Recrutamento e Seleccao de Pessoal
Recrutamento e Seleccao de Pessoal
Recrutamento e Seleccao de Pessoal
Universidade Pedagógica
Beira
2019
Anica Marcela Machaca Abudo
Supervisor:
MSc. Laurina Bia Guacha
Universidade Pedagógica
Beira
2019
Índice
Dedicatória...............................................................................................................................viii
Agradecimentos ......................................................................................................................... ix
Resumo ....................................................................................................................................... x
Abstract ...................................................................................................................................... xi
3.3.2 Resultados........................................................................................................... 45
Tabela 1 - Quadro amostral dos colaboradores dos Recursos Humanos da organização MSF.
.................................................................................................................................................. 19
Tabela 2 - Dados Pessoais dos profissionais de RH na Organizacao MSF-Beira. ................... 35
Tabela 3 - Percepção sobre o desenvolvimento do PSP com domínio das técnicas especificas
do ofício .................................................................................................................................... 37
Tabela 4 - Percepção da interferências de factores externos no PSP na organização. ............. 38
Tabela 5 - Percepção sobre as melhorias do PSP quando realizado por uma organização
devidamente contractada para o efeito. .................................................................................... 39
Tabela 6 - Percepção sobre a necessidade de actualização dos conteúdos do PSP. ................. 40
Tabela 7 - Percepção sobre a necessidade de rigorosidade e imparcialidade no PSP. ............. 41
Tabela 8 - Percepção sobre a tomada de decisão sobre o PSP em função de ordens das
lideranças da organização. ........................................................................................................ 42
Tabela 9 - Percepção sobre a demonstração da compreensão do sujeito quando da realização
do PSP. ..................................................................................................................................... 43
Tabela 10 - Percepção sobre a influência dos factores emocionais na tomada de decisão do
PSP. .......................................................................................................................................... 44
Tabela 11 - Q1. Percepção sobre observância de vantagens no processo de selecção de
pessoal. ..................................................................................................................................... 45
Tabela 12 - Q2. Percepção sobre as dificuldades no processo de selecção de pessoal. ........... 46
Tabela 13 - Q3. Percepção sobre a necessidade de aperfeiçoamento do processo de selecção
de pessoal.................................................................................................................................. 47
Tabela 14 - Q4. Percepção sobre a eficácia ou não do processo de selecção de pessoal. ........ 48
vi
Lista de Abreviaturas
MSFB – Médicos Sem Fronteira - Beira
DO – Desenvolvimento Organizacional
Declaração de Honra
Declaro que esta monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações
dadas pelo meu supervisor e o seu conteúdo é original, não tendo sido apresentado um
conteúdo igual que possa tirar a originalidade deste documento; as fontes consultadas para a
consecução desta monografia, estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e
bibliografia.
Declaro ainda que este trabalho de monografia não foi apresentado em nenhuma instituição
para a obtenção de qualquer grau académico.
_________________________________________
Dedicatória
Dedico o presente trabalho ao meu esposo Nelson Daniel Abudo que não médio esforços
nessa longa caminhada, e que esteve presente em todos os momentos ajudando-me em todas
vertentes. Também quero dedicar este trabalho a minha mãe Isabel Joaquim Passe Massingue
pelo incentivo na luta nos estudos e pelo exemplo.
ix
Agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar a Deus Todo poderoso, que iluminou o meu caminho durante
esta caminhada, pois se não fosse Deus, eu não teria forcas para essa longa jornada.
De seguida quero agradecer a Universidade Pedagógica, por ter me aceitado como estudante
do curso de Psicologia do comportamento organizacional.
Quero agradecer a minha supervisora dr Laurina Bia Guacha pelas instruções e pelas
recomendações dadas e pela paciência que teve até que fosse concluído o presente trabalho.
Importa também agradecer aos docentes do meu docentes, mas importa em primeiro lugar
agradecer ao chefe do departamento de psicologia MSc. Américo Gabriel Toca
Á todos os meus docentes de curso de psicologia, José Helder Chamo, Laurina Bia
Guacha,Paulo Zebo Bulaque, Edú Manuel, Odilia de Lurdes Mussei, Hortência Magibire,
Lorde Chissiuia ,Edna Guirazi, Hermenegildo Loiane, Dilsa Gotine, António Vasco Waya,
Pedro Sumila, Fonsseca, Tureva Vurande, Jerónimo Cessito, Armindo Vilanculo, José
Malaire, Paulo de Sousa, Elaine José, Fernando Massora, Savio Malope, Flávio Américo
Fainda, Alcídio Quenhe e ao Zona não só contribuíram na minha formação académica, mas
também no meu desenvolvimento pessoal e na minha pesquisa.
Quero agradecer a todos os meus colegas da turma, que durante a caminhada fomos colhendo
e adquirindo muita experiencia.
Quero agradecer a minha família em geral, especialmente, aos meus irmãos, Lusane
Hepuclene Machaca, James Valentim Muzazaila, a minha prima Belgia Augusta Taremba, a
minha tia Luiza Ernesto Vicane Paula Massingue, aos meus filho Nasser Vasco Daniel Abudo
e Nelica da Yassimin Abudo.
Aos meus amigos, Belmira Patrícia Hamad e a Ernesto Alberto Guilengue, Silvia António
Saiela, Eunice da Cunha, Laila Zamudine.
Resumo
Abstract
The present study aimed to evaluate the practice of the recruitment process for staff selection
with the collaborators of Médecins Sans Frontières - Beira. It was assumed that the employees
responsible for this crucial and sensitive task aiming at the development of the organization
have been carried out by employees without specific training. Thus, as a methodology, the
study was qualitative in nature, materialized by the application of the questionnaire survey
and semi-structured interview, applied to four (4) employees of the MSF organization, three
(3) males and one (1) female. The results of the study made it possible to understand that
there are times when the results of the process and recruitment for selection have suffered
external influences, where collaborators with no specific skills for the job are selected to the
detriment of the competent ones. an entity duly specialized in the process, which should be
contracted by the MSF organization. In this way we consider our main hypothesis valid since
the lack of specific training in personnel recruitment and selection processes contributes to the
ineffectiveness of the selection process for recruitment of personnel in the MSFB
organization.
1 CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
O presente trabalho subordinando ao tema “ Avaliação de recrutamento para selecção de
pessoal à organização: Estudo de caso com colaboradores da organização Médicos Sem
Fronteiras – Beira (2018) ”, surge no contexto da realização do trabalho de diploma para a
obtenção do grau académico de Licenciatura em Psicologia, com habilitação em Psicologia
das Organizações.
O presente trabalho teve como objectivo, avaliar a prática do processo de recrutamento para
selecção de pessoal junto aos colaboradores da organização médicos sem fronteiras, para a
materialização deste trabalho usamos métodos de pesquisa científica que estão descritos
abaixo.
Escreve-se sobre esta temática pelo facto da autora partir do pressuposto de que o sucesso de
toda e qualquer organização, depende sobremaneira da qualidade técnica, pessoal e
profissional de seus recursos humanos, qual pode facilmente acontecer quando os
responsáveis pela selecção e subsequentemente recrutamento realizam seu trabalho com
isenção e profissionalismo, quer dizer seleccionando os melhores dos melhores e
reconhecendo suas competências (pessoais, cognitivas, afectivas e profissionais) úteis e
indispensáveis a rentabilidade e desenvolvimento da organização.
Para a materialização deste trabalho foi necessário adoptar algumas técnicas e metodologias
de pesquisa (inquérito por questionário e inquérito por entrevista) para que os objectivos
pudessem ser alcançados.
Portanto, por forma a criar maior objectividade na compreensão dos conteúdos e, respeitando
os pressupostos normativos da organização de trabalhos científicos na UP, privilegiamos a
construção dos mesmos em quatro capítulos, nomeadamente:
1.1 Justificativa
Pelo facto de em função de a autora estar a realizar formação superior na área (Psicologia do
comportamento das Organizações), possamos contribuir com nosso saber para a melhoria da
realização do processo de selecção, via reconhecimento da pessoa ou candidato como um ser
biopsicossociocultural, qual pode não ser considerando elegível a vaga simplesmente pela não
tomada de consciência da sua integralidade de pessoa, havendo deste modo necessidade de
atenção e entendimento de suas particularidades individuais.
1.2 Problematização
Infelizmente, na organização MSFB pude perceber junto dos colaboradores que não raras
vezes, aquando do lançamento de concursos públicos para a selecção de candidatos para
vagas disponíveis nas mais distintas unidades orgânicas que compõem a organização, muitos
dos candidatos seleccionados acabam não respondendo cabalmente as expectativas criadas
durante o processo de selecção, acabando mesmo por serem dispensados ainda durante o
período probatório, obrigando deste modo o dispêndio de mais capital para novo lançamento
de concurso e subsequente seguimento dos processos administrativos para nova selecção.
Não apenas podemos ficar atentos as questões onerosas que o deficiente processo de selecção
tem criando, mas também evidencia-se mediante um mau clima na organização, e como bem
se sabe, um mau clima proporciona um mau desempenho organizacional.
Pudemos ainda saber junto a colaboradores afectos na organização, que nos meses ou dias que
antecedem a realização do processo de selecção de pessoal, instala-se um clima de “tensão,
dificuldades de comunicação, acusações mútuas” sobre o pretexto de que os elegíveis a
selecção poderão ser pessoas que granjeiam confiança e amizades juntos as colaboradores
responsáveis pelo processo, não existindo deste modo isenção e neutralidade na realização do
processo.
16
Face ao cenário ora apresentado, a autora levanta a seguinte questão de partida: De que
maneira os colaboradores da organização Médicos Sem Fronteiras-Beira avaliam o
processo de recrutamento para a selecção do pessoal na instituição?
1.3 Objectivos
1.4 Hipóteses
Segundo (Gil, 2002, p. 32) “a hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do
problema.” Uma hipótese é considerada uma possível solução para o problema proposto.
A falta de formação específica por parte do pessoal dos recursos humanos em processos de
recrutamento e selecção de pessoal contribui para a ineficácia do processo de recrutamento
para selecção de pessoal na organização MSFB.
A não atenção as particularidades individuais por parte dos recursos humanos dos
candidatos estimula a selecção de pessoal pouco contribuintes ao desenvolvimento da
organização MSFB.
A aplicação correta dos métodos de recrutamento e selecção poderão contribuir para
escolha do candidato certo para a vaga pretendida.
A formação dos colaboradores em matéria de recrutamento/selecção poderá contribuir
na melhoria da prática deste processo na organização.
17
1.5 Metodologia
Método científico é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a produção de
conhecimentos que têm o rigor da ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e
comprovação de um determinado conteúdo. (Gil, 2002, p. 145).
Segundo Carmo & Ferreira, (1998, p. 180) “na pesquisa qualitativa os investigadores
preocupam-se mais pelos processos de investigação do que unicamente pelos resultados ou
produtos que nela decorrem […] a investigação qualitativa é descritiva. A descrição deve ser
rigorosa e resultar directamente dos dados colhidos”
1.6.1 Entrevista
“A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações
a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no
diagnóstico ou no tratamento de um problema social”. Marconi & Lakatos, (2003, p. 165)
Esta entrevista foi aplicada em exclusividade para os Gestores de Recursos Humanos, que
compõem um número total de 4, do qual tem-se três homens e uma mulheres.
1.6.2 Questionário
“Questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série ordenada de
perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Em geral,
o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um portador; depois de
questionário preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo.” Carmo & Ferreira, (1998,
p. 180).
O questionário foi aplicado aos Gestores de Recursos Humanos, que compõem um número
total de 4, do qual tem-se três homens e uma mulheres. Ver nos Anexos.
19
Tabela 1 - Quadro amostral dos colaboradores dos Recursos Humanos da organização MSF.
Masculino 3 75%
Feminino 1 25%
Total 4 100%
A organização MSFB situa-se na rua Dom Francisco Gorjão n.º 56, 3º Bairro – Ponta-Gêa,
Cidade da Beira. Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária
internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afectadas por graves crises humanitárias.
Também é missão de MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes
1
A amostragem do tipo probalistica é aquela que a amostra é ou faz parte da população amostrada, tem-se 100%
de certeza que a amostra está contida na população.
20
1.9.1 Científica
O presente estudo torna-se num enorme contributo científico, pois irá facultar aos eventuais
leitores, sobretudo os que desenvolvem a actividade de selecção de pessoal, a sempre
primarem pela isenção, neutralidade e conhecimento de técnicas e procedimentos científicos e
psicológicos que devem ser tomados em consideração no processo de selecção de pessoal, sob
o risco de acabarem por excluir candidatos sobremaneira competentes para a organização em
detrimento de admitir os pouco competentes, simplesmente porque no dia da selecção este
limitou-se a responder de forma directa ou não manteve um contacto visual permanente com
os colaboradores responsáveis pela selecção muito por causa da dificuldade de manter seus
níveis emocionais em estados moderados.
Ainda cientificamente o presente estudo resulta relevante pois que contribuirá para despertar
as demais organizações que realizam o processo de selecção a reconhecerem que o sucesso e
desenvolvimento organizacional, sobremaneira dependem da planificação antecipada do
processo de selecção, do não improviso na sua realização e de colocação de profissionais
responsáveis para realização do processo sempre formados na área de Administração e Gestão
de Pessoal e com fortes conhecimentos da Psicologia das Organizações.
21
Ainda socialmente o tema é importante, pois pretende inculcar na sociedade que todos nós
somos elegíveis a ser seleccionados para determinadas organizações, desde que tenhamos a
demonstração de atitudes de humildade, reconhecimento das diferenças e vontade permanente
de colaborar com nosso semelhante, na busca de aprendizado ou mesmo na troca de
conhecimentos e experiências de trabalho.
22
De acordo com considerações de Lodi (1996 p. 175) o recrutamento pode ser definido como o
conjunto de práticas processuais que uma organização realiza, com o intuito de identificar um
grupo considerável de candidatos (potenciais membros talentosos), atraindo-os para posterior
selecção e pretensa retenção.
Por seu turno, Teixeira et all (1998 p. 38). define recrutamento como o processo de localizar,
identificar e atrair candidatos capazes e interessados em preencher postos disponíveis na
organização.
Recrutamento é o passo inicial para encontrar o candidato ideal para o cargo disponível.
(...) “As organizações precisam de pessoas que, além de conhecimento técnico, tenham como
competências essenciais a curiosidade pelo aprendizado, a flexibilidade, a capacidade de
adaptação às mudanças, a facilidade no trato interpessoal e o sentido de urgência que o mundo
actual nos imprime”. (Ruas 2001 p 242).
Lodi (1996 p. 175) define recrutamento como “um processo de procurar empregados”, onde
estão em jogo faixas salariais, condições de trabalho e benefícios por um lado e por outro,
qualificação pessoal, conhecimentos, experiência e personalidade. Os sectores de
recrutamento e selecção existem em todas as empresas, sejam elas micro ou empresas de
grande porte. Todas elas buscam chegar mais perto de encontrar o candidato ideal.
2.2 Selecção
Segundo as palavras de Chiavenato (1999 p. 257) e, copiando o dito popular, “Selecção é o
processo de escolher o melhor candidato para o cargo”. Ainda na mesma página de
Chiavenato: “Selecção é o processo pelo qual uma organização escolhe, de uma lista de
candidatos, a pessoa que melhor alcança os critérios de selecção para a posição disponível,
considerando as atuais condições de mercado.
24
Dolan et all (2003 p. 391) definem selecção “como um processo pelo qual são escolhidas
pessoas adaptadas a determinada ocupação ou esquema operacional”. Primeiramente se faz
uma busca e escolha, separando os currículos que satisfaçam o perfil da vaga.
“A selecção de pessoas funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas algumas
pessoas possam ingressar na organização: aquelas que apresentam características desejadas
pela organização. Há um velho ditado popular que afirma que a selecção constitui a escolha
certa da pessoa certa para o lugar certo.” Chiavenato (1999 p. 247).
CV e Formulário de Emprego.
Entrevistas
Testes de Habilidade
Questionários sobre personalidade
Exercícios de simulação.
Apesar das Entrevistas se constituírem como o método mais falível, é considerado o mais
comum.
2.2.1.1 Entrevistas
Existem várias definições possíveis de entrevista consoante as perspectivas dos vários autores.
A entrevista é uma conversação (entre dois indivíduos) com um propósito definido e não uma
mera situação de conversa (Bohlander & Sherman, 2003 p. 547); “Uma entrevista é uma
forma estruturada de comunicação conduzida para atingir determinado objectivo específico”
Cardim (2009 p. 121); “ A entrevista de pesquisa é um procedimento de investigação
científica, que utiliza um processo de comunicação verbal para recolher informações
relacionadas com o objectivo fixado” Bardin (1979 p. 229); “ Entende-se pelo termo
entrevista, “ uma forma especializada de interacção verbal, que se realiza com um propósito
definido e que se refere a um determinado tema, com a consequente exclusão de outros
assuntos estranhos à mesma”, (Neves et al. 2008 p. 221).
25
As entrevistas nas organizações servem geralmente, segundo Matos (2006) seis objectivos: 1)
recrutamento e selecção de novos colaboradores; 2) avaliação de desempenho; 3) recolha
aprofundada de informação; 4) recolha de informação por inquérito; 5) resolução de
problemas; 6) persuasão.
Em termos operacionais a melhor forma de assegurar está relação de acordo com as sugestões
de alguns autores (exemplo, Robbins 2010 p. 633) pode passar por:
- Mostrar respeito pelo participante, abertura e desejo de ouvir, permitindo que o entrevistado
fale (uma orientação geral é que o entrevistador deverá falar apenas 25% do tempo);
- Estabelecer empatia procurando perceber como estará a ser vivido o processo pelo
entrevistado, mostrando ao interlocutor que não o vê apenas como uma fonte de informação,
mas que a perspectiva dele é importante para o seu trabalho (não confundir empatia com
simpatia, nem é objectivo do entrevistador criar uma relação de amizade);
- Dar total atenção ao entrevistado sem nunca mostrar impaciência, crítica ou indiferença;
- Evitar avaliar as respostas à medida que vão sendo expressas, antecipar respostas ou futuras
questões ou saltar para conclusões, interpretando de forma incorrecta a informação;
27
- Manter contacto visual com o entrevistado, manter uma postura corporal e/ou facial que
demonstre interesse;
- Estar ciente dos preconceitos a tentar evitá-los, adoptando uma atitude neutra em relação ao
que e dito, e evitando (de forma verbal ou não verbal) discordar ou desaprovar as afirmações
do entrevistado;
- Atender ao que é dito (conteúdo) mas também à forma como é dito, ao tom e às pistas de
linguagem corporal que acompanham o discurso e transmitem atitudes e sentimentos do
entrevistado;
- Evitar responder às suas próprias perguntas antes do entrevistado ter oportunidade de o fazer
(o que poderá acontecer inadvertidamente ou constituir um esforço inconsciente para ajudar o
entrevistado);
- Deixar bastantes espaços para que o entrevistado possa pensar no que vai dizer. Se colocar
questões que exigem reflexão por parte do entrevistado, estar confortável com o silêncio,
evitando refazer a pergunta desnecessariamente ou apressar-se para a pergunta seguinte;
- Ser consistente de uma entrevista para a outra de forma a que seja possível comparar
entrevistados, mas evitando estas comparações durante a entrevista;
Algumas implicações destes princípios dizem respeito ao modo de obter informação sobre
temas sensíveis ou que possam de algum modo implicar pessoalmente quem fornece a
informação e ao «feedback» que o entrevistado tem direito a receber após a entrevista. Por
isso, no contexto da entrevista, anonimato, privacidade e confidencialidade, bem como
possibilidade de desistir da entrevista a qualquer momento, constituem direitos que assistem o
entrevistado e que lhes devem ser comunicados.
Mas como deve ser uma entrevista? Para esta pergunta serão tantas as respostas, quantos os
seus autores. Contudo, é possível identificar três pontos comuns na variabilidade de sugestões
(Van Maanem 1979 p. 209)
Um bom plano de entrevista inclui uma fase de preparação onde se consideram factores
relacionados com o entrevistador, com o entrevistado e com o contexto da entrevista,
29
Outro diz respeito à condução da entrevista, especialmente nos aspectos relacionados com a
abertura, a gestão da relação e a finalização. O terceiro refere-se aos resultados obtidos, ou
seja, é da boa preparação e condução que depende a qualidade dos resultados obtidos e este,
por sua vez, condicionam a reparação. Vejamos mais detalhadamente do ponto de vista
técnico cada uma das fases da entrevista.
2.2.1.6 A Preparação
A primeira etapa da preparação é a definição clara do problema de pesquisa, do objectivo da
entrevista e da identificação das categorias gerais de dados que é necessário recolher. É
fundamental que se domine o tópico ou pelo menos se esteja familiarizado com ele.
Um outro aspecto que o entrevistador deve considerar diz respeito à situação de comunicação
e de interacção interpessoal que representa a entrevista. Conforme se referiu no ponto
anterior, a dimensão relacional e psicológica da entrevista implica que, logo na fase da
preparação, as varáveis daí decorrentes sejam contempladas …
Todavia, a eficácia da entrevista não depende por si só da correcta formulação das mesmas,
mas muito também da sensibilidade e intuição do entrevistador, da forma e do quando as
coloca e da boa gestão dos silêncios. Por isso, se fala do acto de entrevistar como uma técnica.
O contrário equivaleria a um mero questionário verbal, que desconheceria muito a capacidade
de intuir e improvisar a que o acto de entrevistar faz apelo. Perguntar exige conhecimento,
intuição e treino …
Cada pergunta deve ter uma finalidade, uma razão de ser relacionada com a informação a
obter. Cada vez que se formula uma pergunta, deve o entrevistador ser capaz de responder ao
porquê e para quê da informação que procura…
As questões moderadamente abertas são utilizadas para produzir uma resposta mais curta e
um pouco mais focalizada (exemplo, vez de “ fale-me de si” perguntamos «porque é que
escolheu estudar curso tal», em vez de “qual tem sido a sua experiência como colaborador”
pergunta-se “ como tem lidado com situações de dificuldades no trabalho”) …
Em contraste, as perguntas fechadas são mais localizadas e requerem respostas mais breves.
Uma questão fechada restringe as opções de resposta a uma área específica conferindo ao
entrevistado uma maior localização no tipo de informação pretendida.
2.2.1.9 Admissão
Admitir as pessoas certas é dos investimentos mais importantes para o sucesso de uma
empresa.
O processo de integração é mais longo que o do acolhimento, uma vez que a sua finalidade é
que o colaborador conheça a função e conheça as pessoas com as quais irá interagir no seu
trabalho. Este período de integração pode ser variável no tempo; no entanto
independentemente da duração, o mais importante é que o novo colaborador seja bem
preparado, de forma a demonstrar bons desempenhos no futuro”.
De acordo com aportes teóricos de Pina et all (2012 p. 59) os processos de integração de
novos colaboradores nas organizações podem assumir diversas formas independentes ou
complementares: distribuição de um Manual de Acolhimento ou de outros documentos
apropriados; realização de um turnaround pela empresa, que permita ao novo colaborador
conhecer as diferentes áreas funcionais da organização; formação de acolhimento e integração
do novo colaborador. Relativamente ao Manual de Acolhimento pode-se referir que este é um
32
Continua Chatman (1991 p. 461) realçando que o processo selectivo deve visar não apenas ao
indivíduo mais adequado quanto aos padrões técnicos e de competência que a organização
necessita, mas também em relação à congruência de valores. Dessa feita, selecção é uma parte
anterior, mas complementar à socialização.
2.5 A Socialização
Assumindo o pressuposto de que a sociedade é uma realidade objectiva, intersubjetivamente
constituída, que existe anteriormente ao indivíduo, o qual não nasce membro dessa sociedade,
mas sim com uma predisposição a fazer parte dela, a socialização é o processo de introdução
do indivíduo nessa sociedade (Berger e Luckmann, 1983 p. 457).
Desse modo, para Berger e Luckmann (1983, p. 184), pode ser distinguida em primária e
secundária. A socialização primária remete àquela que o indivíduo experimenta na infância e
em virtude da qual se torna membro da sociedade. Na socialização secundária, engendra-se
qualquer processo em que um indivíduo, já socializado primariamente, seja introduzido em
novos sectores do mundo objectivo de sua sociedade.
(1993), deve ser vista como um processo contínuo, que começa antes mesmo da entrada neste
sistema, já que outros sistemas sociais inculcam, desde o nascimento, valores e normas
concernentes aos comportamentos aceitáveis em organizações complexas.
A segunda fase trata do confronto, em que isso que o indivíduo traz entra em conflito com os
valores e expectativas da organização. Por fim, a última fase é a da mudança, na qual o
indivíduo começa a apreender e adquirir os comportamento e valores colocados para ele pela
organização.
Nesse processo, o indivíduo não é apenas um ser passivo; ele participa adquirindo
informação, compreendendo e dando sentido ao ambiente que encontra (Haski-Leventhal e
Bargal, 2008 p. 78). Além disso, como afirmam Berger e Luckmann (1983, p. 184), “a
socialização nunca é completamente bem-sucedida. Alguns indivíduos ‘habitam’ o universo
transmitido de maneira mais definida do que outros”.
Desse modo, tem-se que a socialização de “sucesso” produz identidades que são socialmente
pré-definidas e delineadas em alto grau, produzindo a maciez coercitiva da realidade objectiva
interiorizada. A identidade é então consideravelmente delineada, no sentido de representar
plenamente a realidade objectiva em que se encontra.
34
A paz chegou em 1992 mas o trabalho dos MSF em Moçambique estava longe de terminado,
num país que tinha de reactivar o seu sistema para atender milhões de refugiados que
voltavam para as suas casas.
No período de paz houve uma série de emergências: a cólera, com uma grande epidemia, não
só em Moçambique mas regional em 1996-97, depois houve o período nos anos 2000 das
cheias e por fim o período do HIV-Sida, que foi um grande desafio para nós", disse Jean-Luc
Anglade.
Actualmente a missão dos MSF permanece concentrada no programa de luta contra a sida e
também tuberculose e na resposta a eventuais emergências.
35
No que tange a variável sexo dos participantes, três (3) percentualmente representando 75%
são masculino e um (1) correspondendo 25% é feminino.
Com relação variável idade das participantes, pudemos saber que os quatro (4) participantes,
representando percentualmente 100% então no intervalo de 31 a 40 anos de idade.
Por seu turno, no que tange variável habilitações literárias, um (1) responsável pelo processo
de selecção de pessoal correspondendo percentualmente a 25% tem o bacharelato concluído e
três (3) correspondendo 75% têm a licenciatura.
36
Já para a variável tempo de serviço como responsável pelo PSP na organização MSFB, todos
os colaboradores participantes (4), representando os 100%, estão exercendo este delicado
ofício a menos de 10 anos.
Finalmente para a variável formação específica em matéria do PSP, dois (2) colaboradores,
representando percentualmente 50%, dizem sim ter formação e outros dois (2) também
representando 50% dizem não ter formação específica.
Vale ressaltar que a percepção dos colaboradores sobre a formação específica, resulta do facto
de haverem feito curso superior em área de Gestão de Recursos Humanos ou Gestão de
Empresas, onde na matriz curricular dos mesmos tiverem módulos ou disciplinas com
conteúdos subordinados ao PSP.
Vale também ressaltar que a existência de 75% de pessoal com o nível de licenciatura
contribui para um bom processo de selecção e recrutamento, visto que possuem um bom
conhecimento da matéria, mas vale ressaltar também se a matéria vai directamente de
encontro com a matéria de RH.
De seguida, iniciamos a apresentação dos dados socioprofissionais relacionados a percepção
dos colaboradores sobre o processo de selecção de pessoal (PSP).
37
Tabela 3 - Percepção sobre o desenvolvimento do PSP com domínio das técnicas especifica do ofício
pelo processo de recrutamento e selecção de pessoal, visando deste modo seleccionar o futuro
colaborador da organização pessoa certa para o sector laboral específico.
Quando Chatman (1991 p. 484), considera que o “o processo de selecção é importante, pois
não se restringe unicamente a adequação do candidato ao cargo, mas à organização também, o
que implica incluir não apenas critérios baseados em habilidades e capacidade de realização
de tarefas e actividades específicas, mas também critérios relacionados à congruência de
valores entre a organização e o indivíduo”, nota-se por parte um colaborador responsável pelo
processo de recrutamento para selecção sentir que candidatos são recrutados sem que reúnam
as competências e não se identificam com os valores da organização. Assim, precisa existir
39
Tabela 5 - Percepção sobre as melhorias do PSP quando realizado por uma organização devidamente
contractada para o efeito.
Se olharmos para um dos pressupostos que identifica Amato (1996 p. 128) quando aborda que
a entrevista do processo de recrutamento para a selecção deve “ estabelecer empatia
procurando perceber como estará a ser vivido o processo pelo entrevistado, mostrando ao
40
interlocutor que não o vê apenas como uma fonte de informação, mas que a perspectiva dele é
importante para o seu trabalho”, consideramos salutar a visão de alguns responsáveis pelo
recrutamento na organização MSF, pois assim evitar-se-á conflitos de interesse (familiar,
político, social, comunitário), mas também valorizamos a visão dos que concordam que
devem ser os colaboradores internos da organização a realizar o processo, sob a perspectiva
de estarem mais abalizados ao trabalho, mas também porque separam cabalmente a simpatia
da empatia, agindo com profissionalismo no processo de recrutamento.
Tabela 8 - Percepção sobre a tomada de decisão sobre o PSP em função de ordens das lideranças da
organização.
Questionamos aos responsáveis pelo PSP se estes consideram que não seleccionam
candidatos por si considerados competentes em razões de poucos competentes muito por
influências da liderança da organização, dois (2) representando 50% discordam, um (1)
correspondendo 25% concorda e outro um (1), também correspondendo 25% concorda
totalmente. Pelas respostas, percebemos haver necessidade de as lideranças abandonarem a
interferência nos resultados do PSP, pois por um lado, os melhores candidatos que com seu
saber muito poderiam contribuir para o desenvolvimento da organização acabam não
admitidos, simplesmente porque existem os pré-seleccionados antes do processo, quais apenas
se fazem ao processo por uma questão de marcar presença física e assim carimbarem sua
admissão a organização.
Se tornamos em linha de referência que o processo de admitir as pessoas certas é dos
investimentos mais importantes para o sucesso de uma empresa, vemos que está realidade
ainda se encontra mais ofuscada na organização MSF-Beira, pelo facto de alguns responsáveis
pelo processo de recrutamento perceberem influência ou interferência de suas lideranças para
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a escolha de um candidato e o preterir de outro, que tal nem certos casos mais competências
demonstrou ao longo da entrevista. Deste modo, precisam as lideranças deixar os
colaboradores trabalhar de modo imparcial, evitarem a intromissão, pois em última instância,
os culpados pela selecção de um ou outro colaborador/a acaba recaindo aos sujeitos que
realizaram tal tarefa.
Reconhecendo que cada pessoa representa uma individualidade, com suas necessidades,
particularidades e habilidades próprias, alguns mais introvertidos outros extrovertidos,
interessou-nos perceber se os responsáveis pelo PSP, tem respeitado tais pressupostos. Para
este questionamento, os quatro (4) colaboradores participantes, representando 100%
concordaram que sim, onde alguns justificam que sempre antes das entrevistas, pedem ao
candidato para que se descontraia, se sinta num meio acolhedor e ofereça todo seu saber para
ficar com a vaga, outros dizem mesmo que pedem aos candidatos para que digam no final do
processo como se sentiram, fazendo uma auto-avaliação de sua performance pessoal, pois
respostas honestas constituem elemento a considerar nas pontuações dos resultados finais do
processo.
Pelas respostas dos sujeitos, consideramos que estás se encaixam nos pressupostos do Ribeiro
(2018) quando diz que o entrevistador deve “ mostrar respeito pelo participante, abertura e
desejo de ouvir, permitindo que o entrevistado fale, não seja cortado e ofereça todo seu saber
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sobre a vaga”, estimulando deste modo a maior entrega e antecipado preparo para a vaga em
que se encontra a concorrer, e acima de todo, que sua forma de entrega demonstrada aquando
do processo de selecção se mantenha cada vez mais crescente assim que tiver a sorte de passar
para a organização, representando elemento de diferença, de dinamismo e de rápido
crescimento e desenvolvimento da organização.
Tabela 10 - Percepção sobre a influência dos factores emocionais na tomada de decisão do PSP.
Partindo do pressuposto que factores de ordem pessoal do sujeito e de quem está sendo
entrevistado ou concorrendo para alguma vaga (nervosismo, ansiedade alta) tem
comprometido o desempenho pessoal e podem contribuir para resultados desastrosos no
momento da realização do PSP, interessou-nos saber se os responsáveis consideram existir
presença e influência destes no delicado trabalho que realizam. Assim, três (3) participantes,
percentualmente correspondendo a 75% discordam, considerando que eles quando se metem
ao trabalho, apenas se concentram sobre ele e mantem os níveis emocionais calmos e serenos
ao longo do recurso do PSP, e um (1) representando percentualmente 25% concorda, pois
vezes há em que a condição social do candidato (pessoa desfavorecida, com passado de
histórico de sofrimento), lhe tem abalado e muito afecta na sua tomada de decisão final.
Ao colaborar que tem reconhecido que factores de ordem emocional (nervosismo, ansiedade
em alta) por vezes comprometem meu processo de selecção de pessoal na organização,
achamos ser fundamental que este deia total atenção ao entrevistado sem nunca mostrar
sofrimento interior, crítica ou indiferença, ou mesmo preferências por uns e outros, acabando
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deste modo por manchar o processo, tornando-o pouco sério e desestimulante para os
colaboradores que a ela se dirigem em busca de emprego.
3.3.1 Introdução
Reconhecendo que a pesquisa nasce em razão da existência de alguma que a consideramos
não correcta e cuja acção reside em modifica-la para o melhor das pessoas, das organizações e
da sociedade no geral, de seguida apresentamos os resultados da aplicação da entrevista
semiestruturada junto aos sujeitos participantes do estudo, em número de quatro (4)
colaboradores, que por questões éticas são catalogadas do modo seguinte:
A1 – participante 1
A2 – participante 2
A3 – participante 3
A4 – participante 4
As respostas às entrevista estruturadas, foram interpretadas via análise de conteúdo das falas
de cada participante. Seguidamente foram estruturadas em categorias e subcategorias, o que
facilitou sua análise, interpretação e compreensão de seus entendimentos sobre o processo de
selecção de pessoal na MSFB.
3.3.2 Resultados
Tabela 11 - Q1. Percepção sobre observância de vantagens no processo de selecção de pessoal.
Visto que os colabores têm opções particulares sobre as vantagens do PSP, perguntámo-las
sobre as principais dificuldades que vivem aquando da realização do mesmo.
Assim, dois (2) colaboradores (A1 e A4), consideram existir “morosidade” (categoria) pois
precisam atender um “excessivo número de candidatos” (subcategoria); um (A2), diz existir
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Pelas respostas dos sujeitos do estudo, somos da opinião que com relação as falsas
declarações dos candidatos aquando da entrega dos documentos, estes precisam no processo
de entrevista ser aconselhados a evitarem mencionar competências que não possuem, que
pautem pela honestidade e responsabilidade, pois suas competências podem ser úteis para
outros sectores da organização, evitando-se deste modo, estimular inúmeras confianças junto
aos responsáveis pela selecção, quais acabam por ser defraudadas no dia da entrevista.
Uma vez entendermos que os responsáveis pelo PSP enfrentam dificuldades de varia ordem
no decorrer do processo, interessou-nos saber que ideias têm sobre acções a desenvolver para
inversão deste cenário.
Pela unanimidade dos colaboradores em mostrar desagrado com relação ao ritmo em que o
processo de recrutamento para selecção decorre na organização, torna-se fundamental que
ocorra capacitação ou formação especifica dos responsáveis visando por um lado, muni-los de
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competências especificas para o trabalho que desenvolvem, evitando agir com emoção na
tomada de decisões, mas também evitarem desenvolver uma acção influenciada por externos
ou em atenção as orientações da liderança, deixando de parte o profissionalismo que deve e se
requer no desenvolvimento do processo.
Assim, dois (A1 e A4) consideram existir “eficácia” (categoria), pois sentem que ocorre o
“cumprimento dos pressupostos estabelecidos pela organização” (subcategoria); um (A2)
disse não “existir eficácia” (categoria), pois assiste a “selecção de candidatos inadequados a
vaga” (subcategoria) e finalmente o ultimo (A3), disse tratar-se de um processo “relativo”
(categoria) pois “ o responsável pela selecção precisa melhorar o domínio do processo de
selecção” (subcategoria).
4.1 Conclusões
No presente estudo, subordinado ao tema “ Avaliação do processo de recrutamento de pessoal
para selecção à organização: Estudo de caso com colaboradores da organização Médicos Sem
Fronteiras – Beira (2017-2018) ” com base na consulta bibliográfica, pudemos perceber que o
recrutamento de pessoal afigura-se como o processo é, o processo de identificação e atracção
de um certo número de candidatos com vista à selecção (Lodi, 1967; Chiavenato, 1999;
Limongi 2002), processo o processo de escolher o melhor candidato para o cargo
(Chiavenato, 1999).
4.2 Sugestões
Aos Gestores da Organização MSF-Beira: que contractem uma empresa extra para proceder
com o processo de recrutamento e selecção de pessoal, deste que identifiquem as
competências e o perfil do candidato para a vaga propostas, evitam-se deste modo tendências
de influencias exteriores a organização, que sobremaneira acabam permitindo a selecção de
pessoas pouco competentes ou simplesmente que se preocupam em seguir seus objectivos em
detrimento dos objectivos da organização.
Aos recrutados pela organização MSF-Beira: que ofereçam todo seu saber em prol do
desenvolvimento do sector de afectação, contribuindo deste modo para a melhoria da imagem
da organização junto a sociedade ou comunidade, havendo deste modo a identidade de marca
de mais-valia para a organização em função de sua selecção.
Ainda os recrutados pela organização, que evitem comportamentos de competição dentro da
organização, visando por um lado, demonstrar serem muito melhores que os outros, ou que a
organização está se desenvolvendo em função de sua presença, mas estimularem as acções de
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5 Referencias Bibliogafias
CARDIM, José Casqueiro. Gestão da Formação nas Organizações. Lidel –e dições técnicas,
Lda. Lisboa 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro. 1999.
DOLAN, S.L. ; CABRERA, R.V.; JACKSON, S.E.; SCHULER, R.S. 2003. La gestión de los
recursos humanos: preparando profesionales para el siglo XXI. 2ª ed., Madrid, McGraw Hill,
391 p.
HASKI-LEVENTHAL, D.; BARGAL, D. 2008. The volunteer stages and transitions model:
organizational socialization of volunteers. Human Relations, 61(1):67-102.
http://dx.doi.org/10.1177/0018726707085946
IVANCEVICH, J.M. 2008. Gestão de recursos humanos. 10ª ed., São Paulo, McGraw-Hill,
574 p. LE BOTERF, G. 1995. De la compétence: essai sur un attracteur étrange. 4ª ed., Paris,
Les Éditions d’Organisations, 176 p.
LODI, J.B. 1986. Recrutamento de pessoal. 5ª ed. São Paulo, Pioneira, 175 p.
PINA e CUNHA, Miguel et all. Manual de Gestão de pessoas e do Capital Humano. Edições
Sílabo Lda. 2ª Edição. Lisboa 2012.
TEIXEIRA, R.M.; ANDRADE JR. A.L.; BANGANGA, S.F. 1998. Recursos humanos nas
pequenas e médias empresas: um enfoque dos anos 90. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 22, Foz do
Iguaçu, 1998. Anais... Rio de Janeiro, ANPAD. [CD-ROM].
VAN MAANEN, J.; SCHEIN, E.H. 1979. Toward a theory of organizational socialization. In:
B. STAW; L. CUMMINGS (eds.), Research in organizational behavior. Greenwich, CT, JAI
Press, p. 209-264.
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5.1 Anexos
QUESTIONÁRIO
Senhor (a) Colaborador(a)
Totalmente
Totalmente
Concorda
Concorda
Discorda
Discorda
1 2 4 6
1 – Sinto que estou desenvolvendo o processo de selecção de pessoal
com domínio das técnicas necessárias para o ofício
2 – Sinto que factores externos a organização (amizades,
familiaridade) tem influenciando no processo de selecção de pessoal
para a organização
3- Sinto que a organização poderia ter melhor pessoal seleccionado
se o processo fosse realizado por uma organização contractada opara
tal
4-Sinto que a actualização permanente de conteúdos sobre o
processo de selecção poderia melhorar a minha forma de actuação
Guião de Entrevista
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