Apostila SDH
Apostila SDH
Apostila SDH
1. INTRODUÇÃO
1.1. GERAL
Os trabalhos para padronização da Hierarquia Digital Síncrona (SDH) tiveram início no XVIII
Grupo de Estudos do CCITT (atual ITU-T) em Junho de 1986. O objetivo desses estudos era
criar um padrão mundial para os sistemas de transmissão síncrona que proporcionasse aos
operadores de rede uma rede mais flexível e econômica.
É a padronização destes aspectos dos equipamentos SDH que vai fornecer a flexibilidade
necessária aos operadores de rede para gerenciar eficientemente o crescimento da rede e o
provisionamento de novos serviços esperados para as próximas décadas. Além disso, esta
padronização torna possível a interconexão direta de equipamentos de diversos fabricantes.
A rede SDH desempenha as mesmas funções que a rede PDH existente, ou seja, transporta os
dados do cliente de uma localidade para outra. Entretanto, através do uso da multiplexação
síncrona direta ela executa essa tarefa de uma maneira mais eficiente. Os sistemas DXC da
SDH podem rotear sinais (por exemplo 2Mbps) através da rede sem ter que primeiro
demultiplexar o sinal de linha de alta velocidade, diminuindo custos e proporcionando uma
maior eficiência e segurança na transmissão.
Os atuais Sistemas de Gerência das redes SDH permitem não só detectar falhas, mas avaliar o
desempenho, modificar configurações de equipamentos, modificar rotas e controlar a
segurança, entre outras facilidades.
As redes SDH são mais simples de operar, mais baratas, mais resistentes a falhas e, além
disso, preparadas para operar com diferentes serviços que venham a surgir no futuro. Entre os
principais benefícios da rede síncrona, podemos citar :
Custo dos elementos de rede mais baixo: devido ao padrão comum, equipamentos
compatíveis estarão disponíveis a partir de vários fabricantes, tornando o mercado mais
competitivo e os preços mais atraentes.
Melhor gerência de rede: com uma gerência melhor os operadores são capazes de usar a
rede mais eficientemente e fornecer melhores serviços. Os conceitos de TMN forão adotados.
Provisionamento mais rápido: como novos circuitos podem ser definidos através de
software para ocupar o espaço desejado na banda de transmissão, o provisionamento é muito
mais rápido. A única nova conexão necessária estará entre as dependências do cliente e o nó
de acesso à rede mais próximo.
Melhor utilização da rede: com total controle do roteamento, os circuitos do cliente podem
ser configurados de forma a se obter o melhor uso dos recursos da rede.
PROCESSAMENTOS:
b. Multiplexação
c. Alinhamento
Consiste em uma estrutura de informação formada por uma carga útil acrescida
de um Overhead de Via (POH) que permite a monitoração do caminho percorrido pelo sinal.
• POH de Ordem Inferior (LO POH) :o LO POH é a informação adicionada ao C-m para
formar os VC-m, tendo as funções de monitoração do desempenho do percurso de
Via de Ordem Inferior; informação para manutenção; indicação dos status dos
alarmes e indicação do tipo de mapeamento.
TUG TU
4xTU-11
TUG-2 3xTU-12
1xTU-2
TUG-3 7xTUG-2
1xTU-3
e. Unidade Administrativa (AU)
Composição
AUG 3xAU-3
1xAU-4
h. Ponteiro (PTR)
c. "PAYLOAD" (AUG)
- AUG = um AU-4, ou
FIG.: 2.43 – STM-1 com AU-4 contendo três TU´s emcom VC-4
3. MÉTODOS DE MULTIPLEXAÇÃO
Na Figura 3.1 é mostrada a estrutura de multiplexação simplificada, apenas com as taxas de
hierarquia européia.
O C-12 é uma estrutura de 4 x 34 bytes contendo o sinal de 2.048Kbps além de bytes fixos de
enchimento, bits de controle de justificação, bits de justificação e bits de informação. O
mapeamento de tributários em um C-12 é efetivo a cada quatro quadros de 125s, formando-
se assim um multiquadro de 500s.
x
1
T
U
G-
3 T
U
-3 V
C
-
3 C
-
3
3
4
.
36
8K
b
ps
x
7
T
U
G-
2
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12 C
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a. Mapeamento Assíncrono
O mapeamento assíncrono apresenta as seguintes características:
•permite o mapeamento de um tributário de 2Mbps com qualquer estrutura de quadro;
•não permite visibilidade dentro do VC-12 de qualquer sinal integrante do tributário;
•utiliza o processo de justificação de bit para o mapeamento, possibilitando que o
tributário seja um sinal com tolerância de 50ppm.
O C-12 consiste de 1.023 bits de informação (bits I), dois bits de oportunidade de justificação
(S1 e S2), 6 bits de controle de justificação (C1C1C1 e C2C2C2) e 8 bits reservados para uso
futuro como overhead (bits O). Os bits restantes são bits fixos de enchimento.
Dois conjuntos de três bits de justificação (C1 e C2) são usados para controlar as duas
oportunidades de justificação S1 e S2, respectivamente. O bit S2 é utilizado para justificação
positiva enquanto que o bit S1 é utilizado para justificação negativa. Quando C1C1C1 = "000",
há uma indicação de que S1 é um bit de informação, enquanto que para C1C1C1 = "111", a
indicação é de que S1 é um bit de justificação. Os bits C2 controlam S2 da mesma forma.
Três TU-12 são multiplexadas para dar origem ao TUG-2, formado por 108 bytes e
representado por uma estrutura de 9 linhas por 12 colunas de bytes. A Figura 3.4. representa
também o TU-12 na forma matricial, por uma estrutura de 9 linhas por 4 colunas.
É importante observar que, como a estrutura de TUG-2 ocorre em 125s, apenas os primeiros
quadros de cada um dos três TU-12 são multiplexados neste processo. Outros três TUG-2
serão formados a partir dos segundos, terceiros e quartos quadros de cada TU-12.
- F1 : Canal de Usuário: Reservado para uso da empresa operadora da rede. Seu conteúdo
ainda não é definido, entretanto, pode ser utilizado como um canal de 64Kbps para
comunicação de dados na seção regeneradora.
- Z1 e Z2 : Bytes Reservados: São bytes reservados para funções ainda não definidas.
Podem ser utilizados como canais de dados de 64Kbps até que sua função seja definida pelo
ITU-T.
Os equipamentos SDH podem operar em vários modos, de acordo com as unidades montadas
e a configuração efetuada via software local ou gerência de redes. A versatilidade
proporcionada pelo equipamento torna a rede SDH ainda mais simples e econômica.
O multiplexador Add-Drop proporciona acesso aos sinais tributários dos sinais compostos,
permitindo extrair e inserir tributários ao feixe de alta velocidade.
4.4. REGENERADOR
O equipamento SDH pode ser configurado como anel com comutação de via unidirecional,
também conhecido por Proteção de Via com conexão de sub-rede (SNC/P). Esta configuração
permite operações de Add-Drop. No anel 2F-USHR os sinais tributários são enviados em
ambas as direções (sentido horário e anti-horário) ao longo do anel. No nó de recepção os
sinais de ambas as direções são comparados e o de melhor qualidade é escolhido para
recepção. Os sinais tributários podem ser inseridos/derivados ou Cross-conectados em cada
equipamento que compõe o anel.
A configuração do sistema de proteção de linha pode ser bidirecional 1+1 ou 1:1, conforme
selecionado pelo usuário. Na configuração 1+1(Um Mais Um), o mesmo sinal é transmitido nas
linhas de trabalho e de proteção (ponte permanente) e a comutação é não-reversível. Na
comutação 1:1( Um para Um) o sinal é transmitido somente através das linhas de trabalho,
sendo comutado para as linhas de proteção em caso de falha na linha ou unidades de trabalho.
Neste caso acesso à linha de proteção permite tráfego extra por esta linha, porém, sem
Prof.: Eduardo V. de Sousa 23 / 24 Revisão 3/2017
IFSP –SP SISTEMA SDH – REDE ÓPTICA DISCIPLINA: MIT
proteção. Se a linha de trabalho falha então o seu tráfego é comutado para a linha de proteção,
provocando a perda do tráfego extra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Conforti, E., “Tecnologia e Sistemas por Fibras Ópticas”, apostila de curso,
São Paulo-SP, 1998.
[3] Giozza, W. F., Conforti, E. e Waldman, H., “Fibras Ópticas: Tecnologia e projeto
de sistemas”, Makron, McGraw Hill e Embratel, São Paulo, 1991.
[4] Tabini, R., Nunes, D., “Fibras Ópticas”, Érica, São Paulo, 1990.