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Tubulações Industriais

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INSTRUÇÃO

DE TRABALHO
IT 5030-01977 - TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Nº Revisão: 0.2 | Data: 01/12/2014


INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 5030-01977 - TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

1 OBJETIVO 3

2 ABRANGÊNCIA 3

3 REFERÊNCIAS 3

4 DEFINIÇÕES 3

5 INSTRUÇÕES 3

5.1 ASPECTOS RELACIONADOS À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 3

5.2 CONDIÇÕES GERAIS 4

5.2.1 Planejamento da inspeção 4

5.2.2 Inspeção externa de tubulação aérea 5

5.2.3 Itens a serem inspecionados 5

5.2.4 Inspeção interna de tubulação aérea 11

5.2.5 Inspeção de tubulações com trecho aéreo e trecho enterrado 13

5.2.6 Inspeção de tubulações enterradas 13

5.2.7 Execução de end – ensaios não destrutivos 14

5.2.8 Limites de aceitação 15

5.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 16

5.3.1 Silenciosos 16

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5.3.2 Válvulas redutoras de pressão de vapor de 120 para 42 kg/cm2 16

5.3.3 Tubulações não metálicas 17

5.3.4 Tubulações da PE 3 BA 17

5.4 EQUIPAMENTOS CLASSIFICADOS COMO ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÕES 19

5.5 REGISTROS 19

5.6 EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES DA INSPEÇÃO 19

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1 OBJETIVO

Padronizar os critérios utilizados na atividade de Inspeção em Tubulações Industriais e oferecer


suporte técnico e conhecimento específico aos profissionais envolvidos.

2 ABRANGÊNCIA

Aplica-se às Plantas Industriais da UNIB 1 BA (incluindo o TEGAL e o Etenoduto), PVC 1 BA, PVC 2
AL, CS 1 AL, CS 2 BA, PE 1 BA, PE 2 BA, PE 3 BA e PP 3 PLN.

3 REFERÊNCIAS

• API 570 - Piping Inspection Code.


• ASME B31.1, B31.2, B31.3 e B31.3 G.
• Documentos Normativos do SPIE principalmente: Planos e Programa de Inspeção de
Equipamentos Estáticos, SV e Tubulações, Avaliação de Vida Residual, Emissão de Relatórios,
Estudos e Pareceres Técnicos, Programação de Serviços Baseada em Risco - RBWS e Inspeção em
Suportes Móveis.
• Normas de segurança em vigor.

4 DEFINIÇÕES

Não se aplica.

5 INSTRUÇÕES

5.1 ASPECTOS RELACIONADOS À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

• Treinamento nas normas de segurança da BRASKEM, específica para cada tipo de atividade.
• Credenciamento para emissão de PT.

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• Utilização de todos os EPIs básicos e dos específicos indicados na PT.


• Treinamento na norma de trânsito em “pipe rack”.

5.2 CONDIÇÕES GERAIS

As inspeções das tubulações industriais devem ser precedidas de consultas aos respectivos históricos
contidos no sistema informatizado de inspeção ou os registros do arquivo físico, bem como, às
Recomendações da Inspeção pendentes.

5.2.1 Planejamento da inspeção

A primeira etapa da inspeção de um equipamento consiste no levantamento de todas as informações


necessárias para garantir a qualidade da inspeção a ser executada. Ao receber a programação de
inspeção, é recomendável que o inspetor busque conhecer todos os aspectos disponíveis do
equipamento a ser inspecionado e que possam interferir na sua integridade física.

Relacionamos abaixo alguns pontos importantes que podem ser verificados nessa etapa:
• Motivo e objetivo da inspeção.
• Detalhes construtivos como: material do equipamento, especificações de isolamento térmico e
pintura, entre outros.
• Acessórios existentes e suas especificações.
• Condições operacionais de projeto: pressão, temperatura e fluido de trabalho.
• Mecanismos de danos a que o equipamento está sujeito, caso exista e já tenham sido
identificadas.
• Em equipamentos sujeitos a corrosão sob isolamento, identificar previamente os locais onde será
necessária a remoção de isolamento térmico para inspeção em vents, drenos, tomadas de
instrumentos, conexões, suportes, anéis de sustentação de isolamento e anéis de reforço contra
vácuo.
• Ensaios e regiões onde serão realizados.
• Apoios de serviços necessários à condução das inspeções (acesso, caldeiraria e isolamento), bem
como, sua programação.
• Microclima na região a ser inspecionada.

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5.2.2 Inspeção externa de tubulação aérea

É normalmente realizada com a tubulação em operação, de acordo com o plano de inspeção contido
no documento normativo de Planos e Programas de Inspeção de Equipamentos Estáticos, SV e
Tubulações, entretanto, a inspeção externa pode ser executada a qualquer momento, caso haja
suspeita de avaria, operação fora das condições de projeto, vazamento ou desenvolvimento de
processo corrosivo não previsto.
NOTA: Algumas condições específicas de operação podem transformar uma linha inicialmente não
sujeita a CSI para sujeita, ex.: linhas que operam de forma intermitente, existência de trechos
“mortos” (sem fluxo), linhas de equipamentos que possuem reserva e periodicamente ficam fora de
operação, linhas com “steam trace” inoperante. Por isso é recomendável que alguns cuidados
especiais sejam tomados ao se inspecionar uma linha isolada, originalmente não sujeita a CSI:

• Verificar a temperatura real de operação da linha.


• Verificar a operacionalidade do sistema de “steam trace”, caso exista.
• Verificar a existência de trechos mortos, sem fluxo (como: entradas e saídas de SV ou válvulas
alinhadas para “flare”, drenos) e, caso positivo, qual a temperatura real nesses trechos.
• Verificar se a linha opera continuamente.

Atentar para as linhas não isoladas e que possuam em algum ponto isolamento para proteção
pessoal, pois a possibilidade de existência de CSI. Estas regiões devem ser avaliadas e, se
necessário, inspecionadas.

As não conformidades relevantes verificadas nesse levantamento devem ser informadas ao técnico
de inspeção da área, pois elas podem acarretar a alteração do plano de inspeção original da linha.

Em linhas que apresentam trechos sem acesso (ex.: dentro de manilhas, sob pontilhões, em
envelopes de concreto, etc.) fica a critério do profissional habilitado definir como será a avaliação da
integridade desses trechos.

Em todas as uniões aparafusadas atentar para porcas ou parafusos faltantes (“missing bolt”), bem
como instalação incorreta (“short bolting”).

5.2.3 Itens a serem inspecionados

5.2.3.1 Escadas e plataformas (caso existam)

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Verificar visualmente as condições físicas das chapas, pontos de fixação, parafusos, grades, degraus,
estrutura e guarda-corpo, quanto à existência de partes soltas, frouxas ou mal instaladas,
deformações, corrosão, trincas, vibrações e regiões com empoçamento de água, além do estado
geral da pintura.

5.2.3.2 Suportes e fundações

- Suportes em Geral
Verificar o estado geral dos componentes quanto à existência de corrosão, deformações, vibrações,
danos mecânicos, não conformidades com o projeto, apoios deficientes e interferências com outras
tubulações ou equipamentos. Quando possuir suporte carona, atentar para o estado físico dos
elementos de fixação dos suportes (tirantes, parafusos, chumbadores).

Nas chapas de reforço de suportes carona, verificar existência de frestas e processo corrosivo. Caso
existam frestas, avaliar a necessidade de remoção para inspeção ou da sua vedação.

Nos suportes guias ou tipo braçadeiras, verificar a existência de processo corrosivo sob as regiões de
contato ou obstruções para a movimentação das guias. Caso necessário, a braçadeira deve ser
removida ou deslocada para permitir a inspeção da região abraçada.

Nos suportes de ancoragem, verificar indícios de deslocamentos indevidos da tubulação, tais como:
deformações e trincas.

Nos suportes deslizantes, verificar a existência de impedimentos para a livre movimentação da


tubulação, bem como indícios de travamento do suporte, como: deformações, entalhes,
deslocamento da posição original.

Nos suportes de mola, verificar se o mesmo está trabalhando com a carga conforme plaqueta e, caso
haja alguma suspeita, verificar se os dados da plaqueta de identificação estão de acordo com o
projeto. Verificar o estado geral da mola quanto à corrosão, deformação irregular ou fratura.

Nos suportes tipo munhão, verificar se a extremidade está “aberta” e se existe processo corrosivo na
tubulação.

Para a inspeção dos suportes móveis seguir também a norma de procedimento específico deste item.

- Fundações

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Inspecionar o trecho aparente das fundações de concreto quanto à existência de ferragem exposta,
deformações, rachaduras ou deteriorações. Nos parafusos/chumbadores, verificar a existência de
corrosão, deformações ou fraturas.

5.2.3.3 Drenos e vents

Realizar inspeção das condições físicas dos componentes e da pintura, se pintado, verificar a
existência de corrosão, vibrações, vazamentos, deformações, danos mecânicos, empolamentos ou
gotejamento de condensado sobre os mesmos.

NOTA: Atenção especial na inspeção destes componentes, pois normalmente possuem espessura
nominal menor do que a da linha principal, apresentam maior dificuldade de execução de pintura,
podem estar situados em locais de difícil acesso, além de serem mais susceptíveis a corrosão sob
isolamento e danos por vibração.

5.2.3.4 Tomadas de instrumentos

Realizar inspeção das condições físicas dos componentes e da pintura, se pintado, verificar a
existência de corrosão, vibrações, vazamentos, deformações, danos mecânicos, sinais de tensões
provenientes de montagem inadequada, empolamentos ou gotejamento de condensado sobre os
mesmos.

Normalmente as tomadas de instrumentos são pintadas. Nos casos de tomadas isoladas, é


recomendável que o isolamento seja removido para inspeção.

A mesma nota para drenos e vents é aplicada para esses componentes.

5.2.3.5 Costado da tubulação

Realizar inspeção visual das condições físicas visando detectar a existência de anormalidades tipo:
corrosão, vazamentos, vibrações, deformações, danos mecânicos, empolamentos ou gotejamento de
condensado ou produto sobre a mesma.

Cuidado especial nas regiões de tubulações pintadas, localizadas sobre apoio direto em estruturas,
principalmente se não possuir vergalhão, em dormentes ou vigas de concreto armado. Esses pontos

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são mais susceptíveis a corrosão e apresentam maior dificuldade de avaliação de danos. Caso
existam sinais de deterioração, a tubulação deve ser levantada ou a suportação rebaixada para se
ter acesso a tais regiões; nesses casos, é necessária uma avaliação criteriosa antes, devido à
possibilidade de furo.

As calhas instaladas com massas tipo epoxi ou belzona devem ser cuidadosamente inspecionadas e,
quando apresentarem sinais de má aplicação, infiltração de umidade, deslocamento ou
desenvolvimento de processo corrosivo, devem ser removidas para inspeção.

Nas tubulações isoladas a quente ou a frio deve ser verificada também a existência de frestas,
trechos caídos ou soltos, condensação ou formação de gelo.

Se o material da tubulação for aço inoxidável austenítico, verificar se é isolado com silicato de cálcio
e, caso positivo, informar ao profissional habilitado da área para que seja avaliada a possibilidade de
existência de corrosão sob tensão e da necessidade de complemento da inspeção com outro ensaio.

Nas tubulações não isoladas, atentar para regiões com acúmulo de material estranho sobre a
superfície, pois pode ocorrer o desenvolvimento de processo corrosivo sob depósito. Nas tubulações
em aço inoxidável austenítico sem pintura ou isolamento, verificar a existência de condições que
propiciem a ocorrência de corrosão sob tensão, tais como: restos de silicato de cálcio depositado
sobre a superfície do metal, gotejamento ou respingos provenientes de torre de refrigeração ou de
vazamentos e pontos de acúmulo de água.

Obs: Pontos com oxidação linear ou ramificada de coloração marrom podem indicar existência de
trincas devido à corrosão sob tensão.

5.2.3.6 Flanges, filtros e válvulas

Além dos aspectos já mencionados nos itens anteriores e que se aplicam a esses componentes,
algumas recomendações específicas devem ser seguidas:
• Atenção especial nas conexões em inox (isoladas ou não), que possuam parafusos em aço
carbono ou baixa liga, devido à formação de pilha galvânica, com consequente corrosão nos
parafusos.
• Caso seja observada a existência de vazamentos por gaxetas e/ou juntas nesses componentes,
deve-se informar imediatamente à operação da área.

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• As válvulas de controle, apesar de fazerem parte do plano de manutenção preventiva da


Instrumentação, e os filtros de tubulação devem, também, ser inspecionadas externamente
quando da inspeção da tubulação.
• Inspecionar as uniões aparafusadas tipo “long bolting” de válvulas de controle quanto à corrosão
e instalação (“missing bolting” ou short “bolting”). Nos casos das válvulas isoladas termicamente,
solicitar a remoção do isolamento térmico para permitir a inspeção.

5.2.3.7 “Steam trace”

A inspeção da tubulação inclui também a inspeção do “steam trace”, quando houver, sendo nesses
casos direcionadas principalmente para a verificação da existência de vazamentos.

No caso da existência de vazamentos deve-se informar a operação, registrar no histórico da linha e


emitir recomendação de inspeção para a correção do problema. O inspetor deve fazer uma avaliação
a respeito das consequências desses vazamentos sobre a linha e sobre equipamentos e outras linhas
adjacentes.

Deve ser verificado, também, se o “steam trace” encontra-se operando e, em caso negativo, avaliar
a possibilidade de ocorrência de corrosão sob isolamento e, se necessário, redirecionar a inspeção,
avisando ao técnico de inspeção da área.

5.2.3.8 Inspeção Sob Isolamento

A frequência da inspeção sob isolamento será feita de acordo com o plano de inspeção contido no
documento normativo de Planos e Programas de Inspeção de Equipamentos Estáticos, SV e
Tubulações ou onde haja indícios de ocorrência desse tipo de corrosão.

A inspeção sob isolamento deve ser precedida de uma inspeção externa da linha, sendo nessa
oportunidade identificados os pontos onde será removido o isolamento para a inspeção. É
recomendável que a seguinte orientação seja seguida:

• Realizar avaliação qualitativa da temperatura ao longo da tubulação, de modo a direcionar as


avaliações para as regiões mais susceptíveis.

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• Remoção e inspeção do isolamento dos vents, drenos, tomadas de instrumentos, regiões de


interface entre trechos isolados e não isolados, junto às conexões e suportes, flanges sem
isolamento e derivações.
• Remover isolamento e inspecionar os locais onde o mesmo esteja danificado e com indícios ou
suspeita de infiltração de umidade ou favoreça o seu acúmulo.
• No caso em que haja processo corrosivo no trecho inspecionado, aumentar a amostragem.
Nesses casos, informar ao técnico de inspeção da área.

Obs: Atentar para existência de deformação do isolamento, pois pode ser consequência de corrosão
sob isolamento (formação de óxidos).

Os croquis no Anexo I mostra os principais pontos susceptíveis a esse tipo de dano. A remoção do
isolamento para inspeção deve ser precedida de consulta ao processo, de modo a evitar problemas
operacionais, como por exemplo: condensação do fluido circulante de tubulações de sucções de
compressores, e congelamento de trechos com possibilidade de emperramento de válvula.

É recomendável a elaboração de um croqui indicando os pontos onde foi realizada a Inspeção Sob
Isolamento.

Nota: também podem ser utilizados os ensaios de radiografia digital ou correntes parasitas pulsadas
(PEC) para avaliação de corrosão sob isolamento.

5.2.3.9 Medição de espessura

A medição de espessura deve ser feita de acordo com o plano de inspeção contido no documento
normativo de Planos e Programas de Inspeção de Equipamentos Estáticos, SV e Tubulações,
podendo ser utilizado também para avaliação da perda de espessura identificada com outro método
de inspeção.

Para o caso de corrosão externa, a medição de espessura pode ser feita com ultrassom sobre a área
corroída. Caso a região não ofereça condições para medição com ultrassom, medir a profundidade
dos alvéolos com instrumentos tipo paquímetro de profundidade ou micrômetro, subtrair da nominal
ou a espessura medida com ultrassom numa área vizinha a afetada, encontrando, assim, a
espessura residual.

Tubulações com diâmetro nominal menor ou igual do que 1½” e que apresentem corrosão externa,
podem ter sua espessura avaliada através de medida indireta, utilizando medição do diâmetro

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externo com paquímetro. Se a perda de espessura for interna, a avaliação pode ser feita durante
parada da linha, através de martelamento das regiões previamente selecionadas.

Nota: também pode ser utilizada a radiografia digital para avaliação da perda de espessura interna
ou externa.

5.2.3.10 Instrumentos

A inspeção preventiva dos instrumentos faz parte do escopo do Órgão de Instrumentação,


entretanto, devem ser verificadas as condições físicas da parte estrutural, suportes, parafusos e
tomadas quanto à corrosão, deformações ou vibrações; quando da inspeção da linha em que os
instrumentos estejam conectados.

5.2.3.11 Purgadores

Além da inspeção das condições físicas externas do purgador, deve-se observar se ele está
bloqueado ou com vazamentos. Informar a Operação caso seja observada uma dessas
anormalidades.

Em caso de bloqueio do purgador, é recomendável a medição da temperatura da linha nas


proximidades para avaliar o acúmulo de condensado (o acúmulo de condensado pode provocar
“martelo hidráulico” na linha, com consequente dano).

5.2.3.12 Raquetes

As raquetes de isolamento de sistemas inativos de sistemas em operação devem ser inspecionadas


junto com a tubulação quanto à condição física e corrosão, portanto, as mesmas devem ser
removidas para permitir o acesso ás suas faces.

Na UNIB 1 BA estas raquetes são identificadas com cabo pintado em vermelho.

5.2.4 Inspeção interna de tubulação aérea

É realizada com a tubulação parada, aberta, de acordo com o plano de inspeção contido no
documento normativo de Planos e Programas de Inspeção de Equipamentos Estáticos. A inspeção

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interna está limitada a tubulações de grandes diâmetros e onde existam condições de acesso, tais
como: boca de visita, caps removíveis ou válvulas flangeadas.

5.2.4.1 Inspeção de abertura

Deve ser realizada logo após a liberação da tubulação e antes da desmontagem de algum interno e
execução de limpeza. Normalmente é feita avaliação e registro do nível e características de
deposições, incrustações, polímeros, presença de objetos estranhos, existência de componentes
caídos ou deformados; se necessário fazer registro fotográfico e remoção de amostra para análise.

5.2.4.2 Inspeção das condições físicas

É realizada após remoção dos internos, montagem de andaime e execução de limpeza, quando
necessários. Visa avaliar as condições físicas de toda a parte interna, conforme discriminação nos
itens a seguir.

5.2.4.3 Costado

Inspecionar visualmente e com auxílio de feixe de luz o costado e conexões, a fim de verificar a
existência de danos tipo: corrosão, erosão, abrasão, empolamentos por hidrogênio, deformações,
macrotrincas.

Atenção especial nas áreas ao redor de conexões, frontais a conexões de entrada, derivações, em
locais de variação de nível e injeção de produtos químicos.

5.2.4.4 Poços de termopares

Verificar o estado físico dos poços dos termopares quanto à existência de corrosão, erosão e
deformações. Quando necessário, realizar ensaio com líquido penetrante e teste pneumático ou
hidrostático para atestar as condições físicas.

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5.2.4.5 Válvulas e flanges

Verificar o estado geral nas regiões de acesso quanto à existência de corrosão, deformações,
desalinhamentos, erosão, danos nas superfícies de assentamento de juntas, desprendimento ou
deterioração das juntas de vedação.

5.2.5 Inspeção de tubulações com trecho aéreo e trecho enterrado

5.2.5.1 Inspeção do trecho aéreo

Para o trecho aéreo são válidas as premissas citadas no item 5.2.2.

Verificar a ocorrência de corrosão nas regiões de interface solo/ar, caso haja indício de corrosão é
recomendável que o solo seja escavado para avaliação da região.

O revestimento especificado para o trecho enterrado, quando existir, deve prosseguir além do ponto
de afloramento de forma a se evitar danos nessas regiões.

5.2.5.2 Inspeção do trecho enterrado

Para tubulações com pequenos trechos enterrados (ex.: travessia de taludes de tanques), cabe ao
profissional habilitado à definição da necessidade de escavação de trechos para inspeção.

A inspeção dos trechos enterrados, quando necessária, deve seguir o item 5.2.6.

5.2.6 Inspeção de tubulações enterradas

As inspeções serão realizadas de acordo com o plano de inspeção contido no documento normativo
de Planos e Programas de Inspeção de Equipamentos Estáticos, SV e Tubulações, por amostragem,
através de escavações em regiões a serem escolhidas pelo profissional habilitado. É recomendável a
avaliação dos seguintes itens:

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• Histórico de falhas.

• Acompanhamento do sistema de proteção catódica.

• Mapa de resistividade do solo.

• Mapa de contaminação do solo, quando existente.

• Fluidos e temperaturas.

É recomendável que as inspeções sejam direcionadas para os “headers” dos sistemas de tubulações
enterradas e que a escavação, sempre que possível, contemple mais de uma linha, selecionando
numa região com derivações.

Sempre que possível, às avaliações devem constar de:

• Avaliação visual do revestimento, caso exista, da superfície do metal (após remoção do


revestimento) e do solo (existência de sinais de contaminação devido a vazamentos ou de
infiltrações).

• Ensaio do revestimento externo com Holliday Detector, realizado através de varredura de todo o
perímetro da tubulação, num comprimento mínimo de 500 mm. Esse ensaio deverá ser feito no
revestimento antigo e no novo após sua recomposição.

• Medições de espessura seguindo a mesma premissa do ensaio de Holliday Detector.

Os resultados das inspeções obtidos nessas amostragens devem ser analisados em conjunto e, se
conclusivos, extrapolados para os sub headers e os ramais do sistema em questão, incluindo os
trechos enterrados das tubulações com trechos aéreos. Se não forem conclusivos, avaliar a
possibilidade de extensão da amostragem realizada.

Nota: Nas plantas ou regiões onde existam apenas tubulações enterradas de água, a necessidade de
execução de escavações fica a critério do profissional habilitado.

5.2.7 Execução de END – Ensaios não Destrutivos

Serão realizados de acordo com o plano de inspeção contido no documento normativo de Planos e
Programas de Inspeção de Equipamentos Estáticos, SV e Tubulações. Podem ser aplicados outros
ensaios, caso sejam encontrados indícios de anormalidades que justifiquem a sua realização, ou

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ainda, se a tubulação tiver sido submetida a condições operacionais mais rigorosas do que as de
projeto.

O teste de martelamento deve ser utilizado com ressalvas nas seguintes situações: componentes
pressurizados, componentes em ferro fundido, onde possua revestimentos internos frágeis, trechos
congelados, existência de corrosão sob tensão ou outro processo que estabeleça fragilidade.

5.2.8 Limites de aceitação

Para os casos não relacionados abaixo, consultar o profissional habilitado da área.

5.2.8.1 Espessura

As medições de espessura realizadas devem ser comparadas com a espessura mínima do ponto da
tubulação que está sendo avaliado. Caso a espessura mínima ainda não tenha sido calculada, utilizar
a espessura nominal menos à sobre espessura de corrosão, conforme especificação; caso a
espessura medida seja menor do que esta, calcular a espessura mínima.

Recomendar a substituição dos trechos deteriorados que apresentem espessura abaixo da mínima ou
se a taxa de corrosão possa comprometer a integridade da linha, devendo ser informado ao
profissional da área, para avaliação mais detalhada.

5.2.8.2 Danos em isolamento a frio

Para o isolamento a frio que apresente condensação ou formação de gelo ou vegetação, deve ser
emitida recomendação para substituição do trecho afetado.

5.2.8.3 Danos em isolamento a quente

Recomendar a substituição ou recuperação de regiões que apresentem danos, desde que:


representem uma condição insegura (risco de queimadura, ou de segurança devido a
desmoronamento); afete outro equipamento; seja uma condição para instalação de CSI ou de

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qualquer outro dano à tubulação; provoque perda de energia ou afete o processo. Nesse último
caso, consultar a Operação.

5.2.8.4 Linhas vibrando

Verificar se a vibração está sendo causada por problemas na suportação, tais como: falta de suporte,
suporte fora do especificado, suporte de mola descalibrado, mola quebrada ou travado, interferência
de outra linha ou equipamento, base danificada, etc. Caso o problema possa ser solucionado
mantendo-se o especificado no projeto, emitir Recomendação de Inspeção com as providências
cabíveis, caso necessite de análise do projeto da tubulação, solicitar ao profissional habilitado.

Cuidado especial nas linhas de alta e superalta pressão da Planta da PE 3 BA, devido à existência de
pulsações e vibrações típicas destes processos, as quais podem desencadear danos nas suportações
das tubulações, com efeito em cadeia por todo o sistema.

5.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.3.1 Silenciosos

Os silenciosos serão inspecionados externamente seguindo as premissas para tubulações,


estabelecidas nessa rotina, nos pontos aplicáveis.

A inspeção interna desses equipamentos não é obrigatória, podendo, nos casos em que haja acesso,
ser realizada, a critério do profissional habilitado.

5.3.2 Válvulas redutoras de pressão de vapor de 120 para 42 kg/cm2

Esses equipamentos estão sujeitos à fadiga térmica. A inspeção externa deve ser realizada conforme
o plano de inspeção no sistema informatizado. Deve ser realizada inspeção visual e com ultrassom
abrangendo a região cilíndrica, próxima ao ponto de injeção de água.

Os componentes externos, como atuadores, tomadas, hastes, são inspecionados pela


Instrumentação.

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A inspeção interna é realizada conforme o plano de inspeção no sistema informatizado ou quando


solicitado pela Operação, através de equipamento para inspeção visual remota (ex.: videoscópio),
pelas conexões de entrada de água.

As inspeções dos componentes internos tipo gaiola, haste, plug e bico spray, são executados pela
Instrumentação.

Quando houver acesso interno que permita a execução de limpeza, realizar, também o ensaio de
líquido penetrante.

5.3.3 Tubulações não metálicas

Devem ser inspecionadas visualmente ou com auxílio de ensaios não destrutivos não convencionais,
a fim de verificar a existência de corrosão, deterioração, erosão, abrasão, empolamentos,
deformações ou macrotrincas.

5.3.4 Tubulações da PE 3 BA

5.3.4.1 Tubulações de HP (especificações Xa e Xb) e SHP (especificação Za)

Para as tubulações de superalta pressão, SHP, atentar para pontos na superfície dos tubos com
abertura de arco voltaico (arc strike), o que gera o risco de introduzir alteração microestrutural
localizada com endurecimento e nucleação de trincas.

Para as tubulações HP e SHP, tomar cuidados especiais com as inspeções de braçadeiras, suportes,
chumbadores e bases de concreto onde estão engastados, pela possibilidade de ocorrer ruptura de
parafusos, que com a pulsação (característica de processo) pode estabelecer rompimento de outros
componentes de fixação, em cadeia, impondo uma condição insegura de operação.

Os valores de espessura mínima dessas tubulações têm cálculo específico e consta da tabela abaixo:

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Diâmetro Espessura 1. Espessura


Nominal Nominal Mínima
½” HP 5,35 mm 4,7 mm
1” HP 7,1 mm 3,4 mm
2” HP 10,9 mm 7,2 mm
2 ½” HP 14 mm 8,0 mm
3” HP 15,2 mm 8,9 mm
4” HP 18,6 mm 13,0 mm
7/8” SHP 13,7 mm 4,7 a 11,1 mm *
1” SHP 17,75 mm 13,1 a 14,5 mm *
! ¼” SHP 22,8 mm 16,6 a 17,4 mm *
1 ¾” SHP 29,3 mm 23,7 mm

5.3.4.2 Tubulações de Ni Plated - Spec. F1C, F1F e F22A

As inspeções internas representam um fator muito importante de garantia de integridade dessas


linhas, devido à possibilidade de ataque interno do catalisador ao aço carbono, quando houver falha
na camada de níquel. As verificações visuais e com a solução de ferroxyl devem ser realizadas com
bastante critério, assegurando que a superfície depositada de níquel está adequada.

• Trecho compreendendo as tubulações do R-42-01 até o ponto de injeção do desativador (PG) –


aço carbono com flanges revestidos de níquel.

o Realizar inspeção visual interna das tubulações, nas regiões que possibilitarem acesso,
principalmente nos locais de possível acúmulo de produto (flanges), visando detectar o
desgaste da camada de níquel e com a consequente exposição do ferro. Nos casos de
dúvidas, utilizar a solução “ferroxyl” para auxiliar na detecção.

• Trecho compreendendo as tubulações do produto de injeção do desativador (PT ou PD) até a


saída do “solution adsorber” – tubulação e flanges de aço carbono revestidos de níquel.

o Idem ao procedimento citado acima.

 Trecho compreendendo as tubulações do “solution adsorber” até o IPS – tubulação em aço


carbono com os flanges revestidos em níquel, inclusive os flanges do IPS.

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Inspecionando visualmente por amostragem as faces das flanges e, se necessário, utilizar a


solução de” ferroxyl”.

5.3.4.3 Tubulações de alumínio

A rugosidade interna das tubulações fabricadas em alumínio da área de transferência pneumática


deve ser verificada periodicamente, de acordo com solicitação da área de Processo, através de
ensaio de ultrassom realizado pela face externa e inspeção visual pela superfície interna. Os
resultados do ensaio de ultrassom devem ser comparados com os padrões específicos e objetivam
identificar quando a superfície rugosa foi eliminada.

Nota: Não devem ser instalados suportes tipo carona nestas tubulações.

5.4 EQUIPAMENTOS CLASSIFICADOS COMO ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÕES

As inspeções devem ser realizadas conforme as instruções normativas específicas para os tipos e
subtipos pertinentes existentes nos sistemas informatizados de controle da inspeção ou seguindo
este procedimento, quando especificado apenas como acessório de tubulação, ou seja, quando não
especificado o tipo e subtipo dentro das classificações dos equipamentos, ex.: trocador de selagem
de bomba, vaso tipo acumulador.

5.5 REGISTROS

Devem ser realizados conforme documento normativo específico de emissão de relatórios e


pareceres técnicos.

Sempre que possível, as regiões com deteriorações ou danos devem, também, ter registro
fotográfico.

5.6 EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES DA INSPEÇÃO

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Para as Não Conformidades encontradas e passíveis de reparos, deve ser emitida Recomendação da
Inspeção com as providências necessárias para restaurar as condições físicas de acordo com os
critérios estabelecidos na instrução normativa específica.

As alterações que se façam necessárias devem ser encaminhadas através de estudos técnicos,
pareceres ou outro instrumento normativo vigente na BRASKEM.

Aprovado por:

Alípio Espinheira Junior


Coordenador de Engenharia de Manutenção e Confiabilidade da UNIB 1 BA

Geraldo Alberto Rodrigues Pereira


Coordenador de Inspeção de Equipamentos – PVC 1 BA, PVC 2 AL, CS 1 AL e CS 2 BA

Alex Rodrigues
Gerente de Manutenção e Confiabilidade da UN Poliolefinas - PE 1/2/3 BA

Edgard de Queiroz Filho


Coordenador de Engenharia e Confiabilidade UN Poliolefinas – PP 3 PLN

André Luís Gomes Costa


Coordenador de Manutenção Operacional da PP 4 ABC

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ANEXOS

ANEXO A

Croquis mostrando os principais pontos sujeitos a corrosão sob isolamento numa


tubulação.

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