Volumetria de Precipitação - Determinação de Cloreto em Soro Fisiológico
Volumetria de Precipitação - Determinação de Cloreto em Soro Fisiológico
Volumetria de Precipitação - Determinação de Cloreto em Soro Fisiológico
precipitação
Aluno:
Alex de Sene Corado Guedes
Volumetria é o tipo de análise quantitativa que se faz usando soluções padrão (titulante) para reagir
completamente com um analito (titulado), sabendo-se a concentração e o volume da solução padrão
utilizada deduz-se a quantidade de matéria de analito presente na amostra [2].
As volumetrias podem ser divididas em volumetrias de neutralização, que são aquelas em que o titulante
é um ácido e o titulado uma base ou vice-versa; volumetrias de precipitação, que são aquelas que o
produto da reação entre o titulante e o titulado é insolúvel no solvente usado; volumetrias de
complexação, que são as que formam íons complexos como produto da reação do titulante e o titulado e
as titulações de oxirredução, que são aquelas que envolvem transferência de elétrons entre os
reagentes, mediante uma mudança no número de oxidação [2].
As titulações de precipitação envolvem alguns conceitos que precisam estar claros na mente do analista:
precipitação, solubilidade e produto de solubilidade. Russel [3] define precipitação como a formação de
uma fase condensada, seja ela sólida ou líquida, como produto de uma reação química; solubilidade
como a quantidade máxima de determinado soluto que pode ser dissolvida em um determinado solvente,
à temperatura e pressão constantes; e produto de solubilidade [4] como sendo a constante de equilíbrio
para um equilíbrio iônico da solubilidade, que expressa a concentração máxima determinado íon em
determinado solvente.
Para que uma solução possa ser padronizada usando a técnica de volumetria de precipitação é
necessário que exista um composto que reaja com o analito gerando um produto pouco solúvel. Como
os agentes precipitantes mais usados são compostos de bário e de prata, é necessário que o titulado
possua um íon que precipite mediante a adição destes agentes. Por exemplo, para se conduzir uma
argentometria é necessário que o titulado contenha um dos seguintes íons: cloreto, brometo, iodeto,
fosfato, carbonato, tetraborato e etc.
A reação genérica abaixo representa a precipitação de um haleto mediante adição de prata.
Ag+(aq)
¿
⟶ Ag X ( s)
X −¿
(aq) +¿
¿
Neste experimento usou-se do método de Mohr, que é um método de titulação argentimétrica usado para
análises de cloretos e brometos. A técnica consiste da reação entre os íons prata e os haletos em
questão, usando o íon cromato como indicador do ponto final. O íon prata reage com o cromato segundo
a reação abaixo:
2 Ag+¿
(aq) ⟶ A g2 Cr O 4( s)
2−¿
Cr O4(aq) +¿
¿
Os haletos de prata são brancos, enquanto que o cromato de prata é vermelho-marrom, o que faz com
que o íon cromato seja um indicador adequado.
No método de Mohr se faz necessário o uso de um branco, que é uma solução composta de um volume
de solvente igual ao volume final das titulações realizadas, indicador e cerca de meio grama de
carbonato de cálcio. Ao branco adiciona-se algumas gotas de titulante, até que o cromato de prata se
forme, e este volume não deve ser maior que 0,10 mL. Este é o volume de titulante gasto após o ponto
Objetivos
Materiais e Métodos
Materiais:
Tabela 1: materiais e reagentes
II. Transferiu-se analiticamente essa massa para um balão de 100 mL, onde a
amostra foi solubilizada em água deionizada.
1.2. Padronização
III. Repetiu-se o passo II mais duas vezes, desse modo fazendo a titulação em
triplicata.
2.1. Quantificação
II. Repetiu-se o passo I mais duas vezes, desse modo fazendo a titulação em
triplicata.
Resultados e Discussão
1.1. Observações
II. Como o volume usado nas três titulações foi o mesmo, o desvio padrão é
zero. Assim sendo, pode-se calcular a quantidade de matéria e a
concentração de nitrato de prata presente neste volume de titulante pela
fórmula abaixo:
n AgN O C NaCl∗V NaCl
C AgN O = 3
= eq 9
3
V AgN O −V
3 branco
V AgN O −V
3 branco
II. O volume médio usado nas três análises foi 29,10 mL, o desvio padrão é 0,05
mL. Rearranjando a eq 9 obtemos:
C AgN O ∗(V AgN O −V )
C NaCl = 3 3 branco
eq 10
V NaCl
Recomendações e Conclusões
A concentração da solução padrão de cloreto de sódio usada para padronizar o nitrato de prata era de
0,1M. A exatidão dessa concentração é muito baixa, pois possui apenas um algarismo significativo.
Como essa solução foi usada para padronizar uma outra, a solução padronizada também possui uma
exatidão baixa, o que prejudica a exatidão da análise. O ideal seria a solução padrão ter, pelo menos,
três algarismos significativos, pois os equipamentos volumétricos usados são lidos até a segunda casa
decimal, porém como se usou uma solução cuja concentração tinha apenas um digito significativo os
resultados tiveram que ser expressos apenas com um algarismo significativo, o que prejudicou a
exatidão do resultado obtido.
Referências Bibliográficas
[1] LIDE, D. R. et al, CRC Handbook of Chemistry and Physics, 85th ed., CRC Press, Boca Raton, FL
(2005).
[2] VOGEL, A. Vogel's textbook of quantitative chemical analysis. 5th. ed. London: Longman, 1989.
[3] RUSSELL, J. B. Química Geral. Vol 1. 2ª edição. São Paulo: Ed. Makron Books, 1994
[4] RUSSELL, J. B. Química Geral. Vol 2. 2ª edição. São Paulo: Ed. Makron Books, 1994