Apostila Aula1
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Ervas no Egito
A história nos conta, através de registros antigos, que nossos antepassados utilizavam o
conhecimento que possuíam sobre plantas para cura de males até então desconhecidos e
também para uso pessoal como “cosméticos”. Um dos povos que nos traz um pouco desse
conhecimento é o povo egípcio, que tiveram importância marcante por utilizarem dos
conhecimentos das ervas unindo astrologia e outros aspectos para compor todo o processo
de manipulação das plantas medicinais.
Datado de 1550 a.C., um dos mais famosos registros da época que temos é o Papiro de
Ebers, que continha centenas de fórmulas e remédios populares usados naquele período.
Esse documento descrevia uma lista de aproximadamente 125 plantas medicinais (entre
elas o Anis, Alcaravia, Cardamomo, Mostarda, Açafrão, Sementes de Papoula, etc.).
Também da cultura egípcia, podemos destacar o uso da Atropa Beladona. O sumo dessa
planta era retirado, ao espremerem as bagas pretas, e pingado nos olhos das mulheres
para dilatar suas pupilas e seduzirem seus “pretendentes”. Este e outros extratos
produzidos no Egito foram muito utilizados por Cleópatra.
Por volta de 1500 a.C., o meimendro, também chamado de belenho (Hyosciamus niger) era
usado pelos sentenciados de morte em poções para aliviar a dor e na época medieval,
ramos desta planta eram deixados nos banheiros e sobre os bancos de praças públicas
para causar um efeito narcótico na população que, desta maneira, era saqueada.
Feiticeiros e Bruxas do passado
A Mandrágora (Mandragora officinarum) tornou-se famosa na magia e bruxaria pela forma
estranha de sua raiz: por possuir formato de corpo humano, podemos perceber um dos
melhores exemplos no qual se aplica a teoria da assinatura dos corpos, de Paracelso.
Conforme conta-se em uma antiga lenda, essas plantas nasciam aos pés dos enforcados,
fato que fazia as pessoas daquela época acreditarem que suas propriedades afrodisíacas
provinham deste fenômeno. Além disso, estas propriedades são descritas na Bíblia em
Gênesis e Cantares. A Mandrágora também foi fruto de um grande sucesso teatral de
Nicolau Maquiavel em 1524, o mito que envolve a coleta da planta é apresentado por
Shakespeare em Romeu e Julieta e por J. K. Rowling, em 1998, na história de Harry Potter
ganhando, assim, espaço e difundindo o conhecimento acerca desta espécie entre os
adolescentes.