
Com visão de negócio, Adilson logo notou que a Casa da Mussarela era limitada
para ele. “Como a nossa família era muito grande (alguns de seus filhos já ti-
nham nascido), percebi que a empresa era pequena e não ia dar para sustentar
todo mundo”, relembra.
1950
bom humor.
Com essa ousadia, Adilson uniu-se a Amílcar, um de
seus irmãos, e, juntos, deram início ao próximo capítulo
Antônio Pereira
desta que viria a se tornar uma trajetória de sucesso. Nas-
Carvalhal abre, na
cia assim, na região central de São Paulo, em 1º de julho
Zona Cerealista,
de 1970, a Casa Flora.
no bairro do Brás,
No começo, o estabelecimento da segunda geração dos
em São Paulo, a
Carvalhal era um comércio nos moldes do iniciado pelo
Casa da Mussarela
pai da família: vendia queijos, mas também enlatados,
entre eles sardinhas e pêssegos. Mas não demorou mui-
to para que eles enxergassem as novas oportunidades
de mercado e, então, passassem a focar apenas os itens
de qualidade elevada em seu sortimento, o que alavan-
cou o negócio.
“Naquele tempo não havia supermercado e o sucesso
era a feira livre. Então, todos os feirantes de São Paulo,
do Grande ABC e de Santos que trabalhavam com laticí-
nios eram nossos fregueses, abasteciam seu comércio
com a gente”, recorda Adilson.
Uma fatalidade, porém, cruzou o caminho dos Carva-
lhal em 1974. Amílcar veio a falecer, vítima de um aci-
dente de carro. Com isso, a empresa sofreu modificações
em seu quadro societário, e outros familiares passaram
a fazer parte da administração.
1970
Adailton, outro irmão de Adilson, passou a integrar a Os irmãos Adilson
companhia por um período. Mas logo ele deixou a em- e Amílcar, filhos de
presa para seguir com as atividades ao lado do patriarca Antônio, inauguram
da família, que havia encerrado a Casa da Mussarela e a Casa Flora, na
partido para negócios relacionados à agricultura, em Mi- mesma rua da Casa
nas Gerais. Na sequência, Antônio foi outro irmão de da Mussarela
Adilson que veio integrar a direção da Casa Flora.
1974
Com o passar do tempo a empresa foi crescendo e o
primeiro imóvel ocupado já não era suficiente. Então os
espaços vizinhos começaram a integrar as operações da
companhia, que não parava de evoluir. Vítima de um acidente
de carro, Amílcar
Do comércio à importação falece e, na sequência,
À medida que a Casa Flora avançava, a geração seguinte da Antônio (outro irmão
família Carvalhal crescia, e não demorou muito para que de Adilson) passa a
Junior, filho de Adilson, viesse a integrar o negócio. Assim, integrar a direção da
Casa Flora
108 SUPERVAREJO novembro 2018
1989
FOTOS: ARQUIVO CASA FLORA
Junior, filho de
Adilson, começa
a trabalhar na
Casa Flora e traz
o projeto de
importação de
produtos
1992
A Casa Flora dá
início à importação
e a uva-passa
chilena é o primeiro
item trazido
pela companhia 2017
ao Brasil A empresa dá
início à formação
de liderança
de modo a se
estruturar para a
geração seguinte
da família que
estará à frente
do negócio
1994
Neto, filho de Antônio
e sobrinho de Adilson,
inicia o trabalho
na Casa Flora.
2018
Nessa época, ele e A companhia
Junior identificam completa 48 anos
a oportunidade de e soma, em seu
trabalhar com a portfólio, mais
construção de marcas de 2.000 itens,
provenientes de
21 países
ele começou a escrever o capí- volume e crescer”, resume Junior. E, para não errar nesse come-
tulo seguinte da companhia. ço, a estratégia era importar itens com base nos produtos que já
“No final dos anos 1980, o O momento eram comercializados pela companhia.
era bastante
Junior estava cursando facul- propício para isso,
As commodities estavam no foco da empresa nesse momento
dade de engenharia e virou pois foi quando e a uva-passa foi a primeira mercadoria trazida ao país pela Casa
para mim dizendo que queria o presidente Flora, seguida pelas frutas secas em geral, e também por itens
Fernando Collor
trabalhar comigo. Concordei e de Mello abriu o como bacalhau e azeitona. “Esses produtos já eram comerciali-
ele gostou muito da nossa ati- mercado externo zados a granel e já vendíamos bem, tinham alto giro, o volume
vidade. Até que um dia ele fa- já era grande”, lembra Junior.
lou: ´Pai, nós compramos tan- Ao passo que as atividades avançavam, eles notaram que era
tas mercadorias importadas; preciso mudar a forma de direcionar o negócio, tanto para o po-
por que não começamos a im- sicionamento da empresa como para melhorar seus resultados.
portar?´”, rememora Adilson. “Vimos que as commodities são produtos que dão margem bai-
Receoso, pensando se valia a xa e não há uma característica de marca, de maneira geral”, de-
pena partir para uma nova ati- talha Junior. Como a empresa já tinha a vocação de construir mar-
vidade, Adilson passou a tare- cas, foi para esse ponto que os esforços foram conduzidos.
fa para o filho: estudar como Assim, mesmo sem saírem de cena, as commodities passaram
funcionaria a importação. o protagonismo às marcas, direcionando ações estruturadas, en-
Junior fez a lição de casa e, em volvendo, entre as iniciativas, estratégias de marketing. Foi aí que
meados de 1992, a Casa Flora a Casa Flora descobriu qual era seu verdadeiro core business.
começou a trazer ao Brasil pro-
dutos de outros países, aten- Da América do Sul para o mundo
dendo ao comércio atacadista De início, eles faziam a importação ora sozinhos, ora com algum
em nível nacional. parceiro, para dividir contêiner ou carga, uma vez que os volu-
“A ideia de migrar para a im- mes já eram grandes. Nessa fase das atividades, eram importa-
portação, além de retirar um das as mercadorias dos vizinhos da América do Sul, como Argen-
intermediário, era ganhar tina e Chile, por conta da facilidade de acesso e dos produtos de
valor agregado razoável.
Na época, como não existia a internet conectando o mundo,
a família Carvalhal teve de enfrentar vários desafios. “A pros-
pecção de fornecedores era muito difícil. Tínhamos que ir até o
local em que ficava a empresa tentar marcar uma conversa”,
relembra Junior.
Esse trabalho de ida a campo estimulou o investimento na ca-
tegoria de vinhos, que viria a se tornar um dos três principais
produtos da Casa Flora. A bebida tinha cultura forte no exterior
e começou a ser desenvolvida com maior intensidade no Brasil
ainda na primeira metade dos anos 1990.
“Quisemos entrar muito rápido nessa categoria para aprovei-
tar o momento, quando o mercado acelerou por aqui”, detalha
Junior, recordando que o trabalho inicial foi feito com os vinhos
alemães e italianos.
Hoje, mais de 2.000 itens compõem o portfólio da companhia,
o qual a Casa Flora classifica (também no centro de São Paulo) como estagiário. Nessa época,
em vinhos, alimentos e bebidas meu pai abria a loja e eu comecei a acompanhá-lo. Quando dava
em geral. Eles vêm de 21 países, meu horário no banco eu saía e passava de volta na loja antes de
sendo a Europa e a América do ir para a faculdade”, detalha Neto.
Sul os continentes de destaque O contato com a empresa virou rotina e na mente do primo de
entre os principais fornecedores. Junior, em vez da sua função no banco, estavam presentes produ-
tos e clientes. Foi quando, em meados de 1994, ele resolveu partir
Estruturação para a empresa da família.
para crescer Neto focou a operação, como forma de reestruturar a companhia,
Em meio ao desenvolvimento uma vez que, naquela época, não existia divisão de departamentos:
da atividade de importação da era uma loja com o movimento de varejo e atacado junto. “Come-
Casa Flora, outro membro dos çamos devagarzinho a fazer as locações até que vimos que era im-
Carvalhal entrava para o negó- portante separar a loja da distribuidora (com a importação con-
cio: era a vez de Neto, filho de templada nessa atividade)”, detalha Neto, mostrando suas inicia-
Antônio e sobrinho de Adilson. tivas comerciais e de logística para a estruturação da empresa.
Após um período atuando em Além disso, a companhia se estabeleceu com base naquilo que
outra área, ele observou que o Neto define como dois pilares essenciais para seu êxito: pessoas e
DNA voltado para o comércio tecnologia. “As pessoas são a diferença no nosso negócio, fazem
falava mais alto. com que ele ande. A tecnologia nos dá suporte na tomada de de-
“Cursava Administração e co- cisão e na velocidade de atendimento aos nossos clientes”, resume.
mecei a trabalhar em um banco E a relação da empresa com os fornecedores, do modo que
NATHALIE GUTIERRES
importações, também traduz
a consolidação da Casa Flora
para conquistar o país. Se-
gundo os executivos, esse re-
lacionamento foi fator funda-
mental para alcançar seu es-
paço no mercado.
“Nós temos um trabalho for-
te de sempre construir muito
bem as marcas. Os nossos par-
ceiros acabam sendo como só-
cios, pois somos uma extensão PORTFÓLIO DA
EMPRESA
deles aqui no Brasil. Isso nos
é dividido
diferenciou no mercado. Não
em vinhos,
temos perfil de pegar marcas alimentos e
de outras empresas; a maioria bebidas em
das marcas nasceu com a gen- geral
te e é o que gostamos de fazer”, off-trade é bem equilibrada, ou seja, os bares e restaurantes respon-
ressalta Junior. dem por 45% e os supermercados, por 55%.
Mas tudo o que a companhia faz, segundo seus porta-vozes, tem
A empresa hoje como centro quem compra seus produtos. “Sempre estamos pen-
Com 330 funcionários, a sede sando no consumidor final, pois ele está tendo a experiência com as
da Casa Flora continua no nossas marcas nos dois canais (on e off-trade). Se ele vai ao restau-
Brás, bairro onde tudo come- rante, temos que fazer com que esteja em contato com nossas mar-
A loja da Casa
çou, atualmente em um espa- Flora continua cas e, ao mesmo tempo, que se relacione com elas quando está em
ço de 13.000 metros quadrados. ainda hoje na um supermercado”, destaca Neto.
Rua Santa Rosa
A companhia conta, ainda, com Mesmo com a posição alcançada e estabelecida no mercado, a
duas filiais em outras regiões do empresa não diminui o ritmo e segue firme com o objetivo de
país, uma no Rio de Janeiro (RJ) crescer duplo dígito a cada ano. “Não tem sido nada simples, por
e a outra em Belo Horizonte causa da situação atual do Brasil, mas temos mantido esse avan-
(MG), além de marcar forte pre- ço”, salienta Neto.
sença em Porto Alegre (RS), por Hoje os primos Junior e Neto estão na direção da Casa Flora, além
meio de um parceiro. de outros familiares envolvidos no negócio. Mas a empresa já se pre-
Além da importação, a dis- para para a chegada da próxima geração a seu comando. “Temos um
tribuição é uma importante trabalho para formar a governança, uma vez que até a segunda ge-
atividade da empresa, que, por ração é um pouco mais fácil. Acredito que da segunda para a tercei-
seu know-how e atuação em ra tenhamos uma progressão muito grande”, ressalta Junior.
nível nacional, entrega produ- No ano passado, o pai de Neto, Antônio, faleceu, mas deixou
tos de diversos fornecedores seu legado, como salienta Adilson. “Ele ficou aqui mais de 30 anos
em todo o Brasil. e, nesse tempo, construiu seu nome com uma força impressio-
Do outro lado, entre seus nante”, conta o irmão, que ainda nos dias de hoje “bate o ponto”
clientes, a relação on-trade e diariamente na empresa.
OBRIGADO!