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Teste 2 Janeiro Chocolate

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA FERNÃO DO PÓ

Ano Letivo 2018/ 2019


Teste de Português: 6.º ANO
NOME: N.º: TURMA:
CLASSIFICAÇÃO: DATA:
PROFESSORA: Sandra Lourenço ENC. EDUCAÇÃO:

GRUPO I
TEXTO A
 Lê o excerto do livro Os Três Reis do Oriente, de Sophia de Mello Breyner Andresen, e
responde ao questionário. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Uma placa com história


A placa de barro tinha passado de geração em geração,
de idade em idade, de mão em mão. Nela estava escrito que
ao mundo seria enviado um redentor1 e que uma estrela se
ergueria no Oriente para guiar aqueles que buscavam o seu
5 reino.
A placa era um pequeno retângulo de argila, enegrecido
pelo tempo, de aspeto frágil, pobre e gasto. […] Os seus
caracteres estavam semiapagados pelo tempo e a sua escrita
era tão antiga que se tornava difícil decifrá-la com exato
10 rigor.
Sophia de Mello Breyner Andresen, 2013. “Melchior”,
in Os Três Reis do Oriente. Porto: Porto Editora (p. 15)
1. redentor: salvador.

1. Escolhe a opção correta.


1.1. O texto Uma placa com História é…
um texto narrativo. um texto descritivo. um texto informativo.

1.2. Apresenta duas razões que justifiquem a tua resposta à questão anterior.
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______________________________________________________________________________

2. Associa os elementos das duas colunas.


A B
a) Descrição de um aspeto específico da placa. 1. Parágrafo um.

b) Descrição do aspeto geral da placa. 2. Parágrafo dois, frase um.


c) Referência à antiguidade da placa e à 3. Parágrafo dois, frase dois.
mensagem escrita.

a) ____ b) _____ c) _____


1
3. Transcreve duas expressões do texto A que traduzam sensações visuais.
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_________________________________________________________________________________

TEXTO B
 Lê o texto com atenção.

Todas as coisas têm um coração por dentro. Isto pensava eu quando era
pequena e tocava nos objetos e lhes sentia a pulsação. Bastava a ponta dos meus
dedos sobre a mesa, e logo o coração da mesa respondia, batendo pausadamente ao ritmo do meu.
Quando acordava era como se as coisas, todas as coisas, acordassem comigo. E eu pensava então que
o coração descansava enquanto a gente dormia. Se não, para que servia a gente adormecer? Se não,
quando descansaria o nosso pobre coração? Eu tinha então uma ideia bastante estranha do coração e
da vida. E quando mais tarde entendi (ou me explicaram) que não era dos objetos que vinha a
pulsação, mas da ponta dos meus próprios dedos, passei a olhar as coisas de maneira diferente.
Mas aqui que ninguém nos ouve, ainda não estou muito certa de que os objetos não tenham
coração. De vez em quando ainda gosto de tocar com a ponta dos dedos na parede do aquário do
Zarolho. Devagar, muito devagar, porque segundo tenho lido num livro sobre peixes, um qualquer
pequenino barulho feito na parede exterior do aquário é sentido pelo peixe como um enorme
estrondo – e eu não quero assustar o Zarolho, sempre ali tão pacífico, tão indiferente a tudo, nesse
Atlântico que lhe coube em sorte.
Passava os dedos bem ao de leve na superfície lisa do vidro e deixava-os a correr de uma
extremidade à outra do aquário. O Zarolho seguia-os como se estivesse hipnotizado, ou como se os
meus dedos fossem a luz de algum farol a prometer bom porto. Ou, quem sabe, como se o meu
coração passasse dos meus dedos ao vidro, do vidro à água, e da água ao seu próprio minúsculo
coração de peixe. Mas tinha eu chegado de visitar a Maria do Céu quando reparei que as folhinhas
verdes e cor-de-rosa com que se alimentava estavam todas à tona da água como se ele nem desse por
elas. Ele, que as devorava assim que a gente as deitava para dentro do aquário. Nesse dia deixou de
seguir os meus dedos e o corpo estava todo cheio de pintas brancas. Tentei achar graça:
– O Zarolho está a mudar de pele.
– O que ele está é doente – disse o meu pai do fundo do sofá.
– Chama-se o Sr. Guerreiro – acudiu logo a minha avó Elisa, para quem o nosso vizinho é a
sumidade máxima, sobretudo desde o dia em que lhe deu uma receita especial (“olhe que tem
segredo, Sra. D. Elisa”) de uma açorda de coentros.
– Cá por mim parece-me melhor levá-lo ao veterinário – tornou o meu pai.

2
– Qual veterinário! – protestou a minha avó –, veterinário é para cães e vacas. Do que um
bichinho destes precisa é de muito cuidado e muito carinho. Os veterinários são uns brutos.
E o Sr. Guerreiro, habitualmente chamado para frigorífico empanado ou candeeiro sem ficha, lá
veio ver o Zarolho.
– Isto foi coisa que o bicho comeu e lhe fez mal – disse com ar entendido depois de largos
minutos de meditação em frente ao aquário.
– Alguma feijoada, se calhar... – disse eu.
Mas a minha avó não achou graça nenhuma. Duvidar da sabedoria do Sr. Guerreiro era pior do
que duvidar da existência do Sol, da Lua, e de todas as coisas à face da Terra. Deitou-me um furibundo
olhar, e só não disse nada porque entretanto, e para seu grande espanto, o Sr. Guerreiro aconselhava:
– O melhor é levá-lo ao veterinário. Estes bichinhos são seres muito frágeis, todo o cuidado é
pouco. Não consegui abafar uma risadinha, daquelas que eu sei que particularmente irritam a minha
avó .
Alice Vieira, Chocolate à Chuva, Caminho, 2011.

 Responde às questões que se seguem, de acordo com o sentido do texto.


4. Ordena as frases a seguir apresentadas de acordo com os acontecimentos do texto B.
(A) A narradora afirma não estar muito convencida da explicação recebida.
(B) O Sr. Guerreiro afirma que o melhor a fazer será levar o peixe ao veterinário.
(C) A narradora compreendeu que os objetos não têm coração quando lho explicaram.
(D) As pintas brancas, o comportamento e a falta de apetite do Zarolho fizeram a narradora
perceber que algo de errado se passava.
(E) O Zarolho seguia atentamente os dedos como se estivesse hipnotizado.

1. _____ 2. _____ 3. _____ 4. _____ 5. _____

5. O texto apresenta uma narradora participante, na 1.ª pessoa do singular. Transcreve do primeiro
parágrafo uma expressão que comprove esta afirmação.
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6. Assinala com um X, de 6.1. a 6.2., a única opção correta que completa a frase de acordo com o
sentido do texto.
6.1. O primeiro parágrafo do texto destaca:
a) a descrição dos objetos da menina.
b) o funcionamento do coração.
c) a sensibilidade como característica da menina.
d) os sentimentos da menina pelos objetos.
3
6.2. Na expressão “…nesse Atlântico que lhe coube em sorte.” (final do segundo parágrafo) é
possível identificarmos:
a) uma metáfora.
b) uma personificação.
c) uma comparação.
d) uma perífrase.

7. Identifica o recurso expressivo presente nas seguintes frases.


“Se não, para que servia a gente adormecer? Se não, quando descansaria o nosso pobre coração?”
____________________________________________________________________________________
8. Qual é a sensação que te sugere a frase que se segue?
“Passava os dedos bem ao de leve na superfície lisa do vidro e deixava-os a correr de uma
extremidade à outra do aquário.”
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9. Transcreve do terceiro parágrafo uma expressão que te indique que o Zarolho estava doente.

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10. Recorda a obra “Chocolate à Chuva” que leste na aula. Existe uma relação entre o título da obra e
a conclusão? Porquê? Assinala com X a resposta correta.
a) Sim, porque o chocolate surge sempre associado a momentos de chuva neste episódio e
no do primeiro dia de escola.

b) Não, porque o chocolate nunca surge no resto da obra.

GRUPO II
1. Atenta no excerto:
“Todas as coisas têm um coração por dentro. Isto pensava eu quando era pequena e tocava nos
objetos e lhes sentia a pulsação.”
1.1. Escreve as palavras destacadas na respetiva coluna da classe gramatical à qual pertencem:
Adjetivo Determinante Verbo Nome Preposição Pronome

2. Indica a subclasse de cada uma das formas verbais destacadas na expressão:


“…porque segundo tenho lido num livro sobre peixes…”.
Tenho: ______________________________________________________________________________
Lido: ________________________________________________________________________________

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3. Completa as frases com o verbo entre parenteses, conjugando-o no modo e tempo indicados.

Futuro do Indicativo
3.1. Elas _______________________________ (fazer) férias em Espanha.

Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo


3.2. Nós _______________________________ (comer) o chocolate todo.

Condicional.
3.3. A Rita ______________________________ (ficar) muito feliz se a Mariana a convidasse.

Presente do Conjuntivo.
3.4. Todos desejam que a Rita _______________________ (ser) feliz.

4. Completa a frase com o verbo no modo imperativo.


4.1. Rita, __________________ (trazer) as tuas coisas. Vamos de férias!

5. Escreve a forma verbal destacada na frase no infinitivo impessoal.


5.1. “Nós aguentamos tudo – disse eu.” _________________________________________________

6. Circunda , na frase, a forma verbal que está no Particípio.


6.1. Não tinha sido difícil convencer a Rita.

7. Reescreve as frases seguintes, substituindo os elementos sublinhados pelos pronomes pessoais


adequados.

7.1. O Zarolho não comeu a comida.


________________________________________________________________________________
7.2. A menina escreveu um bilhete à avó.
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7.3. Ela sentia as pulsações.
_________________________________________________________________________________
7.4. Eles levaram o Zarolho ao veterinário.
_________________________________________________________________________________
7.5. Ela diz um poema.
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7.6. A Mariana vai fazer a cama.
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GRUPO III
Ao longo da vida, todos passamos por situações que nos fizeram sentir medo tal como a Mariana e a
Rita. Escreve um texto narrativo (entre 140 e 200 palavras) no qual recordes um episódio da tua vida
em que tenhas sentido medo e conta como conseguiste ultrapassá-lo.
O teu texto deve incluir:
 Um título adequado.
 Introdução, desenvolvimento e conclusão;
 Um momento de descrição;
 Um momento de diálogo.
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