A Escritura Sagrada
A Escritura Sagrada
A Escritura Sagrada
A ESCRITURA SAGRADA
A Escritura Sagrada chegou até os dias atuais preservada pelo seu próprio Autor, ela passou
por várias situações que um livro comum não suportaria, mas se manteve e chegou até nós
para nos revelar a existência de Deus e sua perfeita vontade, através dela também dar
testemunho da nossa origem e propósito eterno, narrar a criação de todas as coisas através do
poder de Deus juntamente com seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo.
Mas o que torna a Sagrada Escritura preferível a todas às outras histórias é que, enquanto as
outras têm por fundamento os atos humanos, está apresenta as ações de Deus mesmo. Nela
vemos brilhar em toda parte seu poder, seu governo, sua vontade e sua justiça. Seu poder
abre os mares e divide os rios para fazer passarem a pé enxuto exércitos inteiros e faz caírem
sem esforço as muralhas das cidades mais fortes. Seu governo regula todas as coisas e dá leis
que são os mananciais de onde se haure tudo quanto há de sabedoria no mundo.
Sua bondade faz cair do céu e brotar do seio dos rochedos o líquido que mata a sede e o
alimento que sacia a fome de um grande povo, nos mais áridos desertos. Todos os elementos
são como os executores dos decretos que a justiça pronuncia; a água faz perecer num dilúvio
os que ela condena; o fogo os castiga; o ar os oprime com seu turbilhão e a terra abre-se para
devorá-los. Seus profetas nada predizem, que Ele não o confirme com seus milagres. Os que
comandam seus exércitos nada empreendem que não executem e os condutores do seu povo,
que Ele enche de seu Espírito, agem mais como anjos do que como homens. (Extraído do
Livro dos Hebreus de Flávio Josefo)
A Bíblia como um todo, aliás, não apresentou sempre a forma como é hoje conhecida. O
primeiro Concílio geral realizou-se em Nicéia (Ásia Menor) Este concílio teve autoridade de
estabelecer o cânone dos livros sagrados da Escritura, excluindo, como excluiu, os livros
apócrifos .
Nessa ocasião o livro do Apocalipse não foi aceito, porém ele finalmente foi incluído no
cânon no Novo Testamento por outro concílio, o Concílio de Cartago (África) no ano 397
d.C. a Bíblia como um todo, aliás, não apresentou sempre a forma como é hoje conhecida.
O CANON
Segundo a fé cristã, Jesus foi o redentor de quem o Antigo Testamento deu testemunho. Neste
contexto, suas palavras não podiam ter menos autoridade do que a lei e os profetas.
Convencidos disto, os cristãos as repetiam sempre.
Em momentos oportunos os apóstolos e os evangelistas colocaram parte dela na forma
escrita, o que se tornou o núcleo do cânone definido pela Igreja nos primeiros séculos.
Como no Antigo Testamento, a tradição cristã afirma que homens inspirados por Deus
escreveram aos poucos os livros que compõem o cânone do Novo Testamento. No ano 100
d.C., todos os 27 livros canônicos do Novo Testamento estavam escritos, porém não havia
ainda uma lista autorizada dos livros que o compunham. Assim como o cânon do Antigo
Testamento, o cânon do Novo Testamento levou muitos séculos para ser fixado.
Em nenhum escrito do Novo Testamento consta uma lista autorizada dos livros que devem
ser considerados sagrados.
Somente em II Pedro 3:15-16, o Apóstolo Pedro afirma que os escritos do apóstolo Paulo de
Tarso são escrituras sagradas, mas não os relaciona e nem informa quais seriam os outros
livros sagrados.
A referência mais antiga que se tem sobre o cânon do Novo Testamento se encontra em um
manuscrito descoberto pelo sacerdote italiano Ludovico Antonio Muratori no século XVIII,
datado do século II. Por causa do nome de seu descobridor, este documento ficou conhecido
como Cânon de Muratori. Neste escrito estão relacionados os quatro evangelhos, as cartas
paulinas , a Epístola de Judas e I e II João e o Apocalipse. Não são relacionadas as epístolas
aos Hebreus, de Tiago e nem I e II Pedro.
Da mesma forma, outros livros já estiveram no cânon Novo Testamento, porém depois foram
rejeitados. É o caso da Primeira Carta de Clemente aos Coríntios (século I) e o Pastor de
Hermas (século II). São os chamados antilegomena.
A lista completa dos livros do Novo Testamento conforme existe hoje aparece pela primeira
vez na Epístola 39 de Santo Atanásio de Alexandria para a Páscoa de 367 d.C..
Esta mesma lista foi confirmada por documentos posteriores como o Decreto Gelasiano, e os
cânones dos concílios de Hipona, Cartago III e IV.
A definição oficial dos livros do Novo Testamento, realizado pela Igreja Católica, no século
IV quando São Jerônimo realizou a compilação completa da bíblia, acabou com os
questionamentos sobre a canonicidade dos livros
5- Aceito: Este Livro foi recebido ou aceito pelo povo para o qual ele foi escrito
originalmente? Foi reconhecido como sendo de origem divina?
Os Livros deveriam ser rejeitados se não se originassem de profetas de Deus, como é evidente
nos avisos de Paulo, de não se aceitar um Livro de alguém que falsamente reivindicasse ser
um apóstolo (II Ts 2:2), e de alertar os coríntios sobre os falsos apóstolos (II Co 11:13).
Os avisos de João sobre os falsos messias e o testar os espíritos, cairiam na mesma categoria
(1 Jo 2:18, 19; 4:1-3). Foi por causa desse princípio profético que a segunda Epístola de Pedro
foi posta em questão por alguns, na Igreja Primitiva.
Até que os patriarcas estivessem convencidos de que não era algo forjado, mas que era
realmente oriundo de Pedro, o Apóstolo, conforme era reivindicado (II Pe 1:1), não lhe foi
dado um lugar permanente no cânone cristão.
c. A autenticidade de um livro.
Um outro aspecto indubitável de inspiração divina é a autenticidade. Qualquer Livro que
contivesse erros de fato ou de doutrina (julgados através de revelações anteriores) não poderia
haver sido inspirado por Deus. Deus não pode mentir; Sua Palavra deve ser verdadeira e
coerente.
Em vista deste princípio, os crentes de Berea aceitaram os ensinamentos de Paulo e
consultaram as Escrituras a fim de verificarem se aquilo que Paulo ensinava estava ou não
de acordo com as revelações divinas do Antigo Testamento (At 17:11).
A simples concordância com prévias revelações não bastavam, para tomarem um
ensinamento em algo divinamente inspirado. Mas, a contradição de uma revelação prévia
claramente indicaria que um ensinamento não era de inspiração divina.
Grande parte da Apócrifa foi rejeitada por causa do princípio de autenticidade. Suas
anomalias históricas e heresias teológicas as tomaram impossível de serem aceitas como
sendo provenientes de Deus, apesar de seu formato de autoridade. Não era possível que
fossem de Deus e, ao mesmo tempo, contivessem erros.
Alguns livros canônicos foram postos em dúvida, baseados neste mesmo princípio. Poderia
a Epístola de Tiago ser inspirada por Deus, se contradissesse o ensinamento de Paulo sobre
justificação pela fé e não por obras? Até que fosse verificada a sua compatibilidade essencial,
Tiago foi posto em dúvida por alguns.
Outros questionaram Judas por causa de sua citação do inautêntico Livro Pseudoepígrafo (vs
9, 14). Uma vez que as citações de Judas foram demonstradas como não dando maior
autoridade às mesmas, tanto quanto as citações de Paulo dos poetas não-cristãos, (veja
também Atos 17:18 e Tito 1:12), não houve, então, mais razão para rejeitar Judas.
Simplesmente porque um livro era recebido nalguma parte por alguns crentes, está longe de
ser uma prova de haver sido divinamente inspirado. A recepção inicial pelo povo de Deus,
que estava na melhor posição para testar a autoridade profética do livro, é crucial.
Levou algum tempo para todos os segmentos das gerações subsequentes estarem totalmente
informados sobre as circunstâncias originais. Assim, a sua aceitação é importante, mas de
natureza mais de cobertura.
O princípio mais importante suplanta todos os outros. Debaixo de todo o processo de
reconhecimento, jaz um princípio fundamental: a natureza profética do Livro.
Se um Livro fosse escrito por um profeta de Deus digno de crédito, proclamando que estava
dando um pronunciamento de autoridade da parte de Deus, então não haveria necessidade de
serem feitas mais perguntas.
A questão sobre se a inautenticidade desconfirmaria um Livro profético é puramente
hipotética. Nenhum Livro dado por Deus pode ser falso. Se um livro que reivindica ser
profético, parece apresentar falsidade indiscutível, então as credenciais proféticas devem se
reexaminadas. Deus não pode mentir. Desta forma, os outros quatro princípios servem como
uma verificação do caráter profético dos livros do cânone.
3.Tobias
Tobias é um livro de ficção religiosa, escrito provavelmente em aramaico durante o segundo
século A.C. Ele conta a história de um judeu piedoso, da Tribo de Naftali da Galiléia, o qual,
juntamente com a sua esposa Ana e o filho deles, também chamado Tobias, foram levados
para Nínive por Salmanasar (cerca de 721 A.C., 2 Reis 18:9-12). Na terra do exílio, eles
obedeceram rigorosamente a Lei Judaica.
Quando Tobias perdeu a visão, ele enviou o seu filho a Ragés, na Média, para obter o
pagamento de uma dívida. O anjo dirigiu-o a Ecbatana, onde ele se apaixonou por uma linda
viúva, cujos sete maridos haviam sido mortos sucessivamente no dia de seus casamentos por
um espírito maligno.
Tobias casou-se com a viúva virgem e escapou da morte, queimando as partes internas de
um peixe, cuja fumaça afugentou o espírito maligno. Como bênção adicional, o fel do peixe
foi usado para curar a cegueira do idoso pai Tobias.
4. Judite
A história de Judite foi provavelmente escrita em hebraico por um judeu palestino durante os
anos subsequentes à revolta dos Macabeus. Ele conta como Judite, uma viúva judia, libertou
o seu povo do general assírio Holofernes, o qual estava sitiando a cidade de Betúlia.
Arriscando muito a sua segurança pessoal, Judite conseguiu chegar à tenda de Holofernes,
onde ela enganou o assírio com o seu charme. Embriagando-o e adormecendo-o, Judite pegou
a espada de Holofernes, decapitou-o, e levou a sua cabeça para Betúlia como evidência de
que Deus havia dado ao Seu povo a vitória sobre os assírios. Judite pode ser comparada com
a Jael da Bíblia, que matou o general Sísera de Canaã (Jz 4:17-22).
5. Adendos Ao Livro De Ester
Durante o segundo ou primeiro século A.C., um judeu egípcio traduziu o Livro de Ester
canônico para o grego, e, ao mesmo tempo, inseriu um total de 107 versículos em seis lugares
onde ele achava que uma explicação religiosa deveria ser acrescentada.
Estas inserções devotas mencionam o nome de Deus e a oração, sendo que nenhum deles
aparece no Livro de Ester canônico.
Estes adendos Apócrifos acrescentam dez versículos a Ester 10, e seis capítulos adicionais,
numerados de 11 a 16. Na Septuaginta Grega, no entanto, esses versículos suplementares
estão distribuídos no texto de maneira a formarem uma única narrativa contínua.
6. A sabedoria de Salomão
Entre os anos de 150 e 50 A.C., um judeu alexandrino compôs um estudo ético por ele
denominado de “A Sabedoria de Salomão” a fim de obter um maior número de leitores.
Ele buscava proteger os judeus do Egito de caírem no ceticismo, materialismo e idolatria. Ele
queria ensinar aos seus leitores pagãos a verdade do judaísmo e a insensatez do paganismo.
O livro começa com uma exortação aos governantes da terra a buscarem a sabedoria e a
seguirem a retidão. A sua teologia é baseada no Antigo Testamento, com modificações
provenientes de ideias filosóficas gregas, comuns em Alexandria.
Ao contrário do Antigo e Novo Testamentos, que honram o corpo, a Sabedoria de Salomão
o considera como algo que “oprime a alma”, uma mera tenda terrena que “sobrecarrega a
mente pensante” (9:15). A preexistência (8:19,20) e a imortalidade (3:1 -5) da alma são
afirmadas, muito embora a doutrina hebraico-cristã da ressurreição do corpo esteja ausente.
7. Eclesiástico
(Ou a Sabedoria de Jesus, Filho de Siraque.)
O Eclesiástico, um estudo ético que exalta a virtude da sabedoria, foi escrito em hebraico
entre 200 e 175 A.C. por um devoto estudioso de Jerusalém, Jesus, filho de Siraque.
O neto do autor, um judeu alexandrino, traduziu a obra para o grego e acrescentou um prólogo
(cerca de 132 A.C.). É o mais extenso dos livros Apócrifos e o único com o seu autor
conhecido. Semelhantemente ao Livro de Provérbios, o Eclesiástico aborda uma enorme
variedade de assuntos práticos tudo, desde a dieta até os relacionamentos domésticos!
A seção contínua mais extensa do livro (Capítulos 44 a 50) é o Elogio aos Homens Famosos,
que assinala resumidamente uma longa série de hebreus ilustres, desde Enoque, Noé, e,
Abraão, até Zorobabel e Neemias, e, finalmente, o Sumo-Sacerdote Simão, que era
contemporâneo e amigo do autor.
8.Baruque
O Livro de Baruque, ostensivamente escrito pelo amigo e secretário de Jeremias, (Jr 32:12;
36:4; 51:59), é um trabalho composto, que não foi concluído até o primeiro século A.C., ou
mais tarde. Muito embora a revisão final tenha sido escrita em grego, algumas seções
remontam aos originais hebraicos.
O livro começa com uma oração de penitência, reconhecendo que as tragédias que
aconteceram com Jerusalém são apenas uma recompensa pelos seus pecados (3:8).
Uma segunda seção poética explica que os infortúnios de Israel são devidos à sua negligência
da Sabedoria (3:9 a 4:4). Esta Sabedoria, cujos louvores são cantados por um escritor
filosófico, é igualada à Lei de Deus (4:1-3).
A terceira seção do livro, também poética, é uma mensagem de consolo e esperança para a
angustiada Israel. O inimigo será destruído e os filhos de Jerusalém voltarão em triunfo!
Baruque é o único Livro Apócrifo que exala um pouco do fogo dos profetas do Antigo
Testamento, muito embora deixe a desejar em sua originalidade.
9. A carta de Jeremias
DIDAQUE
Introdução
Foi um documento de ensino entre as igrejas do século I, com uma linha de ensino para
fundamentar a vida dos cristãos na doutrina dos apóstolos por que ainda não havia o Canon
do Novo Testamento que só seria formado no de 1000 d.C.
Estudiosos estimam que são escritos anteriores a destruição do templo de Jerusalém, entre
os anos 60 e 70 d.C. Outros estimam que foi escrito entre os anos 70 e 90 d.C., contudo são
coesos quanto a origem sendo na Judéia ou Síria. Segundo Willy Rordorf, a Didaquê é uma
"compilação anônima de diversas fontes derivadas da tradição viva, de comunidades eclesiais
bem definidas", portanto a questão da datação equivale à questão das datas das tradições ali
registradas, que indubitavelmente remontariam ao século I d. C
Ai daquele que recebe: se pede por estar necessitado, será considerado inocente; mas se
recebeu sem necessidade, prestará contas do motivo e da finalidade. Será posto na prisão e
será interrogado sobre o que fez... e daí não sairá até que devolva o último centavo.
6-Sobre isso também foi dito: que a sua esmola fique suando nas suas mãos até que você
saiba para quem a está dando.
CAPÍTULO II
1-O segundo mandamento da instrução é:
2-Não mate, não cometa adultério, não corrompa os jovens, não fornique, não roube, não
pratique a magia nem a feitiçaria. Não mate a criança no seio de sua mãe e nem depois que
ela tenha nascido.
3-Não cobice os bens alheios, não cometa falso juramento, nem preste falso testemunho, não
seja maldoso, nem vingativo.
4Não tenha duplo pensamento ou linguajar pois o duplo sentido é armadilha fatal.
5-A sua palavra não deve ser em vão, mas comprovada na prática.
6-Não seja avarento, nem ladrão, nem fingido, nem malicioso, nem soberbo. Não planeje o
mal contra o seu próximo.
7-Não odeie a ninguém, mas corrija alguns, reze por outros e ame ainda aos outros, mais até
do que a si mesmo.
CAPÍTULO III
1-Filho, procure evitar tudo aquilo que é mau e tudo que se parece com o mal.
2-Não seja colérico porque a ira conduz à morte. Não seja ciumento também, nem briguento
ou violento, pois o homicídio nasce de todas essas coisas.
3-Filho, não cobice as mulheres pois a cobiça leva à fornicação. Evite falar palavras obscenas
e olhar maliciosamente já que os adultérios surgem dessas coisas.
4-Filho, não se aproxime da adivinhação porque ela leva à idolatria. Não pratique
encantamentos, astrologia ou purificações, nem queira ver ou ouvir sobre isso, pois disso
tudo nasce a idolatria.
5-Filho, não seja mentiroso pois a mentira leva ao roubo. Não persiga o dinheiro nem cobice
a fama porque os roubos nascem dessas coisas.
6-Filho, não fale demais pois falar muito leva à blasfêmia. Não seja insolente, nem tenha
mente perversa porque as blasfêmias nascem dessas coisas.
7-Seja manso pois os mansos herdarão a terra.
8-Seja paciente, misericordioso, sem maldade, tranquilo e bondoso. Respeite sempre as
palavras que você escutou.
ESCOLA DE TEOLOGIA APOSTÓLICA PROFÉTICA
O CANON DAS ESCRITURAS 20
9-Não louve a si mesmo, nem se entregue à insolência. Não se junte com os poderosos, mas
aproxima dos justos e pobres.
10-Aceite tudo o que acontece contigo como coisa boa e saiba que nada acontece sem a
permissão de Deus.
CAPÍTULO IV
1-Filho, lembre-se dia e noite daquele que prega a Palavra de Deus para você. Honre-o como
se fosse o próprio Senhor, pois Ele está presente onde a soberania do Senhor é anunciada.
2-Procure estar todos os dias na companhia dos fiéis para encontrar forças em suas palavras.
3-Não provoque divisão. Ao contrário, reconcilia aqueles que brigam entre si. Julgue de
forma justa e corrija as culpas sem distinguir as pessoas.
4-Não hesite sobre o que vai acontecer.
5-Não te pareças com aqueles que dão a mão quando precisam e a retiram quando devem
dar.
6-Se o trabalho de suas mãos te rendem algo, as ofereça como reparação pelos seus pecados.
7-Não hesite em dar, nem dê reclamando porque, na verdade, você sabe quem realmente
pagou sua recompensa.
8-Não rejeite o necessitado. Compartilhe tudo com seu irmão e não diga que as coisas são
apenas suas. Se vocês estão unidos nas coisas imortais, tanto mais estarão nas coisas
perecíveis.
9-Não se descuide de seu filho ou filha. Muito pelo contrário, desde a infância instrua-os a
temer a Deus.
10-Não dê ordens com rudeza ao seu escravo ou escrava pois eles também esperam no mesmo
Deus que você; assim, não perderão o temor de Deus, que está acima de todos. Certamente
Ele não virá chamar a pessoa pela aparência, mas somente aqueles que foram preparados pelo
Espírito.
11-Quanto a vocês, escravos, obedeçam aos seus senhores, com todo o respeito e reverência,
como à própria imagem de Deus.
12-Deteste toda a hipocrisia e tudo aquilo que não agrada o Senhor.
13-Não viole os mandamentos dos Senhor. Guarde tudo aquilo que você recebeu: não
acrescente ou retire nada.
14-Confesse seus pecados na reunião dos fiéis e não comece a orar estando com má
consciência. Este é o caminho da vida.
CAPÍTULO V
1-Este é o caminho da morte: primeiro, é mau e cheio de maldições - homicídios, adultérios,
paixões, fornicações, roubos, idolatria, magias, feitiçarias, rapinas, falsos testemunhos,
hipocrisias, coração com duplo sentido, fraudes, orgulho, maldades, arrogância, avareza,
palavras obscenas, ciúmes, insolência, altivez, ostentação e falta de temor de Deus.
2-Nesse caminho trilham os perseguidores dos justos, os inimigos da verdade, os amantes da
mentira, os ignorantes da justiça, os que não desejam o bem nem o justo julgamento, os que
não praticam o bem, mas o mal. A calma e a paciência estão longe deles. Estes amam as
coisas vãs, são ávidos por recompensas, não se compadecem com os pobres, não se importam
com os perseguidos, não reconhecem o Criador.
São também assassinos de crianças, corruptores da imagem de Deus, desprezam os
necessitados, oprimem os aflitos, defendem os ricos, julgam injustamente os pobres e,
finalmente, são pecadores consumados. Filho, afaste-se disso tudo.
CAPÍTULO VI
1-Fique atento para que ninguém o afaste do caminho da instrução, pois quem faz isso ensina
coisas que não pertencem a Deus.
2-Você será perfeito se conseguir carregar todo o jugo do Senhor. Se isso não for possível,
faça o que puder.
3-A respeito da comida, observe o que puder. Não coma nada do que é sacrificado aos ídolos
pois esse culto é destinado a deuses mortos.
CAPÍTULO VIII
1-Os seus jejuns não devem coincidir com os dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e no
quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da preparação.
2-Não ore como os hipócritas, mas como o Senhor ordenou em seu Evangelho.
“Ore assim: "Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino, seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai
nossa dívida, assim como também perdoamos os nossos devedores e não nos deixes cair em
tentação, mas livrai-nos do mal porque teu é o poder e a glória para sempre".
3-Orem assim três vezes ao dia.
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
1-Se vier alguém até você e ensinar tudo o que foi dito anteriormente, deve ser acolhido.
2-Mas se aquele que ensina é perverso e ensinar outra doutrina para te destruir, não lhe dê
atenção. No entanto, se ele ensina para estabelecer a justiça e conhecimento do Senhor, você
deve acolhê-lo como se fosse o Senhor.
3-Já quanto aos apóstolos e profetas, faça conforme o princípio do Evangelho.
4-Todo apóstolo que vem até você deve ser recebido como o próprio Senhor.
5-Ele não deve ficar mais que um dia ou, se necessário, mais outro. Se ficar três dias é um
falso profeta.
6-Ao partir, o apóstolo não deve levar nada a não ser o pão necessário para chegar ao lugar
onde deve parar. Se pedir dinheiro é um falso profeta.
7-Não ponha à prova nem julgue um profeta que fala tudo sob inspiração, pois todo pecado
será perdoado, mas esse não será perdoado.
8-Nem todo aquele que fala inspirado é profeta, a não ser que viva como o Senhor. É desse
modo que você reconhece o falso e o verdadeiro profeta.
9-Todo profeta que, sob inspiração, manda preparar a mesa não deve comer dela. Caso
contrário, é um falso profeta.
10-Todo profeta que ensina a verdade mas não pratica o que ensina é um falso profeta.
11-Todo profeta comprovado e verdadeiro, que age pelo mistério terreno da Igreja, mas que
não ensina a fazer como ele faz não deverá ser julgado por você; ele será julgado por Deus.
Assim fizeram também os antigos profetas.
12-Se alguém disser sob inspiração: "Dê-me dinheiro" ou qualquer outra coisa, não o
escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue.
CAPÍTULO XII
1-Acolha toda aquele que vier em nome do Senhor. Depois, examine para conhecê-lo, pois
você tem discernimento para distinguir a esquerda da direita.
2-Se o hóspede estiver de passagem, dê-lhe ajuda no que puder. Entretanto, ele não deve
permanecer com você mais que dois ou três dias, se necessário.
3-Se quiser se estabelecer e tiver uma profissão, então que trabalhe para se sustentar.
4-Porém, se ele não tiver profissão, proceda de acordo com a prudência, para que um cristão
não viva ociosamente em seu meio.
5-Se ele não aceitar isso, trata-se de um comerciante de Cristo. Tenha cuidado com essa
gente!
CAPÍTULO XIII
1-Todo verdadeiro profeta que queira estabelecer-se em seu meio é digno do alimento.
2-Assim também o verdadeiro mestre é digno do seu alimento, como qualquer operário.
3-Assim, tome os primeiros frutos de todos os produtos da vinha e da eira, dos bois e das
ovelhas, e os dê aos profetas, pois são eles os seus sumos-sacerdotes.
4-Porém, se você não tiver profetas, dê aos pobres.
5-Se você fizer pão, tome os primeiros e os dê conforme o preceito.
6-Da mesma maneira, ao abrir um recipiente de vinho ou óleo, tome a primeira parte e a dê
aos profetas.
7-Tome uma parte de seu dinheiro, da sua roupa e de todas as suas posses, conforme lhe
parecer oportuno, e os dê de acordo com o preceito.
CAPÍTULO XIV
1-Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados,
para que o sacrifício seja puro.
ESCOLA DE TEOLOGIA APOSTÓLICA PROFÉTICA
O CANON DAS ESCRITURAS 24
2-Aquele que está brigado com seu companheiro não pode juntar-se antes de se reconciliar,
para que o sacrifício oferecido não seja profanado.
3-Esse é o sacrifício do qual o Senhor disse: "Em todo lugar e em todo tempo, seja oferecido
um sacrifício puro porque sou um grande rei - diz o Senhor - e o meu nome é admirável entre
as nações".
CAPÍTULO XV
1-Escolha bispos e diáconos dignos do Senhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos
do dinheiro, verazes e provados pois também exercem para vocês o ministério dos profetas
e dos mestres.
2-Não os despreze porque eles têm a mesma dignidade que os profetas e os mestres.
3-Corrija uns aos outros, não com ódio, mas com paz, como você tem no Evangelho. E
ninguém fale com uma pessoa que tenha ofendido o próximo; que essa pessoa não escute
uma só palavra sua até que tenha se arrependido.
4-Faça suas orações, esmolas e ações da forma que você tem no Evangelho de nosso Senhor.
1-Vigie sobre a vida uns dos outros. Não deixe que sua lâmpada se apague, nem afrouxe o
cinto dos rins. Fique preparado porque você não sabe a que horas nosso Senhor chegará.
2-Reúna-se com frequência para que, juntos, procurem o que convém a vocês; porque de
nada lhe servirá todo o tempo que viveu a fé se no último instante não estiver perfeito.
3-De fato, nos últimos dias se multiplicarão os falsos profetas e os corruptores, as ovelhas se
transformarão em lobos e o amor se converterá em ódio.
4-Aumentando a injustiça, os homens se odiarão, se perseguirão e se trairão mutuamente.
Então o sedutor do mundo aparecerá, como se fosse o Filho de Deus, e fará sinais e prodígios.
A terra será entregue em suas mãos e cometerá crimes como jamais foram cometidos desde
o começo do mundo.
5-Então toda criatura humana passará pela prova de fogo e muitos, escandalizados, perecerão.
No entanto, aqueles que permanecerem firmes na fé serão salvos por aquele que os outros
amaldiçoam.
6-Então aparecerão os sinais da verdade: primeiro, o sinal da abertura no céu; depois, o sinal
do toque da trombeta; e, em terceiro, a ressurreição dos mortos.
7-Sim, a ressurreição, mas não de todos, conforme foi dito: "O Senhor virá e todos os santos
estarão com ele".
8Então o mundo assistirá o Senhor chegando sobre as nuvens do céu.