Lesões Fundamentais
Lesões Fundamentais
Lesões Fundamentais
FASE: Graduação
TAREFA: Complementação com estudo nos livros adotados no Plano de Ensino da Disciplina de
Estomatologia, bem como artigos sobre o tema e internet.
LOCAL DA INSTRUÇÃO: Central de salas de aula do Campus da Rod. Marechal Rondon – FOA-UNESP.
FONTES DE CONSULTA:
ASSINATURA: VISTO:
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REPRESENTANTE ALUNO PROFESSOR RESPONSÁVEL
Roteiros de aulas de Estomatologia – FOA - UNESP 26
1. INTRODUÇÃO
a. Apresentação dos objetivos
Nosso objetivo é:
• Demonstrar clinicamente os tipos e manifestações das alterações que podem acometer a mucosa
bucal e lingual mas que não correspondem a doenças.
b. Apresentação do sumário
Para que possamos atingir este objetivo seguiremos o seguinte sumário:
c. Motivação
No exame clínico, o profissional relaciona os achados da anamnese aos sinais visualizados no exame físico
obtendo seu diagnóstico definitivo. Assim, evitar-se-á tratamentos desnecessários e iatrogênicos.
2. DESENVOLVIMENTO
Para a introdução do aluno no diagnóstico de lesões bucais, é necessário o conhecimento das manifestações
clínicas das alterações que podem ocorrer tanto na mucosa bucal quanto na língua. Dessa maneira, o
profissional deverá identificar se o sinal clínico que está vendo trata-se de uma manifestação de doença ou
apenas uma alteração da mucosa ou da língua. A importância dessa identificação é transmitir ao paciente a
tranquilidade de que seu estado de saúde não está alterado, pois a manifestação é apenas uma variação do
normal sem conotação patogênica e, na maioria dos casos, não requer tratamento.
Será apresentado aos alunos, por meio de fotos projetadas, o aspecto clínico da mucosa bucal e língua.
As mucosas labiais superior e inferior e assoalho bucal possuem na sua região mediana uma prega que as une
ao rebordo alveolar ou gengiva na área entre os incisivos centrais. Se a inserção dessas bridas forem de
volume demasiado para o local, ocorrerá a instabilidade de próteses, no caso de desdentados, e diastema, no
caso da inserção estender-se até a região entre os incisivos. Nesses casos, está indicada a frenulectomia.
Estas bridas também podem ocorrer nas laterais, regiões de caninos e pré-molares.
Nas regiões jugais, próximo ao primeiro molar superior há uma proeminência que corresponde ao óstio do
conduto parotídeo.
Ainda na região jugal, em sua porção mediana, há uma saliência linear anteroposterior posicionada no mesmo
plano que a linha de oclusão dos dentes. Esta saliência linear pode ter vários graus de coloração, indo do rosa
ao branco.
6. LEUCOEDEMA
Principalmente nas pessoas da raça negra, quando há presença de edema intraepitelial, a mucosa jugal torna-
se esbranquiçada ou acinzentada de padrão uniforme e opalescente. Nesse caso, poder-se-á realizar a tração
da mucosa ou a diascopia, onde será observado o desaparecimento da área branca, tornando a mucosa jugal
de coloração rosa.
Corresponde a manchas de coloração escura que acomete, principalmente, a gengiva, podendo estar presente
também na mucosa jugal, palato, língua e lábio. Esta manifestação corresponde à pigmentação por melanina.
8. PAPILITA FOLIADA
Essa papila encontra-se na borda posterior da língua que corresponde à tecido linfóide e podem mimetizar
lesões quando proeminentes.
3. CONCLUSÃO
• Será aproveitado o tema para relembrar a anatomia da mucosa bucal e os aspectos físicos das
alterações que podem acometer a mucosa e língua, sem conotação patogênica.
• No final da aula, o aluno deverá ser capaz de responder questões sobre as possíveis alterações da
mucosa normal e suas denominações.
FASE: Graduação
TAREFA: Complementação com estudo nos livros adotados no Plano de Ensino da Disciplina de
Estomatologia, bem como artigos sobre o tema e internet.
PADRÃO MÍNIMO: Saber distinguir o aspecto clínico das lesões ou manifestações para descrevê-las.
LOCAL DA INSTRUÇÃO: Central de salas de aula do Campus da Rod. Marechal Rondon – FOA-UNESP.
FONTES DE CONSULTA:
1. GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D., ed. Cecil tratado de medicina interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2005. 2 v.
2. PORTO, C.C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 1317 p.
3. PRABHU, S.R. Medicina oral. 1a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 260p.
4. SACHER, R.A.; MCPHERSON, R.A. Widmann : interpretação clínica dos exames laboratoriais.
11. ed. São Paulo: Manole, 2001. 1102 p.
5. SCULLY, C. Medicina oral e maxilofacial: bases do diagnóstico e tratamento, Rio de Janeiro:
Elsevier Editora Ltda, 2009. 408p.
AUXILIARES:
6. Revistas, jornais e internet.
ASSINATURA: VISTO:
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REPRESENTANTE ALUNO PROFESSOR RESPONSÁVEL
Roteiros de aulas de Estomatologia – FOA - UNESP 31
1. INTRODUÇÃO
a. Apresentação dos objetivos
Nosso objetivo é:
• Apresentar aos alunos as lesões fundamentais ou elementares que nortearam a descrição de
alterações visíveis nos tegumentos cutâneo-mucoso.
b. Apresentação do sumário
Para que possamos atingir este objetivo seguiremos o seguinte sumário:
Para se descrever uma lesão o examinador deve estar atento a todos os detalhes das lesões, sendo o
mais preciso e completo possível. Para isto, deve-se seguir um guia para o estudo clínico.
1. Forma
2. Localização
3. Limites
4. Cor
5. Tamanho
6. Base
7. Consistência
8. Superfície
9. Textura
10. Contorno
11. Borda
12. Número
c. Motivação
Todas as doenças se manifestam inicialmente através de determinadas alterações (lesões
fundamentais). Desta forma, o conhecimento destas lesões é fundamental para a comunicação entre os
profissionais, para a formulação das hipóteses diagnósticas, para que se solicite os exames complementares
adequados e para se chegar ao diagnóstico definitivo.
2. DESENVOLVIMENTO
Para o processo do diagnóstico, é necessário que o acadêmico tenha conhecimento das diversas
lesões fundamentais ou elementares para se formular hipóteses diagnósticos e se chegar a um diagnóstico
definitivo. Deve-se observar e descrever cada detalhe da lesão de forma minuciosa e clara. Elas podem ser
primárias ou secundárias. As primárias aparecem sem serem precedidas por outra alteração enquanto as
secundárias são a evolução das lesões primárias.
Uma lesão fundamental deve ser descrita de acordo com os seguintes termos:
• LOCALIZAÇÃO: Localização anatômica exata da lesão. Quando forem áreas extensas, descrever da
forma mais precisa possível.
• BASE: De acordo com a sua inserção, a lesão pode ser séssil, quando o diâmetro da lesão é menor
ou igual a base da lesão ou pediculada, quando o diâmetro da lesão é maior que sua base de
implantação.
• CONSISTÊNCIA: De acordo com a palpação da lesão. Pode ser mole ou flácida; borrachóide ou
fibrosa; dura.
MANCHA OU MÁCULA
Mancha ou mácula corresponde a área circunscrita de alteração de coloração sem elevação ou depressão do
tecido.
MANCHA OU MÁCULA PIGMENTAR
• HIPOCRÔMICA OU ACRÔMICA : Diminuição ou ausência de melanina. Exemplo: vitiligo, hanseníase
e nevo acrômico.
• HIPERCRÔMICA : Aumento da quantidade de pigmentos de melanina. Exemplo: nevo pigmentado.
MANCHA HEMORRÁGICA
Derivadas do extravasamento de sangue e não desaparecem pela vitropressão. A coloração vai do
vermelho-arroxeado ao amarelo, dependendo do tempo de evolução.
• PETÉQUIAS: Quando puntiformes.
• VÍBICE: Quando linear.
• EQUIMOSE: Quando em placas em com tamanho maior.
DEPOSIÇÃO PIGMENTAR
Deposição de hemossiderina, bilirrubina (icterícia), pigmento carotênico (ingestão exagerada de
cenoura), corpo estranho (tatuagem) e metálico (prata, bismuto).
FORMAÇÕES SÓLIDAS
PÁPULA
São elevações sólidas, até 0,5 cm de diâmetro, superficiais, circunscrita. Exemplo: grânulos de
Fordyce, estomatite nicotínica.
NÓDULO, NODOSIDADE
Elevação sólida, superficial ou profunda, com mais de 0,5cm de diâmetro.
PLACA
Elevação fibrosa, circunscrita, ocorre o espessamento do tecido. Exemplo: leucoplasia, liquem plano.
VEGETAÇÃO
Lesões sólidas, agrupadas, salientes, cônicas, filiformes ou em couve flor. Exemplo: verruga, papiloma.
COLEÇÕES LÍQUIDAS
VESÍCULA
Elevação circunscrita com conteúdo líquido em seu interior, até 0,5 cm no maior diâmetro. Exemplo:
herpes simples.
BOLHA
Idêntica à vesícula, com tamanho superior a 0,5cm. Exemplo: queimaduras, pênfigos.
PÚSTULA
Vesícula ou bolha com conteúdo purulento. Exemplo: herpes zoster.
ABSCESSO
Coleção purulenta de localização dermo-hipodérmica ou subcutânea, flutuante. Quando acompanhada
dos sinais flogísticos é denominado de abscesso quente, quando não, abscesso frio. Exemplo: abscesso
dentoalveolar.
SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE
EROSÃO
Perda superficial da camada epitelial sem atingir o conjuntivo. Exemplo: Língua geográfica.
ÚLCERA OU ULCERAÇÃO
Perda da camada epitelial com exposição do conjuntivo. Exemplo: carcinoma espinocelular.
FISSURA OU RÁGADE
Perda tecidual linear, superficial ou profunda. Exemplo: queilite angular.
FÍSTULA
Canal ou ducto que faz a comunicação de regiões anatômicas diferentes, através do qual flui líquido
purulento, serossanguinolento ou gomoso. Exemplo: Fístulas dentais.
SEQUELAS
CICATRIZ
Proliferação de tecido fibroso para repor tecido perdido.
ATROFIA
Diminuição do volume das células que compõem um tecido.
3. CONCLUSÃO
Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de descrever detalhadamente cada uma das diversas lesões
fundamentais ou elementares existentes, bem como, sua principais características para que se chegue ao
diagnóstico.