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Artigo Grua

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Projeto de Engenharia, Tecnologia e Design - Grua

Matheus Alessandro Sousa Vieira, Leonardo da Silva Galbiati


Centro Universitário ENIAC
Orientador: Sérgio Fernandes de Freitas
e-mail: sergio.fernandes@eniac.edu.br

Resumo: O objetivo do trabalho é projetar e construir uma grua de torre, onde tal
dispositivo seja capaz de içar uma peça com massa equivalente à 1,5 kg a uma altura de
600mm e realizar uma manobra de 180º e em seguida o abaixamento da peça. Todo o
processo deve ser feito em 15s (± 0,50s). A estrutura não poderá ultrapassar 700 mm de
altura e sua base deverá ser alocada em uma área de 200mm x 200mm em uma arena de
700mm x 700mm. Os materiais utilizados na construção foram : 02(dois) motores de
corrente contínua (CC) com redução mecânica, 02(duas) chaves bipolares, configuradas
em Ponte H para inverter a rotação dos motores, 01(uma) bateria selada; 02 rolamentos; 02
abraçadeiras; 02 chave de fim de curso; 01 carretel e materiais para composição como
alumínio, madeira, rebites, parafuso, cabo de aço e conduíte.
As unidades curriculares presentes nesse projeto e que foram estudadas no decorrer do
semestre foram: Engenharia, Tecnologia e Design, Cálculo Diferencial, Física e Mecânica
Básica, Eletricidade Aplicada e Desenho Técnico. O grande desafio deste projeto é a
realização de uma manobra de 180º somado ao levantamento e abaixamento, tudo isso com
um tempo determinado.

Palavras chave: ​Grua, Ponte h, Motor


INTRODUÇÃO

A grua, também chamado de guindaste teve sua origem na Idade Antiga pelos gregos e
eram movidos por homens e/ou animais de carga. Os primeiros guindastes eram feitos de
madeira, mas, com a Revolução Industrial, passaram a ser produzidos com ferro fundido e aço
(COHRS, 2013). Para realizar a elevação do peso e a manobra do mesmo pelo dispositivo são
necessários os motores de corrente contínua (CC) ou motores DC (Direct Current), como
também são chamados, são dispositivos que operam aproveitando as forças de atração e
repulsão geradas por eletroímãs e ímãs permanentes. Conforme sabemos, se fizermos passar
correntes elétricas por duas bobinas próximas, conforme mostra a figura 2, os campos
magnéticos criados poderão fazer com que surjam forças de atração ou repulsão (BRAGA,
2018), sendo necessário a adaptação desses motores com um sistema de Ponte H que é um
circuito especial que permite realizar a inversão da direção (polaridade) da corrente que flui
através de uma carga, além disso, o circuito deve ser capaz de ligar e desligar a corrente que
alimenta o motor ( REIS, 2017). O sistema será alimentado por bateria com função primária
de uma pilha é converter energia química em energia elétrica, por meio de uma reação
espontânea de troca de elétrons entre duas espécies (eletrodos), geralmente metálicas
(​FELTRE & RUSSEL apud SILVA, 2014​), a ilustração da estrutura e da parte elétrica e
mecânica foi feita com “croquis” que funcionou como um esboço rápido de como ficaria o
projeto, utilizando cantoneiras como material estrutural.
OBJETIVO

O objetivo do trabalho é projetar e construir uma grua de torre, onde tal dispositivo seja capaz
de içar uma peça com massa equivalente à 1,5 kg a uma altura de 600mm e realizar uma
manobra de 180º e em seguida o abaixamento da peça. Todo o processo deve ser feito em 15s
(± 0,50s). A estrutura não poderá ultrapassar 700 mm de altura e sua base deverá ser alocada
em uma área de 200mm x 200mm em uma arena de 700mm x 700mm. O projeto deverá
apresentar: Bateria, Carretel, Chaves Bipolares, Motor de CC (corrente contínua), Gancho e
materiais para fixação de acabamento.
METODOLOGIA

Inicialmente, escolhemos os motores necessários para exercerem sua função, motores os quais
foram ajustados em desígnio do que foi pedido e que são relatados a seguir:

Tabela 1 – Parâmetros do motor de içamento da carga

Parâmetros Valores
Tensão (V) 12,0
Corrente (mA) 430,0
Potência (W) 5,0
Rotação (RPM) 83,0
Toque (Kgf.cm) 11,10
Fonte: Mercado livre, 2018

Tabela 2 – Parâmetros do motor de giro (180º)

Parâmetros Valores
Tensão (V) 12,0
Corrente (A) 0,6
Potência (W) 8,0
Rotação (RPM) 6,0
Toque (Kgf.cm) 21,00
Fonte: Mercado livre, 2018

O segundo passo foi a escolha da bateria como fonte de alimentação do sistema elétrico
(tabela n. 03) e a elaboração de uma ponte h com chaves bipolares para inverter a direção do
motor de içamento (tabela n. 04).
Tabela 3 – Parâmetros da bateria.

Parâmetros Valores
Tensão (V) 12,0
Carga (Ah) 40
Tipo Bateria selada
Marca Battery
Dimensões (mm) 94 x 64 x 150
Fonte:Amazon, 2018

Tabela 4 – Parâmetros da chave alavanca tipo bipolar.

Parâmetros Valores
Tensão (V) 250 CA
Corrente (A) 3
Tipo Alavanca 03 posições com
retorno
Marca -
Fonte: Autor, 2018

Após a escolha da parte mecânica e elétrica, ajustamos os motor de içamento e


determinamos o tempo de içamento (3 segundos) e abaixamento (3 segundos), logo o tempo
de giro foi de (9 segundos) e assim empregamos as seguintes equações de içamento e
abaixamento (equação n. 01) e a rotação 180º (equação n. 02) para a definição do diâmetro
do carretel.
( ht ) Equação 01
R= N
2π( 60 )
Em que:
R: raio do carretel (m)
t: tempo de içamento da peça (s)
h: altura de içamento (m)
N: rotação mecânica do motor de içamento (RPM)

( 0,60
3 ) Equação 01
R= 2π( 83
= 0, 023 (m) ou 23, 06 (mm)
60 )

Diâmetro = 2R = 2(0, 023) = 0, 046 (m) ou 46 (mm) Equação 01

Equação do carretel:
T = 2.rotação
Equação 02
N = 60. ( T1 )
Em que:
rotação: tempo para giro de 180° na lança (s)
T: período (s)
N: rotação mecânica do motor de giro (RPM)

T = 2.9 = 18 (s) Equação 02

N = 60. ( T1 ) = 60. ( 18
1
) = 3, 33 (RP M )

Logo depois de ajustarmos as especificações mecânicas, entramos nos ajustes elétricos


elaborando os cálculos de perda elétrica, mais especificamente, utilizamos as Leis de Ohm e
Efeito Joule, representados na equação 03:

V2 Equação 03
R= P

Em que:
V: tensão elétrica (V)
P: potência elétrica (W)
R: resistência elétrica do resistor(​Ω​)

A começar pela base de madeira com aproximadamente 4 kg que o princípio do projeto foi
surgiu, fixado por parafusos a ligação base- estrutura resultou num bom equilíbrio, como ou
em a peça de içamento. Toda sua estrutura foi constituída por cantoneiras de alumínio que
foram reunidas e intercaladas, sobrepondo umas nas outras de tal maneira que a feição do
esqueleto da grua se fez. Após a criação do esqueleto, partimos para a instalação dos motores,
em que o motor de giro foi posto no interior da estrutura em meio a um suporte para o motor
tal suporte encontra-se instalado nas cantoneiras da armação. A mesma sustentação foi
introduzida na lança (aproximadamente da ponta), juntamente com o dispositivo o fio de
nylon enrolado no carretel ligado ao motor responsável pelo içamento e abaixamento da peça
a ser içada. A bateria também foi posta no interior da grua, colocado sem afixação ou suporte,
encontra-se na base da armação gerando um peso de equilíbrio adicional para todo o
guindaste. Com o uso de abraçadeiras, alocamos os cabos à coluna do projeto (painel de
controle para motor de manobra), para evitar enroscamento em relação ao grua, os cabos
próximos a lança foram deixados soltos (motor de manobra para motor de içamento)
representado na fotografia a seguir:

Figura 1 – Fotografia do projeto finalizado.

Fonte: Autor

Para assegurar o equilíbrio da estrutura do guindaste com e sem peso e também analisar o
impacto do contra-peso em seu escopo, desenvolvemos um Diagrama de Corpo Livre (DCL),
apresentado na figura n. ( ) e sua respectiva equação:

∑FX = 0

∑FY = 0
Equação 04
∑M = 0

Em que:
Σ​F​X​: somatória das forças no eixo x (N)
Σ​F​Y​: somatória das forças no eixo y (N)
Σ​M: somatória dos momentos no ponto de apoio (N.m)

Figura 2 – DCL no ponto de apoio.

Fonte: Autor

A partir da criação do esqueleto e dos cálculos efetuados, realizamos a projeção ortogonal da


estrutura da grua e do carretel do motor de içamento, e o desenho esquemático da parte
elétrica (ponte h com chaves bipolares) apresentadas a seguir:

Figura 3 – Vista lateral da estrutura mecânica do projeto.

Fonte: Autor
Figura 4 – Vista lateral do carretel.

Fonte: Autor

Figura 5 – Diagrama multifilar da Ponte H com chaves bipolares.

Fonte: Autor

Figura 6 – Diagrama Funcional do circuito elétrico utilizado.

Fonte: Autor
RESULTADOS

A partir do momento em que foi nos dado essa tarefa, o grupo esbarrou em diversos
problemas de materiais e a maneira mais eficiente de utilizar os dispositivos precisos,
dispositivos os quais tiveram certos problemas de instalação e alguns até substituídos.
Todavia, os transtornos foram desaparecendo graças a intensa pesquisa efetuada e os
esclarecimentos e sugestões dos professores e colegas da turma. Os problemas e soluções
proscreveram nesse aspecto:

1. Escolha do material adequado para estrutura: cantoneiras de alumínio


2. Alimentação do circuito elétrico: escolha da bateria como fonte de alimentação
adquirida em site online de comércio de produtos em geral.
3. Escolha de elemento de fixação: madeira.
4. Sensor de fim-de-curso: foi decidido retirar o sensor atribuído, devido aos problemas de
conexão.
5. Atuador: adequação dos motores CC e sistema de polias para correção do tempo de
içamento.
6. Contrapeso: instalamos um peso de 1,75 kg como compensação na estrutura.
7. Escolha do moitão adequado: altura máxima da estrutura (700 mm) e altura de içamento
(600 mm), levando em consideração a altura da peça içada (63mm), o moitão não poderia
ultrapassar 31,5mm.
10. Teste em campo: 14,73s ( dentro do previsto)

CONCLUSÃO
A elaboração do projeto integrador (Grua de torre) foi de modo geral, cativante e
importante para nós. Enxergamos todas as matérias cursadas ( Cálculo Diferencial,
Eletricidade Aplicada, Física e Mecânica Básica, Desenho Técnico, Engenharia e Tecnologia)
em nosso 2° semestre de Engenharia no Centro Universitário Eniac, e como cada disciplina
teve seu papel crucial para cada etapa deste desafio, propiciando o uso prático atribuídos no
decorrer do curso, além das fórmulas e dos cálculos integrados em cada fração do guindaste.
Escolhemos como material estrutural cantoneiras de alumínio, o que resultou em um
esqueleto bem resistente e um design arrojado, calculamos a rotação do motor de içamento,
bem como a polia a ser utilizada para o mesmo, adequamos a estrutura de modo que ela
atingisse a altura estabelecida de elevação do peso, retiramos a Chave de Fim de Curso após a
sugestão do nosso orientador, elaboramos um DCL ( Diagrama de Corpo Livre) para maior
compreensão física e como seria sua reação, tudo dentro de um cronograma pré-estabelecido e
indispensável.
Em virtude do que foi mencionado, o projeto em si foi de um imenso valor conceitual e
empírico para os integrantes do grupo, além de criar um grande número de conflitos e
experimentos em busca do melhor resultado. Felizmente os problemas foram solucionados de
maneira rápida e efetiva, e tudo isso dentro do prazo.

REFERÊNCIAS
ABNT, ​Associação Brasileira de Normas Técnicas​​.

FELTRE, Ricardo apud SILVA. ​Fundamentos da Química​​, vol. Único, Editora Moderna,
São Paulo, 1990. ​Disponível em ​https://www.infoescola.com​. Acesso em 10 de novembro de
2018 às 18h55.

RUSSELL, John B. apud SILVA. ​Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do
Brasil, Makron Books, 1994. ​Disponível em ​https://www.infoescola.com​. Acesso em 10 de
novembro de 2018 às 18h55.

COHRS, Oliver Bachman et al. ​The History of Cranes. Editora KHL, Dallas, 2004.
Disponível em http://www.ritchiewiki.com. Acesso em 29 de novembro de 2018 às 07h17.

BRAGA, Newton C. (2009). ​Como funciona o motor de corrente contínua​​. ​O Instituto


Newton C. Braga LTDA​, São Paulo, 2018. Disponível em http://www.newtoncbraga.com.br
Acesso em 23 de novembro de 2018 às 21h49

REIS, Fábio dos. ​Como funciona uma Ponte H – Controle direcional de motores DC.
Curso de Eletrônica, São Paulo, 2017.

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