Curso Mecânica de Motos
Curso Mecânica de Motos
Curso Mecânica de Motos
MECÂNICA DE
MOTOS
Inspeção do Motor
EDUBRAS
PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
© TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.
INSPEÇÃO DO MOTOR
INSPEÇÃO DO MOTOR
Os objetivos desta unidade são:
INSPEÇÃO DO MOTOR
Nesta unidade se inclui a inspeção dos componen- Os batimentos, vibrações, consumo excessivo de
tes do motor. A inspeção do mesmo leva muito tempo óleo podem indicar rupturas ou problemas nos pis-
e requer a desmontagem de várias peças, por isso, é tões, bielas, anéis, árvore de manivelas ou rolamen-
imprescindível assegurar-se que a falha ou o motivo tos.
que ocasiona essa inspeção, seja originada no mo-
tor, para não começar uma desmontagem desneces- A falta de potência e o arranque difícil (pesado)
sária. podem ser causados pelo desgaste excessivo nos
anéis e no pistão, junta velha ou mal instalada, de-
pósito de carvão na câmara de combustão e no es-
capamento.
PROCEDIMENTOS
Lembre-se de que a falta de potência e o arranque
Este texto descreve, passo a passo, procedimentos pesado ou difícil podem ser causados também por pro-
gerais de inspeção e manutenção do motor. Podem blemas na carburação e na ignição. Verifique estes
haver variações com respeito aos procedimentos indi- sistemas antes de iniciar uma inspeção no motor.
cados pelo fabricante da motocicleta na que você es-
tiver trabalhando. Sempre siga os procedimentos indi- Todas estas falhas do motor possuem causas va-
cados no manual do fabricante da motocicleta. Utilize riadas, entre elas encontramos:
a ferramenta indicada. Não substitua as instruções do - Desgaste normal.
manual de serviço da motocicleta pelas deste texto - Falha no sistema de lubrificação.
se não forem iguais. Caso sejam diferentes em algum - Regulagem incorreta das peças.
procedimento, siga o indicado pelo fabricante. - Dano causado por partículas de material estranho.
- Sobreaquecimento.
SEGURANÇA SOBREAQUECIMENTO
Lembre-se de observar as normas de segurança re- O sobreaquecimento pode ser ocasionado pelos se-
queridas pelas autoridades no seu país e àquelas des- guintes problemas:
critas no manual do fabricante da motocicleta na que - Avanço da ignição retardado.
você estiver trabalhando. - Folga excessiva entre peças.
- Carburação mal ajustada, com mistura pobre.
- Nível da bóia incorreto.
SINTOMAS E CAUSAS - Falsas entradas de ar.
- Detonação (batida de pino).
DE DANO NO MOTOR - Vela de ignição com grau térmico incorreto.
PROCEDIMENTOS
DE DESMONTAGEM
É importante saber se para a reparação será necessá-
ria a desmontagem parcial ou total do motor. Em ambos
casos, é aconselhável colocar a moto sobre uma ban-
cada de trabalho com sujeitador para a roda. Se não
tiver essa bancada, assegure-se de que a moto esteja
parada sobre seu suporte de forma segura. Os procedi-
mentos de desmontagem variam de motocicleta para
motocicleta. Por isso, é indispensável contar com o ma-
nual de serviço da moto para o processo de desmonta-
gem.
Os manuais indicam, passo a passo, parte por parte,
a seqüência de desmontagem. Seguindo as instruções
de desmontagem do manual você economizará tempo e
trabalho.
REMOÇÃO
DO MOTOR
As seguintes instruções são generalizadas. Siga o ma-
nual para a seqüência apropriada.
- Retire a carenagem da moto ou outro tipo de pro-
teção que ela possua.
- Retire o selim (banco).
- Desconecte a bateria retirando primeiro o terminal ne-
gativo. Logo após, retire a bateria.
- Mova a torneira de combustível para a posição «OFF»
e desconecte o tubo de combustível do carburador.
- Retire o tanque de combustível. Coloque-o num lugar
onde não possa cair.
- Drene todo o óleo do motor. Reinstale o bujão de
drenagem.
- Retire o cano de escape.
- Retire a tampa da bomba de óleo (motor de 2 tem-
pos).
MOTOR DE QUATRO TEMPOS separem de maneira parelha. Não faça força excessi-
va se alguma parte não se separa. Localize a causa
MONOCILÍNDRICO da trava, ex.: um parafuso não removido, etc.
- Retire o virabrequim.
- Retire a tampa das válvulas.
- Retire a árvore de comando das válvulas.
- Desconecte o esticador da corrente. INSPEÇÃO E
- Retire o cabeçote. Retire primeiro os parafusos ou
porcas. Se for necessário fazer alavanca para retirar o MONTAGEM DO MOTOR
cabeçote, faça com uma chave de fenda plana o mais
chata possível cuidando para não danificar as superfí- DE DOIS TEMPOS
cies de apoio. Utilize somente um martelo de plástico,
caso tenha que bater no cabeçote para afrouxá-lo. Nesta seção se cobre a inspeção, o diagnóstico e o
- Afrouxe o cilindro manualmente. Se ele estiver tran- recondicionamento das peças de um motor de dois
cado, siga o mesmo procedimento usado para o mo- tempos monocilíndrico e sua montagem. Estes méto-
tor de dois tempos. dos podem variar de acordo com o modelo de motoci-
- Retire o cilindro. cleta. Lembre-se sempre de seguir as instruções do
- Retire o pistão e seu pino. fabricante.
- Cubra o cárter com um pano limpo para evitar que
os anéis do pino do pistão caiam dentro do motor. REMOÇÃO DOS DEPÓSITOS
- Retire os anéis com uma ferramenta especial.
- Limpe a área do pino se nela existirem sedimentos.
DE CARVÃO
- Retire o pino. Geralmente, se retira empurrando-o
(sem martelo) com um ponto. Se estiver trancado, você Os motores de dois tempos apresentam geralmente
pode utilizar um extrator de pino de pistão para remo- restos de carvão na cabeça do pistão, canaletas de
anéis, janela de escape, cano de escape e câmara
vê-lo.
de combustão. Isto se produz devido à queima de óleo
Para retirar o virabrequim e a biela, você necesitará junto com a mistura.
desarmar o cárter. Para isso, siga os seguintes pas- Para remover o carvão, utilize um raspador arredon-
sos. dado, não agudo. Para remover o carvão das canale-
Existem vários tipos de desenhos de embreagens e tas do pistão você pode utilizar um anel velho.
seu modo de extração varia. Siga as instruções do Retire o carvão da câmara de combustão, da janela
manual. Também, o método e ordem de remoção das de escape, dos extremos do cano de escape, da vál-
peças que se encontram no cárter pode variar de moto vula de controle de escape, da cabeça e das canale-
para moto. tas do pistão.
- Retire o pedal ou motor de arranque. Limpe em seguida com ar comprimido.
- Retire a bomba de óleo e o filtro.
- Retire a embreagem.
- Afrouxe os parafusos de fixação de forma parelha.
- Retire as molas.
- Retire a tampa com a vareta de empuxo.
- Retire os discos de fricção e de embreagem.
- Endireite a arruela de trava da porca. Retire a
porca e a arruela.
- Retire o cubo e a campana.
- Retire a engrenagem motora e a de balanceamen-
to.
- Retire o conjunto acionador da embreagem.
- Retire o conjunto da engrenagem de partida.
- Retire o conjunto seletor de marchas.
- Separe o cárter utilizando a ferramenta adequada,
auxiliada por um martelo de plástico.
Com o martelo você baterá suavemente nas partes
reforçadas. Assegure-se de que as partes do cárter se
Para remover o carvão do pistão não é necessário - Os orifícios na cabeça do pistão são causados pelo
retirá-lo. Coloca-se um pano ao redor do pistão cubrin- uso de uma vela de ignição de grau térmico incorreto.
do o motor para que os restos de carvão não pene- As rupturas da cabeça surgem por problemas de de-
trem dentro deste. tonação, ocasionados por um combustível ruim, de-
pósitos de carvão ou má carburação.
CABEÇOTE Se uma cabeça de pistão ou seu cabeçote apre-
sentam muitas marcas de golpes, isso indica que um
Comprove que a superfície do cabeçote não esteja ou mais anéis se romperam e seus pedaços foram
deformada além do límite indicado no manual. Para projetados contra os mesmos.
verificar, coloque uma régua nas posições indicadas.
Em cada posição trate de introduzir a lâmina de um
calibrador de lâminas de espessura imediatamente
maior do que a indicada. Se a lâmina penetra, a de-
formação é maior que a permitida. Para corregir isto,
coloque uma lixa d' água especificada sobre uma su-
perfície plana e nivele o cabeçote lixando-o em forma
de «oito». Meça novamente e comprove a correção.
MEDIÇÕES DO CILINDRO
E DO PISTÃO
Primeiro o cilindro deve ser medido, pois se está fora
das especificações, o pistão, por melhor que esteja,
deverá ser substituído por um de tamanho superior .
PISTÃO E CILINDRO As medidas que devem ser tomadas do cilindro são
as seguintes: o diâmetro externo máximo, a conicida-
de e a ovalização.
INSPEÇÃO VISUAL DO PISTÃO
Inspecione a parede do pistão. Verifique se ela tem MEDIÇÃO DO CILINDRO
encaixes, rachaduras, trincas ou rupturas.
As medidas são tomadas com um paquímetro de in-
Comprove que o alojamento do pino esteja em bom
terior, em três níveis do cilindro: acima, no meio e
estado. Inspecione a cabeça. Veja se existem marcas
abaixo. Em cada nível se mede duas vezes em forma
de golpes ou rupturas. Caso encontre qualquer um
de cruz.
destes problemas, você deverá substituir o pistão.
O diâmetro maior de todos os seis medidos é o que
- O deslocamento do material na parede do pistão,
deve ser considerado.
visto como marcas de excessivo desgaste, é causado
A conicidade se obtém assim: subtraia da medida
por uma mistura pobre ou deficiente lubrificação. Ge-
maior das duas tomadas acima (a1 ou a2), a medida
ralmente isso obriga a fazer a troca do pistão e uma
menor das duas tomadas abaixo (c1 ou c2). Como
retificação e limpeza do cilindro.
você pode ver, a conicidade é a diferença entre o diâ-
metro superior maior e o diâmetro inferior menor.
MEDIÇÃO DO PISTÃO
Mede-se também o diâmetro da saia do pistão com
um micrômetro. Esta medição é feita a uma altura da
saia determinada pelo manual. Se estiver fora do limi-
A ovalização é a diferença de medida entre o maior te, o pistão deverá ser substituído. Alguns fabricantes
diâmetro 1 tomado em cada nível e o menor diâmetro não indicam a medida limite do diâmetro do pistão,
2 tomado em cada nível, ou seja, o maior de a1, b1 ou mas sim, o limite da folga entre o pistão e o cilindro.
c1 menos o menor de a2, b2 ou c2. Para obter esta medida, é necessário subtrair o diâ-
Se qualquer uma destas medidas superar os limites metro externo do pistão do diâmetro maior do cilindro
permitidos, o cilindro deverá ser retificado e o pistão obtido previamente. Essa medida resultante é a fol-
substituído. ga. Se ela for excessiva, se deverá retificar o cilindro e
trocar o pistão.
Retificação.
A retificação do cilindro deve ser feita quando este te-
nha ultrapassado o limite de desgaste.
A brunidura deve ser realizada cada vez que se substi-
tuam os anéis.
O retificado e inclusive a brunidura do cilindro são tare-
fas que requerem equipamento caro de retificação e bas-
tante destreza para executá-lo.
Se for necessário retificar e brunir um cilindro, se reco-
menda enviá-lo a um retificador profissional. Se você tra-
tasse de fazer o trabalho, poderia danificar o cilindro.
Existem algumas oficinas mecânicas que pelo volu-
me e pelo tipo de trabalho que realizam, possuem o
dinheiro e o espaço suficientes para adquirirem e tra-
balharem com máquinas retificadoras.
Mesmo assim, não é necessário que você as adqui-
ra. Enviando o trabalho a um retificador profissional
obterá excelentes resultados.
VÁLVULA DE PALHETAS
O serviço que se realiza na válvula de palhetas, ou
flappers, consta de controlar se as lâminas estão ro-
tas ou empenadas. Verifique o assento da lâmina.
Controle a altura dos batentes com um paquímetro.
Prove a vedação das lâminas colocando um pouco
de combustível e observando que não goteie.
BIELA
Se a biela estiver torta, dobrada ou com dano visí-
vel, deve ser substituída.
As medições que podem ser feitas a uma biela que
aparenta estar em bom estado são:
Deflexão, folga radial e folga lateral. Para estas me-
dições, os metais e o virabrequim devem estar sem
óleo.
Todas estas medições devem ser realizadas com a
biela instalada no virabrequim. Pode esta, ou não, den-
tro do motor.
Para medir a deflexão coloque um relógio compara-
dor com a ponta tocando o extremo da biela.
Mova o extremo da biela até seu tope e faça a leitu-
ra.
VIRABREQUIM
ROLAMENTOS
Os rolamentos devem ser inspecionados.
Retire os rolamentos como indica o manual.
Lave-os com solvente e seque-os. Não os faça rolar
com ar comprimido pois isso poderia danificá-los, rom-
pê-los em pedaços, os quais voariam perigosamente
podendo causar sérios danos.
Verifique se possuem folga lateral ou radial.
Se estiverem dentro dos limites, inspecione visual-
mente para ver se não apresentam sinais de sobrea-
quecimento e dano.
Substiua os rolamentos caso evidencie qualquer um
destes problemas.
DESVIO DO VIRABREQUIM
Deve-se verificar o desvio existente em ambos extre-
mos do virabrequim, ou seja, em cada eixo.
Pode-se verificar com o virabrequim, dentro do motor
ou fora deste, se possui blocos em «v».
Coloque o relógio comparador com a ponta tocando
o eixo. Meça a excentricidade.
Faça o mesmo no outro extremo.
Se as leituras estiverem fora do limite, será neces-
sário recondicionar ou substituir o virabrequim.
REPARAÇÃO DO VIRABREQUIM
A reparação deste tipo de virabrequim (monocilíndri-
co de dois tempos), inclui sua desmontagem, a insta-
lação de uma nova biela, arruelas de encosto, rola-
mentos, pino do virabrequim e sua montagem.
Para esta tarefa é necessário ter uma prensa hidráu-
lica bastante poderosa, planchas de separação do
virabrequim, pinos de pressão, bancada de alinhamen-
to e um martelo de bronze.
Geralmente, este trabalho se deixa a cargo do retifi-
cador, o qual possui todo este equipamento e tem a
destreza para executá-lo.
MONTAGEM
A montagem do motor não é simplesmente colocar
as peças do mesmo modo e na seqüência oposta à
desmontagem. Existem várias coisas que se deve le-
var em conta:
A instalação dos retentores de óleo do cárter deve
estar bem feita pois senão, o óleo, a pressão e o vá-
cuo do cárter escaparão.
CILINDRO
- Instale uma junta nova no cilindro.
- Coloque abundante óleo de motor nos anéis.
- Instale o cilindro. Comprima os anéis com uma mão
e introduza o cilindro por cima do pistão com a outra.
Não gire nem force o cilindro ao instalá-lo. Alinhe per-
feitamente o pistão e o cilindro antes de começar a
instalação.
VOLANTE
- Instale o conjunto do estator.
- Instale o volante e sua porca. Ao instalá-lo, certifi-
que-se de que a chaveta está posicionada correta-
mente sobre o virabrequim. Aplique uma fina camada
de graxa a base de sabão de lítio na ponta cônica do
virabrequim.
- Aperte a porca do volante. Utilize a ferramenta de
fixação do rotor para travá-lo e assim poder apertar a
porca.
VÁLVULAS
Com um compressor de molas de válvulas, compri-
ma a mola, retire as travas e solte a mola.
- Retire o plato e as molas.
- Faça o mesmo com a/s outra/s válvula/s.
- Retire as arruelas localizadas debaixo das molas.
- Retire as válvulas.
INSPEÇÃO DA SUPERFÍCIE
DO CABEÇOTE
Com uma régua reta especial e um calibrador de lâ-
minas do tamanho especificado verificamos se o ca-
beçote se encontra plano. A lâmina não deve poder
penetrar em nenhuma posição da régua ao longo da
mesma. Se a lâmina entra, significa que o cabeçote
está deformado. No manual se indica de que maneira
se deve colocar a régua. Siga as instruções do ma-
nual para saber o que fazer caso o cabeçote esteja
deformado.
ASSENTAMENTO DE VÁLVULAS
- Coloque uma capa fina de Azul de Prússia na face
de cada válvula. Instale a válvula na sua guia. Gire a
válvula contra a sua sede. O Azul de Prússia desapa-
rece na área de contato. Deste modo, se comprova a
área de contato válvula-sede.
- Para corregir o assento, coloque um pouco de car-
borundum na face de cada válvula.
- Coloque cada válvula na sua respectiva guia (não
misture).
- Coloque uma ferramenta sugadora (chupão) em
cada válvula e faça-a girar sobre seu assento várias
vezes movendo alternativamente a haste da ferramen-
ta.
VERIFICAÇÃO DA SEDE
Com um paquímetro meça a largura da marca feita
durante o assentamento. A medida é a largura da face
da sede.
Se está dentro dos limites especificados, a sede está
em bom estado.
Se não está, você deverá retificar (cortar) o assento.
Se o desenho da sede mostrar evidência de conta-
to desigual, você deverá retificar a sede.
O corte do assento é uma tarefa que geralmente é
realizada pelo retificador. Mesmo assim, a seguir é fei-
ta uma descrição desse procedimento.
RETIFICAÇÃO DA SEDE
DA VÁLVULA
A sede da válvula deve ser cortada ou trabalhada
para poder acomodar a válvula nova ou recondiciona-
da. Deve ter a largura correta e estar concêntrica com
a guia da válvula. As mossas, amassamentos, trinca-
duras e limalhas de metal devem ser eliminadas.
INSTALAÇÃO DO CABEÇOTE
- Coloque o cabeçote sobre o cilindro.
- Aperte os parafusos ao torque especificado.
SINCRONIZAÇÃO DO
ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS
Coloque a corrente e a árvore de comando na posição
e da maneira que indica o fabricante. Geralmente, uma
marca no virabrequim deve coincidir com uma marca no
cárter a qual indica P.M.S.
Depois disso, uma marca na árvore de comando de
válvulas deve ser alinhada com uma marca no cabeço-
te.
TANQUE DE GASOLINA
CARBURADOR
LINHA DE
GASOLINA
LINEA DE ÓLEO
LINEA DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
Além da bomba standard, existem também as bom- A marca de referência na alavanca da bomba deve
bas de alta compressão e as do tipo mic. estar alinhada com a marca do corpo da bomba.
Para alinhar estas marcas deve-se afrouxar, ou aper-
ALAVANCA DE tar, o parafuso de ajuste do cabo.
CONTROLE CABO INTERNO
Sangrado
Cada vez que o ar entra no circuito de lubrificação, o
óleo perde a capacidade de lubrificação pois as bo-
lhas de ar são facilmente comprimidas fazendo que
não se transmita a força inicial de bombeamento.
As bombas têm um parafuso de sangria, que ao ser
afrouxado faz com que o ar flua para fora.
Deve-se sangrar até que o óleo não apresente bo-
lhas.
LUBRIFICAÇÃO DA ENGRENAGEM
PRIMÁRIA E DA CAIXA DE CÂMBIO
ERRA- CERTO
DO Geralmente, se utiliza um banho de óleo para lubrifi-
car a caixa de câmbio nos motores de dois tempos.
Deve-se utilizar um óleo especial na quantidade indi-
BOLHAS DE AR
cada pelo fabricante e se deve trocar de acordo com
as instruções do manual.
Ajuste da bomba
O cabo que provém do acelerador e controla a bom-
ba deve estar ajustado corretamente.
LUBRIFICAÇÃO DO MOTOR
DE QUATRO TEMPOS
O motor de quatro tempos não queima o óleo no
motor.
O óleo é reutilizado.
A bomba de óleo faz circular permanentemente o
óleo pelas peças do motor.
LUBRIFICAÇÃO
COM CÁRTER SECO
Neste sistema, o óleo é bombeado desde um reser-
vatório externo até as passagens de óleo no motor
para lubrificar as partes em movimento.
O óleo expulsado pelas partes em movimento lubrifi-
ca outras peças através de salpicamento ou vapori-
zação. RESERVATÓRIO
DE ÓLEO LINHA
A sobra do óleo retorna até o tanque de óleo atra-
DE ALIMENTAÇÃO
vés de outra bomba.
LUBRIFICAÇÃO
COM CÁRTER ÚMIDO
Neste sistema, o óleo é armazenado no cárter. A
bomba extrai o óleo do cárter e o envia a pressão até
as partes que estão em atrito.
O excesso de óleo é drenado para o cárter.
De aí, a bomba faz ele recircular novamente pelo
motor.
Geralmente, este sistema lubrifica também a caixa
de câmbio e a engranagem primária.
BOMBA DE ÓLEO
Tipo rotor
Este tipo de bomba é o mais utilizado.
Possui um eixo acoplado a um rotor interno que gira
dentro de uma cavidade. O eixo e o rotor interno estão
descentrados (fora do centro) dentro da cavidade.
À medida que a bomba gira, as pás ou extremida-
des do rotor interno impulsionam o óleo.
O óleo é retirado constantemente da entrada da bom-
ba e é escorrido entre as pás do rotor interno. Assim,
o óleo é enviado a pressão até a saída da bomba.
Este tipo de bomba pode produzir grande volume de
fluxo e alta pressão.
PINHÃO
MOVIDO
VÁLVULA DE ALÍVIO
LABIRINTOS DE LUBRIFICAÇÃO
A válvula de alívio é um dispositivo que controla a
pressão máxima do óleo. Se a pressão é muito alta, a
válvula de alívio se abre. O excesso de óleo volta ao
cárter.
Como a pressão aumenta ao serem incrementadas
as R.P.M., a válvula é necessária para manter uma
pressão constante. ENTRADA
A mola da válvula deve estar bem esticada e o pis-
tão ou esfera não deve ficar preso.
ALIVIO AO CÁRTER
- Meça a folga entre o rotor interno e o externo e entre transfere esse calor para a atmosfera.
a cavidade e o rotor externo com um calibrador de lâmi- Este sistema proporciona uma temperatura de fun-
nas especificado, como se mostra na figura. cionamento mais uniforme e não é afetado tanto pe-
Se ultrapassar o limite, substitua os rotores ou o con- las variações de temperatura ambiente.
junto. Este sistema permite o uso de folgas menores entre
as partes em movimento, melhorando a eficiência do
motor.
A desvantagem com relação às aletas é que o siste-
ma de refrigeração líquida possui um custo maior de
fabricação e requer bastante manutenção.
REFRIGERADO A AR RESERVATÓRIO
Os motores refrigerados a ar dissipam o calor por DE EXPANSÃO
meio de aletas.
As aletas se encontram na parte exterior do cilindro MANGUEIRA
e do cabeçote.
As aletas devem ser mantidas limpas e não devem
estar cobertas densamente por pintura.
As aletas podem quebrar-se, portanto nunca se deve
bater nelas. VÁLVULA
A superfície das aletas dos motores de dois tempos TERMOSTÁTICA
RADIADOR
é maior do que nos de quatro tempos.
Isto acontece porque o motor de dois tempos ne- CILINDRO
cessita dissipar maior quantidade de calor.
Devemos lembrar que este tipo de motor produz uma
explosão em cada volta do virabrequim.
Existem sistemas que possuem um ventilador, ativa- de água destilada). O líquido de arrefecimento deve ser
do eletricamente, no radiador. o recomendado, este previne a oxidação e eleva a tem-
Um interruptor térmico (thermo switch), conectado na peratura de ebulição da água.
bateria e instalado no motor, se ativa quando a tem- Instale a tampa do radiador.
peratura do motor chega a certo nível. Este interrup- Faça o motor funcionar durante alguns minutos.
tor, ao ativar-se, fecha o circuito que energiza o venti-
lador.
TERMOSWITCH
INSPEÇÃO DO RADIADOR
Retire o radiador do modo indicado pelo fabricante.
Verifique a colméia do radiador.
Se houverem obstruções, retire-as com ar comprimi-
do apontando com a pistola de ar desde a parte tra-
seira do radiador em forma perpendicular.
Se as lâminas estiverem deformadas, endireite-as
cuidadosamente com uma chave de fenda plana fina.
INSPEÇÃO Se estiverem muito amassadas, você deverá substi-
tuir o radiador.
DA BOMBA DE ÁGUA Verifique o pescoço do cano onde a tampa se as-
senta para ver se não está danificado.
Retire o líquido de arrefecimento. Para isto retire o Verifique a sede da tampa. Ela deve estar limpa e
parafuso de dreno da bomba. em bom estado.
Afrouxe e retire as mangueiras que conectam a bom- Se houverem demasiadas obstruções no radiador,
ba. substitua-o.
Retire a tampa da bomba.
Verifique que o anel «O» esteja em bom estado.
Inspecione o rotor visualmente.
Verifique que as pás não estejam danificadas e que
a superfície não esteja corroída.
Se for assim, substitua o rotor.
Retire o parafuso de montagem da bomba e retire a
unidade de seu alojamento.
Controle a folga dos rolamentos do eixo. Se a folga
for excessiva você deverá consertar ou trocar a bom-
ba.
Instale a bomba do modo indicado pelo fabricante.
INSPEÇÃO DE MANGUEIRAS
Inspecione as mangueiras e o tubo de retorno.
Verifique se não estão arranhadas, rachadas ou res-
secadas. Para isto você deverá apertá-las com a mão.
Substitua as mangueiras que estiverem nestas con-
dições.
Agradecemos a colaboração da YAMAHA MOTOR DO BRASIL Ltda. pelo fornecimento de manuais técnicos utilizados na elaboração
deste curso.