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Adriana Alves Silva

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ADRIANA ALVES SILVA

A importância do brincar na

Educação Infantil

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO


FACULDADE DE EDUCAÇÃO
2007
ADRIANA ALVES SILVA

A importância do brincar na

Educação Infantil

Trabalho apresentado como requisito para


conclusão da habilitação Educação Infantil
à comissão de professores responsáveis
pelo curso: Profas. Dras. Marisa Del Cioppo
Elias, Mônica F . M. Mendes; Suzana
Rodrigues Torres e Maria França, sob a
orientação da Profa. Dra. Marisa Del
Cioppo Elias.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO


FACULDADE DE EDUCAÇÃO
2007
i

Este trabalho é dedicado aos meus pais Miguel e Floraci, minhas irmãs
Juliana e Tatiana.
E ao meu marido Adilson que sempre esteve ao meu lado.
Muito obrigada!!!
ii
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus familiares e amigos que se envolveram direta e


indiretamente na realização deste trabalho.
A todos meus professores que tiveram uma grande parcela de contribuição
para o meu crescimento pessoal e profissional.
A minha querida amiga Lisa que me ajudou muito durante os quatro anos de
faculdade.
A todos vocês meu muito obrigada.
iii
SUMÁRIO

Dedicatória.......................................................................................i
Agradecimento.................................................................................ii
Índice de figuras...............................................................................iv
Resumo.............................................................................................v
Introdução........................................................................................01
Metodologia.....................................................................................03
1. O que é brincar............................................................................05
1.1 Por que o brincar é importante..................................................05
2. Brincar livre e dirigido..................................................................09
3. Jogos, brinquedos e brincadeiras................................................12
4. Os brinquedos e o desenvolvimento infantil................................16
5. Espaços para brincar...................................................................19
6. O papel do professor....................................................................22
Considerações Finais.......................................................................24
Referências Bibliográficas................................................................25
iv

ÍNDICE DE FIGURAS

1. Brincadeira de roda ............................................................................04


2. Pulando corda ....................................................................................08
3. Jogo de peteca...................................................................................11
4. Amarelinha .........................................................................................15
5. Gangorra ............................................................................................18
6. Futebol de botão ................................................................................21
v
Resumo

Este trabalho tem como assunto principal a importância do brincar na educação


infantil.
Trata-se de uma pesquisa teórica fundamentada em alguns autores que falam sobre
o tema.
Brincando a criança constrói sua identidade pois o brincar é vital para a criança
desenvolver a mente e o corpo.
Através do brincar a criança adquire conhecimento de uma forma prazerosa e
interessante, garantindo a motivação necessária para uma boa aprendizagem, para
que chegue a ser um adulto maduro, confiante e cheio de imaginação.
Esta pesquisa tem o intuito de demonstrar que o brincar é importante não apenas
para divertir a criança, ma também para torná-la mais criativa, ter bom convívio,
enfim, desenvolve o lado cognitivo da criança.

Palavras-chave: brincadeira, desenvolvimento das linguagens, brincar livre, brincar


dirigido e desenvolvimento intelectual.
01
INTRODUÇÃO

Durante os quatro anos que estou na Pedagogia da PUC-SP, ouvi várias


colegas nas discussões em sala de aula reclamarem que alguns pais de alunos de
Educação Infantil, não levam as aulas de seus filhos a sério, diziam que não tinha
problema seus filhos faltarem porque eles só brincavam mesmo na escola.
E durante o curso através dos professores, leituras de textos, relatos das
colegas que já trabalhavam na área ficou comprovado que esses pais que pensam
dessa maneira estão muito enganados.
O brincar além de adquirir novos conhecimentos, desenvolve habilidades de
forma natural e agradável.
Eu quando criança tive a oportunidade de morar em um lugar com muitas
crianças uma vilinha no bairro de Santa Cecília em São Paulo, onde as crianças que
moravam nos prédios das redondezas também iam para lá, para brincarmos juntos.
Hoje em dia lembrando da vilinha onde morei como a vila do episódio Chaves
eu lembro que tinha algumas senhoras que moravam lá, uma é a D. Anita que não
gostava de muito barulho na porta dela, e para as crianças, não tinha graça alguma
brincadeiras se fossem silenciosas.
Uma outra era a D. Ana, era o contrário da primeira, gostava que todos
ficassem em sua porta, contava histórias, fazia brincadeiras, era um amor de
pessoa, digo, era porque infelizmente já não está entre nós.
Tenho muitas recordações boas desse lugar, tanto que de vez em quando
sonho com a casa onde morei.
Então resolvi escolher este tema “A importância do brincar na Educação
Infantil”, com o intuito de demonstrar que o brincar é importante não apenas para
divertir a criança, mas também para torná-la mais criativa, ter bom convívio, enfim,
que desenvolva o lado cognitivo da criança.
Este trabalho será apresentado sob a forma de capítulos onde o primeiro faço
um breve comentário sobre o que é brincar, onde o próprio nome já diz do que se
trata.
02
Como sub-item falo sobre o por que brincar é importante. Procuro mostrar
quais os benefícios que uma criança que brinca adquire. O que o brincar
proporciona para as crianças.
No segundo capítulo falo sobre o brincar livre e dirigido e o que cada um tem
a oferecer.
O terceiro capítulo consiste em definições de jogo, brinquedo e brincadeira e
as considerações de alguns autores.
O quarto capítulo fala sobre brinquedos e o desenvolvimento infantil, com
algumas sugestões de brinquedos.
No quinto capítulo falo sobre o espaço para brincar como é importante, pois,
é nele que as crianças descobrem o mundo ao seu redor.
O sexto e último capítulo falo sobre o papel do professor, que é essencial
para garantir o enriquecimento da brincadeira como atividade social do universo
infantil.
03
METODOLOGIA

Para a realização do meu projeto, utilizei a metodologia de pesquisa de


livros. Fundamentei-me em alguns autores que trataram da temática e em seguida
pude expor os resultados dessa busca bibliográfica.
A conclusão foi refletida a partir da fundamentação teórica.
Os dados obtidos através da pesquisa, expõe a importância do brincar na
educação infantil e sua conseqüência durante o desenvolvimento da criança e para
a sua fase adulta.
Portanto os dados apresentados nesse trabalho são específicos dos
episódios do brincar.
05
1. O que é brincar

O brincar expressa vida, é uma atividade espontânea e prazerosa, todo ser


humano de qualquer faixa etária ou condição social pode ter acesso.
Brincar é um ato instintivo, voluntário, uma atividade exploratória, ajuda as
crianças no seu desenvolvimento físico, mental, emocional e social.
Maria Alice Setúbal (1987) afirma que podemos identificar o brincar em dois
momentos:
• nas brincadeiras tradicionais, momento em que o indivíduo se insere
na memória coletiva;
• na história de vida própria do indivíduo, que recorre as suas
experiências no momento de brincar.
São atividades tão simples, e ao mesmo tempo sérias que diz tanto por si
mesma.
Assim como a infância o brincar deve ser pensado, compreendido e cuidado.
A criatividade, o prazer, o faz-de-conta, a imaginação, o brinquedo, a construção e o
sonho devem sempre estar presente entre a brincadeira.
Para Bettelheim (1988) brincar é muito importante: enquanto estimula o
desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os
hábitos necessários a esse crescimento.
Brincar é tão importante quanto estudar, pois ajuda a esquecer momentos
difíceis.
Além de muitas importâncias o brincar desenvolve os músculos, a mente, a
sociabilidade, a coordenação motora e além de tudo deixa qualquer criança feliz.

1.1 Para que o brincar é importante

O brincar é visto como uma etapa do desenvolvimento. Através do brincar a


criança cria suas relações com o mundo favorecendo a socialização.
O brincar, além de proporcionar alegria e divertimento, desenvolve a
criatividade, a força, a estabilidade emocional, a estimulação, a motivação, a
concentração, enfim, desenvolve o lado cognitivo da criança.
06
Pesquisadores como Bruner (1976), Piaget (1978), Vygotsky (1988), Wallon
(1989), entre outros trouxeram excelentes contribuições ao mostrarem o valor do
jogo no processo de desenvolvimento da criança.
É por meio da brincadeira que a criança constrói sua identidade, pois ela
passa a se conhecer e se relacionar com o outro e com o mundo. Tudo isso
acontece pela descoberta do próprio corpo que é, para ela, o primeiro brinquedo.
Brincando as crianças expõem suas vontades, o que estão sentindo, não
necessitam de brinquedo para que haja uma brincadeira. A criança brinca também,
usando a imaginação e criando seus próprios brinquedos e brincadeiras.
Fatos do cotidiano passam fazer parte de suas brincadeiras. Assim ao brincar
com bonecas, a menina vai repetir o que a mãe faz na rotina da casa: vai tirar e
colocar a roupa da boneca e pentear seus cabelos, assim como a mãe faz com ela.
Outro aspecto importante a ser observado durante as brincadeiras é o
desenvolvimento das diferentes linguagens, pois é nesse momento que a criança
pode expressar a aprendizagem que está ocorrendo através da musica, dança, etc.
A brincadeira é muito importante também para intervir a agressividade. Por
meio das brincadeiras e dos brinquedos a criança compreende as limitações do uso
da força, aprendem a se defender, vivem em grupo e adquire segurança.
Quanto mais brincam, mais aprendem e se socializam e essa aprendizagem é
muito importante para as etapas do desenvolvimento infantil.
Segundo Adriana Friedmann (1996) o jogo é para a criança mais do que um
simples ato de brincar. Através do jogo, ela está se comunicando com o mundo e
também está se expressando.
É brincando que as crianças conhecem o mundo que a cerca internalizando-
o a sua maneira.
O desenvolvimento e o aprendizado da criança se dão no dia a dia, fora da
escola, em contato com outras crianças e outros adultos de forma direta com os
meios de comunicação.
Embora a televisão tire o tempo do jogo, o que é um fator negativo ela
desperta novas questões para as crianças, fornece conteúdos que serão
assimilados e espelhados em seus jogos, mudando e enriquecendo sua temática.
A criança tem curiosidade e imaginação, está sempre experimentando e
precisa explorar todas as suas possibilidades.
07
Através do brincar a criança se prepara para aprender. Brincando ela aprende
conceitos novos, tem crescimento saudável e adquire informações.
Toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de se tornar um adulto
equilibrado física e emocionalmente, problemas do dia a dia serão superados com
mais facilidade.
Quando as crianças brincam, elas estão vivenciando momentos alegres,
prazerosos, alem de estarem desenvolvendo habilidades.
Ao brincar a criança está construindo sua identidade, durante a brincadeira
atua sobre a realidade representando-a, vivendo e transformando.
A brincadeira é muito importante também para intervir a agressividade. Por
meio das brincadeiras e dos brinquedos as crianças compreendem as limitações do
uso da força, aprendem a se defender, viver em grupo e adquire segurança.
Portanto é de suma importância considerar o brincar como elemento
fundamental na vida do ser humano.
09
2. Brincar livre e dirigido

A oportunidade de explorar e investigar materiais e situações sozinho, pode


ser o meio do brincar mais desafiador. Um exemplo disso é o testemunho dado pela
autora Moyles.
Foi apresentado a um grupo de crianças de seis anos um novo material, o
Polydron.
O brinquedo consistia em quadrado e triângulos plásticos que se encaixavam
de uma maneira bem nova, como um entalhe de um trabalho em madeira.
A primeira sessão de brincar livre permitiu a exploração, a segunda permitiu
um grau de domínio.
O brincar dirigido pelo professor canaliza a exploração e a aprendizagem do
brincar livre e leva as crianças a um estágio mais avançado em termos de
entendimento.
Dentro do conceito de professor como um mediador e iniciador da
aprendizagem, o brincar livre e o dirigido são aspectos essenciais da interação
professor/ aluno, porque o professor tanto permite quanto proporciona os recursos
necessários e apropriados.
As crianças podem e aprendem de outras maneiras além da lúdica e
freqüentemente tem prazer com isso. Por exemplo, ouvir histórias ou trabalhar ao
lado de um adulto que está fazendo alguma coisa.
A possibilidade de brincar de forma intencional, livre e exploratória
proporciona à criança uma aprendizagem ativa onde as “preliminares” do ser capaz
de compreender e resolver serão encontradas, tais como:
• discutir com o grupo de pares e suas explorações e aprender com e a
partir de outras crianças e adultos;
• usar e descrever as coisas de diferentes maneira;
• juntar coisas separá-las;
• aprender que é necessário tempo para realizar e completar uma tarefa
ou chegar a um resultado desejado.
O brincar livre oferece oportunidades para as crianças descobrirem,
formularem e resolverem seus próprios problemas, através das experiências prévias,
e as levam a examinarem novos materiais e recursos que, por sua vez, precisarão
ser explorados antes de serem usados.
10
O brincar dirigido, então, pode oferecer a chance de transformar este
processo exploratório em um brincar dirigido para um objetivo, o que segundo Sylva
e colaboradores (1977), é um pré-requisito para a resolução de problemas.
Clark (1988, p. 277) relata que estudos de observação demonstram que um
ambiente de atividades lúdicas livres tem o potencial de estimular a aprendizagem
nas crianças pequenas... ele deve ser cuidadosamente estruturado, e os adultos têm
um papel crucial em sua organização e precisam intervir seletivamente no “brincar”
infantil.
12
3. Jogos, brinquedos e brincadeiras

Uma consulta ao dicionário Aurélio demonstra que parece não existir


diferenciação entre jogo, brinquedo e brincadeira, no entanto são sinônimos de
divertimento.

BRINCADEIRA

Brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras


físicas e, quando estas aparecem, quase sempre são obedecidas rigorosamente, até
que aos poucos passam a serem discutidas, refletidas, criadas e re-criadas.
Jogo e brincadeira não são só situações de socialização ou transmissão
cultural, envolvem conhecimento, emoções, desenvolvimento físico-motor,
movimentos individuais e coletivos.
Uma criança que não brinca pode ter dificuldades na afirmação de sua
personalidade.
A brincadeira infantil é um importante meio para o desenvolvimento da
aprendizagem da criança.
Segundo Piaget (1976) a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais das crianças.

Jogos

O jogo é construtivo porque pressupõe uma ação do indivíduo sobre a


realidade.
Através do jogo a criança a criança libera e canaliza suas energias,
transforma uma realidade difícil, favorece condições de liberação de fantasia, e é
grande fonte de prazer.
De acordo com Henriot (1989) “o jogo é uma coisa que ninguém consegue
definir”.
Quem faz da atividade um jogo, é aquele que joga.
13
Jogar permite à criança se inserir na cultura do seu tempo, por exemplo, os
brinquedos miniaturizados utilizados na sociedade adulta. Dessa forma as crianças
já estão sendo mais preparadas para o desempenho futuro.
Mas segundo Gonçalves (IN: Maluf,) o jogo é algo mais importante do que a
simples diversão e interação. O jogo revela uma lógica diferente e racional, uma
subjetividade tão necessária para a estruturação da personalidade humana.
Piaget (1978) estabeleceu três grandes categorias de jogos: os de
exercício, os simbólicos ou de faz-de-conta os de regras.

Jogos de exercícios
Caracterizam a fase que vai desde o nascimento até o aparecimento da
linguagem.
A repetição é a característica fundamental nesse estágio. Para o pesquisador,
a atividade lúdica tem sua gênese na imitação pré-verbal, que ocorre quando a
criança repete uma ação ou movimento pelo prazer que isto lhe causa.
Logo pular corda, correr, andar de bicicleta, lançar e apanha objetos, entre
outras atividades são considerados jogos de exercício.

Jogos simbólicos
Caracterizam a fase que vai desde o aparecimento da linguagem até
aproximadamente os 6-7 anos.
É a passagem da repetição para a atribuição de significados à suas ações.
Quando as crianças são capazes de imitar animais, objetos ou pessoas, sem
que eles estejam presentes, está ocorrendo a mudança do jogo de exercício para o
simbólico.
Por exemplo, quando uma criança pega um pedaço de madeira e transforma
em vários objetos como cavalo, espada, etc, ela está fazendo de conta.
A fazer de conta, nota-se o estabelecimento da diferença entre o significante
(imagem) e o significado (conceito).

Julia Eugênia Gonçalves – psicopedagoga, clinica, mestra em educação e filosofia na Universidade de Leon,
Espanha.
14
Jogo de regras
Caracterizam a fase que vai dos 6-7 anos em diante.
Por volta do período de alfabetização que se nota na brincadeira infantil o
aparecimento das regras.
A princípio as normas não existem – Piaget denominou de anomia – com o
tempo, ocorre a aceitação das regras pelas crianças de modo que possa ocorrer a
atividade de jogar. Tal momento foi denominado de heteronomia.

Brinquedos

O brinquedo na realidade é o suporte para a brincadeira, pode ser


industrializado ou de confecção artesanal, feito mesmo pela criança. tudo dependerá
da imaginação da criança.
Para Oliveira (1984, p.10):

(...) “as crianças ensinam que uma das maiores qualidades do brinquedo é a sua não
seriedade. O brinquedo não é sério para as crianças porque permite que elas façam
fluir a fantasia e a imaginação. Justamente por não ser sério, ele se torna importante.
É a não-seriedade que dá a seriedade ao brinquedo”.

A imaginação infantil é tão liberal ao ponto de transformar o significado da


matéria-prima devido ao contexto.
Através dos brinquedos a crianças demonstram suas emoções.
Segundo Maluf (2003) os brinquedos são parceiros silenciosos que desafiam
as crianças, eles permitem que as crianças conheçam com mais clareza funções
mentais, como o desenvolvimento do raciocínio abstrato e da linguagem.
Cada brinquedo faz nascer na criança um mundo de surpresas e instantes de
contemplação.
16
4. Os brinquedos e o desenvolvimento Infantil

O brinquedo desempenha um importante papel no desenvolvimento da


criança.
Para um ambiente escolar o melhor é se basear nas etapas do
desenvolvimento infantil, devem ser adequados ao interesse e s necessidades das
crianças.
O bom brinquedo é aquele que atende à necessidades e possibilidades de
cada fase sem se prender a indicação de idade. Seguem algumas sugestões:

1-Móbiles
Etapa do desenvolvimento: para bebês que ficam deitados e ainda não seguram
com firmeza.
O que desenvolvem: eles chamam a atenção por meio de cores, formas, texturas e
sons e, assim, estimulam a visão, o tato (quando o bebê tenta pegar) e a audição.

2- Mordedores e chocalhos
Etapa do desenvolvimento: para bebês que seguram com firmeza.
O que desenvolvem: provocam sensações, estimulam a audição e também a
segurar o objeto e movimentá-lo.

3- Caixas, cubos e blocos


Etapa do desenvolvimento: para bebês que ficam sentados, com ou sem apoio.
O que desenvolvem: ao encaixar, empilhar e derrubar os objetos. O pequeno
aprimora a preensão e o controle dos movimentos do braço.

4- Bolas e carrinhos
Etapas do desenvolvimento: para o s que engatinham.
O que desenvolvem: ao se deslocar para buscar o objeto, o corpo do bebê é todo
trabalhado.

5- Carrinho de empurrar
Etapa do desenvolvimento: para os que andam.
17
O que desenvolvem: estimulam a criança a ficar ereta e permitem que ela ande com
mais autonomia.

6- Livros
Etapa do desenvolvimento: para os que começam a falar.
O que desenvolvem: a capacidade de virar as paginas e reconhecer figuras, como
animais e personagens, o que é fundamental para desenvolver a linguagem.

7- Fantoches, máscaras e fantasias


Etapa do desenvolvimento: para os que começam a falar.
O que desenvolvem: o faz-de-conta, fundamental nessa fase por ajudar a
compreender o mundo real e o imaginário. E também ajudam a desenvolver a
linguagem.
19
5. Espaço para brincar

Verificamos que o brincar é muito importante para o desenvolvimento das


crianças, que os brinquedos adequados para cada área do desenvolvimento
também não deve ser esquecido.
Outro ponto que deve ser levado muito a sério é o lugar onde a criança irá
brincar.
O espaço deve ser seguro, pois é nele que a criança vai procurar e encontrar
objetos, aprende a se locomover, adquire idéia de distancia, descobre o mundo ao
seu redor.
Hoje em dia devido ao grande crescimento das cidades, não dá mais para as
crianças brincarem nas ruas como seus pais e avós faziam antigamente, pois hoje
não se tem a mesma segurança. Por isso que é preciso levar as crianças para
espaços adequados onde irão se divertir junto com outras crianças, para que haja
uma boa interação.
Os espaços podem ser divididos em externo e interno:

Espaço Externo
Esse tipo de espaço deve ser alegre com brinquedos e objetos com cores
vivas para que chamem muita atenção das crianças, devem conter materiais que
estimulem a exploração e descoberta das crianças.
Em São Paulo existem alguns espaços desse tipo como no SESC Interlagos e
Itaquera.
Existem também parques como o do Horto Florestal, Ibirapuera com espaços
destinado para as crianças brincarem.
No espaço externo é interessante ter diversos brinquedos como trepa-trepa,
gangorras, tobogãs para que a criança se sinta bem.
Portanto alegria e segurança são fundamentais em um espaço externo.

Espaço Interno
O espaço interno também é muito importante para favorecer o
desenvolvimento das crianças.
20
Quando se fala em espaço interno já lembramos das brinquedotecas que é
um espaço para estimular a criança brincar, assim como no espaço externo, a
criança deve sempre vir em primeiro lugar, pois o espaço é organizado para ela.
Existem diferentes tipos de brinquedotecas, algumas emprestam o brinquedo,
outras que são em escolas e creches e as que são criadas em hospitais, todas
devem ser bem organizadas e com foco na importância do brincar das crianças.
O profissional de uma brinquedoteca deve ser um educador, além de ser um
bom profissional na área, ter todos os conhecimentos pedagógicos, deve ter
iniciativa, ser alegre e principalmente que goste de brincar,
Dentro de casa também é considerado um meio interno. Pode ser um quarto
só para jogos, um quintal, um pátio, a área comum de um condomínio e outros.
A criança “transforma” esses espaços para adaptá-los a sua brincadeira.
Na escola a sala de aula pode ser transformada em espaços de jogo,
atividades podem ser desenvolvidas utilizando mesas, cadeiras, divisórias, etc.
Fora da sala, principalmente no pátio a brincadeira é livre e atividades físicas
predominam.
22
6. O papel do professor

O papel do professor é proporcionar situações de brincar livre e dirigido no


espaço educativo, tentando atender as necessidades de aprendizagem das
crianças.
A postura do professor deve ser de mediador e observador nesse processo
de aquisição de conhecimento.
Passado esta etapa de mediador-observador, o professor tem um papel ainda
mais importante, que é o de diagnosticar o que a criança aprendeu. Ele deve manter
e ampliar essa aprendizagem estimulando sempre para um novo ciclo, uma nova
etapa.
O educador deve garantir que, no contexto escolar a aprendizagem seja
contínua e que inclua não só fatores intelectuais, como também os emocionais, os
sociais, os físicos, os estéticos e os morais.
As atividades devem ser organizadas, onde as mais interessantes sejam
selecionadas para seus alunos.
Cabe ao educador dentro ou fora da sala, criar condições para desenvolver e
facilitar o trabalho.
È o professor que cria ocasiões oportunas para que o brincar aconteça de
uma maneira educativa.
Toda a ação do professor deverá ser planejada, refletida, avaliada e
executada, pois compete a ele respeitar o brincar da criança.
O professor deve sempre inovar para não deixar que aulas sejam repetitivas
e caiam na mesmice ou sejam cansativas.
É importante que o professor, os pais, enfim os adultos participem das
Brincadeiras com as crianças, pois acaba havendo um maior interesse da criança
podendo também servir, por exemplo, no esclarecimento de dúvidas sobre regras
nas brincadeiras.
O educador é figura essencial para garantir o enriquecimento da Brincadeira
como atividade social do universo infantil.
O professor deve estar sempre atento, criando os espaços, oferecendo
materiais adequados e participando dos momentos lúdicos.
É de suma importância que o educador estabeleça uma ligação entre o
prazer, o brincar e o aprender.
23
Durante jogos livres, o educador deve ser um observador, não deve intervir
durante os eventos do jogo, a não ser como mediador de conflitos.
Já nos jogos dirigidos a postura do educador varia, deve ser claro e breve
quando for explicar as regras dos jogos.
O professor é mais que um orientador, ele deve ser desafiador para ter maior
desenvolvimento ou para fixar a aprendizagem.
24
Considerações finais

A conclusão deste trabalho é muito importante para mim, pois ao começá-lo


eu já acreditava na importância do brincar infantil. Agora com mais conhecimento
teórico que adquiri, através dessa pesquisa, ficou totalmente comprovado o quanto é
indispensável o brincar.
Acho que fui muito feliz na escolha do tema “A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
NA EDUCAÇÃO INFANTIL". Posso dizer que aprendi muito e que será de grande
ajuda para minha prática pedagógica. E espero que possa ajudar outras colegas
também.
Minha pesquisa foi teórica, fundamentada em autores como Piaget, kishimoto
e Carneiro os quais mostram que o brincar é uma atividade própria da criança, que
brincando a criança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade.
Através desse trabalho pude mostrar quantas informações se "esconde" atrás
do brincar, o quanto o brincar é importante para a criança e também para o adulto,
porque o que acontece com a criança hoje, refletirá no adulto de amanhã. Brincando
exercitamos habilidades essenciais á saúde de nossas relações.
Ao brincarem as crianças estão vivenciando momentos alegres, prazerosos,
além de estarem desenvolvendo suas habilidades.
Bom... para mim está mais que comprovado o quanto é importante o brincar
na vida da criança.
25
Referências Bibliográficas

Amarelinha, foto disponível no site: www.benoronha.blogspot.com ,acessado dia


30/11/2007.

Brincadeira de roda, foto disponível no site: www.qdivertido.com.br, acessado dia


30/11/2007.

CARNEIRO,Maria Ângela Barbato. Brinquedos e Brincadeiras: formando


ludoeducadores. São Paulo: Articulação Universidade Escola Ltda.,2003.

BOMTEMPO, Edda. Brincar, fantasiar, criar e aprender. IN: Oliveira, Vera Barros de.
(Org) O brincar e a criança do nascimento ao seis anos. Petrópolis: Vozes, 2000.

FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender - o resgate do jogo infantil. São


Paulo : Moderna, 1996.

Futebol de botão, foto disponível no site: www.pca.org.br, acessado dia 30/11/2007.

Gangorra, foto disponível no site: www.chadastres.blogspot.com ,acessado dia


30/11/20007.

Jogo de peteca, foto disponível no site: www.pca.org.br, acessado dia 30/11/2007.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 2ª


ed. São Paulo. Cortez, 1997. pgs. 13-40

MALUF, Ângela C. M. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

MOYLES, Janet R. Só brincar? - O papel do brincar na educação infantil. São Paulo:


Artmed, 2002. pgs.69-80.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.

Pulando corda, foto disponível no site: www.plenarinho.gov.br, acessado dia


30/11/2007.

Revista Nova Escola. Edição especial de educação infantil. No 15, Ano 2007, p. 17 a
19.

VIGOTSKY, Lev. Semyonovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins


Fontes, 1994.

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