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Vivência - Ritos Iniciais - Glória

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VIVÊNCIA – GLÓRIA - 14º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

Preparação para a vivência do rito


No ambiente: fósforo, 2 velas, vestes, mesa, toalha, pessoas que vão realizar o rito (ministros/as).

PASSOS DO TRABALHO EM GRUPO:


1. Ler o texto do evangelho: Lucas 10,1-12.17-20 - Qual o Mistério celebrado neste domingo?
2. Ler os textos de aprofundamento sobre o Hino do Glória:
2.1. Instrução Geral do Missal Romano (IGMR)
Glória a Deus nas alturas
53. O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e
suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou,
se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que o alterna com
o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou
por dois coros dialogando entre si. É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da
Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes.
126. Nas celebrações previstas, canta-se ou se recita o Glória (cf. n. 53).
37. Por fim, dentre as outras fórmulas: a) algumas constituem um rito ou ato independente, como o hino do Glória,
o salmo responsorial, o Aleluia e o versículo antes do Evangelho, o Sanctus, a aclamação da anamnese e o canto
depois da Comunhão;
2.2. Glória (Ficha da CNBB, nº 09) - Frei José Ariovaldo da Silva, OFM
O sentido de um hino chamado "glória",
“Nos domingos e outras solenidades, bem como em dias festivos, cantamos no início da missa um
antiquíssimo e venerável hino chamado “Glória”. Seu conteúdo e verdadeiro sentido não tem sido bem
compreendido entre nós. O músico e liturgista Frei Joaquim Fonseca, no seu livrinho “Cantando a missa e o ofício
divino” (Paulus 2004) nos traz uma explicação que, a meu ver, é das melhores. Faço questão de transcrevê-la e
divulgá-la em nosso “mutirão” de formação litúrgica. Olhem o que ele escreve:
O ‘Glória’ é um hino que remonta aos primeiros séculos da era cristã. Na Instrução Geral do Missal
Romano, lemos que o ‘Glória’ é um ‘hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja congregada no Espírito
Santo glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro... (n. 53).
Esta definição nos deixa claro que o ‘Glória’ é um hino doxológico (de louvor/glorificação) que canta a
glória e Deus e do Filho. Porém, o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da súplica. Movida pela
ação do Espírito Santo, a assembleia entoa esse hino, que tem sua origem naquele canto dos anjos que ressoou pela
primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém, na noite do nascimento de Jesus (cf. Lc 2,4).
Na sua origem, o ‘Glória’ era entoado durante o ofício da manhã. Só bem mais tarde – por volta do século
IV – é que aparece prescrito na liturgia eucarística do Natal podendo ser entoado apenas pelo bispo. Esse costume
se prolongou por muito tempo. Porém, no final do século XI já há notícias do uso do ‘Glória’ em todas as festas e
domingos, exceto na Quaresma. Então os presbíteros já podiam entoá-lo.
O ‘Glória’ pode ser dividido em três partes:
a) O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos
homens por ele amados’;
b) Os louvores a Deus Pai: ‘Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos
bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças pro vossa imensa glória’;
c) Os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cristo: ‘Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor
Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que
tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós
sois o Santo, só vós o Senhor, só vós o Altíssimo Jesus Cristo’.
O ‘Glória’ termina com um final majestoso, incluindo o Espírito Santo.
É importante lembrar que esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa
da Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é neste que se concentram os
louvores e as súplicas. Em outras palavras: o Cristo se mantém no centro de todo o hino. Ele é o Kyrios, o Senhor
que desde todos os tempos habita no seio da Trindade.
Estas dicas certamente nos ajudarão a discernir na escolha do ‘hino de louvor’ mais adequado para as
celebrações eucarísticas. Sabemos que em muitas de nossas igrejas há o costume de executar, no lugar do
verdadeiro ‘Glória’ pequenas aclamações trinitárias, ou seja, simples aclamações dirigidas ao Pai, ao Filho e ao

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Espírito Santo. Pudemos ver que o ‘Glória’ é bem mais do que isso: nele está contido o louvor, a aclamação e a
súplica. E mais: a pessoa de Jesus Cristo aparece no centro desta grande doxologia” (p. 19-29).
Obrigado ao Frei Joaquim Fonseca por este esclarecimento que, com certeza, vai contribuir para o
aperfeiçoamento e a autenticidade de nossas celebrações litúrgicas em nossas comunidades”.
3. Vivenciar o hino do Glória como gesto ritual
3.1. Tomar conhecimento do rito
Quando for prescrito, canta-se ou recita-se o hino:
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. / Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso. /
nós vos louvamos, nós vos bendizemos, / nós vos adoramos, nós vos glorificamos, / nós vos damos graças por vossa imensa
glória. / Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, / Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. / Vós que tirais o pecado
do mundo, tende piedade de nós. / Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. / Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós. / Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, / só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, / com o Espírito Santo, na
glória de Deus Pai. Amém.
3.2. Realização do rito “como se fosse” na celebração
Expressar o sentido por meio da ação corporal (voz, expressão, gestos, olhar...) e da atitude interior. Cuidar da autenticidade
do fazer ritual. O que foi estudado deve “ganhar corpo” na vivência do rito. Realizar o rito como se fosse numa celebração de
verdade.
a) Distribuição dos serviços.
b) Realização da sequência (experimentar o recorte de várias maneiras).
c) Observações, dialogando sobre aquilo que se fez.
d) Realização da sequência por outro grupo.
e) Novas observações.

4. "Conversa sobre os três pontos", mais sistemática e aprofundada, levando em conta o objetivo deste
laboratório.
 Conversar: Houve a integração entre a pessoa e o mistério celebrado?
 "Conversa de três pontos: sentido teológico, atitude interior e gesto externo”, mais sistemática e aprofundada,
sobre cada um dos elementos do rito realizados e sobre a unidade entre os três pontos, levando em conta o
objetivo desta vivência.

5. Em que este rito contribui para formar a assembleia celebrante?


6. Avaliação da vivência.

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