Opera Barroco
Opera Barroco
Opera Barroco
Dentro deste quadro temos a real divisão entre musica vocal e instrumental com o
desenvolvimento de um “idioma” próprio para cada estilo. Ainda dentro da música
instrumental temos o aparecimento e incrementação dos instrumentos [o violino e o oboé] e
grupos instrumentais [a orquestra] conhecidos hoje.
Os teóricos da época dividiram a música de seu tempo em três categorias básicas: Música
Esclesiasticus [sacra]; cubicularisI [concerto ou câmara]; theatralis ou scenicus [teatral ou
cênica]. Esta principio divisão de gêneros é ainda utilizado hoje em dia.
Zarlino e Willaert, as definido como prima e seconda prattica, a distinção era baseada no
principio que no qual a primeira subordinava o texto a música tornando assim a expressão dos
afetos do texto inteligível, já a segunda perfazia o caminha contrario utilizando a música como
instrumento de pontecialização dos afetos inseridos no texto. Esta divisão foi pautada em
aspectos formais da escrita musical como simplificação do contraponto a medida dele ser
substituído por um novo tipo de monodia acompanhada.
Continuo: O baixo contínuo tem sua origem ligada aos teóricos do renascimento tardio que
buscavam nas antigas teorias gregas uma forma de manter predominância da voz solista sobre
o acompanhado por um instrumento. A prática de contínuo se desenvolveu na música secular
italiana no início do século XVI, e no século XVII se constitui como uma das grandes inovações
técnicas da composição barroca, idéia parte de uma principio simples, o continuo nada mais é
que uma linha melódica escrita abaixo que acompanha harmonicamente a melodia cantada e
era realizada por instrumentos. Ele podia ou não ser figurada mostrando ao executante a
harmonia a ser aplicada sobre ela.
Ritmo: o continuo foi possível graças também ao desenvolvimento de conceitos hoje comuns
na musica como a métrica regular e a barra de compasso. Ainda na música instrumental solista
ou recitativa temos a pratica do ritmo livre.
Contraponto: com a atenção cada vez mais voltada para o texto, as texturas do contraponto
utilizadas nos períodos anteriores foram abandonadas. Agora temos relevância de uma
melodia principal, passível de ornamentação, e uma melodia grave de extrema importância
estrutural. As linhas melódicas com rítmica defasada do
passado passaram ser “aglomeradas” em estruturas com
ritmo mais regular gerando acordes sobre as notas do
continuo. O contraponto irá retorna no período final do
barroco, contudo como uma linguagem puramente
instrumental.
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
publicou seu celebre Tratado De Harmonia, codificou a pratica música que já era utilizada à
pelo menos 50 anos.
O surgimento da Ópera
Percussores:
A ópera tem sua origem ligada as premissas defendidas pelos teóricos e compositores do final
da renascença em tentar se aproxima do teatro grego. A música européia já trazia consigo uma
larga tradição de encenações onde a música e a dança eram elementos de apoio do drama,
lembremos dos jograis e a encenação dos milagres e mistérios medievais. Contudo a ópera
traz em si aspectos que a diferem daqueles protótipos de música dramática. A ópera antes de
tudo é uma forma tão teatral quanto musical ela combina: cenários; diálogos; monólogos;
ação dramática; e música quase continua.
Outro aspecto significativo que diferenciou a ópera dos demais gêneros da época foi a forma
de tratamento do texto. No madrigal os textos se dividiam entre narrações e diálogos que
eram musicados de acordo com a necessidade de expressão. Já na ópera temos dois tipos
básicos de texto temos o recitativo, que eram os monólogos e diálogos [que conduziam o
enredo] sendo estes recitados, já alguns monólogos tratavam da expressão dos sentimentos
internos da personagem escritos num estilo mais poético e era cantado, mais tarde, este tipo
de texto receberia o nome de ária. Contudo, todo o texto deveria ser cantando, o recitativo de
forma que imitasse o falar coloquial e a ária de forma mais melodiosa e elaborada. O
incentivador deste tipo de prática, foi o erudito Girolamo Mei,que se dedicou por 11 anos ao
estudo do teatro grego clássico e publicou o compêndio de quatro volumes chamado De modis
musicis antiquorum [Sobre os modos ou das formas musicais dos antigos] concluiu que todo o
texto deste teatro era cantado, ele propunha este modelo deveria ser seguindo para realização
da verdadeira música-teatral ou teatro-musical. Para Mei a musica dos gregos consistia numa
única melodia cantada solo ou por um coro, com ou sem acompanhamento instrumental, com
a escolha da melodia e registros se poderia expressar corretamente os afetos propostos.
Caccini foi importante por ajudar a instituir um novo idioma para escrita da musica vocal, o
estilo recitativo. Este novo conceito monodia configurou-se como um instrumento técnico
necessário para realização da música defendida pela Camerata Fiorentina, eles acreditavam
que agora poderiam restaurar idéias de melodia e declamação defendidas por Mei. Consistia
numa melódica cantada por uma voz solo, bastante ornamentada, por cima da parte de um
baixo ritmicamente independente. Os instrumentos de acompanhamento podiam ser: alaúde,
chitarrone, Teorba, o cravo, órgão. Havia preocupação de adequar corretamente e melodia a
harmonia proposta no baixo-continuo. A famosa coleção publicada em 1602 de árias e
madrigais monódicos, intitulada Le nuove musiche de Caccini trazia vários exemplos desta
pratica.
Vincenzo Galilei (1533 — 1591) foi um músico italiano, alaudista, seu papel de teórico foi
determinante para evolução do estilo monódico.
Jacopo Peri (20 de agosto 1561 – 12 de agosto 1633) compositor e cantor italiano do período
de transição entre os estilos renascentista e barroco, é chamado o por muitos de “inventor” da
ópera. Escreveu o primeiro protótipo da ópera, Dafne (1597) e
Euridice (1600),
Outro aspecto de L’Orfeo é sua orquestra de dimensões e variedade de sonora inédita para
época, para se ter uma idéia Eurídice de Peri e Caccini podia se apresentada num aposento do
Palácio de Pitti, utilizava além dos cantores alguns alaúdes, violas e um cravo para o
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
L’Orfeu:
Personagens:
Orfeu tenor
Euridice soprano
Esperança soprano
Roteiro da Ópera:
Prólogo
Ato I
Ato II
Ato III
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
Ato IV
Proserpina , a rainha do Tártaro e esposa de Pluto, é comovida pela música de Orfeu, e com
isso Pluto, rei do Tártaro, deixa Euridice ir. Mas Pluto só a libera com uma condição: que Orfeu
não olhe para trás onde Eurídice, Pluto libera a sua amada de Orfeu. Assim Orfeu e sua amada
Eurídice se retiram do Tártaro, para irem para a Terra, mas num momento de fraqueza
humana, Orfeu olha para trás e ver o ombro de Eurídice, e então sem tempo para começar a
olha o rosto de Eurídice, ela é fulminada e volta como fantasma para o Tártaro
Ato V
Orfeu é consumido pela dor, e Apollo, o seu pai, vem do céu para levar seu filho, onde lá ele
poderá ver para sempre a imagem de Euridice no céu, formada pelas estrelas.
Ópera italiana:
Estilo veneziano
Após a difusão da ópera pelo território italiano, este gênero passou a ser cultivado em outros
países da Europa, na primeira metade do século XVII, Veneza é o centro do mundo operístico e
seus teatros são famosos em toda Europa. O estilo veneziano se caracteriza pela cênica
elaborada e musica de esplendido requinte. É certo apontar que esta ópera difere daquela de
Monteverdi, a ópera de estilo heróico voltada à expressão dos afetos. O estilo vigente neste
período é muito mais voltado ao espetáculo, os enredos são cheios de personagem e
amontoam cenas sérias e cômicas apenas como um pretexto para execução de belas melodias.
O bel canto, a cenografia e o figurino são colocados em primeiro plano. O conteúdo
intelectualizado dos textos é em parte abandonando em favor de uma maior fluência e leveza
de conteúdo, isto, pois a ópera torna-se um grande negócio atraindo um imenso publico não
só entre o povo de Veneza, mais pessoas vindas de toda Itália e Europa.
Os principais compositores deste estilo foram: Pietro Simone Agostini [1635-1680]; Antonio
Santorio [1630-1680]; Giovanni Legrenzi [1626-1690] e Alessandro Stradella [1644-1682].
Outros dois compositores importantes foram Carlo Pallavicino [1630-1688] e Agostino Steffani
[1654-1728] eles foram dois dos vários compositores italianos que se transferiram para outros
países da Europa [principalmente a Alemanha], difundido o gênero e o estilo veneziano, estes
dois em particular foram influencia direta para os dois grandes operistas alemãs Keiser e
Haendel.
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
Estilo napolitano
Estilo francês
Apesar do sucesso da ópera italiana na Europa, a frança manteve uma resistência ao gênero,
onde este não era sequer cultivado e nem era criado um estilo nacional. Em meados da década
de 1670, sub os auspícios do Rei Luis XIV foi criado o estilo francês, que teve duas fontes: o
ballet comique francês e a tragédia teatral clássica francesa de autores como Corneille, Racine
e Cambert.
O principal compositor do estilo francês foi Jean-Baptiste Lully [1632-1687] que tinha origem
italiana, mas vivia em Paris desde a infância. Sua musica diferia do estilo veneziano e
napolitano, pois era voltada não a um publico aperto e sim para a corte francesa, assim sua
musica é pomposa de imensos efeitos orquestrais e coros maciços, além de cenas de dança.
Os textos de seus librettos [de autoria de Jean-Phillippe Quinault] mantinham minúcias dos
costumes da corte, alem disso seus temas variavam de cenas mitológicas e dramas sérios,
entremeados por coros e cenas de dança que glorificavam a França e em muitos casos serviam
de pura bajulação ao rei. Um dos grandes méritos de Lully foi adaptar o estilo de recitativo
italiano a língua francesa.
Estilo inglês
Não ocorreu um estilo inglês propriamente dito, a masque que era o termo usado para
representações dramáticas com música teve uma existência curta durante a segunda metade
do século XVII, nos reinados de Jaime I e Carlos I, a semelhança com o ballet se dava ao fato de
que era muito mais uma diversão aristocrática que voltada ao grande público. A obra mais
conhecida do gênero é Camus de Milton. Estas obras era uma espécie de coletânea de
canções, de tipos variados, recitativos, coros, danças e trechos instrumentais que seguiam uma
trama. A ópera inglesa surgiu de forma curiosa no período da commonwealth as peças de
teatro [muito apreciadas pelos ingleses] foram proscritas, contudo, as tramas musicadas
podiam se rotuladas como concertos, assim escapando da proibição. Estas peças teatrais
musicadas a pretexto de serem concertos apresentavam: coros, peças instrumentais de todo
tipo. As duas únicas exceções a este contexto foram as obras Venus e Adonis de John Blow e
Dido e Eneias de Henry Purcell, que apresentavam um formato mais próximo da ópera.
Infelizmente após estes dois compositores não surgi na Inglaterra quem continuasse sua
tradição. Pois o público inglês irá consagrar o estilo italiano de produções de compositores
italianos, franceses e alemães.
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
Estilo alemão
Apesar das cortes alemães cultivarem o gosto pela ópera italiana, algumas cidades da
Alemanha mantinham companhias privadas de ópera em alemão, abastecidas com obras de
compositores alemães. Sendo a mais destacada entre elas Hamburgo, lá foi inaugurado o
primeiro teatro publico de ópera fora da Itália. Muito dos librettos usados nestas óperas em
alemão eram adaptações de librettos venezianos, já o estilo musical era fortemente
influenciado por italianos e franceses. O Mais destacando compositor alemão deste período
inicial foi Reihard Keiser.
Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de Fevereiro de 1685 — Londres, 14 de Abril de
1759) um dos grandes compositores da Alemães, naturalizado cidadão britânico em 1726. A
primeira parte de sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da
orquestra da ópera local. Mais tarde foi se tornou mestre de capela do Eleitor de Hanôver,
anos depois seu patrão foi coroado rei da Inglaterra como Jorge I. Haendel fixou-se em
Londres, e ali desenvolveu a parte mais importante de sua carreira, como autor de óperas,
oratórios e música instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica adotou uma versão
anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.
Sua vasta produção, que compreende mais de 600 obras, muitas delas de grandes proporções,
entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. Sua fama em vida foi enorme,
tanto como compositor quanto como instrumentista, e mais de uma vez foi chamado de
"divino" pelos seus contemporâneos.
As óperas de Haendel se estruturam dentro de uma modelo similar, quase padrão: uma
abertura instrumental seguida de uma série de árias acompanhadas pela orquestra, alternadas
com recitativos, e com participações esporádicas de duetos, trios e coros.
Dentro deste modelo as árias eram elementos auto-suficientes, pois podiam ser executadas
fora do contexto da obra, e serviam muitas vezes para exibir o virtuosismo do cantor, sendo
uma seção de expressão dos sentimentos internos de uma personagem, não ocorria ação
dramática durante sua execução. Na verdade toda a trama transcorria nos recitativos. O
acompanhamento resumido ao baixo contínuo ou uns poucos instrumentos e passagens
concertantes também eram comuns nas óperas de Haendel.
A ópera de Haendel seguia o estilo italiano. Os libretos eram escolhidos entre aqueles que
pudesses oferecer momentos contemplativos que servicem de base para composição de árias.
Outra caracteristica das óperas da época, era o uso de castrati, homens emasculados que
desenvolviam vozes agudas e muitas vezes também traços corporais femininos. Para
interpretar os personagens heroicos ou femininos do drama.
PRÓLOGO - Muito comum nas óperas do século 17, normalmente com dois ou três
personagens introduzindo ou resumindo o enredo, agradecendo a presença do público
ou fazendo um elogio ao mecenas, patrocinador do espetáculo. Caiu em desuso com o
tempo.
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
Recitativo seco - Número musical entre o canto e a fala, acompanhado apenas pelo cravo
contínuo (podendo ser um diálogo). Antecede uma canção ou um prólogo.
Ária - canção onde a personagem revela sua personalidade, conta seus propósitos, declara
seus pensamentos e expressa os seus sentimentos mais íntimos. Existem vários modelos:
- arioso (ária curta e melodiosa) e a arietta ("pequena ária"). Entre uma estrofe ou outra havia
o ritornello ("retorno"), um tema musical instrumental.
Outros – Muitas vezes nos ritornellos eram incluídos balés ou intermezzos que era uma
pequena encenação muitas vezes sem relação coma drama principal da obra apresentada.
Leitura complementar:
A Cantata1
Origens
Este gênero foi muito explorado, no período Barroco, por compositores tais como Johann
Sebastian Bach, que escreveu mais de duzentas cantatas, muitas delas com trechos famosos,
como é o caso do coral Jesus Bleibet Meine Freude (Jesus, alegria dos homens), BWV 147.
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantata
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
Na Itália, a palavra "cantata" foi usada pela primeira vez para variações estróficas na Cantade
el arie de Alessandro, o Grande, e logo passou a ser aplicada às peças que alternavam seções
de recitativo, arioso e em estilo de ária. A partir de c. 1650 esse era o padrão habitual, mas os
principais autores de cantatas do início do século XVII, Luigi Rossi e Mazzaroli, preferiam a
arietta corta, uma única ária com alterações métricas. Esses dois compositores trabalharam
em Roma, principal centro da cantata no século XVII, onde Carissimi, um dos primeiros grandes
mestres da forma, também estava em atividade. Nas primeiras cantatas de seu aluno
Alessandro Scarlatti e nas de Stradella e Steffani, a distinção entre recitativo e ária é bastante
clara, e o número de seções normalmente menor. Cantata é uma conjunto de musicas criadas
por novos usuarios, elas sao usados em comemorlações devirsas. No final do século, temas
históricos foram substituídos pelos versos arcádicos descrevendo sentimentos amorosos em
um cenário pastoril, sendo um dos exemplos mais famosos a cantata BWV 208, de Bach. A
cantata spirituale musicava um texto sacro em linguagem vernácula.
Nas cantatas de Scarlatti após c. 1700, a estrutura é padronizada na forma de duas ou três
árias da capo, separadas por recitativos. A maioria é para soprano e contínuo. Esse tipo foi
cultuado por outros italianos, incluindo Bassani, Bononcini, Vivaldi e Marcello, e por Haendel
durante sua permanência na Itália (1705/6-10). Muitas das cantatas de Haendel, no entanto,
distinguem-se das italianas em estrutura tonal e força dramática.
Cantata Alemã
Na Alemanha, a Kantate era basicamente um gênero sacro, apesar de o termo não ser de uso
geral durante o período barroco. Um passo em direção à cantata como forma multi-seccional
foi dado pelas composições de salmos de Tunder, Buxtehude e outros, cujas partituras corais
são afins às verdadeiras cantatas, já que usam uma forma fechada para cada estrofe. Mas foi a
mistura de textos, especialmente textos bíblicos e poéticos naquilo que se chamou de cantata
"concerto-ária", que estabeleceu de maneira decisiva o formato da cantata alemã.
Algumas das cantatas de Bach são retrospectivas em sua utilização de um texto coral
uniforme, mas a maioria mostra os efeitos das reformas de Neumeister em c. 1700, com
recitativo e ária da capo como elementos dominantes. As cantatas foram compostas em
grande número – Telemann e Graupner escreveram bem mais de mil – e eram normalmente
agrupadas em ciclos anuais. As de Bach são atípicas em qualidade e diversidade. Nas mãos de
compositores menores, o gênero foi se tornando cada vez mais padronizado e, no final do
século XVIII, a estagnação estrutural e textos alegóricos fizeram-na parecer fora de moda e
fossilizada.
Cantatas seculares em alemão e em italiano foram compostas por Keiser, Telemann, Bach e
outros, mas esse tipo de cantata só foi amplamente cultivado na Itália. Na França e na
Inglaterra a cantata secular foi essencialmente um gênero do século XVIII, emulando o tipo
italiano. Atribui-se a J. B. Morin ter introduzido a cantate francesa em seu primeiro livro
(1706). Ali estabeleceu-se o padrão para as cantatas francesas das duas décadas seguintes,
com três árias, cada qual introduzida por um recitativo; a preferência recaía em textos
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Apostila 8: Curso de História da Música Cenated.
Cantata Inglesa
A cantata inglesa surgiu em grande parte de um desejo dos poetas e compositores do século
XVIII de demonstrar a adequação de sua linguagem aos estilos de recitativo e ária à italiana. J.
C. Pepusch alegava que suas Six English Cantatas (1710) eram as primeiras do tipo; seus dois
conjuntos estão entre os melhores. Após 1740, a estrutura à italiana foi abrandada e a
tendência inglesa para uma melodia ligeira e agradável se firmou. A mudança, observável nas
cantatas de Stanley, encontra-se completa no conjunto que Arne compôs em 1755, o qual,
com seus acompanhamentos de sopros de madeira e utilizando ao máximo as cordas, marca o
final da cantata como forma de música de câmara na Inglaterra.
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