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Simulado História

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COOPERATIVA EDUCACIONAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

SÃO JOÃO DO PIAUÍ ________/___________/2019.

CURSO: Ensino Médio SIMULADO SÉRIE: Ensino Médio

DISCIPLINA: História, Filosofia E Sociologia. PROFESSOR: Josaph Braz

FILOSOFIA

1. (UEL) Leia o texto a seguir e responda à questão.


Texto I
– Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da
sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo
que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar
e a olhar para a luz, a fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os
objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até
então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade,
voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam,
o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldade e
suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?
(PLATÃO. A República. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 318-319.)

O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da
Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.

I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo
inteligível, o do conhecimento do verdadeiro ser.
II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna,
aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos
companheiros.
IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores
circunstanciais e relativistas.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
B) Somente as afirmativas II e III são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
2. (UEL) Leia o seguinte texto de Maquiavel e responda à questão.

Texto III

[...] como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais
conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar.
E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais foram
reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo por que se
deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende
antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer profissão de
bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um príncipe,
para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo
a necessidade.

(MAQUIAVEL, N. O Príncipe. cap. XV. Coleção “Os pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 69.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da


relação entre poder e moral, é correto afirmar.

A) Maquiavel se preocupa em analisar a ação política considerando tão-somente as qualidades


morais do Príncipe que determinam a ordem objetiva do Estado.
B) O sentido da ação política, segundo Maquiavel, tem por fundamento originário e, portanto,
anterior, a ordem divina, refletida na harmonia da Cidade.
C) Para Maquiavel, a busca da ordem e da harmonia, em face do desequilíbrio e do caos, só
se realiza com a conquista da justiça e do bem comum.
D) Na reflexão política de Maquiavel, o fim que deve orientar as ações de um Príncipe é a ordem
e a manutenção do poder.
E) A análise de Maquiavel, com base nos valores espirituais superiores aos políticos, repudia
como ilegítimo o emprego da força coercitiva do Estado.

3. (UEL) Leia o seguinte texto de Hobbes e responda à questão.

Texto IV

A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a propósito das repúblicas o supõe, ou nos
pede ou requer que acreditemos que o homem é uma criatura que nasce apta para a sociedade.
Os gregos chamam-no zoon politikon; e sobre este alicerce eles erigem a doutrina da sociedade
civil [...] aqueles que perscrutarem com maior precisão as causas pelas quais os homens se
reúnem, e se deleitam uns na companhia dos outros, facilmente hão de notar que isto não acontece
porque naturalmente não poderia suceder de outro modo, mas por acidente. [...] Toda associação
[...] ou é para o ganho ou para a glória – isto é, não tanto para o amor de nossos próximos, quanto
pelo amor de nós mesmos. [...] se fosse removido todo o medo, a natureza humana tenderia com
muito mais avidez à dominação do que construir uma sociedade. Devemos, portanto, concluir que
a origem de todas as grandes e duradouras sociedades não provém da boa vontade recíproca que
os homens tivessem uns para com os outros, mas do medo recíproco que uns tinham dos outros.

(HOBBES, T. Do Cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 28-29; 31-32.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político hobbesiano, é correto
afirmar.

A) Hobbes reafirma o postulado aristotélico de que os homens tendem naturalmente à vida em


sociedade, mas que, obcecados pelas paixões, decaíram num estado generalizado de
guerra de todos contra todos.
B) O estado de guerra generalizada entre os homens emerge, segundo Hobbes, da
desigualdade promovida pela lei civil e pelo desejo de poder de uns sobre os outros.
C) A ideia de que o estado de guerra generalizada ocorre com o desaparecimento do estado
de natureza, onde todos os homens vivem em harmonia, constitui o fundamento da teoria
política de Hobbes.
D) Segundo Hobbes, para restaurar a paz que existia no estado de natureza, os homens
sujeitam-se, pelo pacto, a um único soberano para subtrair-se ao medo da morte e, por sua
vez, garantir a autopreservação.
E) Segundo Hobbes, à propensão natural dos homens a se ferirem uns aos outros se soma o
direito de todos a tudo, resultando, pela igualdade natural, em uma guerra perpétua de todos
contra todos.

SOCIOLOGIA

4. (ENEM – 2016) Tendo se livrado do entulho do maquinário volumoso e das enormes equipes
de fábrica, o capital viaja leve, apenas com a bagagem de mão, pasta, computador portátil
e telefone celular. O novo atributo da volatilidade fez de todo o compromisso, especialmente
do compromisso estável, algo ao mesmo tempo redundante e pouco inteligente: seu
estabelecimento paralisaria o movimento e fugiria da desejada competitividade, reduzindo a
priori as opções que poderiam levar ao aumento da produtividade.

(BAUMAN, Z. Modernidade líquida.


Rio de Janeiro: Zahar, 2001)

No texto, faz-se referência a um processo de transformação do mundo produtivo cuja


consequência é o(a):

A) regulamentação de leis trabalhistas mais rígidas.


B) fragilização das relações hierárquicas de trabalho.

C) decréscimo do número de funcionários das empresas.

D) incentivo ao investimento de longos planos de carreiras.

E) desvalorização dos postos de gerenciamento corporativo.

5. (ENEM – 2016) Muitos países se caracterizam por terem populações multiétnicas. Com
frequência, evoluíram desse modo ao longo de séculos. Outras sociedades se tornaram
multiétnicas mais rapidamente, como resultado de políticas incentivando a migração, ou por conta
de legados coloniais e imperiais.

Giddens, A, Sociologia. Porto Alegre:


Penso, 2012 - adaptado)

Do ponto de vista do funcionamento das democracias contemporâneas, o modelo de


sociedade descrito demanda, simultaneamente,

A) defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo.

B) universalização de direitos e respeito à diversidade.

C) segregação do território e estímulo ao autogoverno.

D) políticas de compensação e homogeneização do idioma

E) padronização da cultura e repressão aos particularismos.

6. (ENEM – 2016) Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século
XVIII – em 1789, precisamente que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária
para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e
das mentalidades: o Iluminismo.

(Fortes, L R. O iluminismo e os reis filósofos. São Paulo Brasiliense, 1981 - adaptado)

Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de


pensamento que tem como uma de suas bases a:

A) modernização da educação escolar

B) atualização da disciplina moral cristã.

C) divulgação de costumes aristocráticos.

D) socialização do conhecimento científico.

E) Universalização do princípio da igualdade civil.


HISTÓRIA

7. (ENEM – 2018) Quanto aos campos de batalha, os nomes de ilhas melanésias e assentamentos
nos desertos norte africanos, na Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão conhecidos dos leitores
de jornais e radiouvintes quanto os nomes de batalhas no Ártico e no Cáucaso, na Normandia, em
Stalingrado e em Kursk. A Segunda Guerra Mundial foi uma aula de geografia.

(HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1997)

Um dos principais acontecimentos do século XX, a Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi
interpretada no texto como uma aula de geografia porque:

A) teve-se ciência de lugares outrora ignorados.

B) foram modificadas fronteiras e relações interestatais.

C) utilizaram mapas estratégicos os exércitos nela envolvidos.

D) tratou-se de um acontecimento que afetou a economia global.

E) tornou o continente europeu o centro das relações internacionais.

8. (ENEM – 2018) Torna-se importante, portanto, salientar que as pautas econômicas dominantes
não se incompatibilizavam com demandas políticas ou por garantia de direitos contra as decisões
da própria Justiça do Trabalho. Pelo contrário, muitas greves incluíam várias demandas de natureza
distinta, e mesmo em demandas primariamente econômicas, colocava-se muitas vezes a dimensão
do enfrentamento político. Em todos esses casos, confirma-se a hipótese de que direitos instituídos
ou garantias das convenções coletivas, respaldadas pela Justiça do Trabalho, não significavam
conquistas materiais às quais os trabalhadores tivessem acesso líquido e certo. Era preciso muitas
vezes recorrer às greves para garantir direitos conquistados.

(MATTOS, M. B. Greves, sindicatos e repressão policial no Rio de Janeiro (1954-1964).


Revista Brasileira de História, n. 47, 2004 - adaptado)

De acordo com o texto, um dos problemas com os quais as organizações sindicais de


trabalhadores se defrontavam, de 1954 a 1964, era o descompasso entre:

A) legislação e realidade social.

B) profissão e formação técnica.

C) meio rural e cidades industriais.

D) população e representação parlamentar.

E) empresariado nacional e capitais estrangeiros.


9. (ENEM – 2018) Os próprios senhores de engenho eram uns gulosos de doce e de comidas
adocicadas. Houve engenho que ficou com o nome de “Guloso”. E Manuel Tomé de Jesus, no seu
Engenho de Noruega, antigo dos Bois, vivia a encomendar doces às doceiras de Santo Antão; vivia
a receber presentes de doces de seus compadres. Os bolos feitos em casa pelas negras não
chegavam para o gasto. O velho capitão-mor era mesmo que menino por alfenim e cocada. E como
estava sempre hospedando frades e padres no seu casarão de Noruega, tinha o cuidado de
conservar em casa uma opulência de doces finos.

(FREYRE, G. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Bra-sil. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1985 - adaptado)
O texto relaciona-se a uma prática do Nordeste oitocentista que está evidenciada em:

A) Produção familiar de bens para festejar as datas religiosas.

B) Fabricação escrava de alimentos para manter o domínio das elites.

C) Circulação regional de produtos para garantir as trocas metropolitanas.

D) Criação artesanal de iguarias para assegurar as redes de sociabilidade.

E) Comercialização ambulante de quitutes para reproduzir a tradição portuguesa.

10. (ENEM – 2018) Embora a compra de cargos e títulos fosse bem difundida na América, muitos
nobres, aí moradores, receberam títulos da monarquia devido a suas qualidades e serviços. Desde
o século XVI, os títulos de marquês e conde (títulos de Castela) eram concedidos, sobretudo, aos
vice-reis e capitães-gerais nascidos na Espanha. Com menor incidência, esta mercê régia também
podia ser remuneração de serviços militares, de feitos na conquista, colonização e fundação de
cidades.

RAMINELLI, R. Nobreza e riqueza no Antigo


Regime. Revista de História, n. 169, jul.-dez. 2013)

Segundo o texto, as concessões da Coroa es-panhola visavam o fortalecimento do seu poder


na América ao:

A) restringir os privilégios dos comerciantes.

B) reestruturar a organização das tropas.

C) reconhecer os opositores do regime.

D) facilitar a atuação dos magistrados.

E) fortalecer a lealdade dos súditos.


11. A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento
do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização
intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.

(QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos:


Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002)
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais:

A) Burguesia e trabalhadores assalariados.

B) Igreja e corporações de ofício.

C) Realeza e comerciantes.

D) Campesinato e artesãos.

E) Nobreza e artífices.

GABARITO:

1–B

2–D

3–E

4–C

5–B

6–E

7–A

8–A

9–D

10 – E

11 – A

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