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Memorial

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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB

INSTITUTO FEDERAL NORTE DE MINAS GERAIS – IFNMG


CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – CEAD

ELEN DA SILVA CAMPOS

MEMÓRIAS DE MINHA INFÂNCIA

BURITIZEIRO/MG
SETEMBRO / 2017
ELEN DA SILVA CAMPOS

MEMÓRIAS DE MINHA INFÂNCIA

Trabalho apresentado ao Curso de


Pós Graduação Lato Sensu em
Ensino de Sociologia para
o Ensino Médio do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do
Norte de Minas Gerais (IFNMG), na
modalidade a distância, no Polo ......

Docente: Prof. Ms. Nayara Alvim

BURITIZEIRO/MG
OUTUBRO/ 2017
SUMÁRIO

Conteúdo
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB INSTITUTO FEDERAL NORTE DE MINAS
GERAIS – IFNMG .................................................................................................................. 1
MEMÓRIAS DE MINHA INFÂNCIA ........................................................................................ 1
MEMORIAL DE FORMAÇÃO .................................................. Error! Bookmark not defined.
SUMÁRIO .............................................................................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 5
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 9
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 10
3

1 INTRODUÇÃO

O presente Memorial tem por objetivo descrever a minha trajetória de vida e


profissional na educação, destacando as principais atividades que eu já desenvolvi,
quanto às atividades que realizo atualmente. Registro, também, nesse documento, os
cursos de aperfeiçoamento e atualização que realizei, bem como as minhas
perspectivas de estudo e pesquisa em relação a esse curso.
Meu nome é Elen da Silva Campos, tenho 28 anos, nascida em
Buritizeiro/MG em 13/02/1988, brasileira; casada, e tenho um casal de filhos
maravilhosos, uma menina de 3 anos e um menino de 2 meses, atualmente sou
residente e domiciliada à Rua Pará, 703, bairro São Francisco, na cidade de
Buritizeiro/MG além do endereço residencial, posso ser contatada pelo telefone (38)
99848-9921 e pelo e-mail: elencamposalves@gmail.com, vou contar um pouco de
minha trajetória de vida e profissional em relação à educação e ao mesmo tempo
falar um pouco da minha atuação no momento. Ser-me-á um prazer a realização da
construção desse memorial que delineará minha vida acadêmica. Não será muito
fácil, mas tentarei, a cada linha traçada, expressar-me da melhor forma possível
para que os leitores compartilhem comigo dessas experiências que marcaram a
minha vida.
Segundo Prado e Soligo (2004):
Como toda narrativa autobiográfica, o memorial é um texto em que o
autor faz um relato de sua própria vida, procurando apresentar
acontecimentos a que confere o status de mais importante, ou
interessantes, no âmbito de sua existência. (...) É uma marca, um
sinal, um registro do que o autor considera essencial para si mesmo e que
supõe ser essencial também para os seus ouvintes/leitores (p.6)

Relatar experiências vividas, rever o passado com os olhos do


presente. Indícios que apontavam possibilidades, mas ainda não esclareciam
minhas dúvidas a respeito do que relatar. Quais
situações/acontecimentos mereceriam destaque? Afinal, de tudo que vivi o que
me fez "ser" professora?
GuedesPinto (2004) afirma que esses questionamentos fazem parte do
processo da escrita de um texto marcado pela subjetividade, pois se trata do relato
da experiência vivida do sujeito narrador, no caso específico de um memorial de
formação de professores, da diversidade de vivências
que significaram sua prática profissional.
5

2 DESENVOLVIMENTO

MINHA VIDA

As palavras de Drummond revelam o ser humano em sua singularidade; a


capacidade de mudar, de construir a história. Sua existência torna-se sua obsessão,
somos seres em busca, que não nos contentamos somente como o que podemos ver,
queremos a transcendência. Assim penso minha carreira profissional, reflexo dessa
busca incessante de respostas para as questões que o tempo presente impõe.
Sou Elen da Silva Campos, que nasceu dia 12 de Fevereiro de 1989, a segunda
filha dos brasileiros Antonio Candido e Marilda da Silva, em Buritizeiro – Estados de
Minas Gerais. Fui educada à melhor moda mineira, tendo um lar estruturado, uma vida
feliz. Com crescimento natural, senti pulsar um forte desejo de me entregar ao
trabalho, que desce frutos, e que me tornasse uma pessoa melhor.
A mãe, apesar de ter estudado somente até a 4ª série, tinha uma enorme
preocupação em adquirir novos conhecimentos, desta forma se ocupava da leitura de
livros. Um outro ponto era o gosto pela leitura de romances que a mesma possuía. E
assim tudo o que lia repassava para seus filhos. Ensinava o alfabeto, depois às
palavras. Más ao passar dos anos minha mãe começou a estudar e com dedicação e
esforço concluiu o ensino médio e hoje ela está cursando o Magistério da Educação
Infantil e está sendo bastante divertida e prazerosa.
Vivi realmente minha infância, pude aflorar a imaginação, descobrir o mundo
dos contos de fada, ter o contato com a natureza, brincar, correr, gritar, chorar,
compartilhar, aprender novos conhecimentos, ter muitos amigos, ir a escola e
principalmente receber a atenção e compreensão constante de meus pais.
Lembro-me que brincávamos na rua e não havia os problemas de trânsito,
assalto, seqüestros, etc; até aconteciam, com certeza, porém, não era tão
perigoso como atualmente. Aqui, podemos ver como as crianças, hoje, não têm
mais a liberdade do brincar na rua, de se divertir diante de tantas “mulecagens” que
a vida na rua possa proporcionar. Vejo, assim, a importância que devemos dar
ao ato de brincar dentro das escolas.
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VIDA ESCOLAR E PROFISSIONAL

Minha vida escola se deu no ano de 1995 aos 06 anos de idade estudei por um
ano no CIAME- Escola Infantil, onde foi meu primeiro contato com escola e crianças da
mesma idade. No decorrer da minha infância gostava muito de brincar e fazer
amizades. Depois em 1996 ingressei na escola Municipal muito tradicional na cidade,
onde minha mãe e minhas tias e tios haviam estudado, onde estudei até a metade da
3º série achei muito ruim, pois a minha irmã tinha concluído a 4ª serie lá eu também
queria, mas não foi como planejado. Logo em 1998 entrei na escola Estadual Prefeito
José Maria Pereira onde estava em reforma, portanto os alunos estudavam num prédio
que estava caindo os pedaços, mas mesmo assim fui a estudar.
Quando terminei a 3º serie que fui para a 4º série estudar na mesma escola, porém
nova. Foi uma nova experiência era encantador o fato de ser uma aluna daquela
escola, de ter entrado em um local que iria aprender muito
principalmente em relação à leitura e escrita. Mas mesmo assim fiquei muito chateada
com a professora que não gostava de chamá-la ela de tia, mas foi esta escola que
terminei o meu ensino fundamental II com muita luta e dedicação. Fiquei bastante
chateada, pois a professora não fez uma confraternização da 4º série para os alunos
onde todos meus irmãos têm uma foto e camisetas, e eu não tenho essa recordação
do término do ensino Fundamental I.
Ao deslocar o meu crítico olhar para a maneira como se deu o meu processo
de aprendizagem nas quatro séries iniciais do ensino fundamental I, vejo que fui
vítima da concepção chamada por Freire (1977) de educação bancária, em que
as crianças deixam de ser crianças para serem vasos reservatórios, em que todas
as professoras depositavam conteúdos predeterminados pela sociedade
capitalista até “encherem” os vasos até as bordas, pois este é o propósito deste tipo
de educação. Os melhores alunos deixavam se ser “enchidos” e
em troca recebiam boas notas.
Nesta concepção, professores são os únicos redentores do saber, os
alunos nada sabem, as aulas são sempre monólogos, ele é o único que fala. Assim,
fui predestinada a uma formação primária passiva, que me incapacitava de
refletir sobre os fatos que me cercavam.
Ao refletir sobre a concepção bancária de educação e a prática dela por
minhas professoras primárias, indago-me a respeito da postura de cada uma, talvez
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elas nem tivessem conhecimento da educação que praticavam e dos danos que
estavam causando.
No ano de 2004 iniciei meus estudos no Ensino Médio na Escola Estadual
Professora Silvia de Alencar Zschaber, onde estudei até o fim do ensino médio,
durante meu período na escola participei de diversas olimpíadas de matemática mas
não consegui em nenhuma.Tentei vários vestibulares mas não conseguir passar.
Em 2009 comecei a fazer o magistério que foi gostoso fazer, pois ele nos leva
de volta à infância e nos faz recordar cada etapa da vida: desde os materiais para
estudo que deveríamos confeccionar até os estágios que deveríamos fazer. Era teoria
na sala de estudos, oficinas para confecção de materiais pedagógicos, observações de
salas de aulas e por fim as regências. Onde esse curso também foi o meu primeiro
contato com profissional da educação, pois durante os estágios a minha professora
onde estava estagiando, me deixava sozinha na sala e naquele momento já me sentia
sendo uma educadora.
Esse curso me deixou uma admiração bem especial a uma professora da
disciplina de Filosofia que fez muita diferença na construção da minha identidade
enquanto aluna do curso. Antes de conhecê-la imaginava que a professor de
Filosofia era chata. A Ernaldina não era chata, apenas exigia muito
de nós. Ela nos acompanhou por três anos, e eu nunca imaginava que fosse
gostar tanto de Filosofia. Em suas aulas sempre havia debates,
músicas, muita leitura e escrita. Aos poucos fui perdendo a vergonha de falar nas
atividades que envolviam oratória; ela me instigava com
suas colocações a respeito da profissão professor. Aos poucos passei expor minhas
opiniões, sempre com o incentivo dela. Aquela menina vergonhosa estava se
transformando. Com esses bons exemplos e incentivadores cada vez mais eu
me sentia motivada a ser professora. Quando iniciei os estágios, comecei a lidar
com os problemas reais da escola, (evasão, repetência, mau comportamento
dos alunos ) mais de perto.
Queria fazer da docência um meio para eu colocar em prática o que eu
havia aprendido nas aulas de Filosofia e tentar mudar o mundo. Em meio a discursos
dos professores, um me marcou, o da Ernaldina ao reforçar sua paixão pelo
ato de ensinar, e nos aconselhou para nunca deixar essa paixão morrer em nossos
corações.
E assim conclui meu magistério, com certezas de ser uma professora que
marcasse positivamente a vida dos meus alunos.
5

Em 2012 comecei a lecionar numa Escola do meio Rural em uma fazenda que
fazia parte do município, foi uma experiência bastante proveitosa, onde era alunos de
seres variadas em uma única sala, meu medo maior foi de não consegui passar o
conteúdo, mas como estava com a mente fresquinha foi tudo bem explicado, os alunos
adorava a sala e a professora fiquei bastante lisonjeada onde no final do ano eu
consegui que a turma se desenvolvesse bem pratica de leitura e escrita.
Em 2013 senti uma necessidade de fazer uma faculdadefoi quando eu prestei o
vestibular e fui aprovada. O curso ofereceu um conjunto de componentes
curriculares que foi significativo para a elaboração de uma visão complexa sobre a
educação na contemporaneidade. O estudo de
fundamentos da educação através de disciplinas relacionadas com a Filosofia,
a Sociologia e a Psicologia foi fundamental para a
ampliação de uma perspectiva multidimensional.
Em 2015 candidatei a conselheira Tutelar, fui eleita e estou trabalhando até hoje
para ajudar e proteger as crianças. O conselho tutelar é um órgão permanente e
autônomo, eleito pela sociedade para zelar pelos direitos das crianças e dos
adolescentes. Os conselheiros acompanham os menores em situação de risco e
decidem em conjunto sobre qual medida de proteção para cada caso. O exercício
efetivo da função de conselheiro constitui serviço público relevante e quem o pratica
deve ser pessoa idônea, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
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3 CONCLUSÃO

Foi válido realizar este trabalho, uma vez que me permitiu lembrar um pouco da
minha história de vida. Além do mais, tenho certeza que é lembrando do passado,
vivendo o presente que melhor repensamos no futuro. As memórias sobre educação
são importantes na formação de professores, pois permitem a discussão da atuação
dos professores a partir de uma perspectiva histórica que possibilita o esclarecimento
de questões atuais, assim como fornecem elementos para um melhor conhecimento
do exercício da profissão docente.
Sabemos que o contato da criança com o mundo da escrita se inicia em casa e
em outros espaços, uma vez que vivemos em uma sociedade letrada. Mas não deve
ser da família e nem da Educação Infantil a responsabilidade pela alfabetização da
criança, embora ela possa acontecer de forma espontânea nestes espaços. A
educação da criança de zero a dez anos deve ser entendida como um processo
contínuo e todos aqueles que trabalham com crianças desta faixa etária devem buscar
conhecer melhor as crianças e as formas de produção de saberes nesta faixa etária.
Todas as experiências vivenciadas desde minha infância, até os dias atuais,
tanto na vida pessoal quanto profissional contribuíram fortemente para o sucesso da
minha carreira de professora e acredito que as transformações ocorridas ao longo dos
tempos sirvam de base para minha prática docente.
Tenho algumas expectativas para o futuro próximo: valorização do profissional de
educação (gratificação, vantagens , respeito, etc.). Para garantirmos uma educação de
qualidade é preciso que o professor que lute por seus ideais e respeite um ao outro,
busque estar informado dos acontecimentos do Brasil e do Mundo e que possa
contribuir de qualquer forma com a formação de uma sociedade igualitária e justa.
Pretendo aperfeiçoar-me a cada dia mais e andar de acordo com o
desenvolvimento da educação, principalmente no que diz respeito aos avanços
tecnológicos que aumentam a cada dia,pois o professor precisa entender melhor dos
meios de comunicação de massa com que os alunos mais entram em contato para que
possa utilizar-se deles para um melhor rendimento de seu trabalho como educador de
futuros cidadãos brasileiros.
5

REFERÊNCIAS

 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724:


Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2002.

 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo; Cortez; autores Associados,1977.


 GUEDESPINTO, Ana L. Memorial de Formação: registro de um per
curso. Mimeo Unicamp, 2004.
 PRADO, Guilherme do Val e SOLIGO, Rosaura. Memorial de Formação:
quando as memórias narraram a história da formação. Mimeo Unicamp,
2004.

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