Orientações Aos Comandantes Sobre Seguros
Orientações Aos Comandantes Sobre Seguros
Orientações Aos Comandantes Sobre Seguros
AOS
COMANDANTES
SOBRE
SEGUROS
1ª edição
Niterói/RJ
Edição do Autor
2018
CDD 600
PRÓLOGO
Os casos do ERIKA e do ISPS são algumas das pequenas situações que influenciaram a
legislação marítima e a prática a bordo.
A identificação dos riscos e das possíveis formas de se reduzi-los ou até de preveni-los, são
prioridades para os Armadores, que tentam orientar os Comandantes e a Tripulação pela
distribuição de circulares sobre assuntos relacionados à prevenção de perdas.
Estou certo que esta edição das Orientações aos Comandantes Sobre Seguros pode se tornar
uma valiosa fonte de referência, fornecendo informações e orientações úteis para seus leitores.
O Autor
PREFÁCIO
Sua ênfase é a simplicidade e a objetividade da orientação fornecida. Ela não é perfeita e nem
isenta de atualização, muito pelo contrário. Com o decorrer do tempo receberá muitas
sugestões de mudanças.
O assunto sobre proteção precisou ser bem detalhado. Após o evento de 11 de setembro de
2001 e a subsequente legislação na forma do Código ISPS, foram impostas novas tarefas para
os tripulantes em uma extensão que não poderia ter sido imaginada. Embora os aquaviários de
todas as nacionalidades tenham um papel importante na luta contra o terrorismo, eles são, no
entanto, frequentemente tratados como imigrantes indesejados. Os navios e suas tripulações
se tornaram cada vez mais alvos de piratas e são vistos como garantias em seus esforços
criminais para obter dinheiro. Além disso, os aquaviários também são cada vez mais
incriminados pelo menor descumprimento da legislação a bordo do navio.
Infelizmente, os acidentes que poderiam ter sido evitados, e que devem ser evitados no futuro,
ainda ocorrem, normalmente com consequências fatais. Uma pesquisa internacional revelou
que muitos aquaviários admitiram que eles frequentemente burlam as instruções de segurança,
criando com isso o risco de ferimento em pessoas, morte ou dano ao meio ambiente marinho
ou à propriedade. Isso demonstra a necessidade contínua de orientações simples, de fácil
leitura e compreensíveis sobre como prevenir acidentes e - se eles ocorrerem - estar preparado
para reagir adequadamente. Este não é apenas um requisito obrigatório no âmbito do Código
Internacional de Gerenciamento de Segurança (ISM Code), mas um requisito básico na
operação segura dos navios.
Esta edição das Orientações aos Comandantes Sobre Seguros foi escrita como uma tentativa
de se fornecer orientação e apoio ao Comandante e aos Oficiais, mas não interferir de forma
alguma com as diretrizes e instruções da Companhia ou quaisquer requisitos legais. Ela pode
ser considerada como uma descrição pragmática e ilustração das complicadas leis e circulares
emitidas pelas diversas agências de segurança.
A Parte 2 constitui o coração destas Orientações aos Comandantes Sobre Seguros e foca na
prevenção de perdas no sentido mais amplo possível, levando em conta exemplos do mercado
e a própria experiência do Autor. As seções foram organizadas na sequência do fluxo de
trabalho: a partir da passagem de serviço ou do seu início; cuidado com a tripulação adequada;
propiciar um ambiente seguro; manutenção técnica da embarcação, incluindo os
porões/tanques de carga e equipamentos pertinentes; descrevendo as propriedades das
cargas selecionadas; preparo para a viagem, incluindo a gestão da viagem e o serviço de
quarto, até que algo ocorra que possa afetar o desempenho da viagem - o último dos quais
esperançosamente nunca ocorrerá.
Espera-se novamente que o Comandante e os Oficiais possam utilizar estas Orientações aos
Comandantes Sobre Seguros como uma ferramenta para prevenir acidentes e incidentes. Elas
devem ser lidas antes de assumir um comando ou iniciar um serviço ou em conjunto com o
progresso da viagem. Elas podem também servir como material didático em conjunto com
outros materiais de treinamento da Companhia. Neste caso, estas Orientações aos
Comandantes Sobre Seguros devem estar disponíveis para todos os membros da tripulação
indicados para assumir a responsabilidade por qualquer operação a bordo que exija
conhecimento conciso para um desempenho adequado e seguro.
Finalmente, espera-se que nenhum Comandante ou Oficial seja obrigado a utilizar a Parte 3
destas Orientações aos Comandantes Sobre Seguros. No entanto, se isso ocorrer, o Autor
confia que o Comandante e os Oficiais terão um guia útil, pronto para auxiliá-los durante as
demandas de um incidente, a fim de reduzir as consequências o máximo possível.
O Autor
INTRODUÇÃO
O Comandante de um navio mercante não parece estar apenas como elo final de uma cadeia
de legislação, regras e regulamentos com os quais ele ou ela devem cumprir, mas também
estão expostos a uma punição cada vez mais severa no caso de haver qualquer falha no seu
cumprimento ou outra violação. Vale a pena refletir por um momento sobre o requisito da
Seção 1.2.3 do Código ISM:
Devemos considerar que as Orientações aos Comandantes Sobre Seguros provê um plano de
viagem para se governar sobre um rumo navegável através desse dilema. Em outras palavras,
é um filtro muito prático e útil para orientar o Comandante para onde sua atenção deve estar
focada. É claro que esta publicação não se destina a substituir nenhuma das “regras e
regulamentos obrigatórios” ou “códigos e diretrizes aplicáveis”, de acordo com a Seção 1.2.3
do Código ISM - mas ela ajudará a torná-los um pouco mais gerenciáveis.
O Autor, ou Editor Geral, deveria ter o conhecimento legal para estar ciente de todas as
variadas regras e regulamentos - não só como advogado especialista em direito marítimo
praticante, mas também, idealmente, tendo tido experiência trabalhando em um nível sênior
dentro da Administração de um Estado da Bandeira (Flag State). O indivíduo, idealmente, teve
muitos anos de experiência prática para lidar com toda a gama de acidentes e incidentes
marítimos que podem ocorrer durante a operação comercial de navios - um corretor de P&I em
um grande e congestionado porto marítimo seria provavelmente o candidato mais adequado.
Além disso, o indivíduo DEVE ter uma extensa experiência marítima em diferentes
embarcações, para estar em uma posição próxima daquela dos Comandantes que enfrentam
tal dilema e realmente entender a tarefa de se comandar um navio mercante. Finalmente, o
indivíduo não só deve promover e apoiar o profissionalismo do Comandante embarcado, mas
também ter o entusiasmo e a habilidade de se comunicar e motivar outros Comandantes a fim
de compartilhar este profissionalismo - para consultar e seguir as orientações fornecidas.
Sabemos que apenas uma pessoa não poderia pilotar esse navio. Por esse motivo, a pesquisa
de mercado foi tão importante.
Nota: embora o termo Comandante, nesta publicação, seja tratado apenas na forma
masculina, deve-se considerar também a forma feminina.
ÍNDICE
PRÓLOGO ......................................................................................................................... 4
PREFÁCIO ......................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 9
PARTE 1 - GERAL ............................................................................................................. 16
1.1. O PROPÓSITO DESTA PUBLICAÇÃO..................................................................... 16
1.2. ESTRUTURA DESTA PUBLICAÇÃO ....................................................................... 17
1.3. ESCOPO DA COBERTURA DO SEGURO ................................................................ 17
1.4. CONTATANDO A SEGURADORA OU SEU CORRETOR ............................................. 18
1.5. PREVENÇÃO DE PERDAS .................................................................................... 19
1.6. WEBSITE DA SEGURADORA ................................................................................ 19
1.7. DIFERENÇA ENTRE OS SEGUROS DE P&I E DE CASCO E MÁQUINAS ....................... 19
PARTE 2 - PREVENÇÃO DE PERDAS ................................................................................... 21
2.1. GERAL .............................................................................................................. 21
2.1.1. Navegabilidade - Segurança - Proteção................................................................ 21
2.1.2. Instruções da Companhia ................................................................................. 23
2.1.3. Instruções dos Afretadores ................................................................................ 23
2.2. DOCUMENTAÇÃO............................................................................................... 24
2.2.1. Certificados e Documentos ................................................................................ 24
2.2.2. Diários .......................................................................................................... 25
2.2.3. Relatórios...................................................................................................... 25
2.3. QUANTIDADE, DOCUMENTOS, COMPETÊNCIA E APTIDÃO FÍSICA DA TRIPULAÇÃO .. 26
2.3.1. Quantidade de Tripulantes ................................................................................ 26
2.3.2. Documentos dos Tripulantes.............................................................................. 26
2.3.3. Identidade dos Tripulantes ................................................................................ 26
2.3.4. Competência dos Tripulantes ............................................................................. 26
2.3.5. Aptidão Física dos Tripulantes ........................................................................... 27
2.4. FAMILIARIZAÇÃO COM O NAVIO .......................................................................... 27
2.5. GERENCIAMENTO E COMUNICAÇÃO .................................................................... 28
2.5.1. Trabalho em Equipe - Comunicação .................................................................... 28
2.5.2. A Rotina é Perigosa ......................................................................................... 29
2.5.3. Disciplina é Essencial....................................................................................... 29
2.5.4. Ordens ......................................................................................................... 29
2.5.5. Procedimentos e Relatórios ............................................................................... 30
2.5.6. Informação à Tripulação ................................................................................... 30
2.6. SAÚDE .............................................................................................................. 30
2.6.1. Acomodações - Cozinhas - Paióis - Sistemas de Água - Piscinas ............................... 30
2.6.2. Enfermaria e Medicamentos do Navio .................................................................. 31
2.6.3. Cuidados Médicos ........................................................................................... 32
2.6.4. Álcool e Drogas .............................................................................................. 32
2.7. TREINAMENTOS E EXERCÍCIOS ........................................................................... 33
2.7.1. A Importância dos Treinamentos......................................................................... 33
2.7.2. Treinamentos Seguros ..................................................................................... 34
2.7.3. Treinamento em Navegação .............................................................................. 34
2.8. SEGURANÇA ..................................................................................................... 35
2.8.1. Geral............................................................................................................ 35
2.8.2. Símbolos - Tabelas Mestras - Planos de Segurança - Saídas de Emergência................ 35
2.8.3. Ambiente de Trabalho Seguro ............................................................................ 36
2.8.4. Equipamento de Trabalho Seguro ....................................................................... 37
2.8.5. Práticas de Trabalho Seguras ............................................................................ 38
Marcos Machado da Silveira Página 11 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
PARTE 1 - GERAL
Estas Orientações aos Comandantes Sobre Seguros não são apenas mais um conjunto de
instruções ou outro manual, mas buscam prover orientações práticas para os Comandantes e
Oficiais, contendo conselhos que podem envolver a responsabilidade da empresa que possui
ou gerencia o navio (a Companhia). Elas destinam-se principalmente aos Comandantes e
Oficiais cujas companhias contrataram uma seguradora com apólice para potenciais
obrigações e danos a fim de proteger o navio, a Tripulação, a Companhia, a carga e o meio
ambiente marinho.
Embora o Comandante possa pensar que o navio não seja responsável por um incidente,
entretanto, pode ser uma obrigação legal da Companhia, a qual pode ser minimizada se a ação
correta for tomada no momento correto.
Esta publicação trata de vários assuntos sobre os seguros de P&I e de Casco e Máquinas e
deverá ser usada apenas como um livro de referência.
O Comandante e seus Oficiais devem ser lembrados que não importa o que estiver escrito
nesta publicação:
Esta publicação é estruturada de forma a permitir que o Comandante um caminho fácil para os
diferentes aspectos das operações do navio e para os protestos que delas podem advir. Este
guia foca em áreas tais como:
Onde o Código ISM ou o SMS é referido e o navio em questão não é obrigado a ter o SMS, é
recomendado que sejam aplicados padrões operacionais equivalentes.
Onde o Código ISPS ou o SSP é referido e o navio em questão não é obrigado a ter um SSP, é
recomendado que sejam mantidas medidas de proteção equivalentes.
Ao aplicar os princípios contidos neste guia - a menos que as circunstâncias exijam uma
abordagem alternativa - O Comandante e seus Oficiais encontrarão nas Orientações aos
Comandantes Sobre Seguros uma ferramenta útil no auxílio e manutenção do SMS da
Companhia e do navio e do SSP do navio.
O escopo geral da cobertura do seguro P&I fornecido pela seguradora está normalmente
definido nos:
Certificado de Adesão (Certificate of Entry), e uma cópia deverá ser mantida a bordo do
navio.
O escopo geral da cobertura do seguro de Casco e Máquinas fornecido pela seguradora está
normalmente definido nas:
Em todos os casos, no entanto, o Comandante deverá atuar para minimizar qualquer potencial
exposição da Companhia como se esta não tivesse contratado qualquer seguro.
“Uma grande ameaça envolvendo ferimento em pessoa, morte, busca e salvamento, avaria à
propriedade ou ao meio ambiente marinho”.
Isto pode advir de um incidente com colisão, abalroamento, incêndio, encalhe ou poluição - a
lista é quase infinita.
entrar em contato com o corretor de P&I e/ou de Casco e Máquinas, assim que
possível; ou
entrar em contato com um dos escritórios da seguradora; ou
ligar para um dos números de plantão quando estiver fora do horário administrativo.
Este guia objetiva prover avisos práticos para os operadores de navios sobre a prevenção de
perdas.
A seguradora deverá manter um website disponível onde poderão ser baixados documentos e
publicações com outros avisos e práticas recomendadas, além das formas de contato.
Estes seguros são muitas vezes complementares quando se trata de responsabilidade por
colisão, abalroamento e responsabilidade por avaria a píeres, guindastes de cargas e outros
bens de terceiros, geralmente conhecida como avaria a objetos fixos e flutuantes (FFO).
Alguns armadores optaram pela responsabilidade total (4/4) por colisão e/ou abalroamento nos
seus seguros de P&I. Esta cobertura de responsabilidade por colisão e/ou abalroamento seria
a cobertura de responsabilidade mais abrangente disponível, já que toda a responsabilidade de
terceiros decorrente da colisão e/ou abalroamento deveria ser, em princípio, coberta. No
entanto, o armador poderá ainda precisar usar sua cobertura de Casco e Máquinas para lidar
com as perdas e avarias à sua própria embarcação.
Cabe ressaltar que o termo “allision” se refere ao contato/choque entre um objeto flutuante e
um fixo. O termo em português para tal situação é “colisão”. Já “abalroamento” é o termo em
português para o contato entre objetos flutuantes.
A situação fica mais complicada quando escapa óleo do outro navio como resultado de um
abalroamento. De acordo com as condições do seguro de Casco e Máquinas norueguês, estas
responsabilidades não são cobertas, apesar de serem cobertas nas condições do seguro de
Casco e Máquinas alemão.
Lembre-se, a base da cobertura de P&I é que ela cobre as responsabilidades que não são
cobertas pela cobertura do Casco e Máquinas.
2.1. GERAL
Navegabilidade - Segurança
No seu sentido mais amplo, a navegabilidade significa a adequação do navio para enfrentar os
perigos comuns contemplados na viagem. O termo é principalmente empregado no contexto
legal e é frequentemente encontrado em contratos celebrados pela Companhia, p. ex.
contratos de afretamento e conhecimentos de embarque (bill of lading - BL). Ele é geralmente
interpretado como significando que, para ser navegável, o navio “deve possuir esse grau de
adequação que um armador comum, cuidadoso e prudente exigiria que seu navio tivesse,
levando em conta todas as circunstâncias prováveis da viagem”. A adequação não abrange
apenas a condição física do navio, p. ex. a estabilidade e a construção, e seus equipamentos,
mas também a competência da tripulação e a adequação do seu estoque de combustível. Ele
também se estende a ter os documentos adequados necessários para que o navio possa
completar sua viagem.
A obrigação de prover um navio navegável pode ser suplementada por um termo expresso no
contrato de afretamento, p. ex. o formulário NYPE de contrato de afretamento exige que o
navio esteja “estanque, firme e de todas as maneiras adequado ao serviço”. O momento em
que se inicia a obrigação do armador de prover um navio navegável, depende dos termos do
contrato de afretamento, p. ex. pode iniciar a partir do começo da viagem em lastro sob um
contrato de afretamento por período, ou a partir da entrega do navio em uma determinada
posição geográfica, etc.
As Regras de Haia/Haia-Visby, as quais se aplicam por lei ou por acordo, à maioria dos
contratos de transporte de mercadorias por mar, também contêm uma obrigação de
navegabilidade. O Artigo 3.1 destas Regras prevê que:
“O transportador deve ser obrigado, antes e após o início da viagem, a praticar a devida
diligência para deixar o navio navegável, estar adequadamente guarnecido e equipado,
abastecê-lo e deixar os porões, câmaras de refrigeração e todas as outras partes do navio
onde as mercadorias são transportadas, adequadas e seguras para seu recebimento,
transporte e conservação.”
O Comandante deve estar ciente que os documentos que podem ser produzidos como parte do
SMS, também podem dar aos que protestam uma boa base sobre a qual eles podem
prosseguir com seus argumentos sobre a falta de navegabilidade em um processo judicial.
Alguns países podem tornar a navegabilidade uma obrigação legal - o grau de adequação do
navio que está sendo usado como medida de segurança. No entanto, é mais comum que as
questões de segurança sejam regidas por leis que estabeleçam requisitos mínimos. A maioria
dos requisitos mínimos de segurança foi acordada em nível internacional através da IMO e
incorporada nas leis nacionais dos países. Por exemplo, as Convenções SOLAS, MARPOL e
STCW são incorporadas nas leis da maioria dos Estados marítimos. Para suplementar estas
Convenções, há uma série de códigos, recomendações, diretrizes e circulares da IMO com os
quais o Comandante deve familiarizar-se, dependendo da relevância dessa informação para o
tipo de navio, carga e comércio em questão. Embora estes códigos possam ou não ser lei em
determinados Estados, devem ser envidados todos os esforços para cumprir estes padrões de
prática.
O Comandante deverá estar ciente que o Estado da bandeira do navio e/ou os Estados dos
portos que ele escala podem ter requisitos diferentes e/ou adicionais que devem ser
cumpridos.
Proteção
A proteção sempre foi de interesse internacional, mas assumiu uma nova dimensão desde os
ataques terroristas em Nova York em 11 de setembro de 2001. No entanto, os navios sempre
foram expostos a intrusos, sejam piratas ou pessoas politicamente motivadas. Os passageiros
clandestinos são uma grande preocupação e uma ameaça genuína à proteção do navio e de
sua Tripulação. Em 1º de julho de 2004, entrou em vigor o Código Internacional para a
Proteção de Navios e Instalações Portuárias (Código ISPS) exigindo que cada Companhia
tenha um Oficial de Proteção da Companhia (CSO) e que o navio tenha um Oficial de Proteção
do Navio (SSO) responsável pela proteção do navio como estabelecida em um Plano de
Proteção do Navio (SSP), aprovado e implementado.
O não cumprimento com o SSP, ou uma atitude desleixada em relação a este plano, afetará,
sem dúvida alguma, não apenas a integridade pessoal da Tripulação e a integridade estrutural
e organizacional do navio, mas também criará dificuldades nos portos de escala onde os
operadores das instalações portuárias estejam aplicando o internacional e obrigatório Código
ISPS, no sentido mais restritivo do seu significado. O navio não pode nem mesmo entrar nas
águas territoriais ou nos próprios portos devido à falta de conformidade com o SSP. Como
resultado dessa não-conformidade, a Companhia pode ser penalizada financeiramente e/ou ser
exposta a responsabilizações, custos e despesas. Estes podem ser substanciais, por exemplo,
se a carga não puder ser carregada ou descarregada ou os passageiros serem embarcados ou
desembarcados.
A Companhia deverá ter instruções permanentes para a operação do navio, as quais devem
ser seguidas pelo Comandante. Elas estão normalmente estabelecidas no Manual de
Gerenciamento de Segurança ou no Manual de Procedimentos e Instruções do Sistema de
Gerenciamento de Segurança (SMS). Qualquer desvio dessas instruções e/ou ordens deverá
ser registrado por escrito, incluindo o motivo para tal desvio e a data e horário no qual a
Companhia foi notificada sobre esse desvio. O Comandante e os Oficiais deverão ter em mente
que um desvio não razoável, ou uma não-conformidade com os procedimentos escritos pode
ter sérias consequências, não só para a empresa, mas também para o indivíduo em questão,
particularmente se envolver um incidente ou acidente.
Quando não houver qualquer requisito legal para a adoção de um SMS ou um SSP, deverão
ser então estabelecidos padrões operacionais e de proteção pelo menos no mesmo nível da
operação que esteja sendo realizada.
O SMS do navio deve ser rigorosamente respeitado. Se puderem ser estabelecidas não-
conformidades por terceiros, p. ex. quem gera um protesto ou autoridades, a Companhia e as
seguradoras podem ser expostas a potenciais obrigações e críticas às suas ações.
Se os afretadores:
2.2. DOCUMENTAÇÃO
Por uma questão de se manter uma boa organização e em conformidade com o Código ISM,
todos os documentos do navio deverão ser mantidos e armazenados de forma ordenada.
a validade;
as datas de vencimento;
se são exigidas renovações ou prorrogações para cobrir a viagem prevista;
se estão completos.
Uma lista dos documentos que devem ser transportados a bordo pode ser encontrada no
Anexo 1. É necessário que o Comandante e seus Oficiais trabalhem estreitamente com o
Chefe de Máquinas, pois este pode manter documentos relativos às máquinas e de outras
instalações de bordo que não podem ser mantidos no escritório do navio.
2.2.2. Diários
Os diários de bordo e de registro das atividades no navio similares deverão estar atualizados e
mantidos de maneira apresentável. As páginas não devem ser arrancadas dos diários ou de
outros livros para registro. As correções deverão ser inicializadas e permanecerem visíveis, ou
seja, não podem ser apagadas, de modo a evitar a suspeição se forem inspecionadas.
Os falsos lançamentos nos livros de registro de bordo podem, em muitos países, ser
considerado crime e o Comandante e os Oficiais do navio podem estar sujeitos a um processo
judicial, a multas substanciais e até mesmo à prisão. O navio também pode ser atrasado
enquanto as investigações estiverem sendo realizadas. A Companhia pode ser penalizada
financeiramente e/ou ser exposta a responsabilizações, custos e despesas.
Para maiores detalhes sobre poluição, favor consultar a seção 2.16.3. Poluição.
2.2.3. Relatórios
Qualquer relatório deverá indicar claramente a data e o horário em que ele foi escrito, bem
como a identificação de quem o redigiu. O relatório deverá ser devidamente assinado e, se
necessário, receber o carimbo do navio.
O Comandante deverá garantir que a quantidade suficiente de tripulantes tenha sido designada
para o navio:
certificados de competência;
endossos do Estado da bandeira;
identificação de marítimo apropriada;
livro de registro de treinamento.
Antes do início de uma viagem, o Comandante deve estar plenamente satisfeito de que cada
membro da Tripulação possua uma identificação adequada, tendo em mente os requisitos do
Código ISPS. Uma identificação inadequada ou incompreensível pode provocar a suspeição
pelas autoridades nacionais de imigração e resultar na recusa da entrada do navio no porto ou
na repatriação imediata do membro da tripulação em questão. A Companhia pode ser
penalizada financeiramente e/ou ser exposta a responsabilizações, custos e despesas.
Cada membro individual da Tripulação deve ter o treinamento e a experiência adequados para
o desempenho das funções que lhe são atribuídas. Após a chegada de novos membros da
Tripulação, o Comandante deve certificar-se que cada um:
O Comandante pode obter uma rápida impressão geral sobre as qualificações dos novos
membros designados para a Tripulação a partir dos seus Livros Pessoais de Treinamento e
Registro da ISF (ISF Personal Training and Record Book) ou qualquer outro documento similar,
que deve conter todas as informações pertinentes sobre suas qualificações profissionais,
treinamento e serviço. No Brasil, essas informações devem constar na CIR (Caderneta de
Inscrição e Registro) de cada Tripulante.
o consumo de álcool;
o abuso no consumo de drogas;
o abuso no consumo de medicamentos; e
possível fadiga.
Os acidentes são muitas vezes causados, ou com contribuição, por uma Tripulação desatenta,
intoxicada ou cansada. Portanto, caso o Comandante observe qualquer uma das situações
anteriores, ele deverá tomar sem demora qualquer ação corretiva necessária e apropriada.
Deve ser dada especial atenção aos tempos de repouso obrigatórios antes dos quartos de
serviço, conforme exigido pelo STCW’ 95, se aplicável.
Para estar preparado para as situações de emergência ou críticas que possam surgir e que
afetam a segurança e a proteção do navio, o Comandante deverá se familiarizar com os Planos
de Resposta a Emergência nos SMS e SSP, conforme o Código ISPS, do navio.
de suas atribuições;
do seu navio; e
dos procedimentos da sua Companhia.
Devido à composição que a Tripulação pode ter, com diferentes nacionalidades e religiões, o
Comandante deve estar ciente que é necessária uma reflexão sobre a formação das equipes,
levando em consideração as diferentes religiões e culturas.
Quando o Comandante atribui determinadas responsabilidades a um Oficial, ele não deve estar
apenas confiante de que tal Oficial será capaz de desempenhar tais tarefas, mas também deve
garantir que o Oficial tenha entendido claramente suas atribuições.
O trabalho em equipe não deve ser entendido como uma simples delegação de tarefas e
deveres para isentar o Comandante de suas próprias responsabilidades. O trabalho em equipe
envolve liderança e seu efeito precisa ser explicado e o treinamento pertinente ser ministrado
de forma a garantir que cada membro da equipe entenda sua função individual dentro da
equipe.
Para garantir que a equipe trabalhe de forma eficiente, o Comandante deve exercitar as
qualidades de liderança e encorajar cada membro da Tripulação para assumir a
responsabilidade pela sua própria segurança assim como da segurança dos seus
companheiros e do navio em geral. As investigações de acidentes têm mostrado que, em
muitos casos, os membros da Tripulação suspeitaram que algo estava errado, mas não se
atreveram a falar isso ao Comandante, Prático ou Oficial de serviço. Os comentários ou
perguntas dos membros da Tripulação devem, portanto, ser ouvidos com simpatia e levados a
sério.
As pessoas apreciam elogios e recompensas pelo bom desempenho. Sempre que possível e
apropriado, o Comandante deverá elogiar o membro da Tripulação que mereça tal atitude, na
presença dos outros membros. Essa prática ajudará o Comandante a manter o moral e a
motivar a equipe!
A ROTINA É PERIGOSA!
O Comandante não deve esquecer que a disciplina começa com a aparência de cada membro
da Tripulação, que deve vestir as roupas, calçados e/ou capacete de segurança próprios e
adequados sempre que exigido. A roupa certa é a melhor proteção contra lesões corporais. Na
aproximação ou quando no porto, cada membro da Tripulação deverá exibir sua identificação
apropriada para que os funcionários portuários e outros visitantes possam ver.
A melhor forma de disciplina vem do respeito. O Comandante deve ganhar o respeito de seus
Oficiais e Tripulação através de suas qualidades de liderança e gerenciamento, devendo liderar
pelo exemplo, p. ex. ele deverá também usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI)
correto, cumprir a Política de Fumo, etc.
2.5.4. Ordens
Qualquer ordem dada pelo Comandante deverá ser compreensível, dita com clareza e não
poderá ser ambígua ou enganosa e:
qualquer ordem verbal deverá ser repetida pelo destinatário para evitar mal-entendidos;
as ordens permanentes devem ser escritas e exibidas nos quadros de avisos do navio,
constando a data em que a ordem foi emitida e seu período de validade;
as ordens noturnas para o passadiço deverão estar escritas no Livro de Ordens
Noturnas do Passadiço e reconhecidas por escrito por cada Oficial que assuma o quarto
de serviço noturno;
as ordens que não são mais válidas, deverão ser removidas ou substituídas para evitar
confusão a bordo.
A menos que esteja disposto no SMS, devem ser estabelecidos procedimentos para relatar:
A menos que esteja disposto no SSP, devem ser estabelecidos procedimentos para relatar:
O Comandante deverá garantir que sejam feitos relatórios das operações acima por escrito nos
diários pertinentes e nos arquivos de manutenção conforme exigido no SSP.
Tal como acontece em qualquer equipe, ela será muito mais eficiente se todos os seus
membros fizerem parte sob a liderança forte, justa e clara do Capitão do Time - o Comandante.
O Comandante deverá fornecer informações completas à Tripulação sobre a viagem a ser
realizada, de forma que ela entenda as medidas que precisam ser tomadas e as ordens dadas.
A informação motiva e permite que a Tripulação participe adequadamente e por inteiro em
todas as operações. No que diz respeito à segurança e proteção, a Tripulação permanecerá
mais atenta e alerta, se for completamente informada.
2.6. SAÚDE
os camarotes da Tripulação;
os camarotes dos passageiros
os salões/refeitórios;
as instalações sanitárias;
a cozinha e os paióis de mantimentos,
Um ambiente sem higiene pode levar a surtos de intoxicação alimentar que podem afetar
seriamente a saúde da Tripulação. Como os navios de hoje navegam com um pequeno número
de tripulantes a bordo, tais surtos podem afetar seriamente a segurança do navio. Uma cozinha
Marcos Machado da Silveira Página 30 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
Se as piscinas de água doce estiverem em uso, devem ser realizados os testes regulares da
qualidade da água e os resultados devem ser registrados nos diários apropriados.
inspecionada regularmente;
mantida limpa e higienizada.
A enfermaria não poderá ser usada como local de armazenamento e nem como camarote!
Se, durante a viagem, algum medicamento vencer, ele deverá ser armazenado
separadamente, mas deve, no entanto, ser declarado como tal em qualquer declaração
aduaneira.
O cuidado médico deve ser levado a sério. As doenças contagiosas ainda são comuns. Se o
navio escalar em portos de países onde as doenças contagiosas ainda são predominantes, o
Comandante deve garantir que haja a bordo suficientes quantidades de medicamentos
apropriados, registrados na lista de medicamentos de do navio. Antes de chegada a tais
países, o Comandante deverá garantir que:
A presença de qualquer doença grave, incluindo doenças venéreas graves, poderá levar o
Comandante a solicitar à Companhia a repatriação do membro da Tripulação afetado e o
embarque do seu substituto de forma a prevenir que outros sejam infectados. O Comandante
e/ou a Companhia podem receber um protesto, caso outro membro da Tripulação seja
infectado devido à falta de uma rápida ação por parte do comandante. Existe também o risco
do navio ser colocado em quarentena, o que pode fazer com que a Companhia seja penalizada
financeiramente e/ou ser exposta a responsabilizações, custos e despesas.
Álcool
O Comandante deve deixar bem claro para a Tripulação que qualquer violação da política de
álcool da Companhia terá sérias consequências individuais - incluindo possível demissão
imediata. Embora o consumo de álcool com moderação seja considerado um passatempo
social, o consumo de álcool a bordo pode comprometer seriamente a segurança e a proteção
do navio e de sua Tripulação.
Muitas vezes isso pode ser deixado ao próprio julgamento do Comandante. O navio pode
escalar em países que exigem que o Comandante documente que tais testes tenham sido
realizados.
O consumo de álcool por um determinado período antes de entrar de serviço é, muitas vezes, e
com toda a razão, estritamente proibido de acordo com a política de álcool e drogas da
Companhia.
Drogas
prejudica gravemente a segurança do navio e da Tripulação e que isso pode levar a uma
demissão por justa causa. Os avisos sobre o uso de drogas deverão ser exibidos em locais
proeminentes a bordo do navio.
O Comandante não deve esquecer que, se ele exige que sua Tripulação esteja preparada para
uma emergência real, ele também deve estar. Ele deve ter em mente que:
O Comandante deverá:
Todos os itens acima deverão ser seguidos por uma seção para discussão (debriefing) onde
lições importantes podem ser aprendidas e prescritas as devidas ações corretivas.
o mais realistas possível para minimizar o medo em uma situação real de emergência;
realizado com o equipamento de emergência completo, sempre que possível, para
familiarizar a Tripulação com tal equipamento; e
registrados por escrito no diário apropriado.
Antes que qualquer treinamento ou exercício seja realizado, o equipamento a ser usado deverá
ser cuidadosamente examinado de forma a garantir que ele seja seguro para uso. Já
ocorreram muitos acidentes trágicos, particularmente durante os exercícios com baleeiras,
devendo ser tomadas todas as precauções - favor consultar a seção 2.8.5. D Trabalho Seguro
Durante os Exercícios e os Treinamentos.
O Comandante não deve ficar muito preocupado se forem cometidos erros durante os
treinamentos e os exercícios, pois esta é a melhor oportunidade para cada membro da
Tripulação aprender com seus erros e melhorar suas habilidades.
As inspeções oficiais dos Inspetores Navais (Port State Control Officer) geralmente focam na
familiarização com a baleeira e nos exercícios de combate a incêndio. O Comandante deve
garantir que a Tripulação não esteja apenas bem treinada nestes exercícios, mas que esteja
também treinada na operação dos geradores e bombas de emergência e que estejam
familiarizados com os procedimentos de emergência relativos:
Um fator importante para reverter esta tendência é focar nos procedimentos navegacionais e
no treinamento em navegação a bordo. O Comandante deverá permitir que os Oficiais de
navegação adquiram a experiência, sob supervisão, e ministre qualquer treinamento pertinente
e necessário sobre a navegação em tráfego denso e na manobra do navio.
bem antes da viagem real, dê aos navegadores a tarefa de prepararem uma derrota
para o navio seguir;
explicar que essa será um sessão de treinamento supervisionado com foco nos
procedimentos e na precisão;
anotar cuidadosamente as observações feitas durante o exercício; e
fazer uma avaliação detalhada e comentários sobre o Oficial assim que possível após o
exercício.
2.8. SEGURANÇA
2.8.1. Geral
a estrutura do navio;
a operação do navio; e
boas práticas de trabalho.
É de vital importância que a segurança não seja negligenciada, mas que seja continuamente
preservada em uma emergência; a segurança deveria se tornar uma forma de se viver.
isso pode causar um incapacidade permanente, se for grave - o que, por sua vez,
afetará sua família, amigos e a capacidade para trabalhar;
uma indenização substancial poderá ser paga conforme o contrato de trabalho e/ou as
leis nacionais;
a segurança do navio pode ser comprometida se ele/ela não puder desempenhar sua
função; e
é necessária uma investigação da causa do acidente.
Os trabalhos executados a bordo de um navio podem ser perigosos se:
Geral
Em geral, não se pode enfatizar que as lesões pessoais sejam menos propensas a ocorrer em
um navio bem conservado e arrumado. Isso é também refletido no Código ISM. À medida que
escorregões, tropeções e quedas continuam a ser as principais causas de lesões pessoais, as
seguintes precauções devem ser tomadas:
os obstáculos tais como degraus, soleiras, espaços com o teto rebaixado, alças
salientes, etc. devem ser claramente marcados;
os conveses e as passagens do navio devem ser mantidos limpos e livre de qualquer
substância escorregadia;
os tubos/mangueiras hidráulicas no convés devem ser inspecionados regularmente para
prevenir o vazamento de óleo;
deve ser dada especial atenção às áreas de acesso para evitar os escorregões no gelo
em climas mais frios;
o lixo deve ser retirado do convés;
a pintura antiderrapante com defeito deve ser refeita;
os corrimões e as alças devem estar em boas condições;
os sinais de alerta apropriados devem estar disponíveis, quando necessário.
A limpeza e a boa arrumação em todo o navio não só fornece a base para um ambiente de
trabalho seguro, como também reflete positivamente a Tripulação e o navio.
Áreas de Trabalho
cercadas;
suficientemente iluminadas;
indicadas por sinais de alerta com tamanho e cor suficientes para atrair a atenção.
Iluminação
A iluminação, sempre que seja necessária para as operações seguras do navio, deverá:
Porões de Carga
As aberturas de acesso dos porões de carga às cobertas e ao cobro, além das escotilhas para
carga abertas, podem ser perigos onde os estivadores e os membros da Tripulação podem
cair. Para evitar que ocorram tais acidentes:
O Comandante deve se certificar que não existe by-pass nas redes do separador de água-óleo.
A próxima inspeção do Inspetor Naval descobrirá, sem dúvida, tal irregularidade e as ações
apropriadas serão adotadas pelas autoridades, não só causando atraso ao navio e incorrendo
em custos adicionais, mas também resultará em novas investigações e possíveis processos
judiciais com multas ou até mesmo com uma prisão sendo imposta ao Comandante, ao Chefe
de Máquinas e à pessoa que realizou o by-pass.
os capacetes de segurança;
os óculos de segurança ou máscaras;
a proteção auricular;
as luvas de trabalho de material adequado ao serviço, quando exigidas;
os cintos de segurança, quando exigido; e
os coletes de alta visibilidade.
Os coletes de alta visibilidade são particularmente importantes nos navios ro-ro para proteger a
Tripulação e outras pessoas dos motoristas que dirigem em espaços restritos.
funcionando adequadamente;
livres de óleo e/ou sujeira; e
serem adequadas ao uso pretendido.
É preciso ter cuidado especial no uso de ferramentas elétricas. Elas devem ser verificadas
antes do emprego e:
O Comandante e seus Oficiais deverão garantir que qualquer membro da Tripulação que use
ferramentas elétricas saiba como DESLIGÁ-LA, antes de LIGÁ-LA!
Durante as operações de carga, é necessária uma atenção especial para evitar colocar em
perigo a Tripulação ou outras pessoas quando estas entram na área de trabalho.
A soltura da peação não poderá ser realizada enquanto o navio estiver com seguimento,
mesmo em águas abrigadas, para prevenir que o membro da Tripulação envolvido nessas
tarefas caia na água. As operações de peação da carga devem ser concluídas antes do navio
deixar o berço de atracação.
Antes de se trabalhar com guindastes, deve ser estabelecido que estes estão em boas
condições de trabalho e serviço. Os sensores de fim de curso devem estar operacionais, de
modo que os estivadores não possam “anulá-los” sem uma permissão por escrito. As chaves
dos sensores de fim de curso deverão estar sempre em poder do Oficial responsável e não
poderão ser transferidas para os estivadores.
A visibilidade do operador pode ser restrita durante as operações do guindaste. Em tais casos,
o Comandante e seus Oficiais deverão garantir o posicionamento de uma pessoa para atuar
como “sinaleiro”, com meio apropriado de comunicação com tal operador.
Nos navios ro-ro, deverão ser estabelecidos procedimentos simples de comunicação entre os
motoristas e os membros da Tripulação ou o pessoal que os orienta. Eles devem ser
rigorosamente seguidos.
A operação de rampas nos navios ro-ro pode representar riscos consideráveis para os
membros da Tripulação e outras pessoas. Elas precisam estar identificadas e as medidas de
precaução devem ser adotadas antes do início das operações de forma a prevenir sérias
lesões corporais ou mesmo a ocorrência de mortes. Ao operar rampas:
Situações especiais, tais como mau tempo exigem medidas especiais. Os membros da
Tripulação e os passageiros podem, nessa situação, caírem na água. Deverá haver uma
política para:
As práticas de trabalho seguras devem ser seguidas durante os treinamentos e exercícios, tais
como nos lançamentos de baleeiras e das embarcações de salvamento de homem ao mar, se
o navio as transportar.
Para os navios construídos após 1º de julho de 1986, as baleeiras suspensas por turcos são
equipadas com gatos de liberação rápida. Houve muitos acidentes com tais baleeiras, e
marinheiros foram mortos ou feridos durante os treinamentos e exercícios. As embarcações
caíram devido à liberação acidental no momento do exercício. Os motivos para tais liberações
acidentais foram definidos como erro humano, falta de treinamento, falta da compreensão
sobre como funciona o mecanismo do gato de liberação rápida, recomposição incorreta dos
gatos após a última vez em que a baleeira foi içada e falta de manutenção.
Como existem diferentes tipos de sistemas de liberação em uso, apenas um conselho geral
pode ser dado nesta publicação:
As balsas salva-vidas infláveis estão sujeitas a uma inspeção anual por uma empresa
homologada pela autoridade marítima. O Comandante e seus Oficiais deverão assegurar-se
que as balsas e seus dispositivos de liberação hidrostática estejam corretamente instalados,
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
permitindo que elas sejam lançadas pela Tripulação em uma emergência ou disparadas
automaticamente se o navio afundar e as balsas ficarem submersas.
O Comandante deverá ter em mente que apenas uma Tripulação bem treinada, plenamente
familiarizada com os mecanismos de liberação, pode operar com segurança e adequadamente
os sistemas de liberação das baleeiras.
F. Política de fumo.
As práticas de trabalho seguras incluem uma “política de fumo a bordo” a ser rigorosamente
seguida. Deverá haver uma política contra o fumo:
em todos os navios-tanque;
nos navios de carga seca durante as operações de carga e quando transportando carga
perigosa no convés, mesmo se armazenada em contêineres;
no convés de todos os navios no porto;
nos porões e nas praças de máquinas de todos os navios; e
nos camarotes.
Os “avisos para não fumar” deverão ser grandes, legíveis e claramente visíveis.
estar intactas;
estar dotadas com os corrimões apropriados;
estar afastadas do navio a um ângulo seguro;
possuir redes de segurança instaladas apropriadamente;
possuir uma boia salva-vidas no local; e
estar permanentemente guarnecida com um segurança no local para a conformidade
com os requisitos do SSP.
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
Para as pessoas que entrem ou saiam por meio de plataformas para as escadas de portaló, as
plataformas deverão:
Deverá ser prestada especial atenção à manutenção adequada da escada de portaló, assim
como nos cabos e moitões/polias de sua sustentação nos portos com grande amplitude de
maré. O mesmo se aplica se a escada de portaló necessitar ser deslocada devido às
operações de carga.
As escadas de prático deverão ser armadas de acordo com as Regras da IMPA (International
Maritime Pilots Association), ou padrões equivalentes.
Se o acesso ao navio estiver sendo feito por meio de suas rampas, deverão ser tomadas
precauções de acordo com o layout do navio e da rampa de forma a prevenir que qualquer
pessoa caia para fora da rampa.
deve ser prestada especial atenção quando outros navios passam por um navio
atracado devido ao aumento repentino de tensão nos cabos de atracação do navio
causado pelas ondas formadas;
o uso de cabos de aço com seções de polipropileno deve ser evitado devido à diferença
de elasticidade entre eles;
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
os operadores dos guinchos/molinetes deverão ter uma visão desobstruída dos cabos
que estão manobrando, os quais deverão ser ajustados conforme necessário de forma
a evitar altas tensões repentinas;
se a visão do operador do guincho/molinete estiver obstruída, outra pessoa com a
função de sinaleiro deverá auxiliar; e
os operadores de guinchos/molinetes não deverão receber qualquer outra tarefa
durante as operações de atracação/desatracação.
A. Trabalho no costado.
Deverá ser mantida uma comunicação com o Oficial responsável de forma a permitir que a
emergência de homem ao mar seja acionada se a pessoa que estiver trabalhando no costado
cair na água.
São necessários todo o cuidado e atenção durante tais operações, que só devem ser
permitidas:
em casos excepcionais;
quando a segurança do navio, da Tripulação ou da carga estiver em risco.
Trabalho em Altura
for baseado nos mesmos princípios do trabalho no costado. Favor consultar a seção
anterior;
estiver sujeito ao procedimento de Permissão de Trabalho; e
se os possíveis riscos de radiação dos radares e outras antenas são verificados e
considerados aceitáveis.
ser usados; e
estar firmemente conectados a pontos fixos fora da cesta/gaiola.
Devido ao aumento do nível de ruído quando os motores e outros grandes itens de maquinário
estão em funcionamento, combinado com as restrições do espaço de trabalho, o serviço na
praça de máquinas e nos espaços de maquinário é perigoso.
Deve-se ter cuidado especial quando da entrada em espaços confinados, pois a falta de
oxigênio ou a presença de gases tóxicos pode ter consequências fatais para as pessoas que
entrarem. Todos os anos, marítimos falham em seguir os procedimentos corretos para a
entrada em espaços confinados e, como consequência, ocorre um número considerável de
mortes - todas evitáveis. Essas trágicas perdas podem ser evitadas se a Tripulação ou
contratados que realizam tais trabalhos seguirem rigorosamente tais procedimentos.
Quando mudarem as condições para a entrada, especialmente quando o trabalho tiver sido
interrompido por um determinado período de tempo, a Permissão de Trabalho anteriormente
emitida não será mais válida e uma nova Permissão de Trabalho deverá ser emitida. A nova
Permissão de Trabalho deverá incluir o teste apropriado conforme descrito acima.
A entrada só poderá ser permitida se todas as precauções de segurança tiverem sido tomadas.
A autorização para a entrada só será dada após o Oficial responsável do navio estar satisfeito
de que todas as precauções foram tomadas e que estão de acordo com os procedimentos da
Companhia.
Trabalho a Quente
Para informações adicionais, favor consultar a MSC Circ. 1084 da IMO, Principles for Hot Work on
board all types of ships.
Qualquer risco inerente ao trabalho a quente deverá ser eliminado ou efetivamente controlado.
ventilação suficiente; e
iluminação adequada da área de trabalho.
O trabalho nas acomodações, particularmente nas cozinhas e paióis, pode ser perigoso se as
precauções de segurança não forem tomadas e as práticas de trabalho seguras não forem
seguidas. As principais causas de lesões corporais nas cozinhas são os escorregões e as
quedas, queimaduras causadas por comida ou água quente e cortes por objetos contundentes:
os pisos das cozinhas e dos paióis deverão ser mantidos limpos sem qualquer material
gorduroso ou líquidos que poderão provocar escorregões;
enquanto o navio estiver em alto-mar, as contenções deverão ser colocadas nos fogões
para prevenir que as panelas se desloquem e caiam;
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
os itens pesados deverão ser sempre movidos por duas pessoas ao invés de uma;
o EPI apropriado deverá ser sempre usado, particularmente os calçados adequados
com solas antiderrapantes;
as portas de todos os tipos deverão possuir travas para prevenir a batida;
as portas das câmaras frigoríficas deverão possuir um meio de abertura por dentro de
forma a prevenir que uma pessoa fique presa do lado de dentro.
Geral
Sem ser uma surpresa, os escorregões e quedas, assim como dedos presos, são as causas
mais comuns de motivos para uma visita ao hospital de bordo. A súbita interrupção de um
feriado devido a uma lesão corporal é muitas vezes acompanhada de desapontamento e
descontentamento, resultando em grandes reclamações, não só pelos custos com os cuidados
médicos e tratamento, mas também pela dor e sofrimento. As reclamações por causa da perda
do lazer ou pela frustração podem gerar processos judiciais em algumas jurisdições, assim
como o Código de Defesa do Consumidor pode dar cobertura a processos em nível nacional.
Algumas áreas específicas onde podem ocorrer ferimentos aos passageiros incluem:
escadas;
elevadores;
portas comuns ou deslizantes;
proteções fora do lugar;
áreas com iluminação reduzida, tais como bares e cinemas;
piscinas;
áreas adjacentes às piscinas com superfícies escorregadias, tais como conveses
abertos, particularmente em mau tempo;
passarelas e escadas de portaló; e
portas dos camarotes e escadas dos beliches.
Os passageiros estão mais propensos a sofrer uma lesão em circunstâncias tais como:
embarque e desembarque;
excursões;
atividades esportivas no navio;
movimento do navio em mau tempo causando a perda do equilíbrio.
Prevenção de Acidentes
Devem ser tomadas as seguintes medidas para reduzir o risco de ocorrência de acidentes:
qualquer degrau deverá estar claramente marcado, de preferência pintado com cores
contrastantes;
os corrimões deverão estar intactos em todas as escadas e passarelas de forma a
proporcionarem um passeio seguro;
nas áreas com iluminação reduzida, tais como bares, deverá haver iluminação direta
suficiente para iluminar as escadas e degraus;
deverão ser exibidos sinais de alerta de tamanho e cores apropriados, onde exigidos, p.
ex. “Piso escorregadio”;
as profundidades deverão estar claramente marcadas nas laterais das piscinas;
as piscinas vazias deverão ser cobertas com telas e/ou redes de segurança para
prevenir o acesso não autorizado e quedas acidentais;
as áreas perigosas ou de transmissão de sinais de rádio deverão estar isoladas de
forma a prevenir o acesso não autorizado;
os passageiros intoxicados não podem ser autorizados a consumir mais álcool;
sempre que possível, deverá haver pessoal disponível para auxiliar com as mãos - uma
queda simples, particularmente por um passageiro idoso, pode causar sérias fraturas,
as quais exigem um tratamento médico mais longo;
as plataformas nas escadas de portaló e as rampas usadas para o embarque,
desembarque e transferência para embarcações deverão possuir corrimões suficientes
e piso antiderrapante;
pessoal devidamente treinado deverá estar sempre disponível para ajudar;
boias salva-vidas deverão estar no local, prontas para uso; e
coletes salva-vidas deverão ser vestidos por todos durante as excursões em
embarcações abertas.
Se houver previsão de mau tempo, deverão ser emitidos alertas e as medidas adequadas
deverão ser tomadas pelo Comandante, tais como:
deverão ser presos e, quando apropriado, todos os assentos devem ser amarrados ao
piso;
as travas que seguram as portas dos camarotes deverão estar nas condições de
trabalho adequadas;
as portas deslizantes deverão possuir fechaduras automáticas com amortecedores de
forma a prevenir que os dedos sejam presos;
as escadas dos beliches nos camarotes deverão estar firmemente presas.
2.8.7. Ambiente Seguro para Pessoas que Não Sejam Tripulantes ou Passageiros
Práticos
Embora os Práticos estejam familiarizados com o ambiente de um navio e com seus pontos de
acesso, acidentes podem ocorrer. Esses acidentes podem ter consequências fatais ou causar
incapacitação permanente, exigindo o pagamento de uma compensação substancial.
Os Práticos não podem ser deixados sozinhos ao prosseguir ou sair do passadiço, ou no seu
caminhar para a escada de prático ou quando deixá-la. Se um Prático escorregar ou sofrer
uma queda enquanto acompanhado por um membro da Tripulação do navio, o auxílio deverá
ser imediatamente prestado e o incidente será então testemunhado por alguém de bordo.
Nas operações com helicópteros, deverá ser feita referência ao procedimento do SMS sobre
operações críticas a bordo. Uma descida segura e a assistência de um membro da Tripulação
deverão ser providenciadas a partir do momento em que o Prático desembarca.
Supercargo
Nota: Supercargo é a pessoa contratada pelo dono da carga embarcada. De acordo com a legislação
internacional, suas funções incluem o gerenciamento do comércio da carga, a venda da carga nos portos
de escala do navio e a compra de mercadorias a serem transportadas na viagem de retorno. Esta pessoa
possui controle da carga, exceto se houver alguma limitação contratual. Por exemplo, o Supercargo não
terá autoridade sobre os estivadores.
Espera-se que os Supercargos estejam familiarizados com o navio, pois eles normalmente
possuem a experiência de viajar a bordo com o Oficial. No entanto, acidentes ocorrem,
principalmente devido ao descuido ou fadiga.
deverá receber a familiarização básica de acordo com o SMS. O Supercargo deverá ser
solicitado a tomar as mesmas precauções que seriam esperadas da Tripulação, tal como o uso
do EPI adequado, incluindo capacetes e calçados de segurança.
Vistoriadores
A. Geral.
Se um vistoriador não estiver atuando em nome do navio, ele não deverá ser autorizado a
conversar com qualquer membro da Tripulação ou ter acesso aos documentos do navio. A
Companhia e/ou as seguradoras dos seguros de P&I e de Casco e Máquinas deverão ser
imediatamente contatadas para o recebimento de novas instruções.
Os vistoriadores que estiverem agindo em nome das autoridades nacionais ou locais podem ter
o direito legal de embarcar no navio e conduzir uma investigação. O Comandante e seus
Oficiais deverão verificar a legitimidade de tais vistoriadores e informar a Companhia e/ou aos
corretores locais das seguradoras.
Além dos registros de proteção de acordo com o Código ISPS, O Comandante é aconselhado
a registrar as visitas dos vistoriadores no livro correspondente relacionando o nome, formas de
contato, endereço completo, objetivo e duração da visita.
B. Segurança do vistoriador.
As vistorias normalmente envolvem inspeções em alguns dos locais mais perigosos do navio,
p. ex. praça de máquinas, porões de carga, espaços confinados, etc. Em tais situações,
deverão ser aplicados os mesmos princípios como se um membro da Tripulação estivesse
trabalhando nesses locais, ou seja, um acesso seguro deverá ser providenciado e a área
deverá ser adequadamente iluminada.
Parentes a Bordo
Alguns armadores permitem parentes dos membros da Tripulação a bordo. Um parente pode
estar familiarizado com o cargo ocupado pelo membro da Tripulação, mas não se pode esperar
que ele esteja familiarizado com o navio e seu ambiente.
Quando pessoas que não sejam membros da Tripulação ou passageiros que não pagaram
uma passagem viajam no navio, recomenda-se o preenchimento de um contrato de acordo
com o formulário estabelecido no Anexo 4.
O parente do membro da tripulação deverá confirmar por escrito que as precauções acima
foram tomadas.
Estivadores
De forma a prevenir a ocorrência de tais acidentes, devem ser seguidos os princípios para um
ambiente de trabalho seguro e as práticas de trabalho seguras, conforme estabelecido nas
seções 2.8.3. Ambiente de Trabalho Seguro e 2.8.5. Práticas de Trabalho Seguras.
Além das lesões corporais que podem ser sofridas como resultado de um acidente, as
consequências de uma reclamação apresentada contra a Companhia, envolvendo as
seguradoras de P&I não devem ser subestimadas.
2.9. PROTEÇÃO
Qualquer orientação apresentada abaixo não deverá, de forma alguma, entrar em conflito com
qualquer requisito regulamentar relacionado À implementação do Código ISPS.
2.9.2. Refugiados
Em determinadas áreas do mar, é necessário manter uma maior vigilância para os barcos de
refugiados, os quais são normalmente pequenos e difíceis de serem vistos. Os refugiados são
principalmente encontrados perto de áreas com problemas políticos e civis. Caso sejam
avistados refugiados, o Comandante e seus Oficiais deverão se referir ao SMS e ao SSP do
navio. Maiores informações sobre o tratamento de refugiados podem ser encontradas na seção
3.13. Refugiados.
2.9.3. Clandestinos
Geral
As pessoas deixam seus lares por diversas razões econômicas e políticas. Algumas navegam
para alto-mar na esperança de serem resgatadas por navios e outras tentar embarcar nos
navios nos portos e seguir viagem como clandestinos.
Mesmo nessa época de proteção aumentada, nem sempre é possível evitar o ingresso de
passageiros clandestinos a bordo. Os Comandantes e Oficiais deverão estar cientes que:
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
Embora a Companhia possa ter uma cobertura de seguro junto à seguradora de P&I para os
custos e despesas diretamente ou razoavelmente incorridas na identificação, desembarque e
repatriação de clandestinos e refugiados, o tempo e os problemas envolvidos são substanciais
e normalmente não são cobertos pelo seguro.
a segurança do navio;
a segurança da Tripulação.
Além disso, pode não haver quantidade suficiente de equipamentos salva-vidas a bordo.
Se as escalas do navio envolvem portos onde podem ser esperados passageiros clandestinos,
o Comandante deverá:
Acesso ao Navio
Os indivíduos não identificados e sem autorização deverão ter o acesso ao navio negado. O
corretor da seguradora de P&I local, ou em última instância o agente da Companhia, poderá
ser capaz de auxiliar quando esses indivíduos tentam obter acesso ao navio.
Quando um sistema de autorização não estiver viável, poderá ser útil manter:
Deve-se ter em mente que os passageiros clandestinos tentam embarcar em um navio não só
pelas formas de acesso normais, mas também:
Consequentemente:
uma busca adequada, sistemática e completa em todas as partes do navio deverá ser
realizada para descobrir qualquer passageiro clandestino que possa estar a bordo.
Devido aos diferentes tamanhos e formatos dos navios, uma lista completa de locais a
serem vasculhados não pode ser aqui reproduzida. Qualquer busca deverá ser
realizada de acordo com a lista de locais do próprio navio;
quando disponível, uma busca realizada por pessoal de terra com cães deverá ser
realizada;
deverão ser exibidos anúncios nos locais de acesso ao navio informando que os porões
serão tratados com gás antes da partida. A impressão de injeção de gás nos porões
poderá ser criada com a injeção de ar comprimido; e
o próximo porto de escala do navio não deverá ser mostrado, a menos que ele não seja
atraente para um passageiro clandestino.
Após a partida do navio, é aconselhável parar o navio enquanto estiver dentro dos limites do
porto, e em área fora do tráfego de outros navios, para a realização de uma segunda busca
sistemática e completa em todas as partes do navio incluindo os paióis e - se possível e
acessível - nos porões de carga. Pode ser mais fácil desembarcar passageiros clandestinos
antes do navio deixar as águas territoriais.
Para orientação sobre como se preparar e agir nos casos de tentativa de violência e roubo,
favor consultar:
Em determinadas áreas, há um número cada vez maior de ataques criminosos violentos contra
navios em seguimento e suas Tripulações a bordo. As áreas conhecidas com tal situação são o
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
Sudeste Asiático, a Costa Leste da América do Sul, algumas partes do Caribe e as Costas
Leste e Oeste da África. Independentemente das regiões mencionadas, o Comandante e toda
a sua Tripulação devem manter uma guarda constante onde quer que o navio esteja.
o navio;
sua Tripulação;
seus passageiros;
a carga; e
a propriedade a bordo.
Os piratas que entram em um navio visam principalmente objetos de valor, tais como:
Cada ato violento, de um ataque por piratas, roubo de carga e a pilhagem oriunda de um
ataque politicamente motivado, requer diferentes respostas e soluções.
O SSP deverá conter estratégias para a proteção do navio quando este entra, ou tem previsão
de entrar ou passar por áreas conhecidas pelos violentos ataques a navios.
O Comandante deverá pedir aos agentes ou corretores locais conselhos sobre a proteção em
um determinado porto ou área e a confiabilidade das autoridades oficiais e empresas privadas
de proteção.
Deverão ser estabelecidas linhas diretas de comunicação - sempre que possível e confiáveis -
com as autoridades portuárias, policiais e de proteção.
A. No fundeio ou a contrabordo.
B. Navegando.
a navegação por áreas conhecidas como sendo perigosas, se possível, apenas durante
a luz do dia;
o emprego da velocidade máxima segura;
a manutenção de uma vigilância constante no radar e visual, prestando especial
atenção aos pequenos objetos, principalmente se eles não exibirem nenhuma luz
durante a noite;
que durante os períodos de escuridão, garantir que toda a iluminação do convés
superior esteja ligada assim como toda a iluminação adicional nos costados e na popa,
desde que isso não prejudique de forma alguma a capacidade de se manter uma
vigilância segura e efetiva;
a prontidão das mangueiras de incêndio (pressurizadas) durante a passagem; e
a realização de rondas constantes ao redor do navio, de preferência por pelo menos
dois membros da Tripulação, equipadas com potentes lanternas e em comunicação
direta com o Oficial de serviço.
Para maiores detalhes sobre o PRC, favor consultar a seção 3.18. Atos Violentos, Pirataria,
Roubos e Outros.
Geral
Os navios são um alvo preferido para o tráfico de drogas, pois o traficante permanecerá
desconhecido caso as drogas sejam descobertas e a culpa cairá sobre o navio e sua
Tripulação. É necessária a maior vigilância possível em todos os portos, durante o dia e à
noite, onde o tráfico de drogas é conhecido.
A Tripulação deverá estar ativamente envolvida em medidas para evitar qualquer tentativa de
tráfico de drogas. O Comandante poderá considerar o estabelecimento de um sistema de
incentivo para encorajar os membros da Tripulação a estarem alertas.
Os navios que trafegam e realizam operações comerciais em áreas onde é esperado o tráfico
de drogas deverão estar em conformidade com os requisitos legais nacionais aplicáveis, tais
como o C-TAPT (Customs-Trade Partnership Against Terrorism) da aduanos dos Estados
Unidos, o qual tem sido assinado por muitas empresas para prevenir, entre outros, o tráfico de
drogas. As medidas de proteção que devem ser mantidas pelo C-TAPT deverão fazer parte do
SSP. As não-conformidades com as medidas estabelecidas e acordadas terão sérias
consequências para o navio e a Companhia. Além disso, por esse acordo, o navio pode
também ser confiscado.
Embora o SSP deverá, de acordo com o Código ISPS, conter uma estratégia para prevenir o
tráfico de drogas, existem algumas medidas básicas que podem ser adotadas no porto ou no
fundeio:
deverão estar fechados e lacrados e os números dos lacres deverão ser anotados em
uma relação a ficar em posse do Comandante.
Se forem descobertas drogas e/ou atividades de tráfico de drogas, favor consultar a seção 3.6.
Tráfico de Drogas.
2.10.1. Geral
Devem existir procedimentos no SMS de forma a garantir que o navio seja mantido em
conformidade com as regras e regulamentos pertinentes, tal como exigido pela seção 10 do
Código ISM.
Após assumir o comando do navio, e antes do início de cada viagem, o Comandante deve
certificar-se que o navio seja mantido em uma condição de plena navegabilidade para a
segurança do próprio navio, da Tripulação, dos passageiros e demais indivíduos, assim como o
transporte seguro da carga. Prover um navio navegável, adequadamente tripulado e
abastecido e capaz de empreender e suportar a viagem, é uma obrigação fundamental de cada
armador. Como preposto do armador, o Comandante desempenha um papel vital no
cumprimento dessa obrigação.
Equipamentos Salva-vidas
atualizados;
permanentemente exibidos em locais definidos e em destaque;
bem legíveis; as cópias desbotadas devem ser imediatamente substituídas.
Se forem fornecidos folhetos de controle de incêndio para cada Oficial ao invés da exibição dos
planos, o Comandante deverá se assegurar que cada Oficial esteja com o seu folheto,
atualizado e legível.
O Comandante deverá também garantir que haja uma cópia do plano de combate a incêndio,
ou do folheto, armazenada em um local estanque do lado externo do passadiço, de forma a
orientar as equipes de combate a incêndio de terra.
Outras inspeções deverão incluir a garantia de que os itens a seguir estejam em boas
condições de funcionamento:
roupas de bombeiro;
extintores de incêndio;
hidrantes; e
mangueiras e esguichos.
Além disso, os seguintes itens deverão estar funcionando adequadamente, sendo claramente
audíveis e compreensíveis:
Deverá ser dada a devida atenção aos equipamentos e auxílios à navegação disponíveis a
bordo. Apesar dos radares, do ecobatímetro e dos equipamentos de comunicação serem
normalmente desligados no porto, o Comandante deverá, no entanto, garantir que:
Geral
Todos os navios construídos após 1º de julho de 2002 devem estar equipados com o VDR
(Voyage Data Recorder) e o AIS (Automatic Identification System) e todos os navios-tanque
deverão estar equipados com um transponder AIS antes da primeira vistoria de segurança de
equipamentos ou após 1º de julho de 2003.
Configuração Básica do Passadiço
radar/ARPA com tela TFT (Thin Film Transistor) / LCD (Liquid Crystal Display);
VMS (Voyage Management System);
ECDIS (Electronic Chart Display and Information System);
GPS (Global Positioning System) e DGPS (Differential Global Positioning System)
duplicado;
odômetro de fundo doppler;
agulha giroscópica;
console de governo com piloto automático adaptável;
ecobatímetro com memória e reprodução;
anemômetro;
VDR (Voyage Data Recorder);
AIS (Automatic Identification System).
uma tela TFT do ECS (Electronic Chart System) com a opção de sobreposicionamento
da imagem radar;
uma tela com o espelhamento (Conning) da informação da navegação, máquinas e
situação dos alarmes;
plano de viagem (correção da carta do ECDIS, planejamento da derrota, avaliação da
previsão meteorológica e otimização da viagem);
interface ECDIS/navegação (plenamente interfaceado com o piloto automático e os
sistemas de controle da velocidade);
sistema de monitoramento do casco (alerta sobre esforços excessivos no casco,
aceleração e choques do fundo).
Os navios de passageiro estão sendo equipados com um sistema duplicado composto por dois
IBS independentes com os componentes críticos duplicados.
As praças de máquinas estão sendo equipadas com sistemas de automação de última geração
feitos de acordo com os equipamentos do navio, incorporando:
mais seguras;
mais confiáveis;
mais duráveis; e
mais econômicas.
Causas de Incidentes
Treinamento Suficiente
Deverá ser ministrado treinamento suficiente para o pessoal responsável pela operação segura
a bordo, e a inspeção e manutenção de tais sistemas. A atenção adequada deverá ser dada ao
treinamento dos usuários desses equipamentos. O treinamento envolve:
identificação;
análise; e
mitigação dos perigos,
As rondas de inspeção do navio deverão incluir uma verificação especial sobre as condições
de:
portas estanques;
cogumelos de ventilação;
tampas de escotilhas;
coberturas do acesso aos porões;
atracadores e braçadeiras;
portas laterais;
rampas e portas para a superestrutura; e
borrachas de vedação.
Nos navios com tampas de escotilha, o Comandante deverá - se as operações do navio assim
o permitir - realizar um teste na luz do dia para verificar se elas estão estanques. As tampas
das escotilhas são a parte mais vulnerável do navio quando se trata do ingresso de água
durante a viagem e podem pôr em perigo a segurança do navio e da Tripulação.
As travas de fechamento rápido das tampas das escotilhas deverão estar em boas condições
de funcionamento e livres de ferrugem. As peças desgastadas deverão ser substituídas.
Se o Comandante estiver com dúvidas sobre a condição das tampas das escotilhas, ele
deverá:
As escotilhas que não precisam ser abertas deverão ser mantidas sempre fechadas. Se uma
escotilha precisa ser mantida aberta por causa da operação do navio, ela deverá ser isolada
com balaústres e cabos, caso a altura da braçola não propicie tal proteção.
Os ventiladores no convés deverão receber atenção especial, pois frequentemente sofrem com
a corrosão e não possuem reforços adequados. Eles são particularmente vulneráveis ao
ingresso de água quando fortes ondas varrem o convés. Os abafadores de fogo nos
ventiladores deverão estar em ótimas condições e com o funcionamento perfeito.
porões de carga;
tanques;
cofferdams;
tubos de sondagem;
tubos de ventilação;
pocetos;
válvulas.
O Comandante e seus Oficiais deverão garantir que as sondas e outros dispositivos dos
detectores do nível da água, se instalados, estão livres de sujeira e sem obstrução.
Se um elipse tiver sido removido, p. ex. por causa de uma inspeção em um tanque, as juntas
deverão ser inspecionadas e substituídas, caso necessário.
Após o fechamento dos elipses, testes de pressão deverão ser realizados nesta região.
As redes de carga em um navio-tanque deverão ser testadas com pressão se elas sofrerem
qualquer reparo.
Deverá ser dada atenção especial a pontos vulneráveis ou expostos, p. ex. chapas
sobrepostas, inseridas e áreas reparadas e obscuras.
Deverá ser dada atenção especial a qualquer aparelho para a movimentação de carga, tal
como:
paus de carga;
guindastes;
todos os equipamentos fixos e de correr para peação;
pontos de fixação; e
equipamentos para a peação de contêineres, tais como barras, correntes e macacos
distorcedores, os quais deverão ter a quantidade e a resistência suficientes e deverão
ser compatíveis entre si.
conservados e alinhados; e
sem obstáculos.
Quando acessórios adicionais, tais como escoras, são instalados no convés, deverá ser
realizada uma inspeção rigorosa na área adjacente na busca de trincas, pois tal acessório
estará sujeito a tensões ou cargas de torção consideráveis. Se forem encontrados defeitos,
eles deverão ser corrigidos imediatamente e a sociedade classificadora notificada.
Embora esta publicação seja dirigida ao Comandante e seus Oficiais, deve-se enfatizar que o
Comandante é também o responsável final pela conformidade com os planos de manutenção
para a praça de máquinas, conforme estabelecido pela Companhia e pelo SMS do navio. Os
sistemas de propulsão altamente automatizados e outros maquinários em particular exigem
manutenção e vigilância constante. Com os motores de hoje em dia que incorporam controle
remoto automático a partir do passadiço e da sala de controle da praça de máquinas,
denominado UMS/UCS, e com painéis de alarme e controle nas acomodações e no passadiço,
o Comandante deverá, em estreita cooperação com o Chefe de Máquinas, garantir que as
inspeções desses sistemas no SMS do navio sejam realizadas nos intervalos apropriados tal
como exigido pelo Código ISM.
A confiabilidade dos equipamentos e dos sistemas técnicos, cuja súbita falha operacional
poderá resultar em situações perigosas, necessita ser regularmente verificada e testada de
forma a prevenir uma quebra e, por causa disso, um perigo para o navio, Tripulação,
propriedade de terceiros e ao meio ambiente marinho. Este é um requisito da seção 10.3 do
Código ISM.
Marcos Machado da Silveira Página 64 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
Qualquer deficiência observada durante tais inspeções e testes deve ser imediatamente
corrigida de forma a manter a confiabilidade operacional desses sistemas.
Entre os muitos riscos para os quais a Companhia contrata um seguro, os riscos envolvidos no
transporte da carga frequentemente produzem os protestos mais dispendiosos, tais como:
Nem todo tipo de carga ou tipo de navio para o transporte de carga pode ser considerado, no
entanto, as observações a seguir ajudarão o Comandante em:
tornar seu navio adequado à carga, minimizando assim o risco de avarias e protestos
por terceiros;
supervisionar adequadamente o carregamento;
assinar corretamente os conhecimentos de embarque;
transportar cuidadosamente a carga; e
descarregar e entregar a carga da maneira correta.
O Comandante e seus Oficiais deverão estar cientes que as condições apropriadas para o
carregamento, a estivagem e o transporte da carga (cargoworthiness) é parte da
navegabilidade (seaworthiness). Um navio que não esteja preparado para o transporte da
carga não é um navio navegável!
Não se pode garantir que a navegabilidade inclui o preparo para a carga, ou seja, a adequação
do navio para receber, transportar e proteger a carga a ser embarcada.
inspecionados de forma a garantir que eles estejam limpos, secos, sem cheiro, restos
de carga anterior e insetos;
verificados sobre a existência de pequenos furos ou rachaduras nas chapas de aço com
os tanques adjacentes para possíveis vazamentos de lastro ou combustível, os quais
podem causar avarias/contaminações em grande escala;
varridos, completamente lavados e secos e removido qualquer resíduo de sal, quando
aplicável; e
adequados para a carga a ser carregada em todos os aspectos.
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
Os encaixes e as guias nos porões não deverão ser usados para a peação da carga.
Se forem encontradas deficiências que exigirem reparos tais como uma soldagem que venha a
afetar e estrutura do navio, o Comandante deverá considerar a obtenção de aprovação da
sociedade classificadora antes do início de tais reparos ou chamar o corretor local da
seguradora de Casco e Máquinas para auxiliar.
O Comandante deverá garantir que, após a conclusão dos reparos nas chapas de aço dos
tanques adjacentes, serão realizados os testes de pressão.
Os tanques de combustível adjacentes não podem ser aquecidos a menos que tenha sido
providenciado o isolamento suficiente.
Se os porões de carga tiverem sido pintados recentemente, eles devem estar livres de odores
e adequadamente curados.
Fumigação
A. Geral.
A fumigação pode ser exigida quando uma infestação for descoberta em algum lugar do navio.
Pode ser necessário fumigar a carga nos porões do navio, antes ou após o carregamento, de
forma a prevenir uma infestação ou deterioração da carga.
Se for realizada a fumigação dos espaços para carga ou da própria carga, o Comandante é
aconselhado a seguir rigorosamente as Recomendações da IMO sobre o Uso Seguro de
Pesticidas em Navios (MSC.1/Circ. 1265, 09/06/2008) e os procedimentos no SMS, os quais
contêm orientações detalhadas sobre:
Antes que qualquer fumigação seja realizada, a qual recomenda-se que o Comandante deixe
ser executada por pessoal profissional de terra, grandes avisos de alerta deverão ser exibidos
nos locais de destaque, indicando claramente que o navio está sob fumigação e que gases
tóxicos estão em uso.
Deverá ser mantido um segurança na escada de portaló para prevenir o acesso ao navio
durante a fumigação.
A fumigação dos espaços de carga usando a ventilação deverá sempre ser realizada no porto
e o navio não poderá partir sem um certificado “gas-free”. A Tripulação deverá:
Deverá ser mantido um segurança na escada de portaló durante a fumigação para prevenir o
acesso ao navio durante esta operação.
C. Fumigação em trânsito.
Sempre que possível, o Comandante deverá evitar a fumigação em trânsito, pois isso pode
representar uma ameaça desnecessária à saúde da Tripulação.
A grande maioria dos protestos sobre a carga é causada pelo ingresso de água devido a
vazamentos nas tampas das escotilhas ou nos acessos aos porões. Isto pode ser motivado
por:
Esses itens exigem atenção especial e manutenção contínua conforme exigido pelo SMS do
navio, de acordo com a seção 10 do Código ISM.
Principalmente, por vazamentos nos flanges, especialmente nas redes nos tanques de
combustível, pois o vazamentos dos gases pode contaminar as cargas.
Se forem realizados reparos nas redes, elas deverão estar sujeitas a um teste por pressão.
Os certificados dos aparelhos de movimentação de carga deverão estar válidos, pelo menos,
até o término da próxima viagem.
O EPI apropriado deverá ser usado pelos trabalhadores de terra e pelos membros da
Tripulação envolvidos.
Mesmo que o equipamento do navio seja usado apenas uma vez, as consequências podem ser
fatais se um cabo de aço romper, se um suporte estiver desalinhado, ou o equipamento não é
resistente o suficiente para sustentar a carga. Durante as operações com carga:
Estivagem e Peação
Para a carga a granel, o Comandante deverá instruir seus Oficiais para operar as operações de
estivagem e peação de forma a garantir que:
o emprego do papelão sozinho não propicia uma suficiente proteção para a carga e que
seja empregada uma proteção adicional;
haja uma estivagem compactada de antepara a antepara, se possível - os espaços
vazios que podem provocar o colapso da estivagem deverão ser adequadamente
arrumados ou preenchidos;
as instruções especiais sejam seguidas, p. ex. estivar longe das caldeiras;
que exista dunagem (dunnage) suficiente entre as camadas; e
haja uma peação adequada, sem danificar as embalagens da carga, de forma a
prevenir seu movimento em qualquer direção.
Quando a carga necessita ser estivada sobre uma existente, o que é muitas vezes o caso da
carga a granel, o Comandante e seus Oficiais deverão garantir que a carga em questão possa
ser carregada com segurança, mantendo a estivagem durante a navegação com mau tempo. O
peso precisa ser uniformemente distribuído e evita a avaria por compressão.
A dunagem nas anteparas e na parte superior dos tanques deverá ter uma espessura e
cobertura suficientes para prevenir o contato entre a chapa de aço e a carga, permitindo assim
que a umidade seja absorvida pela dunagem utilizada. A dunagem deverá permitir que
qualquer umidade nas chapas de aço escorra livremente até os pocetos. A dunagem não
poderá colapsar sob o peso da carga, p. ex. quando colocada sobre estruturas ou anteparas
corrugadas.
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
As cargas incompatíveis não devem ser estivadas juntas para evitar avarias por contaminação.
Cada carga possui diferentes requisitos de estivagem e, portanto, nenhum conselho específico
pode ser apresentado. O Comandante e seus Oficiais não devem apenas consultar os
requisitos particulares de estivagem para os diferentes tipos de carga, mas também a outras
disposições pertinentes, tais como:
bem como buscar instruções adicionais junto aos interessados pela carga, as quais deverão
ser lançadas no livro apropriado.
Ventilação
suor do navio; e
suor da carga.
O “suor do navio” ocorre quando o ar dentro do porão de carga é resfriado pela estrutura do
navio e se dá principalmente em viagens de regiões com climas mais quentes para as com
clima mais frio. Se for deixado um espaço de ar suficiente dentro do porão, pode ocorrer sua
condensação e denominado “suor do navio” pode cair sobre a superfície da carga.
O “suor da carga” ocorre quando o ar dentro do porão de carga é resfriado pela própria carga e
se dá principalmente em viagens de regiões com clima frio para as de clima quente. Se o fluxo
de ar provocado pela ventilação está com temperatura mais alta do que a da própria carga, o ar
será então resfriado e poderá condensar na superfície mais fria da carga. Isso dá a impressão
que a umidade é gerada pela carga.
O Comandante é aconselhado a:
Deverão ser mantidos registros precisos quando a carga for ventilada de forma a defender a
Companhia no caso de um protesto. As inspeções dos espaços de carga também devem ser
registradas, com as datas e horários de realização.
Geral
ao carregamento;
à contagem;
à estivagem;
à peação; e
quaisquer outros assuntos em que a responsabilidade puder mudar dos afretadores
para a Companhia.
Emendas Inseridas
Se forem utilizados sacos de ar (air bags) como dunagem, o Comandante deverá garantir que:
Quando o contrato de afretamento dispõe que a contagem deverá ser feita pelo navio, o
Comandante deverá providenciar isso. Se necessário, devido à quantidade reduzida de
membros da Tripulação, uma empresa de terra deverá ser contratada.
Embora a estivagem da carga seja normalmente feita por pessoal de terra, as disposições no
contrato de afretamento podem exigir que o Comandante supervisione a estivagem. Se for este
o caso, o Comandante deverá instruir seus Oficiais em conformidade com essas disposições e
intervir se a estivagem não satisfaz o comando do navio.
Se a estivagem ou a peação da carga for realizada por pessoal de terra, o Comandante e seus
Oficiais podem ser forçados a intervir se perceberem que a estivagem e/ou a peação estejam
inadequadas. Qualquer intervenção desse tipo deverá ser feita por escrito aos estivadores e
aos afretadores com recibo contendo o aceite dos destinatários.
Entretanto, quando a Companhia não é responsável pela estivagem e/ou peação da carga
conforme as disposições do contrato de afretamento e quando a segurança do navio não
estiver prejudicada, o Comandante e seus Oficiais deverão ter cuidado com qualquer
intervenção.
O Comandante e seus Oficiais deverão sempre se lembrar que a responsabilidade final pela
segurança e navegabilidade do navio recairá sobre o Comandante.
Se a peação tiver que ser feita pelos membros da Tripulação, o Comandante precisa registrar a
extensão da peação realizada pela Tripulação e os detalhes dos métodos e materiais utilizados
nos livros pertinentes. Isto se aplica, principalmente, se a peação for verificada e reapertada
durante a viagem.
Se houver algum protesto em fase posterior à viagem, seria muito útil se fossem coletadas
evidências fotográficas, independentemente de quem realiza ou é responsável pela estivagem /
peação.
O Comandante deverá consultar o corretor da seguradora de P&I para obter conselhos mais
detalhados sobre os conhecimentos de embarque e os problemas relacionados. A informação
contida nessa seção é de natureza genérica e limitada.
Geral
é um documento de titularidade;
é a evidência do contrato de transporte entre a Companhia e os interessados pela
carga; e
é o recibo das cargas embarcadas.
a Companhia poderá ser exposta a possíveis protestos pelos interessados pela carga,
especialmente quando o conhecimento de embarque tiver sido endossado por terceiros
consignatários. Se o conhecimento for negociado enquanto o navio estiver em viagem
para o porto de descarga, um comprador inocente não estará ciente da condição ou
quantidade atual da carga. Os detalhes no conhecimento de embarque são, portanto,
considerados evidências conclusivas da condição e quantidade da carga quando
embarcada. A Companhia será então incapaz de se defender de qualquer protesto se a
condição ou quantidade da carga não estiver de acordo com o que está declarado no
conhecimento de embarque;
a cobertura de P&I poderá ser afetada, pois suas Regras excluem a cobertura para
protestos em determinadas circunstâncias, como quando as informações no
conhecimento de carga estiverem incorretas.
Se a carga e/ou a embalagem estiver avariada ou de outra forma for defeituosa ou inadequada,
o conhecimento de embarque deverá receber uma cláusula corresponde a esta situação.
Deverão ser evitadas frases como “liberada a bordo” e “em aparente boa ordem e condição” e
o Comandante deverá marcar a face do conhecimento de embarque com os detalhes da avaria
ou, nas palavras das Regras de Haia-Visby, descrever a “aparente ordem e condição” da
carga.
Se a situação aparenta não haver avaria à carga, mas o Comandante não pode ter certeza, ele
deverá escrever no conhecimento de embarque que a carga foi recebida “em aparente boa
ordem e condição”.
Data de Emissão
Cartas de Indenização
2.12.1. Geral
Devido ao fato de que cada vez mais mercadorias são transportadas em contêineres fechados
pelos embarcadores, a experiência e o conhecimento sobre o carregamento, a estivagem, a
peação e o transporte de cargas não unitizadas (a chamada carga geral) estão diminuindo.
Esta seção, portanto, fornecerá alguns conselhos básicos sobre o manuseio de determinados
tipos de carga não transportados em contêineres. No entanto, uma subseção também trata de
contêineres.
Se uma carga estiver para ser carregada sobre a qual não há ou há poucas informações
disponíveis, o Comandante e seus Oficiais deverão obter conselhos por escrito dos
embarcadores sobre a correta estivagem, peação e transporte. No caso de dúvida, o
Comandante e seus Oficiais não deverão hesitar em entrar em contato com o corretor de P&I
local.
Geral
As cargas secas a granel, que não sejam os concentrados, são suscetíveis a sofrer avarias por:
Durante o carregamento, é essencial uma inspeção para verificar a condição da carga seca a
granel, de forma a determinar se ela está contaminada, úmida ou deteriorada, e tomar as
medidas necessárias e apropriadas, tais como a paralisação do carregamento, a coleta de
evidências e, se necessário, a descarga.
Se diferentes cargas a granel estão para serem embarcadas no mesmo porão, deverá ser
utilizado o material de separação apropriado. São necessários cuidado e atenção especial de
forma a evitar que os estivadores danifiquem o material de separação, causando a mistura da
carga.
As cargas secas a granel podem ser suscetíveis a deslocamento e causar graves problemas de
estabilidade, o que pode resultar no emborcamento do navio. Cada carga seca a granel possui
suas propriedades individuais e natureza perigosa. O Comandante deverá sempre consultar e
seguir as instruções e recomendações do Código Marítimo Internacional para Cargas Sólidas a
Granel (IMSBC Code). Elas são particularmente quando se testa o teor de umidade e o Ângulo
de repouso para evitar problemas graves que possam ocorrer em um estágio posterior.
Algumas cargas secas a granel não podem ser carregadas sem um certificado emitido por uma
autoridade competente declarando que a carga é segura para o embarque.
Se uma determinada carga a granel, suscetível de emitir gases, está prestes a ser embarcada,
o Comandante deverá garantir que sejam utilizados instrumentos adequados para a medição
de concentração de gás. Os membros da Tripulação que manusearem tais instrumentos
deverão estar familiarizados com seu uso e leituras.
Concentrados
Aquecimento da Carga
Se uma carga propensa ao aquecimento estiver para ser carregada, determinadas precauções
deverão ser tomadas, tais como:
Se DRI (Direct Reduced Iron) em qualquer formato ou cargas com propriedades similares estão
para ser embarcadas, o Comandante precisa obter instruções especiais do embarcador e da
Companhia para o carregamento e transporte de tal carga.
Ao carregar uma carga seca a granel, o Comandante deverá acordar a distribuição da carga
com o Chefe de Máquinas de forma a prevenir o aquecimento da carga ou sua avaria devido
ao aquecimento do combustível nos tanques abaixo ou adjacentes aos compartimentos de
carga. Se, no entanto, os combustíveis precisarem ser aquecidos, os sensores de temperatura
calibrados exigirão monitoramento constante. Se possível, revestimentos de isolamento
deverão ser também usados.
A arqueação do navio (draft survey) deverá ser realizada antes do início do carregamento de
qualquer carga a granel para avaliar o peso leve correto do navio, combustíveis, água potável,
sobressalentes e mantimentos. Isto é necessário a fim de comparar os números antes e após o
carregamento. É aconselhável também providenciar uma arqueação do navio após o
carregamento de carga a granel de forma a avaliar o peso real carregado a bordo,
particularmente quando:
A. Geral.
As amostras de carga obtidas nos portos de carregamento ou descarga são importantes para:
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
A obtenção das amostras deverão seguir os procedimentos por escrito da Companhia. Ao tirar
amostras, os seguintes pontos deverão ser observados:
deverá ser apropriado e compatível com a carga a ter uma amostra coletada; e
apenas o equipamento cuidadosamente limpo deverá ser usado.
E. Rotulagem e selagem.
As amostras:
F. Retenção de amostras.
Deverão ser mantidos registros da amostragem com o lançamento de quais amostras estão
armazenadas e o local, para fins de identificação em um estágio posterior para testes ou para o
descarte seguro.
Os protestos por escrito deverão ser registrados quando as outras partes interessadas se
recusarem a participar da amostragem (coleta), rotulagem e selagem.
As amostras nunca deverão ser adulteradas para que isso não comprometa a sua
confiabilidade e/ou as alegações de fraude.
Geral
A. Geral.
B. Óleos comestíveis.
Dependendo do tipo de navio, os itens a seguir, entre outros, deverão ser considerados
durante o planejamento de uma viagem:
Deverá ser realizada uma verificação especial dos tanques e dos resultados registrados no livro
pertinente ou formulário de acordo com o SMS do navio. Isto pode incluir:
a atmosfera do tanque;
a limpeza/adequação do tanque para o carregamento:
as redes, incluindo as tomadas de carga;
se as serpentinas para aquecimento forem usadas, elas deverão ser testadas para
possíveis vazamentos antes do carregamento;
o sistema de lavagem com óleo cru (COW)/sistema de lavagem do tanque;
o sistema de gás inerte, as válvulas de pressão/vácuo;
As precauções contra riscos de explosão deverão ser tomadas ao se manusear cargas que
acumulam eletricidade estática em uma atmosfera não inerte. Em particular, é necessário ter
cautela no que diz respeito aos procedimentos para uma taxa de fluxo segura, ulagem,
amostragem e medição. Para outras informações, favor consultar o ISGOTT (International
Guide for Oil Tankers and Terminals).
Os Oficiais (Imediato) do navio deverão obter a seguinte informação junto ao terminal de terra:
Informação da carga:
o tempo de espera exigido deve ser informado antes da parada das bombas de terra;
a operação da parada de emergência do dispositivo (se fornecida);
os números dos telefones de emergência do pessoal de gerenciamento do terminal,
hospitais locais, polícia e corpo de bombeiros;
arranjo de troca de turma no terminal.
Uma cópia de qualquer regulamentação particular que deva ser observada pelos Oficiais e
Tripulação do navio, incluindo:
Com base nas informações obtidas durante a reunião com o representante do terminal, o
Imediato deverá preparar um cronograma para ilustrar a operação de carregamento
antecipada. Ele deverá revisar o cronograma com o Comandante e, após qualquer alteração
necessária, entregar uma cópia para o terminal de terra e uma para a CCR (Cargo Control
Room).
O cronograma deverá indicar graficamente a sequência e os horários das diversas etapas da
operação de carregamento e fornecer uma previsão do horário em que as operações deverão
estar concluídas.
somente quando, a pessoa responsável pelo terminal de terra e a pessoa responsável no navio
tenham ambas assinado a declaração de inspeção.
Amostras da Carga
A. Geral.
As amostras deverão ser rotuladas, indicando onde, quando e por quem as amostras foram
recolhidas. Todas as amostras deverão ser seladas e mantidas em um local designado a bordo
ou entregue às instalações de armazenamento apropriadas em terra. Recomenda-se que todas
as amostras sejam mantidas por pelo menos um ano após o término da descarga.
B. Amostras preparadas.
O Comandante nunca deverá aceitar amostras da carga que já estejam seladas e rotuladas,
pois elas podem não ser da carga que estiver sendo ou que já esteja carregada.
Com cargas de diversos graus, um acordo claro deverá ser estabelecido quanto aos
procedimentos a serem empregados para evitar a contaminação da carga. Esses
procedimentos deverão ser incluídos nas ordens de carga ou ordens noturnas do Imediato.
Uma lista de verificação para as comunicações navio-terminal durante a descarga poderá ser
encontrada nos Anexos 3.3. e 3.4.
Com base nas informações obtidas durante a reunião com o representante do terminal, o
Imediato poderá revisar seu cronograma para ilustrar as operações de descarga, COW e de
água de lastro (se permitidas de acordo com a legislação nacional). Ele deverá então revisar o
cronograma com o Comandante e, após qualquer alteração necessária, entregar uma cópia
para o terminal de terra e uma para a CCR (Cargo Control Room).
2.12.4. Contêineres
Geral
Embora a carga estivada dentro de contêineres pareça menos vulnerável a avarias por
elementos externos quando está a bordo de um navio, os próprios contêineres podem causar
avarias ao porão e ao próprio navio:
corporais pelo contato, inalação ou causar uma mistura de ar explosiva. Se uma inspeção
levantar qualquer dúvida sobre a segurança do contêiner, ele não deverá ser carregado e o
superintendente/capataz do carregamento e a Companhia deverão ser contatados.
Lacres e Portas
A velocidade com que os contêineres são embarcados em um navio torna difícil a verificação
se:
Quando lacres rompidos são descobertos e substituídos pela Tripulação, deverá ser feito um
registro no diário de navegação e no conhecimento de embarque, juntamente com os números
pertinentes dos lacres, e qualquer autoridade relevante deverá ser notificada em conformidade
com o SSP. Os contêineres vazios, designados como vazios, também deverão ser verificados
se estão vazios em conformidade com o SSP.
Na verificação individual dos contêineres, seja em terra ou a bordo, a Tripulação deverá ser
instruída para procurar parafusos defeituosos ou faltantes nas dobradiças e nos suportes dos
lacres e identificar também qualquer sinal de adulteração. Qualquer observação desse tipo
deverá ser imediatamente comunicada ao Oficial responsável de modo que sejam adotadas as
ações apropriadas, tais como uma inspeção mais detalhada ou a rejeição do contêiner.
Lacres IMDG
Durante o carregamento, deverá ser dada especial atenção aos rótulos do IMDG que
identifiquem as cargas perigosas. Os rótulos nestes contêineres deverão corresponder Às
descrições no conhecimento de cargas perigosas e no plano de estivagem de cargas
perigosas. O armazenamento desses contêineres deverá sempre estar de acordo com o plano
de cargas perigosas. Se forem observadas discrepâncias, o Comandante deverá garantir que o
contêiner seja recarregado na posição correta, conforme planejado.
O peso dos contêineres, às vezes, não é devidamente verificado em terra ou o peso da tara
(peso do próprio contêiner) foi desconsiderado, o que poderá afetar a estabilidade do navio. A
pilha máxima de contêineres ou o peso da camada também podem ser afetados. Se houver
alguma dúvida, o Comandante é aconselhado a:
Após o embarque dos contêineres no convés, deverá ser dada especial atenção à peação
adequada. Somente materiais de peação aprovados e com a resistência e qualidade
adequadas deverão ser usados de acordo com o plano de peação de contêineres e com o
Manual de Peação de Carga do navio aprovados de acordo com os requisitos da administração
do Estado da bandeira.
A mistura de dispositivos de peação diferentes, tais como os macacos esticadores que giram
para a direita com os que giram para a esquerda, deverá ser evitada.
Quando se carrega uma grande quantidade de contêineres no convés, deve-se prestar atenção
na garantia de visibilidade irrestrita para o passadiço. Os regulamentos obrigatórios exigem que
a superfície da água a partir de 500 metros na frente da proa deve estar visível a partir do
passadiço. Se a opinião do Comandante é de que a visibilidade possa ser impactada, ele
deverá solicitar uma reacomodação dos contêineres.
Se os contêineres forem embarcados em navios que não foram construídos para esse tipo de
carga, o Manual de Peação de Carga do navio deverá ser consultado.
Geral
Se a carga em sacos amolecer devido ao ingresso de umidade, alguns países podem proibir a
descarga de toda a carga e rejeitar a mesma devido a riscos de saúde e sanitários. Podem ser
apresentados pesados protestos em relação à carga devido à falta de entrega e o descarte da
carga rejeitada incorre em custos consideráveis.
Todos esses tipos de avarias são suscetíveis de resultar em protestos contra a Companhia e,
consequentemente, contra a seguradora de P&I.
Itens pesados da carga podem se deslocar durante a viagem se não estiverem peados
adequadamente, se chocarem ou sem a devida proteção.
se possível, uma inspeção da carga a ser embarcada deverá ser realizada enquanto ela
ainda estiver em terra;
deve-se prestar atenção no local de armazenamento em terra. Pode ser que a carga
tenha sido exposta a chuva ou neve ou afetada por material estranho durante este
armazenamento;
amostras aleatórias da carga ensacada podem revelar a condição atual da carga.
Qualquer carga aparentemente defeituosa ou afetada por elementos externos, tais como a
umidade, ferrugem ou elemento estranho, deverá ser rejeitada e substituída por outra igual. Os
recibos do Imediato e os conhecimentos de embarque podem ter que receber cláusulas
relativas aos incidentes. Favor consultar a seção 2.11.4. Assinatura dos Conhecimentos de
Embarque (BL) - Cartas de Indenização.
Se o Comandante tiver alguma dúvida sobre a condição da carga, o corretor local de P&I
deverá ser convidado a ajudar.
Carga Avariada
Se a carga avariada for percebida após a carga ter sido embarcada nos porões do navio, o
Comandante deverá tentar:
descarregar a carga;
obter uma carga substituta junto aos embarcadores.
Se isso não puder ser obtido, o Comandante deverá coletar o máximo de evidências possível:
tirando fotografias;
coletando declarações de testemunhas.
Se o Comandante tiver alguma dúvida, o corretor local de P&I deverá ser convidado
a ajudar. Este princípio se aplica a todas as cargas que foram carregadas e que
pareçam estar em menor quantidade, avariadas ou incompletas!
Avaria Causada por Estivadores
O reconhecimento por escrito da empresa de estivagem deverá ser obtido, por exemplo, no
formulário de avaria dos estivadores. A evidência deverá também ser coletada sobre como
ocorreu a avaria.
A cobertura de Casco e Máquinas poderá ser acionada se houver avaria estrutural no navio. Se
a empresa de estivagem não realizar os reparos exigidos, o Comandante é aconselhado a
chamar os corretores locais da seguradora de Casco e Máquinas para ajudar e inspecionar a
avaria.
É ideal que sejam tiradas fotografias das operações de carregamento e estivagem, ou que
estas mesmas operações sejam filmadas. Isso fornecerá evidências para defesa no caso de
surgir algum protesto pelos interessados na carga. As fotografias e os vídeos deverão estar
adequadamente marcados e rotulados com os detalhes da localização, data e horário em que
foram obtidos. As fotografias digitais não podem ser adulteradas ou estarem sujeitas a
qualquer processamento, e, se possível, serem armazenadas em um disco separado,
claramente marcado.
Não resta dúvida que o carregamento não deverá ser realizado durante um chuva ou queda de
neve. Quando uma chuva ou neve é esperada, poderá ser necessário manter um Oficial de
serviço no passadiço observando o radar, de forma que este possa orientar o horário de
fechamento das escotilhas dos porões. Quando o carregamento se dá em áreas onde podem
ser esperadas chuvas torrenciais repentinas (monções), somente as tampas das escotilhas
necessárias deverão ser abertas. Se o Comandante for instado a prosseguir com o
carregamento durante uma chuva ou quede de neve, ele deverá recusar, mesmo que seja
oferecida uma carta de indenização “por chuva” pelo embarcador ou afretador. Em caso de
dúvida, o Comandante deverá solicitar a ajuda do corretor de P&I local.
Se o embarcador ou o afretador exigir a separação da carga por, por exemplo, marcas de tinta,
o Comandante deverá garantir que isto não causará qualquer avaria à carga, o que pode dar
origem a protestos contra a Companhia e, em última instância, à sua seguradora de P&I.
Se for usada dunagem, o Comandante deverá garantir que somente madeira seca, sem cheiro,
é usada para evitar avaria à carga. Algumas dunagens fornecidas ao navio podem precisar de
tratamento antes de serem usadas devido às disposições sanitárias e de saúde em alguns
países. Em determinados países, o Comandante é aconselhado a fazer perguntas antes de
aceitar qualquer dunagem. Se a dunagem entregue suscitar dúvidas quanto à sua
adequabilidade, o Comandante pode considerar pedir um certificado aos afretadores quanto à
qualidade e teor de umidade da dunagem.
Se a carga ensacada estiver pronta para ser embarcada e for usada dunagem, pode ser
aconselhável usar papelão, embora o papelão sozinho não seja frequentemente suficiente.
Se a carga necessitar ser amarrada ou separada, deverá ser providenciado material de peação
e separação adequado a menos que o contrato de afretamento estabeleça que isso seja
obrigação do afretador. O Comandante deverá garantir que:
a carga esteja embarcada, estivada e peada de tal maneira que ela possa ser
transportada sem ser avariada e sem causar avaria a outra carga. Favor consultar a
seção 2.12.5. Carga Avariada;
a peação esteja de acordo com o Manual de Peação de Carga do navio, conforme
aprovado pela administração do Estado da bandeira.
O não cumprimento de qualquer uma das precauções acima poderá resultar em avaria à carga,
o que pode dar origem a protesto apresentado pelos interessados pela carga contra a
Companhia e a seguradora de P&I.
Geral
Cada operação de carga em um navio para carga pesada é uma operação especializada para
a qual deverão ser usados os Procedimentos para Operações Críticas A Bordo de acordo com
o SMS da Companhia.
Se o carregamento for realizado por pessoal de terra, o Comandante deverá, antes do início
das operações de carregamento, insistir em receber:
O máximo cuidado deverá ser exercido quando do preparo dos equipamentos e aparelhos do
navio para as operações de carregamento e descarga. Os aparelhos deverão ser suficientes
em resistência, dimensões e qualidade. Isto é geralmente calculado com antecedência por
especialistas que participam das operações de carga.
Se os aparelhos forem fornecidos por terra, o Comandante deverá garantir que eles sejam
adequados e resistentes o suficiente para o serviço. Ele deverá verificar:
São necessários um contato próximo e confiança mútua entre o pessoal de bordo e o de terra
durante as operações de carga. A falha de um único dispositivo de carregamento pode resultar
no colapso de todos os equipamentos envolvidos ou a queda da carga pesada com o risco de
uma fatalidade ou sérias lesões corporais.
Antes do carregamento, a resistência dos pontos de peação na carga pesada e o seu centro de
gravidade precisam ser verificados.
Após o término do carregamento, deverá ser executada uma peação cuidadosa com base no
plano de peação calculada. Se não for fornecido um plano de peação da carga pesada por
terra, o Comandante deverá solicitar à Companhia para instruir um especialista competente
com experiência no carregamento e descarga de cargas pesadas para preparar um plano de
carregamento e peação para uma viagem segura.
Geral
Embora o local normal para a estivagem da carga em navios que não especializados no
transporte de contêineres seja o porão, o navio pode, no entanto, ser obrigado a transportar
carga no convés principal. Tais cargas podem ser volumosas, pesadas ou perigosas
classificadas de acordo com o Código IMDG (International Maritime Dangerous Goods).
Se a carga for transportada no convés sem a autorização do embarcador e/ou sem a devida
cláusula no conhecimento de embarque, a Companhia estará exposta a uma maior
responsabilidade no caso de avaria e/ou perda de tal carga. Esta responsabilidade pode não
ser coberta pela seguradora de P&I e, portanto, pode ser necessário que a Companhia faça um
seguro adicional. Tal situação deve ser do pleno conhecimento do Comandante e da
Companhia.
Peação
O peso de alguns tipos de carga no convés principal pode ser diferente do que é exibido nos
documentos da carga, p. ex. as cargas de madeira no convés. Isto pode afetar seriamente a
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
As escoras usadas para o transporte de cargas de madeira no convés principal exigem atenção
especial e inspeções antes do embarque de forma a garantir que nem as escoras e nem a área
adjacente possuem defeitos tais como trincas, etc., caso em que o Comandante deverá
convidar o corretor local de P&I para ajudar.
Geral
Isto é muito importante, pois mesmo a menor variação de temperatura de transporte pode
resultar em um protesto substancial. Se houver alguma dúvida, o corretor local de P&I deverá
ser convidado a ajudar.
Contêineres Refrigerados
na entrada e saída dos portos quando ocorrer o emprego do impelidor lateral de proa
(bow thruster);
durante as operações de carga no porto, quando os aparelhos do navio forem
utilizados.
Embora seja reconhecido pelo mercado que os operadores de navios de carga ro-ro possuem
seus próprios padrões e práticas em vigor, alguns conselhos gerais são, no entanto,
apresentados nesta publicação.
Geral
Os principais perigos e causas de avaria na operação dos navios de carga ro-ro são:
Embora o Código IMDG seja obrigatório, ainda há uma considerável falta de conhecimento e
treinamento, resultando em cargas perigosas incorretamente declaradas. A reação química
entre duas cargas perigosas pode ter resultados catastróficos.
Reboques
Muitas vezes é difícil, se não impossível, para que o Comandante e seus Oficiais verifiquem se
a carga está corretamente peada dentro dos reboques que estão sendo embarcados. Além
disso, o centro de gravidade de um reboque não pode ser verificado devido à velocidade do
carregamento e pelo fato de que a carga está normalmente coberta por encerados (lonas) e
lacrada pela alfândega.
o reboque deverá ser rejeitado se nenhuma inspeção da carga puder ser realizada.
Poderá haver uma distribuição desigual do peso da carga no navio se não houver balanças
adequadas antes do embarque dos caminhões e reboques. Além disso, a falta de
conhecimento em terra sobre as forças experimentadas por um navio no mar pode resultar em:
Os pontos de peação nos reboques podem não ter a resistência suficiente ou o material de
peação empregado pode ser inadequado. Se forem observadas irregularidades, o Comandante
e os Oficiais do navio deverão rejeitar a unidade de carga até que ela tenha sido
adequadamente peada e as deficiências corrigidas.
Mesmo a viagem mais em alto-mar pode envolver grandes perigos para a segurança do navio,
Tripulação, motoristas e a carga transportada. As pressões com horários neste comércio muito
bem agendado pode levar a situações em que os reboques e as cargas transportadas podem
estar incorretamente ou insuficientemente peadas, o que pode fazer com a carga se desloque
durante movimentos bruscos do navio. Uma rápida mudança de rumo pode causar um ângulo
de banda considerável, expondo o material rodante e a carga nos reboques a um perigo
significativo.
Para se evitar acidentes causados pelo deslocamento da carga ou do material rodante, é muito
importante que os equipamentos de peação apropriados sejam usados. Deverá ser dada a
devida consideração para os pontos de fixação da peação. O Comandante e seus Oficiais
deverão consultar:
a Resolução A.581(14) Guidelines for Securing Arrangements for the Transport of Road
Vehicles on Ro-ro ships, como emendada, da IMO; e
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
a Resolução A.714(17) Code of Safe Practice for Cargo Stowage and Securing, como
emendada, da IMO.
O Manual de Peação de Carga do navio também deverá ser consultado de forma a garantir
que toda a peação seja de dimensões, resistência e material apropriados.
Se o mau tempo provocar balanço do navio, o uso dos estabilizadores deverá ser considerado.
A causa mais perigosa de acidentes em um navio ro-ro é o fechamento impróprio das portas e
rampas estanques, o que permite que a água do mar ingresse nos conveses para carros,
impactando na estabilidade do carro.
Deve-se ressaltar que os caminhões contêm combustível, assim como algumas cargas nos
reboques. Se houver o início de incêndio, rapidamente ele ficará fora de controle. As
instalações dos sistemas fixos de combate a incêndio devem, portanto, estar em perfeitas
condições com a Tripulação realizando os exercícios obrigatórios, pelo menos, para que seus
membros possam agir de forma eficiente.
2.12.10. Cargas de Aço
Geral
As cargas de aço, embora apresentem uma aparência sólida, exigem atenção e cuidado
especiais:
antes do carregamento;
durante o carregamento;
durante o transporte; e
durante a descarga.
Geral
A seção 6 do Código ISM estabelece os requisitos para o pessoal envolvido nas operações de
abastecimento, tal como o fornecimento de membros da Tripulação qualificados e experientes
para realizar estas operações com segurança e:
Equipamento Usado
Se a qualidade dos combustíveis não estiver dentro da especificação exigida, isto poderá ter
sérias consequências não apenas para os motores, mas também para a segurança do navio,
Tripulação e carga. As falhas no(s) MCP(s) devido a combustíveis fora da especificação pode
resultar em baixas com substanciais consequências financeiras tais como:
A base para uma operação de abastecimento de combustível bem sucedida é uma completa
troca de informações antes do início desse tipo de operação. A troca de informações deverá
conter pelo menos o seguinte:
Uma posterior troca de informações por escrito deverá conter, pelo menos, o seguinte:
Favor consultar também as seções 2.16.3. Uma Poluição por Óleo e 3.12 Poluição.
As principais causas de acidentes, tais como encalhe ou contato na partida ou chegada são:
preparação insuficiente;
falta de conhecimento local;
falha na realização de uma vigia adequada; e
falha na operação correta do BRM (Bridge Resource Management).
arranjos claros sobre qual pessoa no passadiço é responsável por qual equipamento de
controle da navegação;
rumos pré-definidos com afastamento de terra seguro e suficiente - somente as linhas
de tráfego seguro deverão ser usadas na viagem;
esquemas de derrotas do navio e de separação de tráfego;
áreas de fundeio e de praticagem obrigatória;
áreas com alta densidade de tráfego;
pontos de informação para o controle do tráfego em terra (VTS/VTMIS);
canais de comunicação;
últimos alertas à navegação (NAVTEX) e as correções das cartas náuticas/lista de
faróis;
qualquer legislação aplicável às águas a serem navegadas, p. ex. Under Keel
Clearance Regulation dos EUA;
condições das marés, correntes, tempo e mar predominantes a serem esperadas, com
os movimentos do navio previstos, tais como balanços paramétricos. Favor consultar a
seção 2.14.2 Comportamento do Navio na Viagem - Balanço Paramétrico - e Medidas
de Alívio Efetivas;
velocidade apropriada e cálculo dos efeitos “squat” e “squash” em águas rasas;
profundidades suficientes para o calado do navio;
obstáculos submersos;
tubulações de fornecimento de óleo, gás e água; e
gerenciamento da água de lastro para toda a viagem levando em conta qualquer
requisito nacional a respeito desse gerenciamento, como controle e trocas. Favor
consultar a seção 2.15.3 Troca de Água de Lastro no Mar e 2.16.3. F. Poluição por água
de lastro.
O Comandante não deverá ter receio de trocar ou abortar o plano de viagem dependendo das
circunstâncias! No entanto, deverá ser feito o registro dos motivos para a troca, assim como
dos detalhes do plano de viagem substituto.
O plano de viagem para as chegadas ou partidas deverá também focar nas etapas críticas da
navegação, tais como as grandes mudanças de rumo ou guinadas acentuadas, as quais
podem exigir manobras exatas com o leme. As condições de vento e corrente devem também
ser levadas em consideração de forma a evitar ordens de leme tardias ou indevidamente
antecipadas. Favor consultar a seção 2.13.4. Navegação em Águas Confinadas -
Gerenciamento dos Recursos do Passadiço.
O Comandante e seus Oficiais deverão estar alertas para a possibilidade do porto ou do berço
se tornar inseguro em um momento específico. Se o Comandante teme que o navio possa ser
avariado, por exemplo, devido às condições meteorológicas reinantes ou pela condição do
berço, ele deverá imediatamente tomar as medidas apropriadas e entrar em contato com a
Companhia para obter assistência.
Se o navio precisar navegar por um longo período de tempo dentro da faixa de rotações
críticas do MCP, o Comandante e seus Oficiais de Náutica deverão notificar os Oficiais de
Máquinas de serviço na praça de máquinas com a devida antecedência de forma a prevenir
danos ao sistema de propulsão do navio.
Antes do início da viagem, todos os relógios do navio deverão ser ajustados em relação ao
relógio mestre no passadiço.
segurança; e
eficiência.
Geral
O Comandante e seus Oficiais não deverão esquecer que o embarque do Prático não é a hora
para se relaxar, mas para estar mais vigilante! O Comandante tem a responsabilidade e a
autoridade para afastar o Prático em qualquer momento, exceto no Canal do Panamá. O
Comandante deverá garantir uma comunicação regular entre o Oficial de serviço de quarto de
navegação e o Prático de forma a garantir que a segurança seja sempre mantida.
Antes do início da assistência do Prático, o Comandante deverá certificar-se que o Prático seja
experiente e competente. O Comandante e seus Oficiais deverão:
Antes do início da assistência do Prático, o Comandante e/ou seus Oficiais deverão preencher
o Cartão do Prático (Pilot Card) e entregá-lo ao Prático. O Prático deverá ainda ser informado
sobre:
Antes de receber ou passar os cabos aos rebocadores, o Comandante não deverá considerar
somente a quantidade de rebocadores exigidos, mas também se há suficiente força de tração
estática (bollard pull) disponível. Em caso de dúvida, o Comandante não deverá hesitar pedir
potência adicional aos rebocadores. Além disso, a potência e a força de tração estática dos
rebocadores envolvidos precisam ser uniformemente distribuídas para evitar avarias ao próprio
navio, tais como a retirada de cabeços.
Se os cabos de reboque forem fornecidos pelo rebocador, os Oficiais nos postos de manobra
da proa e da popa deverão verificar cuidadosamente - se possível - a condição das linhas de
reboque e informar o Comandante imediatamente a fim de corrigir a situação se as linhas não
forem adequadas.
Linhas de reboque de reposição com SWL suficiente e em boa condição deverão estar
disponíveis no navio e prontas para entrega se as linhas dos rebocadores forem rejeitadas
devido às suas más condições.
Como regra geral, enquanto estiver sob reboque, o Comandante e seus Oficiais deverão:
ficar atentos e alertas quando qualquer manobra for realizada pelo rebocador ou pelo
navio;
estar sempre cientes das posições dos rebocadores;
monitorar continuamente a velocidade do próprio navio de forma a evitar ultrapassar o
rebocador; e
cooperar com o Prático e o mestre do rebocador.
Ao manobrar sob reboque, os impelidores laterais de proa (bow thrusters) do próprio navio
poderão ser usados para evitar que ocorram dificuldades. Os movimentos transversais do navio
apoiados pela puxada do rebocador podem ser subestimados.
Os nomes dos rebocadores e o horário em que os cabos foram passados ou que o reboque
iniciou deverão ser registrados no diário de navegação ou outros livros apropriados.
2.14.1. Geral
Após o início da viagem, o Comandante deverá garantir que cada Oficial desempenhe as
tarefas e obrigações do seu quarto de serviço com o maior cuidado e execução antecipada. A
preparação cuidadosa do quarto de serviço é essencial, particularmente quando da
aproximação de águas confinadas ou quando são esperadas manobras como o embarque de
Prático.
Qualquer indicação de abuso de álcool, intoxicação e fadiga não será tolerada e a ação
corretiva deverá ser tomada imediatamente.
O Comandante deverá também garantir que as suas ordens por escrito sejam devidamente
assinadas como ciência pelo Oficial de serviço de quarto. Se não o fizer, pode indicar uma falta
de informação e representar um perigo real para o navio e a Tripulação.
O Comandante deverá instruir seus Oficiais a não realizar a passagem de serviço de quarto:
se o Oficial que irá substituí-lo ou outros membros da Tripulação que vão entrar de
serviço de quarto parecerem inaptos;
até que o Oficial que irá substituí-lo esteja totalmente informado;
até que o Oficial que irá substituí-lo esteja convencido de que o conteúdo de qualquer
instrução específica esteja totalmente entendido;
até que a visão dos membros da Tripulação que irão entrar de serviço de quarto esteja
totalmente adaptada às condições de iluminação ambiente;
até que a posição, rumo e velocidade do navio estejam claros;
até que o Oficial que irá substituí-lo esteja plenamente ciente da situação da navegação
e do tráfego; e
até que as manobras que tenham sido iniciadas antes da passagem de serviço de
quarto tenham sido concluídas e que a situação esteja clara.
O Comandante deverá instruir seus Oficiais a assumir o serviço de quarto somente se:
Vigia Adequada
O Comandante deverá instruir seus Oficiais para que garantam que seja mantida uma vigia
adequada. O Oficial de serviço de quarto de navegação deverá ser auxiliado por um vigia,
especialmente nos períodos de escuridão ou de visibilidade restrita. Algumas jurisdições
impõem multas pesadas se um abalroamento/colisão ou encalhe for atribuído à falta de uma
vigia adequada e os certificados de competência podem ser suspensos podem ser suspensos
ou cancelados como resultado disso.
O timoneiro - se usado - não poderá ser considerado como vigia, pois suas obrigações são
diferentes, a menos que:
em embarcações pequenas;
uma visão de 360º desobstruída seja disponibilizada a partir do local do governo; e
não haja comprometimento da visão noturna.
As disposições para uma vigia adequada definidas no Código e pela Convenção sobre Padrões
de Instrução, Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos (STCW’ 95) devem ser
observadas.
O Comandante deverá continuamente garantir que uma vigia adequada esteja publicada,
quando exigida. O diário de navegação deverá exibir os nomes e períodos das vigias
publicadas.
O vigia deverá ser encorajado a relatar qualquer preocupação que surja durante o quarto de
serviço de navegação para o Oficial responsável. Qualquer observação feita pelo vigia deverá
ser levada a sério, apropriadamente aceita e tomadas as devidas ações.
A. Geral.
O Comandante deverá instruir seus Oficiais que qualquer desvio razoável das regras e
regulamentos deverá ser devidamente comunicado às autoridades de supervisão costeira e
que suas permissões deverão ser obtidas com antecedência.
O Comandante deverá encorajar e enfatizar que todos os seus Oficiais devem sempre manter
uma velocidade segura. O Comandante deverá também garantir que o OOW esteja
plenamente ciente das características de manobra do navio, incluindo sua distância de parada,
de forma que uma ação apropriada e efetiva possa ser tomada todas as vezes para se evitar
uma colisão.
O OOW deve sempre fazer uso das máquinas do navio para reduzir sua velocidade, sempre
que a situação exigir, o que dará mais tempo para avaliação da situação.
O Comandante deverá garantir que sejam obtidas frequentes posições do navio pelo OOW
durante o quarto de serviço de forma a avaliar sua posição. As posições deverão ser obtidas a
partir de mais de um método. Os Oficiais deverão evitar confiar apenas no GPS (Global
Positioning System).
Os radares e o AIS (Automatic Identification System) deverão ser usados pelo OOW
independentemente da condição de visibilidade para se tornar plenamente familiarizado co os
sistemas em uso. O RIPEAM exige que o OOW faça sempre uso de todos os equipamentos de
navegação para avaliar se a situação pode se desenvolver para um abalroamento/colisão.
Antes que o OOW pretenda fazer uso do VHF para verificar a situação, o AIS deverá seu
usado com todos os seus recursos. O uso descoordenado do VHF pode encurtar o precioso
tempo disponível para avaliar adequadamente a situação e tomar as devidas ações evasivas.
Previsões Meteorológicas
O Comandante deverá garantir que o pessoal de serviço de quarto não poderá ser distraído por
rádios AM/FM, CD players, aparelhos de TV, celulares e dispositivos similares. O pessoal de
serviço deverá estar concentrado em seus deveres de serviço de quarto de navegação.
Sondagem Regular
Se o navio não estiver equipado com equipamentos de sondagem automática, regulares - pelo
menos uma vez por dia - as sondagens de todos os tanques, dalas e pocetos deverão ser
realizadas e registradas no livro pertinente de bordo de forma a evidenciar o monitoramento
regular da condição do navio.
Para maiores detalhes, favor consultar a MSC/Circular 707 Guidance to the master for avoiding
dangerous situations in following and quartering seas da IMO.
O mau tempo que causa avarias ao navio, pode não só afetar a segurança do navio, mas
também a da Tripulação, da carga e, no caso de falha estrutural, o meio ambiente marinho. Os
Oficiais deverão também estar cientes sobre as áreas específicas onde grandes ondas podem
ocorrer.
A observação contínua das mudanças no trim e/ou nos períodos dos balanços do navio é
exigida para evitar o balanço excessivo, conhecido como balanço paramétrico. Este é um
fenômeno instável que pode rapidamente gerar grandes ângulos de banda conjugados com
movimentos significativos de caturro e cabeceio quando os elementos a seguir estão
presentes:
o navio está navegando com mar de proa ou entrando por um ângulo bem próximo do
rumo;
o período natural de balanço;
o comprimento da onda é proporcional ao comprimento do navio;
a altura da onda excede o nível crítico (a altura que permite que o ciclo natural de
caturro/balanço do navio se harmonize com o período das ondas que se aproximam); e
o amortecimento do balanço é baixo.
Geral
O fundeio deverá ser cuidadosamente preparado com a mesma vigilância e consciência como
se prepara a atracação e a desatracação. As consequências de uma âncora que não unha no
fundo podem ser desastrosas e resultar em avaria ao navio, ao meio ambiente e finalmente
uma operação de salvatagem bem custosa, isso se não houver uma perda total do navio.
O fundeio deverá ser parte do plano de viagem do navio. Os fatores-chave a seguir deverão
ser levados em consideração antes de qualquer manobra de fundeio e comunicados à
Tripulação envolvida nessas operações:
Ao selecionar uma posição de fundeio adequada, os seguintes pontos deverão ser levados em
conta:
O Comandante deverá garantir que, enquanto o navio estiver fundeado, os mesmos princípios
são aplicados ao serviço de quarto como o são durante a navegação, além dos requisitos de
acordo com o SMS e o SSP do navio. Isto é particularmente importante em fundeios em áreas
que estão sujeitas a mudanças repentinas no tempo que exijam ação imediata para evitar que
a âncora garre ou problemas semelhantes, avariando o navio e/ou a propriedade de terceiros.
O Oficial de serviço de quarto deverá ser capaz de solicitar imediatamente um vigia, p. ex. em
períodos de baixa visibilidade.
Enquanto o navio estiver fundeado, um vigia de alerta deverá ser mantido, para:
Se outro navio estiver se aproximando em rumo de colisão e uma ação para evitá-la não pode
ser tomada:
A importância da manutenção de todo o sistema de fundeio em boas condições não pode ser
desprezada. A condição do sistema deverá ser cuidadosamente verificada antes do fundeio. A
lona de freio da âncora não poderá estar desgastada e as boças adicionais deverão ser de
formato adequado. A manutenção do sistema de fundeio deverá estar de acordo com o plano
de manutenção de acordo com o SMS do navio.
Após o navio deixar o fundeadouro, deverá ser realizada a peação das âncoras com o maior
cuidado possível para enfrentar a viagem prevista. As boças deverão estar passadas
(mordente e/ou cabo de aço com manilhas e macaco esticador) e os freios apertados de forma
a evitarem a queda acidental das âncoras e:
O Comandante deverá garantir que, enquanto o navio estiver no porto, serão aplicados os
mesmos princípios do serviço de quarto de navegação, além dos requisitos do SMS e SSP do
navio. Isto se aplica especialmente aos portos expostos a uma mudança brusca das condições
meteorológicas que exijam uma ação imediata, para evitar que os cabos se rompam ou
problemas semelhantes que avariem o navio e/ou a propriedade de terceiros.
Qualquer manutenção necessária não deverá impedir a operação dos sistemas de segurança e
de outros sistemas exigidos no porto, p. ex. para o manuseio da carga.
As manobras de entrada e saída de um dique seco deverão ser procedimentos críticos no SMS
da Companhia e precisam ser cuidadosamente planejadas e executadas em estrita
conformidade com estes procedimentos.
2.15.1. Geral
A informatização dos passadiços e das praças de máquinas dos navios está se tornando cada
vez mais comum. A operação inadequada dos sistemas de monitoramento e controle da carga
e do lastro com tecnologia avançada pode:
instruções detalhadas, de preferência por escrito, deverão ser dadas antes do início de
tais operações;
é exigida uma comunicação apropriada e efetiva entre o pessoal de convés e de
máquinas.
A seção 7 do Código ISM exige que a Companhia identifique as principais operações de bordo
que possam impactar na segurança e na prevenção da poluição. Os procedimentos que
cobrem essas operações devem estar documentados e efetivamente implementados. Estes
procedimentos incluem a definição e atribuição de tarefas ao pessoal qualificado.
Se, por exemplo, as leituras atuais do calado do navio diferem daquelas indicadas pelo sistema
de controle automático da carga, o Comandante e o pessoal envolvido deverão verificar
imediatamente a causa da diferença e adotar a ação corretiva. As medidas adotadas deverão
ser registradas em detalhes no livro apropriado.
As trocas de água de lastro em alto-mar podem ser necessárias para prevenir a introdução de
organismos aquáticos indesejados pelas descargas de água de lastro e de sedimentos.
Embora as regulamentações internacionais em vigor necessitem de tempo para a real
implementação, muitos regulamentos nacionais já exigem:
pessoas, que não sejam membros da Tripulação, sejam feridas enquanto estejam a
bordo;
quando a carga é avariada durante a viagem;
ocorrer poluição que causar danos ao meio ambiente ou à propriedade de terceiros; e
ocorrer um abalroamento entre o próprio navio e um outro.
Os reclamantes podem ameaçar prender o navio, a fim de buscar segurança para o seu
alegado protesto. Para evitar o atraso do navio, a seguradora de P&I normalmente fornece uma
LOU, se determinadas condições forem atendidas, p. ex. o protesto deverá estar incluído na
cobertura de P&I fornecida, os prêmios deverão estar completamente pagos, etc. Mesmo
assim, deverá ser observado que a seguradora de P&I não é obrigada a agir assim.
Na maioria das jurisdições, os reclamantes aceitam uma LOU, em vez de insistirem em receber
uma garantia bancária ou garantia emitida na forma de dinheiro. Uma LOU também pode ser
normalmente emitida dentro de um período de tempo bem curto, ao passo que a emissão de
uma garantia bancária ou na forma de dinheiro pode geralmente levar muito tempo e sair bem
cara. Há também o fato de que, em alguns países, a emissão de dinheiro como garantia pode
levar a uma espera de vários anos antes que a garantia seja liberada, podendo também perder
valor devido às flutuações cambiais.
A seguradora de P&I também pode ser solicitada pelos reclamantes a emitir uma LOU do P&I
Club para cobrir a responsabilidade que deverá caber, mais apropriadamente, à seguradora do
Casco e Máquinas, p. ex. no caso de uma colisão onde as seguradoras do Casco e Máquinas
cobrem três quartos da responsabilidade.
Uma razão para tal solicitação é que uma LOU de um Grupo Internacional de P&I Club é
muitas vezes melhor aceita do que uma LOU dos segurados do Casco, e que também pode ser
providenciada mais rapidamente e com menores custos envolvidos. Normalmente, a política da
seguradora nestas circunstâncias é que a LOU do P&I Club pode ser injetada como garantia
para as responsabilidades cobertas pelas seguradoras de Casco e Máquinas, se ela tiver a
liderança para sinistros.
2.16.2. Multas
Na maioria das jurisdições, o navio, o Comandante e sua Tripulação estão sujeitos a multas se
um funcionário de terra a menor irregularidade. As multas podem variar de um valor
insignificante a um valor extraordinariamente grande. Não é nada incomum que as multas
sejam consideradas parte do orçamento do país em algumas jurisdições. Portanto, o
Comandante e sua Tripulação devem cumprir todas as convenções internacionais, legislações
e regulamentos nacionais de forma a evitar que as multas sejam aplicadas.
As multas poderão ser aplicadas ao navio, ao Comandante, aos Oficiais e/ou à Tripulação por
causa de uma ampla gama de violações, incluindo:
a lista de tripulantes;
a lista de declaração para a alfândega;
as listas de mantimentos, alimentos e provisões;
a lista de medicamentos;
os conhecimentos de embarque; e
o livro de registro de óleo.
Alguns países exigem uma declaração separada para quaisquer medicamentos que
contenham narcóticos, substâncias fortes, psicotrópicas ou venenosas e também um
armazenamento seguro e segregado dos mesmos.
A menor irregularidade pode levar as autoridades nacionais a aplicar uma multa ou instaurar
processos criminais. A seguradora de P&I não cobre qualquer multa que resulte de qualquer
ato ou omissão deliberada da Companhia, do Comandante ou da Tripulação, tais como
contrabando, transporte de mercadorias contrabandeadas ou lançamentos intencionalmente
incorretos nos diários de bordo.
2.16.3. Poluição
Geral
Poluentes
os poluentes atmosféricos, tais como a fuligem e o ácido sulfúrico jogados pela chaminé
do navio;
a água de lastro.
A poluição por óleo e substâncias oleosas causa danos consideráveis aos animais e plantas,
bem como avarias Às propriedades de terceiros durante a limpeza. Algumas propriedades
afetadas não poderão ser limpas ou reparadas e deverão ser substituídas. A poluição por
cargas oleosas recebe muita atenção da imprensa, mas na verdade é um menor contribuinte
da poluição por óleo em todo o mundo. O tipo mais comum de poluição é a causada pelo óleo
combustível pesado. A poluição pelo óleo combustível pesado é grave devido à sua
consistência química e propriedades, e desse modo:
A poluição por substâncias tóxicas líquidas a granel, p. ex. produtos químicos, é rara e ocorre
principalmente durante as operações de carregamento ou como consequência de um acidente
tal como um abalroamento/colisão ou falha estrutural. No entanto, o dano ao meio ambiente
marinho poderá ser catastrófico, dependendo da natureza dos produtos químicos que estejam
vazando do navio, com os efeitos sendo imediatos e duradouros. A prevenção da poluição por
substâncias tóxicas líquidas é coberta pela MARPOL 73/78, Anexo II.
Marcos Machado da Silveira Página 117 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
A poluição por substâncias nocivas transportadas por mar, embaladas, ocorre ocasionalmente
por acidente quando a carga é perdida no mar e, em menor escala, durante as operações de
carga. A prevenção da poluição por substâncias nocivas transportadas embaladas por mar está
coberta pela MARPOL 73/78, Anexo III.
A poluição por esgoto se tornou um problema devido à maior conscientização sobre a proteção
do meio ambiente marinho. Regulamentos mais rigorosos para evitar a poluição por esgoto e,
dessa forma evitar os efeitos prejudiciais no meio ambiente marinho e sua flora e fauna têm
sido exigidos devido ao aumento do número de passageiros transportados por mar. O Anexo IV
da MARPOL 73/78 estabelece regras para a Prevenção da Poluição do Mar por Esgoto de
Navios.
A poluição pelo descarte do lixo do navio não é apenas proibida pelo Anexo V da MARPOL,
mas também se constitui em uma infração criminal semelhante à poluição por óleo na maioria
das jurisdições.
A poluição por lixo é principalmente causada pelo descarte no mar sem cuidado ou intencional.
Isso tem vários impactos no meio ambiente marinho. O lixo não só polui as praias e estuários,
mas também agride a fauna marinha. Ele pode afetar seriamente as fábricas localizadas
próximas da água e que a utilizam para o resfriamento, bloqueando suas grades na sucção.
Nos portos instalações para o recebimento do lixo, o descarte do lixo deverá ser realizada de
acordo com o Plano de Gerenciamento de Lixo do navio.
O lixo inclui:
A prevenção da poluição por lixo é coberta pela MARPOL 73/78, Anexo V. O Comandante e
seus Oficiais são aconselhados a consultar o Anexo V para uma detalhada definição de “lixo”.
A água de lastro dos navios é uma das principais fontes de introdução e disseminação de
organismos aquáticos nocivos e patógenos.
Em 1º de dezembro de 1997, a 20ª Assembleia da IMO adotou a Resolução 868, Guidelines for
the Control and Management of Ship’s Ballast Water to Minimize the Transfer of Harmful
Aquatic Organism and Pathogens.
Com base nessa resolução e na Lei Nacional de Espécies Invasoras dos EUA de 1996, a
Guarda Costeira dos EUA introduziu tanto regulamentos quanto diretrizes voluntárias em 1º de
julho de 1999, para controlar a invasão de organismos aquáticos e patógenos que:
Um Comandante que navegue para os EUA ou áreas onde regulamentos semelhantes estejam
em vigor deverá consultar os agentes locais antes de entrar na Zona Econômica Exclusiva (200
milhas náuticas) pertinente sobre como cumprir com o programa de tratamento do lastro em
vigor.
O Comandante deverá garantir que ele esteja familiarizado com todos os requisitos locais e
internacionais pertinentes em vigor. Determinados Estados do porto impuseram significativos
procedimentos de controle, detenções e multas para os navios que descarregam água de lastro
nas suas jurisdições. Por exemplo, a água de lastro não pode ser descarregada em alguns
países sem uma permissão, e em outros, as autoridades frequentemente impõem grandes
multas por descargas de água limpa.
G. Poluição do ar.
A poluição do ar é causada por deficiências nos filtros na tubulação de descarga dos motores
dos navios quando queimando óleo combustível pesado. Diz-se que a poluição do ar
proveniente dos gases de descarga contribui para o aquecimento global e só pode ser reduzida
se for obtida uma combustão mais eficiente dos óleos combustíveis.
Embora menos predominante nos dias de hoje, a poluição do ar pela fuligem da chaminé do
navio ainda poderá ocorrer. Em tais casos, as consequências são geralmente de longo
alcance, pois as partículas de fuligem podem ser transportadas por longas distâncias e
danificar a propriedade de terceiros. Além disso, a limpeza dá muito trabalho e é, portanto, e
dispendiosa.
Em abril de 1999, a União Europeia (EU) emitiu uma diretiva (1999/32/EC) que entrou em vigor
em 1º de julho de 2002, estabelecendo que um bujão de enxofre esteja instalado para uso em
terra nos combustíveis de destilação média, com um bujão semelhante sendo instalado para
uso marítimo de produtos semelhantes. Em resumo, a diretiva estabelece um bujão de enxofre
em todos os graus de combustível dentro da Tabela 1 da ISO 82171996; A diretiva da EU inclui
um bujão de enxofre de 0,2 % por massa do óleo diesel marítimo (MDO).
Essa diretiva da EU impõe restrições consideráveis para o uso do MDO, particularmente para o
trânsito entre os portos europeus. Portanto, o Comandante e seus Oficiais de Convés e
Máquinas deverão garantir que possuem informações atualizadas sobre os requisitos
específicos da EU que possam ser mais restritivos do que os do Anexo VI da MARPOL 73/78.
O Comandante, seus Oficiais e o pessoal de bordo que possa estar envolvido nas operações
essenciais de bordo relacionadas à prevenção da poluição por óleo deverão se familiarizar não
apenas com as operações estabelecidas no SMS da Companhia, mas também com as
disposições da MARPOL 73/78 e suas últimas emendas.
B. Áreas especiais.
Quando entrando em PSSA (Particular Sensitive Sea Areas) o Comandante e seus Oficiais são
aconselhados a cumprir cuidadosamente os regulamentos especiais em vigor, tais como:
Qualquer contravenção a estas regras não só constitui uma infração criminal, mas também terá
sérias consequências financeiras para a Companhia e algumas vezes para a seguradora de
P&I.
Os Inspetores Navais podem, a qualquer momento, realizar uma inspeção quando houver
motivos claros para acreditar que o Comandante ou sua Tripulação não estejam familiarizados
com a MARPOL. Tais inspeções podem resultar na detenção do navio sem aviso prévio até
que sejam tomadas medidas para corrigir a situação.
Se ocorrer uma poluição, o Comandante e/ou os Oficiais de Máquinas deverão cooperar com
as autoridades de forma a limitar qualquer consequência. Antes que seja feita qualquer
admissão de responsabilidade pelo pessoal do navio, a seguradora de P&I e o corretor local,
ou os advogados que representarem a Companhia, deverão ser consultados.
No entanto, se o Comandante acreditar que o seu navio esteja sendo injustamente acusado ou
que qualquer ação adotada pelas autoridades esteja incorreta, ele poderá emitir uma nota de
protesto, mas deverá buscar conselho da seguradora de P&I e do corretor local ou dos
advogados que representarem a Companhia antes de tal emissão.
Apesar do fato de que mais e melhores auxílios à navegação estejam disponíveis, ainda
ocorrem abalroamentos/colisões. As causas geralmente são:
Cobertura do Seguro
Favor consultar a seção 1.7. Diferença Entre os Seguros P&I e de Casco e Máquinas.
Abalroamento no Mar
Apesar dos navios serem construídos para terem flutuabilidade suficiente se um ou mais dos
seus compartimentos for alagado, a sequência e o impacto de um abalroamento nunca
poderão ser previstos, pois poderá haver uma perda imediata da flutuabilidade. Em tais
circunstâncias, o conhecimento do Plano de Contingência para Emergências do navio é vital. A
sobrevivência da Tripulação só poderá ser assegurada se ela estiver treinada de tal forma que
cada membro da Tripulação seja capaz de desempenhar a sua função na emergência. É
importante enfatizar que a familiarização adequada com os exercícios de abandono é, em
muitos casos, vital para a sobrevivência da Tripulação e o subsequente resgate por outros
navios. A única ajuda que poderá estar disponível no mar é muitas vezes o outro navio
envolvido no acidente.
O Comandante e seus Oficiais deverão sempre tomar medidas antecipadas para evitar uma
situação que possa resultar em abalroamento/colisão. Como regra geral, o Comandante e seus
Oficiais deverão agir antes que seja aplicado o RIPEAM.
O uso do VHF para as conversas de primeiro contato ou de ultrapassagem deve ser evitado, se
possível. Se o VHF for usado, isso só deverá ser feito após ser estabelecida uma identificação
positiva. A comunicação deverá ser clara, concisa e oportuna para evitar o desperdício do
tempo valioso que poderá ser necessário para as manobras de evasão. As conversas
enganosas com o outro navio no primeiro contato ou na ultrapassagem, tais como a infração ao
RIPEAM (p. ex. verde com verde) devem ser evitadas.
Têm sido relatados incidentes em que o uso de telefones celulares ou móveis por satélite:
Embora o efeito dos telefones celulares no equipamento do navio possa já ter sido investigado,
o Comandante deverá proibir o uso de telefones celulares durante a navegação em águas
confinadas.
Para medidas adicionais a serem tomadas nos casos de abalroamento/colisão, favor consultar
a seção 3.3. Abalroamento / Colisão.
Cobertura do Seguro
As avarias aos FFO envolvem o contato entre o navio ou o equipamento do navio e o objeto
avariado - o que exclui outro navio. A responsabilidade poderá ser coberta pela seguradora de
P&I ou pela de Casco e Máquinas. Os termos padrões do seguro podem ser emendados e as
apólices de seguro do navio indicarão quem cobre o navio para os casos de avaria a FFO.
Uma ampla gama de objetos podem cair nesta categoria, tais como:
guindastes de terra;
redes de suprimento, p. ex. de água e gás;
píeres;
cais;
comportas e suas portas;
auxílios à navegação, tais como boias e até mesmo faróis; e
equipamento de pesca e fazendas marinhas, particularmente próximas da costa.
As avarias aos FFO tendem a ocorrer em águas confinadas, principalmente quando um Prático
estiver presente. Para garantir a vigilância em todos os momentos, o Comandante deverá:
As avarias aos berços e molhes podem, em muitos casos, ser evitados se uma assistência
suficiente de rebocadores for usada. Em circunstâncias onde haja correntes, marés ou ventos
fortes, o Comandante deverá sempre considerar o emprego da assistência de rebocadores ou
atrasar a manobra até que a situação predominante melhore.
Quando for realizado um giro na frente do berço antes da atracação, o Comandante deverá
garantir que os rebocadores tenham controle do navio, afastado o suficiente, antes da
aproximação final.
Os cabos de reboque para substituição deverão estar disponíveis no navio e prontos a serem
entregues se a linha de reboque do rebocador é rejeitada devido à sua má condição ou se ela
partir.
verificar o ponto mais alto do navio (calado aéreo), p. ex. antena ou mastro;
verificar com o Prático a folga abaixo dos guindastes;
reduzir a velocidade na hora da aproximação da instalação de terra; e
evitar o contato com a instalação de terra.
Se as portas forem avariadas a tal ponto que a comporta não possa mais ser operada, isto
poderá resultar em:
Em muitos casos, além dos custos da reconstrução, uma indenização é reivindicada pelas
perdas causadas, detenção e falta de uso.
As avarias aos auxílios à navegação, tais como as boias luminosas, podem ter consequências
desastrosas. O contato com uma boia pode passar despercebido e, se a boia não for
substituída, outro navio pode se confundir no canal e encalhar. Em tais circunstâncias, os
tribunais de algumas jurisdições concedem generosas compensações àqueles cuja
propriedade foi avariada.
Os custos dos danos físicos às fazendas marinhas e às redes de pesca são relativamente
baixos, mas as reivindicações pelas perdas futuras podem ser consideráveis. Deverá ser dada
particular atenção à navegação em áreas onde redes de pesca possam estar localizadas. É
aconselhável colocar um vigia equipado com poderosos projetores de busca no castelo de proa
e estabelecer um canal de comunicação adequado.
A área de fundeio deverá ser cuidadosamente selecionada para evitar que o navio se desloque
para cima de fazendas marinhas ou equipamentos de pesca. Quando fundeado próximo de tais
áreas:
Cobertura do Seguro
A cobertura do seguro por perda ou avaria a uma propriedade que não seja os FFO é um
assunto complexo. Tais reivindicações podem estar sujeitas ao seguro de Casco e Máquinas
ou de P&I. Como regra geral, os incidentes envolvendo a perda ou avaria à uma propriedade
não pertencente ao navio e onde não houver contato com o seu casco serão, na maioria dos
casos, cobertos pela seguradora de P&I.
Algumas apólices de Casco e Máquinas cobrem a avaria causada a outros navios quando o
próprio navio está manobrando, p. ex. a avaria causada pela onda formada pela velocidade do
próprio navio. As avarias decorrentes de manobras que podem causar o encalhe de outro
navio, abalroar outra embarcação, ou avariar um FFO são cobertas pela seguradora de P&I,
sujeitas ao certificado de registro individual.
É provável que tal avaria ocorra em águas confinadas ao se aproximar de estuários ou áreas
de praticagem compulsória. A avaria causada pela onda formada pela velocidade do próprio
navio pode ocorrer quando um navio tem pouco trim ou navega em velocidade excessiva em
Uma manobra errática ou inesperada pode fazer com que o outro navio encalhe, abalroe um
terceiro navio ou avarie um FFO, o que pode resultar em protestos substanciais. Para evitar o
surgimento de tais situações, o Comandante deverá garantir que:
após a troca de informações claras e precisas sobre quais os bordos serão mostrados
entre as embarcações;
se há espaço suficiente e seguro entre as duas embarcações de forma a evitar o
contato;
se há uma distância segura das margens do rio ou do canal.
Seja perto da costa, nos rios, canais ou mar aberto, devem ser tomados cuidados
consideráveis quando fundeando. Uma âncora pode cair sobre, unhar e ficar enroscada em
uma variedade de tubulações e cabos submersos, tais como redes de água doce e de gás,
cabos elétricos e de comunicação, linhas de suprimento, etc. Em tais circunstâncias:
Todos os cabos de atracação deverão ser sempre mantidos tesos de forma a evitar que o
navio se movimente ao longo do cais. As condições das marés deverão ser levadas em conta.
No caso de avaria à propriedade de terceiros ou aos FFO, favor consultar a seção 3.4. Avarias
aos FFO - Avaria à Propriedade.
Média Geral
A lei da média geral é um princípio legal do direito marítimo segundo o qual todas as partes em
um empreendimento marítimo dividem proporcionalmente quaisquer perdas resultantes de um
sacrifício voluntário de parte do navio ou da carga para salvar o todo em uma emergência.
Nas situações perigosas enfrentadas no mar, os membros da Tripulação geralmente têm muito
pouco do seu tempo precioso para determinar com precisão a carga a ser alijada no mar.
Assim, de forma a evitar brigas que possam desperdiçar o tempo valioso, surgiu a prática
equitativa de que todos os comerciantes cuja carga desembarcasse com segurança seriam
chamados a contribuir com uma porção, baseada em uma parte ou porcentagem, para o
comerciante ou comerciantes cujas mercadorias tenham sido alijadas ao mar de forma a evitar
um perigo iminente. Enquanto a média geral tem sua origem no direito marítimo antigo, ela
ainda permanece em vigor na legislação do almirantado da maioria dos países.
O Comandante deverá compreender que a média geral, nos termos das Regras de York-
Antwerp, é usada somente quando:
Os exemplos de eventos que deram origem à declaração da média geral, podem ser:
incêndio a bordo;
encalhe;
grande colapso da carga;
alijamento da carga;
inoperância do motor principal;
perda do leme ou do propulsor;
falha estrutural grave.
As partes que contribuem com a média geral são as partes com interesse próprio e
normalmente segurável na empreitada: os proprietários devido ao risco para o navio, carga,
combustíveis e frete.
Um incidente que leve à aplicação da média geral afeta, em todas as instâncias, à seguradora
de Casco e Máquinas, bem como à seguradora da carga. Tal incidente pode frequentemente
incluir elementos como a poluição, ameaça de poluição, lesão corporal ou outros riscos que
são cobertos pela seguradora de P&I. Consequentemente, a seguradora de P&I ou seu
corretor local deverá ser contatado sem demora para avaliar a situação. Um vistoriador
precisará ser indicado pela seguradora de Casco e Máquinas para investigar a causa e a
extensão do acidente e um inspetor de média geral será frequentemente indicado em nome de
todas as partes interessadas. Além disso, um vistoriador para todos os aspectos de P&I do
incidente pode ter que ser designado para investigar a extensão do seu envolvimento. A
Companhia irá, em cooperação com a sua seguradora de Casco e Máquinas e o avaliador de
média geral indicado, seguir as etapas necessárias para obter um título ou garantia de média
geral e um acordo de não separação, se exigido, antes do alijamento da carga e considerar
quaisquer medidas adicionais para garantir os interesses na média geral. Os interessados na
carga geralmente tentam negar suas obrigações legais de contribuir com suas partes na média
geral com base em alegações de falta de navegabilidade e quebra do contrato de afretamento.
A Companhia e a seguradora de P&I também podem ser responsabilizadas pelos custos das
medidas tomadas para prevenir ou minimizar o dano ao meio ambiente marinho, pois tais
custos só são permitidos na média geral em determinadas circunstâncias.
Devido à natureza complexa da média geral e do mecanismo para alocação das despesas, o
Comandante é aconselhado a manter um registro cronológico detalhado de todas as ações
tomadas, de forma que a Companhia e a seguradora de P&I poderão justificar suas posições
aos diversos interessados, contribuindo assim com a média geral.
Para mais informações sobre a média geral, favor consultar a seção 3.9. Encalhe e Salvamento
- Média Geral.
Encalhe e Salvamento
Nas circunstâncias em que o navio vier a encalhar, favor consultar a seção 3.8. Encalhe e
Salvamento - Média Geral.
Incêndio
O incêndio a bordo de um navio é uma das situações mais perigosas para a Tripulação e
passageiros. Um incêndio a bordo pode resultar na perda total do navio. O Comandante e a
Tripulação deverão estar treinados e exercitados para reagir profissionalmente a qualquer
incêndio. Uma Tripulação bem treinada é frequentemente capaz de conter um incêndio ou até
mesmo apagá-lo, não apenas salvando vidas, mas também o próprio navio e a carga.
É essencial que todos os membros da Tripulação e as outras pessoas que não estejam
envolvidas diretamente na operação de combate ao incêndio sejam evacuadas o mais rápido
possível.
Estar preparado para tal emergência é um requisito obrigatório de acordo com a seção 8 do
Código ISM.
Como em qualquer acidente marítimo, o navio não deverá ser abandonado às pressas, sem
que o Comandante e seus Oficiais tenham avaliado a estabilidade do navio.
Para evitar que ocorra um incêndio, deverão ser observadas as práticas de trabalho seguras e
as restrições ao fumo a bordo:
O Comandante deverá garantir que toda a Tripulação esteja ciente sobre os riscos:
Além disso, deverão ser exibidos sinais suficientemente grandes e claramente marcados com o
texto NÃO FUMAR em locais de destaque a bordo e a observância da política de fumo deverá
ser monitorada. Todo o pessoal e visitantes deverão estar cientes das restrições ao fumo a
bordo.
A cobertura de P&I para a responsabilidade pela carga também pode ser prejudicada se tal
responsabilidade resultar de um desvio. Há o dever implícito nos contratos de transporte para
realizar a viagem da carga pela rota usual e costumeira e com uma rapidez razoável. Se o
transportador cometer intencionalmente um desvio e não for perdoado de fazê-lo por costume,
acordo ou estatuto, existe o risco de que determinadas defesas ou direitos de limitação não
estarão disponíveis para o transportador, os quais poderiam, do contrário, estar disponíveis de
acordo com o contrato.
Embora a maioria, se não todos, dos contratos de transporte contém uma cláusula de
liberdade, que busca ampliar o que é considerado “usual e costumeiro”, p. ex. “escalar portos
em qualquer ordem”, os tribunais normalmente restringirão a capacidade do transportador de
Marcos Machado da Silveira Página 129 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
se basear em tais cláusulas e se o desvio for cometido apenas para o benefício próprio do
transportador, é improvável que seja considerado justificável, mesmo dentro do contexto de
uma cláusula de liberdade. Em muitos casos, a seguradora de P&I poderá providenciar um
seguro adicional para os desvios em nome da Companhia e às suas custas. Se um
afastamento da derrota planejada for intencional, o Comandante, ou mais comumente a
Companhia, deverá buscar autorização prévia da seguradora de P&I.
Quando ocorrer um incidente, o Comandante e seus Oficiais deverão sempre consultar o Plano
de Contingência para Emergência da Companhia, conforme exigido pelo Código ISM. Este
Plano de Contingência para Emergências poderá ter um nome diferente no sistema de
gerenciamento de segurança implementado pela Companhia e o navio. Esse plano deverá
conter as respostas efetivas da Companhia e do navio para as potenciais situações de
emergência.
O objetivo da Parte 3 difere dos requisitos de comunicação da Companhia. Esta Parte 3, que
cobre os “Conselhos para Respostas a Incidentes” destina-se a servir:
Mesmo nos melhores navios, podem ainda ocorrer acidentes. Se isto acontecer, as
consequências de um acidente precisam, e podem ser reduzidas se o Comandante e sua
Tripulação estiverem treinados e preparados para responder de maneira profissional. Essas
consequências podem ser minimizadas:
Se o Comandante e sua Tripulação souberem o que esperar, eles não serão surpreendidos por
nada!
O Comandante e seus Oficiais nunca deverão subestimar um incidente. Isso pode parecer
trivial, mas suas consequências podem ser muito sérias.
O Comandante pode até ter a opinião de que seu navio não é responsável pelo incidente ou
que qualquer avaria ao navio ou suas máquinas seja mínima; entretanto, isso pode não ser o
caso. Alternativamente, as coisas podem não ser como pareciam no momento do incidente -
uma parte interessada ou envolvida pode inicialmente não protestar ou minimizar o incidente;
uma carga com a embalagem apenas ligeiramente danificada pode ter seu conteúdo muito
danificado; e a estrutura ou fundações de um píer podem ser avariadas mesmo que a face em
si mostre apenas vestígios de atrito. Qualquer evidência disponível deverá, portanto, ser
coletada e preservada imediatamente após a ocorrência do incidente, mesmo antes da
chegada de assistência de terra.
Uma vez obtida a visão geral da situação e adotadas as medidas iniciais, o Comandante
deverá receber instruções imediatas - conforme estabelecido no Plano de Contingência para
Emergências da Companhia e do navio:
da Companhia;
da seguradora de P&I e/ou da de Casco e Máquinas, conforme o caso; e
dos corretores locais ou advogados instruídos pelas seguradoras para e em nome da
Companhia.
Em qualquer caso, o Comandante deverá tomar a ação necessária que é apropriada para uma
determinada situação.
o incidente; e
o tipo de assistência necessária.
da natureza;
da causa;
da extensão,
Mesmo itens insignificantes podem ter uma importância fundamental. As evidências podem ser
coletadas:
O Comandante deverá garantir que uma câmera digital, com as baterias totalmente carregadas
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
e prontas para uso, esteja sempre disponível no passadiço e/ou no escritório do navio, para
obter evidências fotográficas como descrito acima.
Os acidentes não só atraem a atenção do público e da mídia, mas também dos potenciais
reclamantes. O acesso ao navio só deverá ser concedido de acordo com o SSP da Companhia
e do navio, de acordo com o Código ISPS. Portanto, ninguém deverá ter permissão para
acessar o navio, a menos que:
seja autorizado pela justiça (autoridades nacionais ou locais, ambulâncias, polícia, etc.)
e identificado adequadamente;
seja autorizado a agir em nome da Companhia das seguradoras de P&I e de Casco e
Máquinas e identificado adequadamente.
O Comandante e a Tripulação não deverão conversar com ninguém, a menos que o indivíduo
apresente prova de que está autorizado a agir para ou em nome da Companhia ou da
seguradora. Isto particularmente se aplica a pessoas que afirmam ser “representantes do
signatário da carga” ou “vistoriadores”. Qualquer representante da imprensa deverá ser
encaminhado para a Companhia.
Se o Comandante precisar solicitar assistência, ele deverá consultar a Lista de Corretores das
seguradoras, onde a assistência local poderá ser obtida.
Quando o Comandante e seus Oficiais são obrigados a relatar, a qualidade das informações
fornecidas é essencial. A informação deverá ser verdadeira, confiável e representar os fatos,
não opiniões ou especulações.
Emitindo um Protesto
registrar um desacordo com a outra parte, p. ex. manipulação brusca da carga pelos
estivadores;
relatar um evento específico, tal como mau tempo.
É necessário responsabilizar a outra parte por escrito para proteger a posição legal da
Companhia, do Comandante, da Tripulação e da seguradora. São exemplos de casos em que
tais avisos deverão ser emitidos:
ocorrência de um abalroamento/colisão;
um rebocador avariou o navio ou a propriedade de terceiros;
um estivador avariou o navio, seus equipamentos ou carga;
o navio sofreu avaria devido à condição inadequada do cais; e
quaisquer outros casos onde atos ou omissões da outra parte podem expor a
Companhia a qualquer responsabilização, custo ou despesa.
Recebendo um Protesto
Se o conteúdo do protesto recebido não puder ser verificado e o Comandante não estiver
satisfeito de que ele reflete os fatos, ele deverá sempre lançar uma cláusula no protesto com o
seguinte texto: “somente para recebimento e sem admissão do conteúdo”.
Caso o Comandante seja solicitado a assinar uma declaração após um incidente, ele deverá
entrar em contato com o corretor local das seguradoras de P&I e de Casco e Máquinas para
assistência antes da assinatura.
Se houver avaria ou perda da carga, a cobertura fornecida pela seguradora de P&I poderá ser
envolvida e a Companhia, a seguradora de P&I ou seu corretor local deverão ser contatados.
Avaria da Carga
No caso da carga que pode se tornar um perigo à navegação, p. ex. contêineres, cair no mar, o
Comandante deverá:
conhecimento de embarque;
recibo do Imediato (mate’s receipt);
manifesto da carga;
folhas de contagem;
relatórios de resultados;
gráfico partlow de contêiner refrigerado;
registros relativos à temperatura e atmosfera;
registros de ventilação;
plano(s) de estivagem;
plano(s) de peação e amarração da carga;
certificados de estivagem e peação emitidos;
cálculos de estabilidade e esforços do início da viagem e do momento do incidente;
instruções de viagem/transporte;
instruções de refrigeração;
certificados de inspeção de limpeza;
boletins meteorológicos durante a viagem;
extratos do diário de navegação (ou cópias);
relatórios de sondagem das dalas, pocetos e tanques;
cartas de protesto recebidas ou emitidas;
certificados de análise da carga;
relatórios de vistorias;
cálculos da carga para a viagem;
certificado de tanque vazio após a descarga;
registros de bombeamentos;
relatórios de cálculos OBO/ROB.
3.3. ABALROAMENTO
Devido ao fato de que as coberturas de P&I e de Casco e Máquinas podem estar envolvidas, é
importante considerar ambos os aspectos, p. ex. as avarias ao próprio navio e a outro navio. A
Companhia e as seguradoras de P&I e de Casco e Máquinas deverão, portanto, ser
contatadas.
Se houve derramamento de óleo do próprio navio e/ou do outro navio envolvido, o Comandante
deverá notificar imediatamente as autoridades apropriadas.
Geral
Inverter as máquinas após um abalroamento, mas antes de uma avaliação inicial da avaria,
pode ter resultados catastróficos, pois um dos navios pode repentinamente perder sua
flutuabilidade e afundar. O Comandante é, portanto, aconselhado a determinar até que ponto o
outro navio precisa de assistência antes de inverter as máquinas.
Como os radares nem sempre são instalados com um registrador de dados, as folhas de
plotagem deverão ser mantidas e/ou os esboços feitos das observações no radar antes do
abalroamento pelos Oficiais que estiveram de serviço de quarto nos períodos anteriores ao
incidente. Um registro das configurações do radar usadas a bordo também será muito útil na
reconstrução do rumo e para provar que uma vigia adequada no radar foi mantida no momento
do incidente.
Um registro de qualquer tráfego VHF entre os navios envolvidos ou com as instalações de terra
antes do abalroamento deverá ser fornecido por escrito de forma a estabelecer qual informação
ou alertas de manobras foram transmitidos.
Se o navio estiver equipado com ECDIS (Electronic Chart Display and Information System), o
Comandante deverá fazer o backup das últimas 12 horas para posterior visualização pelas
autoridades pertinentes. O ECDIS deverá possuir o recurso padrão denominado Playback. A
sobreposição da imagem radar sobre a carta náutica eletrônica é uma das informações que
poderão ser arquivadas.
Se o navio estiver equipado com VDR (Voyage Data Recorder) ou S-VDR (Simplified Voyage
Data Recorder), o equipamento possuirá o backup das últimas 12 noras anteriores ao incidente
de forma automática.
Relatórios
Lesões Corporais
Se ocorrer qualquer lesão corporal como resultado do abalroamento, favor consultar a seção
3.11. Lesões Corporais, Doenças ou Morte.
Avaria da Carga
Se houver qualquer avaria da carga como resultado do abalroamento, favor consultar a seção
3.2. Avaria ou Perda da Carga.
Poluição
Se houver qualquer poluição como resultado do abalroamento, favor consultar a seção 3.12.
Poluição.
Informação Geral
quaisquer comunicações entre o próprio navio e o outro navio e/ou entre os navios e as
estações rádio de terra ou os centros de controle do tráfego;
se estiver com Prático a bordo, quaisquer comunicações entre o Prático, os
rebocadores e as estações rádio de terra ou os centros de controle do tráfego;
as luzes de navegação exibidas em ambos os navios no momento do abalroamento;
descrição de como as luzes de navegação eram vistas antes do abalroamento e
qualquer alteração;
qualquer marcação/distância obtida na agulha giroscópica (alidade) e/ou radar do outro
navio antes do abalroamento;
qualquer manobra com o leme ou máquinas antes e após o abalroamento e os horários
de tais manobras;
as condições meteorológicas predominantes, vento, estado do mar, visibilidade, na hora
do abalroamento;
maré e corrente na hora do abalroamento;
calados de ambos os navios na hora do abalroamento;
nomes e indicativos de chamada de quaisquer outros navios que testemunharam o
abalroamento e suas posições aproximadas.
Pessoas Envolvidas
As cópias dos documentos acima, juntamente com as cópias de outros documentos comerciais
serão obtidas pelo advogado ou corretor instruído em nome da Companhia ou das
seguradoras.
Devido ao fato de que as coberturas dos seguros de P&I e Casco e Máquinas podem estar
envolvidas, é importante considerar ambos os aspectos, ou seja, a avaria ao próprio navio,
assim como ao objeto avariado - favor consultar a seção 1.8. Diferença Entre os Seguros de
P&I e o de Casco e Máquinas. A Companhia e as seguradoras de P&I e de Casco e Máquinas
deverão, portanto, ser contatadas.
A avaria causada pela onda provocada pelo movimento do navio geralmente passa
despercebida e um protesto será provavelmente apresentado em um estágio muito posterior.
Portanto, o máximo possível de evidências deverá ser obtido para a defesa de tal protesto.
Informação Geral
se o Prático alertou o Comandante ou algum dos seus Oficiais sobre qualquer restrição
de velocidade na área;
se o Comandante ou algum dos seus Oficiais estava ciente sobre qualquer restrição de
velocidade na área; e
se o Prático foi informado sobre qualquer restrição de velocidade pelo Comandante ou
seus Oficiais.
Pessoas Envolvidas
As cópias dos documentos acima, juntamente com as cópias de outros documentos comerciais
serão obtidas pelo advogado ou corretor instruído em nome da Companhia ou das seguradoras
de P&I e de Casco e Máquinas.
A Companhia pode necessitar obter um seguro separado para o desvio cobrindo a carga ou os
passageiros transportados a bordo. A Companhia deverá, portanto, estar informada para poder
aconselhar as seguradoras de acordo.
Como altas somas de dinheiro estão frequentemente envolvidas em conexão com o desvio e
protestos podem ser emitidos pelo afretador ou interessados na carga devido ao atraso na
entrega ou qualquer deterioração da carga, o Comandante é aconselhado a manter:
um registro detalhado a partir do início do desvio até que o navio esteja na mesma
posição ou em local equidistante do destino;
detalhes de todas as medidas adotadas.
O seguro de P&I normalmente cobre a Companhia por determinados custos extra incorridos no
afastamento justificado do navio nas circunstâncias descritas acima. Se a situação permitir, o
Comandante deverá buscar instruções junto à Companhia e à seguradora de P&I antes de
afastar o navio. A assistência também pode ser solicitada ao corretor local da seguradora de
P&I. Todas as circunstâncias que fazem com que o Comandante afaste o navio deverão ser
registradas.
Em caso de avaria ou falha de qualquer peça dos motores do navio ou outras peças que exijam
reparos em um porto na derrota, as coberturas de P&I e de Casco e Máquinas poderão ser
envolvidas. Consequentemente, a Companhia deverá ser informada, habilitando-a a contatar
as seguradoras. A seguradora de Casco e Máquinas pode desejar instruir um vistoriador para
inspecionar a avaria. Uma avaliação para saber se o afastamento poderá ser considerado um
desvio, também poderá ser necessária, conforme explicado na seção 2.16.8. Afastamento -
Desvio.
dados sobre o incidente que causou o afastamento - desvio, p. ex. qualquer fatalidade,
lesão corporal, navio em perigo, etc.
3.6.1. Geral
A cobertura fornecida pela seguradora de P&I poderá estar em risco quando há o tráfico de
drogas ou alegações de tráfico de drogas. A Companhia, a seguradora de P&I e o seu corretor
local deverão, portanto, ser contatados imediatamente. Deverão ser tomadas ações e
coletadas evidências para proteger a Companhia e os membros da Tripulação.
Quando são descobertos lacres rompidos e substituídos pela Tripulação, deverá ser feito um
lançamento no diário de navegação e no conhecimento de embarque juntamente com a
anotação dos números dos lacres pertinentes. As autoridades relevantes deverão ser
notificadas em conformidade com o SMS e/ou o SSP. Os contêineres vazios, designados como
vazios, também deverão ser verificados em conformidade com o SMS e/ou o SSP.
O tráfico de drogas constitui um crime muito grave em quase todos os lugares e levarão a
investigações criminais a serem conduzidas pelas autoridades. Apesar do Comandante e
qualquer outra pessoa envolvida ter o direito de permanecer em silêncio e o de buscar
conselhos de um advogado antes de responder a qualquer pergunta das autoridades, o
Comandante é ainda assim aconselhado a cooperar com as autoridades investigadoras. Ele
deverá confirmar sua disposição de cooperar, mas também deverá pedir que um advogado o
acompanhe durante o depoimento/investigação.
Se o Comandante fizer isso, ele poderá ser acusado de obstrução da justiça. Se o Comandante
ou qualquer outra pessoa envolvida a bordo não tiver certeza quanto aos seus direitos e
responsabilidades em uma investigação criminal, eles deverão buscar orientação do corretor
ou do escritório de advocacia locais.
diário de navegação;
livro de manobras do passadiço (Bridge Bell Book);
diário de máquinas;
livro de manobras da máquina (Engine Bell Book);
livro de registro de óleo;
cartas náuticas usadas (impressas ou eletrônicas) - sem adulterações;
itinerário dos últimos portos de escala com todos os detalhes, tais como:
> data e horário de chegada e de partida;
> rebocadores na assistência na chegada e na partida;
> Práticos na assistência na chegada e na partida;
> agentes dos portos;
> nomes dos fornecedores, oficinas, visitantes e outras pessoas registradas como
tendo visitado o navio durante a estadia no porto.
A divulgação dos documentos do navio, declarações ou relatórios não deverá ser feita sem
uma autorização prévia da Companhia, da seguradora de P&I, do corretor local ou dos
advogados instruídos em nome da Companhia. No entanto, deverá haver plena cooperação
com as autoridades.
Quando uma multa é aplicada ou ameaçada de ser aplicada, a cobertura fornecida pela
seguradora de P&I poderá ser envolvida. A Companhia, a seguradora de P&I e o seu corretor
local deverão, portanto, ser contatados.
3.7.1. Geral
Se forem aplicadas multas ao navio ou à pessoa a bordo, deverão ser adotadas ações e
coletadas evidências para proteger os interesses dos envolvidos, desde que a segurança
pessoal não seja colocada em risco.
Se o Comandante for investigado pelas autoridades por má conduta levando a uma infração
criminal, ele, ou qualquer outra pessoa envolvida, poderá ter o direito de permanecer em
silêncio e de buscar aconselhamento de um advogado antes de responder a quaisquer
perguntas das autoridades.
Se o Comandante fizer isso, ele poderá ser acusado de obstrução da justiça. Se o Comandante
ou qualquer outra pessoa envolvida a bordo não tiver certeza quanto aos seus direitos e
responsabilidades em uma investigação criminal, eles deverão buscar orientação do corretor
ou do escritório de advocacia locais.
diário de navegação;
livro de manobras do passadiço (Bridge Bell Book);
diário de máquinas;
Marcos Machado da Silveira Página 147 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
A divulgação dos documentos do navio, declarações ou relatórios não deverá ser feita sem
uma autorização prévia da Companhia, da seguradora de P&I, do corretor local ou dos
advogados instruídos em nome da Companhia.
3.8. INCÊNDIO
Relatórios
A. Em um porto ou no fundeio.
B. No mar.
Se o navio estiver com seguimento, mas próximo da costa, o MRC (Maritime Rescue Centre)
e/ou a Guarda Costeira apropriados deverão ser notificados, tal como definido no Plano de
Contingência para Emergências.
3.9.1. Encalhe
A. Ação imediata.
B. Relatórios.
A. Informação geral.
data e horário (local e UTC) exato do encalhe, tal como registrado no passadiço e na
praça de máquinas;
posição/localização do encalhe;
descrição da parte do navio encalhada;
descrição da área do leito submarino onde ocorreu o encalhe;
rumos verdadeiro (na carta náutica), de governo (giroscópica) e magnético no momento
do encalhe;
velocidade, rotações ou passo do hélice do navio no momento do encalhe;
posição do leme no momento do encalhe;
qualquer alteração no rumo e/ou na velocidade imediatamente antes do encalhe e a
hora exata de tal alteração;
qualquer comunicação, incluindo as ordens dadas para a praça de máquinas;
qualquer comunicação trocada entre o navio e as estações rádio de terra ou centros de
controle do tráfego;
se o Prático estiver a bordo, qualquer comunicação entre o Prático e o comando do
navio, incluindo o timoneiro, antes do encalhe;
se o Prático estiver a bordo, qualquer comunicação entre o Prático e os rebocadores ou
estações rádio em terra ou centros de controle do tráfego;
qualquer marcação/distância obtida na agulha giroscópica (alidade) e/ou radar de terra
antes do encalhe;
qualquer manobra com o leme ou máquinas antes e após o encalhe e os horários de
tais manobras;
as condições meteorológicas predominantes, vento, estado do mar, visibilidade, na hora
do encalhe (manter qualquer boletim meteorológico);
maré e corrente na hora do encalhe;
calados do navio na hora do encalhe;
profundidade da água ao redor do navio;
registros das sondagens de todos os tanques do navio feitas antes e após o encalhe;
distribuição da carga no momento do encalhe e quaisquer mudanças subsequentes.
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Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
C. Pessoas envolvidas.
diário de navegação;
livro de manobras do passadiço (Bridge Bell Book);
diário de máquinas;
livro de manobras da máquina (Engine Bell Book);
impressões do registrador de rumo/manobras;
cartas náuticas usadas (impressas ou eletrônicas) - sem adulterações;
impressões do ecobatímetro;
boletins e registros meteorológicos;
registros das horas de serviço e descanso do Comandante, Oficiais e Tripulação,
conforme o STCW’ 95.
As cópias dos documentos acima, juntamente com as cópias de outros documentos comerciais
serão obtidas pelo advogado ou corretor instruído em nome da Companhia ou das seguradoras
de P&I e de Casco e Máquinas.
Geral
Se a média geral tiver sido declarada, o Comandante deverá manter um registro cronológico
detalhado de todas as ações tomadas, sacrifícios e/ou despesas realizados e qualquer apoio
recebido de terceiros, tais como quem realiza o salvamento, incluindo os detalhes de quaisquer
conversas ou acordos alcançados.
Se o Comandante tiver sido aconselhado que a média geral foi declarada, ele deverá
imediatamente:
Na maioria dos casos, um vistoriador de média geral será nomeado pelo avaliador médio para
manter um registro preciso de todas as ações tomadas juntamente com qualquer despesa. Até
que um vistoriador de média geral chegue no local, as seguintes informações deverão ser
coletadas:
3.9.3. Salvamento
Geral
A cobertura oferecida pela seguradora de P&I pode, no entanto, ser envolvida, especialmente
se houver danos ao meio ambiente marinho ou à propriedade de terceiros como resultado da
poluição. Portanto, as ações precisam ser tomadas e coletadas as evidências.
Relatórios
a Companhia;
a seguradora de Casco e Máquinas;
a seguradora de P&I;
o corretor local.
A. Informação geral.
data e horário (local e UTC) exatos, tal como registrado no passadiço e na praça de
máquinas, do incidente que resultou em salvamento;
posição/localização do incidente;
descrição da parte do navio encalhada;
rumos verdadeiro (na carta náutica), de governo (giroscópica) e magnético no momento
ou antes do incidente;
velocidade, rotações ou passo do hélice do navio no momento ou antes do incidente;
posição do leme no momento ou antes do incidente;
qualquer alteração no rumo e/ou na velocidade imediatamente antes do incidente e a
hora exata de tal alteração;
qualquer comunicação, incluindo as ordens dadas para a praça de máquinas (se
aplicável);
qualquer comunicação trocada entre o navio e as estações rádio de terra ou centros de
controle do tráfego ou outros navios;
se o Prático estiver a bordo, qualquer comunicação entre o Prático e o comando do
navio, incluindo o timoneiro, antes do incidente;
se o Prático estiver a bordo, qualquer comunicação entre o Prático e os rebocadores ou
estações rádio em terra, centros de controle do tráfego ou outros navios antes do
incidente;
qualquer marcação/distância obtida na agulha giroscópica (alidade) e/ou radar de terra
antes do incidente;
qualquer manobra com o leme ou máquinas antes e após o incidente e os horários de
tais manobras;
as condições meteorológicas predominantes, vento, estado do mar, visibilidade, na hora
do incidente (manter qualquer boletim meteorológico);
maré e corrente na hora do incidente;
calados do navio na hora do incidente;
registros das sondagens de todos os tanques do navio feitas antes e após o incidente;
sondagens de todos os tanques (combustível e água);
avaliação da avaria sofrida pelo navio.
sistema GPS - posição registrada após o botão ser pressionado (se possível);
VHF - descrição resumida da sua localização no passadiço e dos canais que eram
operados no momento do incidente, quaisquer mudanças para outros canais com os
horários exatos antes do incidente;
exibição de cartas eletrônicas - descrição resumida da carta náutica usada e quando foi
realizada sua última atualização; e
qualquer outro equipamento de navegação ou comunicação utilizado a ser descrito
como acima.
C. Pessoas envolvidas.
diário de navegação;
livro de manobras do passadiço (Bridge Bell Book);
diário de máquinas;
livro de manobras da máquina (Engine Bell Book);
impressões do registrador de rumo/manobras;
cartas náuticas usadas (impressas ou eletrônicas) - sem adulterações;
impressões do ecobatímetro;
boletins e registros meteorológicos;
registros das horas de serviço e descanso do Comandante, Oficiais e Tripulação,
conforme o STCW’ 95.
As cópias dos documentos acima, juntamente com as cópias de outros documentos comerciais
serão obtidas pelos advogados ou corretores instruídos em nome da Companhia ou das
seguradoras de P&I e de Casco e Máquinas.
Quando alguém caiu no mar ou é dado como desaparecido, a cobertura fornecida pela
seguradora de P&I será envolvida. A Companhia, a seguradora de P&I ou seu corretor local
deverão ser, portanto, contatados.
Deverá haver um procedimento no SMS do navio que trate das ações a serem tomadas
quando alguma pessoa cai no mar ou é informada como desaparecida. O Plano de
Contingência para Emergências deverá também ser consultado.
Geral
A lesão corporal é o tipo mais sério de incidente, pois afeta as pessoas. Embora as avarias
estruturais do navio possam geralmente ser reparadas, os ferimentos a uma pessoa nem
sempre podem ser compensados com dinheiro. Para minimizar as consequências dos
protestos por lesão corporal, as seguintes ações deverão ser tomadas e coletadas todas as
evidências.
garantir que a pessoa mais experiente e melhor qualificada a bordo preste cuidados
médicos à pessoa ferida;
se houver o risco de lesões internas, não movimentar a pessoa ferida até que uma
pessoa da área médica esteja presente;
buscar aconselhamento médico pelo rádio do navio ou por outros meios de
comunicação;
o Comandante deverá considerar o afastamento da derrota para assistência médica se
o navio estiver próximo da costa;
se o navio estiver no porto ou fundeado, pedir ao agente uma ambulância e/ou
assistência médica e informar a situação ao corretor local;
considerar o desembarque para terra da pessoa ferida;
a Companhia, a seguradora de P&I e o corretor local deverão ser informados se o
Comandante decidir se afastar da derrota;
todas as mensagens trocadas via rádio deverão ser registradas.
deixar a área intocada até que fotografias e vídeos tenham sido tirados como
evidências;
marcar as fotografias e os vídeos com a data e horário em que foram tirados;
se não houver câmeras disponíveis, fazer desenhos e esboços mostrando a localização
e a posição nas quais a pessoa foi encontrada, juntamente com outros assuntos que
possam ser importantes;
o registro de todas as mensagens via rádio trocadas.
As etapas adicionais a seguir deverão ser executadas quando um estivador sofre uma lesão
corporal enquanto realiza suas atribuições a bordo do navio.
Evidências a Serem Coletadas Além das Estabelecidas na Seção 3.11.1. Lesões Corporais, Acima
data e horário que o estivador embarcou no navio e que começou sua atividade;
qualquer irregularidade notada durante a presença do estivador a bordo, p. ex. práticas
de trabalho inseguras;
a atividade que o estivador estava executando, p. ex. carregando, arrumando ou
peando a carga;
qualquer ação tomada ou apoio dado pelos colegas de trabalho do estivador;
endereço do empregador do estivador.
Evidências a Serem Coletadas Além das Estabelecidas na Seção 3.11.1. Lesões Corporais, Acima
3.11.4. Doenças
No caso de doenças, poderá haver um protesto por negligência apresentado pela pessoa que
adoeceu, independentemente se é um membro da Tripulação ou um passageiro. As seguintes
ações deverão, portanto, serem tomadas e coletadas todas as evidências:
garantir que a pessoa mais experiente e qualificada a bordo presta os cuidados médicos
para o indivíduo doente;
buscar aconselhamento médico pelo rádio do navio ou por outros meios de
comunicação;
o Comandante deverá considerar o afastamento da derrota para atendimento médico se
o navio estiver próximo da costa;
se o navio estiver no porto ou fundeado, pedir ao agente uma ambulância e/ou
assistência médica e informar a situação ao corretor local;
considerar o desembarque para terra da pessoa doente;
a Companhia, a seguradora de P&I e o corretor local deverão ser informados se o
Comandante decidir se afastar da derrota;
todas as mensagens trocadas via rádio deverão ser registradas;
se um membro da Tripulação doente for enviado para terra e não puder retornar para
bordo, seus pertences pessoais deverão ser registrados e embalados, de preferência na
presença de dois Oficiais, e entregues para que o agente local os encaminhe ao
hospital, juntamente com uma cópia da lista dos pertences;
solicitar ao corretor local para informar a situação ao consulado local da pessoa doente;
considerar a conformidade com os regulamentos pertinentes e uma possível
necessidade de substituição por um novo membro da Tripulação.
Além dos regulamentos que exigem que sejam feitos lançamentos no livro de atendimentos
médicos do navio, incluindo os detalhes do atendimento prestado, as seguintes evidências
adicionais deverão ser coletadas:
tratamento médico ministrado antes e após a pessoa ter adoecido e por quem;
indicações de fadiga, intoxicação ou uso de drogas;
registro das horas de serviço da pessoa antes dela adoecer.
3.11.5. Morte
3.12. POLUIÇÃO
3.12.1. Geral
Cobertura da Seguradora
A cobertura fornecida pelas seguradoras de P&I é envolvida quando ocorre uma poluição. A
Companhia, a seguradora de P&I ou seus corretores deverão, portanto, ser contatados
imediatamente.
Antes que qualquer admissão de responsabilidade seja feita pelo Comandante ou Tripulação
do navio, a seguradora de P&I e o corretor local deverão ser consultados.
Na maioria dos casos, a poluição por óleo ou por substâncias oleosas causa danos
consideráveis aos animais e plantas, bem como danos à propriedade de terceiros. Os danos
iniciais podem ser causados pelo próprio poluente. Entretanto, as operações de limpeza
podem, em alguns casos, aumentar os danos e algumas propriedades afetadas não poderão
ser limpas ou reparadas, devendo ser substituídas.
Devido aos efeitos frequentemente catastróficos da poluição por substâncias tóxicas líquidas a
granel - produtos químicos - qualquer atividade que lide com a contenção e limpeza da
poluição deverá ser deixada com as autoridades locais, a menos que a legislação nacional
exija que a Companhia contrate terceiros para a realização dessas operações - como pode ser
o caso em alguns países, p. ex. nos EUA. O monitoramento de tais operações será
normalmente realizado por especialistas indicados pela seguradora de P&I.
Se ocorrer uma poluição, o Comandante deverá buscar cooperação das autoridades para
minimizar as consequências.
3.12.5. Poluição em Águas Fora dos EUA - Com Seguimento, Atracado ou no Fundeio
A poluição que ocorrer em mar aberto pode, no entanto, afetar o meio ambiente marinho e a
costa de um Estado vizinho. Portanto, o Comandante é aconselhado a notificar imediatamente:
A notificação atrasada ou a sua falta podem ter sérias consequências financeiras, incluindo a
imposição de pesadas multas sobre os indivíduos e a Companhia.
Investigações Criminais
Se o Comandante fizer isso, ele poderá ser acusado de obstrução da justiça. Se o Comandante
ou qualquer outra pessoa envolvida a bordo não tiver certeza quanto aos seus direitos e
responsabilidades em uma investigação criminal, eles deverão buscar orientação do corretor
ou do escritório de advocacia locais.
Quando ocorre uma poluição, o Comandante deverá garantir que a Tripulação esteja
cooperando totalmente e apoiando:
Os dispersantes químicos não podem ser usados após um derramamento de óleo, a menos e
até que seu uso tenha sido aprovado pelas autoridades locais ou nacionais!
Se o derramamento foi causado por uma avaria à estrutura do navio, todos os planos da
estrutura do navio deverão estar disponíveis. O Comandante deverá garantir que um dos seus
Oficiais esteja designado para a tarefa de prestar assistência quando necessário para a
interpretação dos planos.
Descrição do Incidente
descrição;
localização;
extensão da poluição.
As cópias dos documentos acima, juntamente com as cópias de outros documentos comerciais
serão obtidas pelo advogado ou corretor instruído em nome da Companhia ou da seguradora
de P&I.
3.13. REFUGIADOS
3.13.1. Geral
Se forem resgatados refugiados do mar, o Comandante deverá ter em mente que eles podem
ter estado no mar por várias semanas e sofrerem de exposição ao sol, fome, desidratação,
enjoo e fadiga. A publicação Diretrizes para o Desembarque de Refugiados, de abril de 1988,
da UNHCR (United Nations High Commissioner for Refugees) fornece um esquema para o
reembolso de determinados custos que envolvem o desembarque de refugiados em terra. Este
esquema pode não cobrir um afastamento com o propósito de desembarque de refugiados.
Esta publicação foi substituída pela Resgate no Mar: Um Guia para Princípios e Práticas
Aplicáveis a Refugiados e Migrantes, de janeiro de 2015. Portanto, o Comandante deverá
consultar a Companhia, desde que o tempo permita, se ele estiver considerando o afastamento
da derrota pelo navio.
data e hora (local e UTC) e posição quando os refugiados foram resgatados para bordo
do navio;
ETA no próximo porto de escala agendado;
ETA no próximo porto de escala se for feito um afastamento da derrota para
desembarcar os refugiados;
número de refugiados a bordo e seus detalhes pessoais;
a condição médica dos refugiados e se é necessária assistência médica. Se for
necessária assistência médica imediata, o Comandante deverá consultar a seção 3.11.
Lesões Corporais, Doenças ou Morte.
3.14.1. Geral
3.14.2. Relatórios
Como não é certo se tal avaria poderá ser totalmente recuperada junto aos terceiros que a
causaram, e por causa disso sendo responsáveis pela mesma, a cobertura do seguro de
Casco e Máquinas poderá ser envolvida. Portanto, a Companhia e a seguradora de Casco e
Máquinas deverão ser contatadas.
3.15. CLANDESTINOS
Quando passageiros clandestinos são descobertos a bordo, a cobertura do seguro de P&I será
envolvida. Portanto, a Companhia, a seguradora de P&I e o seu corretor local deverão ser
contatados.
3.16.1. Geral
Como qualquer avaria a um navio, causada por falha estrutural, pode ser de diversos tipos,
apenas conselhos gerais podem ser aqui fornecidos. O mesmo se aplica à perda repentina de
propulsão ou qualquer problema no sistema de governo. Todos esses problemas podem
provocar a imediata solicitação de assistência ou até mesmo, no final, o abandono do navio.
Em qualquer caso, o Plano de Contingência para Emergências do navio deverá ser consultado
para que os procedimentos dele estabelecidos sejam seguidos.
3.16.3. Relatórios
Informação Geral
data e horário (local e UTC) exatos, tal como registrado no passadiço e na praça de
máquinas, do incidente;
posição/localização do incidente;
rumos verdadeiro (na carta náutica), de governo (giroscópica) e magnético no momento
ou antes do incidente;
velocidade, rotações ou passo do hélice do navio no momento ou antes do incidente;
posição do leme no momento ou antes do incidente;
qualquer alteração no rumo e/ou na velocidade imediatamente antes do incidente e a
hora exata de tal alteração;
qualquer comunicação, incluindo as ordens dadas para a praça de máquinas (se
aplicável);
qualquer comunicação trocada entre o navio e as estações rádio de terra ou centros de
controle do tráfego ou outros navios;
se o Prático estiver a bordo, qualquer comunicação entre o Prático e o comando do
navio, incluindo o timoneiro, antes do incidente;
se o Prático estiver a bordo, qualquer comunicação entre o Prático e os rebocadores ou
estações rádio em terra, centros de controle do tráfego ou outros navios antes do
incidente;
qualquer marcação/distância obtida na agulha giroscópica (alidade) e/ou radar de terra
antes do incidente;
qualquer manobra com o leme ou máquinas antes e após o incidente e os horários de
tais manobras;
as condições meteorológicas predominantes, vento, estado do mar, visibilidade, na hora
do incidente (manter qualquer boletim meteorológico);
maré e corrente na hora do incidente;
calados do navio na hora do incidente;
registros das sondagens de todos os tanques do navio feitas antes e após o incidente;
sondagens de todos os tanques (combustível e água);
trabalhos realizados no convés e na praça de máquinas, que possam ter contribuído
para o incidente;
avaliação da avaria sofrida pelo navio.
VHF - descrição resumida da sua localização no passadiço e dos canais que eram
operados no momento do incidente, quaisquer mudanças para outros canais com os
horários exatos antes do incidente;
exibição de cartas eletrônicas - descrição resumida da carta náutica usada e quando foi
realizada sua última atualização; e
qualquer outro equipamento de navegação ou comunicação utilizado a ser descrito
como acima.
Pessoas Envolvidas
diário de navegação;
livro de manobras do passadiço (Bridge Bell Book);
diário de máquinas;
livro de manobras da máquina (Engine Bell Book);
impressões do registrador de rumo/manobras;
cartas náuticas usadas (impressas ou eletrônicas) - sem adulterações;
impressões do ecobatímetro;
boletins e registros meteorológicos;
registros das horas de serviço e descanso do Comandante, Oficiais e Tripulação,
conforme o STCW’ 95.
As cópias dos documentos acima, juntamente com as cópias de outros documentos comerciais
serão obtidas pelos advogados ou corretores instruídos em nome da Companhia ou das
seguradoras de P&I e de Casco e Máquinas.
Se houver poluição devido à falha estrutural, favor consultar a seção 3.12. Poluição.
As coberturas dos seguros de P&I e de Casco e Máquinas podem ser envolvidas e, portanto, a
Companhia e as seguradoras de P&I e de Casco e Máquinas deverão ser contatadas.
Os ataques ao navio podem variar desde pirataria a roubo da carga, cada um exigindo uma
resposta diferente. A Companhia deverá garantir que as questões relacionadas com atos
violentos, pirataria, roubo e outros incidentes similares estão cobertos pelo Plano de Proteção
Marcos Machado da Silveira Página 171 de 193
Orientações aos Comandantes Sobre Seguros
da Companhia (CSP) e pelo Plano de Proteção do Navio (SSP) conforme exigido pelo Código
ISPS. O SSP, que fornecerá mais orientações sobre como responder, deverá ser consultado
no caso deste tipo de incidente.
Sob nenhuma circunstância qualquer pessoa a bordo deverá colocar sua própria
vida ou a de qualquer membro da Tripulação em risco, defendendo a propriedade
ou tentando resistir à violência!
3.18.3. Relatórios
Geral
Desde que o navio não tenha sido obrigado pelos piratas a manter silêncio rádio, deverá ser
feito imediatamente contato com outros navios nas proximidades, autoridades em terra e com o
PRC (Piracy Reporting Centre) pelo envio de uma mensagem “Piracy/armed robbery attack”. O
PRC está baseado em Kuala Lumpur e pode ser contatado durante as 24 horas do dia.
Se houver a necessidade de enviar o relatório por escrito, o Piracy and Maritime Violence
Incidence Report, Anexo 9 desta publicação deverá ser usado e enviado para:
Quando os piratas embarcam no navio sem aviso e o navio é ordenado a manter o silêncio
rádio, o não atendimento poderá resultar em violência física ou até mesmo a morte. Essa
BIBLIOGRAFIA
SHIPPING, International Chamber of. Bridge Procedures Guide. Ed. Online (PDF). Inglaterra.
1998.
INSTITUTE, The Nautical. Bridge Team Management. E. Online (PDF). Inglaterra. 2003.
TETLEY, Laurie e CALCUTT, David. Electronic Navigation Systems. Ed. Online (PDF).
Inglaterra. 2001.
P&I CLUB, The Standard. A Master’s Guide to: Berthing. Ed. Online (PDF). Inglaterra. 2012.
1. Todos os Navios
Certificado de Registro;
Certificado Internacional de Arqueação (1969);
Certificado Internacional de Borda Livre;
Folheto de Estabilidade Intacta;
Planos e Folhetos de Controle de Avarias;
Cartão de Tripulação de Segurança;
Certificados de Competência do Comandante, Oficiais e Guarnição;
Atestados de Saúde Ocupacional da Tripulação;
Tabela com Horários de Trabalho e Descanso da Tripulação;
Plano/Folheto de Combate a Incêndio;
Registro de treinamentos e exercícios a bordo;
Folheto Operacional e de Manutenção dos Sistemas de Combate a Incêndio;
Certificado de Prevenção da Poluição por Óleo - IOPP;
Livro de Registro de Óleo;
Plano de Bordo para Emergência de Poluição por Óleo - SOPEP;
Certificado Internacional de Prevenção da Poluição por Esgoto - ISPP;
Certificado Internacional de Prevenção da Poluição do Ar - IAPP;
Plano de Gerenciamento do Lixo;
Certificado de Conformidade do VDR ou S-VDR (Voyage Data Recorder);
Manual de Peação da Carga;
Documento de Conformidade - DoC (ISM), cópia;
Certificado de Gerenciamento de Segurança - SMC (ISM);
Certificado Internacional de Proteção do Navio - ISSC;
Plano de Proteção do Navio - SSP, e registros associados;
Registro Contínuo de Dados - CSR;
Declaração de Proteção - DoS;
Registro dos níveis de proteção do navio.
5. Navios Tanque para Produtos Químicos, Além dos Documentos Relacionados nos Itens 1 e
3, quando aplicável.
6. Navios Tanque para Gás, Além dos Documentos Relacionados nos Itens 1 e 3, quando
aplicável.
7. Navios de Alta Velocidade, Além dos Documentos Relacionados nos Itens 1, 2 e 3, quando
aplicável.
8. Navios Transportando Carga Perigosa, Além dos Documentos Relacionados nos Itens 1, 2 e
3, quando aplicável.
9. Navios Transportando Carga Perigosa Embalada, Além dos Documentos Relacionados nos
Itens 1, 2 e 3, quando aplicável.
10. Navios Transportando Combustível Nuclear Irradiado, Além dos Documentos Relacionados
nos Itens 1, 2 e 3, quando aplicável.
11. Navios Nuclear, Além dos Documentos Relacionados nos Itens 1, 2 e 3, quando aplicável.
ANEXO 2 - GLOSSÁRIO
INF Code International Code for the Safe Carriage of Packaged Irradiated
Nuclear Fuel, Plutonium and High-Level Radioactive Wastes on
board Ships
IOPP International Oil Pollution Prevention Certificate
ISF International Shipping Federation
ISGOTT International Safety Guide for Oil Tankers and Terminals
ISM International Safety Management Code
ISO International Standardization Organization
ISPS International Ship and Port Facility Security Code
ITC Institute Time Clauses
LCD Liquid Crystal Display
LL International Load Line Convention, 1966
LOF Lloyd’s Open Form
LOU Letter of Undertaking
LP Loss Prevention
MARPOL 73/78 International Convention for the Prevention of Pollution from Ships
1973, conforme emendada pelo Protocol of 1878
MEPC Marine Environment Protection Committee, da IMO
MDO Marine Diesel Oil
MPX1 Ship-to-Shore Master/Pilot Exchange Form
MPX2 Shore-to-Ship Master/Pilot Exchange Form
MRCC Maritime Rescue Coordination Centre
MSC Maritime Safety Committee, da IMO
NIOP National Institute of Oilseeds Products
NLS Noxious Liquid Substances
NYPE New York Produce Exchange (Charter Party) Form
OBQ On board quantity
OCIMF Oil Companies International Marine Forum
OOW Officer of the watch
OPA 90 Oil Pollution Act, 1990
ORB Oil Record Book
P&I Protection and Indemnity
PCS Propulsion Control System
PPM Partes por milhão
PRC Piracy Reporting Centre do International Maritime Bureau
PFSO Port Facility Security Officer
PSSA Particular Sensitive Sea Area
Res. Resolution
SBP Singapore Bunker Procedure
SCOPIC 2000 Special Compensation P&I Clause, 2000
Sec. Section
SMC Safety Management Certificate
SMS Safety Management System
SOLAS International Convention for the Safety of Life at Sea, 1960
SOPEP Shipboard Oil Pollution Emergency Plan
SSTP Protocol on Space Requirements for Special Trade Passenger
Ships, 1973
SSO Ship Security Officer
SSP Ship Security Plan
STCW Code and International Convention on Standards of Training,
Certification and Watchkeeping for Seafarers, 1978
STCW’ 95 Emendas de 1995 à International Convention on Standards of
Training, Certification and Watchkeeping for Seafarers, 1978
STP Special Trade Passenger Ships Agreement, 1971
S-VDR Simplified Voyage Data Recorder
SWL Safe Working Load
TFT Thin Film Transistor
Procedimento de comunicação
Cada comunicação entre o navio e o terminal em terra deve começar com a identificação da
estação que está sendo chamada e a identidade da estação que chama, da mesma forma que
se chama um navio no tráfego marítimo pelo rádio VHF. A aplicação dessa disciplina garantirá
que não haverá confusão entre os navios e os diferentes berços no mesmo terminal ou área
portuária.
Objetivo da comunicação
O objetivo de uma boa comunicação navio-terminal é o fluxo constante de trocas que foca os
operadores na situação do navio e no próximo evento provável de ocorrer.
Quando houver dificuldades com o idioma entre o terminal e o navio, o Oficial de serviço
acompanhando a operação com a carga deverá receber uma folha de frases com os termos e
ordens a serem usados no idioma de terra e a correspondente tradução para o idioma de
trabalho do navio. Este recurso é um paliativo para substituir a adequada fluência no idioma
entre a terra e o navio e só deverá ser usado como última alternativa. Um membro da
Tripulação deverá permanecer próximo das tomadas de carga do navio (manifold)
acompanhando as ordens do operador de terra. Ele deverá confirmar as ações do operador em
resposta às solicitações do Oficial de serviço do navio.
Após a reunião pré-carregamento, o Imediato, que poderá corrigir seu plano de carregamento,
preparará ordens noturnas/de carregamento suplementares e completará qualquer orientação
necessária para garantir o total controle do início das operações de carregamento.
Conteúdo da comunicação
Aviso para manter atenção devido à detecção de incêndio, gás ou outro alarme
importante; acompanhado do aviso de paralisação da operação de carregamento se for
encontrado um incêndio, ou para a continuação do carregamento se o alarme for falso;
Aviso da definição ou mudança do tempo de navegação do navio;
Aviso do horário em que os práticos e os rebocadores foram solicitados;
Aguardar para concluir o carregamento de um grau (ou da carga);
Instrução para parar o bombeio de um grau (ou da carga);
Aviso de que o navio está pronto para sondagem e amostragem;
Aviso de que o navio está pronto para drenar e desconectar os mangotes de carga;
Hora em que os mangotes foram desconectados;
Hora em que todos os membros da Tripulação estão a bordo;
Hora em que o navio começa a testar os radares e o motor principal para a partida;
Hora em que a sondagem e a amostragem foram concluídas;
Hora em que a documentação da carga está completa.
Procedimento de comunicação
Cada comunicação entre o terminal em terra e o navio deve começar com a identificação da
estação que está sendo chamada e a identidade da estação que chama, da mesma forma que
se chama um navio no tráfego marítimo pelo rádio VHF. A aplicação dessa disciplina garantirá
que não haverá confusão entre os navios e os diferentes berços no mesmo terminal ou área
portuária.
Objetivo da comunicação
O objetivo de uma boa comunicação terminal-navio é o fluxo constante de trocas que foca os
operadores na situação do navio e no próximo evento provável de ocorrer.
Quando houver dificuldades com o idioma entre o terminal e o navio, o Oficial de serviço
acompanhando a operação com a carga no navio deverá receber uma folha de frases com os
termos e ordens a serem usados no idioma de terra e a correspondente tradução para o idioma
de trabalho do navio. Este recurso é um paliativo para substituir a adequada fluência no idioma
entre a terra e o navio e só deverá ser usado como última alternativa. Um membro da
Tripulação deverá permanecer próximo das tomadas de carga do navio (manifold)
acompanhando as ordens do operador de terra. Ele deverá confirmar as ações do operador em
resposta às solicitações do Oficial de serviço do navio.
Volume de comunicações
O volume de comunicações de terra será fornecido se o Imediato deixa claro durante a reunião
pré-carregamento o que é esperado e essencial, e se durante a operação de carregamento o
navio fornece um volume correspondente de comunicações, tal como indicado no item 3.1.
Após a reunião pré-carregamento, o Imediato, que poderá corrigir seu plano de carregamento,
preparará ordens noturnas/de carregamento suplementares e completará qualquer orientação
necessária para garantir o total controle do início das operações de carregamento.
Conteúdo da comunicação
Procedimento de comunicação
Cada comunicação entre o navio e o terminal em terra deve começar com a identificação da
estação que está sendo chamada e a identidade da estação que chama, da mesma forma que
se chama um navio no tráfego marítimo pelo rádio VHF. A aplicação dessa disciplina garantirá
que não haverá confusão entre os navios e os diferentes berços no mesmo terminal ou área
portuária.
Objetivo da comunicação
O objetivo de uma boa comunicação navio-terminal é o fluxo constante de trocas que foca os
operadores na situação do navio e no próximo evento provável de ocorrer.
Quando houver dificuldades com o idioma entre o navio e o terminal, o Oficial de serviço
acompanhando a operação com a carga no navio deverá receber uma folha de frases com os
termos e ordens a serem usados no idioma de terra e a correspondente tradução para o idioma
de trabalho do navio. Este recurso é um paliativo para substituir a adequada fluência no idioma
entre a terra e o navio e só deverá ser usado como última alternativa. Um membro da
Tripulação deverá permanecer próximo das tomadas de carga do navio (manifold)
acompanhando as ordens do operador de terra. Ele deverá confirmar as ações do operador em
resposta às solicitações do Oficial de serviço do navio.
Conteúdo da comunicação
Procedimento de comunicação
Cada comunicação entre o terminal em terra e o navio deve começar com a identificação da
estação que está sendo chamada e a identidade da estação que chama, da mesma forma que
se chama um navio no tráfego marítimo pelo rádio VHF. A aplicação dessa disciplina garantirá
que não haverá confusão entre os navios e os diferentes berços no mesmo terminal ou área
portuária.
Objetivo da comunicação
O objetivo de uma boa comunicação terminal-navio é o fluxo constante de trocas que foca os
operadores na situação do navio e no próximo evento provável de ocorrer.
Quando houver dificuldades com o idioma entre o terminal e o navio, o Oficial de serviço
acompanhando a operação com a carga no navio deverá receber uma folha de frases com os
termos e ordens a serem usados no idioma de terra e a correspondente tradução para o idioma
de trabalho do navio. Este recurso é um paliativo para substituir a adequada fluência no idioma
entre a terra e o navio e só deverá ser usado como última alternativa. Um membro da
Tripulação deverá permanecer próximo das tomadas de carga do navio (manifold)
acompanhando as ordens do operador de terra. Ele deverá confirmar as ações do operador em
resposta às solicitações do Oficial de serviço do navio.
Volume de comunicações
O volume de comunicações de terra será fornecido se o Imediato deixa claro durante a reunião
pré-carregamento o que é esperado e essencial, e se durante a operação de carregamento o
navio fornece um volume correspondente de comunicações, tal como indicado no item 3.1.
Conteúdo da comunicação
Definições: Neste acordo o termo “Navio” significa _____________________________ (nome do navio), e “Companhia” inclui o Armador,
Proprietário, Operador, Gerentes, Afretadores, Agentes, Comandante, Tripulação ou outros servidores da Companhia no Navio.
O termo “Visitante” inclui a pessoa que assina este acordo de visitante, qualquer e todas as pessoas, incluindo crianças, acompanhantes da
pessoa que assina, e, no que diz respeito a litígios decorrentes da perda da vida, todos os dependentes e/ou representantes legais da pessoa
falecida.
1 Este acordo é em todos os aspectos, incluindo questões de responsabilidade da Companhia, regido exclusivamente por
________________________ (lei aplicável). Qualquer controvérsia decorrente deste acordo será decidida exclusivamente pelos
Tribunais do _____________ (país de jurisdição) com a exclusão das cortes ou tribunais de qualquer outra jurisdição. Se, por qualquer
razão, as controvérsias em relação a este acordo e/ou à viagem aqui acordada forem instituídas em outro país, seja por procuração ou
pessoalmente, então tal controvérsia (processo) deverá permanecer suspenso até uma decisão final e inapelável do Tribunal do
___________ (país de jurisdição).
2 Esta cláusula serve para informar explicitamente ao Visitante que o Navio não é um navio de passageiros. Nenhuma garantia é dada
pela Companhia de que o Navio está apto para o transporte de passageiros. Qualquer compromisso que possa existir com a
navegabilidade é aqui expressamente renunciado.
3 O Visitante concorda expressamente que a Companhia não terá qualquer responsabilidade com o Visitante em relação à perda da vida,
doença, lesão corporal ou perda ou danos aos seus bens pessoais, bagagem ou outros bens, por ter permitido que o Visitante siga no
Navio como acima acordado. A Companhia deverá ser exonerada de tal responsabilidade, mesmo que a perda da vida, doença, lesão
corporal ou perda ou danos aos seus bens pessoais, bagagem ou outros bens seja causada por negligência da Companhia.
Consequentemente, o Visitante concorda expressamente em assumir todos os riscos relativos à perda da vida, doença, lesão corporal
ou perda ou danos aos seus bens pessoais, bagagem ou outros bens enquanto estiver a bordo e durante o embarque e o
desembarque.
4 No que diz respeito à perda da vida, doença ou lesão corporal, causada ou não por negligência da Companhia, o Visitante se
compromete a arcar com todas as despesas para tratamento médico, transporte, repatriação, enterro e/ou outras despesas incorridas
por sua presença no Navio. Portanto, caso a Companhia seja responsabilizada por terceiros a pagar por qualquer uma ou por todas as
despesas, o Visitante se compromete expressamente a indenizar a Companhia por todas essas despesas.
5 Esta cláusula serve para informar explicitamente ao Visitante que, em vista do fato que o Visitante assumiu todos os riscos conforme
expresso nas cláusulas (3) e (4) acima, pode ser melhor para o interesse do Visitante a compra de um seguro de viagem, o qual
fornece uma cobertura adequada para tais riscos.
6 O Visitante garante plena conformidade com todos os regulamentos de quarentena, passaporte e outros para todos os portos de escala
e em todos os momentos e compromete-se a indenizar a Companhia por todas as despesas adicionais em que ela incorrer por causa
da não conformidade por parte do Visitante, por negligência ou não, incluindo, mas não se limitando às taxas adicionais cobradas pelas
autoridades portuária e marítima, além das multas e despesas decorrentes do atraso ou detenção do Navio.
7 Esta cláusula serve para notificar expressamente o Visitante que o Navio terá sempre a liberdade de desviar da rota anunciada por
razões comerciais ou outras que venham a surgir e, como consequência, o Navio pode não prosseguir para o(s) porto(s) de destino
pretendido(s) mencionado(s) acima. Se o Navio não escalar no(s) porto(s) de destino pretendido(s), a Companhia não tem nenhuma
obrigação de transportar o Visitante para o(s) porto(s) de destino pretendido(s) ou pagar por tal transporte, e o Visitante aqui renuncia
expressamente a todos os direitos de reivindicar compensações por danos, reembolso de despesas ou qualquer outro tipo de
compensação como consequência disso. Qualquer valor pago pelo Visitante na assinatura deste contrato deverá ser considerado como
não reembolsável.
8 Nenhum servidor ou agente da Companhia, nem qualquer terceiro contratado pela Companhia de tempos em tempos, deverá, em
qualquer circunstância, ter qualquer responsabilidade com o Visitante por perda da vida, doença, lesão corporal ou perda ou danos aos
seus bens pessoais, bagagem ou outros bens do Visitante, independentemente da origem.
9 Se a Companhia for legalmente responsável pelo Visitante em virtude das regras do direito que substituam ou anulem qualquer uma
das disposições previstas neste acordo, tal responsabilidade será então baseada nas disposições contidas na Convenção de Atenas
sobre o Transporte de Passageiros e suas Bagagens por Mar, de 1974.
10 Esta cláusula é para ser preenchida quando o Visitante desembarca do navio após completar seu período a bordo.
O Visitante concorda e confirma que, durante seu período a bordo, ele não esteve envolvido em nenhum incidente que tenha causado,
ou que possa ter causado, doença, lesão corporal ou perda ou danos aos seus bens pessoais, bagagem ou outros bens.
CARACTERÍSTICAS DO NAVIO
Nome: Indicativo:
Deslocamento: t Arqueação Bruta: Ano de Construção:
Comprimento Total: m Boca: m
Calado Máximo: m Calado Aéreo: m
Âncora de BB: (1 manilha=27,4m=15 braças) Âncora de BE: (1 manilha=27,4m=15 braças)
MÁQUINAS
Tipo: kW BHP
Toda Força Adiante, Carregado: nós Toda Força Adiante, Lastro: nós
Meia Força Adiante, Carregado: nós Meia Força Adiante, Lastro: nós
Devagar Adiante, Carregado: nós Devagar Adiante, Lastro: nós
Muito Devagar Adiante, Carregado: nós Muito Devagar Adiante, Lastro: nós
Toda Força Atrás: (% da potência total adiante) RPM Crítica do MCP:
Tempo Toda Força Adiante a Toda Força Atrás: s Nº Máx. de Partidas Consecutivas:
GOVERNO
Lemes: qtd Tipo: Ângulo Máx.:
Hélices: qtd Direção de Giro: BB BE Passo Controlável SIM NÃO
Impelidores Laterais: qtd Proa: kW/HP Popa: kW/HP
Idiossincrasias de Governo:
A IDENTIFICAÇÃO DO NAVIO
A1 Nome: A2 Indicativo:
A3 Bandeira:
A4 Agente: A5 Ano de construção:
A6 Tipo de navio: A7 Nº IMO:
A8 Tipo da carga: A9 Último porto:
D CARACTERÍSTICAS DO NAVIO
D1 CAV: D2 CAR:
D3 CAM: D4 Calado aéreo:
D5 Comprimento total: D6 Boca:
D7 Deslocamento: D8 Porte bruto:
D9 Arqueação bruta: D10 Arqueação líquida:
E ÂNCORAS
E1 BE: (1 manilha=27,4m=15 braças) E2 BB: (1 manilha=27,4m=15 braças)
I QUALQUER CARACTERÍSTICA NOTÁVEL (p. ex. restrições de atracação, peculiaridades de manobra, etc.)
I1
I2
I3
B AUTORIDADE DE ORIGEM
B1 Nome: B2 Canal VHF:
B3 Outros meios de contato:
Durante a praticagem, particularmente em navegações mais longas, as circunstâncias podem mudar, o que exige
uma alteração da informação fornecida.
Navio:
Armador:
Gerentes:
INFORMAÇÕES PESSOAIS
01 Sobrenome: 19 CIR nº:
02 Primeiros Nomes: 20 Data de emissão:
03 Outro nome: 21 Local de emissão:
04 Data de nascimento: 22 Emissor:
05 Local de nascimento: 23 Passaporte de emergência nº:
06 Nacionalidade: 24 Data de emissão:
07 Religião: 25 Local de emissão:
08 Tribo: 26 Emissor:
09 Chefe: 27.1 Quando embarcou:
10 Subchefe: 27.2 Onde embarcou:
11 Passaporte nº: 28.1 Quando foi descoberto:
12 Data de emissão: 28.2 Onde foi descoberto:
13 Local de emissão: 29 Data de desembarque:
14 Emissor: 30 Local de desembarque:
15 Identidade nº: 31 Endereço:
16 Data de emissão:
17 Local de emissão:
18 Emissor:
ESTADO CIVIL
39 Casado: 42 Local de nascimento:
40 Nome do cônjuge: 43 Endereço:
41 Data de nascimento:
FILHOS
44 Nome: Data de nascimento: Local de nascimento:
44.1
44.2
44.3
PAIS
45 Sobrenome do pai: 50 Sobrenome da mãe:
46 Primeiros nomes do pai: 51 Primeiros nomes da mãe:
47 Data de nascimento (idade): 52 Data de nascimento (idade):
48 Local de nascimento: 53 Local de nascimento:
49 Endereço: 54 Endereço:
Continua ...
... Continuação
IRMÃOS
55 Irmãos: Nome: Data de nascimento: Local de nascimento:
55.1
55.2
55.3
55.4
55.5
56 Irmãs: Nome: Data de nascimento: Local de nascimento:
56.1
56.2
56.3
56.4
56.5
OUTROS PARENTES
57 Relação, nomes, endereço
Nome: Data de nascimento: Local de nascimento:
57.1
57.2
57.3
57.4
57.5
OUTRAS INFORMAÇÕES
65 Motivo para se tornar clandestino:
DATE
Year: Day:
Month: Time - Local:
PLACE
Latitude & Longitude:
Nearest country(ies):
Last port of call: Next port of call:
VICTIM VESSEL
Name: Flag:
Vessel type: Date built and GRT:
Owner: Operator/manager:
Further information:
RAIDING PARTY
Number: Appearance:
Language: Weapons:
Distinctive details:
Craft used: Method of approach:
Duration of attack Aggressive/violent:
PROPERTY STOLEN
The fullest possible details should be given, using over the page if necessary: