Armas Não Letais
Armas Não Letais
Armas Não Letais
Hoje, as armas não letais têm sido cada vez mais adotadas tanto na segurança
privada quanto na segurança pública. Com isso, os agentes de segurança
também passaram a investir técnicas mais elaboradas para colocar em
prática durante uma operação imediata.
Em primeiro lugar, o nome “não letal” não significa que não existam riscos de
ferimentos graves ou óbito. Para que uma missão seja cumprida sem
letalidade, é imprescindível que todos os agentes de segurança envolvidos no
uso dos equipamentos sejam treinados constantemente.
Muitas mulheres, por exemplo, utilizam armas não letais como uma forma de
autoproteção e contra-ataques em agressores. Alguns desses equipamentos
são bem eficazes e pequenos, podendo ser carregados em qualquer lugar e
garantindo às pessoas uma sensação de segurança em lugares de risco.
Apesar da legislação dividir esse uso em duas categorias, vale lembrar que
todas elas devem ser usadas com muito cuidado. Mais uma vez, o treinamento
é indispensável aqui para diminuir os riscos de fatalidades, ferimentos
permanentes, acidentes graves e suas consequentes implicações legais.
Essa foi uma ideia muito difundida na década de 1990, quando a maioria dos
países membros da ONU (Organização das Nações Unidas) adotaram o uso
das armas não letais em sua segurança.
O mais importante aqui é saber usar as armas no momento em que elas são
necessárias, seja para inibir ações criminosas que indiquem ameaça para você
e para as outras pessoas envolvidas, seja para priorizar a proteção dos
inocentes. Por isso, é necessário contar com um treinamento capaz de
desenvolver tanto as habilidades físicas quanto mentais dos operantes,
garantindo a reação o mais satisfatória possível frente às adversidades.
Mais uma vez, vale ressaltar que a situação do uso dessas armas, mesmo que
não letais, envolvem grandes riscos, principalmente quando utilizadas em
locais públicos e movimentados. Assim, a reação do operante precisa ser, ao
mesmo tempo, rápida e cuidadosa para não causar mais desequilíbrio entre os
envolvidos. Esse pode ser um momento de muita tensão, então saber pensar e
reagir são características indispensáveis até para a própria segurança do
agente.
Quem trabalha nessa área deve estar sempre bem equipado e treinado para
entender, principalmente, a graduação da força a ser usada em diferentes
situações. A falta de controle emocional pode levar qualquer um a agir de
maneira irregular, provocando graves consequências.
Nesse contexto, um dos principais benefícios das armas não letais é permitir
que o profissional aja com mais segurança, resolvendo seus problemas de
maneira eficaz e racional e minimizando o risco de ferimentos, tanto para si
quanto para os outros.
Antipessoal
De acordo com o coronel John B. Alexander, autor do livro “Armas não letais:
alternativas para os conflitos do século XXI”, as armas não letais também
podem ser classificadas quanto ao seu tipo de tecnologia, biologia, impacto
psicológico, química utilizada, física, energia dirigida e emprego tático — as
incapacitantes, as extenuantes e as de defesa.
São muito usadas para combates que surgem em meio a multidões, nos quais
a intenção é dispersar os grupos. Consiste em um projétil de látex semelhante
a uma munição comum, mas com uma diferença primordial: a borracha não
perfura a pele.
Ainda assim, é preciso ter muito cuidado ao utilizar esse tipo de armamento,
pois mesmo sendo consideradas não letais, essas balas podem causar
ferimentos fatais dependendo do ponto de acerto. Por isso, a especialização é
indispensável para a utilização dessa ferramenta.
Essa arma química é utilizada para dispersar multidões desde 1960, mas seus
efeitos — que podem variar entre lacrimação, sensação de queimação na boca
e nas vias respiratórias — tem sido questionados por alguns grupos que
defendem os direitos humanos. É importante não confundir gás lacrimogêneo
com as bombas de efeito moral, sobre as quais falaremos logo abaixo.
Spray de pimenta
Muito utilizado para fins de defesa pessoal e para dispersar multidões, o spray
de pimenta é produzido a partir do Capsicum, um gênero de pimenta que causa
irritação nos olhos e nas vias respiratórias. O efeito desse jato pode durar até
40 minutos, causando lacrimejamento, dor e até mesmo cegueira temporária,
além de produzir uma forte sensação de queimação.
Apesar de parecer inofensivo em teoria, na prática esse gás pode ser fatal,
principalmente se usado em pessoas com problemas respiratórios, cardíacos
ou mulheres grávidas. Por isso, é necessário ter muito cuidado e não usá-lo em
qualquer situação.
Esse lançador possui uma soleira de borracha que amortece o impacto no obro
do atirador no momento do disparo. É preciso ter muito treinamento para
utilizar essa arma: o alvo deve estar bem mirado e a distância apropriada para
que não haja ferimentos graves.
Bastão de choque
No Brasil, o agente de segurança deve portar pelo menos duas armas não
letais: esse armamento deve ser regulamentado, e essa responsabilidade fica a
cargo dos governos estaduais, por exemplo, no caso da polícia militar.
Assim, são licenciados o uso de lançador de munição não letal calibre 12, arma
de choque elétrico, spray de pimenta, granadas e munições lacrimogêneas.
O uso desse material e a sua aquisição será fiscalizada pelo Departamento da
Polícia Federal. Para aqueles que desejam ingressar na área de segurança,
seja ela privada ou pública, a possibilidade de contar com mais segurança é
válida.
Como você viu até aqui, há duas possibilidades no momento de atuação: que a
ação seja bem realizada — ou seja, todos os envolvidos saiam em
segurança — ou que a reação dos equipamentos, quando em contato com o
oponente, cause danos físicos ou psicológicos. Por isso, o porte deve ser
regulamentado, as informações acerca da utilização devem ser atualizadas e o
material sempre revisado.
Você viu também que muitos dispositivos de segurança ainda geram dúvidas
quanto à sua letalidade. Logo, o uso de qualquer equipamento deve ser feito
com muito cuidado e controle, respeitando ainda orientações específicas como
distância do alvo, força aplicada ou o número de pessoas no ambiente.
Segurança nunca é demais, então não deixe de considerar cada detalhe antes
de utilizar uma arma não letal.
Para que uma pessoa não coloque sua vida em risco, portanto, é preciso
aprender a nadar com algum professor. Só depois de muita prática é que a
segurança de entrar na água vai aparecer, diminuindo as chances de
afogamento.
O mesmo acontece com as armas não letais. Apesar do nome, é preciso contar
com o acompanhamento de um profissional qualificado para aprender a
manuseá-las e torná-las cada vez mais efetivas em suas ações, diminuindo os
riscos de ferimentos graves tanto para si quanto para os demais envolvidos.
A utilização das armas não letais, antes de tudo, precisa que o Agente de
Segurança Pessoal passe por treinamento específico, geralmente ministrado
por instituições que ministram cursos profissionalizantes presenciais, ou
mesmo por academias de formação de segurança.