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Introdução A Epístola Aos Filipenses

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Esboço Filipenses 1: 27- 30 PANORAMA

1) Oração Algumas informações


importantes:
2) Relembrando
Dando continuidade ao nosso estudo de Filipenses, hoje nós Paulo escreveu essa carta da
teremos a oportunidade de estudarmos juntas como é viver de prisão em Roma, para
forma digna do evangelho encorajar os Filipenses a
P.: O que vocês lembram do que já vimos até aqui? unidade e a alegria.

A descrição do surgimento
3) Leitura desta igreja está em Atos
16, importante para
“27 Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, entendermos o trecho de
para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a hoje.

vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, A população dos filipenses
era composta por Romanos,
lutando juntos pela fé evangélica; 28e que em nada estais gregos Macedônios e
intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova Judeus. A cidade se tornou
colônia romana, e por isso
evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte todos seus cidadãos tinham
de Deus. 29 Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por direito de viver sobre as leis
romanas, e isso fazia com
Cristo e não somente de crerdes nele, 30 pois tendes o mesmo que eles se sentissem
combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.” orgulhosos de sua cidadania.

É importante notar que esta


igreja surgiu a partir de um
4) Vamos primeiro entender o que Paulo quis dizer aos Filipenses, grupo de mulheres que se
o que podemos aprender sobre Deus e sobre Cristo, para somente reunia para orar, pois não
havia sinagoga no local
então partir para as aplicações. (onde geralmente Paulo
P.: Quais ações/orientações de Paulo vcs identificam no pregava), e
consequentemente na casa
texto? de uma mulher que era
Viver de modo digno, se manter firme em união, lutar juntos, empresária, Lídia.

não se intimidar, reconhecer a graça de padecer e o combate Paulo e Silas são presos e
açoitados, passam a noite
em comum com Paulo. Assim, vamos dividir o nosso texto em na prisão, até que um
três seções: o objetivo principal da vida, suas evidências e suas terremoto os liberta, e leva
o carcereiro e toda a sua
implicações. família a conversão. Este
episódio foi marcante e
importante para a fé
4.1) Objetivo principal da vida cristã estabelecimento da primeira
igreja da Europa.
Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo.
A palavra viver, no grego, traz a ideia de viver como cidadãos. Nós vimos na introdução
que os Filipenses, sentiam muito orgulho de viver sob o selo de Roma, como cidadãos
Romanos. Porém, agora Paulo dá a eles uma nova perspectiva (em continuação aos
versos anteriores em que ele afirmou que viver é Cristo e morrer é lucro [1:21]) - vivam
como cidadãos celestiais. Esta nova cidadania, deveria estar acima de tudo, quaisquer
outras coisas da vida dos filipenses: seus negócios, suas famílias, relações políticas e
culturais. E este estilo de vida, deveria ser digno do evangelho de Cristo.
P.: Como seria viver como cidadãos celestiais? Por que isso era importante para os
filipenses? (LER 2:15/3:20)
A vida dos Filipenses deveria ser um diferencial em meio a uma geração pervertida e
corrupta, para resplandecerem no mundo. Ele tinham que ser LUZ. Paulo desejava que
eles fossem irrepreensíveis! Definitivamente um padrão alto a se seguir. Além disso,
significava que eles deveriam ser cristãos verdadeiros, não estar no meio do corpo de
Cristo enganando a si mesmos e aos outros, vivendo para seus próprios interesses (seu
deus é o ventre) e com os olhos na terra. A casa deles era celestial.
P.: Como deve ser uma vida digna do evangelho de Cristo? O que é o evangelho?
O evangelho são as Boas Novas de salvação para todo aquele que crê.
1 Co 15:1-4
4.2) Evidências de uma vida digna do evangelho
P.: Quais evidencias você observa neste trecho? O que seria lutar juntos pela fé?
Como isso mostra a dignidade do evangelho?
para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que
estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé
evangélica; e que em nada estais intimidados pelos adversários.

A primeira evidência para Paulo, seria o fator motivação. Não importava se ele estava
presente ou ausente na igreja. O estilo de vida daqueles cristãos, e as boas notícias
sobre eles deveriam ser o tema das cartas e visitas que recebiam sobre ele, eles
deveriam continuar a desenvolver a sua salvação com temor e tremor (2:12), olhando
para Cristo. A motivação não era Paulo. Imagine o apreço que os filipenses tinham por
Paulo: ele foi o fundador daquela igreja, eles agora sabiam sobre Cristo, tinham
entendido o Evangelho, foram Salvos! E não somente isto, junto com Silas, foi preso e
acoitado por proclamar a verdade aquelas pessoas. Provavelmente eles estavam
ansiosos por ouvir tudo que Paulo tinha a dizer, e também um grande desejo de o
agradar.
A segunda evidência seria permanecer firme. Várias razões aqueles irmãos tinham
para fraquejar em sua fé: seu missionário estava preso; o irmão enviado para ajuda-lo
ficou doente e quase morreu; eles passavam por perseguições externas e por conflitos
internos (desavença entre irmãos, falsos cristãos, falsos ensinamentos). O objetivo não
era sobreviver somente, e sim prosperar, buscar a semelhança com Cristo (3:14). A
firmeza deveria partir da unidade entre eles. Uma só alma, um só espirito. A igreja de
filipenses possuía um caráter misto, mas ainda assim, havia unidade na diversidade.
Seria muito difícil permanecer firme, estando separados, ou brigados. (A unidade que
Paulo esperava dos Filipenses é descrita no capítulo 2, e será tema do nosso próximo
encontro em Abril, vamos ler esse trecho). A dignidade do evangelho é mostrada
quando se vive em unidade. E essa unidade também se revela no momento de defesa
da fé. Lutando juntos pela fé evangélica. Não se intimidar com os adversários –
Paulo já tinha dado vários exemplos de coragem e ousadia, ao compartilhar sua fé para
Judeus e gentios, enfrentando a ira de ambos e não esmorecendo ou retrocedendo em
momento algum. Muito pelo contrário ele disse que tudo que lhe aconteceu,
contribuiu para o progresso do evangelho, seja por meio dos guardas romanos, seja
incentivando outros a proclamarem as boas novas.

4.3) Consequências de uma vida digna


Paulo deixou claro, que o modo de viver digno não era o que garantiria salvação para
eles. A salvação é um trabalho da Graça. (Ef.2:8) O crer em Cristo Jesus era operação
de Deus neles. Como uma moeda, Paulo revela o outro lado da graça: Padecer por
Cristo. (2 Tm 3:12) Tomando como exemplo a sua própria vida, e a experiencia que
teve com eles de sua prisão ainda na Macedônia visto por eles, e também da nova
prisão de Paulo, da qual eles somente ouviram. Observamos que ele, mesmo estando
preso, anima seus irmãos a se alegrarem em Deus. Em outras cartas, Paulo nos dá uma
perspectiva totalmente diferente do sofrimento. Além de Jesus também nos advertir
sobre isso (Mateus 5:11-12).
As consequências de um viver digno não se estendem somente aos crentes, mas
também aos incrédulos: para eles, estas evidências seriam uma prova de perdição.
As boas novas do evangelho associadas a fé, produzem salvação, mas para aqueles que
a rejeitam é sinal de sua perdição.

5) Aplicações
Vamos construir a aplicação juntas através de perguntas:
 Como estou vivendo?
- Como uma cidadã dos céus, olhando para a minha pátria celestial, como
peregrinos e forasteiros neste mundo (1 Pe 2:11,12), ajuntando tesouros nos
céus, onde a traça e a ferrugem não corroem?
É certo que este mundo onde vivemos e a cultura onde estamos inseridas, traz
diferentes tipos de identidade pra nós. E a nossa identidade, molda aquilo que
valorizamos, o que buscamos, como usamos nosso tempo e recursos e tudo
que fazemos. Os Filipenses se orgulhavam de ser romanos, e isso moldava
quem eles eram. O que tem te moldado, suas escolhas? Qual a sua principal
identidade? Futura Profissional, Futura Esposa, Estudante, Profissional,
Feminilidade, Força? Todas estas coisas que não são ruins em si mesmas,
devem ser secundárias a nossa principal identidade: Servas de Cristo (1.1), com
os olhos fixos no céu, tendo o mesmo sentimento que Paulo: Viver é Cristo.
(1:21) É tudo sobre Ele, Tudo para Ele, tudo através dEle. Nele Vivemos, nos
movemos e existimos Uma vida digna do Evangelho, valoriza a Cristo acima de
tudo e demonstra isso através de suas ações, de acordo com a palavra de Deus.
Em que áreas da vida você é digno do evangelho? Em quais você não é?

 Contente em passar despercebida.


Paulo desejava que o comportamento dos filipenses fosse notável
independente de sua presença física. Na nossa vida, muitas vezes iremos servir
a Deus e ninguém vai notar. Faremos o bem, e ninguém nos dará os parabéns
por isso. A quem você quer agradar? Por quem quer ser notada? Certifique se
que as motivações do seu coração estão apontando para Deus, e prossiga em
fazer o bem e honrar a Cristo mesmo quando ninguém estiver olhando.
 Para permanecer firme, permaneça unida.
Uma das principais formas de viver dignamente do evangelho é viver em
Comunidade. Não conseguiremos prosseguir em nossa caminhada cristã de
forma saudável vivendo isoladas. Nós podemos estar reunidas na igreja todo
domingo e ainda assim, viver de forma isolada. Quando os ventos de emoções,
tentações, dificuldades, sofrimentos vem, precisamos estar juntas para orar
umas pelas outras, ser suporte, ser graciosas, mas também verdadeiras. Se veja
na posição de alguém que pode ajudar, e buscar aqueles que estão distantes.
Paulo citou Timóteo como aquele que não buscava seus próprios interesses,
mas o de Cristo. Hb 3: 13-14 O que tem te impedido de permanecer em
unidade? Como vc pode melhorar nesse aspecto?

 Dar graças pelos sofrimentos?


Assim como devemos estar certas de nossa salvação, porque ela é mediante a
fé em Cristo e não por nossa própria bondade e boas obras, devemos ter
certeza que o sofrimento vem. Primeiro porque vivemos em um mundo caído,
corrompido pelo pecado e estamos sujeitas aos efeitos dele em nossa vida.
Segundo, porque na matemática de Deus, sofrer pelo evangelho é um
privilégio. Seja na defesa da nossa fé, seja ao buscar manter um padrão de
santidade, seja nas provações que passaremos. Deus opera tudo para o bem
daqueles que o amam. Nossos sofrimentos estão produzindo hoje, um peso de
glória futura que ultrapassa qualquer leve e momentânea tribulação que
possamos a vir enfrentar. Dar graças pelos sofrimentos é entender que eles
produzem glória para Deus, confirmam a fé de outras pessoas, nos santifica,
aumenta nosso amor por Deus. E nos sofrimentos que Deus se faz real e
palpável, nossa única esperança e socorro. 2 Tm 3:12, 2 Co 4;14.
Como tenho reagido as situações de sofrimento em minha vida? Eu tenho
sofrido por Cristo? A minha fé e das pessoas ao meu redor é abalada ou
fortalecida com as provações que eu tenho enfrentado?

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