Ética Cristã e Ministerial
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Ética Cristã e Ministerial
ÉTICA CRISTÃ E
MINISTERIAL
Desafios práticos para uma vida que
glorifica a deus
Monte Mor/SP
2019
Este ebook foi redigido a partir das videoaulas ministradas na Escola
Convergência de Teologia & Vida Cristã EAD (Ensino a Distância) e
outros materiais didáticos relacionados, cujas referências constam no
corpo da mesma.
•
Copyright© 2018 por Escola Convergência
Todos os direitos reservados
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Autor:
Harold Walker
Revisão Teológica:
Harlindo de Souza
Revisão Final:
Maria de Fátima Barboza
Diagramação:
Leticia Oliveira
•
Este material faz parte do material complementar do curso ÉTICA CRISTÃ
E MINISTERIAL - Desafios práticos para uma vida que glorifica a Deus,
ministrado por Harold Walker na Escola Convergência.
Para ter acesso ao material completo e aos vídeos acesse nosso site.
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Sumário
ÉTICA: COMO
DEVEMOS
VIVER?
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Desafios Práticos para uma Vida que Glorifica a Deus
¹Wikipédia
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Desafios Práticos para uma Vida que Glorifica a Deus
A LOCOMOTIVA E O TRILHO
É impossível que uma locomotiva sem os trilhos funcione. Ela nunca
conseguirá carregar pessoas e cargas, e locomovê-las sem os trilhos
em que possa seguir; antes ficará parada sem serventia. Da mesma
forma, trilhos sem uma locomotiva não têm sentido algum e para
nada servem. A locomotiva precisa dos trilhos que, por sua vez, só
têm utilidade se houver uma locomotiva para andar neles.
Essa é uma boa figura da relação entre a ética e Espírito Santo.
Podemos dizer que a locomotiva é como o poder do Espírito Santo
no homem, enquanto os trilhos representam o estudo de ética. Po-
demos até ter os trilhos (padrões éticos consolidados), mas sem a
locomotiva (o poder do Espírito Santo) pouco proveito nós teremos.
Da mesma forma, é possível que tenhamos uma forte busca pelo
poder do Espírito Santo que poderá até nos levar longe (como uma
locomotiva), mas sem uma vida ética consolidada (trilhos) podere-
mos nos perder e ter uma vida cristã desordenada. É preciso ter os
dois: buscar o poder do Espírito Santo e crescer no entendimento e
prática dos princípios éticos essencialmente cristãos.
A busca por uma ética ministerial deve estar caminhando junto à
busca pelo poder e manifestação do Espírito Santo e vice e versa,
para que possamos chegar à plenitude de Cristo e, assim, permitin-
do que o poder do Espírito Santo nos motive e dê força para viver
uma vida de santidade.
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Como Deus nos deu um alvo é preciso entender que todo homem
caminha para descobrir e cumprir uma missão.
Missão
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1. FOCO
Ao entender o que é a nossa missão e prosseguir em seu cumpri-
mento é necessário que tenhamos foco. Se andarmos distraídos,
permitindo que as muitas coisas do nosso dia-a-dia ou a busca por
nossos próprios interesses nos tirem a atenção, não conseguiremos
atingir o alvo planejado.
É necessário que não se perca o foco até cumprirmos o nosso
chamado específico. É trágico chegar ao fim de nossos dias com a
sensação de que nosso dever não foi cumprido. Além de ficar seri-
amente frustrados, também ficaremos arrasados por saber que pre-
staremos conta a Deus sobre isso. Hoje muitas pessoas se sentem
desanimadas por ver a vida passar e saber que nada estão fazendo
de significativo. Gastam seu tempo com prazeres próprios que não
produzirão nada duradouro.
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3. PATERNIDADE ESPIRITUAL
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PRINCÍPIOS DA
MORDOMIA E
ADMINISTRAÇÃO
DO TEMPO
I. MORDOMIA
“E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus
os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos;
enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do
mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais
que rastejam sobre a terra. Disse-lhes mais: Eu vos
dou todos os vegetais que dão semente, os quais se
acham sobre a face de toda a terra, bem como todas
as árvores em que há fruto que dê semente; eles vos
servirão de alimento. E a todos os animais selvagens,
a todas as aves do céu e a todo ser vivo que rasteja
sobre a terra dou toda planta verde como alimento. E
assim foi.” (Gn 1.27-30)
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ETIMOLOGIA
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PRESTANDO CONTAS
Muitos cristãos têm vivido sua vida dividida, como se apenas os
domingos e os 10% de seus salários pertencessem a Deus. Aos do-
mingos louvam ao Senhor, mas de segunda a sexta-feira vivem de
acordo com seus próprios padrões e princípios. Um estilo de vida
assim é fruto de um pensamento errado que diz: esse mundo não é
o mundo de Deus, mas apenas um resto de espaço que foi deixado
para o Diabo. Apenas o Céu pertence a Deus e é para lá que nós
vamos, portanto, o que fazemos aqui hoje não importa nem faz
sentido. Como esse pensamento é perigoso! É por causa dele que
muitos cristãos não têm vivido em santidade e alegria.
A Terra é obra das mãos de Deus. Embora o pecado tenha afeta-
do tudo (desde a criação até o mais profundo do homem), Jesus
está redimindo todas as coisas; no final, tanto os Céus como a Terra
serão redimidos². Mesmo que o pecado e o Diabo ainda dominem
o mundo, este continua sendo de Deus, pois foi criado por ele e a
ele pertence. Se nós temos um Deus que é dono de todas as coisas,
então, é necessário prestar-lhe contas de tudo que fizermos.
É perfeitamente justo que o dono de um negócio, ao contratar al-
guém para administrar sua empresa, exija que ele lhe preste con-
tas regularmente do andamento dos gastos, lucros e funcionários.
Se pensamos assim a respeito das coisas naturais da vida, por que
costumamos viver nossas vidas como se não precisássemos prestar
²Apocalipse 21.1; Isaías 65.17
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A REDENÇÃO DO TEMPO
Antes de Cristo o tempo era só um relógio que cor-
ria determinando a hora que iríamos para o inferno.
Quanto mais tempo e vida nós tínhamos, mais opor-
tunidade de pecar nós tínhamos. Quanto mais tem-
po, mais pecado. Agora, em Cristo, o tempo se tornou
nosso aliado. Quanto mais tempo, mais oportunidade
de nos conformar à imagem de Cristo, e de nos tornar
mais santos.
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CONCLUSÃO
Um sinal que estamos fazendo bom uso do tempo é quando esta-
mos produzindo muito sem ficar estressados. Quando temos paz no
meio dos nossos tantos afazeres, é um sinal que o Espírito Santo está
no controle de nossas vidas. Jesus era assim: sempre calmo e sem
pressa e sempre ocupado no trabalho de seu Pai.
Finalmente, ser bons mordomos nos levará a alcançar o alvo final,
cumprir o chamado que Deus nos reservou. Seremos aqueles que
no dia da prestação de contas ouviremos do nosso Pai elogios e o
convite a participar da sua alegria, como na parábola a seguir:
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COMO
ADMINISTRAR
O DINHEIRO
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DÚVIDAS FREQUENTES
O dinheiro é coisa do diabo? Como
devemos usar o nosso dinheiro? Como
ajudar o necessitado se, muitas vezes,
não temos dinheiro? É pecado guardá-
lo? Devo comprar sempre que surge
uma oportunidade? Como administrar
o dinheiro da igreja? Dízimo é coisa do
Velho Testamento?
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E O DÍZIMO?
Falar sobre o dízimo não é tão simples quanto possa parecer.
Apesar de ser uma das práticas mais universais em todas as de-
nominações, linhas e correntes do cristianismo atual, é também
um dos nossos maiores estigmas em relação aos que nos olham
de fora.
Não que seja um consenso absoluto. Aproveitando-se do fato de
que o Novo Testamento quase nem faz menção do dízimo, algu-
mas vozes têm-se levantado para contestar a prática. E aí envolve
uma questão muito mais ampla que a do dízimo: como aplicar leis
e princípios do Antigo Testamento à Nova Aliança inaugurada por
Jesus?
Para ajudar a pensar sobre as principais dúvidas e discussões em
torno do dízimo, abordamos a seguir algumas das perguntas mais
frequentes. Não estamos insinuando que temos respostas defini-
tivas ou infalíveis; pelo contrário, nosso papel é estimular o pens-
amento honesto e corajoso a respeito de temas importantes para
a igreja, com o objetivo de abrir mais o diálogo e facilitar nosso re-
torno coletivo ao “primeiro amor” e à prática das “primeiras obras”
(Ap 2.4,5) da igreja do primeiro século.
Se Abraão pagou o dízimo a Melquisedeque (Gn 14.20; Hb 7.1-10)
antes da introdução da lei de Moisés, isso não mostra que o dízimo
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3.8,9)
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que possamos ter hoje algo que levaríamos meses para adquirir.
Cuidado! Isso nos faz reféns dos juros e pode facilmente se tornar
uma bola de neve sem controle.
3. Poupe
Devemos investir ou guardar com diligência parte do dinheiro que
administramos. Poupar não significa falta de fé, mas sabedoria na
administração. Veja o exemplo de José no Egito, que sabiamente
poupou recursos durante sete anos de fartura para sobreviver aos
sete anos de escassez que estavam por vir.
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7. Tenha calma
Na hora das decisões não é preciso ter pressa. Os vendedores sem-
pre fazem pressão quando querem vender seus produtos; tentam
nos convencer que não podemos viver sem eles e que estamos
perdendo em não adquiri-los. Para não cairmos nesse tipo de cilada
é muito importante que busquemos a direção de Deus, da família
e dos irmãos. Não seja precipitado, tenha calma ao fazer seus
negócios.
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c) O homem pode dispor a seu modo do que possui, seja isto adquirido
por herança, trabalho, capacidade, vivacidade, engano ao próximo etc.
Essas mentiras são do diabo, o pai da mentira, e têm colocado o homem
no caminho da cobiça e da avareza. O homem está adormecido, não
tem consciência desses pecados, uma vez que creu nessas mentiras.
2) A avareza destrói o homem
A avareza é filha do egoísmo. É idolatria (Cl 3.5; Ef 5.5; Mt 6.24), e o
amor ao dinheiro é a raiz de todos os males: mentiras, enganos, subor-
nos, injustiças, roubos, rixas, inimizades (1 Tm 6.6-10).
A cobiça é o desejo desordenado de possuir coisas e riquezas com o fim
de satisfazer às exigências egoístas da vida (Mt 13.22).
Os avarentos não podem herdar o reino de Deus (Ef 5.5; 1 Co 6.10). A
publicidade e a propaganda comercial apelam constantemente à co-
biça do coração do homem (1 Jo 2.16,17).
Resumindo, podemos dizer que a avareza:
• Impede o homem de usar tranquilamente, com liberdade e com
alegria, os bens que possui. (Ec 1.3-10).
• Torna o homem duro e insensível para com os seus semelhantes (Na-
bal – 1 Sm 25.10, 11; Ne 5.1-12).
• Converte o homem em escravo do dinheiro (Mt 6.24; Lc 16.13).
• Faz o homem cair em idolatria (Ef 5.5).
• Atormenta o homem com desejos insaciáveis de aumentar suas
riquezas, levando-o a se apoderar injustamente do alheio.
• Torna o homem suscetível aos subornos na administração da justiça
(Êx 18.21; 1 Sm 8.1-3; Sl 15.5; Ez 22.12,13).
• Leva o homem a trair os seus e a oprimir os fracos (Pv 30.14).
• Leva o homem a reter ou a atrasar os pagamentos de seus assalari-
ados (Tg 5.1-5).
Nas listas de pecados que se acham no Novo Testamento, primeiro
aparecem os que dizem respeito ao sexo e em segundo lugar os ligados
à avareza. Paulo os coloca no mesmo nível de idolatria (Cl 3.5).
Por tudo isso Deus reprova os avarentos: ver os casos de Acã (Js 7); Na-
bal (1 Sm 25); Geazi (2 Rs 5.20-27); Judas (Jo 12.6; Mt 26.14-16); Ananias
e Safira (At 5.1-11).
A palavra de Deus nos orienta respondendo com clareza às três menti-
ras básicas citadas anteriormente:
1ª Resposta – Jesus é o dono e senhor de tudo o que possuímos (Sl 24.1;
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O SUSTENTO PARA
O MINISTÉRIO
INTEGRAL
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SACERDÓCIO E SUSTENTO NO
ANTIGO TESTAMENTO
“Mas só tu e os teus filhos poderão cumprir com os de-
veres sagrados dentro do tabernáculo mesmo” (Nm
18.2)
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mordiais.
Além disso, vemos claramente que o sustento do ministério sacer-
dotal vinha do povo, princípio este estabelecido por Deus:
SACERDÓCIO E SUSTENTO NO
NOVO TESTAMENTO
“O que está sendo instruído na palavra deve repartir
todas as boas coisas com aquele que o instrui.” (Gl
6.6)
No Novo Testamento, vemos que todos são chamados ao sac-
erdócio, ao serviço a Deus. Contudo, isso não quer dizer que ele
extinguiu o princípio de que alguns cuidarão de sua casa e sua obra
mais que outros; e, muito menos, que o princípio de sustento para
o ministério foi excluído.
Jesus ensinou aos seus discípulos:
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o seu ministério foi sustentado por mulheres (Lc 8.3) e Judas cuidan-
do da bolsa (Jo 12.6), somos levados a entender que Jesus e seus
discípulos recebiam ofertas. Podemos concluir com base na pas-
sagem acima que o ministério constitui trabalho, e como tal é digno
de ser sustentado.
Vemos também o apóstolo Paulo afirmando o mesmo:
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por causa do dinheiro. Tudo isso pode nos levar à amargura e es-
cravidão.
A NECESSIDADE DE DEDICAÇÃO E
EXCLUSIVIDADE
“Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de
boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabe-
doria, aos quais encarreguemos deste serviço. Mas
nós nos devotaremos à oração e ao ministério da pa-
lavra.” (At 6.3,4)
É importante entender que o princípio de alguém ser sustentado
para exercer o serviço integral do ministério surge a partir da neces-
sidade de dedicação e exclusividade. Um bom exemplo disso é o
caso de Neemias. Ele percebeu que a casa de Deus estava aban-
donada porque não se observava a lei de sustentar os levitas para
que estes se dedicassem exclusivamente à casa de Deus. Ele disse:
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uma profissão (ou mais que uma) com a qual possamos nos susten-
tar e abençoar a outros.
Podemos ver esse paradigma na vida de Jesus (que foi carpinteiro),
como também na vida do apóstolo Paulo (que fazia tendas) e na de
muitos outros homens ao longo da Bíblia, como José, Davi, Daniel
etc.
Devemos ter em mente que precisamos estar habilitados a tra-
balhar com excelência, e sermos servos fiéis e bons administradores
de tudo que o Senhor colocar em nossas mãos. Nossa profissão
pode e deve ser uma importante ferramenta em prol do evangelho.
Devemos também considerar que agregar missões e trabalho pode
ser algo extremamente útil; a profissão pode ser uma porta de en-
trada em diversos campos de trabalho missionário.
1. Você o conhece?
Assim como para um emprego é avaliado se o candidato se adequa
ao perfil necessitado pela empresa, para a obra do ministério é pre-
ciso se adequar ao perfil bíblico. Quando falamos de pastores, pres-
bíteros e diáconos, está claro o padrão das Escrituras em 1 Timóteo
3.1-7. Infelizmente muitas igrejas têm se preocupado mais com os
dons e talentos de seus líderes do que com o padrão referido por
Paulo em 1 Timóteo.
Se o sustento será para alguém em outras áreas ministeriais que não
as de ensino, governo e pastoreio da igreja é preciso conhecê-lo do
mesmo jeito. Ele é verdadeiramente convertido? Há em sua vida
frutos de um verdadeiro cristão? Sabe administrar bem o seu tem-
po? Leva horas a fio assistindo seriados ou filmes? Administra bem
suas frustrações? Sabe negar a si mesmo em favor de outros? É
sábio na administração de suas finanças? Relaciona bem com seus
familiares? Tem bom testemunho diante dos incrédulos?
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horas vagas.
Se pergunte se essa pessoa conciliou bem seu trabalho “secular”
com o ministério. O que ela faz para o ministério tem frutos? Seu
trabalho frutificará se ela dedicar mais horas? Essa pessoa precisa
de liberação e ajuda para produzir mais a ponto de ser sustentada?
Se alguém não foi fiel no pouco que lhe foi dado não há garantia
de que será fiel no muito. Ou seja, se ela não fez no pouco tempo
que lhe sobrava, será que irá fazer quando tiver muito tempo livre?
3. É um investimento?
Também devemos levar em consideração, aqueles que estão
em processo de transição, como jovens em cursos preparatórios,
seminários teológicos, ou missionários em treinamento e processo
de aculturação. Pessoas assim estão em fase de estudo e prepa-
ração e não têm tempo para trabalhar fora e obter sustento. São,
portanto, um perfil de pessoas a serem sustentadas como um bom
investimento.
Seja qual for a nossa esfera de atuação, devemos ser excelentes
naquilo que fazemos. Isso inclui manter-se atualizado na sua profis-
são, continuar estudando, se dedicando, além de ser solícito e
proativo. Devemos semear agora, trabalhar duro e estar atentos ao
mover de Deus, pois pode ser que ele nos traga novos direciona-
mentos acerca de nossos trabalhos e ministérios.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
1 – O ministério de dedicação integral à Palavra e à oração ainda é válido,
necessário, e vital.
2 – Na maioria dos casos, porém, o ministro deve ter uma profissão e ser
capaz de se manter quando necessário.
3 – Os ministérios de pastor e missionário geralmente devem ser acom-
panhados por uma atividade profissional, pois isso, além de não impedir
o exercício do ministério, muitas vezes aumenta a sua eficácia. (Isso não
significa que o pastor ou missionário não deva ser sustentado integral-
mente, e, sim, que ele pode exercer outras funções além das “espirituais”,
como, por exemplo, administrar creches, escolas vocacionais, orfanatos,
escolas bíblicas, projetos comunitários etc.)
4 – Em todos os casos, o mentoriamento dos vocacionados é de suma
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