Tratores Agrícolas
Tratores Agrícolas
Tratores Agrícolas
TRATORES
AGRÍCOLAS
Manutenção de
tratores agrícolas
Presidente do Conselho Deliberativo
João Martins da Silva Júnior
Secretário Executivo
Daniel Klüppel Carrara
TRATORES
AGRÍCOLAS
Manutenção de
tratores agrícolas
TRATORES AGRÍCOLAS
Manutenção de tratores agrícolas
ILUSTRAÇÃO
André Tunes
FOTOGRAFIA
Gerôncio Chaves Leonel
AGRADECIMENTOS
José Maurício de Gois e Tiago Medeiros de Araujo pela colaboração na
produção fotográfica
Fundação Educacional de Ituiutaba-Feit
Empresas:
COPERCITRUS - Posto de Vendas de Ituiutaba-MG
INTERAGRO - Máquinas e Equipamentos Agrícolas Ltda - Ituiutaba-MG
RETÍFICA ITUIUTABA Ltda - Ituiutaba-MG
por terem disponibilizado os cenários para a produção fotográfica
ISBN 978-85-7664-052-3
CDU 631.312.8
IMPRESSO NO BRASIL
Sumário APRESENTAÇÃO 7
INTRODUÇÃO 9
BIBLIOGRAFIA 187
Apresentação
Os produtores rurais brasileiros mostram diariamente sua competência na
produção de alimentos e na preservação ambiental. Com a eficiência da nossa
agropecuária, o Brasil colhe sucessivos bons resultados na economia. O setor é
responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos
gerados no país e por um terço das receitas das nossas exportações.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) contribui para a pujança do
campo brasileiro. Nossos cursos de Formação Profissional e Promoção Social,
voltados para 300 ocupações do campo, aperfeiçoam conhecimentos, habilidades
e atitudes de homens e mulheres do Brasil rural.
As cartilhas da coleção SENAR são o complemento fundamental para fixação da
aprendizagem construída nesses processos e representam fonte permanente
de consulta e referência. São elaboradas pensando exclusivamente em você,
que trabalha no campo. Seu conteúdo, fotos e ilustrações traduzem todo o
conhecimento acadêmico e prático em soluções para os desafios que enfrenta
diariamente na lida do campo.
Desde que foi criado, o SENAR vem mobilizando esforços e reunindo experiências
para oferecer serviços educacionais de qualidade. Capacitamos quem trabalha
na produção rural para que alcance cada vez maior eficiência, gerenciando com
competência suas atividades, com tecnologia adequada, segurança e respeito ao
meio ambiente.
Desejamos que sua participação neste treinamento e o conteúdo desta cartilha
possam contribuir para o seu desenvolvimento social, profissional e humano!
Ótima aprendizagem.
– www.senar.org.br –
7
Introdução
Esta cartilha, em linguagem simples e acessível, apresenta ao operador de
tratores agrícolas (tratorista agrícola) lições adequadas e indispensáveis à
manutenção correta dessas máquinas, buscando o sucesso profissional do
operador e aumento da vida útil de seu instrumento de trabalho.
Hoje em dia é muito difícil, desenvolver a agricultura sem o uso de um trator.
As operações como o preparo do solo, aplicação de insumos agrícolas, a
semeadura e a colheita são atividades agrícolas em que o trator atua e isso
depende do desempenho do operador em várias funções ou tarefas.
Nas propriedades mais tecnificadas, é comum encontrar muitos tratores,
porém o número de pessoas aptas e adequadamente capacitadas para
executar as tarefas com os mesmos é ainda muito pequeno.
Um operador capacitado precisa saber operar a máquina nas diversas
situações do dia a dia, usar todos os seus recursos disponíveis com
qualquer equipamento agrícola a ele acoplado para execução de uma tarefa.
Deve também, gostar do que faz e executar corretamente os cuidados
necessários à manutenção e à conservação da máquina em questão.
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Manutenção do trator agrícola
O trator agrícola de pneus é a principal fonte de potência em uso na agricul-
tura pela sua versatilidade e mobilidade nas diversas operações.
O trator é constituído de vários componentes e sistemas que demandam
cuidados e manutenções para o seu bom funcionamento e utilização.
A manutenção é o conjunto de procedimentos realizados com o propósito
de prolongar a vida útil do trator, mantê-lo disponível para o trabalho em
perfeitas condições de funcionamento e consequentemente reduzir o custo
operacional.
O conhecimento dos componentes e sistemas do trator e sua manutenção
permitirão ao operador executar as diversas tarefas e operações agrícolas,
tornando-o apto a exercer sua função de forma correta e segura.
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O operador de trator agrícola leigo geralmente desempenha sua função
sem esclarecimento correto sobre o uso e manutenção desta máquina,
devendo por isso, se submeter à capacitação profissional, atendendo assim,
a demanda de mercado e exigências das normas de segurança no trabalho.
A capacitação profissional além de atender às necessidades do mercado,
promove e incentiva o operador a ter maior disposição para o trabalho,
aumentando a sua auto-estima e sua conscientização profissional.
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Anotações:
Conhecer os componentes
básicos dos tratores agrícolas
I
de pneus e suas funções
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1 - Conheça o motor
1.1 - Conheça a função do motor
É a parte mais importante do trator, responsável pela transformação da
energia dos combustíveis em energia mecânica (rotação).
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1.2.2 - Conheça as partes móveis
• Pistão ou êmbolo
• Biela
• Virabrequim
• Eixo comando de válvulas
• Balancins
• Tuchos
• Válvulas
• Volante do virabrequim
1.3 - Conheça o
funcionamento do motor
Para ocorrer uma combustão é necessário estar presentes os seguintes
elementos fundamentais: ar, combustível e calor.
O princípio de funciona-
mento dos motores de
tratores é a queima do
combustível sob pressão,
gerando uma explosão
que empurra um pistão
ou êmbolo, fazendo este
deslocar uma biela liga-
da ao eixo virabrequim.
Essa condição transfor-
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ma o movimento linear
alternativo (sobe e des-
ce) do pistão e biela em
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movimento rotativo contínuo (mesmo sentido) do virabrequim ao final do
processo.
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1.5.1 - Conheça o sistema turboalimentado
No sistema de alimentação de ar que equipa motores turboalimentados, o
ar é introduzido no cilindro por intermédio de um compressor centrífugo,
movido por uma turbina, acionada pelos gases de escape, aumentando a
quantidade de ar admitido no cilindro por pressão.
Aumentando o volume de ar nos cilindros, é possível injetar mais combustível,
o que pode levar a um incremento da potência e do torque em até 30%,
sem diminuir a vida útil do motor.
Atenção:
1 - Em tratores turbo alimentados, nunca acelere bruscamente o
motor quando der a partida, pois o óleo demora um pouco mais para
chegar até o turbocompressor e pode causar sérios danos por falta
de lubrificação.
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2 - Conheça o sistema de
transmissão
Esse sistema é composto por um conjunto de componentes básicos: em-
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2.2 - Conheça a caixa de câmbio
Como o motor do trator trabalha a um regime constante de rotação, as
combinações possíveis de força de tração e velocidade de deslocamento
são feitas a partir da caixa de câmbio.
A caixa de câmbio é composta basicamente de um conjunto de engrena-
gens que transmite diferentes velocidades e forças às rodas de tração do
trator. Podem também modificar o sentido do movimento (avante e ré) e a
posição em neutro.
Os tipos de caixa de
câmbio variam con-
forme os modelos,
fabricantes e nível tec-
nológico dos tratores,
desde sistemas mais
simples até os mais
sofisticados, que dis-
põem de acionamentos
especiais como eletro-
mecânico ou mesmo
hidromecânico.
percorre uma trajetória maior que a do lado interno. Então, faz-se neces-
sário compensar a diferença de rotação entre as rodas. Isso é feito pelo
diferencial.
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Função principal do diferencial
• diferenciar a rotação entre as duas rodas de tração sob certas circuns-
tâncias como curvas e patinagem.
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A maioria dos tratores é equipa-
da com bloqueio do diferencial
cuja função é eliminar o efeito
do diferencial, igualando o giro
das rodas, quando uma das ro-
das perde aderência com o solo
em patinagem.
Atenção:
O bloqueio de diferencial
deve ser aplicado somente
quando o trator se desloca
em linha reta.
3 - Conheça o sistema de
rodado dos tratores
O sistema de rodado é o elemento responsável pela estabilidade, direcio-
namento e pela tração do trator.
Um rodado pneumático é composto por:
• Pneu (parte de borracha);
• Roda (parte metálica) - pode ser divida em aro e disco.
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3.1 - Conheça a função dos rodados
Dentre as principais funções dos rodados do tipo pneumático, tem-se:
• Sustentação e amortecimento da carga (ou peso) do trator que são
obtidos pelo efeito da pressão de ar nos pneus.
• Tração
• Controle direcional
Nos tratores com tração 4x2 TDA (Tração Dianteira Auxiliar) a tração e a
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3.2 - Conheça os tipos de desenhos da banda
de rodagem dos pneus
Nos tratores, encontram-se dois tipos de desenhos na banda de rodagem
dos pneus, que os classificam em banda de rodagem-guia e banda de ro-
dagem para tração.
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3.3 - Conheça a classificação dos tratores
quanto ao tipo de rodado de pneu
• Trator 4x2 (Simples)
Este trator possui as rodas dianteiras menores que as traseiras que, além
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Em operações de rotina, utiliza-se a disposição 4x2. Quando necessário,
faz-se o acionamento da TDA , que auxilia a tração traseira, possibilitando
um aumento de força de tração à máquina.
Quando acionada a TDA, a velocidade do rodado dianteiro tem um avanço
de aproximadamente 5% em relação à traseira.
Os rodados traseiros e dianteiros podem ter disposição de montagem in-
dividual ou duplado.
• Trator 4x4
1 - Para tratores 4x2 TDA, em pistas de piso firme, não deve ser
acionada a tração, sob risco de danificar os redutores finais, diferen-
cial e provocar desgaste prematuro dos pneus dianteiros.
5 - Conheça o sistema de
direção
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6 - Conheça o sistema de
freios
O sistema de freios do trator tem por finalidade reduzir a sua velocidade ou
efetuar sua parada.
Os tratores agrícolas 4x2 e 4x2 TDA possuem sistemas de freios somente
nas rodas traseiras, podendo ser aplicados de forma individual, para cada
uma das rodas, através de pedais distintos, com finalidade de auxílio nas
manobras, controle da patinagem individual das rodas, operações em de-
clive, entre outras.
Nos tratores 4x2 TDA quando a tração esta acionada, as rodas dianteiras
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7 - Conheça o sistema
hidráulico
O sistema hidráulico consiste na utilização de líquido para a transmissão de
força através de sua pressurização.
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8 - Conheça o sistema elétrico
O sistema elétrico atende às funções de acionamento do motor de partida,
iluminação e sinalização do trator. Em alguns modelos de tratores moder-
nos, também permite o acionamento de comandos importantes como a
tração dianteira auxiliar, tomada de potência, variador de torque, sistemas
hidráulicos, sistemas eletrônicos, etc.
Os principais componentes do sistema elétrico são: bateria de acumulado-
res, gerador, regulador de voltagem, motor de partida, caixa de fusíveis,
iluminação, indicadores de painel etc.
O termo bateria de acumuladores é em função de a bateria ser formada
por várias células, geralmente em número de seis, cada uma composta por
placas de cobre e chumbo, imersas em solução de ácido sulfúrico.
A bateria é especificada conforme sua capacidade de carga (amperagem) e
voltagem, que, na maioria dos casos, é de 12 volts. As máquinas de grande
porte podem ter baterias de 24 volts.
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9 - Conheça a tomada de
potência (TDP)
A tomada de potência (TDP) é um eixo
acionador utilizado para operar má-
quinas que necessitam de movimento
de rotação tais como roçadoras, pulve-
rizadores, distribuidores de insumos e
sementes, enxadas rotativas, etc.
Existem, dois padrões para a rotação
da TDP que são distintas em número
de estrias: 540 rpm com 6 estrias e
1000 rpm com 21 estrias no eixo mo-
triz. A rotação do motor para aciona-
mento da TDP varia com o modelo, fa-
bricante e ano de fabricação do trator.
Alguns modelos de tratores fornecem
alternativas de rotação da TDP com
diferentes rotações do motor, através
de uma alavanca selecionadora. Exem-
plo: 540 rpm (normal) a 2.150 rpm e
540 rpm (econômica) a 1.550 rpm do
motor.
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Atenção:
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A barra de tração pode trabalhar em diferentes posições: fixa, deslocada,
oscilante, dependendo do modelo, marca e potência do trator. Pode-se
variar o seu comprimento, conforme a necessidade e disponibilidade desse
recurso.
11 - Conheça o painel de
instrumentos de controle
Sua função é a de indicar e monitorar o funcionamento do trator. No painel,
estão localizados os medidores e indicadores de controle.
No painel dos tratores existem instrumentos dos mais variados tipos, mar-
cas e escalas. Em geral, esses instrumentos são compostos de medidores.
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Como exemplos de medidores têm-se:
• Contagiro (tacômetro) – mede o regime de rotação do motor (rpm);
• Horímetro – mede a quantidade de horas trabalhadas pelo motor;
• Manômetro – mede a pressão de óleo do sistema de lubrificação do motor;
• Amperímetro – medidor do nível de carga enviado à bateria;
• Termômetro – medidor da temperatura do líquido de arrefecimento do
motor;
• Medidor de combustível do tanque – mede o nível de combustível conti-
do no tanque;
• Vacuômetro – mede a pressão negativa na tubulação de admissão do
ar no sistema de alimentação.
Manômetro Amperímetro
41
11.2 - Conheça os principais indicadores no
painel
No painel também existem indicadores, geralmente como sinal luminoso
individual ou em conjunto, para o operador conferir funções de funciona-
mento do trator. Em geral, substituem os medidores.
Como exemplos de indicadores, têm-se:
• Indicador de temperatura do motor – indica se a temperatura do
líquido de arrefecimento do motor ultrapassou um limite tecnicamente
aceitável;
• Indicador de pressão do óleo do motor – indica a pressão no
sistema de lubrificação do motor;
• Indicador de carga da bateria – é um sinal luminoso que indica se
há passagem de carga do alternador para a bateria;
• Indicador de restrição do filtro de ar – indica se a pressão de
sucção de ar na tubagem de admissão está abaixo do normal;
• Indicador de freio de estacionamento – indica se o freio de esta-
cionamento está acionado;
• Indicador de luz alta dos faróis – indica se os faróis estão com luz
alta;
• Indicador de pressão do óleo da caixa de câmbio – indica se a
pressão do óleo da caixa de câmbio está abaixo do normal;
• Indicador de acionamento da TDP – indica que a TDP está acionada;
• Indicador de acionamento da TDA – indica que a TDA está acionada;
• Indicador de posição das alavancas da caixa de câmbio – indica
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12 - Conheça os comandos de
operação
O operador deve conhecer a finalidade, localizar e interpretar corretamente
os comandos de operação do trator. Essa ação vai garantir segurança,
preservação e integridade da máquina e do operador, além de possibilitar
uma operação correta e mais eficiente.
Os comandos podem variar entre modelos e marcas ou conforme seu nível
tecnológico, potência do trator ou origem do fabricante.
Geralmente uma máquina é dotada dos seguintes comandos:
• Chave de contato e partida;
• Chave de luzes (luz do painel, luzes de estacionamento, faróis e farole-
tes);
• Estrangulador;
• Alavanca do acelerador manual e de pé;
• Pedais de freio;
• Pedal de embreagem;
• Volante de direção;
• Acionador de buzina;
• Acionador de setas;
• Alavanca de embreagem da TDP;
• Alavanca do freio de estacionamento;
• Alavanca(s) do hidráulico de engate de três pontos;
• Alavanca(s) do hidráulico de controle remoto;
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Anotações:
Conhecer as manutenções
dos tratores agrícolas II
Manutenção preditiva
Esse tipo de manutenção é um recurso usado por empresas e proprietá-
rios rurais com nível tecnológico mais avançado, visando basicamente à
diminuição dos custos da manutenção de tratores e outras máquinas. São
utilizados sistemas de monitoramento por análises de óleos (qualidade e
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2 - Conheça o manual do
operador do trator
No manual do operador, além das informações sobre a manutenção do
trator, constam também, os cuidados de segurança no trabalho, descrição
do trator, adequação para o trabalho e especificações técnicas.
Os períodos de manutenção variam conforme o manual do fabricante, que
normalmente estipulam intervalos de 10 horas ou diariamente, 50 horas
ou semanalmente, 250, 500, e 1000 horas.
Devido às diferenças entre marcas e modelos dos tratores agrícolas, será
estabelecido, nessa cartilha, um conjunto de manutenção agrupado por
sistemas de funcionamento do trator.
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Coleção | SENAR
50
Anotações:
Conhecer os tipos e as
classificações de lubrificantes
III
para tratores agrícolas
2 - Conheça os tipos de
lubrificantes
Os lubrificantes devem merecer atenção especial do operador, por serem
responsáveis pela longevidade dos componentes móveis do trator.
Podem se apresentar na forma pastosa, sólida, gasosa e líquida, sendo
esta última a mais utilizada.
3 - Conheça as classificações
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dos lubrificantes
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Os lubrificantes são classificados por órgãos ou entidades que visam orien-
tar os usuários sobre as especificações de cada lubrificante. Essas classifi-
cações possuem nomenclaturas que devem ser entendidas pelo operador.
As classificações mais comuns e utilizadas no Brasil são:
sempenho.
A classificação da viscosidade para óleo monoviscoso é representada pela
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sigla da norma SAE seguida por um número, sendo que, quanto maior for
esse número, maior será a viscosidade. Exemplo: SAE 30, SAE 40, SAE 90,
etc.
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Classificação API para óleos lubrificantes
SF Em Vigor CF Em Vigor
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3.3 - Entenda a classificação dos óleos
multifuncionais
É um óleo lubrificante para trator dotado com freio úmido conjugado com
o sistema de transmissão (hidráulico, câmbio, diferencial e redutores ou
somente redutores).
Óleos multifuncionais
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3.4 - Entenda a classificação NLGI para graxas
A classificação NLGI para graxas baseia-se na consistência e no tipo de
sabão constituinte das mesmas.
De acordo com a NLGI, as graxas são classificadas em: 000, 00, 0, 1, 2, 3,
4, 5 e 6. Quanto maior o número, mais consistente é a graxa.
De acordo com o sabão utilizado podem ser à base de cálcio, de sódio, de
lítio, etc.
A graxa de uso agrícola mais recomendada é a de consistência número 2,
de sabão de lítio (“multi-
-purpose” ou múltipla
aplicação), que reúne
as características dese-
jáveis como resistência
à umidade, poeira, va-
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riações de temperatura,
altas rotações, etc.
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Planejar a execução da
manutenção do trator IV
1 - Planeje a manutenção dos
sistemas e componentes do
trator
• Sistema de Alimentação de Ar do Motor
• Sistema de Alimentação de Combustível do Motor
• Sistema de Lubrificação do Motor
• Sistema de Arrefecimento do Motor
• Sistema Elétrico
• Sistema de Transmissão
• Sistema Hidráulico
• Eixo Dianteiro
• Sistema de Direção
• Sistema de Freios
• Sistema de Rodados
• Tomada de Potência
• Barra de Tração
• Pinos Graxeiros
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2 - Prepare os recursos para
execução das tarefas de
manutenção
2.1 - Escolha o local de trabalho
O local para realização da manutenção deve oferecer as condições mínimas
necessárias para realização das tarefas, sem riscos aos equipamentos, ao
ambiente e que ofereça segurança no trabalho.
Precaução:
Dar preferência ao uso do macacão, em relação ao uso do jaleco,
pelo risco de se prender a alguma parte em movimento ou quinas ao
descer do trator.
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Precaução:
64
Anotações:
Fazer a manutenção do sistema
de alimentação de ar do motor V
• Pré-purificador
• Tubo central
• Cuba
• Elemento filtrante primário ou removível
• Elemento filtrante secundário ou fixo
68
1.3.4 - Substitua o óleo
lubrificante da cuba
Recoloque óleo novo com a mesma vis-
cosidade de óleo para motores.
Atenção:
Alerta ecológico:
• Indicador de restrição
• Condutor de admissão
70
2.2 - Conheça o funcionamento do sistema de
filtragem de ar a seco
Após entrar pela carcaça do filtro, o ar passa pelo ciclone, sofrendo uma
centrifugação, eliminando as partículas mais pesadas pela válvula de des-
carga ou pelo ejetor de poeira através do escapamento. Alguns modelos
de tratores dispõem de pré-purificador externo a carcaça, com a função
também de reter as impurezas maiores, por centrifugação. Coleção | SENAR
71
Mais limpo, o ar passa pelo elemento filtrante principal de papel sanfonado,
que é responsável pela retenção da maior parte das partículas contidas
no ar admitido e pelo elemento filtrante secundário de feltro, que retém as
micro-partículas. Então o ar é admitido nos cilindros do motor.
72
Atenção:
Coleção | SENAR
73
As regras necessárias para esses procedimentos de limpeza são:
• usar compressor de ar com pressão de 5 a 6 bar;
• efetuar previamente a drenagem do reservatório do compressor;
• efetuar a limpeza do elemento de dentro para fora.
74
2.3.3 - Efetue a substituição do elemento filtrante principal
A substituição do elemento deve ser feita após um determinado número
de limpezas recomendado pelo fabricante ou mesmo após sua primeira
restrição, ou ainda depois de um ano de uso, obedecendo ao que ocorrer
primeiro. Na colocação do elemento filtrante principal, utilize vaselina como
lubrificante.
75
2.3.5 - Faça o teste do funcionamento do indicador de restrição
Para testar o funcionamento do indicador de restrição do filtro de ar, deve-
-se colocar um objeto que ajude a vedar a passagem do ar pela entrada
do sistema de alimentação com o motor ligado e em rotação mediana. Em
tal situação a luz indicadora deverá se acender. Se for indicador mecânico
ocorrerá o aparecimento de uma faixa vermelha em visor de plástico.
Vale lembrar que o teste de luz e de funcionamento do indicador de restrição
é feito para verificar se o mesmo está confiável . Verificada a confiabilidade
do aparelho será feita a manutenção do elemento filtrante principal. Duran-
te a operação se o indicador acusar restrição da passagem do ar, deve-se
proceder a manutenção de acordo com o manual do operador fornecido
pelo fabricante.
Atenção:
1- A realização de limpezas do elemento filtrante principal em
excesso, acarretará em perda da eficiência de filtragem, uma vez
que o pó impregnado no papel do elemento filtrante funciona como
uma barreira à passagem de outras partículas.
Coleção | SENAR
Atenção:
As borrachas de ve-
dação do sistema de
alimentação devem
ser inspecionadas
periodicamente, a fim
de evitar a entrada
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3 - Realize a manutenção do
sistema de filtragem de ar
conjugado ou misto
Alguns modelos de trator usam esse tipo de sistema de filtragem do ar.
Para efetuar a manutenção do sistema de filtragem de ar conjugado ou
misto, proceda como nas manutenções dos sistemas anteriores, já que
seus componentes são semelhantes aos demais sistemas de filtragem ou
ainda de acordo com o manual do fabricante.
A figura abaixo mostra o circuito do ar no sistema de filtragem de ar
conjugado ou misto.
Coleção | SENAR
Este sistema apesar de ser usado por alguns modelos de tratores encontra-
se em desuso, pois tem uma eficiência de filtragem menor que o filtro a
seco.
78
Fazer a manutenção do
sistema de alimentação de
VI
combustível do motor
Precaução:
80
2 - Conheça o funcionamento
do sistema de alimentação de
combustível
O tanque deve armazenar combustível para uma autonomia mínima de 10
horas de trabalho. O tanque possui um suspiro que permite a entrada de
ar, que compensa o volume de combustível consumido e controla a pressão
provocada por diferenças de temperatura. Tanques localizados acima ou no
nível do motor possuem registro na saída do combustível, que é utilizado
quando se faz reparos, limpeza, ou troca dos elementos.
Saindo do tanque o óleo diesel passa pelo sedimentador, onde as partículas
de impurezas mais pesadas e a água se sedimentam. Então é sugado pela
bomba alimentadora e sob média pressão passa pelo(s) filtro(s) e chega
à bomba injetora.
A bomba injetora tem a função de gerar uma vazão de combustível capaz
de abrir os bicos injetores quando solicitados e dosar o combustível no
momento exato. O óleo diesel então é injetado em alta pressão na câmara
de combustão pelos bicos injetores.
3 - Faça a manutenção do
sistema de alimentação de
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combustível
81
A limpeza do combustível é importante pela economia que proporciona ao
motor, bem como evita o desgaste ou entupimento prematuro dos bicos
injetores.
Atenção:
3.1.2 - Verifique o
estado da borracha de
vedação da tampa do
tanque
Caso a borracha de vedação
da tampa do tanque este-
ja danificada substituí-la por
uma nova.
Coleção | SENAR
82
O bocal do tanque de abastecimen-
to de diesel possui um filtro de tela
que nunca deve ser eliminado. Este
deve ser trocado quando apresen-
tar rasgo na tela.
Atenção:
Precaução:
Não fumar ou provocar faíscas
Coleção | SENAR
84
Alerta ecológico:
Coleção | SENAR
85
b) Solte o bujão de saída su-
perior do suporte e o bujão de
drenagem inferior para o esco-
amento do óleo diesel
86
f) Monte os componentes
do copo sedimentador,
com vedações de borra-
cha novas
Em alguns casos, os
sedimentadores são des-
-cartáveis, rosqueados
manualmente.
Atenção:
Precaução:
88
3.3.3 - Lave com
solvente ou sopre
com ar comprimido
Atenção:
deste(s) elemento(s).
Alguns filtros possuem bujão de dreno e devem ser drenados diariamente.
89
Normalmente a troca do(s) filtro(s) de óleo diesel é feita conjuntamente,
com a troca de óleo do motor.
90
3.4.2 - Feche a torneira do tanque, se for o caso
Coleção | SENAR
Alerta ecológico:
93
Nas bombas de pistão ou em linha, em alguns modelos, a lubrificação é feita
pelo óleo lubrificante do motor, já em outros modelos, a lubrificação é feita
com óleo lubrificante em reservatório existente na própria bomba injetora.
94
Para o abastecimento do óleo no cárter da bomba injetora, proceda da
seguinte forma:
3.5.1 - Remova
manualmente o bujão de
enchimento
3.5.3 - Coloque óleo até começar a escoar óleo novo pelo bujão
de nível
Coleção | SENAR
Atenção:
96
4 - Atente para os cuidados na
armazenagem do combustível
A armazenagem do óleo diesel
deve ser feita de modo a garantir
a preservação de suas qualidades
químicas desejáveis, seguindo as
normas vigentes de segurança no
trabalho e ambiental.
Se for necessário armazená-lo em
tambores, mantenha-os abrigados
e inclinados para decantação da
água originada de condensação
no vasilhame.
O estoque de óleo diesel em perí-
odos longos pode ocasionar perda
da qualidade pela reação de impu-
rezas oriundas do refino, como o
enxofre, com possibilidade de da-
nos aos componentes do sistema
de alimentação.
Evite usar resto de combustível de depósitos e vasilhames que possam ter
contaminações de águas e impurezas.
Coleção | SENAR
97
Atenção:
98
Fazer a manutenção do sistema
de lubrificação do motor VII
2 - Conheça o funcionamento
do sistema de lubrificação do
motor
O cárter é o reservatório de óleo lubrificante localizado na parte inferior
do motor.
A bomba de óleo serve para succionar o lubrificante do cárter bombeando-o
para as galerias de lubrificação. Na maioria dos casos, as bombas são do
Coleção | SENAR
100
O filtro do óleo lubrificante é situado no circuito do óleo, promovendo a lim-
peza das partículas abrasivas contidas no óleo, de forma parcial ou total.
Incorporado ao filtro, existe uma válvula de segurança que permite o desvio
do fluxo de óleo, no caso de aumento da pressão causada pelo entupimen-
to do filtro ou em casos de ocorrência de baixas temperaturas ambientes
ou com o uso de óleo inadequado.
As galerias internas são os meios
de interligação entre os diversos
componentes do motor a serem
lubrificados.
O manômetro é um medidor de
pressão instalado no circuito
de óleo, para monitoramento
da pressão, indicando no painel
através de uma luz ou de um
mostrador em escala, que indica
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101
Atenção:
Para chegar aos pontos de lubrificação, o óleo sai do cárter, e passa por
uma tela metálica, que retém a sujeira mais grossa. É succionado pela
bomba de óleo e segue com pressão controlada pela válvula de alívio, até o
filtro de papel poroso sanfonado. Segue então, mais limpo, por uma rede de
galerias, lubrificando de forma forçada, todas as partes internas do motor,
retornando ao cárter por gravidade.
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102
3 - Faça a manutenção do
sistema de lubrificação do
motor
A correta manutenção do sistema de lubrificação é de fundamental impor-
tância para prolongar a vida útil do motor.
Precaução:
103
Se o nível de óleo registrado na vareta estiver abaixo do nível mínimo, deve-
se completar com óleo da mesma especificação técnica, até o nível máximo.
No caso de faltar poucas horas para a troca do óleo, não é necessário
completar até o nível máximo para não haver desperdício.
Atenção:
O motor não deve funcionar com o nível de óleo abaixo ou acima
das indicações de mínimo e máximo, pois poderão ocorrer falhas na
lubrificação ou vazamentos.
Alerta ecológico:
a eficiência do sistema.
Usando as mãos ou uma ferramenta adequada retire o filtro e recolha o
óleo em vasilhame.
105
Atenção:
Não é recomendado
poupar o filtro na troca
do óleo.
Alerta ecológico:
106
3.2.7 - Recoloque o bujão do cárter
Observe se o anel de vedação metálico do bujão está em perfeitas condi-
ções. Caso necessário, troque-o.
107
Atenção:
108
Alerta ecológico:
109
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110
Anotações:
Fazer a manutenção do sistema
de arrefecimento do motor VIII
2 - Conheça o funcionamento
do sistema de arrefecimento
do motor
A bomba d’água, que geralmente está situada no mesmo eixo do ventilador,
faz com que o líquido de arrefecimento circule entre o radiador e o motor.
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112
O controle de temperatura no sistema de arrefecimento é feito através
da válvula termostática, que controla o fluxo d’água entre o motor e o
radiador, mantendo o motor em temperatura adequada de funcionamento.
114
O termômetro é um medidor de temperatura do líquido de arrefecimento
localizado no ponto de maior calor no motor, indicando no painel através
de luz ou medidor que indica a faixa ideal de temperatura de funcionamento
do sistema.
Caso a luz ou medidor de temperatura
indique problema de superaquecimento,
consulte um profissional capacitado ou
leia no manual do operador as possíveis
causas e soluções para o problema.
Atenção:
115
3 - Faça a manutenção do
sistema de arrefecimento do
motor
A correta manutenção do sistema de arrefecimento é um item fundamental
na durabilidade e bom funcionamento do motor.
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117
3.3 - Verifique possíveis vazamentos de
líquido de arrefecimento
Esse procedimento é feito visualmente pelo operador. Se ocorrerem vaza-
mentos no sistema, corrija imediatamente o problema, evitando a perda
contínua de líquido de arrefecimento, que poderá provocar superaqueci-
mento no motor e danos aos seus componentes.
118
3.5 - Faça a troca do líquido de arrefecimento
Precaução:
120
nentes do sistema de arrefecimento que entram em contato com a água. A
permanência de líquido de arrefecimento com alta contaminação de ferru-
gem pode ser prejudicial ao processo de troca de calor e ao funcionamento
da válvula termostática.
Precaução:
Precaução:
121
3.6 - Faça a limpeza
externa da colmeia do
radiador
Conforme o tipo de operação rea-
lizada pelo trator, poderá ocorrer
obstrução do radiador devido ao
acúmulo de plumas, folhas, semen-
tes, insetos, poeira, dentre outros,
que podem restringir a vazão de ar
e consequentemente a capacidade
de troca de calor do radiador.
Atenção:
Atenção:
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123
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124
Anotações:
Fazer a manutenção do
sistema elétrico IX
2 - Faça a manutenção do
sistema elétrico
2.1 - Faça a manutenção da bateria
A bateria é o componen-
te do sistema elétrico
que mais requer cuida-
dos de manutenção.
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126
Atenção:
Atenção:
Algumas baterias são seladas e seus selos não podem ser removidos, para
não perder a garantia do fabricante. Estas baterias são chamadas de free
maintenance (livre de manutenção).
semitransparente.
128
2.1.2 - Faça a limpeza dos
terminais dos cabos da
bateria
Em função do uso e das contami-
nações podem ocorrer formação
de zinabre (sulfatação) entre o
material dos terminais dos cabos
da bateria e seus pólos. Essas
reações podem causar mal con-
tato e perda da capacidade de
recarga da bateria.
A limpeza dos terminais dos cabos da bateria deve ser feita quando neces-
sário, para isto, desconecte primeiro o cabo negativo para evitar danos ao
sistema elétrico e em seguida, desconecte o cabo positivo.
Precaução:
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Atenção:
Não usar graxa nos terminais, pois podem causar mal contato de
conexões.
Precaução:
1- Ao executar essa tarefa utilize os EPI adequados como luva látex
nitrílica, avental impermeável e óculos de proteção.
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Tipos de fusíveis
131
Atenção:
Quando efetuar reparos com solda elétrica no trator ou no imple-
mento acoplado a ele, desconecte os cabos da bateria, para evitar
danos ao circuito elétrico do trator.
Precaução:
2 - Faça a manutenção do
sistema de transmissão do
trator
O sistema de transmissão dos tratores agrícolas possui características es-
truturais semelhantes, porem com diferenças em relação à lubrificação do
câmbio, do diferencial e dos redutores.
Esses componentes podem ou não pertencer ao mesmo reservatório de
óleo, dependendo da marca e modelo do trator.
Na maioria dos tratores, o reservatório de óleo do câmbio, e do diferencial
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136
2.3 - Troque o óleo do câmbio, do diferencial e
dos redutores
Após determinado tempo, é necessário a troca do óleo, pois, vão sendo
acumuladas impurezas e contaminações do próprio desgaste dos compo-
nentes, além da perda da eficiência do óleo lubrificante.
Verifique se os reservatórios são conjugados ou não e qual o tipo de óleo
a ser utilizado. Para obter esta informação, consulte o manual do operador.
O período para a troca do óleo da caixa de câmbio, do diferencial e dos
redutores deve ser o recomendado no manual do operador, que em geral
é em torno de 1000 horas.
Precaução:
2.3.1 - Coloque
o trator em local
plano e horizontal.
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137
2.3.2 - Abra o bujão de dreno para escoamento do óleo.
Ao realizar esse procedimento, retire a tampa de abastecimento para faci-
litar o escoamento do óleo.
Alerta ecológico:
138
2.3.4 - Abasteça com o óleo novo
No abastecimento com óleo novo, certifique-se, no manual do operador, a
respeito da quantidade e especificação do lubrificante recomendado.
139
2.4 - Verifique os suspiros
Os suspiros da caixa de câmbio, do diferencial e dos redutores permitem
a troca de pressão entre os reservatórios e o ar ambiente, impedindo a
formação de pressões internas que podem danificar retentores causando
vazamentos.
Periodicamente, os suspiros devem ser limpos com ar comprimido ou
solventes.
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140
Fazer a manutenção do
sistema hidráulico do trator XI
O sistema hidráulico tem por finalidade acionar pistões e/ou motores hi-
dráulicos localizados no próprio trator ou nas máquinas acopladas a ele.
O óleo utilizado no sistema hidráulico depende do projeto do trator. A maio-
ria das marcas utiliza o mesmo óleo da transmissão para acionar o sistema
hidráulico, enquanto que outras marcas possuem reservatório e óleo espe-
cífico para o sistema hidráulico.
1 - Identifique os elementos
que formam o sistema
hidráulico do trator
• Reservatório de óleo
• Filtro de sucção e de pressão
• Bomba de óleo hidráulica
• Comando hidráulico (alavancas)
• Pistões (cilindros) ou motor hidráulico
• Tubulações
Coleção | SENAR
142
2 - Faça a manutenção do
sistema hidráulico
A manutenção do sistema hidráulico consiste na verificação periódica do ní-
vel de óleo, sua troca e a substituição do(s) filtro(s). O trator possui um ou
mais filtros, dependendo do número de saídas e acionamentos disponíveis.
2.1 - Faça a
verificação do nível de
óleo
Quando o reservatório de óleo do
sistema hidráulico for o mesmo da
transmissão, a verificação do nível é
feita por vareta.
Quando o reservatório é específico
para o sistema hidráulico, a verifica-
ção de nível pode ser feita por vareta
ou bujão de nível.
Ao verificar o nível de óleo, coloque
o trator num local plano e horizontal.
Para verificação de nível do sistema hidráulico de três pontos abaixe
Coleção | SENAR
Não deixe o óleo ficar abaixo do nível mínimo especificado, isto cau-
sará danos ao conjunto.
Alerta ecológico:
Coleção | SENAR
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Atenção:
146
3- O engate rápido do implemento deverá ser da mesma classifica-
ção e marca daquele que está no comando hidráulico do trator, para
não causar danos ao mesmo.
Precaução:
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148
Fazer a manutenção
do eixo dianteiro XII
150
1.2 - Faça a manutenção do eixo dianteiro
1.2.1 - Faça a inspeção externa do rodado
• Observe o nível de desgaste do pneu
• Verifique a presença de trincas e quebra das guias do pneu
• Verifique o funcionamento da válvula do pneu
• Observe trincas e oxidações na roda
c) Verifique a folga
151
Considerando que o trator já se encontra suspenso em cavaletes.
Coleção | SENAR
153
2.2 - Faça a manutenção do eixo dianteiro
2.2.1 - Verifique o nível de óleo dos redutores dianteiro
Estacione o trator em posição para que a marcação do nível de óleo do
cubo esteja nivelada com o solo. Limpe em torno do bujão de enchimento e
retire-o. O nível do óleo deve estar à altura da parte inferior do orifício do
bujão. Se necessário, acrescente óleo.
e) Reabasteça com
óleo lubrificante até
começar escoar
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155
2.2.4 - Troque o óleo do diferencial dianteiro
Faça a troca do óleo do diferencial, atentando para as especificações do
óleo a ser utilizado e obedecendo ao intervalo, conforme indicado no ma-
nual do operador.
a) Coloque o trator em local plano
b) Retire o bujão
c) Deixe escoar completamente o óleo
e) Tampe o bujão
156
Fazer a manutenção do
sistema de direção XIII
2 - Identifique os componentes
do sistema de direção de
acionamento hidráulico (Trator
4x2 TDA)
Coleção | SENAR
• Volante
• Coluna de direção
158
• Unidade hidrostática
• Pistão hidráulico
• Barras de direção transversal
• Terminais de direção
• Reservatório de óleo
• Bomba hidráulica
• Filtros de sucção e de pressão
159
3.2 - Regule a folga dos pinos-mestres
A eliminação da folga é importante para evitar a penetração de impurezas
(água e poeira) para o interior das mangas-de-eixo.
3.2.1 - Afrouxe
levemente a porca do
braço de direção
160
4 - Confira a convergência das
rodas dianteiras
O procedimento para verificação da convergência é o mesmo para as rodas
dos eixos dos tratores 4x2 e 4x2 TDA, tanto nas direções de acionamento
mecânico quanto hidráulico.
Atenção:
4.3 - Meça a
distância entre as
bordas dos aros na
parte traseira do
pneu, à mesma altura
A convergência é a diferença entre
a distância traseira e a distância
dianteira. Caso esse valor esteja
fora do recomendado, consulte o
Coleção | SENAR
164
Anotações:
Fazer a manutenção do
sistema de freios XIV
acionamento hidráulico
166
O sistema de freios de acionamento hidráulico tem uma estrutura de dispo-
sitivos hidráulicos acionados pelos pedais que através da injeção de fluidos
em tubulações e cilindros, acionam os mecanismos de frenagem. Também
dispõem de conexões hidráulicas e mecânicas com parafusos de ajuste.
Alguns tratores possuem sistema de ajuste automático de acionamento de
freios.
2 - Faça a manutenção do
sistema de freios
2.1 - Regule a folga dos pedais do freio de
Coleção | SENAR
167
Ao acionar os pedais, eles devem agir simultaneamente. Caso ocorra a fol-
ga dos pedais de forma diferente, deve-se proceder à sua regulagem, a fim
de igualar a posição de frenagem, isto é, os pedais devem ficar paralelos.
Atenção:
Precaução:
Após a regulagem dos freios, faça a verificação final, quanto a atuação dos
dois em conjunto.
169
Ao acionar os pedais, unidos pela trava, as rodas de tração deverão ser
freadas simultaneamente. Se frear apenas uma das rodas, proceda à revisão
dos ajustes, pois existe o risco de o trator desgovernar-se, especialmente
numa freada intensa, de emergência.
Precaução:
2 - Conheça os lastros
Os lastros são pesos adicionais que podem ser colocados em algumas par-
tes do trator. É um artifício para aumentar a eficiência de tração do trator
e economizar combustível.
Em operações que demandam elevado esforço de tração, a patinagem
pode atingir níveis elevados. Para limitar esse nível de patinagem, deve-se
usar uma pressão adequada dos pneus e fazer a lastragem do trator.
A lastragem poder ser realizada das seguintes formas:
Coleção | SENAR
3 - Faça a manutenção do
sistema de rodados
Coleção | SENAR
173
3.1 - Faça o reaperto dos parafusos de fixação
do aro, do disco e dos aneis de peso
Confira o aperto dos parafusos de fixação do aro, do disco e dos aneis de
peso, periodicamente, conforme as recomendações do fabricante.
174
Fazer a manutenção da
tomada de potência (TDP) XVI
176
2 - Faça a manutenção da TDP
O sistema da TDP tem a sua manutenção resumida em verificação de vaza-
mentos, condições de cabos, alavancas e controladores.
Precaução:
1-Quando não estiver utilizando a TDP, mantenha a tampa protetora
em seu lugar.
Coleção | SENAR
2- O eixo cardã que faz a ligação com a TDP deve possuir capa
protetora.
177
Coleção | SENAR
178
Anotações:
Fazer a manutenção da
barra de tração XVII
180
2 - Faça a manutenção da
barra de tração
A manutenção da barra de tração consiste na verificação das condições de
desgaste dos pinos de fixação e travadores, da fixação da “boca de lobo” e
das condições da trava e corrente de segurança. Caso estas peças estejam
com desgaste excessivo, tortas ou em falta, providenciar o seu conserto
ou aquisição.
Atenção:
Precaução:
as duas pontas do
cambão do equipamento
tracionado.
181
Coleção | SENAR
182
Anotações:
Engraxar os pontos de
lubrificação do trator XVIII
Atenção:
Atenção:
186
Anotações:
BIBLIOGRAFIA
ANTARES, P.V.A.; BLANCA, A.L. Tractores y motores agrícolas. 3.ed. Madrid:
Mundi-Prensa, 2000. 549p.:il
DIAS, G.P.; VIEIRA, L.B.; NEWES, B.O. Manutenção de trator agrícola de pneu:
introdução. Viçosa: UFV, 1996. 31p. :il
GOIS, J.M. Manutenções de tratores agrícolas: roteiro de aulas. Ituiutaba,
MG: ISEPI, 1999.
GRANDI, L.A. O trator e sua mecânica. Lavras: UFLA / FAEPE. v.2, 1997.
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MANUAL DE TREINAMENTO: Operação, manutenção e segurança. São
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MANUAL DO OPERADOR: TL 60, TL 60E, TL75, TL75E, TL85, TL 85E, TL95,
TL95E: utilização, manutenção, especificações. Curitiba: New Holland, 2005.
MANUAL DO OPERADOR: 685 – 785. Mogi das Cruzes, SP: Valtra, 2007.
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MANUAL DO OPERADOR: BH145, BH165, BH180, BH185i. Mogi das Cruzes,
SP: Valtra, 2007.115p.
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MANUAL DO OPERADOR: TL 65, TL70, TL80, TL60, TL100. Curitiba: New
Holland, 1997.
Coleção | SENAR
188
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