Manual de Laboratorio Endodontia 2013 Final PDF
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PRÉ-CLÍNICA
FOA - ARAÇATUBA
DISCIPLINA DE ENDODONTIA
2013
Sumário
I- ABERTURA CORONÁRIA 01
Incisivo Superior................................................................... 12
Molar Superior...................................................................... 16
Limite de instrumentação…………………………...………… 22
IV - CURATIVO DE DEMORA 43
Aplicação do otosporin em dentes inferiores........................ 44
I - ABERTURAS CORONÁRIAS
CONCEITO
Procedimento através do qual expomos a câmara pulpar e removemos todo o seu teto.
INTRODUÇÃO
O campo de trabalho do endodontista é a cavidade pulpar. Durante um tratamento de
canal radicular, este campo é visualizado apenas parcialmente. Para compensar esta
falta de visão direta do campo onde vai atuar, o endodontista conta com a radiografia.
Aliado à radiografia e o perfeito conhecimento prévio da anatomia interna dos dentes,
tanto dos aspectos normais como das variações mais frequentes.
Câmara Pulpar
Cavidade Pulpar
Canal Radicular
Dente Jovem
Dente Cariado
03
- Vestibular
- Lingual/Palatina
Câmara Pulpar
- Mesial
- Distal
- Oclusal/Incisal
(Teto)
- Cervical
(soalho ou
assoalho)
Orifícios
(Entradas dos Corno Pulpar
canais radiculares)
(Divertículo)
Teto
Assoalho
04
Terço Cervical
Terço Médio
Terço Apical
A Canal Dentinário
B Canal Cementário
tecido conjuntivo maduro
A
sem odontoblastos
revestido por cemento
completamente formado de 3 a 5
B anos após erupção
05
a) Canal Principal
b) Canal Bifurcado/Colateral
f) Intercanal/Interconduto (2,2%)
h) Canais Reticulares
f
i) Deltas Apicais (37,2%)
j) Canal Cavo-Inter-radicular
De Deus 1992
06
DENTES SUPERIORES
Direção Retilínea
DENTES INFERIORES
Comprimento Médio 25 mm
• Ponta diamantada
(3080 ou 3082) • Broca Endo-Z
• Broca Carbide 1557
Além das brocas ou pontas, são empregados curetas de haste longa n° 11/12, 29/30 ou
35/36, espelho bucal primeiro plano, explorador duplo clínico no. 5 e explorador para
Endodontia.
11
• Direção de Acesso – é a
angulagem que se deve dar à
broca para que esta atinja a
câmara pulpar, devendo-se
respeitar a angulagem dos dentes
na arcada.
• forma de Contorno – é
realizada com a remoção do teto
da câmara pulpar. O formato da
cavidade corresponde à forma da
câmara pulpar de cada elemento
dental. Utiliza-se para tanto, uma
broca com ponta inativa para se
evitar desgaste indesejado.
• desgaste Compensatório – é
o desgaste adicional que se
realiza para que se consiga um
acesso direto aos canais
radiculares, sem interferência de
projeções dentinárias.
12
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório
G - Forma final:
Lembretes:
1- presença de ombro palatino
14
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
Pré-Molar Superior
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
Pré-Molar Superior
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório
G - Forma final:
Lembretes:
1- grande achatamento M-D
2- pouco desgaste M-D
16
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
Molar Superior
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
Molar Superior
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório:
G - Forma final:
Lembretes:
1- Projeção dentinária na parede mesial
2- presença de 4o canal
18
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
Molar Inferior
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
Molar Inferior
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório:
G - Forma final:
Lembretes:
1- Projeção dentinária na parede mesial
2- presença de 4o canal
20
CANAIS RADICULARES
CONCEITO
Finalidade: proporcionar melhor visibilidade das entradas dos canais, poderá ser
realizada com um escavador de tamanho adequado ao volume da câmara pulpar,
procurando seccionar o tecido ao nível da entrada do canal. A limpeza da câmara pulpar
só estará completada quando suas paredes estiverem claras e as entradas dos canais
radiculares bem visíveis.
#10 #15
Movimento de exploração:
pouca pressão apical e rotação
de ¼ de volta no sentido horário
e depois no anti-horário (restrito
aos 2/3 do canal radicular)
Não utilizar extirpa-nervos. A remoção do tecido pulpar deverá ser feita por
fragmentação, durante as manobras de alargamento e limagem dos canais radiculares.
,
A maioria dos forames não coincidem com vértice apical da raiz. Desta forma, o canal
cementário também não continua na mesma direção do canal dentinário.
abertura final do canal radicular Posição do forame apical
aquém do vértice apical
- 68% JOVENS - Distal 62% - Mesial 12%
- 80% ADULTOS - Vértice 13% - Lingual 4%
- Vestibular 9%
Kutler 1961
Canal
Dentinário
Constrição
apical
Limite
Dentina CDC
Canal 0,5 mm
Cementário
+
1 mm
O limite de instrumentação deverá ser próximo ao Limite CDC, assim, será definido a
1mm aquém do ápice radiográfico (vértice apical). Este valor é a somatória entre a
média da distância do vértice apical ao forame apical (0,5mm) com a média da distância
ente o forame apical e o CDC (0,5mm).
23
TÉCNICA DE PREPARO DOS CANAIS RADICULARES
CAD – 4 mm = CPT
CAD = 21 mm
- 4 mm
CPT = 17 mm
Esta medida serve para definir o limite de trabalho durante toda a primeira fase do
tratamento endodôntico.
25
PREPARO DE CANAIS AMPLOS E RETOS
Reconhecer as Variações:
• número de canais;
4 mm
• direção dos canais;
• acessibilidade do canal;
#15
• aspecto do conteúdo pulpar;
• presença de obliterações;
• presença de desvios;
A partir desta fase, o canal deverá estar sempre preenchido por solução química toda
vez que receber uma lima endodôntica.
26
PREPARO DE CANAIS AMPLOS E RETOS
As brocas Largo são disponíveis nos comprimentos de 28 e 32mm com parte ativa de
10,0mm. Este instrumentos podem ser empregados para melhorar o acesso cervical
contribuindo com o desgaste compensatório. A sua numeração (diâmetro) é de acordo
com o número de sulcos contidos em sua haste. Deve-se introduzir, com mínima
pressão, no máximo 5mm além da embocadura do canal, realizando pequenos
movimentos dirigidos de vai e vem.
#3
a) b) c)
2 mm 0 mm - 1 mm
Obs: Se a distância da ponta do instrumento até o ápice for maior que 3 mm, ajustar o
instrumento em mais 2mm e repetir a radiografia.
CRD – 1 mm = CRT
31
PREPARO DE CANAIS AMPLOS E RETOS
Devemos provar sequencialmente limas até que uma delas fique justa neste local.
A lima escolhida será igual ao diâmetro do canal no CRT e teremos obtido o diâmetro
inicial para ampliação.
Obs.: neste momento temos as dimensões iniciais necessárias (CRT e a LAI) para
iniciar o preparo dos terços apical e médio.
Nota:
O último instrumento utilizado nesta etapa (4ª lima) é o instrumento de referência (IR) e
representa o diâmetro final do conduto no CRT. Após esta etapa foi construído o batente
apical que serve para conter o material obturador.
Terminado o preparo verificar se o quinto instrumento atinge o CRT. Caso atinja este
será o instrumento de referência (IR).
Considerando que a lima anatômica inicial seja a lima #30, teremos a sequência:
I I I
R R R
R R R
I I I
G G G
A A A
Ç Ç Ç
à à Ã
O O O
CAD – 4 mm = CPT
CAD = 21 mm
- 4 mm
CPT = 17 mm
Esta medida serve para definir o limite de trabalho durante toda a primeira fase do
tratamento endodôntico.
34
PREPARO DE CANAIS ATRÉSICOS E CURVOS
Reconhecer as Variações:
• número de canais;
4 mm
• direção dos canais;
• acessibilidade do canal;
#15
• aspecto do conteúdo pulpar;
• presença de obliterações;
• presença de desvios;
A partir desta fase, o canal deverá estar sempre preenchido por solução química toda
vez que receber uma lima endodôntica.
35
PREPARO DE CANAIS ATRÉSICOS E CURVOS
As brocas Largo são disponíveis nos comprimentos de 28 e 32mm com parte ativa de
10,0mm. Este instrumentos podem ser empregados para melhorar o acesso cervical
contribuindo com o desgaste compensatório. A sua numeração (diâmetro) é de acordo
com o número de sulcos contidos em sua haste. Deve-se introduzir, com mínima
pressão, no máximo 5mm além da embocadura do canal, realizando pequenos
movimentos dirigidos de vai e vem.
#2
II - Radiografar e avaliar
Obs: O comprimento calibrado
no instrumento não deverá
ultrapassar o comprimento médio
do dente em questão.
- 2 mm
a) b) c)
2 mm 0 mm - 1 mm
Obs: Se a distância da ponta do instrumento até o ápice for maior que 3 mm, ajustar o
instrumento em mais 2mm e repetir a radiografia.
CRD – 1 mm = CRT
39
PREPARO DE CANAIS ATRÉSICOS E CURVOS
O emprego sequencial de limas K #15, #20 e #25 (quando possível) tem o objetivo de
definir o trajeto do canal e possibilitar o uso dos instrumentos rotatórios com maior
segurança.
Obs: Quando a LAI for acima de #25 optamos pela instrumentação de canais amplos.
Nota:
K3 #20 (0.04) XF
K3 #25 (0.04)
K3 #25 (0.06)
Obs: Quando a LAI for acima de #25 optamos pela instrumentação de canais amplos.
Nota:
A técnica de preparo automatizada deve ser dividida de acordo com o comprimento dos
canais. Os instrumentos são do Kit ProTaper Universal Dentsply de 25mm.
3 – Odontometria
4 – Odontometria
CONCEITO
PRINCÍPIOS DA IRRIGAÇÃO
- A agulha irrigadora deve ser com ponta romba;
- A agulha não pode obliterar a luz do canal;
- A agulha deve atingir o terço apical do canal (3 mm aquém do ápice);
- Irrigar no mínimo 2 ml por canal a cada troca de instrumento. Renovar a solução
quando a câmara não estiver preenchida ou quando se observar muitos detritos;
- Durante a irrigação, realizar movimentos de entrada e saída para potencializar o
refluxo;
- Irrigar e aspirar simultaneamente para aumentar o fluxo da solução.
Cânula
aspiradora
Agulha
irrigadora
3 mm
43
IV – CURATIVO DE DEMORA
CONCEITO
TIPOS DE MEDICAÇÕES
BIOPULPECTOMIA NECROPULPECTOMIA
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
1 2
3a 3b
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
4 5
6 7
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
8 9
10a 10b
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
1 – Realizar irrigação final com hipoclorito de sódio a 1%, seguida de aspiração final
com cânula aspiradora fina;
2 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem.
3 – Seleção de um cone de papel com base no instrumento de referência e no
Comprimento de Trabalho;
4 – Verificar se o cone selecionado atinge o comprimento de trabalho;
1 2
3 4
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
5a 5b
5c 6
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
7 8
9 10
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
11 12
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
1 – Realizar irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5%, seguida de aspiração final com
cânula aspiradora fina;
2 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
3 – Aplicar EDTA com agulha calibrada de forma smelhante ao otosporin, por 3 minutos;
1a 1b
2 3
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
4 – Realizar irrigação final com hipoclorito de sódio a 2,5%, seguida de aspiração final
com cânula aspiradora fina;
5 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
4a 4b
5a 5b
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
6 7
8a 8b
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
9 A solução de
paramonoclorofenol
associada ao furacin deve
ser depositada sobre uma
pinça fechada observando
a penetração do curativo
na ponta da pinça
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
11 12
13
1 – Realizar irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5%, seguida de aspiração final com
cânula aspiradora fina;
2 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
3 – Aplicar EDTA com agulha calibrada de forma smelhante ao otosporin, por 3 minutos;
1a 1b
2 3
4 – Realizar irrigação final com hipoclorito de sódio a 2,5%, seguida de aspiração final
com cânula aspiradora fina;
5 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
4a 4b
5a 5b
6 7
8 9
10 11
12 13
Se
houver
bolhas,
agitar
uma lima
tipo k #15
para
remove-
Radiografia comprovando a las
qualidade do preenchimento
60
APLICAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COM LENTULO
14 15
16
CONCEITO
A obturação dos canais radiculares compreende o preenchimento completo do espaço
criado com a remoção da polpa e preparo biomecânico, com materiais de propriedades
físicas e biológicas apropriados.
1a 1b
1c
2
Após rx, faze-se uma
marcação no cone no ponto
de referência.
Rx de comprovação da
seleção do cone
3 4
5 6
7 8
9 10
11 12
13 - Realizar uma radiografia comprobatória onde deverá ser avaliado os 2/3 apicais da
obturação para detectar eventuais falhas. Caso apresente falhas, devemos colocar mais
cones acessórios até que uma nova radiografia comprove a completa obturação;
14 - Corte da obturação com condensador
de Paiva aquecido e de calibre compatível
com a embocadura do canal;
13
10
Radiografia comprobatória da
obturação
14a 14b
15
Condensar verticalmente
com condensador a frio
16 17
CONCEITO
Nesta técnica se utilizam de uma mistura de técnicas ou seja a Condesação Lateral já
estudada e a Termoplastificação por condensador termo-mecânico (guta condensor).
Sendo que para esta técnica há uma pequena alteração: somente a substituição do
espassamento com espassador A40 e dos cones de guta B8 pelo condesador termo-
mecânico que plastifica o excesso de guta e compacta para o interior do canal.
1a 1b
1c
2
Após rx, faze-se uma
marcação no cone no ponto
de referência.
Rx de comprovação da
seleção do cone
3 4
5 6
7 8
9 10
11 12
13 14
15 16