Trabalho História Da Educação
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Trabalho História Da Educação
Educação
Mário Fernandes Ramires
E-book 3
E-book
História da Educação
3
Neste E-book:
Brasil colonial: Jesuítas e as
reformas Pombalinas������������������������������� 3
Brasil Império���������������������������������������������10
Primeira República�����������������������������������16
Considerações Finais������������������������������ 23
Síntese���������������������������������������������������������24
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BRASIL COLONIAL:
JESUÍTAS E AS REFORMAS
POMBALINAS
Conforme estudamos no tópico anterior, durante a
Era Moderna, muitos países europeus surgiram em
torno da figura do rei, fortalecido pelo apoio da bur-
guesia e da nobreza após o feudalismo. Os primei-
ros países a surgir foram os pioneiros nas Grandes
Navegações, sendo eles Portugal e Espanha, que
colonizaram o território americano desde o final do
século XV até o século XIX.
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desses, inúmeros outros povos indígenas habita-
vam o território que formaria o Brasil. Entre esses
povos a educação era realizada no cotidiano, apren-
dendo técnicas e valores que utilizariam na vida
adulta, como a tradição oral e rituais para ressaltar
esses valores.
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o Colégio de São Paulo, no planalto de Piratininga.
Nesse momento, iniciam o processo de catequiza-
ção, no qual lançavam mão de metodologias como
o teatro, a música e a dança, para ensinarem os
valores da fé cristã aos indígenas. Geralmente, as
aulas ocorriam na área externa do colégio, ou seja,
em seu pátio, pois os naturais da terra não estavam
acostumados a ficar em locais fechados, como as
salas de aula.
Podcast 1
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Figura 1: Padre José de Anchieta, que chegou ao Brasil com apenas
19 anos de idade para iniciar o processo de catequização e acultura-
mento dos indígenas. | Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_
of_Anchieta
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los africanos que, escravizados, se tornaram uma
mercadoria valiosa em transações transatlânticas.
Os africanos também passaram pelo processo de
aculturamento, no entanto, no que diz respeito à
escravidão, não tiveram a mesma proteção que os
indígenas dispunham por parte dos jesuítas. Suas
práticas religiosas foram intensamente perseguidas
e combatidas, sempre relacionadas ao mau e ao de-
mônio presentes no pensamento cristão.
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Contudo, devido às grandes dificuldades para se-
rem colocadas em prática, as medidas previstas por
Pombal não surtiram grande efeito, ou seja, havia
uma grande distância entre o que se idealizava e
aquilo que poderia, de fato, ser implementado. As
aulas avulsas substituíram as aulas em classe nos
ensinos das primeiras letras e secundário, fragmen-
tando, assim, o processo pedagógico; faltavam pro-
fessores, materiais e estrutura para realizar esses
projetos. Mesmo o ensino tendo se tornado público,
não garantia acesso de todos ao ensino, pois as au-
las avulsas acabavam por ser particulares.
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Estado e Igreja, descuidando desse ensino escolar
eloquente, retórico e imitativo – e, de resto elitista e
ornamental -, adotaram uma perspectiva geral de edu-
cação claramente reprodutivista, voltada para a perpe-
tuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.
(VILLALTA, 1997, p. 351).
Podcast 2
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BRASIL IMPÉRIO
Conforme vimos no tópico anterior, durante o sécu-
lo XVIII, o mundo ocidental iniciou um processo de
transformações influenciadas pelos ideais do ilumi-
nismo e do liberalismo. Essas novas perspectivas de
organização política e econômica previam a diminui-
ção da influência do Estado monárquico absolutista
nas decisões relacionadas às cobranças de impostos
e criação de leis, assim como maior liberdade de
comércio e a livre atuação da iniciativa privada.
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da Corte rumam para o Rio de Janeiro, chegando em
1808 na cidade que se tornou a capital do Império.
A partir de então, se intensificam os debates e dis-
cussões sobe uma possível independência em rela-
ção a Portugal. Inúmeros jornais surgem em centros
importantes como Pernambuco, Rio de Janeiro e
Bahia. Essa propagação de ideais e a contestação do
modelo colônia português levaram à independência e
ao surgimento do Império do Brasil, no ano de 1822.
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da importante missão cultural francesa, que chegou
ao Brasil no ano de 1816.
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elementares. Geralmente, os alunos de classes fa-
vorecidas aprendiam conteúdos e disciplinas volta-
das ao curso superior que desejassem seguir. Aos
mais pobres era destinada uma educação bem mais
básica, limitada ao aprender a ler, escrever e contar,
sem o estudo de leis, ciências exatas ou naturais.
Não havia continuidade ou diálogo entre os ensinos
primário e secundário.
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Figura 2: Hoje pertencente à Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), a Faculdade de Direito de Olinda foi fundada em 1827. | Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Direito_da_Universidade_
Federal_de_Pernambuco
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Os colégio leigos da época são os mais progressistas e
renovadores. Acrescentando-se a esses os já referidos
colégios religiosos, percebe-se que uma grande massa
de alunos dirige-se às escolas particulares. Além disso,
os poucos liceus provinciais fundados pela iniciativa
pública enfrentam dificuldades diversas, decorrentes
da falta de organização e de recursos, professores
mal habilitados e até de insuficiente número de alu-
nos, o que leva muitos a fecharem as portas. (ARANHA,
2000, p.154).
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PRIMEIRA REPÚBLICA
Entre os anos de 1889 e 1930, o Brasil viveu o mo-
mento histórico conhecido como Primeira República,
que se iniciou com a queda do Império e teve fim
com o início da Era Vargas. Esse primeiro período
republicano foi caracterizado por uma sociedade
extremamente excludente e desigual, com o projeto
de modernização, baseado na belle époque, atingindo
de forma violenta os mais pobres. Nesse processo,
os cortiços foram destruídos no centro do Rio de
Janeiro, que era a capital do país, e os mais pobres
passaram a habitar os morros, localizados nas regi-
ões mais afastadas das áreas centrais.
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ros de eleitores do país. Esse período também foi
conhecido como “República do café com leite”, em
alusão às elites cafeeira de São Paulo e às criadoras
de gado, de Minas Gerais. Dessa forma, percebemos
que a economia do país estava nas mãos de grandes
agricultores e latifundiários, proprietários de grandes
quantidades de terra, que voltavam suas produções
ao mercado exterior.
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já existia no século XIX, principalmente após as leis
contra a escravidão serem colocadas em vigor.
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Escola Nova, encabeçado por John Dewey e William
Kilpatrik. Este movimento propunha uma educação
que oferecia alternativas aos modelos tradicionais.
Essa discussão chegou ao Brasil e muitos intelectu-
ais passaram a propor uma transformação no mode-
lo educacional do país, que presenciou um embate
entre a Pedagogia Tradicional, a Pedagogia Nova e
a Pedagogia Libertária.
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imigrantes europeus que viviam nos bairros operá-
rios. Influenciados por ideais que previam a liberdade
do ser humano, principalmente o anarquismo, esse
modelo contava com a criação de um novo homem,
que seria capaz de construir seus conhecimentos
sem a presença de dogmas do capitalismo, que
influenciavam a concorrência e a desumanização
das pessoas.
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fim, adaptação do ensino ao nível psicológico das
crianças. Dessa forma, percebemos a rejeição aos
pressupostos religiosos, fortalecendo o estudo da
ciência e a confraternização humana.
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modo, as reformas realizadas na educação foram
voltadas para o ensino secundário e superior.
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
No Brasil do período Colonial você viu a colonização
portuguesa da América, a educação por meio da ca-
tequização pelos Padres da Companhia de Jesus e
o processo violento de conversão e aculturamento
dos povos indígenas e africanos.
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Síntese
• Colonização portuguesa
da América
• Padres da Companhia de
Jesus responsáveis pela
educação por meio da
catequização
Brasil: • Processo violento de con-
Período versão e aculturamento dos
Colonial povos indígenas e africanos
• Colégio de São Bento em
São Paulo
• José de Anchieta, Azpilcuelta Navarro e
Manoel da Nóbrega
• Ratio Studiorum
• Ensino diferenciado aos filhos dos
senhores que eram preparados para exercer
cargos importantes nos negócios, nas leis
ou na política
• Reformas de Marquês de Pombal no
Império e expulsão dos jesuítas
• Influencia de ideais iluministas
• Independência do Brasil
•Colégios leigos
• Extrema desigualdade
social
• “Entusiasmo” e “otimismo”
pela educação