Flanges PDF
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Módulo I
Aula 02
FLANGES
Flanges são componentes utilizados como elementos de ligação, podendo ser
instalados entre trechos de tubulação, entre a tubulação e válvulas, são os flanges que
na maioria dos casos constituem os bocais de bombas, vasos, permutadores de calor,
torres e demais equipamentos, assim como, filtros, purgadores, distribuidores de fluxo e
instrumentos de automação em sistemas de tubulações industriais, sistemas de
utilidades e muitos outros.
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TIPOS DE FLANGES PARA TUBOS
TIPO DESCRIÇÃO E CARACTERISTICAS USO RECOMENDADO
Atarraxado no extremo tubo, usado em Serviço de pressão e
tubulação que não pode ser soldada temperatura moderada.
Usados em tubulações
galvanizadas. Não são
recomendadas para linhas
onde aparecem tensões
par dilatação ou flexão.
ROSQUEADO
SOBREPOSTO
Consta de uma gola bastante alta, que Para serviços severos (Alta
afasta a solda do flange e dá uma pressão e temperatura ou
resistência considerável ao flange, temperatura abaixo de 0°)
tornando – o integrante ao tubo. Permite
apertos consideráveis e resiste bem aos
esforços mecânicos a que está sujeito.
COM PESCOÇO
São mais vantajosos que os sobrepostos Bom para tubos de
por só ter um cordão de solda e não pequeno diâmetro, onde
necessitar de refaceamento após a os acessórios com soquete
solda. Pode aparecer uma fenda entre o soldado são mais próprios
batente do flange e o tubo surgindo com do que os acessórios
isto uma excessiva corrosão, sob certas rosqueados.
condições, mas um cordão de solda
interna pode eliminar este risco.
SOLDA DE ENCAIXE
O flange é solto, independente do Usados em serviços que
pescoço, que tem uma virola. Esse requeiram constantes
pescoço é que está ligado a tubulação. O desvantagens para
flange não entra em contato com os inspeção e limpeza. Deve
fluídos transportados. ser evitado nas montagens
onde existem esforços de
flexão severos. Uso em
indústrias alimentícias, em
instalações com aço
LAP – JOIN
inoxidável par diminuir seu
custo total.
(Terminal Flangeado)
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Não tem um furo central, acompanha as Usados em finais de linhas
características dos flanges ao qual se para fechar válvulas ou
acopla. bocais sem uso nos
equipamentos.
CEGO (BLIND)
Em tubulações industriais, esses flanges são usados apenas para tubos de metais
não soldáveis, tem grande emprego nas redes domiciliares, ferro galvanizado e em tubos
de plástico. Emprega-se também para tubos de aço, ferro fundido, ou aço forjado, em
tubulações secundárias, água, ar comprimido, óleo, gases, etc.
A norma USAS. B-31 recomenda que seja feita solda de vedação (Ou goma teflon)
entre o flange e o tubo (rosca) quando em serviços com fluídos inflamáveis, tóxicos ou
perigosos de um modo geral.
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FLANGE SOBREPOSTO – SLIP – ON (OS.)
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A ponta do tubo encaixa no flange, e facilita o alinhamento, evita o corte do tubo,
o cuidado da medida exata, seu uso é para tubulações não criticas (até 20Kg/cm 2) e
400° C. A norma USAS. B-31 – 1 desaconselha o uso desses flanges para quaisquer
serviços cíclicos (processo que oscila periodicamente entre dois extremos).
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Este flange é o tipo mais usado em tubulações industriais para quaisquer
pressões, ou temperatura, mais resistente que os flanges não integrais e permite melhor
aperto. O flange é ligado ao tubo por uma única solda (Solda por fusão – de – topo –
ponta biselada) Butt Welding (BW) ficando a face interna do tubo perfeitamente lisa.
A montagem com esses flanges é cara por que cada pedaço de tubo ligado a ele
deve ter os extremos chanfrados para a solda (Ponta Biselada) e tem que ser cortado na
medida certa.
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FLANGE DE ENCAIXE E SOLDA – WELDING SOCKET FLANGED (SW)
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Flange de encaixe e solda semelhante ao do sobreposto, porém mais resistente, e
tem um encaixe completo para a ponto do tubo dispensando-se por isso a solda interna.
É o tipo de flange usado em tubulações de aço de pequeno diâmetro, até 2” não se
recomenda esses flanges para serviços corrosivos.
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FLANGE SOLTO COM VIROLA PARA SOLDA DE TOPO
(ORENELAP – FLANGED WITH WELDING NIPLES – O-RING JOINT LAP)
Virola ponta para flange louco, ou solto, chamado de (vanstone) não ficam como
os demais presos a tubulação e sim soltos. A outra ponta que vai soldada na ponta do
tubo, chamada de virola, que é peça especial denominada de (stub-end) que serve de
batente para o flange, o flange (vanstone) é solto e desliza livremente sobre o tubo,
material mais barato, ficando só a virola e o tubo ligados entre si, para os serviços
especiais.
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FLANGE CEGO – BLIND FLANGED
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FLANGE DE ORIFICIO- ORIFICE TO FLANGED
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Flange de orifício de Encaixe e Solda – Socket Welding
Orifice Flanged (SW)
FACE PLANA
(Flat Face)
Mais caro, porém mais eficiente. Quando Usado para altas
montado, a pressão aumentando, pressões e
aumenta a vedação também. temperaturas.
FACE C/ RANHURA P/
ANEL
(Ring Type Joint)
A face do macho tem 1/4” de altura e a Usado para serviços
fêmea 3/16” de rebaixo. As faces são especiais onde se
usinadas. requer a retenção da
junta. Não é muito
comum.
MACHO E FÊMEA
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(Mote and femote)
É o tipo macho e fêmea, mas os encaixes Uso quando se requer a
não chegam ao furo dos flanges. A retenção da junta e o
lingüeta e o rasgo são usinados e a junta não contacto da mesma
não entra em contacto direto com o com o fluido de
fluído e o processo de vedação mais processo.
eficiente com juntas planas.
LINGUETA E RANHURA
(Fougue and groove)
Ressalto até 1/16” para pressões até 300 (Ibs.) e 1/4” acima de 300 (Ibs.). Junta
típica de vedação para essa classe de flanges, as espessuras como ao de face plana; tem
o seu Ø int. igual ao Ø ext. do tubo, e o Ø ext. da junta é igual ao Ø int. do circulo do Ø
int. dos parafusos.
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FLANGE DE FACE PARA JUNTA DE ANEL – RING TYPE JOINT – RTJ
O rasgo para junta de vedação que é oval ou octogonal, sendo a oval mais usada,
ambas são usadas somente para estes tipos de flanges e seus diâmetros são iguais ao
rasgo do flange.
Este tipo de ressalto bem mais raro que os anteriores, são usados para serviços
especiais com fluídos corrosivos por que nele a junta está protegida; nota-se que com
esses faceamentos, os flanges que se acoplam entre si, são diferentes um do outro.
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ACABAMENTO DA FACE DE JUNÇÃO (PARA FLANGES)
Os flanges são fabricados com ressalto (ou face lisa) e podem ser requisitados
com os acabamentos da junção abaixo mencionados. Não havendo especificação o flange
será de ressalto e o acabamento com ranhura standard.
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LEGENDA:
Espiral contínua com passo de 0,8 mm e Espiral contínua em “V” de 90° com passo
um raio de 1,6 mm na ponta da de 0,8 mm e uma profundidade de 0,4 mm
Ferramenta para os flanges até 12º de para todos os tamanhos.
diâmetro nominal. Acima de 12” com passo
de 2,4 mm. E um raio de 3,2 mm na
ferramenta
Flanges de Redução
Flanges de redução são usados apenas em alguns casos raros, às vezes utilizados em
instalações de tubos encamisados, ou até mesmo, sendo parte integrante de um
equipamento.
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De acordo com a padronização da norma, todas as dimensões de ligação de um flange
de redução, correspondem exatamente com as dos demais tipos, o que permite, por
exemplo, construir um flange de redução com dimensões e características especiais,
partindo de um flange cego, bastando apenas executar a usinagem de um furo com
dimensões diferente dos constantes na tabela.
Os flanges de encaixe e solda com face de ressalto, são fabricados nas classes de
pressão de 150# a 600#, e com face para junta de anel, são fabricados ate
classes de 1500#;
Os flanges roscados da classe 1500# são definidos para até 12” de diâmetro,
embora não seja muito usual tal aplicação, com intuito de melhor elucidar as
informações até então descritas, como também apresentar os materiais mais
comuns para fabricação dos flanges, mostramos a seguir uma tabela contendo,
classe de pressão, material, tipo do flange, o tipo da face e diâmetro nominal.
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Lista das padronizações
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CLASSE MATERIAL FLANGE DN
TIPO FACE
RO FR 1/2" – 6”
SO FR 2” – 42”
ES FR 1/2" – 1 1/2"
ASTM 105
PE FR 2” - 24
PE -RO FR 2” - 24
CE FR 1/2" – 24”
ES FR 1/2" –1 1/2"
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CLASSE MATERIAL FLANGE DN
TIPO FACE
ES FR 1/2"- 1 1/2"
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CLASSE MATERIAL FLANGE DN
TIPO FACE
PE FJA 3” – 24”
ASTM A 105 CE FJA 3” – 24”
PE - OR FJA 3” – 24”
PE FJA 3” – 16”
ASTM A 182 Gr F11
900 CL 2
CE FJA 3” – 16”
PE - OR FJA 3” – 16”
PE FJA 3” – 16”
ASTM A 182 Gr F
CE FJA 1/2" – 16”
347
PE - OR FJA 3” – 16”
ES FJA 1/2" – 1 1/2"
PE FJA 2” – 14”
ASTM A 105
CE FJA 2” – 14”
PE - OR FJA 2” – 14”
ES FJA 1/2" – 1 1/2"
A norma dimensional ASME B16.5, assim como as outras normas dimensionais para os
flanges, estabelece, para cada diâmetro nominal e cada classe de pressão, todas as
dimensões dos flanges: definindo diâmetros internos e externo, comprimento, espessura,
circulo de furação e diâmetro dos furos, numero e diâmetro dos parafusos.
Desta forma, todos os flanges de mesmo tipo, mesmo diâmetro nominal e mesma
classe de pressão terão todas suas dimensões exatamente iguais e se adaptarão entre si
e ao mesmo tubo, tendo, portanto pressões máximas de trabalho admissíveis diferentes,
e para os flanges de grande diâmetro com 30” ou até mesmo pouco menores ou bem
maiores, pode ser vantajoso, em muitos casos, calcular e fabricar especialmente o
flange, em lugar de empregar flanges normalizados, que seriam quase sempre
superdimensionados.
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Nesse momento torna-se importante ficarmos atentos quanto a definição dos contra
flanges, por exemplo:
Ao recebermos um desenho dimensional de um equipamento, devemos analisar
cuidadosamente as características de cada um dos flanges dos bocais, quanto as suas
dimensões, e nunca se esquecendo da classe de pressão, pois para cada classe de
pressão as dimensões são diferentes, não sendo então possível a instalação do mesmo
tipo de flange com o mesmo diâmetro, porem com classes de pressão diferentes.
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Se fosse econômica e tecnicamente viável a fabricação de flanges com superfícies
planas e perfeitamente lapidadas, e se conseguíssemos manter estas superfícies em
contato permanente entre si, não necessitaríamos de juntas. Esta impossibilidade
econômica e técnica e causada por:
Dimensões grandes do equipamento e/ou dos bocais;
Dificuldades em manter estas superfícies extremamente lisas durante o manuseio
e/ou montagem dos elementos;
Corrosão ou erosão devido ao tempo de exposição das superfícies de vedação.
Para se conseguir uma vedação satisfatória, alguns fatores devem ser
considerados, entre eles:
Forca de esmagamento inicial: E necessário aplicar uma forca adequada de
esmagar a junta, de modo que ela simplesmente preencha as imperfeições da
ligação, sem que haja da destruição da junta por esmagamento excessivo;
Forca de vedação: Deve haver uma pressão sobre a junta, de modo a mantê-la
em contato com as superfícies dos flanges, evitando vazamentos;
Seleção dos materiais: Os materiais da junta devem resistir às pressões internas,
as quais a junta vai ser submetida e ao fluído circulante;
Acabamento superficial: para cada tipo de junta e/ou material existe um
acabamento recomendado para as superfícies de vedação.
A força dos parafusos, aplicada inicialmente sobre a junta, além de esmagá-la, deve:
Compensar a forca de separação causada pela pressão interna;
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Ser suficiente para manter uma pressão residual sobre a junta, evitando o
vazamento do fluido vedado.
A ilustração abaixo, mostra as principais forças que agem em uma ligação flangeada,
sendo que:
Força radial e aquela originada pela pressão interna e tende a expulsar a junta;
Força dos parafusos e a forca total exercida pelo aperto dos parafusos;
Carga dos flanges e aquela forca que comprime os flanges contra a junta,
inicialmente é igual a força dos parafusos, após a colocação do sistema em
operação, é igual a força dos parafusos menos a força de separação;
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COMBINAÇÕES POSSÍVEIS DE INSTALACÕES:
FACE PLANA
JUNTA NÃO CONFINADA:
É o caso onde as superfícies de contato de ambos os flanges são planas. Nessa
instalação a junta pode ser do tipo RF, que e aquela que seu limite e ate encontrar os
parafusos, ou o tipo FF, que acaba cobrindo toda a superfície de contato, ultrapassando
os limites dos parafusos, para tal havendo a necessidade das furacões na junta,
normalmente esse tipo de instalação e usado em flanges de materiais frágeis, com isso
diminuindo a possibilidade da criação de fissuras no flange.
FACE RESSALTADA
Junta não confinada:
As superfícies de contato são ressaltadas de 1,6mm ou 6,4mm. A junta abrange
normalmente ate os parafusos. Permite a colocação e retirada da junta sem que haja a
necessidade de afastar muito os flanges, facilitando eventuais trabalhos de manutenção.
Esse e o tipo de junta mais usado em tubulações.
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LINGUETA E RANHURA
Junta totalmente confinada:
A profundidade da ranhura e igual ou um pouco maior que altura da lingueta. A
ranhura e cerca de 1,6mm mais larga que a lingueta. A junta tem, normalmente, a
mesma largura da lingueta, o que lhe permite ser alojada nesse espaço, onde recebera a
forca de esmagamento, este tipo de flange produz elevadas pressões sobre a junta,
portanto não sendo recomendado para juntas não metálicas. Nesse tipo de ligação e
necessário afastar os flanges para a instalação da junta.
MACHO E FEMEA
Junta semi-confinada:
O tipo mais comum e o representado na figura da esquerda. A profundidade da fêmea
é igual ou menor que a altura do macho, para evitar a possibilidade de contato direto dos
flanges, na medida em que a junta é comprimida. O diâmetro da peça fêmea é de até
1,6mm maior que o do macho, e os flanges devem ser afastados para montagem da
junta.
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FACE PLANA E RANHURA
Junta totalmente confinada:
A face de um dos flanges é plana e a outra possui uma ranhura onde a junta e
encaixada, são usadas em aplicações onde a distancia entre os flanges deve ser precisa.
Na medida em que a junta é esmagada, os flanges se encostam. Somente as juntas de
grande resistência podem ser usadas neste tipo de montagem, sendo as mais indicadas:
juntas espiraladas, O-ring’s metálicos não sólidos, juntas ativadas pela pressão e de
dupla camisa com enchimento metálico.
RING-JOINT
TAMBEM CHAMADO ANEL API:
Ambos os flanges possuem canais com chanfros em ângulo de 23graus de inclinação,
onde o tipo de junta mais eficiente nesse caso e a de metal solido com perfil oval ou
octogonal.
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PARAFUSOS E ESTOJOS PARA FLANGES
Para a ligação de um flange no outro e aperto da junta, empregam-se dois tipos de
parafusos:
MÁQUINA ESTOJOS
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FIGURA “8” e RAQUETE
E bom lembrar que o bloqueio seguro ou a vedação absoluta e vital, nas instalações
industriais, para segurança das pessoas e dos equipamentos que estejam atuando a
jusante do bloqueio, na ocasião da execução de manutenção ou para inspeção, devido a
possibilidade de vazamentos dos fluidos, quer seja gases ou líquidos, inflamáveis ou
tóxicos, precedentes das unidades de processo.
Existem para essas finalidades as válvulas industriais de bloqueio, entre elas, a do tipo
gaveta, a esfera, e ate mesmo a válvula macho, que fazem o serviço de interrupção do
fluxo do fluido, porem para determinadas funções, não são adequadas, pois torna-se
comum haver passagem, devido ao próprio desgaste, com o tempo de operação,
perdendo a garantia de bloqueio total, em locais onde requer bloqueio garantidamente
seguro.
FIGURA “8”
Figura 8 e um dispositivo constituído por uma única placa metálica solida, que possui
uma seção cheia e outra vazada, que ao ser girada em torno de um parafuso, que a
manter posicionada, de forma que ela seja inserida numa ligação entre flanges, obtendo-
se estanqueidade absoluta do fluxo do fluido interno circulante.
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Raquete e um dispositivo constituído por uma placa metálica solida, que e utilizada
para ser inserida entre os flanges de uma ligação flangeada, com a finalidade de se obter
o fechamento hermético da tubulação, garantindo que não haja possibilidade de qualquer
fluxo do fluido interno circulante.
Tanto a figura 8 como a raquete não possuem partes internas, onde teriam elementos
que poderiam permitir a passagem do fluido, assim caso possa haver vazamento, ele
ocorrera somente para a parte externa, o que com apenas uma inspeção visual se faz
possível detectar e rapidamente ser corrigido, com a ação do reaberto dos parafusos da
ligação flangeada.
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FILTROS PARA TUBULACAO
São os filtros, elementos empregados para fazer a filtragem do fluido, devendo ter a
capacidade de reter consideravelmente o Maximo de matéria possível, garantindo a
qualidade do produto e obtendo a isenção de sólidos em suspensão, em movimentos de
fluidos líquido ou gasosos.
Para tal são instalados diretamente no fluxo do processo, podendo-se utilizar um filtro
de diâmetro igual ao da tubulação. Contudo, e sempre recomendável uma verificação da
perda de carga, afim de que ela não exceda determinadas limitações impostas pelo
projeto do sistema, e também devem suportar todos os limites combinados de pressão e
temperatura.
Os materiais de construção para os filtros são influenciados pelas condições de
pressão, temperatura, choque e corrosão inerentes a aplicação em questão. O ferro e
comumente utilizado para aplicações em fluidos não perigosos e a moderadas pressões e
temperaturas. O aço e utilizado para aplicações sob maiores pressões e temperaturas.
Aço inoxidável, bronze e outros materiais devem ser utilizados especificamente em
função do requisito de corrosão.
Os filtros com dimensões grandes, muito complexos, ou que constituam parte
essencial do processamento de um fluido, são considerados como sendo equipamentos
de processo, classificado ate mesmo como um vaso de pressão, e não como acessórios
da tubulação.
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FILTRO TIPO “Y”
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E classificado também como filtro permanente, devendo ser instalado em linhas
horizontais e com o elemento filtrante voltado para baixo, são utilizados basicamente em
fluidos líquido e onde haja necessidade de uma regular frequencia de limpeza e para tal o
fluxo possa ser interrompido.
Para facilitar a limpeza, todos os filtros permanentes possui um dreno, e tampa
removível, permitindo retirar, limpar ou substituir os elementos filtrantes, sem
necessariamente desconectá-lo da tubulação. Em linhas de funcionamento continuo e
com necessidade de filtragem frequente, instalam-se dois filtros em paralelo em ramais
com bloqueios distintos, ou adotam-se filtros duplos, conforme descrito no próximo
assunto.
Os filtros tipo Cesto alem de produzir menor perda de carga, devido a sua
configuração construtiva, possui também a capacidade de melhor retenção das matérias
solidas, comparando-se com a eficiência dos filtros tipo “Y”.
Usados nos casos onde o manuseio do filtro não possa interromper o fluxo do
processo durante a operação de limpeza do cesto. Este filtro e composto de duas câmara
de filtragem combinadas por uma válvula interna divergente que faz o desvio do fluxo
através de um dos cestos, de forma que seja possível uma câmara estar operando, e ao
mesmo tempo permitindo então a retirada dos detritos retidos pelo outro elemento.
VISORES DE FLUXO
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São os acessórios de tubulação que como o próprio nome diz, possuem a finalidade de
se permitir a visualização e confirmação da presença de fluxo na linha, com apenas uma
inspeção visual. Para tal, são constituídos de visores em vidro temperado transparente,
em um ou ambos os lados, tornando-se o fluido visível ao observador, em função da
existência em seu interior de ventoinha, palheta, roda aletada ou ate mesmo um
labirinto, que criam movimentos devido a velocidade dos fluidos que são transportados
na tubulação.
Existem visores de fluxo para fluidos gasosos ou líquido, podendo ser instalados em
linhas verticais ou horizontais, de acordo com a necessidade e sem restrições.
DISCOS DE RUPTURA
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O código ASME define certos critérios para tamanhos e classes de pressão para varias
aplicações de discos de rupturas. No caso de Alivio Primário ou Dispositivo de Alivio Único
(ver figura abaixo) este deve ser dimensionado para prevenir vasos com elevação de
pressões maiores do que a máxima pressão de trabalho permitida do vaso, o que
significa que a pressão de estouro definida no disco de ruptura não poderá exceder a
pressão máxima de trabalho efetivo.
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Os discos de rupturas convencionais, também chamados de discos sólidos, são
fabricados em metal com um abaulamento em forma de domo (tem forma esférica)
previamente conformado. Este tipo de disco e instalado com o lado côncavo (oco) voltado
para o fluido, de modo que a membrana fique submetida a tensões de tração. Quando a
pressão no sistema atinge a pressão de rompimento, o domo se deforma e então rompe
devido a excessiva carga de tração. A pressão de rompimento e em função do material
do disco, de sua espessura e diâmetro, como também da temperatura de trabalho.
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Os discos de ruptura podem ser inspecionados visualmente quando instalados
isoladamente. Deve-se verificar os discos quanto a danos provocados por fadiga e
corrosão, e se há desenvolvimento de coque (impurezas do minério de ferro e do
carvão), ou outro material estranho que possa afetar o desempenho do disco. Como os
discos não podem ser testados, periodicamente devem ser substituídos, com base nas
recomendações dos fabricantes e experiência previa.
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