Estruturas de Madeira Notas de Aula Prof Glauco Rodrigues 1 Slide Por Pagina PDF
Estruturas de Madeira Notas de Aula Prof Glauco Rodrigues 1 Slide Por Pagina PDF
Estruturas de Madeira Notas de Aula Prof Glauco Rodrigues 1 Slide Por Pagina PDF
1
Bibliografia:
3
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
4
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
Atividade florestal:
• Uma das poucas que, com utilização de métodos racionais de exploração,
poderá conjugar a expansão econômica à conservação da qualidade de vida
(desenvolvimento sustentado).
5
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
6
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
Madeira
0,9 630 75 8
dicotiledônea
7
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
Viga de madeira
Emprego da madeira:
• Coberturas: residenciais, comerciais, industriais, construções rurais;
• Cimbramentos: para estruturas de concreto (armado e protendido);
• Transposição de obstáculos: pontes, viadutos, passarelas;
• Armazenamento: silos verticais e horizontais;
• Linhas de transmissão (energia elétrica de baixa tensão e telefonia);
• Obras portuárias: Deck;
• Componentes para edificações: painéis divisórios, esquadrias, lambris, forros,
pisos, etc.
9
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
...“Não está sendo defendida aqui, a exploração irracional e predatória. O que se almeja é a
aplicação de um manejo de cultura e exploração inteligentes, fundamentados em técnicas
há muito dominadas por engenheiros florestais e profissionais de área correlatas, que
poderá garantir a perenidade de nossas reservas florestais.”
(extraído do livro texto, pág. 06).
10
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
Gimnospermas Angiospermas
11
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
Coníferas:
• Folhas perenes, em formato de escamas ou agulhas;
• Típicas de climas temperados e frios (Hemisfério Norte);
• Na América do Sul: (Sul do Brasil).
Pinho do Paraná;
Pinus: Pinus Taeda;
Pinus Elliottii;
Pinus Oocarpa;
Pinus Caribea.
12
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
Dicotiledôneas:
• Folhas de diferentes formatos renovadas periodicamente;
• Quase totalidade das florestas tropicais.
Algumas dicotiledôneas:
13
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
14
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
15
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
16
1. Algumas informações fundamentais sobre a madeira
17
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para
o projeto de estruturas:
18
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
19
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
• Condições de temperatura;
• Composição e umidade do solo no local de crescimento da árvore;
• Densidade do povoamento e tipo de manejo a ele aplicado;
• Posição da árvore no terreno;
• Incidência de chuvas;
• Geometria dos anéis de crescimento;
• Idade das diferentes camadas;
• Posição da amostra em relação a altura da árvore ou ao seu diâmetro;
• Maior ou menor incidência de nós e de fibras reversas;
• Umidade;
• Número e dimensões dos corpos-de-prova ensaiados.
20
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
• Nós
21
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
22
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
Umidade da madeira:
• A umidade da madeira tem grande importância sobre suas propriedades. O
grau de umidade (U) é o peso de água contido na madeira expresso por uma
porcentagem da massa da madeira seca em estufa (ms) (até a estabilização
do peso):
mi − ms
U (%) = × 100
ms
(mi ) massa inicial
• A umidade está presente na madeira de duas formas:
- água no interior da cavidade das células ocas e
- água absorvidas paredes das fibras.
• Exposta ao meio ambiente ele perde continuamente umidade por
evaporação das moléculas livres de água das células ocas;
23
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
Umidade da madeira:
• Diz-se que ela atingiu o ponto de saturação das fibras (PS). Ficam retidas
apenas as moléculas de água no interior das paredes celulares (água de
adesão ou de impregnação). Esse ponto corresponde ao grau de umidade de
cerca de 30%;
• Após o ponto de saturação (PS) a evaporação prossegue com menor
velocidade até alcançar o nível de equilíbrio (UE), que é função da espécie
considerada, da temperatura (T) e da umidade relativa do ar (URA);
• Em face do efeito da umidade nas propriedades da madeira, a NBR 7190-
1997 trabalha com UE=12%, condição atingida com T= 20º e URA=65%.
Porcentagens inferiores a UE são conseguidas somente em estufas ou
câmaras de vácuo;
• A saída de água livre não interfere na estabilidade dimensional nem nos
valores numéricos correspondentes às propriedades de resistência e de
elasticidade;
24
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
mi − ms 42,88 − 28,76
U (%) = ×100 = ×100
ms 28,76
U (%) = 49.1%
25
2. Características físicas e mecânicas da madeira relevantes para o projeto de estruturas:
Exercício 2.2: Uma peça de madeira para emprego estrutural tem massa de 6148g a U%
de umidade e deve ser submetida à secagem até atingir 12%, condição na qual será
utilizada. Sabendo-se que uma amostra retirada da referida peça, nas dimensões indicadas
pela NBR 7190/1997, pesou 34,52g (a U% de umidade) e 25,01g (massa seca), pede-se
estimar o peso da peça em questão quando for atingida a umidade de 12%.
U (%)ms 12 × 4455
m12 = + ms ∴ m12 = + 4455 = 4989,6 g
100 100
26
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
27
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Eixos de Referência:
28
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
30
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
31
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
32
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
33
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
34
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
35
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Rigidez:
• Depende em particular do módulo de elasticidade (E) da espécie de
madeira. Este módulo de elasticidade, varia conforme a direção da
solicitação em relação às fibras (ou traqueídes) da madeira, ou seja,
E0, para direção paralela às fibras e E90, para direção perpendicular
às fibras. Para efeito de cálculos, na ausência de ensaios de
caracterização da madeira na direção perpendicular às suas fibras
considera-se:
1
E90 = E0
20
36
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Tabela de Resistências das Espécies Conforme a NBR 7190/97
Dicotiledôneas
Nome ρap (kg/m3 ) fc0 (MPa) ft0 (MPa) fv (MPa) Ec0 (MPa)
Angelim araroba 688 50,5 69,2 7,1 12 876
Angelim ferro 1 170 79,5 117,8 11,8 20 827
Angelim pedra 694 59,8 75,5 8,8 12 912
Angelim pedra verdadeiro 1 170 76,7 104,9 11,3 16 694
Branquilho 803 48,1 87,9 9,8 13 481
Cafearana 677 59,1 79,7 5,9 14 098
Canafístula 871 52,0 84,9 11,1 14 613
Casca grossa 801 56,0 120,2 8,2 16 224
Castelo 759 54,8 99,5 12,8 11 105
Cedro amargo 504 39,0 58,1 6,1 9 839
Cedro doce 500 31,5 71,4 5,6 8 058
Champagne 1 090 93,2 133,5 10,7 23 002
Cupiúba 838 54,4 62,1 10,4 13 627
Catiúba 1 221 83,8 86,2 11,1 19 426
E. Alba 705 47,3 69,4 9,5 13 409
E. Camaldulensis 899 48,0 78,1 9,0 13 286
37
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Tabela de Resistências das Espécies Conforme a NBR 7190/97
Dicotiledôneas
Nome ρap (kg/m3 ) fc0 (MPa) ft0 (MPa) fv (MPa) Ec0 (MPa)
E. Citriodora 999 62,0 123,6 10,7 18 421
E. Cloeziana 822 51,8 90,8 10,5 13 963
E. Dunnii 690 48,9 139,2 9,8 18 029
E. Grandis 640 40,3 70,2 7,0 12 813
E. Maculata 931 63,5 115,6 10,6 18 099
E. Maidene 924 48,3 83,7 10,3 14 431
E. Microcorys 929 54,9 118,6 10,3 16 782
E. Paniculata 1 087 72,7 147,4 12,4 19 881
E. Propinqua 952 51,6 89,1 9,7 15 561
E. Punctata 948 78,5 125,6 12,9 19 360
E. Saligna 731 46,8 95,5 8,2 14 933
E. Tereticornis 899 57,7 115,9 9,7 17 198
E. Triantha 755 53,9 100,9 9,2 14 617
E. Umbra 889 42,7 90,4 9,4 14 577
E. Urophylla 739 46,0 85,1 8,3 13 166
Garapa Roraima 892 78,4 108,0 11,9 18 359
38
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Tabela de Resistências das Espécies Conforme a NBR 7190/97
Dicotiledôneas
Nome ρap (kg/m3 ) fc0 (MPa) ft0 (MPa) fv (MPa) Ec0 (MPa)
Guaiçara 825 71,4 115,6 12,5 14 624
Guarucaia 919 62,4 70,9 15,5 17 212
Ipê 1 068 76,0 96,8 13,1 18 011
Jatobá 1 074 93,3 157,5 15,7 23 607
Louro preto 684 56,5 111,9 9,0 14 185
Maçaranduba 1 143 82,9 138,5 14,9 22 733
Oiticica amarela 756 69,9 82,5 10,6 14 719
Quarubarana 544 37,8 58,1 5,8 9 067
Sucupira 1 106 95,2 123,4 11,8 21 724
Tatajuba 940 79,5 78,8 12,2 21 724
39
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Tabela de Resistências das Espécies Conforme a NBR 7190/97
Coníferas
Nome ρap (kg/m3 ) fc0 (MPa) ft0 (MPa) fv (MPa) Ec0 (MPa)
Pinho do Paraná 580 40,9 93,1 8,8 15 225
Pinus caribea 579 35,4 64,8 7,8 8 431
Pinus bahamensis 537 32,6 52,7 6,8 7 110
Pinus hondurensis 535 42,3 50,3 7,8 9 868
Pinus elliottii 560 40,4 66,0 7,4 11 889
Pinus oocarpa 538 43,6 60,9 8,0 10 904
Pinus taeda 645 44,4 82,8 7,7 13 304
Pinho do Paraná 580 40,9 93,1 8,8 15 225
Pinus caribea 579 35,4 64,8 7,8 8 431
Pinus bahamensis 537 32,6 52,7 6,8 7 110
40
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Observação:
Onde:
fc0,k é a resistência característica à compressão paralela às fibras;
ft0,k é a resistência característica à tração paralela às fibras;
fv,k é a resistência característica ao cisalhamento.
41
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Classes de resistência:
Visando-se a padronização, a NBR 7190/1997 adota o conceito de classes de
resistência, permitindo a utilização de várias espécies com propriedades similares
em um mesmo projeto. O lote deve ter sido classificado e o revendedor deve
apresentar certificados de laboratórios idôneos para um determinado lote.
Coníferas (U=12%)
Classe fc0k fvk (MPa) Ec0,m Densbas Densap
(MPa) (MPa) (kg/m3) (kg/m3)
C20 20 4 3500 400 500
C25 25 5 8500 450 550
C30 30 6 14500 500 600
Dicotiledôneas (U=12%)
Classe fc0k fvk (MPa) Ec0,m Densbas Densap
(MPa) (MPa) (kg/m3) (kg/m3)
C20 20 4 9500 500 650
C30 30 5 14500 650 800
C40 40 6 19500 750 950
C60 60 8 24500 800 1000
42
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Xk
X d = K mod - para as resistências
γw
Ec 0, ef = K mod . Eco, m - para o módulo de elasticidade
K mod = K mod,1 × K mod, 2 × K mod,3
43
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Classes de carregamento:
Kmod,2
Kmod,3
Categoria Valor
1a 1,0
Dicotiledôneas 2a 0,8
1a 0,8
Coníferas 2a 0,8
Coeficientes de ponderação
γ wc = 1,4 - Compressão paralela às fibras
γ wt = 1,8 - Tração paralela às fibras
γ wv = 1,8 - Cisalhamen to paralelo às fibras
47
3. Propriedades de resistência e rigidez da madeira:
Das tabelas anteriores, para a Classe C-60 (dicotiledônea), colhemos os valores seguintes:
fc0,k = 60,0 MPa
fv0,k = 8,0 MPa
Ec0,m = 24500 MPa
f c 0, k 60
f c 0,d = K mod = 0,56 = 24,0MPa
γ wc 1,4
f v 0, k 8,0
f v 0,d = K mod = 0,56 = 2,5MPa
γ wv 1,8
Ec 0,ef = K mod,1 K mod, 2 K mod,3 Ec 0,m = 0,56 × 24500 = 13720MPa
49
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de
estruturas de madeira
50
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
51
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
52
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
Combinação de ações:
Estados limites últimos:
• Combinações últimas normais;
• Combinações últimas especiais ou de construção;
• Combinações últimas excepcionais.
53
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
54
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
55
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
Excepcionais 1,0 0
56
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
-6kN (Talha)
-12,5kN (Vento Sobrepressão)
14kN (Vento sucção)
-12kN (Cargas Permanentes)
-5kN (Peso Próprio)
58
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
SOLUÇÃO:
Verificação da variabilidade das cargas
5
= 0,30 ≤ 0,75 (Grande variabilidade)
(5 + 12)
m n
Cálculo das combinações de ações: Fd = ∑γ gi Fgi ,k + γ Q FQ1,k + ∑ Ψ0 j FQj ,k
i =1 j =2
Compressão – Vento como ação principal:
Fd = 1,4(− 5 − 12 ) + 1,4(0,75(− 12,5) + 0,5(− 6)) = −41,13kN
Compressão – Talha como ação principal:
Fd = 1,4(− 5 − 12 ) + 1,4((− 6 ) + 0,4(− 12,5)) = −39,2kN
SOLUÇÃO:
Como só há uma ação variável, não há sentido em eleger ‘a principal’. Neste caso, a ação
variável será considerada normal e seu coeficiente de majoração será considerado 1.4
para efeito desfavorável e 0.9 para efeito favorável.
Cálculo do momento positivo:
As cargas dispostas nos balanços apresentam efeito favorável na determinação do momento
máximo positivo. Entretanto, ela não deve ser disposta em posições que provoquem
diminuição no efeito do momento que será calculado, assim sendo temos como
condição mais desfavorável para o cálculo do momento máximo positivo M(+):
60
4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:
(2,8 + 4,2 )× 2 2
M ( −) = = 14kNm
2 61
5. Critérios de dimensionamento
62
5. Critérios de dimensionamento:
Dimensões mínimas:
A área mínima das seções transversais deve ser de 50cm2, e a espessura mínima
de 5cm. Nas peças secundárias esses limites reduzem-se para 18cm2 e 2,5cm.
No caso de elementos estruturais comprimidos (por exemplo pilares), o
comprimento máximo não pode ultrapassar 40 vezes a dimensão transversal
correspondente ao eixo de flambagem. Nos elementos tracionados (por exemplo
tirantes), este limite sobe para 50 vezes.
Nas peças principais múltiplas, a área mínima da seção transversal de cada
elemento componente será de 35cm2 e a espessura mínima de 2,5cm.
Nas peças secundárias múltiplas, esse limite reduzem-se respectivamente a 18cm2
e 1,8cm.
63
5. Critérios de dimensionamento:
65
5. Critérios de dimensionamento:
Ulim=1/200 Ulim=1/100
Ulim=1/350 Ulim=1/175
Emendas:
Nas emendas deverão ser verificados os valores máximos de tensão de
compressão, tração e cisalhamento nas superfícies onde ocorrem.
N Nd Nd
σ cd = d ≤ f c 0,d σ td = ≤ f t 0,d τd = ≤ f v ,d
Ac Aútil Av
Onde:
σ cd Valor de cálculo da máxima tensão normal atuante de compressão;
σ td Valor de cálculo da máxima tensão normal atuante de tração;
τd Valor de cálculo da máxima tensão cisalhante atuante;
Autil Área da seção transversal da peça, descontando-se eventuais furos e/ou entalhes;
5cm
5cm
40KN 40KN
5cm
15cm 15cm
SOLUÇÃO:
Determinação dos valores médios de resistência para a espécie Canafístula:
f c 0,k = 0,7 × 52 = 36,40 MPa ∴ f t 0,k = 0,7 × 84,9 = 59,43MPa ∴ f v ,k = 0,7 × 11,1∴ f v ,k = 7,77 MPa
69
5. Critérios de dimensionamento:
15cm 15cm
70
5. Critérios de dimensionamento:
40 KN 10 15
Cisalhamento : τ v = = 0,5 2 = 5MPa > 2,42MPa ( falha) = ∴ x = 7 , 5cm
(7,5 ×10) cm 5 x
71
5. Critérios de dimensionamento:
Cisalhamento:
Vd × S
τd = ≤ f v 0, d
b× I
τd Valor de cálculo da máxima de cisalhamento atuante;
73
5. Critérios de dimensionamento:
Exercício 5.2: Uma viga de madeira dicotiledônea classe C40, cuja seção transversal mede
(15x30)cm, bi – apoiada em duas paredes divisórias em alvenaria e 4,0m de vão livre
sustentará uma outra parede de alvenaria em bloco cerâmico de 2,7 m de altura e 15 cm de
espessura, conforme mostra a figura. Com base nestas informações, de acordo com as
prescrições da NBR 7190/1997, pede-se:
SOLUÇÃO:
Determinação dos valores característicos:
f c 0,k = 40MPa ∴ f v 0,k = 6,0MPa ∴ Ec 0,m = 19500MPa ∴ ρ ap = 950kgf / m3
Determinação dos coeficientes de modificação
• Madeira recomposta, carregamento de longa duração (Kmod,1 = 0,45)
• Classe de umidade 3 (Kmod,2 = 0,9)
• Primeira categoria (Kmod,3 = 1,0)
Kmod = Kmod,1 x Kmod,2 x Kmod,3 = 0,45 x 0,9 x 1,0 = 0,405
Determinação da carga permanente:
g = (0,15 × 2,7 ×13) + (0,15 × 0,30 × 9,5) = 5,265 + 0,4275 = 5,7 kN / m
75
5. Critérios de dimensionamento:
76
5. Critérios de dimensionamento:
bh 3 15 × 303 I 33750
Ix = = = 33750cm 4 wx = = = 2250cm3
12 12 h 15
2
= 0,71kN / cm 2 ≤ f c 0,d = 1,16kN / cm 2 (OK )
1594
σ cd =
2250
Cálculo da máxima tensão atuante de cisalhamento
3 × Vd 3 ×15,94
τd = = = 0,05kN / cm 2 ≤ f v 0,d = 0,135kN / cm 2 (OK )
2 × b × h 2 ×15 × 30
Verificação do estado limite de serviço:
l 400
U lim = = = 2cm
200 200
5× q × l 4 5 × 0,057 × 400 4
δmax = = = 0 ,71cm ≤ U lim = 2cm (OK)
384 × E × I 384 × 789,75 × 33750
77
5. Critérios de dimensionamento:
6,0 8,8 12,3 15,9 19,5 23,1 26,7 30,3 34,0 37,6 41,2 44,8 48,5 52,1 55,8 59,4 63,0 66,7 70,3 74,0
78
5. Critérios de dimensionamento:
Mão Francesa
79
5. Critérios de dimensionamento:
σ Nd σ Md
+ ≤1
f c 0,d f c 0,d
σ Nd Valor de cálculo da tensão de compressão devida à solicitação axial de
compressão;
σ Md Valor de cálculo da máxima tensão de compressão devida ao momento fletor
Md;
FE
M d = N d × e1,ef ×
FE − N d
Para o cálculo da excentricidade efetiva de 1a ordem (e1,ef ) deve-se aumentar a
excentricidade de 1a ordem (e1) de um valor referente à excentricidade
complementar de 1a ordem (ec), que representa a fluência da madeira)
82
5. Critérios de dimensionamento:
Sendo:
(Ψ1 + Ψ2 ) ≤ 1
M 1g ,d
eig =
Nd
Φ = Coeficiente de fluência.
83
5. Critérios de dimensionamento:
Coeficiente de fluência Φ
Classes de umidade
Classes de Carregamento
(1) e (2) (3) e (4)
Longa duração 0,8 2,0
84
5. Critérios de dimensionamento:
Exercício 5.3: Verificar se uma coluna de Ipê (15x15) com 2,0m de comprimento, é capaz
de suportar uma carga de 184kN de compressão. Dados: Madeira serrada, classe de
umidade 2, classe de carregamento permanente, 2ª categoria;
SOLUÇÃO:
Determinação dos valores médios (ipê):
f c 0,k = 76MPa Ec 0, m = 18011MPa
Determinação dos coeficientes de modificação
• Madeira serrada, carregamento permanente (Kmod,1 = 0,6)
• Classe de umidade 2 (Kmod,2 = 1,0)
• Segunda categoria (Kmod,3 = 0,8)
Kmod = Kmod,1 x Kmod,2 x Kmod,3 = 0,6 x 1,0 x 0,8 = 0,48
Valores cálculo
76
f c 0 d = 0,7 × 0,48 ×
= 18,24 MPa Ec 0,ef = 0,48 × 18011 = 8645,28MPa
1,4
Propriedades geométricas
154
A = (15) = 225 cm
4218,75
I= = 4218,75 cm4 i = = 4,33 cm
2 2
12 225
85
5. Critérios de dimensionamento:
Verificação da esbeltez
= 46 ,2 (medianamen te esbelta )
L0 200
λ= =
i 4 ,33
Excentricidades
h 15 L 200
ei = = = 0,5cm ea = 0 = = 0,67cm
30 30 300 300
e1 = ei + ea = 0,5 + 0,67 = 1,17cm
π 2 × Ec0,ef × I π 2 × 8645,28× (10)3 × 4218,75× (10)−8
Carga crítica de Euler FE = 2
= = 900kN
L0 2,02
Cálculo do momento e módulo de resistência
FE
= 184 × 1,17 ×
900
M d = N d × e1 × = 270,6kNcm
F
E − N d 900 − 184
a 3 153
W= = = 562,5cm 3
6 6
Verificação das tensões combinadas
Nd Md 184 270,6
σ Nd σ Md
= 0,71 < 1,0(atende )
562,5
+ = A + W = 225 +
f c 0 ,d f c 0,d f c 0 ,d f c 0, d 1,824 1,824
86
5. Critérios de dimensionamento:
Exercício 5.4: No cimbramento do oleoduto abaixo dimensionar a viga 2-3 e o pilar 1-2.
Desprezar o peso próprio das vigas e considerar o peso do líquido como ação variável.
• Será utilizada madeira Classe C60 (dicotiledônea) de segunda categoria, classe de
umidade 1, com carregamento de longa duração e ação permanente de grande
variabilidade;
• Peso do tubo = 1 kN/m;
• Peso específico do líquido = 20 kN/m3;
• Considerar viga com largura de 12cm;
• Considerar o pilar como sendo de seção quadrada.
87
5. Critérios de dimensionamento:
SOLUÇÃO:
Determinação dos coeficientes de modificação
• Carregamento longa duração (Kmod,1 = 0,7)
• Classe de umidade 1 (Kmod,2 = 1,0)
• Segunda categoria (Kmod,3 = 0,8)
Kmod = Kmod,1 x Kmod,2 x Kmod,3 = 0,7 x 1,0 x 0,8 = 0,56
Determinação dos valores de cálculo
f c 0,k 60
f c 0,d = k mod × = 0,56 × = 24MPa = 2,4kN / cm 2
γ wc 1,4
Cálculo das ações para a VIGA 2-3
kN
Permanentes: Peso do tubo = 1 × 2,5m = 2,5kN
m
Ações Variáveis: Peso do líquido = π ×1.0 2 2 kN
m × 20 × 3 × 2,5m = 39,27kN
Combinações das ações:
4 m
m n
Fd = ∑ γ gi ×Fgi ,k + γ Q× FQ1,k + ∑ Ψ0 j × FQj ,k Fd = (1,4 × 2,5) + (1,4 × (39,27) ) = 58,48kN
i =1 j =2
Pl 58,48 × 350
Cálculo dos esforços: Md = = = 5117kNcm
4 4
88
5. Critérios de dimensionamento:
6 × 5117
h≥ ≥ 33cm Adotado h = 35cm
12 × 2,4
Verificação quanto a estabilidade lateral da viga: (não travada lateralmente)
1, 5 1, 5
h 35
βM =
1
×
4,0
× b =
1
×
4,0
× 12 = 11,5
0,26 × π γ f h
0,5
0,26 × π 1,4 35
0,5
− 0,63 − 0,63
b 12 89
5. Critérios de dimensionamento:
Eco,ef
= 50 (ok ) Não necessita de travamento lateral
L1 350 1372
≤ ∴ = 29 ≤
b β M × f c 0,d 12 11,5 × 2,4
Verificação quanto aos estados limites de utilização: (deslocamentos)
m n
Fd ,uti = ∑ FGi , k + ∑ Ψ2 j × FQj ,k Fd = 2,5 + (0,2 × 39,27 ) = 10,35kN
i =1 j =2
l 350
U lim = = = 1,75cm
200 200
P ×l3 10,35 × 3503
δ max = = = 0,16cm ≤ U lim = 1,75cm(ok )
48 × E × I 12 × 35 3
48 × 1372 ×
12
Seção adotada para a VIGA 2-3 = 12 x 35cm
90
5. Critérios de dimensionamento:
Considerando que a parte superior do pilar está contraventada nas duas direções, adota-se
para comprimento de flambagem: L0 = L = 450cm.
a4
2
L0 I 12 ∴ i = a ∴ i = a
Para: λ ≤ 140 ∴ ≤ 140 ∴ i = ∴ i=
i A a2 12 12
91
5. Critérios de dimensionamento:
L0 12 × L0
≤ 140 ∴ a ≥ ∴ a ≥ 11,13cm (adotad o 12 cm) λ = L0 = 450 ≈ 130 (esbelta)
a 140 i 12
12 12
29,25 79,49
σ Nd σ Md
+ ≤ 1∴ 144 + 288 = 0,08 + 0,12 = 0,20 ≤ 1(ok )
f c 0,d f c 0,d 2,4 2,4
94
5. Critérios de dimensionamento:
Fd
σ c 90,d = ≤ f c 90,d É o valor de cálculo da tensão atuante de compressão normal
An às fibras
É o valor de cálculo da força aplicada na direção normal às
Fd
fibras
An = b × l É área de aplicação da força Fd
É o valor de cálculo da resistência na direção normal às
f c 90,d = 0,25 × f c 0,d × α n fibras, dada em função da resistência de cálculo na
compressão paralela às fibras
Para a => 7,5cm e l < 15cm Se a<7,5cm ou l => 15cm
l (cm) 1 2 3 4 5 7,5 10 15 αn 1
αn 2,0 1,70 1,55 1,40 1,30 1,15 1,10 1,00
95
5. Critérios de dimensionamento:
f 0 × f 90
fα = (Fórmula de Hankinson)
f c 0 × sen 2α + f c 90 × cos 2 α
96
6. Ligações em estruturas de madeira
97
6. Ligações em estruturas de madeiras:
f c 0,d × f c 90,d
f cα ,d =
f c 0,d × sen 2α + f c 90,d × cos 2 α
Nd Nd N × cos α
σ cα ,d = = ≤ f cα ,d ⇒ e ≥ d
Ac b×e b × f cα ,d
cos α
N d × cos α
f ≥
b × f v 0, d
Exercício 6.1: Projetar a emenda em entalhe entre duas peças de 20 x 20cm, sabendo que
se trata de dicotiledônea C40 de 2a categoria, submetida ao carregamento de longa duração
de 40kN indicado, à 70% de umidade. Considerar o ângulo de inclinação igual a 35 graus.
f c 0 ,d × f c 90 ,d
f cα ,d =
f c 0 ,d × sen 2 α + f c 90 ,d × cos 2 α
16 × 4
f c 35 ,d = = 8MPa
16 × sen 35 + 4 × cos 35
2 2
Cálculo do embutimento:
N d × cos α 1,4 × 40 × cos 35
e≥ ∴e ≥ ∴ e ≥ 2 ,9cm(adotado − 3cm )
b × f cα ,d 20 × 0 ,8
Cálculo da folga:
N d × cos θ 1,4 × 40 × cos 35
f ≥ ∴f ≥ ∴ f ≥ 12,1cm(adotado − 20cm )
b × f v 0 ,d 20 × 0 ,19
101
6. Ligações em estruturas de madeiras:
102
6. Ligações em estruturas de madeiras:
103
6. Ligações em estruturas de madeiras:
f yd f yk f e 0 ,d × f e 90 ,d
βlim = 1,25 × ∴ f yd = ∴ γs = 1,1 ∴ f eα,d =
f eα,d γs f e 0 ,d × sen 2 α + f e 90 ,d × cos 2 α
f e 0,d = f c 0,d ∴ f e 90,d = 0,25 × f c 0,d α e
Os valores do coeficiente α e são dados na tabela abaixo, em função do diâmetro
do pino:
d(cm) <0,62 0,95 1,25 1,6 1,9 2,2 2,5 3,1 3,8 4,4 5,0 >7,5
αe 2,5 1,95 1,68 1,52 1,41 1,33 1,27 1,19 1,14 1,1 1,07 1,0
t
Calcula-se o valor de β pela equação: β = sendo: t = espessura da madeira
e d = diâmetro do pino. d
t2
Se β ≤ β lim ⇒ RVd ,1 = 0,40 f eα ,d , para embutimento da madeira
β
d2
Se β > β lim ⇒ RVd ,1 = 0,625 f y , para flexão do pino.
β lim
RVd,1 – Resistência ao corte de um pino. Nos pinos em corte duplo considera-se
duas seções de corte. Dividindo-se o esforço de cálculo a ser transmitido pela
ligação pela resistência de cada pino, obtém-se a quantidade de pinos necessária.
104
6. Ligações em estruturas de madeiras:
105
6. Ligações em estruturas de madeiras:
106
6. Ligações em estruturas de madeiras:
107
6. Ligações em estruturas de madeiras:
108
6. Ligações em estruturas de madeiras:
t2 30 2
RVd ,1 = 0,40 × × f e 0,d = 0,40 × × 24 = 2880 N = 2,88kN
β 3
30
Para dois planos de corte: (2 × 2,88 = 5,76kN ) n= = 5,2 = 6 parafusos
5,76
Espaçamento entre pinos para peças tracionadas
110
6. Ligações em estruturas de madeiras:
Exercício 6.3: Dimensionar a ligação de uma viga com seção transversal 8x25cm que está
apoiada em um pilar composto por duas peças com seção transversal 6x16cm afastadas em
8cm. A reação vertical do apoio da viga tem um valor de cálculo igual a 12kN e deverá ser
transferida ao pilar por meio de parafusos. A madeira utilizada é classe C-40 e o é
Kmod=0,56. Usar Parafusos ASTM A307 (fyk=240MPa) de 16mm de diâmetro.
SOLUÇÃO:
Como o pilar tem largura total (2x6cm=12cm) maior que a viga (8cm), a situação mais
crítica está relacionada com a viga, que é solicitada perpendicularmente em relação às suas
fibras. Assim sendo, apenas a viga será verificada. 111
6. Ligações em estruturas de madeiras:
f yk 240
f yd = = = 218MPa
γs 1,1
f c 0 ,k 40
f e90 ,d = 0 ,25 × f c 0 ,d × αe = 0,25 × K mod × × αe = 0 ,25 × 0 ,56 × ×1,52 = 6 ,08MPa
γc 1,4
Verificação se há embutimento da madeira ou flexão do pino
t 80 t 40 f yd 218
t= 2 = = 40mm ∴ β = = = 2,50 ∴ β lim = 1,25 × = 1,25 × = 7,5
2 2 d 16 f eα,d 6,08
β ≤ β lim = (embutimento)
Cálculo da resistência ao corte de um pino
t2 40 2
RVd ,1 = 0,40 × × f e 0,d = 0,40 × × 6,08 = 1556 N = 1,56kN
β 2,5
12
Para dois planos de corte: (2 × 1,56 = 3,12kN ) n= = 3,8 = 4 parafusos
3,12
112
6. Ligações em estruturas de madeiras:
113
FIM
114