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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA


FTQ023 – FENÔMENOS DE TRANSPORTE III

CONVECÇÃO

Profa. Kiki Braga


INTRODUÇÃO A CONVECÇÃO MÁSSICA
A convecção mássica é um fenômeno de transferência de massa; a
contribuição convectiva ou advecção é a influência do movimento do meio
no transporte do soluto. Essa diferença, em linguagem matemática, nos é
apresentada como:

𝑛𝐴,𝑦 = 𝑘𝑚 𝜌𝐴𝑠 − 𝜌𝐴,∞

𝑗𝐴𝑐 = 𝜌𝐴 𝑣𝑦
A força motriz ao fluxo mássico do soluto é a sua diferença de concentração
e define empiricamente o coeficiente convectivo de transferência de massa
𝑘𝑚 .
A contribuição convectiva é útil para avaliar o efeito da velocidade do meio
na distribuição da concentração do soluto. Se essa velocidade vier a ser
causada por agentes mecânicos externos ao que acontece no interior da
região de transporte, tem-se a convecção forçada. Todavia, quando o
movimento do meio for ocasionado pela combinação do gradiente de
concentração do soluto, o qual provoca variação na densidade do meio, e
de ação volumar, sem ação de agentes mecânicos, tem-se a convecção
mássica natural. 2
INTRODUÇÃO A CONVECÇÃO MÁSSICA
Pra reforçar essa diferença entre o fenômeno de convecção mássica e a
contribuição convectiva, admita a seguinte situação, conhecida como
difusão em um filme líquido descedente ou problema da coluna molhada.
Deseja-se separar um soluto de uma corrente gasosa. Para tanto essa
mistura é posta em contato com uma película líquida que escoa em regime
permanente laminar sobre uma placa vertical parada, cuja distribuição de
velocidade no filme líquido é:

é æ x ö2 ù
vz = vmáx ê1- ç ÷ ú
êë è d ø úû

𝑔𝑥12
com 𝑉𝑚á𝑥 =
2𝑣

Sendo 𝑥1 a espessura do filme líquido. Sabendo que o soluto é pouco


solúvel no líquido, torna-se interessante obter uma expressão para o fluxo
mássico do soluto na interface gás-líquido, pois esse fluxo está associado à
absorção do soluto pelo líquido.
3
Para tanto considere a Figura, assim como as seguintes hipóteses:

a) Regime permanente;
b) Fluxo mássico bidimensional;
c) Não há reação química;
d) O gás é uma mistura binária e o líquido é uma solução binária, em que ambas
as fases existe a presença do soluto A;
e) devido à baixa solubilidade do soluto, admite-se que ele penetre na fase líquida
a uma pequena distância da interface, de modo que  << 𝑥1
f) Em virtude da hipótese anterior, a velocidade da película na espessura  é
assumida constante e máxima. 4
1. DIFUSÃO EM UM FILME LAMINAR EM ESTADO ESTACIONÁRIO

Equação do fluxo total de A em x:


¶CA
NAx = -DAB +0
¶x
Equação do fluxo total de A em z:
NAz = 0 +CAvz

5
1. DIFUSÃO EM UM FILME LAMINAR EM ESTADO ESTACIONÁRIO
Equação da continuidade:

¶CA é ¶NA,x ¶NA,y ¶NA,z ù


= -ê + + ú + RA
¶t ë ¶x ¶y ¶z û

é ¶N ¶N ù
0 = -ê A,x + 0 + A,z ú + 0
ë ¶x ¶z û

¶NA,x ¶NA,z
+ =0
¶x ¶z

Substituindo os fluxos:

¶æ ¶CA ö ¶
-D
ç AB ÷ + (CAvz ) = 0
¶x è ¶x ø ¶z

¶CA ¶2CA é æ x ö2 ù
vz = DAB 2 vz = vmáx ê1- ç ÷ ú
¶z ¶x êë è d ø úû

6
1. DIFUSÃO EM UM FILME LAMINAR EM ESTADO ESTACIONÁRIO

EDP para Ca (x,y):

¶CA ¶2CA
vz = DAB 2
¶z ¶x

é æ x ö2 ù ¶C ¶2CA
vmáx ê1- ç ÷ ú A
= DAB 2
êë è d úû ¶z
ø ¶x

Condições de contorno z= 0, CA = 0
x = 0, CA = CA0
¶CA
x = d, =0
¶x
Caso: A penetra pouco o filme: Condições de contorno:

¶CA ¶2CA z  0 ,C A  C A , 0
vmáx = DAB 2
¶z ¶x x  0 ,C A  C A , s
x   ,C A  C A , 0

7
DIFUSÃO EM UM FILME LAMINAR EM ESTADO ESTACIONÁRIO
EDP para Ca (x,z):

¶CA ¶2CA
vmáx = DAB 2
¶z ¶x

A solução da equação é dada pela


equação:

C A  C A0  x 
 1  erf  
C A,s  C A0  4 D AB z / v máx 

Este modelo também é utilizado na descrição da cementação do ferro por


carbono para obter o aço-carbono. Considera-se que a barra de aço
contenha uma concentração inicial de carbono, e está exposta a uma
atmosfera carburante. Ao longo do tempo, o carbono penetra no meio
metálico, descrevendo diferentes espessuras de penetração.
8
2. COEFICIENTES DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA

kc – Coeficiente convectivo de
Transferência de Massa, cm/seg NA = kc (CAs - CA¥ )

Fase Gasosa Fase Líquida

NA = Ckc (yAs - yA¥ ) NA = Ckc (xAs - xA¥ )


Fração Molar
NA = ky (yAs - yA¥ ) NA = kx (xAs - xA¥ )

Pressão Parcial NA = RT
kc
(PAs - PA¥ )

9
2. COEFICIENTES DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA

𝑁𝐴 = 𝑘𝑐 𝐶𝐴,𝑠 − 𝐶𝐴,∞

𝑑𝐶𝐴
𝑁𝐴 = −𝐷𝐴𝐵 ቤ
𝑑𝑦 𝑦=0

𝑑 𝐶𝐴 − 𝐶𝐴,𝑠
𝑁𝐴 = −𝐷𝐴𝐵 อ
𝑑𝑦
𝑦=0

𝑑 𝐶𝐴 − 𝐶𝐴,𝑠
𝑘𝑐 𝐶𝐴,𝑠 − 𝐶𝐴,∞ = −𝐷𝐴𝐵 อ
𝑑𝑦
𝑦=0

𝑘𝑐 −𝑑 𝐶𝐴 − 𝐶𝐴,𝑠 ൗ𝑑𝑦ȁ𝑦=0
=
𝐷𝐴𝐵 𝐶𝐴,𝑠 − 𝐶𝐴,∞ 10
2. COEFICIENTES DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA

𝐿 −𝑑 𝐶𝐴 − 𝐶𝐴,𝑠 ൗ𝑑𝑦ȁ𝑦=0
𝑘𝑐 =
𝐷𝐴𝐵 𝐶𝐴,𝑠 − 𝐶𝐴,∞ Τ𝐿

𝐿 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜
𝑘𝑐 = 𝑆ℎ =
𝐷𝐴𝐵 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜

Número de Sherwood: razão entre a resistência à difusão e convecção.


𝑳
𝑺𝒉 = 𝒌𝒄
𝑫𝑨𝑩
11
CONVECÇÃO DE MASSA
A convecção mássica também é dificultada pelas complicações
associadas ao escoamento do fluido, com a geometria da superfície, o
regime de escoamento, a velocidade de escoamento e a variação das
propriedades e da composição do fluido. Além disso, a convecção
mássica normalmente é analisada em uma base mássica, em vez de
uma base molar.

Considere o escoamento de ar sobre a superfície livre de uma massa de


água como um lago sob condições isotérmicas, se o ar não está
saturado, a concentração do vapor de água irá variar do máximo na
superfície da água onde o ar está sempre saturado até o valor da
corrente livre longe da superfície. Na convecção de calor, definimos a
região do fluido em que existem gradientes de concentração como
camada limite térmica. Do mesmo modo, na convecção de massa,
definimos a região de fluido em que existem gradientes de
concentração como camada limite de concentração como mostrado na
Figura 7.1.

12
CONVECÇÃO DE MASSA

Figura 7.1 – Desenvolvimento da camada limite de concentração da espécie A


durante o escoamento externo sobre uma superfície plana.

No escoamento externo, a espessura da camada limite de concentração 𝛿𝐶 da


espécie A no local especificado na superfície é definida como a distância
normal y a partir da superfície na qual

Onde 𝜌𝐴,𝑠 e 𝜌𝐴, são as densidades da espécie A na


superfície (no lado do fluido) e no escoamento
livre, respectivamente.
13
CONVECÇÃO DE MASSA

Figura 7.2 – Desenvolvimento das camadas limite da velocidade, da


temperatura e da concentração no escoamento interno.

O escoamento interno, temos a região de entrada da concentração, onde o


perfil de concentração se desenvolve além das regiões de entrada
hidrodinâmica e térmica. A camada limite da concentração continua a se
desenvolver na direção do escoamento até sua espessura atingir o centro do
tubo e as camadas limite se difundirem. A distância entre a entrada do tubo e
o local onde ocorre essa fusão é chamada comprimento de entrada 𝑳𝑪 , e a
região completamente desenvolvida.
14
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS
Na convecção de calor, as magnitude relativas à difusão da quantidade de
movimento e de calor nas camadas limite hidrodinâmica e térmica são expressas
pelo número adimensional de Prandtl, definido como

𝑣 𝐷𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜


𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑎𝑛𝑑𝑡𝑙: 𝑃𝑅 = =
𝛼 𝐷𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎

𝝁Τ𝝆 𝑪𝒑 𝝁
𝑷𝒓 = =
𝜶 𝒌
𝒌
𝜶=
𝝆𝑫𝑨𝑩

A quantidade correspondente na convecção da massa é o número adimensional de


Schmidt, definido como

𝝁 𝑣 𝐷𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜


𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑐ℎ𝑚𝑖𝑑𝑡: 𝑺𝒄 = 𝝆𝑫 = =
𝑨𝑩 𝐷𝐴𝐵 𝐷𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎

que representa as magnitudes relativas difusão molecular da quantidade de


movimento e de massa nas camadas limite hidrodinâmica e de concentração,
respectivamente.
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3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS
O crescimento relativo das camadas limite hidrodinâmica e térmica no
escoamento laminar é regido pelo número de Prandtl, enquanto o crescimento
relativo das camadas limite hidrodinâmica e da concentração é regido pelo
número de Schmidt. Um número de Schmidt próximo da unidade (SC  1) indica
que a transferência da quantidade de movimento e de massa por difusão são
comparáveis e que as camadas limite hidrodinâmica e da concentração quase
coincidem uma com a outra.
Parece que precisamos de mais um número adimensional para representar as
magnitudes relativas da difusão de calor e de massa nas camadas limite
térmica e da concentração. Esse é o número de Lewis, definido como

𝑆𝐶 𝛼 𝐷𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑤𝑖𝑠: 𝐿𝑒 = = =
𝑃𝑟 𝐷𝐴𝐵 𝐷𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎

16
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS

As espessuras relativas das camadas limite hidrodinâmica, térmica e de


concentração em escoamento laminar são expressas como

𝛿𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝛿𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝛿𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎


= 𝑃𝑟 𝑛 , = 𝑆𝑐 𝑛 , 𝑒 = 𝐿𝑒 𝑛
𝛿𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝛿𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝒏𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝛿𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝒏𝑡𝑟𝑎çã𝑜

onde 𝑛 = 1Τ3 para a maioria das aplicações em todas as três relações. Essas
relações em geral não são aplicáveis às camadas limite turbulentas, já que a
mistura turbulenta pode, neste caso, dominar os processos de difusão.

17
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS
Note que a transferência da espécie na superfície (y=0) se dá por difusão
apenas por causa da condição de contorno de não deslizamento, e o fluxo da
massa da espécie A na superfície pode ser expresso pela Lei de Fick como 𝑗𝐴ሶ =
𝜕𝑤
𝑚ሶ 𝐴 Τ𝐴𝑠 = −𝜌𝐷𝐴𝐵 𝐴 𝑦=0
𝜕𝑦

Isso é análogo à transferência de calor na superfície sendo apenas por


condução e expressando-a pela lei de Fourier.

18
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS
A taxa de convecção de calor para escoamento externo foi convenientemente
expressa pela lei de resfriamento de Newton como

𝑄ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 = ℎ𝑐𝑜𝑛𝑣 𝐴𝑠 𝑇𝑠 − 𝑇∞
onde ℎ𝑐𝑜𝑛𝑣 é o coeficiente médio de transferência de calor, 𝐴𝑠 é a área da
superfície e 𝑻𝑠 − 𝑻∞ é a diferença de temperatura através da camada limite
térmica. Da mesma forma, a taxa de convecção de massa pode ser expressa
como

𝒎ሶ 𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝒉𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑨𝑺 𝝆𝑨,𝒔 − 𝝆𝑨 = 𝒉𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝝆𝑨𝒔 𝒘𝑨,𝒔 − 𝒘𝑨,

onde ℎ𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 é o coeficiente médio de transferência de massa, em m/s; 𝐴𝑠 é a


área da superfície; 𝜌𝐴,𝑠 − 𝜌𝐴,∞ é a diferença de concentração de massa da
espécie A através da camada limite da concentração; e  é a densidade média
do fluido na camada limite. O produto ℎ𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜌, cuja unidade é 𝑘𝑔Τ𝑚2 . 𝑠, é
chamado condutância de transferência de massa.
19
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS
Na análise da convecção de calor, muitas vezes é conveniente expressar o
coeficiente de transferência de calor na forma adimensionalizada do número
adimensional de Nusselt , definido como

ℎ𝑐𝑜𝑛𝑣 𝐿𝑐
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑁𝑢𝑠𝑠𝑒𝑙𝑡: 𝑁𝑢 =
𝑘

onde 𝐿𝑐 é o comprimento característico e k é a condutividade térmica do


fluido. A quantidade correspondente na convecção de massa é o número
adimensional de Sherwood, definido como

ℎ𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐿𝑐
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑆ℎ𝑒𝑟𝑤𝑜𝑜𝑑: 𝑆ℎ =
𝐷𝐴𝐵

onde ℎ𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 é o coeficiente de transferência de massa e 𝐷𝐴𝐵 é a difusividade


de massa. Os números de Nusselt e de Sherwood representam a eficácia da
convecção de calor e de massa na superfície, respectivamente.
20
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS
Às vezes é mais conveniente expressar os coeficientes de transferência de
calor e de massa do número adimensional de Stanton como

Número de Stanton de transferência de calor:

ℎ𝑐𝑜𝑛𝑣 1
𝑆𝑡 = = 𝑁𝑢
𝜌𝑉𝑐𝑝 𝑅𝑒 𝑃𝑟

e
Número de Stanton de transferência de massa:

ℎ𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 1
𝑆𝑡𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = = 𝑆ℎ
𝑉 𝑅𝑒 𝑆𝑐

onde V é a velocidade da corrente livre no escoamento externo e a velocidade


média da massa de fluido no escoamento interno.
21
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS Tabela 7.1 - Analogia entre as
Para determinada geometria, o número de quantidades que aparecem na
Nusselt para convecção forçada depende dos formulação e na solução de
números de Reynolds e de Prandtl, enquanto o convecção de calor e de massa
número médio de Sherwood depende dos
números de Reynolds e de Schmidt, ou seja,
Número de Nusselt:
Nu=f(Re,Pr)
Número de Sherwood:
Sh= f(Re, Sc)
onde a forma funcional de f é a mesma para
ambos os números, de Nusselt e de Sherwood,
em determinada geometria, desde que as
condições de contorno térmicas e de
concentração sejam do mesmo tipo. Portanto, o
número de Sherwood pode ser obtido a partir
da expressão do número de Nusselt,
simplesmente substituindo o número de
Prandtl pelo número de Schmidt. Isso mostra
que a analogia pode ser uma ferramenta
poderosa no estudo de fenômenos naturais. 22
3. NÚMEROS ADIMENSIONAIS

Na transferencia de massa por convecção natural, a analogia entre os números


de Nusselt e de Sherwood ainda se mantém, e Sh= f(Gr, Sc). Mas o número de
Grashof, neste caso, deve ser determinado diretamente a partir de

𝑔 𝜌 − 𝜌𝑆 𝐿3𝐶
𝐺𝑟 =
𝜌2

que se aplica a ambos os escoamentos de convecção natural induzidos pela


temperatura e/ou concentração. Note, que para fluido homogêneos (isto é,
fluidos sem gradientes de concentração), as diferenças de densidades são
devidas somente às diferenças de temperatura.

23
4. ANALOGIAS ENTRE OS FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA

1. Analogia de Reynolds
2. Analogia de Prandtl
3. Analogia de Chilton-Colburn
4. Análise dimensional para a Transf. de massa convectiva
5. Expressão de relação entre a camada limite de velocidade e de
concentração

24
5. LIMITAÇÃO DA ANALOGIA ENTRE CONVECÇÃO DE CALOR
E DE MASSA

A analogia entre convecção de calor e de massa é válida para casos de


baixo fluxo de massa em que a vazão da espécie submetida ao fluxo de
massa é baixa em relação à vazão total do líquido ou mistura de gases,
de forma que a transferência de massa entre o fluido e a superfície não
afete a velocidade de escoamento. (Note que as relações de convecção são
baseadas em velocidade zero do fluido na superfície, o que acontece
apenas quando não existe transferência líquida de massa na superfície).
Portanto, a analogia entre convecção de calor e de massa não é aplicável
quando a transferência de massa de uma espécie é elevada em relação à
vazão dessa espécie.

25
6. RELAÇÕES PARA CONVECÇÃO DE MASSA

Sob condições de baixo fluxo de massa, coeficientes de convecção de


massa podem ser determinados (1) estipulando o coeficiente de atrito ou
de transferência de calor e, então usando a analogia de Chilton-Colburn
ou (2) escolhendo a relação do número de Nusselt adequada à
geometria dada e condições de contorno análogas, substituindo o
número de Nusselt pelo número de Sherwood e o número de Prandtl
pelo número de Schmidt, como na tabela para alguns casos
representativos.

26
6. RELAÇÕES PARA CONVECÇÃO DE MASSA
Tabela 1 – Relações do número de Sherwood em convecção de massa para uma
concentração especificada na superfície correspondendo às relações do número de
Nusselt em convecção de calor para uma temperatura especificada na superfície.

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