2 Traba Pessoa 2PJ
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Questionário sobre
Fernando Pessoa – Ortónimo e Heterónimos
(Avaliação Modular – M7 – Português)
Carreira Literária
Em 1901, Fernando Pessoa escreveu seus primeiros poemas, em inglês. Em
1902 a família voltou para Lisboa. Em 1903 Fernando Pessoa retornou sozinho
para a África do Sul e frequentou a Universidade de Capetown (Cabo da Boa
Esperança). Regressou a Lisboa em 1905 e matriculou-se na Faculdade de
Letras, onde ingressou no curso de Filosofia. Em 1907 abandonou a faculdade.
Em 1912, Fernando Pessoa estreou como crítico literário na revista “Águia” e
poemas em “A Renascença” (1914). A partir de 1915 liderou o grupo mentor da
revista “Orpheu”, entre eles, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Luís de
Montalvor, Almada-Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho. A revista foi a
porta-voz dos ideais de renovação futurista desejados pelo grupo, defendendo
a liberdade de expressão, numa época em que Portugal atravessava uma
profunda instabilidade político-social da primeira república.
Nessa época. Criou seus heterônimos principais. A revista Orpheu teve vida
curta, mas enquanto durou, Fernando Pessoa publicou poemas que
escandalizaram a sociedade conservadora da época. Os poemas “Ode
Triunfal” e “Opiário”, escritos por seu heterônimo “Álvaro de Campos”,
provocaram reações violentas levando os “orfistas” a serem apontados, nas
ruas, como “loucos” e “insanos”.
Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, em 16 de abril de 1889. Órfão de pai e mãe, só teve
instrução primária e viveu quase toda a vida no campo, sob a proteção de uma tia.
Poeta de contato com a natureza, extraindo dela os valores ingênuos com os quais
alimenta a alma. Para Caeiro, “tudo é como é”, “tudo é assim como é assim”, o poeta
reduz tudo à objetividade, sem a mediação do pensamento. O poema “O Guardador
de Rebanhos” mostra a forma simples e natural de sentir e dizer desse poeta. Alberto
Caeiro morreu tuberculoso, 1915.
Ricardo Reis nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 19 de setembro de 1887.
Teve formação em escola de jesuítas e estudou medicina. Monarquista, exilou-se no
Brasil, por não concordar com a Proclamação da República Portuguesa. Foi profundo
admirador da cultura clássica, tendo estudado latim, grego e mitologia. A obra de Reis
é a ode clássica, cheia de princípios aristocráticos.
Bernardo Soares é um dos heterônimos que o próprio Fernando Pessoa definiu como
sendo um “semi-heterônimo”. É o autor do Livro Desassossego.
Álvaro de Campos foi o mais importante heterônimo de Fernando Pessoa, nasceu no
extremo sul de Portugal, em Tavira, em 15 de outubro de 1890. É o poeta moderno,
aquele que vive as ideologias do século XX. Estudou Engenharia Naval, na Escócia,
mas não podia suportar viver confinado em escritórios. De temperamento rebelde e
agressivo, seus versos reproduzem a revolta e o inconformismo, manifestados através
de uma verdadeira revolução poética. Escreveu “Ode Triunfal”, “Ode Marítima” e
“Tabacaria”.
Obras Póstumas
Poesias de Fernando Pessoa, 1942
Poesias de Álvaro de Campos, 1944
A Nova Poesia Portuguesa, 1944
Poesias de Alberto Caeiro, 1946
Odes de Ricardo Reis, 1946
Poemas Dramáticos, 1952
Poesias Inéditas I e II, 1955 e 1956
Textos Filosóficos, 2 v, 1968
Novas Poesias Inéditas, 1973
Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pessoa, 1974
Cartas de Amor de Fernando Pessoa, 1978
Sobre Portugal, 1979
Textos de Crítica e de Intervenção, 1980
Carta de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões, 1982
Cartas de Fernando Pessoa a Armando Cortes Rodrigues, 1985
Obra Poética de Fernando Pessoa, 1986
O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro, 1986
Primeiro Fausto, 1986
Fernando Pessoa nasceu na cidade de ____________________ em
____________________, onde virá a falecer. Aos sete anos de idade partiu para
a África do Sul com a sua mãe e o ____________________, que foi cônsul em
____________________, na África do
Sul. Aí fez os seus estudos na____________________, obtendo resultados
brilhantes. Em fins de _____________ faz as provas de exame de admissão à
Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade
das suas leituras literárias e filosóficas. Em______________regressa
definitivamente a_____________________; no ano seguinte matricula-se, no
Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar
como "correspondente estrangeiro" para empresas______________________.
Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza
ensaística. _________________é o ano da criação dos três conhecidos
heterónimos e em 1915 lança, juntamente com os amigos
_________________________, _______________________ e outros, a revista
Orpheu que dá origem ao Modernismo em Portugal.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista em Portugal,
quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo
__________________de algumas das suas poesias e pela animação que
imprimiu
à revista Orpheu. Pessoa e outros ______________________ lançaram a revista
Orpheu de que saíram apenas ___________ números: o 1º em _____________
e
o 2º em Junho. Os números dessa revista provocaram ___________________, o
que motivou troça nalguma ____________________lisboeta. A revista Orpheu
foi
considerada por Pessoa "a soma e a síntese de todos os movimentos literários
modernos". No entanto, em Coimbra, em 1927 já o grupo da
____________________tinha iniciado a sua reabilitação poética e filosófica com
nomes de jovens escritores como Régio e _________________.
Em 1933, Pessoa enfrenta uma profunda crise de _______________________,
mas isso não o irá impedir de, em 34, publicar ______________________, do
qual
lhe é atribuído o Prémio do Concurso Antero de Quental. Embora tenha morrido
___________________________, a sua obra foi imensa. Pessoa deixou-nos uma
poesia onde nos exprime as suas ____________________íntimas em tom quase
sempre _____________________, de solidão e dor criativas.
Desde criança que Pessoa teve a ___________________________ para criar em
seu torno um mundo fictício. Isso está na base da criação das diferentes
_______________________, a quem deu vida e expressão literária. Com esta
multiplicidade Pessoa afirmou: “Tornando-me assim, um louco que sonha alto,
pelo mais, não um só um escritor, mas toda uma
_________________________.”
Comerciais literatura vanguardista personalidades artistas 1903 triste
imprensa prematuramente Mensagem Almada Negreiros 1905 Commercial
School Durban infância Março Torga 1914 padrasto tendência dois
Presença escândalo 1888 vivências Mário de Sá-Carneiro neurastenia
Lisboa
Através de seus heterônimos, Fernando Pessoa mostrava seu vasto projeto artístico: seus
heterônimos tinham biografia, estilo e ideais próprios, eram diferentes uns dos outros.
Foram mais de 70 heterônimos criados, alguns desenvolvidos completamente, outros
não. Os mais marcantes foram: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Como ele mesmo, Fernando Pessoa tinha um forte traço nacionalista. Alimentava o
gosto pelo épico e fazia retomada às Grandes Navegações, época de grandes conquistas
para Portugal que foi apagado com o tempo.
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro era o mestre de todos os outros heterônimos, além de ser mestre do
próprio Fernando Pessoa. Nascido em 16 de abril de 1889, Caeiro era órfão de pai e mãe
e viveu a vida inteira no campo com sua tia.
Acreditava que os pensamentos do poeta - as sensações – eram obtidos por meio dos
sentidos do ser humano, sem a interferência do pensamento humano. Para ele, as coisas
“eram como eram”, não havia necessidade de pensar. Tudo era objetivo.
Ricardo Reis
Nascido em 19 de novembro de 1887, no Porto, Ricardo Reis tinha formação em
medicina. Exilou-se no Brasil porque não concordava com a Proclamação da República
Portuguesa. É uma face de Fernando Pessoa ligada ao clássico, à cultura greco-
latina.
Ricardo Reis valorizava a vida campestre e a simplicidade das coisas, mas ao contrário
de Caeiro, ele não se sente feliz e integrado à natureza, sentindo-se fruto de uma
sociedade decadente, que caminha para a destruição. Para Reis, o destino de todos já
havia sido traçado e só restava aproveitar a vida ao máximo.
Álvaro de Campos
Era a face mais ligada ao modernismo e ao futurismo. Nascido em 15 de outubro de
1890, em Távira, Álvaro é engenheiro formado em Glasgow, mas não exerceu a
profissão por não gostar de sentir-se preso em escritório.
(UFBA/2000/Adaptado)
repúdio ao misticismo.