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Lei Organica de Suzano

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30/04/2019 Lei Orgânica de Suzano - SP

www.LeisMunicipais.com.br

LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SUZANO/SP.

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo suzanense, reunidos em Assembléia Municipal Cons tuinte, invocando a
proteção de Deus e no ideal de a todos assegurar jus ça e bem estar, decretamos e promulgamos a Lei
Orgânica do Município de Suzano.

A Câmara Municipal de Suzano, no uso de suas atribuições cons tucionais e legais, em sessão solene de
02 de abril de 1990, promulga a presente Lei Orgânica, com as disposições seguintes:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Capítulo I
DO MUNICÍPIO

Art. 1º O Município de Suzano é uma unidade do território do Estado, com personalidade jurídica de
direito público interno e autonomia, nos termos assegurados pelas Cons tuições do Estado de São Paulo
e da República Federa va do Brasil.

Art. 2º O Município de Suzano terá como símbolos a Bandeira, o Brasão de Armas e o Hino,
estabelecidos em Lei Municipal.

Capítulo II
DA COMPETÊNCIA

Art. 3º O Município tem como competência priva va, legislar sobre assuntos de interesse local, cabendo-
lhe, entre outras, as seguintes atribuições:

I - Elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;

II - Ins tuir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

III - Criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

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IV - Organizar e prestar os serviços públicos de forma centralizada ou descentralizada, sendo neste caso:

a) por outorga, as suas autarquias ou en dades para estatais;


b) por delegação, a par culares, mediante concessão, permissão ou autorização;

V - Disciplinar a u lização dos logradouros públicos e, em especial, quanto ao trânsito e tráfego, provendo
sobre:

a) o transporte cole vo urbano, seus i nerários, os pontos de parada e as tarifas;


b) os serviços de táxi, seus pontos de estacionamento e as tarifas;
c) a sinalização, os limites das "zonas de silêncio", os serviços de carga e descarga, a tonelagem máxima
permi da aos veículos, assim como os locais de estacionamento.

VI - Quanto aos bens:

a) que lhe pertença: dispor sobre sua administração, u lização e alienação;


b) de terceiro: adquirir, inclusive através de desapropriação, ins tuir servidão administra va ou efetuar
ocupação temporária.

VII - Manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-
escolar e de ensino fundamental.

VIII - Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviço de atendimento à
saúde da população.

IX - Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do


uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

X - Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação


fiscalizadora federal e estadual.

XI - Cuidar da limpeza das vias e logradouros públicos e dar des nação ao lixo e outros resíduos de
qualquer natureza.

XII - Conceder aos estabelecimentos industriais e comerciais, licença para sua instalação e horário de
funcionamento, observadas as normas federais per nentes, e revogá-la quando suas a vidades se
tornarem prejudiciais a saúde, sossego público e bons costumes;

XIII - Dispor sobre serviço funerário mediante lei especifica, na qual contemplará a obrigatoriedade de
prover funeral gratuito e condigno aos que forem comprovadamente carentes.

XIV - Administrar os cemitérios públicos e fiscalizar os pertencentes a en dades par culares.

XV - Regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e anúncios, bem como a u lização de


quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal.

XVI - Dispor sobre a guarda e des no dos animais apreendidos, assim como sua vacinação, com a
finalidade de erradicar molés as.

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XVII - Dar des nação as mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da legislação


municipal.

XVIII - Cons tuir guardas municipais des nados a proteção de seus bens, serviços e instalações.

XIX - Ins tuir regime jurídico único para os servidores da administração pública direta, das autarquias e as
fundações públicas, bem como planos de carreira.

XX - Estabelecer e impor penalidades por infração as suas leis e regulamentos.

XXI - organizar o abastecimento alimentar.

Parágrafo Único - O município poderá, no que couber, suplementar a legislação federal e estadual.

Art. 4ºO Município tem como competência concorrente, com a União, o Estado e o Distrito Federal,
entre outras, as seguintes atribuições:

I - Zelar pela guarda da Cons tuição, das leis e das ins tuições democrá cas e conservar o patrimônio
público;

II - Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garan a das pessoas portadoras de deficiência.

III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, ar s co e cultural, os


monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sí os arqueológicos

IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor


histórico, ar s co e cultural.

V - Proporcionar os meios de acesso a cultura, a educação e a ciência.

VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.

VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora.

VIII - Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.

IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de


saneamento básico.

X - Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos


setores desfavorecidos

XI - Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos


hídricos e minerais em seu território.

XII - Estabelecer e implantar polí ca de educação para a segurança do trânsito.

XIII - Dispensar as microempresas e as empresas de pequeno porte, tratamento jurídico diferenciado.

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XIV - Promover e incen var o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.

XV - Fomentar a cons tuição de Coopera vas de Consumo, Trabalho, Saúde, Moradia, Alimentação e
outras com a par cipação da comunidade, para fins de combate ao desemprego e propiciar melhores
condições de vida aos munícipes, através de programas assistenciais específicos.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS

Capítulo I
DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 5ºO Poder Legisla vo é exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos através
de sistema proporcional, dentre cidadãos maiores de dezoito anos, no exercício dos direitos polí cos,
pelo voto direto e secreto.

§ 1º Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

§ 2º Fica fixado em dezenove o número de Vereadores à Câmara Municipal de Suzano. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 21/2011)

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 6º Cabe a Câmara, com a sanção do Prefeito dispor sobre todas as matérias de competência do
Município e especialmente:

I - Legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e estadual;

II - Legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anis as fiscais e a remissão de
dívidas.

III - Votar o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias, o orçamento anual, bem como autorizar a
abertura de créditos suplementares e especiais.

IV - Deliberar sobre obtenção e concessão de emprés mos e operações de crédito, bem como a forma e
os meios de pagamentos.

V - Autorizar a concessão de auxílios e subvenções.

VI - Autorizar a concessão de serviços públicos.

VII - Autorizar, quanto aos bens municipais imóveis:

a) O seu uso, mediante a concessão administra va ou de direito real.


b) A sua alienação.

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VIII - Autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos.

IX - Dispor sobre a criação, organização e supressão de distritos, mediante prévia consulta plebiscitária.

X - Criação, transformação e ex nção de cargos, empregos e funções na administração direta, autarquia e


fundações públicas, assim como fixar os respec vos vencimentos.

XI - Criar, dar estrutura e atribuições às Secretarias e órgãos da administração municipal.

XII - Aprovar o Plano Diretor.

XIII - Delimitar o perímetro urbano.

XIV - Autorizar a alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos.

XV - Dar denominação a próprios, vias e logradouros públicos.

XVI - Autorizar ou aprovar convênios, acordos ou contratos a serem celebrados pela Prefeitura com os
Governos Federal, Estadual ou de outro município, en dades de direito público ou privado ou
par culares, de que resultem para o município encargos não previstos na lei orçamentária.

Art. 7º Compete à Câmara, priva vamente, as seguintes atribuições, entre outras:

I - Eleger sua Mesa e cons tuir as Comissões.

II - Elaborar seu Regimento Interno.

III - Dispor sobre a organização de seus serviços administra vos, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou ex nção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respec va
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

IV - Dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, conhecer de suas renúncias e afastá-los


defini vamente do exercício dos cargos.

V - Conceder licença aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afastamento do cargo.

VI - Conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para ausentar-se do Município por mais de quinze
dias.

VII - Fixar, de uma para outra legislatura, a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito.

VIII - Tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Câmara Municipal e pelo Prefeito, e
apreciar o relatório sobre a execução do Plano de Governo.

IX - Autorizar o Prefeito a efetuar ou contrair emprés mos, inclusive com o Estado, a União, ou ainda com
suas en dades descentralizadas.

X - Fiscalizar e controlar os atos do Poder Execu vo, inclusive os da administração descentralizada.

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XI - Convocar, por si ou qualquer de suas Comissões, Secretários do Município, dirigentes de en dades da


administração direta e das empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações
públicas, para prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente determinados, sob as
penas da lei.

XII - Requisitar informações ao Prefeito e aos Secretários do Município sobre assuntos relacionados
respec vamente à administração e suas pastas, responsabilizando-se os mesmos sob as penas da lei, pela
recusa ou não atendimento no prazo de 15 (quinze) dias, bem como pelo fornecimento de informações
falsas.

XIII - Movimentar, livremente, seu orçamento entre as categorias funcionais programá cas.

XIV - Autorizar referendo e convocar plebiscito.

XV - Exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial.

XVI - Zelar pela preservação de sua competência legisla va em face a atribuição norma va de outro
poder.

XVII - Criar comissões especiais de inquérito, sobre fato determinado que se inclua na competência
municipal, sempre que o requerer, no mínimo, um terço de seus membros, na forma do disposto no
Regimento Interno.

XVIII - Julgar os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito nas infrações polí co-administra vas.

XIX - Conceder tulo de cidadão honorário ou qualquer honraria as pessoas que reconhecidamente
tenham prestado serviços ao Município, mediante decreto legisla vo, aprovado pelo voto de, no mínimo,
dois terços de seus membros.

SEÇÃO III
DOS VEREADORES

SUBSEÇÃO I
DA POSSE

Art. 8º No primeiro ano de cada legislatura, no primeiro dia de janeiro, às dez horas, em sessão solene
de instalação, independentemente do número, os Vereadores, sob a presidência do mais votado dentre
os presentes, prestarão compromisso e tomarão posse.

§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste ar go, deverá fazê-lo no prazo de quinze
dias, salvo mo vo justo aceito pela Câmara.

§ 2º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompa bilizar-se e na mesma ocasião e ao término do


mandato, deverão fazer declaração de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando da ata
o seu resumo.

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§ 3º No caso de exis rem dois ou mais Vereadores entre os mais votados, com o mesmo número de
votos, a sessão será presidida pelo Vereador mais idoso.

SUBSEÇÃO II
DA REMUNERAÇÃO

Art. 9º O mandato de Vereador será remunerado, na forma fixada pela Câmara Municipal, em cada
legislatura, para a subsequente, estabelecido como limite máximo o valor percebido como remuneração,
em espécie, pelo Prefeito.

Parágrafo Único - A remuneração de que trata este ar go será fixada obrigatoriamente, antes das eleições
para a legislatura subsequente.

SUBSEÇÃO III
DA LICENÇA

Art. 10 O Vereador poderá licenciar-se somente:

I - Para desempenhar missão de caráter transitório;

II - Por molés a ou em licença gestante;

III - Para tratar de interesse par cular por prazo determinado, nunca inferior a quinze dias, não podendo
reassumir o exercício do mandato antes de término da licença.

§ 1º A licença depende de requerimento fundamentado, lido na primeira Sessão após o seu recebimento
e aprovado pelo Plenário.

§ 2º O Vereador licenciado nos termos dos incisos I e II, recebe a remuneração integral; no caso do inciso
III, nada recebe. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2000)

§ 3º O requerimento de licença atestado por molés a deverá ser instruído com atestado fornecido por
junta médica devidamente cons tuída. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2000)

§ 4º A junta médica de que trata o parágrafo anterior, será definida dentre os funcionários do corpo
médico do Poder Legisla vo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2000)

§ 5º Inexis ndo corpo médico no Poder Legisla vo, poderá ser solicitada à Secretaria Municipal de Saúde
a nomeação e regulamentação da referida junta médica, dentre seu corpo clínico. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 1/2000)

§ 6º Através do requerimento fundamentado, o período de afastamento deferido poderá ser obje vo de


nova avaliação da junta médica. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2000)

§ 7º Encontrando-se o Vereador totalmente impossibilitado de apresentar e subscrever requerimento de


licença por molés a ou licença gestante, a inicia va caberá ao líder ou a qualquer vereador. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2000)

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SUBSEÇÃO IV
DA INVIOLABILIDADE E DA IMUNIDADE

Art. 11Além da inviolabilidade prevista na Cons tuição Federal, os Vereadores não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informações.

Parágrafo Único - no exercício de seu mandato, o vereador terá livre acesso as repar ções públicas
municipais, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta,
devendo ser atendidos pelos respec vos responsáveis.

SUBSEÇÃO V
DAS PROIBIÇÕES E INCOMPATIBILIDADES

Art. 12 O Vereador não poderá:

I - Desde a expedição do diploma:

a) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquias, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato
obedecer as cláusulas uniformes.
b) Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerados, inclusive os de que seja demissível "ad
nutum", nas en dades constantes da alínea anterior.

II - Desde a Posse

a) Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
b) Ocupar cargo ou função de que seja demissível "ad nutum", nas en dades referidas na alínea "a" do
inciso I.
c) Patrocinar causa em que seja interessada qualquer das en dades a que se refere a alínea "a" do inciso
I.
d) Ser tular de mais de um cargo ou mandato ele vo federal, estadual ou municipal.

SUBSEÇÃO VI
DA PERDA DE MANDATO

Art. 13 Perderá o mandato o Vereador:

I - Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no ar go anterior.

II - Cujo procedimento for declarado incompa vel com o decoro parlamentar.

III - Que deixar de comparecer, em cada sessão legisla va, a terça parte das sessões ordinárias, salvo
licença ou missão autorizada pela Câmara Municipal.

IV - Que perder ou ver suspensos os direitos polí cos.

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V - Quando o decretar a Jus ça Eleitoral, nos casos previstos na Cons tuição Federal.

VI - Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º É incompa vel com o decoro do Legisla vo, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso
das prerroga vas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI deste ar go, a perda do mandato será decidida pela Câmara Municipal,
por voto secreto e maioria de 2/3 (dois terços), mediante provocação da Mesa ou de par do polí co
representado no Legisla vo, assegurada ampla defesa.

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de o cio ou mediante
provocação de qualquer dos membros da Câmara Municipal ou de par do polí co nela representado,
assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 2/1990)

Art. 14 Não perderá o mandato o Vereador:

I - Inves do na função de Secretário Municipal, considerando-se automa camente licenciado.

II - Licenciado pela Câmara:

a) Por mo vo de doença ou em licença gestante.


b) Para tratar de interesse par cular, desde que o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legisla va.

§ 1º O suplente será convocado nos casos de:

a) Vaga.
b) De inves dura do tular na função de Secretário Municipal.
c) De licença do tular.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição se faltarem mais de quinze meses para o
término do mandato.

§ 3º Na hipótese do inciso I deste ar go, o Vereador poderá optar pela remuneração de seu mandato.

Art. 15 Nos casos prescritos no parágrafo 1º do ar go anterior o Presidente convocará imediatamente o


suplente.

Parágrafo Único - O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de dez dias, salvo mo vo
justo aceito pela Câmara.

SEÇÃO IV
DA MESA DA CÂMARA

SUBSEÇÃO I
DA ELEIÇÃO

Art. 16 Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais votado

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dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes da
Mesa, que ficarão automa camente empossados.

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá
na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.

Os membros da Mesa serão eleitos para um mandato de dois anos, vedada a recondução para o
Art. 17
mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.

Parágrafo Único - A eleição far-se-á, em primeiro escru nio, pelo voto favorável da maioria dos
Vereadores presentes a sessão. (Redaação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/1991)

Na composição da Mesa assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional dos


Art. 18
par dos polí cos com assento na Câmara Municipal.

Parágrafo Único - Em toda eleição de membros da Mesa, os candidatos a um mesmo cargo que ob verem
igual número de votos concorrerão a um segundo escru nio e, se persis r o empate, assumirá o cargo o
Vereador mais idoso.

SUBSEÇÃO II
DA RENOVAÇÃO DA MESA

Art. 19 A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á sempre na úl ma Sessão Ordinária da Sessão
Legisla va, considerando-se automa camente empossados os eleitos, no dia 1º de Janeiro do ano
subsequente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 2/1990)

SUBSEÇÃO III
DA DESTITUIÇÃO DE MEMBRO DA MESA

Qualquer componente da Mesa poderá ser des tuído, pelo voto de dois terços dos membros da
Art. 20
Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais,
elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.

Parágrafo Único - O Regimento Interno disporá sobre o processo de des tuição, bem como sobre a
omissão ou ineficiência dos membros da Mesa.

SUBSEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA

Art. 21 Compete a Mesa, dentre outras atribuições:

I - Baixar, mediante Ato, as medidas que digam respeito aos Vereadores.

II - Baixar, mediante Portaria, as medidas referentes aos funcionários da Câmara Municipal, como
provimento e vacância dos cargos públicos, e ainda, abertura de sindicâncias, processos administra vos e
aplicação de penalidades.

III - Propor projeto de resolução que disponha sobre:

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a) Serviços administra vos da Câmara e suas alterações.


b) Polícia da Câmara.
c) Criação, transformação ou ex nção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da
respec va remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

IV - Elaborar e expedir mediante ato, quadro de detalhamento das dotações, observado o disposto na lei
orçamentária aprovada e nos créditos adicionais abertos em favor da Câmara.

V - Apresentar projetos de lei dispondo sobre autorização para abertura de créditos adicionais, quando o
recurso a ser u lizado for proveniente de anulação de dotação da Câmara.

VI - Solicitar ao Chefe do Execu vo, quando houver autorização legisla va, a abertura de créditos
adicionais para a Câmara.

VII - Devolver a Prefeitura, no úl mo dia do ano, o saldo de caixa existente.

VIII - Enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março as contas do exercício anterior.

IX - Declarar a perda do mandato de Vereador, de o cio ou por provocação de qualquer de seus


membros, ou, ainda, de par do polí co representado na Câmara, nas hipóteses previstas nos incisos III a
V do ar go 13 desta lei, assegurada ampla defesa.

X - Propor ação direta de incons tucionalidade.

§ 1º A Mesa da Câmara decide pelo voto da maioria de seus membros.

§ 2º Não será admi do aumento da despesa prevista no Projeto de Resolução referido no inciso III deste
ar go.

SUBSEÇÃO V
DO PRESIDENTE

Art. 22 Compete ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições:

I - Representar a Câmara em juízo e fora dele.

II - Dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legisla vos.

III - Interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno.

IV - Promulgar as resoluções e os decretos legisla vos, bem como as leis com sanção tácita ou cujo veto
tenha sido rejeitado pelo Plenário.

V - Fazer publicar as portarias e os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legisla vos e as
leis por ele promulgados.

VI - Declarar a perda do mandato de Vereadores, do Prefeito e Vice-Prefeito, nos casos previstos em lei,
salvo as hipóteses dos incisos III a V do ar go 13 desta lei.

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VII - Requisitar o numerário des nado as despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades financeiras no
mercado de capitais.

VIII - Apresentar ao Plenário, até o dia vinte de cada mês, o balancete rela vo aos recursos recebidos e as
despesas do mês anterior.

IX - Manter ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para esse fim.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara ou seu subs tuto só terá direito a voto:

I - Na eleição da Mesa.

II - Quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara.

III - Quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

SEÇÃO V
DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

Art. 23Independentemente de convocação, a sessão legisla va anual desenvolve-se de 1º de fevereiro a


30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º A sessão legisla va não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e do projeto de lei do orçamento.

§ 2º A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme dispuser o seu


Regimento Interno.

§ 3º As sessões extraordinárias serão convocadas pelo Presidente da Câmara em sessão ou fora dela, na
forma regimental.

Art. 24 As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada pela maioria de
dois terços de seus membros, quando ocorrer mo vo relevante de preservação do decoro parlamentar.

Art. 25 As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço dos membros da
Câmara.

Parágrafo Único - Considerar-se-á presente o Vereador que assinar o livro de presença e par cipar dos
trabalhos do Plenário e das votações

Art. 26 A discussão e a votação da matéria constante da Ordem do Dia só poderão ser efetuadas com a
presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Parágrafo Único - A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto favorável da maioria
dos Vereadores presentes a sessão ressalvados os casos previstos em lei.

Art. 27 Não poderá votar o Vereador que ver interesse pessoal na deliberação, anulando-se a votação
se o seu voto for decisivo.

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Art. 28 O voto será público, salvo nos seguintes casos:

I - No julgamento de Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito;

II - Na eleição dos membros da Mesa e de seus subs tutos;

III - Na concessão de tulo de cidadão honorário;

IV - Na votação de veto aposto pelo Prefeito.

SEÇÃO VI
DA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA

Art. 29 A convocação extraordinária da Câmara Municipal, somente possível no período de recesso, far-
se-á:

I - Pelo Prefeito, quando este a entender necessária.

II - Pela maioria dos membros da Câmara Municipal.

Parágrafo Único - Durante a sessão legisla va extraordinária a Câmara deliberará exclusivamente sobre a
matéria para a qual foi convocada.

SEÇÃO VII
DAS COMISSÕES

Art. 30 A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, cons tuídas na forma e com as atribuições
previstas no Regimento Interno.

§ 1º Na cons tuição das comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional
dos par dos polí cos com assento na Câmara Municipal.

§ 2º Cabe as comissões, em matéria de sua competência:

I - Discu r e votar projetos de lei que dispensarem, na forma do Regimento Interno, a competência do
Plenário, salvo se houver, para decisão deste, requerimento de um terço dos membros da Câmara.

II - Convocar Secretários Municipais e dirigentes de autarquias, empresas públicas, de economia mista e


de fundações man das ou ins tuídas pelo Poder Público, para prestar informações sobre assuntos de sua
pasta ou área de atuação, previamente determinados, no prazo de trinta dias, caracterizando a recusa ou
o não atendimento, infração administra va, de acordo com a lei.

III - Acompanhar, junto a Prefeitura, a elaboração da proposta orçamentária, bem como sua execução.

IV - realizar audiências públicas com en dades e pessoas representa vas da população, para efe va
discussão de projetos de relevância social e de interesse público.

V - Receber pe ções, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa, contra atos ou


omissões das autoridades ou en dades públicas.

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VI - Zelar pela completa adequação dos atos do Execu vo que regulamentem disposições legais.

VII - Tomar o depoimento de autoridades e solicitar o do cidadão.

VIII - Fiscalizar e apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvimento e, sobre eles,
emi r parecer.

Art. 31 As comissões especiais de Inquérito terão poderes de inves gação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno e serão criadas mediante requerimento de 1/3
(um terço) dos membros da Câmara, aprovado em Plenário por maioria absoluta, para apuração de fatos
determinados e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
Público para que promova a responsabilidade civil e criminal de quem de direito.

Parágrafo Único - As comissões especiais de inquérito, além das atribuições previstas no parágrafo 2º do
ar go anterior poderão:

I - Proceder a vistorias e levantamentos nas repar ções públicas municipais e en dades descentralizadas,
onde terão livre ingresso e permanência.

II - Requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos


necessários.

III - Transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhes
competem.

Art. 32Durante o recesso, salvo convocação extraordinária, haverá, sempre que possível, uma comissão
representa va da Câmara, cuja composição reproduzirá, tanto quanto possível, a proporcionalidade da
representação par dária, com atribuições definidas no Regimento Interno.

SEÇÃO VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 33 O processo legisla vo compreende:

I - Emendas a Lei Orgânica do Município;

II - Leis complementares.

III - Leis ordinárias.

IV - Decretos legisla vos.

V - Resoluções

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SUBSEÇÃO II
DAS EMENDAS A LEI ORGÂNICA

Art. 34 A Lei Orgânica do Município será emendada mediante proposta:

I - De um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal.

II - Do Prefeito.

III - De cidadãos, através de inicia va popular assinada, no mínimo, por um por cento dos eleitores, na
forma da lei.

§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será discu da e votada em dois turnos, considerando-se
aprovada quando ob ver, em ambas as votações, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.

§ 2º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o respec vo número
de ordem.

§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legisla va.

§ 4º A lei Orgânica não poderá ser emendada durante o período em que o município es ver sob
intervenção do Estado.

SUBSEÇÃO III
DAS LEIS COMPLEMENTARES

Art. 35 As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da Câmara,
observados os demais termos da votação das leis ordinárias.

Parágrafo Único - São leis complementares as concernentes as seguintes matérias:

I - Código Tributário;

II - Código de edificações e instalações;

III - Estatuto dos Servidores;

IV - Plano Diretor;

V - Preservação do meio ambiente;

VI - Atribuição do Vice-Prefeito;

VII - Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo;

VIII - Concessão de serviços públicos;

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IX - Concessão de direito real de uso;

X - Alienação de bens imóveis;

XI - Aquisição de bens imóveis por doação com encargos;

XII - Autorização para obtenção de emprés mo de ins tuição par cular.

SUBSEÇÃO IV
DAS LEIS ORDINÁRIAS

As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria simples dos membros
Art. 36
da Câmara Municipal.

Art. 37A discussão e votação da matéria constante da ordem do dia só poderão ser efetuadas com a
presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

Parágrafo Único - A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto favorável da maioria
dos Vereadores presentes a sessão, ressalvado os casos previstos nesta lei.

Art. 38 A inicia va dos projetos de leis complementares e ordinárias compete:

I - Ao Vereador.

II - A Comissão da Câmara.

III - Ao Prefeito.

IV - Aos cidadãos.

Art. 39 Compete priva vamente ao Prefeito a inicia va dos projetos de lei que disponham sobre:

I - Criação e ex nção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, bem
como a fixação da respec va remuneração.

II - Criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e órgãos da administração pública.

III - Regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.

Art. 40 A inicia va popular poderá ser exercida pela apresentação a Câmara Municipal de projeto de lei
subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do município.

Parágrafo Único - A proposta popular deverá conter a iden ficação dos assinantes mediante indicação do
número do respec vo tulo eleitoral.

Art. 41 Não será admi do aumento das despesas previstas:

I - Nos Projetos de inicia va exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto nos §§ 1º e 2º do ar go 148 desta

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Lei Orgânica.

II - Nos projetos sobre organização dos serviços administra vos da Câmara Municipal.

Art. 42 Nenhuma lei que crie ou aumente despesa pública será sancionada sem que dela conste a
indicação dos recursos disponíveis próprios para atender aos novos encargos.

Parágrafo Único - O disposto neste ar go não se aplica a créditos extraordinários.

Art. 43 O Prefeito poderá solicitar que os projetos, salvo os de codificação, encaminhados a Câmara,
tramitem em regime de urgência dentro do prazo de quarenta e cinco dias.

§ 1º Se a Câmara não deliberar naquele prazo, o projeto será incluído na ordem do dia, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ul me sua votação.

§ 2º Por exceção, não ficará sobrestado o exame de veto cujo prazo de deliberação tenha se esgotado.

Art. 44 O projeto de lei aprovado na forma regimental será, no prazo de dez dias úteis, enviado ao
Prefeito que adotará uma das três posições seguintes:

a) Sanciona-o e promulga-o, no prazo de quinze dias úteis.


b) Deixa decorrer aquele prazo, importando o seu silêncio em sanção, sendo obrigatória, dentro de dez
dias a sua promulgação pelo Presidente da Câmara.
c) Veta-o total ou parcialmente.

Art. 45 O Prefeito, entendendo ser o projeto, no todo ou em parte, incons tucional ou contrário ao
interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis, contados da data de
recebimento, comunicando, dentro daquele prazo, ao Presidente da Câmara, o mo vo do veto.

§ 1º O veto deverá ser jus ficado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de ar go, parágrafo, inciso,
item ou alínea.

§ 2º O Prefeito, sancionando e promulgando a matéria não vetada, deverá encaminhá-la para publicação.

§ 3º A Câmara deliberará sobre o veto, em um único turno de discussão e votação, dentro do prazo de
trinta dias de seu recebimento, considerando-se rejeitado o veto quando ob ver o voto contrário de 2/3
(dois terços) de seus membros.

§ 4º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto será incluído na ordem
do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até a sua votação final.

§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, para que promulgue a lei em quarenta e
oito horas, e caso não ocorra, deverá fazê-lo o Presidente da Câmara.

§ 6º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

§ 7º A lei promulgada pelo Presidente da Câmara em decorrência de:

a) Sanção tácita, pelo Prefeito prevista na letra "b" do ar go 44 ou de rejeição de veto total, tomará um

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número em seqüência as existentes.


b) Veto parcial, tomará o mesmo número já dado a parte não vetada. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 2/1990)

Art. 46Os prazos para discussão e votação dos projetos de leis, assim como para o exame de veto, não
correm no período de recesso.

Art. 47 A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou não sancionado somente poderá cons tuir
objeto de novo projeto na mesma sessão legisla va mediante proposta da maioria absoluta dos membros
da Câmara.

Parágrafo Único - O disposto neste ar go não se aplica ao projeto de inicia va do Prefeito.

SUBSEÇÃO V
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 48 As proposições des nadas a regulamentar matéria polí co-administra va de competência


exclusiva da Câmara são:

a) Decreto legisla vo, de efeitos externos.


b) Resolução, de efeitos internos.

§ 1º A Câmara deliberará mediante resolução, sobre assuntos de sua economia interna e nos demais
casos de sua competência priva va, por meio de decreto legisla vo.

§ 2º Os projetos de decreto legisla vo e de resolução, aprovados pelo Plenário, em um só turno de


votação, não dependem de sanção do Prefeito, sendo promulgado pelo Presidente da Câmara.

Art. 49 O Regimento Interno da Câmara disciplinará os casos de decreto legisla vo e de resolução, cuja
elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com observância das normas técnicas rela vas
as leis.

SEÇÃO IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 50 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e de


todas as en dades da administração direta e indireta, quanto a legalidade, legi midade e economicidade,
aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno de cada Poder.

§ 1º O controle externo será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

§ 2º Prestará contas qualquer pessoa sica ou en dade que u lize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em nome
deste assuma obrigações de natureza pecuniária.

§ 3º As contas rela vas a subvenções, financiamentos, emprés mos e auxílios recebidos do Estado ou da
União, ou por seu intermédio, serão prestadas em separado, diretamente ao respec vo Tribunal de
Contas, sem prejuízo da fiscalização externa exercida pela Câmara Municipal.

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§ 4º As contas do Município ficarão, sempre através do Balancete Analí co e Balancete Sinté co, durante
sessenta dias, anualmente, para exame e apreciação, a disposição de qualquer contribuinte, que poderá
nos termos da lei ques onar-lhes a legi midade.

Art. 51 Os Poderes Legisla vo e Execu vo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:

I - Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo
e dos orçamentos do Município.

II - Comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto a eficácia e eficiência de gestão orçamentária,


financeira e patrimonial nos órgãos e en dades da administração municipal, bem como da aplicação de
recursos públicos por en dades de direito privado.

III - Exercer o controle das operações de crédito, avais e garan as, bem como dos direitos e haveres do
Município.

IV - Apoiar o controle externo, no exercício de sua missão ins tucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade,


ilegalidade ou ofensa aos princípios do ar go 37 da Cons tuição Federal, dela darão ciência ao Tribunal
de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, par do polí co, associação ou sindicato é parte legí ma para, na forma da lei,
denunciar irregularidades perante o Tribunal de Contas do Estado.

Capítulo II

DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

SUBSEÇÃO I
DA ELEIÇÃO

Art. 52 O Poder Execu vo é exercido pelo Prefeito, eleito para um mandato de quatro anos, na forma
estabelecida pela Cons tuição Federal.

Art. 53 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á noventa dias antes do término do mandato
de seus antecessores, e a posse ocorrera no dia 1º de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao
mais, o disposto no ar go 77 da Cons tuição Federal.

SUBSEÇÃO II
DA POSSE

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Art. 54 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse perante a Câmara Municipal, prestando compromisso
de cumprir e fazer cumprir as Cons tuições Federal e Estadual e observar as leis.

§ 1º Se, decorrido dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo mo vo de força
maior, não ver assumido o cargo, este será declarado vago.

§ 2º O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer declaração pública de bens no ato da posse, sendo
impedidos de assumir se não cumprirem a exigência.

SUBSEÇÃO III
DA DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Art. 55O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão desincompa bilizar-se desde a posse, não podendo, sob
pena de perda do cargo:

I - Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato
obedecer as cláusulas uniformes.

II - Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível "ad
nutum", nas en dades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em virtude de concurso público.

III - Ser tular de mais de um cargo ou mandato público ele vo.

IV - Patrocinar causas em que seja interessada qualquer das en dades já referidas.

V - Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.

SUBSEÇÃO IV
DA INELEGIBILIDADE

Art. 56É inelegível para o mesmo cargo, no período subsequente, o Prefeito e quem o houver sucedido
ou subs tuído nos seis meses anteriores a eleição.

SUBSEÇÃO V
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 57 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, assumirá o Presidente da Câmara.

Art. 58Os subs tutos legais do Prefeito não poderão se recusar a subs tuí-lo, sob pena de ex nção de
seus mandatos de Vice-Prefeito ou de Presidente da Câmara, conforme o caso. Enquanto o subs tuto
legal não assumir, responderá pelo expediente da Prefeitura o Assessor Jurídico, ou, na falta deste, o
Secretário Municipal de Administração.

Art. 59 Vagando-se os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito:

I - Na primeira metade do mandato, far-se-á eleição direta, na forma da legislação eleitoral, noventa dias

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depois de aberta a úl ma vaga, cabendo aos eleitos completar o período;

II - Na segunda metade do mandato, assumirá o Presidente da Câmara.

SUBSEÇÃO VI
DA LICENÇA

Art. 60 O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do
Município, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Art. 61 O Prefeito poderá licenciar-se:

I - Quando a serviço ou em missão de representação do Município.

II - Quando impossibilitado do exercício do cargo, por mo vo de doença devidamente comprovada ou em


licença-gestante.

§ 1º No caso do inciso I, o pedido de licença, amplamente mo vado, indicará, especialmente, as razões da


viagem, o roteiro e a previsão de gastos.

§ 2º O Prefeito licenciado, nos casos dos incisos I e II, receberá a remuneração integral.

SUBSEÇÃO VII
DA REMUNERAÇÃO

Art. 62 A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixada pela Câmara Municipal mediante
Decreto Legisla vo, no final de uma Legislatura para vigorar na subsequente, obedecido o seguinte
princípio:

a) Será o teto para aquela atribuída aos servidores do Município.

SUBSEÇÃO VIII
DO LOCAL DE RESIDÊNCIA

Art. 63 O Prefeito deverá residir no Município de Suzano.

SUBSEÇÃO IX
DO TÉRMINO DO MANDATO

Art. 64 O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer declaração pública de bens no término do mandato.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 65 Compete priva vamente ao Prefeito:

I - Representar o Município em juízo ou fora dele.

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II - Representar o Município nas suas relações jurídicas, polí cas e administra vas.

III - Exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da administração pública.

IV - Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos para a sua fiel execução.

V - Vetar projetos de leis, total ou parcialmente.

VI - Prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes a situação funcional dos servidores.

VII - Nomear e exonerar os Secretários Municipais, os dirigentes de autarquias e fundações, assim como
indicar os diretores de sociedades de economia mista e empresas públicas.

VIII - Decretar desapropriações.

IX - Expedir decretos, portarias e outros atos administra vos.

X - Prestar contas da administração do Município à Câmara Municipal.

XI - Apresentar à Câmara Municipal, na sua sessão inaugural, mensagem sobre a situação do Município,
solicitando medidas de interesse do Governo.

XII - Iniciar o processo legisla vo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

XIII - Celebrar ou autorizar convênios ou acordos.

XIV - Permi r ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros.

XV - Realizar operações de crédito autorizadas pela Câmara Municipal.

XVI - Pra car os demais atos de administração, nos limites da competência do Execu vo.

XVII - Mediante autorização da Câmara Municipal, subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar
capital de sociedade de economia mista ou de empresa pública, desde que haja recursos hábeis.

XVIII - Mediante autorização da Câmara Municipal, dispor, a qualquer tulo, no todo ou em parte, de
ações ou capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado.

XIX - Delegar, por decreto, a autoridade do Execu vo, funções administra vas que não sejam de sua
exclusiva competência.

XX - Enviar à Câmara Municipal projetos de lei rela vos ao plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e
ao orçamento anual.

XXI - Enviar à Câmara Municipal projeto de lei sobre o regime de concessão ou permissão de serviços
públicos.

XXII - Encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até trinta e um de março de cada ano, a sua prestação
de contas e a da Mesa da Câmara, bem como os balanços do exercício findo.

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XXIII - Fazer publicar os atos oficiais.

XXIV - Colocar à disposição da Câmara:

a) Dentro de quinze dias de sua requisição, as quan as que devem ser gastas de uma só vez.
b) Até o dia vinte de cada mês, a parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária.

XXV - Alterar a denominação de próprios, vias e logradouros públicos, mediante autorização legisla va.

XXVI - Aprovar projetos de edificação e urbanização.

XXVII - Encaminhar à Câmara Municipal para aprovação, o projeto de lei do Plano Diretor e os projetos
que o modifiquem.

XXVIII - Decretar estado de calamidade pública.

XXIX - Solicitar o auxílio da polícia estadual para a garan a de cumprimento de seus atos.

XXX - Propor ação direta de incons tucionalidade.

XXXI - realizar audiências públicas com en dades representa vas da comunidade, na elaboração de
projetos emergenciais, especificamente relacionados à áreas de: proteção aos mananciais em parceria
com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e públicas em desafeto.

XXXII - Exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica.

XXXIII - Encaminhar à Câmara Municipal de Suzano, resposta aos requerimentos do Legisla vo, no prazo
de 15 (quinze) dias, contados do recebimento.

Parágrafo Único - As representações a que se referem os incisos I e II poderão ser delegadas por lei de
inicia va do Prefeito à outra autoridade.

SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

SUBSEÇÃO I
DA RESPONSABILIDADE PENAL

Art. 66 Os crimes de responsabilidade do Prefeito e o processo de julgamento são definidos na legislação


federal.

SUBSEÇÃO II
DA RESPONSABILIDADE POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 67As infrações polí co-administra vas do Prefeito serão subme das ao julgamento da Câmara
Municipal.

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SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 68 Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, de
ilibada idoneidade, e no exercício dos direitos polí cos.

Art. 69 Os Secretários Municipais, auxiliares diretos e de confiança do Prefeito, serão responsáveis pelos
atos que pra carem ou referendarem no exercício do cargo.

Art. 70 Os Secretários farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do exercício do
cargo, e terão os mesmos impedimentos estabelecidos para os Vereadores, enquanto permanecerem em
suas funções.

Art. 71 Compete a cada Secretário Municipal, especialmente:

I - Orientar, dirigir e fazer executar os serviços que lhe são afetos.

II - Referendar os atos assinados pelo Prefeito.

III - Expedir atos e instruções para a boa execução das leis e regulamentos.

IV - Propor, anualmente, o orçamento e apresentar o relatório dos serviços de sua Secretaria.

V - Comparecer, perante a Câmara Municipal ou qualquer de suas Comissões, para prestar


esclarecimentos, quando regularmente convocado.

VI - Delegar atribuições, por ato expresso, aos seus subordinados.

VII - Pra car atos per nentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito.

VIII - Encaminhar à Câmara Municipal de Suzano, resposta aos requerimentos do Legisla vo, no prazo de
15 (quinze) dias, contados do recebimento.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Capítulo I
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

SUBSEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS

Art. 72 A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes do município,
obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade,
finalidade e mo vação.

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SUBSEÇÃO II
DAS LEIS E DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 73As leis e atos administra vos externos deverão ser publicados no órgão oficial do Município, ou
na imprensa local, para que produzam os seus efeitos regulares.

Parágrafo Único - A publicação dos atos não norma vos poderá ser resumida.

Art. 74 A lei poderá estabelecer obrigatoriedade da no ficação ou da in mação pessoal do interessado,


para determinados atos administra vos, caso em que só produzirão efeitos a par r de tais diligências.

Art. 75 A lei deverá fixar prazos para a prá ca de atos administra vos e estabelecer recursos adequados
a sua revisão, indicando seus efeitos e forma de processamento.

SUBSEÇÃO III
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 76Os órgãos e pessoas que recebam dinheiro ou valores públicos ficam obrigados a prestação de
contas de sua aplicação ou u lização, nos prazos e nas formas que a lei estabelecer.

SUBSEÇÃO IV
DO FORNECIMENTO DE CERTIDÃO

Art. 77 A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para defesa de direitos e


esclarecimentos de situações de interesse pessoal, cole vo, público ou difuso, no prazo máximo de dez
dias úteis, cer dão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.

§ 1º As requisições judiciais deverão ser atendidas no mesmo prazo, se outro não for fixado pela
autoridade judiciária.

§ 2º Em casos que sejam necessárias diligências externas o prazo para fornecimento de cer dões, alvarás
e pareceres finais não poderá ultrapassar 30 dias.

SUBSEÇÃO V
DOS AGENTES FISCAIS

Art. 78 A administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer, priva vamente, a
fiscalização de tributos municipais, terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administra vos, na forma da lei.

SUBSEÇÃO VI
DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA E FUNDAÇÕES

Art. 79As autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações controladas pelo
Município:

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I - Dependem de lei para serem criadas, transformadas, incorporadas, priva zadas ou ex ntas.

II - Dependem de lei para serem criadas subsidiárias, assim como a par cipação destas em empresa
pública.

III - Terão um de seus diretores indicado pelo sindicato de trabalhadores da categoria, cabendo a lei
definir os limites de sua competência e atuação.

IV - Deverão estabelecer a obrigatoriedade da declaração pública de bens, pelos seus diretores, na posse
e no desligamento, com a sua publicação no Diário Oficial do Município, ou imprensa local.

SUBSEÇÃO VII
DA CIPA

Art. 80 Os órgãos públicos deverão cons tuir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, de acordo
com a lei.

SUBSEÇÃO VIII
DA DENOMINAÇÃO

Art. 81 É vedada a denominação de próprios municipais com os nomes de pessoas vivas.

SUBSEÇÃO IX
DA DOAÇÃO DE BEM IMÓVEL

Art. 82 Os bens imóveis doados pela administração pública, com a cláusula de des nação específica,
retornarão ao seu patrimônio se houver descumprimento do encargo previsto no instrumento de
alienação.

SUBSEÇÃO X
DA PUBLICIDADE

Art. 83 A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos:

a) deverá ter caráter educa vo, informa vo ou de orientação social.


b) não poderá conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

Parágrafo Único - Verificada a violação ao disposto neste ar go, caberá a Câmara Municipal determinar a
suspensão imediata da propaganda e publicidade, na forma da lei.

SUBSEÇÃO XI
DOS ATOS DE IMPROBIDADE

Art. 84 Os atos de improbidade administra va importarão na suspensão dos direitos polí cos, perda da
função pública, indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista em
lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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SUBSEÇÃO XII
DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO

Art. 85Os prazos de prescrição para ilícitos pra cados por qualquer agente, servidor ou não, que causem
prejuízo ao erário, serão os fixados em lei federal, ressalvadas as respec vas ações de ressarcimento.

SUBSEÇÃO XIII
DOS DANOS

Art. 86As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos,
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, por culpa ou dolo,
assegurado o direito de regresso contra o responsável.

SEÇÃO II
DAS OBRAS, SERVIÇOS PÚBLICOS, AQUISIÇÕES E ALIENAÇÕES

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 87Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, aquisições e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que:

a) assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações
de pagamento, man das as condições efe vas da proposta, nos termos da lei.
b) permita somente as exigências de qualificação técnica, jurídico-fiscal e econômica indispensáveis à
garan a do cumprimento das obrigações.

SUBSEÇÃO II
DAS OBRAS

Art. 88 A Administração pública direta e indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público
Municipal, ficam obrigadas a encaminhar, à Câmara Municipal, cópia de todos os editais de licitação e
cartas-convite, com Minuta do Contrato a ser celebrado com o vencedor, em até 48 horas, antes da
efe vação da licitação.

Art. 89 As obras cuja execução necessitar de recursos de mais de um exercício financeiro só poderão ser
iniciadas com prévia inclusão no plano plurianual ou mediante lei que a autorize.

Art. 90 As obras deverão ser precedidas do respec vo projeto, sob pena de suspensão da despesa ou de
invalidade de sua contratação.

Parágrafo Único - Os projetos e planos de obras que possam causar impactos significa vos ao meio
ambiente, às áreas de proteção ambiental e ao patrimônio histórico-cultural serão obrigatoriamente
subme dos à discussão pública através de audiências especialmente convocadas, garan da nestas, a
par cipação das comunidades afetadas.

SUBSEÇÃO III
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

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Art. 91 Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

§ 1º A permissão de serviço público, estabelecido mediante decreto, será delegada:

a) através de licitação.
b) a tulo precário.

§ 2º A concessão de serviço público, estabelecida mediante contrato, dependerá de:

a) autorização legisla va.


b) licitação.

Art. 92 As reclamações rela vas a prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei.

Art. 93 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante:

a) convênio com o Estado, a União ou en dades par culares.


b) consórcio com outros Municípios.

Parágrafo Único - A realização de convênios e consórcios dependerá de autorização legisla va.

Art. 94 Os serviços públicos, sempre que possível, serão remunerados por tarifa fixada pelo Prefeito.

SUBSEÇÃO IV
DAS AQUISIÇÕES E ALIENAÇÕES

Art. 95 A aquisição na base de troca, desde que o interesse público seja manifesto, depende de prévia
avaliação dos bens móveis a serem permutados.

A aquisição de um bem imóvel, por compra, recebimento de doação com encargo ou permuta
Art. 96
depende de prévia avaliação e autorização legisla va.

Art. 97 A alienação de um bem móvel do Município mediante doação ou permuta, dependerá de


interesse público manifesto e de prévia avaliação.

§ 1º No caso de venda, haverá necessidade, também, de licitação.

§ 2º No caso de ações, havendo interesse público manifesto, a negociação far-se-á através de corretor
oficial da bolsa de valores.

Art. 98 A alienação de um bem imóvel do Município mediante venda, doação, permuta ou inves dura,
depende de interesse público manifesto, prévia avaliação e autorização legisla va.

§ 1º No caso de venda, haverá necessidade, também, de licitação.

§ 2º No caso de inves dura, dependerá apenas de prévia avaliação.

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Capítulo II
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 99A administração dos bens municipais cabe ao Prefeito, ressalvada a competência da Câmara
quanto àqueles u lizados em seus serviços e sob sua guarda.

Art. 100 O uso de bem imóvel municipal por terceiros far-se-á mediante autorização, permissão ou
concessão.

§ 1º A autorização será dada pelo prazo máximo de noventa dias, salvo no caso de formação de canteiro
de obra pública, quando, então, corresponderá ao de sua duração.

§ 2º A permissão será facultada a tulo precário mediante decreto.

§ 3º A concessão administra va dependerá de lei e licitação, formalizando-se mediante contrato.

§ 4º A lei estabelecerá o prazo da concessão e a sua gratuidade ou remuneração, podendo dispensar a


licitação no caso de des natário certo.

Art. 101A concessão de direito real de uso sobre um bem imóvel do Município dependerá de interesse
público manifesto, prévia avaliação, autorização legisla va e licitação.

Parágrafo Único - A lei municipal poderá dispensar a licitação quando o uso ver des natário certo.

Capítulo III
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

SEÇÃO I
DO REGIME JURÍDICO ÚNICO

Art. 102 O Município ins tuirá Conselho de Polí ca de administração e remuneração de pessoal,
integrado por servidores designados pelos respec vos Poderes, conforme disposto na Legislação Federal
e Estadual específica.

SEÇÃO II
DOS DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES

SUBSEÇÃO I
DOS CARGOS PÚBLICOS

Art. 103 Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei.

§ 1º Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores


ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei.

§ 2º A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência
e definirá os critérios de sua admissão.

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SUBSEÇÃO II
DA INVESTIDURA

Art. 104A inves dura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e tulos, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração.

§ 1º O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável, por uma vez, por igual período.

§ 2º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso


público de provas ou de provas e tulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego na carreira.

SUBSEÇÃO III
DA CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO

Art. 105 A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.

SUBSEÇÃO IV
DA REMUNERAÇÃO

Art. 106 A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, observado, como limite máximo, os valores percebidos como remuneração, em
espécie, pelo Prefeito.

§ 1º Os vencimentos dos cargos do Poder Legisla vo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Execu vo.

§ 2º A lei assegurará aos servidores da administração direta, autarquias e fundações públicas, isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores dos
Poderes Execu vo e Legisla vo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as rela vas à natureza ou
ao local de trabalho.

§ 3º É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração de pessoal do


serviço público, ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º.

§ 4º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados,
para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo tulo ou idên co fundamento.

§ 5º Os vencimentos são irredu veis.

§ 6º O vencimento nunca será inferior ao salário mínimo, para os que percebem remuneração variável.

§ 7º O décimo terceiro salário terá por base a remuneração integral ou o valor da aposentadoria.

§ 8º A remuneração do trabalho noturno será superior a do diurno.

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§ 9º A remuneração terá um adicional para as a vidades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da


lei.

§ 10 A remuneração não poderá ser diferente, no exercício de funções e no critério de admissão, por
mo vo de sexo, idade, cor ou estado civil.

§ 11 O servidor deverá receber salário-família em razão de seus dependentes de acordo com o percentual
estabelecido pela Lei Federal.

§ 12 A duração do trabalho normal não poderá ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horário e a redução da jornada, na forma da lei.

§ 13 O repouso semanal remunerado será concedido preferencialmente aos domingos.

§ 14 O serviço extraordinário deverá corresponder a uma remuneração superior, no mínimo, em


cinqüenta porcento a do normal.

§ 15 Ao servidor público municipal é assegurado a con nuidade a percepção dos adicionais por tempo de
serviço nas modalidades de quinquênio e biênio na forma estabelecida nas Leis Municipais nº 2.191 e nº
2.193, ambas de 29 de outubro de 1.987, vedada a sua limitação, bem como a sexta parte dos
vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efe vo exercício de cargo público, que se
incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no parágrafo 5º deste ar go.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/1990)

SUBSEÇÃO V
DAS FÉRIAS

Art. 107 As férias anuais serão pagas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal.

SUBSEÇÃO VI
DAS LICENÇAS

Art. 108 A licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, terá a duração de cento e vinte dias.

§ 1º O prazo da licença-paternidade será fixado em lei.

§ 2º Fica assegurado à gestante a execução de a vidades compa veis com seu estado, quando as tarefas
normais de seu cargo ou função forem comprovadamente prejudiciais à sua saúde ou a do nascituro.

SUBSEÇÃO VII
DO MERCADO DE TRABALHO

Art. 109 A proteção do mercado de trabalho da mulher far-se-á mediante incen vos específicos, nos
termos da lei.

SUBSEÇÃO VIII
DAS NORMAS DE SEGURANÇA

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Art. 110 A redução dos riscos inerentes ao trabalho far-se-á por meio de normas de saúde, higiene e
segurança.

SUBSEÇÃO IX
DO DIREITO DE GREVE

Art. 111 O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal.

SUBSEÇÃO X
DA ASSOCIAÇÃO SINDICAL

Art. 112 O servidor público poderá sindicalizar-se livremente.

§ 1º Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo na Diretoria Execu va em sindicato da
categoria, o direito de afastar-se de suas funções durante o tempo em que durar o mandato, recebendo
seus vencimentos e vantagens, nos termos da Lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 4/1992)

§ 2º O tempo de mandato ele vo será computado para fins de aposentadoria especial. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 4/1992)

SUBSEÇÃO XI
DA ESTABILIDADE

Art. 113 São estáveis, após dois anos de efe vo exercício, os servidores nomeados em virtude de
concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou mediante processo administra vo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade.

§ 3º Ex nto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade


remunerada, com vencimentos proporcionais, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

SUBSEÇÃO XII
DA ACUMULAÇÃO

Art. 114É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compa bilidade
de horário:

I - A de dois cargos de professor.

II - A de um cargo de professor com outro técnico ou cien fico.

III - A de dois cargos priva vos de médico.

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Parágrafo Único - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações man das pelo Poder Público.

SUBSEÇÃO XIII
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 115 O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para
os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.

SUBSEÇÃO XIV
DA APOSENTADORIA

Art. 116 O servidor será aposentado:

I - Por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em serviço,
molés a profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos
demais casos.

II - Compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

III - Voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta anos, se mulher, com proventos integrais.
b) aos trinta anos de efe vo exercício em funções de magistério se professor e vinte e cinco, se
professora, com proventos integrais.
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a
esse tempo.
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço.

§ 1º A lei poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, "a" e "c", no caso de exercício de
a vidades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

§ 2º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos temporários.

§ 3º Para efeito de aposentadoria, e assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na


administração pública e na a vidade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de
previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.

SUBSEÇÃO XV
DOS PROVENTOS E PENSÕES

Art. 117Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em a vidade, e estendidos aos ina vos quaisquer
bene cios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em a vidade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na
forma da lei.

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Parágrafo Único - O bene cio da pensão por morte corresponderá a totalidade dos vencimentos ou
proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto neste ar go.

SUBSEÇÃO XVI
DO REGIME PREVIDENCIÁRIO

Art. 118 O Município estabelecerá, por lei, o regime previdenciário de seus servidores.

SUBSEÇÃO XVII
DO MANDATO ELETIVO

Art. 119 Ao servidor público em exercício de mandato ele vo aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato ele vo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função.

II - Inves do no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração.

III - Inves do no mandato de Vereador, havendo compa bilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo ele vo, e não havendo
compa bilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.

IV - Em qualquer caso de afastamento para o exercício de mandato ele vo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

V - Para efeito de bene cio previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como
se no exercício es vesse.

SUBSEÇÃO XVIII
DA RESPONSABILIDADE

Art. 120 O servidor municipal será responsável civil, criminal e administra vamente pelos atos que
pra car no exercício de cargo ou função a pretexto de exercê-lo.

SUBSEÇÃO XIX
DA CONVOCAÇÃO PELA CÂMARA

Art. 121Os tulares de órgãos da administração da Prefeitura, bem como todos e quaisquer funcionário
e servidores, de todos os níveis da administração,deverão atender convocação da Câmara Municipal para
prestar esclarecimentos sobre assuntos da sua competência.

TÍTULO IV
DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS E DOS ORÇAMENTOS

Capítulo I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

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SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 122 A receita pública será cons tuída por tributos, preços e outros ingressos.

Parágrafo Único - Os preços públicos serão fixados pelo Execu vo, observadas as normas gerais de Direito
Financeiro e as leis a nentes a espécie.

Art. 123 Compete ao Município ins tuir:

I - Os impostos previstos nesta Lei Orgânica e outros, que venham a ser de sua competência.

II - Taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela u lização, efe va ou potencial, de serviços
públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou postos à sua disposição.

III - Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

IV - Contribuição, cobrada de seus servidores para custeio, em bene cio destes, de sistemas de
previdência e assistência social.

§ 1º Os impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado a administração tributária, especialmente para conferir efe vidade
a esses obje vos, iden ficar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as a vidades econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 124 As controvérsias entre a Fazenda Pública e o contribuinte serão dirimidas no âmbito
administra vo, na forma da lei.

Art. 125 O Município orientará os contribuintes para a correta observância da legislação tributária.

SEÇÃO II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 126 Sem prejuízo de outras garan as asseguradas aos contribuintes, é vedado ao Município:

I - Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.

II - Ins tuir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer dis nção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, tulos ou direitos.

III - Cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver ins tuído ou
aumentado.
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o ins tuiu ou aumentou.

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IV - U lizar tributos com efeito de confisco.

V - Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributo, ressalvadas a cobrança de
pedágio pela u lização de vias conservadas pelo Poder Público Municipal.

VI - Ins tuir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, desde que relacionados com as suas
finalidades essenciais:

a) da União, dos Estados e dos outros Municípios, de suas autarquias e fundações.


b) dos templos de qualquer culto.
c) dos par dos polí cos e suas fundações, das en dades sindicais dos trabalhadores, das ins tuições de
educação e de assistência social sem fins lucra vos, atendidos os requisitos de lei.

VII - Ins tuir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel des nado a sua impressão.

§ 1º A vedação do inciso VI, "a", não se aplica ao patrimônio, a renda e aos serviços relacionados com
exploração de a vidades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou
em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.

§ 2º A contribuição de que trata o ar go 125, IV, só poderá ser exigida após decorridos noventa dias da
publicação da lei que a houver ins tuído ou modificado, não se lhe aplicando o disposto no inciso III, "b"
deste ar go.

§ 3º Qualquer anis a ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária só poderá ser
concedida através de lei específica.

Art. 127 É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou des no.

Art. 128 É vedada a cobrança de taxas:

a) pelo exercício do direito de pe ção ao Poder Público em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder.
b) para a obtenção de cer dões em repar ções públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal.

SEÇÃO III
DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO

Art. 129 Compete ao Município ins tuir imposto sobre:

I - Propriedade predial e territorial urbana.

II - Transmissão "inter-vivos", a qualquer tulo, por ato oneroso:

a) de bens imóveis, por natureza ou acessão sica.


b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garan a.
c) cessão de direitos a aquisição de imóveis.

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III - Vendas a varejo de combus veis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel e o gás liqüefeito de petróleo
para uso exclusivamente domés co.

IV - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência estadual, definidos em lei


complementar.

§ 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade.

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

a) Não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação,
cisão ou ex nção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a a vidade preponderante do adquirente for
a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercan l.
b) Compete ao Município da situação do bem.

SEÇÃO IV
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 130 Pertence ao Município:

I - O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,


incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer tulo, pelo Município, nas autarquias e
fundações que ins tua e mantenha.

II - Cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial
rural, rela vamente aos imóveis nele situados.

III - Cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seu território.

IV - Vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações rela vas a
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação.

Parágrafo Único - As parcelas de receita pertencentes ao Município, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:

a) Três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações rela vas a circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seu território.
b) Até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual.

Art. 131 A União entregará vinte e dois inteiros e cinco décimos do produto da arrecadação dos impostos
sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados ao Fundo de
Par cipação dos Municípios.

Parágrafo Único - As normas de entrega desses recursos serão estabelecidas em lei complementar, em

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obediência ao disposto no ar go 161, II da Cons tuição Federal, com obje vo de promover o equilíbrio
sócio-econômico entre os municípios.

Art. 132 A União entregará ao Município setenta por cento do montante arrecadado rela vo ao imposto
sobre operações de créditos, câmbio e seguro, ou rela vas a tulos ou valores mobiliários que venham a
incidir sobre outro originário do Município.

Art. 133O Estado entregará ao Município vinte e cinco por cento dos recursos que receber da União, a
tulo de par cipação no Imposto sobre Produtos Industrializados, observados os critérios estabelecidos
no ar go 158, parágrafo único, I e II da Cons tuição Federal.

Art. 134 O Município divulgará, até o úl mo dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de
cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a
entregar, e a expressão numérica dos critérios de rateio.

Capítulo II
DAS FINANÇAS

Art. 135 O Município organizará a sua contabilidade de modo a evidenciar os fatos ligados a sua
administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial.

Art. 136 Nenhuma despesa será ordenada ou realizada sem que existam recursos orçamentários ou
crédito votado pela Câmara Municipal.

Art. 137 A despesa de pessoal a vo e ina vo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei complementar
a que se refere o ar go 169 da Cons tuição Federal.

Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos


ou a alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer tulo, pelos órgãos
e en dades da administração direta ou indireta, inclusive fundações ins tuídas e man das pelo Poder
Público, só poderão ser feitas:

I - Se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender as projeções de despesa de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes.

II - Se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e


as sociedades de economia mista.

Art. 138 O Poder Execu vo publicará e enviará à Câmara Municipal, até trinta dias após o encerramento
de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária dos órgãos da administração direta, das
autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das fundações ins tuídas e
man das pelo Poder Público.

§ 1º Até dez dias antes do encerramento do prazo de que trata este ar go, as autoridades nele referidas
remeterão ao Poder Execu vo as informações necessárias.

§ 2º A Câmara Municipal publicará relatório nos termos deste ar go.

Art. 139 O Município consignará, no orçamento, dotação necessária ao pagamento de:

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a) Desapropriações e outras indenizações dos seus débitos constante de precatórios judiciais.


b) Débitos oriundos de sentença judiciária de créditos de natureza alimen cia.

Parágrafo Único - As dotações serão suplementadas sempre que se revelarem insuficientes para o
atendimento das requisições judiciais.

Art. 140 Imediatamente após a promulgação de Lei Orçamentária Anual, o Poder Execu vo elaborará a
programação financeira, levando em conta os recursos orçamentários e extraorçamentários, para
u lização dos respec vos créditos pelas unidades administra vas.

Parágrafo Único - O disposto neste ar go aplica-se aos Execu vo e Legisla vo, seus fundos, órgãos e
en dades da administração direta e indireta, inclusive fundações ins tuídas e man das pelo Poder
Público.

Art. 141 As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão manter controles adequados
para que suas despesas não excedam os recursos ob dos.

O pagamento de despesa regularmente processada e não constante da programação financeira


Art. 142
mensal da unidade importará na imputação de responsabilidade ao seu ordenador.

Art. 143 O numerário correspondente às dotações orçamentárias do Legisla vo, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, será entregue em duodécimos, até o dia vinte de cada mês, em
contas estabelecidas na programação financeira, com par cipação percentual nunca inferior a
estabelecida pelo Execu vo para seus próprios órgãos.

Parágrafo Único - O montante das dotações anuais des nadas no orçamento ao Legisla vo
corresponderá, na forma que a lei complementar estabelecer, a importância não inferior a dois por cento
da quota-parte da arrecadação.

Art. 144As disponibilidades de caixa do Município serão depositadas em ins tuições financeiras oficiais,
ressalvados os casos previstos em lei.

Capítulo III
DOS ORÇAMENTOS

Art. 145 Leis de inicia va do Poder Execu vo estabelecerão, com observância dos preceitos
correspondentes da Cons tuição Federal:

I - O plano plurianual.

II - As diretrizes orçamentárias.

III - Os orçamentos anuais.

§ 1º A lei que ins tuir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, obje vos e metas da administração
para as despesas de capital e de outras delas decorrentes, bem como as rela vas aos programas de
duração con nuada.

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§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração, incluindo as


despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.

§ 3º O Poder Execu vo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programas setoriais, observada sua compa bilidade com o Plano Diretor, serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I - O orçamento fiscal referente aos Poderes Municipais, fundos, órgãos e en dades da administração
direta e indireta, inclusive fundações ins tuídas e man das pela Administração Pública.

II - O orçamento de inves mentos das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com o direito a voto.

III - O orçamento de seguridade social, abrangendo todas as en dades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações ins tuídos e man dos pelo Poder
Público.

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstra vo dos efeitos decorrentes de


isenções, anis as, remissões, subsídios e bene cios de natureza financeira, tributária e credi cia.

§ 7º A lei orçamentária anual não conterá disposi vo estranho a previsão da receita e a fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Art. 146 Os projetos de lei rela vos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma do
Regimento Interno.

§ 1º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem serão admi das
desde que:

I - Sejam compa veis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentarias.

II - Indiquem os recursos necessários, admi dos apenas os provenientes de anulação de despesas,


excluídas as que incidam sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos.


b) serviço da dívida.

III - Relacionadas:

a) com correção de erros ou omissões.


b) com os disposi vos do texto do projeto de lei.

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§ 2º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompa veis com o plano plurianual.

§ 3º Poderão ser apresentadas emendas à lei orçamentária anual, de acordo com o parágrafo 1º,
subscritas, no mínimo, por 5% (cinco porcento) dos eleitores do Município, em listas organizadas por, no
mínimo, três en dades associa vas legalmente cons tuídas, as quais se responsabilizarão pela
auten cidade das assinaturas.

§ 4º A assinatura de cada eleitor será acompanhada de seu nome completo e legível, endereço e número
do Título de Eleitor e da Cédula de Iden dade e respec vo órgão expedidor.

§ 5º O Poder Execu vo poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificações nos projetos a que
se refere este ar go, enquanto não iniciada na Comissão competente a votação da parte cuja alteração é
proposta.

§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste ar go, no que não contrariar o disposto neste capítulo,
as demais normas rela vas ao processo legisla vo.

§ 7º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição total ou parcial do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser u lizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legisla va.

Art. 147 São vedados:

I - O início de programas, projetos e a vidades não incluídos na lei orçamentária anual.

II - A realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários


ou adicionais.

III - A realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Câmara
por maioria absoluta.

IV - A vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas a des nação de recursos
para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo ar go 212 da Cons tuição
Federal, e a prestação de garan a às operações de crédito por antecipação de receita.

V - A abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legisla va e sem indicação dos
recursos correspondentes.

VI - A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação


para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legisla va.

VII - A concessão ou u lização de créditos ilimitados.

VIII - A u lização, sem autorização legisla va específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos.

IX - A ins tuição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legisla va.

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§ 1º Nenhum inves mento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos úl mos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admi da para atender as despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Art. 148 Os recursos correspondentes as dotações orçamentárias, inclusive os créditos suplementares e


especiais, des nados ao Poder Legisla vo, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês, na forma da
lei complementar.

TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA

Capítulo I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Art. 149 Incumbe ao Município, na forma da lei, a prestação de serviços, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, que se fará unicamente mediante procedimento licitatório.

Parágrafo Único - A lei disporá sobre:

I - Regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, caráter especial de seu
contrato e de sua prorrogação, bem como condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão
ou permissão.

II - Direitos e deveres dos usuários.

III - Polí ca tarifária.

IV - Obrigatoriedade de manutenção e prestação ou execução de serviço de boa qualidade.

V - Acompanhamento e avaliação de serviço pelo órgão cedente.

Art. 150 O Município dispensará às microempresas, às empresas de pequeno porte, aos micro e
pequenos produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incen vá-
los pela simplificação de suas obrigações administra vas, tributárias e credi cias, ou pela eliminação ou
redução destas, por meio de lei.

Art. 151 O Município promoverá e incen vará o turismo como fator de desenvolvimento social e
econômico, na forma da lei.

Art. 152 A lei assegurará a par cipação de representantes dos trabalhadores e de representantes dos

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empregadores pertencentes ao setor privado, indicados por suas en dades sindicais, nos Conselhos de
Administração das empresas públicas, sociedades de economia mista e outras en dades estatais ou
paraestatais que explorem a vidades econômicas.

Capítulo II
DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 153 No estabelecimento de diretrizes e normas rela vas ao desenvolvimento urbano, o Município
assegurará:

I - O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garan a do bem estar de seus habitantes.

II - A par cipação das respec vas en dades comunitárias no estudo, encaminhamento e solução dos
problemas, planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes.

III - A preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural.

IV - A criação de áreas de especial interesse urbanís co, ambiental turís co e de u lização pública.

V - O respeito aos direitos de eventuais proprietários ou possuidores, com observância das normas
urbanís cas, de segurança, higiene, e qualidade de vida, sem prejuízo do cumprimento de obrigações
legais dos responsáveis pelos danos causados aos adquirentes de lotes, ao Poder Público ou ao meio
ambiente.

Art. 154 Compete ao Município:

I - Estabelecer os critérios para regularização e urbanização de assentamentos e loteamentos irregulares.

II - Fixar no plano diretor, critérios que assegurem a função social da propriedade imobiliária urbana.

III - Estabelecer, com base nas diretrizes do Plano Diretor:

a) normas de ordenamento do uso e ocupação do solo, abrangendo a urbanização, inclusive quanto ao


parcelamento e arruamento, a proteção ambiental, os índices urbanís cos;
b) normas específicas de edificações e instalações, os aspectos de segurança, higiene e conforto das
mesmas;
c) normas de uso e interferências nos logradouros, bens de uso comum do povo em geral, instalações e
equipamentos públicos consubstanciados em posturas municipais;

IV - É garan da a construção de casa própria com plantas populares com o máximo de setenta metros
quadrados, conforme disposto em lei complementar.

V - O Plano Diretor deverá considerar a totalidade do território municipal.

Art. 155 É facultado ao Município, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-u lizado ou não u lizado que
promova o seu adequado aproveitamento, sob pena da adoção das seguintes medidas,
independentemente da ordem:

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I - Parcelamento ou edificação compulsórios.

II - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo.

III - Desapropriação com pagamento mediante tulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Art. 156O Município poderá solicitar o apoio do Estado na elaboração das diretrizes gerais de ocupação
de seu território.

Art. 157 Incumbe ao Município promover programas de construção de moradias populares, de melhoria
das condições habitacionais e de saneamento básico.

Art. 158Compete ao Município, de acordo com as diretrizes de desenvolvimento urbano, a criação e a


regulamentação de zonas industriais, obedecidos os critérios estabelecidos pelo Estado, mediante lei, e
respeitadas as normas relacionadas ao uso e ocupação do solo e ao meio ambiente urbano e natural.

Capítulo III
DA HABITAÇÃO

Art. 159 A polí ca habitacional do Município terá como diretrizes:

I - es mular o surgimento de coopera vas habitacionais entre outras formas associa vas com o propósito
de promover a construção habitacional por autogestões;

II - prestar assistência, responsabilidade e supervisão técnica para construção de imóveis por parte de
indivíduos ou associações populares;

III - desenvolver e apoiar pesquisas de tecnologia alterna vas e de padronização de componentes,


visando a garan r a qualidade e o barateamento da construção;

IV - elaborar o plano municipal de habitação em estreita colaboração com a comunidade local e em


cooperação com as en dades estaduais e federais na área habitacional;

V - formular, em estreita colaboração com a comunidade, programas específicos de:

a) reurbanização de favelas;
b) recuperação de áreas e edificações degradadas;
c) loteamentos populares;
d) conjuntos habitacionais;
e) apoio à autoconstrução;
f) regularização fundiária.

Parágrafo Único - A coopera vas habitacionais que forem criadas deverão receber assistência técnica do
órgão municipal competente.

Art. 160O município deverá, com a par cipação conjunta do Estado, promover programas de moradias
populares, de melhoria de condições habitacionais e de saneamento básico.

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Art. 161 Compete ao Município elaborar e implementar a polí ca municipal de habitação:

I - Ins tuindo linhas de financiamento para habitação popular.

II - Promovendo a captação e gerenciamento de recursos provenientes de fontes externas ao município,


privadas ou governamentais.

III - Promovendo a formação e reservas de terras para viabilizar programas habitacionais.

Art. 162 A Lei estabelecerá a polí ca municipal de habitação, a qual deve prever a ar culação e
integração das ações do Poder Público e a par cipação popular através das comunidades organizadas,
bem como os instrumentos ins tucionais e financeiros para sua execução.

Parágrafo Único - O montante dos inves mentos do município em programas habitacionais será des nado
a suprir a deficiência de moradia de famílias de baixa renda.

Art. 163 O plano plurianual do município, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual darão
prioridade ao atendimento das necessidades sociais na distribuição dos recursos públicos, des nando
verbas especiais para programas de habitação para a população de baixa renda segundo avaliação sócio-
econômica realizada por órgão do município .

Art. 164 Fica criado o Conselho Municipal de Habitação, a ser regulado em lei.

Capítulo IV
DA POLÍTICA AGRÍCOLA

Art. 165 Caberá ao Município cooperar com a União e com o Estado para promover condições e
estruturas para os trabalhos de Extensão Rural e Assistência Técnica às a vidades agropecuárias.

Art. 166 Caberá ao Município a elaboração de um Plano Diretor Rural, a fim de:

I - Orientar o desenvolvimento rural:

II - Proporcionar o aumento da produção, da produ vidade, da ocupação estável do campo e


comercialização;

III - Orientar a u lização racional de recursos naturais de forma sustentada, compa vel com a preservação
do meio ambiente, especialmente quanto à proteção e conservação do solo e da água.

Capítulo V
DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E DO SANEAMENTO

SEÇÃO I
DO MEIO AMBIENTE

Art. 167 Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

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Parágrafo Único - É obrigatório, na forma da lei, a recuperação pelo responsável, da vegetação adequada
nas áreas protegidas, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.

Art. 168 Na concessão, permissão e renovação de serviços públicos, serão considerados,


obrigatoriamente, a avaliação do serviço a ser prestado e o seu impacto ambiental.

Parágrafo Único - As empresas concessionárias de serviços públicos deverão atender, rigorosamente, as


normas de proteção ambiental, sendo vedadas as renovações da permissão ou concessão nos casos de
infrações graves.

Art. 169 As condutas e a vidades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores às sanções
administra vas, com aplicação de multas diárias e progressivas no caso de con nuidade da infração ou
reincidência, incluídas a redução do nível de a vidade e a interdição, independentemente da obrigação
dos infratores de reparação aos danos causados.

Art. 170 A preservação do meio ambiente se fará na forma da lei.

Art. 171 O município es mulará a criação e manutenção de unidades par culares de preservação ao
meio ambiente, podendo estabelecer convênios com organizações não governamentais, a fim de
desenvolver trabalhos de aspecto ambiental.

Art. 172 O município terá direito a uma compensação financeira por parte do Estado sempre que este
venha a criar espaços territoriais de u lização restringida.

Art. 173 O Município poderá estabelecer consórcios com outros Municípios obje vando a solução de
problemas comuns rela vos a proteção ambiental, em par cular a preservação dos recursos hídricos e ao
uso equilibrado dos recursos naturais.

§ 1º Fica criado o Conselho Municipal de Defesa do meio Ambiente, órgão colegiado autônomo, com
poderes norma vos e delibera vos, composto paritariamente por representantes do Poder Público,
en dades municipais ambientalistas e outros representantes da comunidade, que, entre outras
atribuições, deverá:

a) Analisar, propor alterações e aprovar o Plano Municipal de Gestão do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais;
b) Analisar, propor medidas mi gadoras e alterna vas, aprovar ou vetar projetos públicos e privados que
acarretem impactos ambientais;
c) Realizar audiências públicas para a discussão de projetos públicos e privados que acarretem impactos
ambientais, garan ndo ampla e prévia divulgação à comunidade;
d) Os serviços a que se refere este parágrafo, serão voluntários e sem remuneração.

§ 2º O poder Execu vo Municipal elaborará e, após aprovação do Conselho Municipal de Defesa do Meio
Ambiente, executará o Plano Municipal de Gestão do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.

SEÇÃO II
DOS RECURSOS NATURAIS

SUBSEÇÃO I
DOS RECURSOS HÍDRICOS

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Art. 174 É assegurada ao Município nos termos da lei, compensação financeira pela u lização de recursos
hídricos do seu território, para fins de abastecimento de água e consumo humano de outros Municípios.

SUBSEÇÃO II
DOS RECURSOS MINERAIS

Art. 175 Compete ao Município registrar, fiscalizar e acompanhar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos minerais, conjuntamente com a União e o Estado.

SEÇÃO III
DO SANEAMENTO

Art. 176O Município terá, progressivamente, após o desenvolvimento de mecanismos ins tucionais e
financeiros por parte do Estado, a atribuição de assegurar os bene cios do saneamento à população
urbana e rural.

TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL

Capítulo I
DA SEGURANÇA SOCIAL

SEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL

O Município deverá contribuir para a seguridade social, atendendo ao disposto nos ar gos 194 e
Art. 177
195 da Cons tuição Federal, visando assegurar os direitos rela vos à saúde e à assistência social.

SEÇÃO II
DA SAÚDE

Art. 178 O Município garan rá o direito à saúde mediante:

I - Polí cas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem estar sico, mental e social do indivíduo e
da cole vidade e a redução de risco de doenças e outros agravos.

II - Acesso universal do indivíduo às ações e aos serviços de saúde, em todos os níveis, com igualdade de
atendimento.

III - Direito a obtenção de informações e esclarecimentos de interesse da saúde individual e cole va,
assim como as a vidades desenvolvidas pelo sistema.

IV - Atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preservação e recuperação de sua


saúde.

V - Prestação de assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto socorro, por seus próprios
serviços ou mediante convênio com as Santas Casas de Misericórdia ou ins tuições congêneres.

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Art. 179 As ações e os serviços de saúde executados e desenvolvidos pelos órgãos e ins tuições públicas
estaduais e municipais, da administração direta, indireta e fundacional, cons tuem o Sistema Único de
Saúde, nos termos da Cons tuição Federal, que se organizará de acordo com as seguintes diretrizes e
bases:

I - Descentralização sob a direção de um profissional de saúde pública.

II - Integração das ações e serviços com base na regionalização e hierarquização do atendimento


individual e cole vo, adequado as diversas realidades epidemiológicas.

III - Universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os níveis dos
serviços de saúde à população urbana e rural.

IV - Gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas sob qualquer tulo.

Art. 180 As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Município dispor, nos termos
da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.

§ 1º As ações e serviços de saúde serão realizados, preferencialmente, de forma direta, pelo Município ou
através de terceiros, e pela inicia va par cular.

§ 2º A assistência a saúde e livre a inicia va par cular.

§ 3º A par cipação do setor privado no Sistema Único de Saúde efe var-se-á segundo suas diretrizes,
mediante convênio ou contrato de direito público, tendo preferencia as en dades filantrópicas e as sem
fins lucra vos.

§ 4º As pessoas sicas e as pessoas jurídicas de direito privado, quando par ciparem do Sistema Único de
Saúde, ficam sujeitas às suas diretrizes e às normas administra vas incidentes sobre o objeto de convênio
ou de contrato.

§ 5º É vedada a des nação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às ins tuições par culares
com fins lucra vos.

O Conselho Municipal de Saúde, com sua composição, organização e competência fixadas em lei,
Art. 181
terá a par cipação de representantes da comunidade e, em especial dos trabalhadores, en dades e
prestadores de serviços da área de saúde, além do Poder Público, na elaboração e controle das polí cas
de saúde, bem como na formulação, fiscalização e acompanhamento do Sistema Único de Saúde.

Parágrafo Único - Os serviços a que se referem este ar go, serão voluntários e sem remuneração.

Art. 182 É vedada a nomeação ou designação, para o cargo ou função de chefia ou assessoria na área de
saúde, em qualquer nível, de pessoas que par cipem de direção, gerência ou administração de en dades
que mantenham contratos ou convênios com o Sistema Único de Saúde, a nível municipal, ou sejam por
ele credenciadas.

SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

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Art. 183 As ações do Poder Público através de programas e projetos na área de assistência social serão
organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas como base nos seguintes princípios:

I - Par cipação da comunidade.

II - Descentralização administra va, respeitada a legislação federal, considerado o Município e as


comunidades como instâncias básicas para o atendimento e realização dos programas.

III - Integração das ações dos órgãos e en dades da administração em geral, compa bilizando programas
e recursos e evitando a duplicidade de atendimento entre as esferas estadual e municipal.

Art. 184 Fica criado o Conselho Municipal para defesa do menor, mediante Lei específica, no prazo de
360 dias da promulgação da presente Lei, que será composto paritariamente por representantes do Poder
Execu vo, do Poder Legisla vo, do Poder Judiciário e en dades existentes no município que apoiam ou
atendam menores carentes.

SEÇÃO IV
DOS TRANSPORTES COLETIVOS MUNICIPAIS

Art. 185 Compete ao Município, na sua área de competência, ordenar, planejar e gerenciar a operação
dos transportes cole vos municipais, como direito fundamental da cole vidade, de acordo com as
seguintes diretrizes:

I - Fica assegurada a formação e organização do Conselho Municipal de Transportes Cole vos com sua
composição, organização e competências fixadas em Lei, com caráter de par cipação paritária de
representantes do Poder Publico Municipal, empresários e trabalhadores do transporte, e en dades da
Sociedade Civil organizada.

II - Tarifa condizente com o poder aquisi vo da população e a qualidade de serviços.

III - Adequada definição da rede de percursos em relação as necessidades da cole vidade.

IV - Operação e execução do sistema, de forma direta ou indireta, neste úl mo caso por concessão ou
permissão nos termos da lei municipal, e, de acordo com as determinações do ar go 175 da Cons tuição
Federal.

V - Regulamentação e fiscalização dos serviços de transportes escolar, fretamento e transporte especiais


de passageiros.

Capítulo II
DA GUARDA MUNICIPAL

Art. 186 O Município poderá cons tuir uma Guarda Municipal des nada a proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Parágrafo Único - Mediante convênio com o Estado, o Município, por meio da Guarda Municipal, poderá
colaborar na segurança pública.

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Capítulo III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DOS ESPORTES E LAZER

SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO

Art. 187O Município organizará e manterá Sistema de Ensino Próprio, em regime de colaboração com o
Estado, com extensão correspondente às necessidades locais de educação geral e qualificação para o
trabalho, respeitadas as diretrizes e as bases fixadas pela Legislação Federal e as disposições suple vas da
Legislação Estadual.

§ 1º Deverá ser organizado no Município o Conselho Municipal de Educação, obedecendo o seguinte:

I - O Conselho Municipal de Educação, deverá ter uma composição paritária, com representantes da
Comunidade, representantes dos trabalhadores e agremiações da Educação e representantes do Governo
Municipal.

II - Sua regulamentação se fará por Lei Complementar.

§ 2º É facultado ao Município aplicar parte da verba mínima des nada à Educação, em Projeto de
incen vos a estudantes mais carentes, na forma de "Bolsas de Estudos" a Nível Superior.

§ 3º O Município oferecerá atendimento especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente


na rede regular de ensino.

Art. 188 O município organizará nas escolas públicas, em caráter permanente, programas de educação de
Trânsito.

Art. 189O Município responsabilizar-se-á, prioritariamente, pelo atendimento, em creches e pré-escolas,


às crianças de zero a seis anos de idade, e pelo ensino fundamental, inclusive para os que a ele não
veram acesso na idade própria.

Art. 190O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União ou pelo Estado ao Município não é
considerada, para efeito do cálculo previsto neste ar go, receita do governo que a transferir.

§ 2º O financiamento da Educação Especial para portadores de deficiência, em parceria com ins tuições
filantrópicas e comunitárias, incidirá sobre as verbas públicas des nadas a educação.

Art. 191 O Município publicará, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, informações
completas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos des nados a educação, neste período,
discriminadas por nível de ensino, e sua respec va u lização.

Art. 192Caberá ao Município realizar o recenseamento, promovendo, anualmente, o levantamento da


população em idade escolar, procedendo sua chamada para matrícula, quando os estabelecimentos de
ensino es verem sob sua administração ou fornecendo dados para que o Estado o faça.

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Art. 193É vedada a cessão de uso, a tulo gratuito, de próprios públicos municipais, para o
funcionamento de estabelecimento de ensino privado de qualquer natureza.

SEÇÃO II
DA CULTURA

Art. 194 O Município garan rá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da
cultura, e apoiará e incen vará a valorização e a difusão de suas manifestações, através de:

I - Criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e capazes de garan r a


produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e ar s cas.

II - Desenvolvimento de intercâmbio cultural e ar s co com os Municípios e o Estado.

III - Acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres.

IV - Promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura, garan ndo a tulo de


incen vo, a par cipação do ar sta local em eventos realizados no município.

Parágrafo Único - O Poder Público Municipal pesquisará, iden ficará, protegerá e valorizará o patrimônio
cultural do Município, através de convênio com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Ar s co e Turís co do Estado de São Paulo, na forma que a Lei estabelecer.

Cabe a administração pública a gestão da documentação oficial e as providências para franquear


Art. 195
sua consulta a quantos dela necessitem, na forma da lei.

Art. 196 A lei disporá sobre a fixação de datas comemora vas de fatos relevantes para a cultura
municipal.

Art. 197 Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.

SEÇÃO III
DOS ESPORTES E LAZER

Art. 198 Cabe ao Município, apoiar e incrementar as prá cas espor vas como direito de todos e o Lazer
como prova de integração social, mediante:

I - Reserva de espaços verdes ou livres, em forma de quadras, campos, parques, bosques, jardins e
assemelhados como base sica de recreação urbana;

II - Construção e equipamentos de parques infan s, centro de juventude e edi cio de convivência


comunal;

III - Aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas, montanhas, lagos, matas e outros recursos
naturais, como locais de passeio e distração.

Art. 199 Os serviços Municipais de Esporte e Recreação ar cular-se-ão entre si, e com as a vidades
culturais do município, visando a implantação e o desenvolvimento do lazer e do turismo como forma de
integração social.

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Capítulo IV
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL E DA PUBLICIDADE

Art. 200 A ação do Município, no campo da comunicação, fundar-se-á sobre os seguintes princípios:

I - Democra zação do acesso as informações

II - Pluralismo e mul plicidade das fontes de informação.

III - Enfoque pedagógico da comunicação dos órgãos e en dades públicas.

IV - Os meios de comunicação do município deverão dar preferência a finalidades educa vas, ar s cas,
culturais e informa vas.

Capítulo V
DA PROTEÇÃO ESPECIAL

Art. 201O Município assegurará condições de prevenção da deficiência sica, sensorial e mental, com
prioridade a assistência pré-natal e a infância, bem como integração social do adolescente portador de
deficiência, mediante treinamento para o trabalho e para a convivência.

Art. 202É assegurado às pessoas portadoras de deficiência, aos idosos e às gestantes acesso adequado
aos logradouros e edi cios de uso público, bem como aos veículos de transporte cole vo.

Art. 203 É garan da a gratuidade nos transportes cole vos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos
de idade mediante apresentação de documento oficial de iden ficação.

TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 204 O Município comemorará, anualmente, as seguintes datas:

I - Fixas: 02 abril e 02 de novembro

II - Móveis: Corpus Chris e Sexta-feira Santa

O Execu vo poderá, no primeiro ano do mandato, reavaliar as isenções em vigor, tomando as


Art. 205
medidas cabíveis, até o final do referido exercício.

Art. 206 O Execu vo Municipal deverá submeter no máximo em 360 dias, após a promulgação da Lei
Orgânica Municipal, Projeto de Lei que ins tui o Plano Diretor Municipal.

Plenário "Francisco Marques Figueira", em 02 de abril de 1990.

Vereador KAZUHIRO MORI


Presidente

Vereador PAUL MARCIUS ANG

https://leismunicipais.com.br/lei-organica-suzano-sp 52/53
30/04/2019 Lei Orgânica de Suzano - SP

Vice-Presidente

Vereador ISSAO NISHIKAWA


1º secretário

Vereador EDMIR PEREIRA VIDAL


2º Secretário

Vereador ANTÔNIO CARLOS GEREMIAS


Vereador ARNALDO PEZZUOL
Vereador CIRO RAFUL
Vereador DANTE ROMANATO
Vereador DINIZ JOSÉ DOS S. FARIA
Vereador EDSON SAMIO KIMURA
Vereador GERALDO ALENCAR DA SILVA
Vereador ISRAEL SAMPAIO DE LACERDA
Vereador JANUÁRIO PURGATO
Vereador JOÃO BATISTA IRENTE
Vereador JORGE MASSAYUKI TOKUZUMI
Vereador JOSÉ DE SOUZA CÂNDIDO
Vereador JOSÉ RENATO DA SILVA
Vereador MAURO TANOEIRO
Vereador VALDIR RODRIGUES CORTEZ

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 17/07/2014

Nota: Este texto disponibilizado não subs tui o original publicado em Diário Oficial.

https://leismunicipais.com.br/lei-organica-suzano-sp 53/53

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