Módulo 2 - Máster 2019
Módulo 2 - Máster 2019
Módulo 2 - Máster 2019
TURMA MÁSTER
CONHECIMENTOS GERAIS
MÓDULO – II
MARÇO - ABRIL
2019
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1. substantivo: quando equivaler a “alguma coisa”. Nesse caso, virá precedida de artigo ou outra palavra determinante e será
sempre acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico.
Ela tem um quê de sedutor.
Esse caso tem certo quê de mistério.
2. interjeição: quando exprimir espanto, admiração, surpresa. Nesse caso, também será acentuada. Existe, também, a variante “o quê”:
Quê! Você ainda não tomou banho?!
O quê! Ainda não entregaram a mercadoria?!
3. preposição: quando estiver ligando dois verbos. Nesse caso, equivale a “de”.
Tenho que sair mais cedo hoje.
Ela tem que ir à escola ainda hoje.
4. partícula expletiva ou de realce: nesse caso, não possui função alguma. Como o próprio nome indica, aparece na oração simplesmente
para dar realce. Pode ser tirada sem prejuízo algum para o sentido. Costuma também aparecer na variante “é que”.
Quase que ela consegue o primeiro lugar.
Ele é que resolveu o problema.
5. advérbio: quando estiver intensificado um adjetivo ou um outro advérbio . Nesse caso, equivale a “quão”.
Que bonitas são aquelas casa!
Que longe fica aquele lugar!
Conjunção: quando relacionar duas orações. Enquanto conjunção, o quê pode ser:
6. conjunção coordenada explicativa: quando introduzir oração coordenada explicativa. Equivale a “pois”;
7. conjunção coordenada aditiva: quando introduzir oração coordenada aditiva. Equivale a “e”;
Marina dança que dança.
Ele chora que chora.
8. conjunção coordenada adversativa: quando introduzir oração coordenada adversativa. Equivale a “mas”;
Acuse-os, que não a mim.
9. conjunção coordenada alternativa: quando introduzir oração coordenada alternativa. Equivale a “ou...ou...”;
Que ele venha, que não venha, partiremos hoje!
10. conjunção subordinativa temporal: quando introduzir oração subordinada temporal. Equivale a “desde que”, “quando”:
Faz dez anos que me formei.
11. conjunção subordinativa integrante: quando introduzir oração subordinada substantiva. Equivale a “isso”, “disso”:
Espero que todos compareçam.
12. conjunção subordinativa final: quando introduzir oração subordinada final. Equivale a “para que”:
"Criarei estas relíquias, que aqui viste, / que refrigério sejam da mãe triste."
Ela fez um sinal que ficássemos calados.
13. conjunção subordinativa consecutiva: quando introduzir oração subordinada consecutiva. Equivale a “consequentemente”:
É tão delicada que a todos encanta.
Tamanha era a certeza, que apostou tudo.
14. conjunção subordinativa concessiva: quando introduzir oração subordinada concessiva. Equivale a “embora”, “ainda que”:
Cruel que me julgassem, não cederia a seus rogos. (=ainda que).
Longe que fosse a casa dela, iria até lá. (=embora)
15. conjunção subordinativa comparativa: quando introduzir oração subordinada comparativa. Equivale a “como”, “tanto... quanto”:
Sou mais alto que meu irmão.
16. conjunção subordinativa causal: quando introduzir oração subordinada causal. Equivale a “porque”
Saio daqui a pouco, que parou de chover.
Irei à praia mais tarde que parou de chover.
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Observações:
1. Como todas as conjunções, a conjunção que não exerce função sintática alguma dentro da frase, funcionando apenas como conectivo.
2. classifica-se a conjunção que de acordo com a oração que ela introduz. Quando iniciar oração subordinada substantiva, receberá o
nome de conjunção subordinativa integrante. No caso de iniciar outro tipo de oração, receberá o nome da oração que estiver
introduzindo.
17. pronome relativo: quando equivaler a “o qual” e flexões. Introduz oração subordinada adjetiva.
Estas são pessoas que saíram.
Não conheço os assuntos de que você falou.
18. pronome indefinido: quando é um pronome indefinido, a palavra que pode ser:
Observação: Você deve Ter notado que o pronome indefinido que pode aparecer em orações exclamativas e orações interrogativas,.
Quando fizer parte de oração interrogativas, também será chamado de pronome interrogativo.
Funções do se
2. conjunção subordinativa condicional: quando introduz oração subordinada adverbial condicional. Nesse caso, equivale a caso.
Iremos à praia se fizer bom tempo.
Se você me emprestar o dinheiro, poderei ir.
3. conjunção subordinativa causal: quando introduzir oração subordinada causal. Equivale a “porque”
Se o homem é mortal, ele deve ser menos vaidoso e arrogante.
Observação: É muito importante lembrar que as conjunções não exercem função sintática na frase, funcionando apenas como
conectivos.
4. pronome reflexivo: como pronome oblíquo, a palavra se será pronome reflexivo quando equivaler a si mesmo e fará parte de uma
oração na voz reflexiva.
Quando é pronome reflexivo, a palavra se poderá exercer as seguintes funções sintáticas :
a) objeto direto:
Ela cortou-se com a faca.
b) objeto indireto:
Ela arroga-se direitos que não tem.
c) sujeito de um infinitivo:
Ela deixou-se estar à janela.
5. Pronome recíproco: quando faz parte de uma oração de voz reflexiva a equivale “a um ao outro”.
Os atletas agrediram-se.
Os inimigos olharam-se com desprezo.
6. partícula apassivadora: quando se junta a verbo que pede objeto direto, apassivando-o.
Observação: quando a palavra “se” funcionar como partícula apassivadora, haverá uma oração na voz passiva sintética, sendo sempre
possível sua conversão para a voz passiva analítica.
Observe: Moedas antigas são compradas.
O resultado da prova foi divulgado.
7. índice de indeterminação do sujeito: quando se junta a um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito da oração indeterminado.
Precisa-se de vendedores com experiência.
Vive-se muito bem naquele lugar.
Observação: Quando a palavra se for índice indeterminação do sujeito, o verbo estará sempre na terceira pessoa do singular.
8. partícula expletiva ou de realce: nesse caso, a palavra se não possui função alguma. Como o próprio nome indica, está na frase apenas
para dar realce, tanto que ela pode ser retirada sem prejuízo algum ao sentido.
Ele se morria de ciúmes pela esposa.
Passaram-se os dias e ela não apareceu.
Vou-me embora.
9. parte integrante do verbo: faz parte do verbo pronominal, isto é, de verbo que é conjugado com auxílio de um pronome oblíquo.
Ela arrependeu-se do que fez.
Ajoelhou-se no chão e rezou.
Exercícios
4.Nas passagens “Bebi o café que eu mesmo preparei...”e”... pensando na vida e nas mulheres que amei”, tem o que a mesma função
sintática? Justifique a resposta.
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6- O que está com função de preposição na alternativa:
a) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!
b) Dize-me com quem andas, que direi quem és.
c) João não estudou mais que José, mas entrou na faculdade.
d) O fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
e) Não chores, que eu já volto.
8- “O olhador sente o prazer de novas associações de coisas, animais e pessoas; e esse prazer é poético. Quem disse que a poesia anda
desvalorizada? A bossa dos anúncios prova o contrário. E ao vender-nos qualquer mercadoria, eles nos dão de presente “algo mais”, que
é produto da imaginação e tem serventia, as coisas concretas, que também de pão abstrato se nutre o homem.” (Carlos Drummond de
Andrade)
A palavra que, no parágrafo acima, classifica-se respectivamente, como:
a) conjunção, pronome relativo, conjunção
b) conjunção, conjunção, conjunção
c) pronome relativo, pronome relativo, pronome relativo
d) pronome relativo, conjunção, pronome relativo
e) pronome indefinido, pronome indefinido, conjunção
9- Assinale a alternativa cuja palavra destacada não exerce a mesma função sintática do termo destacado na frase abaixo:
“A saudade que ele trouxe, da aurora de sua vida, de sua infância querida que os anos não trazem mais, temos nós agora...”
a) “...o apartamento modesto que ela enche com o seu ‘ingênuo folga’.”
b) “... ou ainda sendo esta que Giselinha vive agora...”
c) “... enchendo de tédio os dias que o poeta chamou...”
d) “...senhores que a maioridade tornou ignorantes.”
e) “ Mas que ela insinuou esta bela imagem que seria tão do gosto de Casimiro de Abreu...”
10- “Os olhos foram tão teimosos, que ela emendou logo palavra.” (Machado de Assis) O termo em destaque é:
a) Conjunção subordinativa consecutiva.
b) Conjunção subordinativa final.
c) Conjunção subordinativa comparativa.
d) Conjunção subordinativa adversativa.
e) Conjunção subordinativa aditiva.
12- Em “ Vem caindo devagar/Tão devagar vem caindo/Que dá tempo a um passarinho...”, a palavra que dá ideia de:
a) comparação
b) oposição
c) condição
d) causa
e) consequência
16- Indique a alternativa em que a partícula se não tem valor de pronome apassivador:
a) ”... ouviam-se gargalhadas e pragas...”
b) “... destacavam-se risos...”
c) “... trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias...”
d) “... já não se destacavam vozes dispersas...”
e) “... pigarreava-se grosso por toda parte...”
19- Aponte o período em que a palavra se seja uma conjunção subordinada integrante.
a) A tristeza daquela jovem se funda em problema pessoais.
b) Em suas palavras, não se separam mentiras e verdades.
c) Se essa obra fosse impressa no Brasil, teria o valor de oito mil cruzeiros.
d) Os dirigentes indagaram se seriam ordens adequadas a sues subalternos.
e) Os chefes administrativos mantêm-se atualizados quanto a questões existenciais das mais complexas.
20. Assinale a opção em que “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito:
a) Se Tereza não for à festa, também não irei.
b) A criança machucou-se na bicicleta.
c) Trata-se do primeiro e último fundo no Brasil.
d) Ele impôs-se uma disciplina rigorosa.
e) “Ergueu-se, passou a toalha no rosto”.
21. Classifique as funções da palavra “se” nas frases a seguir, numerando, convenientemente, os parênteses:
1. Partícula apassivadora.
2. Índice de indeterminação do sujeito.
3. Partícula de realce.
4. Partícula integrante do verbo.
5. Conjunção subordinativa.
A sequência correta é:
a) 4-3-5-2-1
b) 5-3-2-4-1
c) 4-5-2-1-3
d) 5-3-4-2-1
e) 5-3-2-1-4
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22. Assinale a opção onde “se” exerce a função de índice de indeterminação do sujeito:
a) Gosta-se muito de doces por aqui.
b) Comprou-se um novo prédio para a loja.
c) Emprestou-se o dinheiro ao professor.
d) Deixou-se sentar na soleira da porta.
e) As roupas, os varais, tudo isso se foi, levado pela correnteza.
23. Em todas as orações abaixo, a palavra “se” aparece como pronome reflexivo, exceto em:
a) Os namorados beijavam-se calorosamente.
b) Mãe e filha queriam-se muito.
c) Suicidou-se numa noite de verão.
d) Era-se feliz na fazenda.
e) Cortou-se a pobre menina nos arames farpados
Máster - lista 2
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
"Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que a simples
confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo que essas convicções, como todo julgamento de valor, não possam ser
provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente, nossos esforços
para compreender o universo cognoscível através do pensamento lógico construtivo - como um objeto autônomo de nosso trabalho? Ou
nossa busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter prático, por exemplo? Essa questão não pode ser
resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde
que se origine numa convicção profunda e inabalável. Permitam-me fazer uma confissão: para mim, o esforço no sentido de obter maior
percepção e compreensão é um dos objetivos independentes sem os quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente
e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e complexa variedade
das experiências humanas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. A crença de que esses dois
objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu
não poderia ter uma convicção firme e inabalável acerca do valor independente do conhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem influência sobre toda sua personalidade.
Além do conhecimento proveniente da experiência acumulada, e além das regras do pensamento lógico, não existe, em princípio, nenhuma
autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas "Verdade " pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma
pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a
princípio, só tem fé em seu próprio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o individualismo intelectual e a sede de
conhecimento científico apareceram simultaneamente na história e permaneceram inseparáveis desde então. "(Einstein, In: O Pensamento
Vivo de Einstein, p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)
1. Observe:
I. "Essa atitude de certo modo religiosa de 'um' homem engajado no trabalho..."
II. "Pedro comprou 'um' jornal"
III. "Maria mora no apartamento 'um'."
IV. "Quantos namorados você tem?" 'Um'.
2. Na frase "... nenhuma autoridade 'cujas' confissões...", a palavra, entre aspas, no plano morfológico, é:
a) pronome indefinido.
b) pronome pessoal.
c) pronome relativo.
d) pronome demonstrativo.
e) pronome possessivo.
3. Em "A crença de que ESSES dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico,
uma questão de fé", o autor empregou a palavra em destaque porque
a) é uma indicação da distância espacial entre o escritor e o leitor.
b) é uma indicação da proximidade temporal entre o escritor e o leitor.
c) é uma indicação da distância temporal entre o escritor e o leitor.
d) é uma referência coesiva a elementos da frase posterior.
e) é uma referência coesiva a elementos da frase anterior.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, á porta do Ateneu. Coragem para a luta."
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente
na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados
maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura á impressão rude do primeiro ensinamento,
têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes
tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada
das decepções que nos ultrajam. (Raul Pompéia )
4. Há, em Língua Portuguesa, algumas palavras que admitem ou não flexão de número (singular/plural), dependendo de seu valor
morfológico. No texto em questão, aparece uma dessas palavras:
"(...) BASTANTE experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança..."
Considerando a possibilidade de flexão ou não da palavra, em função de seus diferentes empregos, assinale a alternativa incorreta:
a) Bastantes verdades experimentei anos depois do aviso que meu pai me deu.
b) Meu pai me falou bastante sobre verdades que eu encontraria anos depois.
c) Bastante tempo depois, eu encontraria muitas das verdades anunciadas no aviso de meu pai.
d) Bastantes anos depois, eu experimentaria as verdades do aviso de meu pai.
e) Anos depois, bastantes verdadeiros se tornaram também outros avisos de meu pai.
1 Porto Alegre está ficando assim, quando e onde menos se espera aparece um centenário. [...] 1Bem, 2nós sabemos que uma
5cidade centenária é muito mais que uma 10cidade de cem anos, uma cidade onde meramente vivem figuras e centenários de cem anos.
4
Esta, basta deixá-la6 vagar ao sabor do 8calendário, 7que mal ou bem corre17; 9aquela, porém, precisa muito mais. Precisa, 3por exemplo,
da 12vibração que 14só acomete os dispostos a segurar o tempo pelos cabelos e impor-lhe11 um ritmo, para fazer história, consistência,
com a matéria-prima trivial, dispersão.
2 Com seus mais de duzentos anos de existência, Porto Alegre se candidata 15agora à honraria de ser centenária. Coisas,
ambientes, filhos ilustres, artistas, instituições, ruas porto-alegrenses estão fazendo 13acontecer, 16ao longo dos anos, a cidade -18 este
silencioso depósito de sucessivas camadas de heroísmo, covardia, ousadia, destempero, fracasso, vitórias, esperanças, desinteresses,
contrariedades, e desejos, em combinações díspares,19 humanas.
(Fischer, L.A. TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA. Porto & Vírgula, Porto Alegre, nº. 26 agosto/1994, p.1)
7. As alternativas a seguir apresentam algumas possibilidades de alteração na posição das expressões adverbiais SÓ (ref. 14), AGORA
(ref. 15) e AO LONGO DOS ANOS (ref. 16).
Assinale a única alternativa em que a reordenação causaria MUDANÇA no significado da frase em questão.
a) SÓ poderia aparecer entre ACOMETE e OS DISPOSTOS (par 1).
b) SÓ poderia aparecer entre SEGURAR e O TEMPO (par. 1).
c) AGORA poderia aparecer entre PORTO ALEGRE e SE CANDIDATA (par. 2).
d) AGORA poderia aparecer antes de PORTO ALEGRE (par. 2).
e) AO LONGO DOS ANOS poderia aparecer antes de COISAS (par. 2).
Pais e adultos em geral são incompetentes para entender 4o que vai pela cabeça das crianças; estas, por sua vez, são incapazes
de detectar 5o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos. Na zona cinzenta que reúne essas duas conhecidas limitações,
reside o objeto de "Quarto de Menina", estreia literária da psicanalista carioca Livia Garcia Roza.
Luciana, oito anos, filha única de pais separados, é inteligente, sapeca, sem papas na língua e mora com o pai, intelectual, pacato,
caladão, professor de filosofia. É ela a narradora do livro. Ao longo de 180 páginas, relata o seu cotidiano, 6que 1se limita, aqui, ao próprio
quarto, à biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe. [...]
Apesar disso, não se trata de uma obra para crianças. A construção híbrida da narrativa descarta episódios mais banais ou
preocupações que seriam em tese mais comuns às crianças, dando destaque para os 2diálogos, seja entre Luciana e os pais, seja entre a
garota e suas bonecas.
No primeiro caso, Luciana frequentemente não entende certas insinuações dos pais, enquanto estes ficam perplexos diante de
reações ou perguntas da filha. Já nas "conversas" com seus amigos de quarto, a narradora expõe seu estranhamento, desabafa, chora,
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faz planos e, ao mesmo tempo, revela indireta e inconscientemente a dificuldade de captar o significado dos eventos que ela mesma narra,
significado que nós, 3leitores presumivelmente maduros, enxergamos logo de cara.
Nessa capacidade de explicar ao mesmo tempo uma história e a não-compreensão dessa mesma história pelo seu próprio
narrador, aí está um dos pontos mais interessantes de "Quarto de Menina". [...] (Ajzenberg B. A ABISSAL NORMALIDADE DO COTIDIANO,
Folha de São Paulo, 15.10.95, p. 5-11)
9. As expressões a seguir poderiam substituir a expressão 'Apesar disso' (no início do terceiro parágrafo) sem causar alteração essencial
no significado da frase, à exceção de:
a) Contudo
b) No entanto
c) Todavia
d) Portanto
e) Entretanto
11. Aponte a alternativa que contém um QUE classificado morfologicamente como partícula expletiva (ou de realce).
a) "A vida é tão bela que chega a dar medo."
b) "Havia uma escada que parava de repente no ar."
c) "Oh! Que revoada, que revoada de asas!"
d) "O vento que vinha desde o princípio do mundo / Estava brincando com teus cabelos..."
e) "Nós / é que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de rodas."
12. No período:
"Queria chorar e sentia os olhos enxutos", o conectivo que une as duas orações indica:
a) junção de ideias, portanto é uma conjunção aditiva;
b) contraste de ideias, portanto é uma conjunção aditiva;
c) disjunção de ideias, portanto é uma conjunção conclusiva;
d) contraste de ideias, portanto é uma conjunção adversativa;
e) disjunção de ideias, portanto é uma conjunção condicional.
13. Aponte a alternativa que apresenta um uso adequado de conjunções ou locuções conjuntivas.
a) Ele transforma-se num cavalheiro, na medida que vai crescendo.
b) Perdeu o dinheiro, mas não teve, no entanto, nenhum gesto de desespero.
c) Somos de paz, pois deves parar com as provocações.
d) Não foi e nem ficou.
e) Gosto de avião; prefiro, porém, navio.
"Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em busca do dono, e
amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que me perguntes se ele,
se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes um que outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam
longe... Eia! chora os dous recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso, ri-te! É a mesma cousa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não
quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens."
Machado de Assis
14. " ... e por que antes um que outro..." - por que (separado) tal qual na oração:
a) não veio ............ choveu
b) reza, filho, ............ Deus te ouvirá
c) sei ............ não sabes: não estudas
d) trouxe o guarda-chuva ............ estava chovendo
e) o professor ensina, ............ o aluno vença
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Essas questões apresentam um período que você deverá modificar, iniciando-o conforme se sugere, mas sem alterar a ideia contida no
primeiro. Em consequência, outras partes da frase sofrerão alterações. Assinale a alternativa que contém o elemento adequado ao novo
período.
EXEMPLO:
Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo.
Comece com: Não pude evitá-lo ...
a) assim
b) quando
c) à medida que
d) então
e) porque
Neste caso, a resposta correta é "e", pois a frase transformada seria:
Não pude evitá-lo porque me abraçou com grande ímpeto.
16. I - "O velho sorriu-SE, deixando apenas escapar em tom de dúvida um significativo - Qual..."
III - "- Só lhe direi, respondeu a comadre depois de alguma hesitação, SE me prometerdes guardar todo o segredo, que o caso é muito
sério."
IV - "As três velhas conversaram por largo tempo, não porque muitas coisas SE tivessem a dizer..."
Aponte a sequência correta quanto à classificação morfológica da palavra SE nessas frases de Manuel Antônio de Almeida.
a) I - partícula expletiva, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo.
b) I - partícula apassivadora, II - partícula expletiva, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo.
c) I - pronome reflexivo, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa integrante, IV - pronome reflexivo.
d) I - partícula expletiva, II - partícula reflexivo, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo.
e) I - partícula apassivadora, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa condicional, IV - partícula apassivadora.
17. Observe o texto publicitário a seguir reproduzido, que explora de forma criativa o uso da conjunção.
Assinale a afirmação correta a respeito dos procedimentos linguísticos encontrados em "Viver ou Sonhar?" e "Viver e Sonhar.".
a) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa aditiva e conjunção coordenativa alternativa, pois, quando se joga com o sentido das
frases, opondo-se as ações umas às outras, as conjunções podem assumir valores e significados diferentes ou até mesmo opostos.
b) A primeira frase traz uma conjunção coordenativa alternativa com valor aditivo, e a segunda frase, uma conjunção coordenativa aditiva
com valor adversativo. Isto se dá devido à intenção do autor de fazer um jogo de palavras muito em uso na linguagem publicitária.
c) Vê-se que a conjunção coordenativa, presente em ambos os casos, apesar de adquirir significativos diferentes, não altera o sentido das
frases, já que liga elementos independentes, estabelecendo relações de alternância, no primeiro caso, e de igualdade ou alternância,
no segundo caso.
d) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa alternativa e conjunção coordenativa aditiva. A mudança de sentido obtida com a
troca das conjunções está na escolha a ser feita: a primeira implica exclusão de ações, o que leva à indecisão, enquanto a segunda
expressa a soma de uma ação à outra, resultando disso um modo mais completo de vida.
e) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa alternativa e conjunção coordenativa aditiva. O autor do texto publicitário, ao fazer um
jogo, alternando as conjunções, tenta obter uma mudança de sentido; porém, como podemos observar com uma leitura mais cuidadosa,
nem toda troca de conjunção caracteriza uma alternância de pensamento.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
SOBRE ARTES E ARTISTAS
"Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que
apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas
e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades
arte, desde que conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte
com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar
um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E podemos desconcertar
qualquer pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de que ela gosta não é Arte, mas algo muito
diferente. Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode
gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso.
(...) Somente quando alguma recordação irrelevante nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a
um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o nosso íntimo para
desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas para não se gostar de uma
obra de arte."E. H. Gombrich
18. Nas orações "e QUE Arte com A maiúsculo não existe" e "o QUE ele acaba de fazer...", as palavras em maiúsculo funcionam
respectivamente como:
a) conjunção integrante e pronome relativo
b) pronome relativo e pronome relativo
c) conjunção integrante e conjunção integrante
d) pronome relativo e conjunção integrante
e) conjunção aditiva e pronome demonstrativo
19. Razão por que nos acharás... . Observe que POR QUE foi escrito separadamente, tal qual nesta oração:
a) A fumaça eleva-se, ............ é mais leve que o ar
b) O médico não veio, ............ tinha consulta
c) Sei ............ sofres: não te amo
d) O professor ensina ............ aluno vença
e) Creio em Deus, ............ não há criaturas sem criador
minhas deficiências. 4As palavras, porém, são mais difíceis de adestrar e vêm carregadas de uma vida que se foi desenrolando dentro e
fora de mim, todos esses anos. 5São teimosas, ambíguas e ferem. 6Minha luta com elas é uma luta extenuante. 7Assim, nesse momento,
enceto duas lutas: com as linhas e com as palavras, mas tenho a certeza que, desta vez, estou querendo chegar a um resultado semelhante
e descobrir ao fim do bordado e ao fim desse texto, algo de delicado, recôndito e imperceptível sobre o meu próprio destino e sobre o
destino dos seres que me rodeiam. 8Ontem, quando entrei no armarinho para escolher as linhas, vi-me cercada de pessoas com quem
não convivia há muito tempo, ou convivia muito pouco, de cuja existência tinha esquecido. 9Mulheres de meia-idade que compravam lãs
para bordar tapeçarias, selecionando animadamente e com grande competência os novelos, comparando as cores com os riscos trazidos,
contando os pontos na etamine, medindo o tamanho do bastidor. 10Incorporei-me a elas e comecei a escolher, com grande acuidade, as
tonalidades das minhas meadas de linha mercerizada. 11Pareciam pequenas abelhas alegres (...), levando a sério as suas tarefas. (...)
12Naquelas mulheres havia alguma coisa preservada, sua capacidade de bordar dava-lhes uma dignidade e um aval. 13Não queria que me
discriminassem, conversei com elas de igual para igual, mostrando-lhes os pontos que minha pequena mão infantil executara. (JARDIM,
Rachel. O PENHOAR CHINÊS. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.)
20. A conjunção que, usada antes da oração "... de cuja existência tinha esquecido", não altera o sentido do 8º. período é:
a) pois.
b) ou.
c) logo.
d) nem.
e) e.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
1Apesar de não termos ilusões quanto ao caráter das nossas elites, existia uma certa resistência a essa espécie de niilismo a que
o Brasil nos leva. 2Os escândalos na área financeira estão acabando até com isso. 3Fica cada vez mais difícil espantar os burgueses. 4Os
burgueses não se espantam com mais nada. 5Alguns talvez se surpreendam quando ouvem um filho pequeno ou um neto repetindo uma
letra dos Mamonas, mas nestes casos o espanto é divertido, ou pelo menos resignado. 6A necessidade de se ser absolutamente claro
sobre que tipos de atividade sexual causam AIDS e como fazer para preveni-la acabou com qualquer preocupação da imprensa e da
propaganda com o pundonor (grande palavra) alheio, embora ainda façam alguns rodeios. 7A linguagem ficou mais leve, ficamos menos
hipócritas. 8Burgueses epatáveis ainda existem, mas o acúmulo de agressões a seus ouvidos e pruridos os insensibilizou e hoje, se reagem,
não é em público. (VERÍSSIMO, L. F. Conluio. Porto Alegre: Extra Classe, junho/julho de 1996. p.3).
21. Assinale a alternativa em que há uma associação correta entre o pronome e a palavra que ele substitui no texto.
a) que (10. período) - essa espécie de niilismo (10. período)
b) isso (20. período) - niilismo (10. período)
c) Ia (60. período) - atividade sexual (60. período)
d) seus (80. período) - agressões (80. período)
e) os (80. período) - ouvidos e pruridos (80. período)
24. Digam o que quiserem dizer os hipocondríacos: a vida é uma coisa doce.
(Machado de Assis)
Os dois pontos representam a seguinte relação de ideias:
a) consequência
b) concessão
c) adição
d) adversidade
e) explicação
25. Assinale a opção cujo período, ao ser reescrito, está adequado à norma culta da língua.
a) Puseram os ovos na geladeira, antes que a empregada pensasse em fazer outra omelete para o menino. PUSERAM-LOS NA
GELADEIRA, ANTES QUE A EMPREGADA PENSASSE EM FAZER-LHE OUTRA OMELETE.
b) Para nós, é muito difícil convencer o delegado. É-NOS MUITO DIFÍCIL CONVENCER-LHE.
c) Não quero fazer a paciente esperar. NÃO QUERO FAZER ELA ESPERAR.
d) Visitaria os presos se tivesse tempo. VISITARIA-OS SE TIVESSE TEMPO.
e) Tem visto Helena ultimamente? TEM-NA VISTO ULTIMAMENTE?
26. Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de mudança de sentido do
enunciado.
a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA.
b) Filho MEU não irá para o exército. MEU filho não irá para o exército.
c) Autor DEFUNTO. DEFUNTO autor.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.
29. Além do coloquialismo, comum ao diálogo, a linguagem de Quim e de Nhô Augusto caracteriza também os habitantes da região onde
transcorre a história, conferindo-lhe veracidade.
Suponha que a situação do Recadeiro seja outra: ele vive na cidade e é um homem letrado.
Aponte a alternativa caracterizadora da modalidade de língua que seria utilizada pela personagem nas condições acima propostas.
a) Levanta e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar.
b) Levante e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar.
c) Levante e vista a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar.
d) Levante e vista a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar.
e) Levanta e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar.
O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho” e “caro”
sejam vocábulos
a) derivados de um mesmo verbo.
b) híbridos.
c) derivados de vocábulos distintos.
d) cognatos.
e) formados por composição.
2. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação da partícula “se”, na sequência em que aparece no período abaixo.
O maquinista se perguntava se a próxima parada seria tão tumultuada quanto a primeira, com aquelas pessoas todas se debatendo, os
bilhetes avolumando nas mãos do cobrador, os reclamos que se ouviam dos mais exaltados.
a) objeto indireto – conectivo integrante – parte do verbo – partícula apassivadora
b) objeto direto – conectivo integrante – pronome reflexivo – partícula apassivadora
c) objeto direto – conjunção integrante – pronome recíproco – indeterminação do sujeito
d) objeto indireto – conjunção integrante – pronome reflexivo – partícula apassivadora
e) objeto direto – conectivo integrador – pronome oblíquo – partícula apassivadora
Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco.
1Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime
escravocrata no Brasil.
Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “ 2Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da
escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de Letras. Mas a obra da
escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água,
sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade.
Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas.
3Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto eram
diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimento:
instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e
obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se
beneficiavam do trabalho dos escravos.
Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas
decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e professores. Somos escravocratas,
porque construímos universidades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio
completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de
escravidão.
A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que
não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata, e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício
dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação.
Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão.
Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e economistas comemoram
minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta
no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. 4Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a
alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver
e sem a ousadia da abolição plena.
Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. 5Ficamos na mesquinhez
dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos
romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos
envergonhava e amarrava nosso avanço.
Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravocratas. E, ao
continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação.
CRISTOVAM BUARQUE. Adaptado de http://oglobo.globo.com, 30/01/2000.
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3. Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-
abolição de 1888. (ref. 5)
Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. 17Quem foge da folia ganha o rótulo de antissocial,
depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja
plenamente feliz. E 18forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração.
8Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder.
Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil.
1Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o
seguinte: 9ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. 13Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase
não repara que ela está ali. 10Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. 2A licenciosidade de uma noite de Carnaval. 3Ou um reles
frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar 19uma coisa: a felicidade é inimiga
da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. 11Se você se
apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a
ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.
20É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha
tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será
que você sabe mesmo quando está feliz?
Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?
12Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja muito mais
esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: “16Nossa, como eu
fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. 14Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado.
Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade.
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um
certo período de tempo. 4Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo – não significa felicidade. A felicidade,
quando vem, não vem de passagem. 15Não dura para sempre, mas dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo
quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. 7Lendo a
minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.
Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. 6Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal
obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. 5Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do
que jamais fui em qualquer tempo.
Ana Paula Padrão (adaptado)Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012.
4. Assinale a alternativa em que a palavra entre parênteses pode substituir a destacada sem que haja prejuízo do sentido
a) “Ela é muito recatada.” (ref. 1) (resignada)
b) “A licenciosidade de uma noite de carnaval.” (ref. 2) (autoridade)
c) “Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.” (ref. 3) (entusiasmo)
d) “Um episódio isolado feliz – como quatro dias de carnaval...” (ref. 4) (trama)
Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que "tudo termina em pizza", a circunstância de que tanta coisa, agora, alcance
o Supremo Tribunal Federal.
Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, necessite da intervenção do
STF para ser dirimida.
Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" ao clássico infantil.
"Caçadas de Pedrinho" continua a circular livremente.
Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam que nem
sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o assunto.
A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julga-se eliminar
o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações.
Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em manter a discussão
para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite.
(Adaptado, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-a-pedrinho.shtml)
5. Sobre o valor semântico das preposições presentes em “Caçadas a Pedrinho” e “Caçadas de Pedrinho”, é correto afirmar que elas
expressam, respectivamente, ideia de
a) finalidade e instrumento.
b) origem e companhia.
c) limite e direção.
d) oposição e origem.
e) alvo e posse.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Sinal dos tempos
Na semana passada, os jornais do mundo inteiro noticiaram, com alarde, o lançamento de um novo aparelho celular, desses que fazem
de tudo e mais um pouco. Nas redes sociais, o assunto “bombou”, como se fosse um grande acontecimento. Os consumidores
deslumbrados e os aficionados por tecnologia ficaram, é claro, ansiosos para comprar o brinquedinho – alçado (até que surja um modelo
mais incrementado) a condição de preciosidade do ano.
Uma frase no Twitter, entretanto, chamou-me a atenção no meio de toda essa euforia. Dizia mais ou menos o seguinte: “quando as
manchetes do mundo são o lançamento de um celular, algo está errado com o mundo”. Concordo e assino embaixo. Não por ser contra o
avanço tecnológico, muito pelo contrário.
O que me incomoda é, sim, a submissão neurótica das pessoas a essas novidades e a tudo o que recebe o rótulo de “último lançamento”.
Não deixa de ser patético, por outro lado, o descompasso entre os lançamentos tecnológicos e os serviços prestados à sociedade para o
uso dessas novidades, como ocorre no Brasil. Em matéria de telefonia e acesso à internet, por exemplo, sabemos que os preços daqui
são de Primeiro Mundo, enquanto os serviços são de quinta categoria. Os aparelhos estão cada vez mais sofisticados e acessíveis, o
consumo atinge mais e mais pessoas de diferentes extratos sociais, mas o serviço está cada vez pior e com preços cada vez mais abusivos.
Histórias de pessoas que ficam dias sem acesso à internet, por falta de assistência das operadoras, multiplicam-se. Sinais que despencam
durante ligações telefônicas tornaram-se recorrentes. Agora mesmo, escrevo sem internet em casa, por causa do descaso da operadora.
Isso ocorreu duas vezes em menos de um mês. Na primeira, foram três dias sem sinal e sem assistência técnica. Na segunda, o jeito foi
cancelar a linha e contratar o serviço de outra empresa. Enquanto não instalam a nova linha, a internet do celular tem quebrado o galho,
apesar de o sinal cair a toda hora.
Um outro descompasso – este de ordem social – concerne as pessoas que não têm acesso às novas tecnologias e são obrigadas a usá-
las a todo custo. É o caso de dona Geralda, que nasceu na roça e veio para a cidade trabalhar como faxineira. Hoje aposentada, vive com
a irmã num bairro pobre e distante. Quando soube, no mês passado, que tinha direito a um benefício, a ser solicitado num órgão público,
ela pegou dois ônibus e foi até lá. Depois de enfrentar a fila das prioridades, foi finalmente recebida pelo atendente que, em tom burocrático
e ar displicente, lhe disse: “A senhora pode estar preenchendo o formulário na internet”.
Confusa, dona Geralda disse que não tinha computador e nem sabia direito o que é internet. O rapaz insistiu: “É só pedir alguém para
estar preenchendo para a senhora”. “Mas quem? Só tenho a minha irmã, que não mexe com essas coisas”, ela retrucou. “Então a senhora
vai a um cybercafé, que lá eles fazem tudo. Tem um logo ali, na esquina.” – foi a resposta. E ela: “Sambacafé? O que é isso?”. O moço,
então, despachou-a com impaciência, repetindo que o formulário tinha que ser preenchido pela internet e ponto final. A ele cabia a tarefa
de fazer o cadastro, mas preferiu fazer andar a fila.
Sim, algo está errado com o mundo.
MACIEL, Maria Esther. Estado de Minas. Belo Horizonte, 18 set. 2012. Caderno Cultura. Disponível em: <http://impresso.em.com.br/>.
Acesso em: 18.set.2012.
6. “A ele cabia a tarefa de fazer o cadastro, mas preferiu fazer andar a fila.
Sim, algo está errado com o mundo”.
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim frios e temperados
como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo
por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal
semente que vossa alteza em ela deve lançar.
8. O trecho apresentado é preponderantemente descritivo. A classe de palavras que aparece associada a esse tipo textual é o adjetivo.
São exemplos de palavras dessa classe, no texto, as seguintes:
a) ...porém a terra em si é de muito bons ares...
b) Águas são muitas e infindas.
c) ...dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem...
d) ...o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente...
e) ...esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.
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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: Buscando a excelência - Lya Luft
Estamos carentes de excelência. A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistentemente. Autoridades, altos cargos, líderes,
em boa parte desinformados, desinteressados, incultos, lamentáveis. Alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram
nas universidades, que aos poucos – refiro-me às públicas – vão se tornando reduto de pobreza intelectual.
As infelizes cotas, contras as quais tenho escrito e às quais me oponho desde sempre, servem magnificamente para alcançarmos este
objetivo: a mediocrização também do ensino superior. Alunos que não conseguem raciocinar porque não lhes foi ensinado, numa educação
de brincadeirinha. E, porque não sabem ler nem escrever direito e com naturalidade, não conseguem expor em letra ou fala seu
pensamento truncado e pobre. [...] E as cotas roubam a dignidade daqueles que deveriam ter acesso ao ensino superior por mérito [...]
Meu conceito serve para cotas raciais também: não é pela raça ou cor, sobretudo autodeclarada, que um jovem deve conseguir diploma
superior, mas por seu esforço e capacidade. [...]
Em suma, parece que trabalhamos para facilitar as coisas aos jovens, em lugar de educá-los com e para o trabalho, zelo, esforço, busca
de mérito, uso da própria capacidade e talento, já entre as crianças. O ensino nas últimas décadas aprimorou-se em fazer os pequenos
aprender brincando. Isso pode ser bom para os bem pequenos, mas já na escola elementar, em seus primeiros anos, é bom alertar, com
afeto e alegria, para o fato de que a vida não é só brincadeira, que lazer e divertimento são necessários até à saúde, mas que a escola é
também preparação para uma vida profissional futura, na qual haverá disciplina e limites – que aliás deveriam existir em casa, ainda que
amorosos.
Muitos dirão que não estou sendo simpática. Não escrevo para ser agradável, mas para partilhar com meus leitores preocupações sobre
este país com suas maravilhas e suas mazelas, num momento fundamental em que, em meio a greves, justas ou desatinadas, [...] se
delineia com grande inteligência e precisão a possibilidade de serem punidos aqueles que não apenas prejudicaram monetariamente o
país, mas corroeram sua moral, e a dignidade de milhões de brasileiros. Está sendo um momento de excelência que nos devolve ânimo e
esperança.(Fonte: Revista Veja, de 26.09.2012. Adaptado).
9. Sabe-se que o adjetivo é uma palavra que modifica o substantivo e que sua posição mais comum no português é a de suceder esse
substantivo. Assinale o efeito de sentido que a autora consegue com o emprego do adjetivo antecedendo o substantivo em “as infelizes
cotas” (2º parágrafo).
a) produz uma sonoridade mais adequada ao trecho.
b) provoca o estranhamento do leitor, pois algumas cotas são felizes.
c) antecipa que nem todas as cotas são infelizes, como se poderia esperar.
d) oferece pistas ao leitor de seu posicionamento crítico sobre o assunto das cotas.
e) exemplifica a situação da educação do país, empregando inadequadamente o termo.
10. No trecho – Alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos poucos – refiro-me às
públicas – vão se tornando reduto de pobreza intelectual.(1º parágrafo) –, a palavra destacada refere-se
a) a alunos que saem do ensino médio.
b) às universidades.
c) à pobreza intelectual.
d) somente aos alunos semianalfabetos.
e) aos alunos ingressantes nas universidades públicas.
11. Assinale o pronome que corretamente substitui a expressão grifada no trecho – E as cotas roubam a dignidade.
a) a
b) as
c) lhe
d) na
e) lha
12.Assinale a classe de palavras correspondente a cada uma das palavras grifadas no trecho: A mediocridade reina, assustadora,
implacável e persistentemente.
a) adjetivo, advérbio, advérbio.
b) advérbio, adjetivo, advérbio.
c) advérbio, advérbio, adjetivo.
d) adjetivo, adjetivo, adjetivo.
e) advérbio, advérbio, advérbio.
13.Substituindo-se o verbo haver por um sinônimo no trecho – ...a escola é também preparação [...], na qual haverá disciplina e limites –,
o resultado correto e similarmente gramatical será: a escola é também preparação [...],
a) na qual se manifestaram disciplina e limites.
b) na qual existirão disciplina e limites.
c) na qual se surpreende disciplina e limites.
d) na qual se terá disciplina e limites.
e) na qual teriam disciplina e limites.
14. TEXTO I
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu,
era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho,
nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava
mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava
botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras
é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas
de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pudesse tudo em pratos limpos, ele abria
o arco.ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de janeiro: nova Aguilar, 1983 (fragmento).
TEXTO II
Expressão Significado
Cair nos braços de Morfeu Dormir
Debicar Zombar, ridicularizar
Tunda Surra
Mangar Escarnecer, caçoar
Tugir Murmurar
Liró Bem-vestido
Copo d’água Lanche oferecido pelos amigos
Convescote Piquenique
Bilontra Velhaco
Treteiro de topete Tratante atrevido
Abrir o arco Fugir
FLORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não
mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.
15. (...)
O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer as qualidades de um carro, compara dois
atores, um considerado um grande ator e o outro, um ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro que se presta a ocupar o lugar de ator
grande (com atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa maneira que ele saiu do ostracismo e voltou a ser "famoso".
Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza e o dinheiro que ele ganhou para fazer parte dessa campanha. (...)
(SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011)
No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos de sentido. A
alteração da ordem das palavras só não produz mudanças de sentido em:
a) pobre homem.
b) estrela esportista.
c) poesia simples.
d) novo modelo.
e) homem algum.
Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos últimos a se
renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em julho.
O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco de digitação.
Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais. Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas
aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado.
A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado termine com a letra de
mão. A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu rosto. Como todo mundo, gosto de
ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com quem estou travando contato - e logo os e-mails virão
com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook.
(COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/2011)
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Nesse artigo, o autor se propõe a contradizer a tese de que escrita cursiva
a) represente um traço de identidade dos indivíduos.
b) seja obsoleta num mundo imerso na cultura digital.
c) constitua importante ferramenta pedagógica que estimula o raciocínio.
d) ainda apresente alguma utilidade no mundo moderno, imerso na tecnologia.
e) continue a ser ensinada nas escolas porque os cadernos foram substituídos pelo computador.
17. Juliana, seu namorado Ricardo e mais alguns amigos do curso de gastronomia que ela frequenta alugaram uma casa de praia para
passar as férias de verão. Durante o café da manhã, enquanto todos estavam sentados _________ mesa, Juliana percebeu que Ricardo
não se servia dos diversos tipos de queijo que ela havia levado.
— Escolhi com muito capricho esses queijos, você não os experimenta _________?
— _________, infelizmente, tenho intolerância à lactose, portanto devo evitar alguns alimentos.
— Sorte sua não ser um apaixonado por gastronomia!
Nesta passagem do sexto parágrafo, o cronista se utiliza figuradamente da palavra fel para significar
a) rancor.
b) eloquência.
c) esperança.
d) medo.
e) saudade.
19. Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.
a) Há muitos anos que a política em Portugal apresenta...
b) Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder...
c) ... os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar...
d) ... são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos...
e) ... aos quatro cantos de uma sala...
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus ao continente americano, em 1492, como descoberta, encontro
ou o que seja: questão, no geral, mais esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele ano, os europeus se deram conta da existência
de uma porção vasta de terra 1até então desconhecida e habitada por homens diferentes dos da Europa. O navegador Cristóvão Colombo
(1451-1506), responsável por viabilizar tal encontro, achou que estava chegando no Oriente: com base nas medidas adotadas pelo
astrônomo árabe do século 9, Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do grau, unidade na qual se dividia a esfera terrestre, e ainda errou
ao converter a milha árabe para a milha italiana.
O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam servido melhor, mas se calculasse bem, o genovês não teria
chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação, encharcada de relatos sobre terras fantásticas e da obsessão por monstros, o guiava
tanto ou mais que o conhecimento ‘científico’. Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição rezando que sua presença augurava
riquezas. Foi grande o desapontamento de Colombo quando os naturais das ilhas do Caribe lhe disseram que nunca tinham visto 2tais
seres. Conforme a realidade contradizia o que 3lhe ia pela cabeça, o navegador substituía elementos: na falta dos súditos do Grande Cã,
levou para a Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez das sedas e dos brocados, exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas e cintos
feitos de osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicórnios, ostentou papagaios verdes. [...]
Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa a consciência da magnitude das transformações provocadas por aquelas
terras novas, ignoradas pelos autores antigos e capazes de mostrar quanta coisa escapara a 4sua sabedoria. O nome do Novo Mundo
ainda flutuava, cada vez mais sendo identificado ao de outro navegador, o florentino Américo Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava
capacidade para exprimir tanta coisa nova e estranha, daí recorrer-se primeiro ao que era familiar e conhecido. As palavras não bastavam
para um desesperançado Gonzalo de Oviedo descrever a plumagem brilhante dos pássaros americanos, nem para Jean de Léry contrastar
o semblante dos tupinambás da costa brasílica, tão diferentes dos europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de 5os conhecer”, afirmou
este, teria de “visitá-los no seu país”. Ao dedicar sua Historia General de Las Indias ao imperador Carlos V, em 1553, Francisco Gómara
escreveu bombasticamente: “O maior acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a encarnação e a morte d’Aquele que o criou)
foi a descoberta da Índia”.
(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.)
20. Assinale a alternativa que não relaciona de forma adequada a expressão grifada com a informação que essa expressão retoma.
a) “até então” (ref.1) = ano de 1492.
b) “sua sabedoria” (ref.4) = de Colombo.
c) “tais seres” (ref.2) = monstros.
d) “lhe ia pela cabeça” (ref.3) = Cristóvão Colombo.
e) “os conhecer” (ref.5) = seres da costa brasílica.
Máster 4
1. O poder da vírgula
Numa prova de português do ensino fundamental, ante a pergunta sobre qual era a função do apóstrofo, um aluno respondeu: "Apóstrofos
são os amigos de Jesus, que se juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotografou".
A frase, além de alertar sobre os avanços que precisamos na excelência da educação, é didática quanto aos cuidados no uso da língua
portuguesa, preciosidade que herdamos dos lusos, do galego e do latim.
O erro gritante que o aluno cometeu ao confundir dois termos com sonoridade parecida foi agravado com a colocação da vírgula depois
de "amigos de Jesus".
(Josué Gomes da Silva, Folha de S. Paulo, 02/09/2012)
A respeito da falha de pontuação cometida pelo aluno, é correto afirmar que o emprego da vírgula
a) revela o caráter restritivo da expressão antecedente, indicando uma pausa desnecessária.
b) permite subentender que os apóstolos mencionados não eram os verdadeiros amigos de Jesus.
c) produz uma informação incoerente, pois indica que os apóstolos eram os únicos amigos de Jesus.
d) expressa desrespeito à figura religiosa, pois o aposto está associado a necessidades mundanas.
e) provoca uma ambiguidade, pois o pronome relativo pode se referir a “amigos” ou “Jesus”.
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2. No último período do texto, a discrepância dos possessivos teu e tua (segunda pessoa do singular) com relação ao pronome de
tratamento você (terceira pessoa do singular) justifica-se como
a) possibilidade permitida pelo novo sistema ortográfico da língua portuguesa.
b) um modo de escrever característico da linguagem jornalística.
c) emprego perfeitamente correto, segundo a gramática normativa.
d) aproveitamento estilístico de um uso do discurso coloquial.
e) intenção de agredir com mau discurso os donos da comunicação.
3. Na oração do 4º parágrafo – [...] para que lhe seja atribuído sentido. –, o pronome “lhe” substitui a expressão
a) um recobrimento.
b) uma redução.
c) linguagem e significação.
d) qualquer matéria significante.
e) o silêncio.
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim frios e temperados
como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela
tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser
a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.
A análise das obras feita na escola não deveria mais ter por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este ou aquele linguista,
este ou aquele teórico da literatura, quando, então, os textos são apresentados como uma aplicação da língua e do discurso; sua tarefa
deveria ser a de nos fazer ter acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse sentido, por sua vez, nos conduz a um
conhecimento do humano, o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino;
mas é necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler: “O estudo
de Letras implica o estudo do homem, sua relação consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.” Mais exatamente, o
estudo da obra remete a círculos concêntricos cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo autor, o da literatura nacional, o da
literatura mundial; mas seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente dado pela própria existência humana. Todas as
grandes obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos” são bons, desde
que continuem a ser meios, em vez de se tornarem fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e a compreende se tornará não um especialista em análise
literária, mas um conhecedor do ser humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que
uma imersão na obra ,dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios? E, de imediato: que melhor preparação pode
haver para todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente social ou
psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar proveito de
um ensino excepcional? E não se vê que mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais a aprender com esses mesmos
professores do que com os manuais preparatórios para concurso que hoje determinam o seu destino? Assim, os estudos literários
encontrariam o seu lugar no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos e das ideias, todas
essas disciplinas fazendo progredir o pensamento e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas, tanto de ações políticas quanto
de mutações sociais, tanto da vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores de Letras,
podemos facilmente chegar a um acordo sobre o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras no grande diálogo entre os
homens, iniciado desde a noite dos tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja, ainda participa. “É nessa comunicação
inesgotável, vitoriosa do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos
cabe transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras que ajudam a viver melhor.
(Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)
6. Considerando que o pronome o, usado na sequência que o deve conduzir, tem valor anafórico, isto é, faz referência a um termo já
enunciado no último parágrafo, identifique esse termo.
a) Ensino literário.
b) Professores de Letras.
c) Acordo.
d) Espírito.
e) Grande diálogo.
Tanto para o couro, tanto para a armação. Bem. Poderiam adquirir o móvel necessário economizando na roupa e no querosene. 6Sinha
Vitória respondera que isso era impossível, porque eles vestiam mal, as crianças andavam nuas, e recolhiam-se todos ao anoitecer. Para
bem dizer, não se acendiam candeeiros na casa.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro; São Paulo: Record; Martins, 1975. p. 42-43.
7. Marque a alternativa que comenta adequadamente o emprego dos pronomes no Texto VIII.
a) “Fabiano, que não esperava semelhante desatino, apenas grunhira: - Hum! hum!” (ref. 1). O pronome relativo destacado evita a repetição
da palavra desatino.
b) “E agora vingava-se em Baleia, dando-lhe um pontapé” (ref. 2) / “Fabiano a princípio concordara com ela” (ref. 3). Os termos sublinhados
são duas formas de expressão do pronome pessoal em função de objeto direto.
c) “Fabiano (...) deitara-se na rede e pegara no sono” (ref. 4) / “(...) não encontrou motivo para repreendê-los” (ref. 5). Os dois pronomes
pessoais grifados possuem o mesmo referente e servem para marcar uma ação reflexiva.
d) “Sinha Vitória respondera que isso era impossível, porque eles vestiam mar” (ref. 6). Os pronomes destacados retomam o mesmo termo
do período anterior.
e) “Fazia mais de um ano que fava nisso ao marido” (ref. 7). A forma sublinhada, contração do demonstrativo isso com a preposição em,
tem função coesiva, pois retoma e sintetiza segmento expresso anteriormente.
8. O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções", refere-se a
a) “desmedida ambição”.
b) “Casa de Avis”.
c) “esta burguesia”.
d) “ameaça castelhana”.
e) “Rainha Leonor Teles”.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia uma passagem do livro A vírgula, do filólogo Celso Pedro Luft (1921-1995).
9. Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário.
As palavras colocadas em negrito, nesta passagem,
I. são pronomes pessoais.
II. são pronomes pessoais do caso reto.
III. apresentam no contexto o mesmo referente.
IV. pertencem à terceira pessoa do singular.
carro. Os alarmes de carro são a trilha sonora do nosso tempo 8: o som da paranoia justificada.
O alarme é o grito da nossa propriedade de que alguém está querendo tirá-la de nós. É o som 15mais desesperado que um ser
humano pode produzir – a palavra “socorro!” –, mecanizado, padronizado e a todo volume. É 10“socorro!” acrescentado ao vocabulário das
coisas, como a buzina, a campainha, a música de elevador, o 11“ping” que 22avisa que o assado está pronto e todos os “pings” do
computador. Também é um som típico porque tenta compensar a carência mais típica 3da época9, a de segurança.
7Os carros pedem socorro porque a sua defesa natural 12– polícia por perto, boas fechaduras ou respeito de todo o mundo pelo que
sozinhos. 24Basta alguém se aproximar do carro com uma cara suspeita e eles começam a berrar.
20Decididamente, o som 4do nosso tempo.
VERISSIMO, Luís Fernando. O som da época. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 29 set. 2011.
10. Leia as seguintes afirmações sobre o emprego de pronomes e expressões referenciais no texto.
I. A expressão “(d)estes anos” (ref. 2), que se refere ao tempo presente, é retomada, no texto, por “(d)a época” (ref. 3) e “(d)o nosso tempo”
(ref. 4).
II. Na primeira linha, a expressão “em que” (preposição + pronome relativo) retoma “a época” (ref. 5) e poderia ser substituída pelo pronome
relativo “onde” ou pela expressão “na qual” (“em” + “a qual”).
III. O pronome oblíquo “lhes” (ref. 6) retoma, no texto, a expressão “os carros” (ref. 7).
Máster 5
1. O pronome relativo exerce função de objeto direto em três das frases a seguir. Assinalar a alternativa que indica essas frases.
I. Descobriu-se o ladrão que assaltou o banco.
II. A casa que comprei fica perto daqui.
III. Os alunos que o diretor suspendeu perderam a prova.
IV. Aquele que julga o outro precisa ser inocente.
V. Os amigos que ela convidou vieram prontamente.
a) I, II, IV
b) I, III, IV
c) III, IV, V
d) II, III, V
e) I, II, V
VOCABULÁRIO:
Estatuário (verso 5) = escultor, aquele que faz estátuas.
Eólo (verso 18) = vento forte
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TEXTO II- O ENSINO NA BRUZUNDANGA
Já vos falei na nobreza 1doutoral desse país; é lógico, portanto, que vos fale do ensino que é ministrado nas suas escolas, donde
se origina essa nobreza. Há diversas espécies de escolas mantidas pelo governo geral, pelos governos provinciais e por particulares. Estas
últimas são chamadas livres e as outras oficiais, mas todas elas são equiparadas entre si e os seus diplomas se 2equivalem. Os meninos
ou rapazes, que se destinam a elas, não têm medo absolutamente das dificuldades que o curso de qualquer delas possa apresentar. Do
que eles têm medo, é dos exames preliminares.
Passando assim pelo que nós chamamos preparatórios, os futuros diretores da República dos Estados Unidos da Bruzundanga
acabam os cursos mais ignorantes e presunçosos do que quando para lá entraram. São esses tais que berram: "Sou formado! Está falando
com um homem formado!".
Ou senão quando alguém lhes diz:
- "Fulano é inteligente, ilustrado...", acode o 3homenzinho logo:
- É formado?
- Não.
- Ahn!
Raciocina ele muito bem. Em tal terra, quem não arranja um título como ele obteve o seu, deve ser muito burro, naturalmente.
Apesar de não ser da Bruzundanga, eu me interesso muito por ela, pois lá passei uma grande parte da minha meninice e
mocidade.
Meditei muito sobre os seus problemas e creio que achei o remédio para esse mal que é o seu ensino. Vou explicar-me
sucintamente.
O Estado da Bruzundanga, de acordo com a sua carta constitucional, declararia livre o exercício de qualquer profissão, extinguindo
todo e qualquer privilégio de diploma.
Quem quisesse estudar medicina, frequentaria as cadeiras necessárias à especialidade a que se destinasse, evitando as
disciplinas que julgasse inúteis. Aquele que tivesse vocação para engenheiro de estrada de ferro, não precisava estar perdendo tempo
estudando 4hidráulica. Cada qual organizaria o programa do seu curso, de acordo com a especialidade da profissão liberal que quisesse
exercer, com toda a honestidade e sem as escoras de privilégio ou diploma todo poderoso.
Semelhante forma de ensino, evitando o diploma e os seus privilégios, extinguiria a nobreza doutoral; e daria aos jovens da
Bruzundanga mais honestidade no estudo, mais segurança nas profissões que fossem exercer, com a força que vem da concorrência entre
os homens de valor e inteligência nas carreiras que seguem.
(BARRETO, Lima. OS BRUZUNDANGAS. São Paulo, Ática, 1985. p. 49-51 - com adaptações.)
A palavra em maiúsculo tem papel interrogativo indireto (a expressão é sinônima de "por qual motivo"), não podendo ser analis ada como
pronome relativo.
O único dos trechos a seguir, porém, que contém exemplo de um QUE relativo é:
a) "Bendito o QUE semeia livros" (texto I - versos 25/26)
b) "é lógico, portanto, QUE vos fale do ensino" (texto II)
c) "são bem maiores do QUE quaisquer outras" (texto III - versos 22/23)
d) "Se bem QUE seja difícil compreender" (texto III - verso 29)
3. "E ELES aos corações não voltam mais". ELES é um pronome no lugar de:
a) corações
b) sonhos
c) pombas
d) pombais
e) asas
Vocabulário:
estro = imaginação criadora
vestal = mulher casta ou virgem
anelo = desejo ardente
Texto II
Sempre que se agita esta questão das "reivindicações", escovam-se os velhos chavões, e, com um grande ar de importância, os
1filósofos decidem sem apelação que a mulher não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal encarregada de vigiar o fogo sagrado, a
2depositária das tradições da família... e das chaves da despensa. Todo esse dispêndio de palavras 3inúteis serve apenas para encobrir a
4fealdade da única razão séria que podemos apresentar contra as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que temos de que
nos despojem das nossas prerrogativas seculares - o medo de perder as posições, as regalias, as honras que o preconceito bárbaro
confiou exclusivamente ao nosso século. Compreende-se: quem se habituou a empunhar o bastão do comando não se resigna facilmente
a passá-lo a outras mãos: é mais fácil deixar a vida do que deixar o poder. (18/08/1901)(BILAC, Olavo. VOSSA INSOLÊNCIA. São Paulo:
Cia. das Letras, 1997, p. 313.)
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Texto III
O mal de Isaías é ser ambíguo. Ser e não-ser. Não é índio, nem cristão. Não é homem, nem deixa de ser, 1coitado. Ser dois é
não ser nenhum. Mas está acima de suas forças. Ele não pode deixar de participar de um nós comigo que é excludente dos mairuns e que
quase me ofende. Também não pode sentir consigo mesmo que ele é apenas um mairum entre os outros. O pobre não para de
escarafunchar a cuca, se aclarando e se confundindo cada vez mais. Este casamento com Inimá. Será que ele gosta dela? (...)
Outro dia fiquei muito tempo atrás dele, no pátio, confundida com toda gente que se junta ali, na hora do pôr do sol, para comer
e conversar. Vi bem que ele não falava com ninguém e que ninguém falava com ele. Nem Inimá. Ouvi depois, ouvi bem que ele murmurava
sozinho. Cheguei mais perto e ouvi melhor; era uma ladainha em latim, como as de meu pai:
Tra-lá-lá, ora pro nobis
Tre-lé-lé, ora pro nobis
Vamos ver se, agora de noite, nesse balanço de rede, eu me esqueço dos outros para pensar em mim. Preciso me concentrar no
meu problema. Tentei pensar o dia inteiro, sem conseguir. Há dias que é assim. Até parece que já não sou capaz. Será a gravidez que me
deixa lânguida? De onde virá essa lassidão? Estou grávida e não sei de quem. Vou parir aqui entre os mairuns, este é problema. Se
problema existe, porque isto bem pode ser uma solução. Com um filho crescendo mairum eu não me integraria mais nesse mundo que eu
quero fazer meu? Ser a mãe de fulaninho não será para mim como para um homem ser o pai de fulano? Os homens aqui mudam de nome
quando têm um filho homem. Maxihú é o pai de Maxi. Teró por muito tempo Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha filha se chamasse Iucui?
Ou Mairahú se meu filho pudesse chamar-se Maíra? Será que pode? Melhor é que seja menina: Iuicui.
(RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 372-3.)
6. Assinale a opção que apresenta as respectivas funções da palavra "se" empregada em: ".....podendo-se mesmo dizer....."(ref.2) e
".....vê-se substituída....."(ref.3)?
a) Partícula de realce; pronome reflexivo.
b) Índice de indeterminação do sujeito; partícula de realce.
c) Pronome apassivador; pronome apassivador.
d) Parte integrante do verbo; parte integrante do verbo.
e) Parte integrante do verbo; pronome apassivador.
8. Observe as palavras em destaque no texto: "ele", "você" e "alguém". Assinale a alternativa que analise corretamente sua classe
morfológica:
a) pronome pessoal do caso oblíquo - pronome demonstrativo - pronome relativo
b) pronome pessoal do caso oblíquo - pronome possessivo - pronome demonstrativo
c) pronome demonstrativo - pronome de tratamento - pronome pessoal do caso reto
d) pronome pessoal do caso reto - pronome demonstrativo - pronome relativo
e) pronome pessoal do caso reto - pronome de tratamento - pronome indefinido
II - "Cabo Martim, ________ em matéria de educação só perdia para o próprio Quincas, retirou da cabeça o surrado chapéu, cumprimentou
os presentes." (J. Amado)
III - "Não gostava dessas magricelas, _________ cintura a gente nem podia apertar." (J. Amado)
IV - "Curió, ________ infância em parte decorrera num asilo de menores dirigido por padres, buscava na embotada memória uma oração
completa." (J. Amado)
Assinale, a seguir, a alternativa correta.
a) Todas as lacunas podem ser preenchidas com o pronome relativo CUJO (A).
b) III e IV podem ser preenchidas com o pronome relativo CUJO (A).
c) Todas as lacunas podem ser preenchidas com o pronome relativo QUE.
d) I e II podem ser preenchidas com o pronome relativo ONDE.
e) II e III podem ser preenchidas com o pronome relativo QUE.
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11. Não, Hagar não tem como única habilidade aparar as flechadas dos adversários nas batalhas. Veja na figura adiante, como ele
estruturou bem sua frase, demonstrando dominar a norma culta, no tocante ao uso do PRONOME RELATIVO e da PREPOSIÇÃO,
quando necessária.
Demonstre que você também tem esse domínio, indicando a opção em que o período, resultante da ligação entre as frases, ESTÁ BEM
ESTRUTURADO.
a) PERÍODO: "Mas existe uma responsabilidade estrutural que não é imposta de fora para dentro. Todos querem fugir dela." (ISTO É -
15/7/98)
FRASES: Mas existe uma responsabilidade estrutural que não é imposta de fora para dentro, que todos querem fugir dela.
b) PERÍODO: "Mas eles são artistas de cinema. A atividade deles é fazer show usando movimentos extremamente plásticos." (VEJA -
8/10/97)
FRASES: Mas eles são artistas de cinema, cuja a atividade é fazer "show" usando movimentos extremamente plásticos.
c) PERÍODO: "Um bom exemplo de gestão pública criativa é o mutirão do reflorestamento. Por meio dele, em 12 anos, foi plantado 1 ,7
milhões de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em morros urbanos do Grande Rio (...)" (ÉPOCA - 27/7/98)
FRASES: Um bom exemplo de gestão pública criativa é o mutirão do reflorestamento que por meio dele, em 12 anos, foi plantado 1,7
milhão de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em morros urbanos do Grande Rio.
d) PERÍODO: "A secura do ar na Indonésia e na Malásia provocou incêndios florestais, poluiu cidades e enfumaçou o céu de tal forma que
até a semana passada havia provocado dois desastres horrendos. Num deles, um jato de passageiros estatelou-se no chão da
Indonésia matando todas as 234 pessoas a bordo." (VEJA - 8/10/97)
FRASES: A secura do ar na Indonésia e na Malásia provocou incêndios florestais, poluiu cidades e enfumaçou o céu de tal forma que até
a semana passada havia provocado dois desastres horrendos, num dos quais um jato de passageiros estatelou-se no chão matando
todas as 234 pessoas a bordo.
e) PERÍODO: "Para a Maritel, com 19 anos no mercado, a invasão dos bichos importados atrapalha o crescimento da empresa. Por essa
razão, assim como os concorrentes, trabalha com personagens licenciados." (FOLHA DE S. PAULO - 2/9/98)
FRASES: Para a Maritel, com 19 anos no mercado, a invasão dos bichos importados atrapalha o crescimento da empresa, razão porque,
assim como os concorrentes, trabalha com personagens licenciados.
12. Em que frase o espaço em branco dever ser preenchido APENAS com pronome relativo e não com pronome relativo regido de
preposição?
a) Trata-se de joias de família ________ jamais me desfarei.
b) O candidato expôs planos _________ ninguém confiou.
c) Nesta rua, os serviços ___________ você tem acesso são inúmeros.
d) Foi positivo o resultado _________ a empresa atingiu.
e) Eis o documento ___________ cópia me refiro.
13. No centro da Convenção sobre Mudança Climática esteve o reconhecimento de que o planeta pode passar por mudanças catastróficas
no próximo século, com o agravamento do efeito estufa.
A delegação brasileira na reunião de Buenos Aires, ONDE se deu o encontro, assim como em Kyoto, foi chefiada pelo ministro da Ciência
e Tecnologia. ELA teve um papel destacado no Japão, ao apresentar proposta que desembocou no "mecanismo de desenvolvimento
limpo" (MDL), questão central na pauta da Argentina.
14. Assinale a opção em que a reformulação da frase a seguir apresenta um emprego de pronome NÃO COMPATÍVEL com o uso formal
da língua:
"E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem". (par. 4)
a) E em tal maneira é graciosa que, se a quisermos aproveitar, dar-se-á nela tudo por causa das águas que tem.
b) E em tal maneira é graciosa que , querendo-a aproveitá-la, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.
c) E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, tudo nela se dará, por causa das águas que tem.
d) E em tal maneira é graciosa que, ao querer-se aproveitá-la, tudo dar-se-á nela, por bem da águas que tem.
e) E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar ela, tudo dar-se-á por bem das águas que tem.
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15. O pronome oblíquo assume o valor semântico de posse em
a) "(...) achei-me reclinado sobre o peito de Lúcia (...)" (par.2)
b) " Mesmo adormecido ela me sorria (...)" (par.3)
c) "E seus lábios ávidos devoraram-me o rosto de carícias (...)" (par.5)
d) "Se alguma coisa me pudesse salvar ainda (...)" (par.6)
e) "Beija-me como beijarás um dia tua noiva!" (par.8)
Máster 6
Coloque as vírgulas nessas redações exemplares.
Redação 1: Os projetos Estratégicos da Marinha do Brasil (Redação de Renato Duque Xavier)
A Marinha do Brasil (MB) tem desenvolvido bastantes projetos estratégicos para estender a segurança do País frente às ameaças
contemporâneas. Para entender tal fato cabe considerar aspectos como a importância da reestruturação da soberania e da gestão
administrativa.
Ressalta-se em primeiro lugar que a modernização operacional é primordial para a Organização. A Armada procura nessa
perspectiva ampliar a tecnologia nacional por exemplo com o Programa Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) o qual os construirá
novos – convencionais e nucleares. A aquisição de novos equipamentos possibilitará assim o alinhamento às grandes potências militares
do planeta.
Também a segurança da navegação é essencial para a Nação. A MB fomentou o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul
(SisGAAZ) para expandir a fiscalização e o controle das águas jurisdicionais no Atlântico Sul. A Esquadra – por meio de patrulhas – procura
monitorar nessa direção o tráfego em toda costa litorânea brasileira com repressão por exemplo à pesca ilegal à pirataria e ao contrabando.
Constata-se além disso que a gestão administrativa é bastante exaltada pela Armada. A Organização para melhorar a coesão
militar do Estado programou a construção da Segunda Esquadra e da Segunda Força de Fuzileiros Navais na região nordeste. Por sua
vez essas unidades são influenciadas para capacitarem seus combatentes por intermédio de cursos nas Instituições de Ensino no País e
no exterior a fim de largar uma tropa mais qualificada.
Os projetos estratégicos são portanto fundamentais para tornar a Força Singular forte e vanguardista. A ampliação dos
investimentos do Governo Federal na MB proporcionará nesse sentido a modernização dos equipamentos para uma segurança mais eficaz.
2. No trecho “a gente pode ter conversas literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de primeira pessoa do plural, no tempo pretérito
perfeito, o resultado é o seguinte:
a) podemos ter conversas literárias.
b) podíamos ter conversas literárias.
c) poderíamos ter conversas literárias.
d) pudemos ter conversas literárias.
e) pudéssemos ter conversas literárias.
3. Leia o poema de Mauro Mota.
Ausência
(Canto ao Meio)
Um jovem novelista visita o cemitério de sua terra e fica particularmente interessado numa sepultura singela a que a superstição popular
9atribui poderes milagrosos. Vem-lhe então o desejo de, 6através da magia da ficção, trazer de volta à vida aquela morta obscura. 11Sai à
procura de habitantes mais antigos e a eles pergunta: “Quem foi Antônia Weber?” Alguns nada sabem. Outros contam o pouco de que 10se
lembram. Um teuto-brasileiro sessentão (Floriano já começava a visualizar as personagens, a inventar a intriga), ao ouvir o nome da
defunta, fica perturbado e fecha-se num mutismo ressentido. 12“Aqui há drama”, diz o escritor para si próprio. 13E conclui: “Este homem
talvez tenha amado Antônia Weber...”. Ao cabo de várias tentativas, consegue arrancar dele 7uma história fragmentada, cheia de reticências
que, entretanto, o novelista vai preenchendo com trechos de depoimentos de terceiros. Por fim, de posse de várias peças do quebra-
cabeça, põe-se a armá-lo e o resultado é o romance duma tal Antônia Weber, natural de Hannover e que emigrou com os pais para o Brasil
e estabeleceu-se em Santa Fé, onde...
Mas qual! – exclamou Floriano, parando à sombra dum plátano e passando o lenço pela testa úmida. Ia cair de novo nos alçapões que
seu temperamento lhe armava. 14Os críticos não negavam mérito a seus romances, mas afirmavam que em suas histórias ........ o cheiro
do suor humano e da terra: achavam que, quanto à forma, eram tecnicamente bem escritas; quanto ao conteúdo, porém, tendiam mais
para o artifício que para a arte, fugindo sempre ao drama essencial. Pouco lhe importaria o que outros pensassem se ele próprio não
estivesse de acordo com essas restrições. Chegara à conclusão de que, embora a perícia não devesse ser menosprezada, para fazer bom
vinho era necessário antes de mais nada ter uvas, e uvas de boa qualidade. No caso do romance a uva era o tema – o tema legítimo, isto
é, algo que o autor pelo menos tivesse sentido, se não propriamente vivido.
Adaptado de: VERISSIMO, Erico. O tempo e o vento: o retrato. v. 2. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 331-333.
5. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das referências 1, 2 e 3, nesta ordem.
a) do qual – meia – faltavam
b) da qual – meio – faltava
c) da qual – meio – faltavam
d) do qual – meio – faltavam
e) da qual – meia – faltava
6. Se substituíssemos Os críticos (ref. 14) por A crítica, quantas outras alterações seriam necessárias, no texto, para fins de
concordância?
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Em 1816, sob os auspícios da Família Real Portuguesa, chegou ao Brasil um grupo de pintores que integrou a "Missão Artística
Francesa". Um desses artistas foi Jean Baptiste Debret, que retratou em aquarelas cenas do cotidiano da sociedade brasileira na cidade
do Rio de Janeiro. Observe uma de suas obras:
Família pobre em sua casa apresenta uma cena ocorrida no interior de um ambiente doméstico, onde os personagens estão todos no
primeiro plano, com destaque suficiente 1para que suas ações sejam percebidas. Ao dividirmos a obra ao meio, dois personagens ficam à
esquerda da composição, para quem observa, e outro à direita, o que poderia denotar, em princípio, certo desequilíbrio. A luz é distribuída
de maneira uniforme entre todos os elementos da obra, e as paredes, em tons escuros, não são vazias. Ao contrário, são carregadas de
texturas e objetos que, no final das contas, contribuem para que a composição obtenha um novo equilíbrio.
Em pé, próxima à entrada da casa, vemos 5uma mulher negra, 2que talvez tenha acabado de entrar no ambiente. 3Ela é 6alta, ocupando
quase a totalidade do espaço vertical do lado esquerdo da composição, e torna-se maior ainda em razão do recipiente que carrega, sem
o apoio das mãos, 11em 4sua cabeça. Tal objeto é 7grande e deve estar cheio, porque se nota uma penca de bananas em sua abertura
[...]. Suas roupas são 8simples: um lenço na cabeça, que lhe dá suporte para carregar o pesado objeto, uma saia azul, que cobre totalmente
os membros inferiores, e uma blusa branca, que cai suavemente até o cotovelo, deixando à mostra seu colo, não denotando, contudo,
qualquer sensualidade, já que não se destacam as formas do seio, mas sim de costelas 12sob a pele, o que lhe dá uma fisionomia
esquelética. Com a mão direita ela parece oferecer algo 13para uma mulher branca sentada no chão, e com a mão esquerda parece pegar
o restante da oferta que guarda na sua blusa, que, caída até o ombro, funciona como um recipiente côncavo. Contudo, não é possível ver
9se ela está pegando realmente algo, se está 10apenas se coçando ou ainda se está sentindo alguma dor no local, haja vista o esforço de
Fonte: TREVISAN, A. R. A pintura da vida prosaica: pobreza e escravidão nas aquarelas de Debret. Baleia na rede - Revista online do
Grupo de Pesquisa e Estudos em Cinema e Literatura, Unesp, v. 1, n. 3, p. 199-200, 2006. ISSN: 1808-8473. Disponível em
http://www.marilia.unesp.br/home/revistaseletronicas/baleianarede/edicao03/pintura.pdf. 2011. (adaptado)
I. A expressão "para que" (ref. 1) introduz a finalidade da posição das personagens em primeiro plano na imagem.
II. Os segmentos "que" (ref. 2), "Ela" (ref. 3) e "sua" (ref. 4) retomam "uma mulher negra" (ref. 5), a qual, na imagem, remete à única
personagem que se encontra de pé.
III. As palavras "alta" (ref. 6), "grande" (ref. 7) e "simples" (ref. 8) atribuem características para o mesmo sujeito.
IV. O "se”, em "se ela está pegando" (ref. 9), tem a mesma classe gramatical do “se” em "apenas se coçando" (ref. 10).
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e II.
d) apenas I, II e III.
e) apenas III e IV.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Vizinhos e internautas
Estudiosos do comportamento humano na vida moderna constatam que um dos males de nossa época é a incomunicabilidade. Já foi
tempo em que, mesmo nas grandes cidades, nos bairros residenciais, ao cair da tarde, era costume os vizinhos se darem boa noite,
levarem 4as cadeiras de vime para as calçadas e ficar falando da vida, da própria e da dos outros.
6A densidade demográfica, os apartamentos, a 3violência urbana, o rádio e mais tarde a TV ilharam cada indivíduo no casulo doméstico.
Moro 8há 18 anos num prédio da Lagoa; tirante os raros e inevitáveis cumprimentos de praxe no elevador ou na garagem, não falo com
eles nem eles comigo. Não sou exceção. Nesse lamentável departamento, sou regra.
Daí que não entendo a pressão que volta e meia me fazem para navegar na Internet. 9Um dos argumentos que me dão é que posso falar
com pessoas na Indonésia, saber como vão 1as colheitas de arroz na China e como estão os melões na Espanha.
Uma de minhas filhas vangloria-se de ser internauta. Tem amigos na Pensilvânia e arranjou um admirador em Dublin, terra do Joyce, do
Bernard Shaw e do Oscar Wilde. Para convencê-la de seus méritos, ele mandou uma foto em cor que foi impressa em alta resolução.
É um jovem simpático, de bigode, cara honesta. Pode ser que tenha mandado a foto de um outro.
Lembro a correspondência sentimental das velhas revistas de antanho. Havia sempre 7a promessa: “Troco fotos na primeira carta”. Nunca
ouvi dizer que uma dessas trocas tenha tido resultado aproveitável.
Para vencer a incomunicabilidade, acredito que o internauta deva primeiro aprender a se comunicar com o vizinho de porta, de prédio, de
rua. Passamos uns pelos outros com o desdém de nosso silêncio, de nossa cara amarrada. Os suicidas se realizam porque, na hora
do desespero, falta 5o vizinho que lhe deseje 2sinceramente uma boa noite.
Fonte: CONY, Cartos Heitor. Vizinhos e internautas. Folha de S.Paulo, 26 jun. 1997. Opinião. p.A2.
VOCABULÁRIO
tirante – exceto por
praxe – costume
(James) Joyce, Bernard Shaw e Oscar Wilde – escritores
antanho – antigamente
8. Considerando as regras de concordância verbal na norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa CORRETA.
a) Na oração A densidade demográfica, os apartamentos, a violência urbana, o rádio e mais tarde a TV ilharam cada indivíduo no casulo
doméstico (ref. 6), o verbo destacado poderia ser escrito no singular (ilhou) sem desrespeitar as regras de concordância verbal.
b) Se substituíssemos a promessa (ref. 7) por as promessas, o verbo haver precisaria continuar no singular: Havia sempre promessas.
c) Se o verbo haver fosse substituído por fazer na oração Moro há 18 anos num prédio da Lagoa (ref. 8), teríamos que escrever Moro
fazem 18 anos num prédio da Lagoa.
d) No período Um dos argumentos que me dão é que posso falar com pessoas na Indonésia [...] na Espanha (ref. 9), caso substituíssemos
um dos argumentos por o argumento, o verbo dar teria que ficar no singular (dá).
e) Se o termo o vizinho (ref. 5) fosse posto no plural, o período ficaria: Os suicidas se realizam porque, na hora do desespero, falta os
vizinhos que lhe desejem sinceramente uma boa noite.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A literatura nos ajuda a construir nossa identidade
(1) Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona segundo “leis”
e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas,
decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada individual tenha identidade própria.
(2) Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender melhor nosso
tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias individuais, das inúmeras
personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira. Como leitores, interagimos com o que
lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre
nossa identidade e também a construí-la.
(3) Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana e, por meio de palavras, constrói mundos familiares –
em que pessoas semelhantes a nós vivem problemas idênticos – e mundos fantásticos, povoados por seres imaginários, cuja existência é
garantida somente por meio das palavras que lhes dão vida. Também exprime, pela criação poética, reflexões e emoções que parecem
ser tão nossas quanto de quem as registrou.
(4) Por meio da convivência com poemas e histórias que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer
possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos.
(5) Além disso, em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a realidade, sobretudo
quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo, durante o período do regime militar no Brasil. Naquele
momento, inúmeros escritores arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a violência que tornava a existência uma aventura
arriscada. A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos
individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política e social. Em resumo, a literatura permite também que olhemos para
a nossa história e, conhecendo algumas de suas passagens, busquemos construir um futuro melhor.
(Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11.
Adaptado.).
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9. Analise o uso dos verbos em: “Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas,
decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas”. Outra forma correta de dizer o mesmo seria:
a) Um dos desafios a ser enfrentado pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas devem seguir e
quais precisam ser questionadas.
b) Um dos desafios a serem enfrentado pelo o ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e
quais precisam ser questionadas.
c) Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano são compreender quais leis e regras são essas, decidir quais delas deve
seguir e quais precisam ser questionadas.
d) Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender quais leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e
precisam ser questionadas.
e) Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender quais leis e regras é essas, decidir quais delas devem seguir e
quais precisam serem questionadas.
11. Assinale a única alternativa na qual está correta a concordância verbal, segundo a norma padrão da língua portuguesa.
a) Aconteceu alguns fatos muito estranhos no ano passado.
b) Nem faziam dois meses que ela se fora.
c) A retirada das tropas levariam algum tempo ainda.
d) Foi conseguido muitas doações para os desabrigados.
e) Se houvesse interessados, ele venderia o barco.
12. Texto.
[...]
Nesse “universo paralelo” dos que vivem à revelia da leitura e da escrita, 1restam o mercado informal como sobrevida, e o
distanciamento exponencial de uma sociedade cada vez mais gráfica, onde a necessidade de se 2decifrar os velhos e os novos códigos
da língua, como a informática, por exemplo, vem transformando a educação formal, ao longo dos tempos, num verdadeiro funil de acesso
ao mundo sócio, econômico e culturalmente ativo.
Com relação à concordância verbal, apenas uma alternativa está errada. Marque-a.
a) O verbo pode ficar no singular, concordando com o termo preposicionado “da população”, após a expressão numérica na manchete.
b) Segundo a norma gramatical, o verbo, ainda nessa manchete, poderia ficar no plural, concordando com o número percentual, que é o
núcleo do sujeito.
c) A concordância do verbo “viver”, nesse trecho, está correta, o que se pode justificar com o seguinte exemplo: “Somente 1% dos objetos
roubados foi recuperado.”
d) O verbo “restar” (ref. 1) poderia ficar no singular, concordando com o sujeito mais próximo: “o mercado informal”.
e) O verbo “decifrar” (ref. 2) deveria estar no plural, concordando com o sujeito composto: “os velhos e os novos códigos da língua”.
Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos: "Estou muito
dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério". Logo obteve resposta de um colega de rede. "Estou na
mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda." Odiálogo dá a dimensão do tormento provocado
pela dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que o uso da própria rede se dissemina. Segundo
pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados
representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos
29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse
caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando
está desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza intelectual
despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado
em internet vai, aos poucos, perdendo os elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo — e completamente virtual".
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma
relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil"
ou "divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido. Mudança tão
drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. "Como a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e
o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle",
diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta
— até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam,
então, a habitar mais e mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado
da frequente troca de refeições por sanduíches — que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente,
a vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é um sinal claro
de que as coisas não vão bem".
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para isso — eles respondem
por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia —, mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente
pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos
negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à vontade
para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona
um ambiente favorável para que eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vicio se vê, em geral,
uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou
algum transtorno de ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vicio, a
maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de começo, meio
ou fim.
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em internet é
reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda
resiste à ideia de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em
grupo, 80% voltam a niveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes
dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de
acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar.
Toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de
crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os pais não devem
temer o computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a
possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados.
Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado.
14. Em qual das opções foi estabelecida a concordância nominal correta no trecho destacado?
a) Em casos de dependência em internet, a avaliação psicológica é necessária.
b) Um e outro internautas precisa de limites quanto ao uso da Rede.
c) Haja visto o grande número de viciados em internet, alguma providência deve ser tomada.
d) Dado a dependência na Web, muitos jovens estão comprometendo o convívio social.
e) A juventude tem ficado meia prejudicada por causa do uso indevido da Rede.
15. A justificativa para a concordância do verbo padecer, no segundo período, é a mesma para a concordância verbal em:
a) “Casa, água, comida e carinho, nada fez o pardalzinho feliz.”
b) “Muita raiva e indignação dominava seus gestos.”
c) “Passará o céu e a terra.”
d) “Uma brisa, um vento, o maior furacão não os inquietava.”
e) “Pedro ou Paulo será eleito papa.”
“(...) Quando deparo com as notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe Silva Caffé
e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção primária da
violência por meio das estratégias cientificamente comprovadas, facilmente replicáveis e definitivamente muito mais baratas do que a
recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves contra a vida.
Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta e os que estão no poder nos três níveis não estejam conscientes de
seu papel histórico e de sua responsabilidade legal de cuidar do que tem de mais importante à nação: as crianças e os adolescentes, que
são o futuro do país e do mundo.
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A construção da paz e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e
cognitivo das nossas crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial,
realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas ou
desestruturadas (...)”
“(...) Em relação às crianças e adolescentes que cometeram infrações leves ou moderadas – que deveriam ser mais bem
expressas – seu tratamento para a cidadania deveria ser feito com instrumentos bem elaborados e colocados em prática, na família ou
próxima dela, com acompanhamento multiprofissional, desobstruindo as penitenciárias, verdadeiras universidades do crime. (...)”
“(...) A prevenção primária da violência inicia-se com a construção de um tecido social saudável e promissor, que começa antes
do nascer, com um bom pré-natal, parto de qualidade, aleitamento materno exclusivo até seis meses e o complemento até mais de um
ano, vacinação, vigilância nutricional, educação infantil, principalmente propiciando o desenvolvimento e o respeito à fala da criança, o
canto, a oração, o brincar, o andar, o jogar; uma educação para a paz e a nãoviolência.
A pastoral da criança, que em 2003 completa 20 anos, forma redes de ação para multiplicar o saber e a solidariedade junto às
famílias pobres do país, por meio de mais de 230 mil voluntários, e acompanhou no terceiro trimestre deste ano cerca de 1,7 milhão de
crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais de 1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784 comunidades de 3.696
municípios do país.
O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade infantil nos últimos dez anos; isso, sem dúvida, é resultado da organização e
universalização dos serviços de saúde pública, da melhoria da atenção primária, com todas as limitações que o SUS possa ainda possuir,
da descentralização e municipalização dos recursos e dos serviços de saúde. A intensa luta contra a mortalidade infantil, a desnutrição e
a violência intrafamiliar contou com a contribuição dessa enorme rede de
solidariedade da Pastoral da Criança. (...)”
“(...) A segunda área da maior importância nessa prevenção primária da violência envolvendo crianças e adolescentes é a
educação, a começar pelas creches, escolas infantis e de educação fundamental e de nível médio, que devem valorizar o desenvolvimento
do raciocínio e a matemática, a música, a arte, o esporte e a prática da solidariedade humana.
As escolas nas comunidades mais pobres deveriam ter dois turnos, para darem conta da educação integral das crianças e dos
adolescentes; deveriam dispor de equipes multiprofissionais atualizadas e capacitadas a avaliar periodicamente os alunos. Urgente é
incorporar os ministérios do Esporte e da Cultura às iniciativas da educação, com atividades em larga escala e simples, baratas, facilmente
replicáveis e adaptáveis em todo o território nacional. (...)”
“(...) Com relação à idade mínima para a maioridade penal, deve permanecer em 18 anos, prevista pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente e conforme orientações da ONU. Mas o tempo máximo de três anos de reclusão em regime fechado, quando a criança ou o
adolescente comete crime hediondo, mesmo em locais apropriados e com tratamento multiprofissional, que urgentemente precisam ser
disponibilizados, deve ser revisto. Três anos, em muitos casos, podem ser absolutamente insuficientes para tratar e preparar os
adolescentes com graves distúrbios para a convivência cidadã. (...)”
Zilda Arns Neumann, 69, médica pediatra e sanitarista; foi fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança. (Folha de S Paulo, 26/11/2003.)
16. Tomando como base o mesmo fragmento a seguir, é correto afirmar que:
“Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias,
mesmo que estejam incompletas...” (3º parágrafo).
a) o verbo tratar em: “trata-se” poderia estar no plural, indiferentemente, uma vez que é um caso de concordância especial.
b) o verbo tratar deveria estar no plural por apresentar um sujeito explícito.
c) A 3ª pessoa do singular do verbo referente é que está correto, porque concorda com o sujeito: “uma ação intersetorial”.
d) A 3ª pessoa do singular é que está correto, uma vez que o “se” que o acompanha é classificado como pronome apassivador.
e) O verbo “tratar” não deve ir para o plural, porque o “se” indica a indeterminação do sujeito.
17. As normas da concordância verbo-nominal constituem um padrão privilegiado para o que se considera ‘o português culto’. De acordo
com tais normas:
I. o sujeito – simples ou composto, singular ou plural – quando vem posposto, deixa o verbo no singular, como em: “Falta políticas de
proteção do idioma contra a entrada injustificada de palavras estrangeiras.”
II. se o núcleo do sujeito é um pronome indefinido singular, seguido de um complemento no plural, o verbo fica no plural, como em: “Nenhum
dos empréstimos oportunos acabaram por ser traduzidos ou aportuguesados”.
III. o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, mas em alguns contextos admite a concordância no plural, como em: “Ao longo dos
séculos, houveram intercâmbios comerciais, contatos entre povos, viagens, grandes ondas migratórias, disseminação de fatos
culturais”.
IV. em alguns casos, o verbo ser pode concordar com o predicativo e não com o sujeito, como em: “O empréstimo de palavras estrangeiras
são fenômenos legítimos da dinâmica das línguas”.
V. a concordância do verbo é, fundamentalmente, com o núcleo do sujeito, como em: “Até hoje, a experiência das crianças mostra como
é fácil fazer gestos virarem desenhos quando elas aprendem a escrever”.
As observações são aceitáveis, do ponto de vista da correção gramatical, apenas nas afirmativas
a) I, II e III.
b) II, III e V.
c) I, II e IV.
d) III e IV.
e) IV e V.
Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já estão
trabalhando para que esse dia chegue logo.
A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada
no bolso.
Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou
qualquer informação antes impressa. Tudo ali.
Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidades são de duas semanas atrás. Cientistas
holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc.
A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de 6silício, mas
de plástico – que é maleável e barato.
Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de
qualidade 1'meia-boca'.
2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos
18. A forma adjetiva “... atualizadas...” (ref. 8) está concordando com os substantivos “fatos e notícias”. Não se observou a concordância
nominal em
a) As mulheres disseram muito obrigadas.
b) Não somos nenhuns coitados.
c) Bastantes pessoas vão usar o papel do futuro.
d) As novidades da informática custam caro.
e) É proibido a entrada de pessoas estranhas.
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20. Diante do número de óbitos provocados pela gripe H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde fez um
pronunciamento público na TV e no rádio. Seu objetivo era esclarecer a população e as autoridades locais sobre a necessidade do
adiamento do retorno às aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomeração de pessoas e a propagação do vírus.
Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela correção gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu pronunciamento, o
seguinte trecho:
a) Diante da gravidade da situação e do risco de que nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se
possa conter o avanço da epidemia.
b) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que
se possam conter o avanço da epidemia.
c) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que
se possa conter o avanço da epidemia.
d) Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que
se possa conter o avanço da epidemia.
e) Diante da gravidade da situação e do risco com que nos expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para
que se possa conter o avanço da epidemia.
Máster - lista 7
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
O OPERÁRIO NO MAR
Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na sua
blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais
escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão
firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os
fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos
Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre
água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu
irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e
vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar-
lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas n ão há
nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e deixou-
o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não
muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu
rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias
atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa
as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o
rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo.
1. Dentre estas propostas de substituição para diferentes trechos do texto, a única que NÃO está correta do ponto de vista da norma-
padrão é:
a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, (...)?
b) “O operário não lhe sobra tempo de perceber” = Ao operário não lhe sobra tempo de perceber.
c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão.
d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” = Tenho vergonha e vontade de o encarar.
e) “quem sabe se um dia o compreenderei” = quem sabe um dia compreenderei-o.
As redes sociais ampliaram não só os grupos de amigos, mas também o número de pessoas com as quais __________ ter um
relacionamento amoroso. Mas o problema é que as redes sociais aumentaram a quantidade e não a qualidade dos candidatos. O novo
desafio amoroso é exatamente este: filtrar as pessoas que interessam. Daí __________ serviços, como o eHarmony.com e Match.com,
que ajudam a selecionar parceiros(as) dentro e fora da sua rede com a ajuda de algoritmos que analisam a compatibilidade entre duas
pessoas. Outros aplicativos, como o Pair, __________ grande importância à privacidade num mundo onde as interações são cada vez
mais públicas. E se der tudo errado, __________ vários sites de divórcio. Se você quiser manter o lado tradicional da separação, mas sem
a lentidão da Justiça, hospede-se no DivorceHotel.com.
LARIU, Alessandra. “Um algoritmo vale mais que o charme?” INFO, jul. 2012, p. 30. (adaptado)
Assinale a alternativa que preenche, adequadamente, as lacunas do texto, segundo os princípios da norma-padrão da língua portuguesa.
a) usa – se pode – entram – dão – existem
b) utiliza – é possível – surgem – tem dado – há
c) usam – pode-se – entram – dão – existem
d) utiliza – é possível – surge – estão dando – há
e) utilizam – se pode – entra – dão – existe
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Clave de sol
16Nos últimos meses, 15tenho recebido visitas rigorosamente insólitas. Ocorrem, sempre, entre uma e duas horas da manhã e, também
sempre, quando ao som de 9Bach, Scarlatti ou Chopin, Brahms, Beethoven ou Falla, 10mantenho a sala na penumbra e 1vagueio entre a
2vigília e o sono. Há, então, uma atmosfera densamente favorável à presença de personagens raríssimos, 13desusados, 3vivos ou 4mortos,
e até mesmo 8daqueles que muitos julgam simplesmente 5imaginários. Tento dizer 11que a sala ganha forma e cores 6mágicas, onde tudo
é possível, 12eis que se transforma em um palco surrealista, no qual se mesclam realidade e 7fantasia.
Dia 2 de janeiro, duas horas da manhã, a última pessoa de quem poderia eu esperar a visita, sobretudo por 14impropriedade de
calendário, foi precisamente a que chegou. A campainha soou duas vezes. Abri a porta.
HAMMS, Jair Francisco. O detetive de Florianópolis. Fpolis: Ed. da UFSC, 2013, p. 97.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao conto “Clave de sol”, Jair Francisco Hamms, e ao texto.
a) Em relação à concordância nominal em “que a sala ganha forma e cores mágicas” (ref. 11) se o adjetivo mágicas estiver anteposto ao
substantivo forma e no singular, ainda assim está de acordo com os padrões exigidos pela gramática.
b) Nas orações “eis que se transforma em um palco surrealista” (ref. 12) e “no qual se mesclam realidade e fantasia” (linha 8) em ambos
os exemplos, em relação à colocação pronominal, o pronome oblíquo se está proclítico.
c) As palavras “desusados” (ref. 13) e “impropriedade” (ref. 14) quanto à formação de palavras sofreram um processo por derivação de
afixos, ou seja, derivação prefixal e sufixal.
d) A leitura da oração “tenho recebido visitas rigorosamente insólitas” (ref. 15), em relação ao conto, leva o leitor a inferir que as visitas às
quais o narrador se refere são visitas reais, que o visitam todos os finais de ano.
e) Em “Nos últimos meses, tenho recebido visitas rigorosamente insólitas (ref. 16), a oração encontra-se na voz passiva analítica.
4. O trecho do texto reescrito sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical encontra-se em:
a) – Ouça, caso vêm o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. (6.º parágrafo)
b) E sentou-se na janela enquanto esperava. (13.º parágrafo)
c) – Ah! meu primo Basílio? Mande-lhe entrar. (4.º parágrafo)
d) [...] engelhou-se tal como uma vela para a qual faltasse o vento. (7.º parágrafo)
e) Os olhos luziam para Juliana. (15.º parágrafo)
estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo
tempo. 34Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?
41Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. 4Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente, à
velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito em tempo real, 6às
informações de 29alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito 9várias vezes do trajeto 20que
deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.
35Quando me vejo em tal situação, 19eu me lembro que 14dirigir, 45após um dia de intenso trabalho no retorno para casa, já foi uma
de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador 44para buscar textos
sobre um tema 38e, de repente, 24me dei conta de que estava em 39temas 15que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.
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Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. 16Sofremos de uma tentação permanente
de 43pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que 22alguns textos exigem a leitura atenta de
palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. 5Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e
beleza a um texto?
3Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. 2Elas já nasceram neste mundo de
8profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas ao mesmo tempo; elas
única coisa por muito tempo. 36E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de que sejam
portadoras de síndromes que exigem tratamento etc.
42A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus aparelhos
eletrônicos, 10brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos, 21passam horas em uma única
atividade de que gostam.
17Mas, nos estudos, queremos que elas prestem 26atenção no que é preciso, e não no que gostam. 28E isso, caro leitor, exige a
não delas.
12Não basta mandarmos que elas prestem atenção: 33isso de nada as ajuda. 13O que pode ajudar, por exemplo, é 40analisarmos
o contexto em que estão 7quando precisam focar a atenção 25e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. 11E é preciso lembrar
que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: 30o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.
SAYÃO, Rosely. “Profusão de estímulos”. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 – adaptado.
5. Em qual opção ocorre um desvio da norma padrão da língua na colocação do pronome destacado?
a) “Quando me vejo em tal situação, [...].” (ref. 35)
b) “Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, [...].” (ref. 34)
c) “[...] e, de repente, me dei conta de que estava [...].” (ref. 38)
d) “[...] temas que em nada se relacionavam [...].” (ref. 39)
e) “[...] analisarmos o contexto [...] e organizá-lo [...].” (ref. 40)
6. — Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o velho militar não tirava os
olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria esperar um instante no jardim...
MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento).
O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um diálogo entre dois
personagens. A fala transcrita revela um falante que utiliza uma linguagem
a) informal, com estruturas e léxico coloquiais.
b) regional, com termos característicos de uma região.
c) técnica, com termos de áreas específicas.
d) culta, com domínio da norma padrão.
e) lírica, com expressões e termos empregados em sentido figurado.
Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse bem. 2Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a
ser chamado para ajudar, a ser necessário. 8Um dia vi-me ensinando aos novatos 12e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato
e de direito, um profissional! 32O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira.
Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, preocupações e de seus sonhos. Sem dar
conta, meu mundo acabava no costado do navio.
9A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, 14é uma das coisas mais belas, que só há entre nós, em mais nenhum outro
lugar. 24Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio.
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate, adestramento de guerra,
dia e noite. 30O interessante é que em toda nossa vida, 15quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e
dos navios. 16Até 13as durezas por que passamos são saborosas 1ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante.
É aquela história dos pequenos sucessos.
A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a namorada, a noiva, a
esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o abraço apertado, o beijo quente... e o filho que, na
ausência, foi ensinado a dizer papai.
31No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o tempo, eram poucos, até
que deixei de levar a máquina. 10Engraçado, 22vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra com máquina
fotográfica? Foi assim comigo.
34Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a vida no mar, as viagens,
os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei como é.
Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo, que leio, que vejo, me dá
um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. 4Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! 35Sofisticado,
limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto. 33Do que me mostraram eu não sabia
muito. Basta dizer que o último navio em que servi já deu baixa. 17Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei
a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez.
Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do desmerecimento da
instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento de cada um.
27Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista.
Muitas vezes 25a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. 18Que bom se pudesse voltar ao começo, vestir
aquele uniforme novinho — até um pouco grande, ainda recordo — Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida mãe...
3Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com meus amigos, minha
mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi:
– Sou marinheiro, estou embarcando.
Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. 6-8)
Glossário
- Portaló: abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas transitam para fora ou para dentro, e
por onde se pode movimentar carga leve.
1 Resmungou ainda muito tempo. Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho
romance de d'Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à
meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei
aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da
moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais
nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o.
2 Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o para
chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao
quarto. Não posso mesmo dizer tudo o que passei, durante esse tempo. Era um atordoamento, um delírio vago e estúpido. Parecia-me
que as paredes tinham vultos; escutava umas vozes surdas. Os gritos da vítima, antes da luta e durante a luta, continuavam a repercutir
dentro de mim, e o ar, para onde quer que me voltasse, aparecia recortado de convulsões. Não creia que esteja fazendo imagens nem
estilo; digo-lhe que eu ouvia distintamente umas vozes que me bradavam: assassino! assassino!
(...)
3 Antes do alvorecer curei a contusão da face. Só então ousei voltar ao quarto. Recuei duas vezes, mas era preciso e entrei; ainda
assim, não cheguei logo à cama. Tremiam-me as pernas, o coração batia-me; cheguei a pensar na fuga; mas era confessar o crime, e, ao
contrário, urgia fazer desaparecer os vestígios dele. Fui até a cama; vi o cadáver, com os olhos arregalados e a boca aberta, como deixando
passar a eterna palavra dos séculos: "Caim, que fizeste de teu irmão?" Vi no pescoço o sinal das minhas unhas; abotoei alto a camisa e
cheguei ao queixo a ponta do lençol. Em seguida, chamei um escravo, disse-lhe que o coronel amanhecera morto; mandei recado ao
vigário e ao médico.
4 A primeira ideia foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente, e, na verdade, recebera carta dele, alguns dias antes,
dizendo-me que se sentia mal. Mas adverti que a retirada imediata poderia fazer despertar suspeitas, e fiquei. Eu mesmo amortalhei o
cadáver, com o auxílio de um preto velho e míope. Não saí da sala mortuária; tinha medo de que descobrissem alguma coisa. Queria ver
no rosto dos outros se desconfiavam; mas não ousava fitar ninguém.
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8. Leia as afirmações a seguir e identifique a(s) CORRETA(S), de acordo com o texto.
I - Em "Tremiam-me as pernas", ocorre ênclise porque, segundo a norma culta, não se iniciam frases com pronome oblíquo átono.
II - No trecho "... urgia fazer desaparecer os vestígios dele.", o pronome destacado refere-se ao cadáver.
III - Em "Queria ver no rosto dos outros se desconfiavam", o "se" é um pronome reflexivo.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) I e II.
e) I e III.
equidade e a paz entre elas. A existência das leis pressupõe, portanto, um conflito entre o comportamento do indivíduo e as normas sociais.
Se elas são fruto do consenso, como em tese o são, isso não significa que todos a elas obedecem todo o tempo. A lei é, por definição,
coercitiva e punitiva. Ela nos obriga a fazer, por sua força, o que não fazemos por vontade própria.
12Mas nem por isso é ela contrária à natureza humana, o que seria um despropósito: 6o conflito entre a lei e a conduta ocorre,
quando ocorre, porque ela expressa um comportamento correto "ideal", mas que corresponde ao que é comum às pessoas. 14Melhor
dizendo, "ideal" não é o comportamento que a lei determina, mas sua constância, a sua inalterabilidade.
Por isso mesmo, para que seja aplicável e eficaz, 5a lei deve ajustar-se à natureza humana e às condições objetivas da vida
social. Não adianta criar uma lei que proíba as pessoas de morrer, como fez outro dia um prefeito, usando de ironia, nem que as proíba de
engordar ou de se gripar. Não obstante, há legisladores que quase chegam a esse exagero.
10A existência de leis pressupõe ter o legislador o direito de limitar a liberdade dos cidadãos, de proibi-los ou obrigá-los a agir
desta ou daquela maneira. 3Em momentos críticos, esse direito pode ser usado para favorecer o poder do Estado em detrimento das
liberdades individuais.
1Foi o que ocorreu no Brasil, em 1964, quando os militares depuseram o presidente eleito pelo povo e impuseram ao país normas
que lhes permitiram perpetuar-se no poder por mais de 20 anos. Há, portanto, leis justas e injustas, leis legítimas e ilegítimas, o que deixa
evidente que o aperfeiçoamento das leis é uma tarefa permanente da cidadania.
11E há também leis bem intencionadas, que nem por isso são boas e muitas vezes até provocam efeitos contrários à intenção do
legislador. São leis quase sempre motivadas pela presunção de que basta mudar as normas para mudar a realidade. Exemplo desse
equívoco é a lei que determina a reserva de vagas, na universidade, para pessoas que se declarem negras, pardas ou índias.
8À primeira vista, nada mais justo do que dar àquelas pessoas a oportunidade de fazer um curso superior, 15mas, quando paramos
para examinar a questão, vemos que não se trata de uma medida tão justa quanto parece. 9Ao tentar corrigir a injustiça social que,
historicamente, marcou negros, índios e seus descendentes, no Brasil, criar-se-á um tipo de universitário de segunda classe, que não terá
chegado ali por seus méritos; além disso, ao privilegiar etnias, a lei discrimina outros jovens brasileiros pobres por serem brancos.
4Tudo isso porque se tenta, usando de um artifício legal, ignorar o verdadeiro problema e sua verdadeira solução, já que a
dificuldade para os estudantes pobres - tenham a cor que tenham - chegarem à universidade decorre da baixa qualidade dos ensinos
fundamental e médio que lhes são oferecidos. A solução do problema, portanto, está na melhoria do ensino que prepara o jovem para a
universidade, e não numa lei feita para atalhar o caminho.
Esse é um aspecto do problema, mas há outros, e um deles é o seguinte: será mesmo uma injustiça se nem todos os jovens do
Brasil cursarem a universidade? Será mesmo que só seremos um país justo se, no futuro, nos tornarmos uma nação de 200 milhões de
doutores?
Claro que não; o que também não quer dizer que 7a pobreza e a qualidade do ensino pré-universitário devam continuar a impedir
que cheguem à universidade jovens brasileiros pobres, detentores das qualidades que a formação universitária requer. 13Não se trata,
apenas, neste caso, de fazer justiça, mas também de elevar o nível cultural do país e contribuir, desse modo, para o crescimento econômico
e a redução das desigualdades.
Outro exemplo este, gaiato, da mania de usar a lei para a "cura" da realidade está sendo votada no Congresso e pretende impedir
os pais de darem palmadas nos filhos. Sancionada essa lei, a palmada passará a ser crime, no Brasil. Com isso, o legislador pretende
proteger os filhos contra os pais que, como se sabe, são todos sádicos. Pois, de minha parte, confesso que, em determinados momentos,
não só as crianças, mas alguns deputados fazem por merecer umas boas palmadas.
As leis podem, sim, contribuir para melhorar a sociedade, mas quando vão às causas reais dos problemas, e não quando procuram
mascará-los.
Ferreira Gullar, Folha de S. Paulo, 16 de julho de 2006.
9. Marque a ÚNICA alternativa em que a expressão em destaque pode ser substituída por LHE(S).
a) "[...] a lei deve ajustar-se À NATUREZA HUMANA e às condições objetivas da vida social." (ref. 5)
b) "[...] o conflito entre a lei e a conduta ocorre, quando ocorre, porque ela expressa um comportamento correto 'ideal', mas que
corresponde AO QUE É COMUM ÀS PESSOAS." (ref. 6)
c) "[...] a pobreza e a qualidade do ensino pré-universitário devam continuar a impedir que cheguem à universidade JOVENS
BRASILEIROS POBRES [...]". (ref. 7)
d) " À primeira vista, nada mais justo do que dar ÀQUELAS PESSOAS a oportunidade de fazer um curso superior [...]". (ref. 8)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Enquanto um misto de tragédia e pantomima se desenrola aos nossos olhos atônitos, escrevo esta coluna meio ressabiada: como
estará o Brasil quando ela for publicada, isto é, em dois dias? Estamos no meio de um vendaval desconcertante: numa mistura entre
público e privado como nunca se viu, correntes inimagináveis de dinheiro sem origem ou destino declarados jorram sobre nós levando
embora confiança, ética e ilusões.
O drama é que não somos arrastados por "forças ocultas" ou ventos inesperados. Devíamos ter sabido. Muitos sabiam e vários
participaram - embora apontem o dedo uns para os outros feito meninos de colégio: "Foi ele, foi ele, eu não fiz nada, eu nem sabia de
nada, ele fez muito pior". Espetáculo deprimente, que desaloja de seu acomodamento até os mais crédulos.
Se mais bem informados, poderíamos ter optado diferentemente em várias eleições - mas nos entregamos a miragens sedutoras
e ideias sem fundamento. Agimos como cidadãos assim como fazemos na vida: omissos por covardia ou fragilidade, por fugir da realidade
que assume tantos disfarces. Deixamos de pegar nas mãos as rédeas da nossa condição de indivíduos ou de brasileiros, e isso pode não
ter volta. Fica ali feito um fantasma pérfido: anos depois, salta da fresta, mostra a língua, faz careta, ri da nossa impotência. Não dá para
voltar, nem sempre há como corrigir o que se fez de errado, ou que deixou de ser feito e causou graves mazelas.
(Lya Luft, É hora de agir. VEJA, 27 de julho de 2005.)
10. Assinale a alternativa em que o trecho do texto, reescrito, apresenta-se de acordo com os princípios de concordância e colocação
pronominal da norma culta.
a) O drama é que "forças ocultas" ou ventos inesperados não o arrasta.
b) Sobre nós jorra dinheiro sem origem ou destino, em correntes que não se imaginam.
c) Escrevo essa coluna mais ressabiada, enquanto nossos olhos atônitos vê se desenrolar um misto de tragédia e pantomima.
d) Se desaloja até os mais crédulos de seu acomodamento, graças a esse espetáculo deprimente.
e) Poderia-se ter optado diferentemente, em várias eleições, se a população toda estivesse mais bem informado.
Comparados os países com veículos, veremos que os Estados Unidos são uma locomotiva elétrica; a Argentina um automóvel; o México
uma carroça; e o Brasil um carro de boi.
O primeiro destes países voa; o segundo corre a 50 km por hora; o terceiro apesar das revoluções tira 10 léguas por dia; nós...
Nós vivemos atolados seis meses do ano, enquanto dura a estação das águas, e nos outros 6 meses caminhamos à razão de 2 léguas
por dia. A colossal produção agrícola e industrial dos americanos voa para os mercados com a velocidade média de 100 km por hora. Os
trigos e carnes argentinas afluem para os portos em autos e locomotivas que uns 50 km por hora, na certa, desenvolvem.
As fibras do México saem por carroças e se um general revolucionário não as pilha em caminho, chegam a salvo com relativa presteza. O
nosso café, porém, o nosso milho, o nosso feijão e a farinha entram no carro de boi, o carreiro despede-se da família, o fazendeiro coça a
cabeça e, até um dia! Ninguém sabe se chegará, ou como chegará. Às vezes pensa o patrão que o veículo já está de volta, quando vê
chegar o carreiro.
- Então? Foi bem de viagem?
O carreiro dá uma risadinha.
- Não vê que o carro atolou ali no Iriguaçu e...
- E o quê?
- ... e está atolado! Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar ele.
E lá seguem bois, homens, o diabo para desatolar o carro. Enquanto isso, chove, a farinha embolora, a rapadura derrete, o feijão caruncha,
o milho grela; só o café resiste e ainda aumenta o peso.
(LOBATO, M. Obras Completas, 14ª ed., São Paulo, Brasiliense, 1972, v. 8, p.74)
11. No diálogo com o patrão, em certo momento o carreiro diz: " ... e está atolado. Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar ele".
Empregando a língua informalmente, ele usa o pronome pessoal do caso reto na posição de complemento do verbo. Se a construção
fosse reelaborada em nível formal, teríamos:
a) Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar-lhe.
b) Vim buscar mais dez juntas de boi para tirá-lo.
c) Vim buscar mais dez juntas de bois para lhe tirar.
d) Vim buscar mais dez juntas de bois para o tirarmos.
e) Vim buscar mais dez juntas de bois para tirarmo-lo.
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12. Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre alguns pronomes do texto e os segmentos a que se referem.
I. O pronome "seu" (ref. 10) remete à expressão "o outro grande poeta chileno" (ref. 11).
II. Através do pronome "o" (ref. 12), está sendo retomada a palavra "Neruda" (ref. 13).
III. O pronome "sua" (ref. 14) remete à expressão "vasta obra" (ref. 15).
13. Considere as seguintes sugestões de reescrita, destinadas a evitar a repetição de "os crânios" na frase LEVARAM OS
PESQUISADORES A CLASSIFICAR OS CRÂNIOS (ref. 6).
Um pesquisador do Paraná passou os últimos dez 13anos, 5a expensas 14próprias, reconstituindo as constelações conhecidas pelos povos
indígenas do Brasil. O 4esforço 1começa a dar resultado 15agora, depois de sua aposentadoria.
Germano 16Affonso, professor titular de física da UFPR e doutor pela Universidade de Paris 176, descobriu que as principais constelações
dos tupinambás, que habitavam a costa brasileira no século 16 e foram os primeiros a ter contato com os europeus, são 2comuns a diversas
outras etnias do Brasil. São elas: Ema, Anta, Homem Velho e Veado.
As constelações indígenas, segundo ele, têm funções práticas 3semelhantes ás das constelações ocidentais: marcar a passagem do tempo
e as estações do ano e servir como pontos de orientação. No entanto são 18maiores, mais facilmente reconhecíveis e formadas não só a
partir de estrelas, 12como de manchas existentes na Via-Láctea (Caminho de Anta ou Caminho dos Espíritos, para os tupinambás). Ele
conseguiu 19inventariar mais de cem constelações, ao passo que existem hoje 88 constelações indígenas distintas registradas oficialmente.
O resultado da pesquisa será apresentado hoje, em Recife. Affonso falará na conferência "Contribuições Nativas para o Conhecimento",
ás 15h.
Segundo 9o físico da UFPR, a ideia de 20remontar 11o mapa do céu dos índios começou com 7um relato do capuchinho francês Claude
d'Abbeville, do século 17, 6que veio 8lhe cair nas mãos. 10Nele, o europeu citava constelações conhecidas pelos tupinambás do Maranhão.
A Affonso chamou atenção o fato de os nomes dessas constelações serem muitas vezes os mesmos que grupos indígenas do Paraná
usavam para descrever o céu.
Adaptado de: Folha de S. Paulo, 16 jul. 2003. Folha Ciência, p. A 14.
14. Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre algumas palavras do texto e os segmentos a que se referem.
5. Você sabe daqui _____ quanto tempo o ônibus vai partir? (a)
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M
A
T
E
M
Á
T
I
C
A
1º Lista de Exercícios
1) (QOAM – 2018) Um programa de computador, a partir de escolhas do usuário, exibe poliedros convexos. Escolhendo-se 30 pentágonos
regulares, 7 triângulos equiláteros e 15 quadrados, todos de mesma medida de lado, e comandando que o programa exiba a maior
quantidade possível de poliedros regulares a partir das escolhas feitas, é correto afirmar que o programa exibirá um total de poliedros igual
a:
a) 9
b) 8
c) 7
d) 6
e) 5
Esse mapa do Brasil está dividido em suas cinco regiões terrestres: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O objetivo é colorir
esse mapa de modo que as regiões de mesma fronteira tenham cores diferentes. Quantas cores são necessárias, no mínimo, para cumprir
esse objetivo?
a) 6
b) 5
c) 4
d) 3
e) 2
3) (QOAM – 2018) Seja “a” um número real não nulo tal que sec x – tg x = a. É correto afirmar que sen x, em função de “a”, vale:
4) (QOAM – 2018) Consideradas satisfeitas as condições de existência das frações e simplificando as expressões
5) (QOAM – 2018) Considere no plano cartesiano os pontos A (1, 2) e B (3, 4). Dentre os pontos que equidistam de A e B, um deles é o
ponto C de abscissa 5. É correto afirmar que a ordenada de C é igual a:
a) 8
b) 6
c) 4
d) 2
e) 0
6) (QOAM – 2018) Considere que xª e yª são a x-ésima linha e a y-ésima coluna dessa tabela, respectivamente.
A tabela indica uma distribuição matemática dos números naturais. O número 2018 está localizado na xª linha e na yª coluna. Sendo assim,
é correto afirmar que o produto xy é igual a:
a) 1015
b) 1515
c) 2054
d) 3024
e) 3514
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8) (QOAM – 2017) Ao simplificar a expressão , encontra-se:
a)
b)
c)
d)
e)
.
a) 1
b) 3/2
c) 2
d) 4/3
e) 6/5
10) (QOAM – 2017) Considere o conjunto dos números naturais Considere, ainda, que
1–e 2–d 3 – (questão anulada – sem opção de resposta) 4–a 5–e 6–b 7–b 8–e 9–b 10 – a.
2º Lista de Exercícios
1) (QOAM – 2017) Observe a sequência construída sobre a sigla MB da Marinha do Brasil a seguir.
Continuando com esse padrão, pode-se afirmar que o número 2017 estará apenas na seguinte posição:
2) (QOAM – 2017) Uma sala de um teatro foi construída com 30 fileiras. A primeira fileira tem 25 cadeiras; a segunda, 27 cadeiras; a
terceira, 29 cadeiras e assim por diante, até a 30ª fileira. Uma peça será encenada nessa sala para arrecadar fundos para uma entidade
filantrópica. Nesta apresentação, cada cadeira será vendida por R$ 10,00, sem exceção. Qual será o valor máximo possível de ser
arrecadado nessa apresentação?
a) R$ 16.200,00
b) R$ 12.450,00
c) R$ 9.600,00
d) R$ 6.080,00
e) R$ 2.400,00
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4) (QOAM – 2017) Analise a figura a seguir.
A figura acima representa um cubo de aresta 1 m. O ponto I é médio do segmento HB. Sendo assim, é correto afirmar que o valor do seno
do ângulo AIB é:
5) (QOAM – 2017) São dados o ângulo , em radianos, e o número inteiro , de modo que a expressão
assume o maior valor possível. Sendo assim, é correto afirmar que o valor de E será:
Considere que no triângulo ABC acima, as medidas dos três lados são iguais, D é ponto médio de BC, DE é perpendicular a AC, EF é
perpendicular a AB, e BF mede 6 unidades de comprimento. Sendo assim, é correto afirmar que o perímetro do triângulo ABC, nas mesmas
unidades de comprimento, mede:
7) (QOAM – 2017) Uma senhora teve que trocar sua senha a pedido do programa de segurança do seu banco. Ao tentar usar a nova
senha, constata que não se recorda da ordem exata dos algarismos que a compõem. Ela sabe que a nova senha é composta por seis
algarismos e que a centena 355 e a dezena 17 ocupam alguma posição na senha. Lembra também que, além desses cinco algarismos, a
senha tem um outro que é par. Ela dispõe de três tentativas diárias para digitar a senha no caixa eletrônico, sendo que, se errar a terceira,
bloqueia o cartão. A senhora lista as senhas possíveis e, diariamente, fará todas as tentativas que puder, sem bloquear o cartão, até
descobrir a senha. Em quantos dias, no máximo, ela descobrirá a senha?
a) 10
b) 15
c) 21
d) 27
e) 30
8) (QOAM – 2017) Uma secretária ficou encarregada de buscar na internet alguns detalhes sobre uma empresa, mas não anotou o nome
dessa empresa, por isso terá um pouco mais de trabalho para realizar a tarefa. Sendo assim, essa secretária elaborou a seguinte lista com
aquilo que lembrava sobre o nome da empresa:
9) (QOAM – 2017) Um poliedro convexo possui apenas faces hexagonais e pentagonais, 60 arestas e 40 vértices. Quantas faces
pentagonais possui esse poliedro?
a) 16
b) 15
c) 14
d) 13
e) 12
10) (QOAM – 2017) Destacando-se os centros de cada face de um cubo e ligando-os por segmentos de retas, exceto os centros de faces
opostas, constrói-se um poliedro regular. A expressão F + A indica a soma do total de faces F e das arestas A do poliedro formado segundo
as características apresentadas. Sendo assim, é correto afirmar que F + A é igual a:
a) 10
b) 12
c) 18
d) 20
e) 42
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3º Lista de Exercícios
1) (QOAM – 2017) Assinale a opção que apresenta a equação da reta r, que passa pelo ponto P(2 , -3) e é perpendicular à reta s, cuja
equação é 3x – 4y + 7 = 0.
a) x + 7y + 19 = 0
b) 4x + 3y + 1 = 0
c) 2x – y – 7 = 0
d) 3x + y – 3 = 0
e) 4x + y – 5 = 0
2) (QOAM – 2017) Considere a reta no plano cartesiano determinada pelos pontos A(3 , 2) e B(5 , 1). Sendo assim, é correto afirmar que
seu coeficiente angular é igual a:
4
A8 A8 A8 A8 B
3) (QOAM – 2014) Sabendo-se que k e 2 o valor de
4
k é:
B3 .B 5 .B 4 .B7 .B 1 A
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
5) (QOAM – 2016) Um articulista escreveu, em um certo dia, as 20 primeiras linhas de um artigo. A partir desse dia, ele escreveu, em cada
dia, tantas linhas quanto havia escrito no dia anterior, mais 5 linhas. O artigo tem 17 páginas, cada uma com exatamente 25 linhas. Sendo
assim, ao terminar de escrever o artigo, ele trabalhou:
a) mais de 5 dias e menos de 8 dias.
b) mais de 8 dias e menos de 11 dias.
c) mais de 11 dias e menos de 14 dias.
d) mais de 14 dias e menos de 18 dias.
e) mais de 18 dias e menos de 21 dias.
6) (QOAM – 2016) Um motorista avista um obstáculo e freia seu carro. Após a frenagem, o carro percorre ‘x’ metros no 1º segundo, ‘x’/2
m no segundo seguinte, ‘x’/4 m no 3º, e assim sucessivamente, até o 8º segundo, após o qual ele para. Se o obstáculo estava a 135 m do
carro e x = 64, a que distância do obstáculo o carro parou?
a) 16 m
b) 15 m
c) 14 m
d) 7,5 m
e) 5 m
7) (QOAM – 2016) Observe as etapas a seguir.
A etapa 1 exibe o quadrado ABCD de lado 4 e o arco de circunferência AC, com centro em D. Na etapa 2, constrói-se o quadrado CEFG,
com lado CE = 2 cm, sobre CD e arco de circunferência CF, com centro em E. Para a etapa 3, acrescenta-se, à etapa 2, o quadrado FHIJ,
com lado FJ = 1 cm sobre EF e arco FI com centro em J. Continuando a construção de novas etapas, infinitamente, e mantendo-se o
mesmo padrão das etapas 1, 2 e 3, os arcos desenham uma falsa espiral. Qual o comprimento, em cm, dessa falsa espiral?
a) π
b) 2 π
c) 3 π
d) 4 π
e) 5 π
9) (QOAM – 2016) A tripulação completa de um avião para um voo internacional é composta por 13 pessoas: 2 pilotos, 2 engenheiros, 2
mecânicos, 4 aeromoças e 3 comissários de bordo. O responsável pela empresa escalará uma equipe para um desses voos e tem a s ua
disposição 4 pilotos, 5 engenheiros, 2 mecânicos, 6 aeromoças e 5 comissários de bordo. Essa empresa poderá escalar a equipe de forma
completa de quantos modos?
a) 9000
b) 8400
c) 7200
d) 6400
e) 5600
10) (QOAM – 2016) Considere o paralelepípedo reto retângulo de bases ABCD e EFGH, sendo AB = 6 cm e AD = AE = 4 cm. Considere
também um cubo em que qualquer uma de suas faces tem 9 cm² de área. A diferença entre os volumes desses sólidos é:
a) 37
b) 42
c) 49
d) 54
e) 69
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4º Lista de Exercícios
1) (QOAM – 2016) Observe a figura abaixo.
Na figura acima, estão representados três quadrados L1, L2 e L3 no plano cartesiano. O quadrado L1 tem vértices A(0 , 0); B(0 , 6); C(6 ,
6) e D(6 , 0). O quadrado L2 tem vértices D(6 , 0); E(6 , 4); F(10 , 4) e G(10 , 0). O quadrado L3 (vértices GHIJ) tem o vértice H sobre o
lado FG do L2, o vértice I em condição de alinhamento com os pontos C e F, e o vértice J pertencente ao eixo horizontal. O lado do
quadrado L3, em unidades de comprimento, mede:
a) 14/5
b) 12/5
c) 15/4
d) 7/3
e) 8/3
a2 1 a2 1 a2 1 a2 1
2) (QOAM – 2013) Qual é o valor numérico da expressão E quando a 25 ?
a 1 a 1
2 2
a 1 a 1
2 2
a) 1
b) 2
c) 210
d) 211
e) 213
3) (QOAM – 2014) Sejam A e B conjuntos não vazios tais que n(A – B) = 3 e n(A) = k, logo o total de subconjuntos não vazios de A B
é igual a:
a) 2 k 3
b) 2 k 3 1
c) 2 k 1
d) 2k 1 1
e) 2k 1
x 4 2x 1 3
4) (QOAM – 2015) Sabendo que , e x , nesta ordem, determinam uma progressão aritmética, determine x2 e assinale
2 3
a opção correta.
a) 10
b) 8
c) 6
d) 4
e) 2
5) (QOAM – 2014) Sejam " " " x " números reais, tais que 2 , x, 2 2
e é uma progressão aritmética nesta ordem e , x,9 é
uma progressão geométrica nesta ordem. A soma dos possíveis valores de é igual a:
a) 8
b) 6
c) 4
d) 2
e) 0
6) (QOAM – 2015) Em uma progressão geométrica de razão q (q > 0), tem-se que o quarto termo é igual a 3, e o vigésimo termo é igual a
12. Sendo assim, o valor de q 8 é:
a) 2
b) 4
c) 8
d) 16
e) 32
10 3
7) (QOAM – 2015) Seja x , , tal que 2cos x cot gx 0 . A quantidade de valores de x que verifica a sentença é igual a:
9 2
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
8) (QOAM – 2015) Em uma montanha russa os passageiros embarcam em um veículo com 5 carrinhos interligados. Esses carrinhos
possuem 4 lugares cada. Um grupo de oito amigos quer ocupar exclusivamente os dois primeiros carrinhos, porém João, Pedro e Sérgio
exigem embarcar no carrinho da frente, enquanto Soraia e Marta exigem embarcar no segundo carrinho. De quantas maneiras diferentes
pode-se embarcar essas oito pessoas nos dois primeiros carrinhos, atendendo ao pedido de todos?
a) 720
b) 1728
c) 3600
d) 5040
e) 10368
9) (QOAM – 2015) A melancia pode ser considerada uma fruta altamente hidratante por ter em sua composição, aproximadamente, 93%
de água em relação ao seu volume total. Supondo que uma determinada melancia seja uma esfera perfeita com diâmetro igual a 20 cm, é
correto afirmar que um pedaço equivalente à quarta parte dessa fruta contém, em litros, um volume de água:
a) menor do que 0,5
b) entre 0,5 e 1
c) entre 1 e 1,5
d) entre 1,5 e 2
e) maior do que 2
10) (QOAM – 2015) Considere um triângulo retângulo ABC (ângulo C = 90º) no plano cartesiano. Sabe-se que A = (1 , 4), B = (2 , 5) e que
C tem a mesma abscissa de B. Sendo assim, a área do triângulo ABC, em unidades de área, é igual a:
a) 9/4
b) 2
c) 1
d) 3/4
e) 1/2
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5º Lista de Exercícios
1) Escreva a expressão
2 n 1
2n 2n 1 3n 1 3n 3n 1
, em que n ao conjunto dos números inteiros, em sua forma mais simples.
6n 6n 1
a) 5
6
b) 7
6
c)
11
6
d)
13
6
e) 17
6
2) Considerando apenas ângulos entre 0 e 2 , determine o maior valor de m, com m N , de modo que cos 5m seja negativo.
7
a) 1
3
b)
1
2
c) 0
d) 1
e) 2
3) Um cone reto, de altura H e área da base B, é seccionado por um plano paralelo à base. Consequentemente, um novo cone com altura
H/3 é formado. Qual a razão entre os volumes do maior e o do menor cone, o de altura H e o de altura H/3?
a) 3
b) 6
c) 9
d) 18
e) 27
b)
c)
d)
e)
5) Os pontos A(- 4 , m), B(2 , - 5) e C(6 , m) são os vértices de um triângulo. Calcule os valores de m sabendo que a área desse triângulo
é 60 u.a.
a) m = 6 ou m = - 18
b) m = 6 ou m = - 15
c) m = 7 ou m = - 17
d) m = 8 ou m = - 19
e) m = 9 ou m = -17
6) A sequência de números reais x, y, z, w forma nessa ordem, uma progressão aritmética cuja soma dos termos é 80; a sequência de
números reais x, y, p, q forma, nessa ordem, uma progressão geométrica de razão 3. A diferença q – w é igual a:
a) 90
b) 100
c) 120
d) 150
e) 180
7) Dado um quadrado plano ABCD, escolhem-se três pontos sobre o lado AB, cinco pontos sobre BC, dois pontos sobre CD e um ponto
sobre AD, de tal modo que nenhum desses pontos coincida com algum vértice do quadrado. Seja X o conjunto dos pontos escolhidos. O
número de triângulos com vértices em X é:
a) 165
b) 55
c) 61
d) 154
e) 990
8) Seja (an) uma progressão geométrica de primeiro termo a1 = 1 e razão q², em que q é um número inteiro maior que 1. Seja (bn) uma
progressão geométrica cuja razão é q. Sabe-se que a11 = b17. Determine o primeiro termo b1 em função de q.
a) q
b) q²
c) q³
d) (q²)²
e) (q²)³
c) x 1 x 1
d) x x 3
e) x x 1
10) Considere uma progressão geométrica de cinco termos e de razão positiva, em que a soma do primeiro termo com o terceiro é
9 eo
2
produto dos termos é 1.024. Encontre o produto dos três primeiros termos da P.G.
a) 2 2
b) 3 2
c) 4 2
d) 2 3
e) 3 3
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6º Lista de Exercícios
1) No saguão de um teatro, há um lustre com 10 lâmpadas, todas de cores distintas entre si. Como medida de economia de energia elétrica,
o gerente desse teatro estabeleceu que só devesse ser acesas, simultaneamente, de 4 a 7 lâmpadas, de acordo com a necessidade.
Nessas condições, de quantos modos distintos podem ser acesas as lâmpadas desse lustre?
a) 664
b) 792
c) 852
d) 912
e) 1044
1 1
2) Seja A e B , então, A B é igual a:
3 2 3 2
a) 2 2
b) 3 2
c) 2 3
d) 3 3
e) 2 3
3) Um triângulo possui seus vértices localizados nos pontos do plano cartesiano A(2 , 8), B(1 , 4) e C(x , 0). Para que o triângulo tenha
área igual a 6, é suficiente que x assuma o valor igual a:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
4) Considere três conjuntos A, B e C, tais que: n(A) = 28, n(B) = 21, n(C) = 20, n(A ∩ B) = 8, n(B ∩ C) = 9, n(A ∩ C) = 4 e n(A ∩ B ∩ C) =
3. Assim sendo, o valor de n((A U B) ∩ C) é:
a) 3
b) 10
c) 20
d) 21
e) 25
5) Um copo tem a forma de um cone com altura 8 cm e raio da base 3 cm. Queremos enchê-lo com quantidades iguais de suco e de água.
Para que isso seja possível a altura x atingida pelo primeiro líquido colocado deve ser:
8
a) cm
3
b) 6 cm
c) 4 cm
d) 4 3cm
e) 4 3 4cm
2
6) Determine o conjunto solução da equação 21 x 21 2 x 213 x ... na qual o primeiro membro é o limite da soma dos
3
termos de uma P.G. infinita.
a) – 2
b) – 1
c) 0
d) 1
e) 2
7) O ponteiro de um relógio de medição funciona acoplado a uma engrenagem de modo que, a cada volta completa da engrenagem, o
ponteiro dá
1 de volta em um mostrador graduado de 0º e 360º. No início da medição, o ponteiro encontra-se na posição 0º. Quantos
4
graus indicará o ponteiro quando a engrenagem tiver completado 4.135 voltas?
a) 270º
b) 160º
c) 220º
d) 140º
e) 20º
8) Considere esses quatro valores x, y, 3x, 2y em PA crescente. Se a soma dos extremos é 20, então o terceiro termo é:
a) 9
b) 12
c) 15
d) 18
e) 20
9) Os vértices de um triângulo são os pontos A(1 , 4), B(4 , 9) e C(10 , 15). O comprimento da mediana AM em relação ao vértice A é:
a) 17
b) 13
c) 10
d) 9
e) 8
3
10) Seja x um arco tal que 0 x . Suponha que senx , então cos x é:
2 4 2
a) 7
4
b)
7
4
c) 0
d)
3
4
e)
5
16
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7º Lista de Exercícios
1) Sejam a, b e c três números estritamente positivos em progressão aritmética. Se a área do triângulo ABC cujos vértices são A(-a , 0),
B(0 , b) e C(c , 0) é igual a b, então o valor de b é:
a) 5
b) 4
c) 3
d) 2
e) 1
2 x 22 x x
3) Determine a área total da superfície de um cone circular reto cuja secção meridiana é um triângulo equilátero de lado medindo 10 cm.
a) 25 cm2
b) 50 cm
2
c) 75 cm
2
d) 85 cm
2
e) 100 cm
2
é:
a)
b)
c)
d)
e)
5) As dimensões de um paralelepípedo retângulo estão em progressão aritmética crescente e têm como soma 24 m. Se a área desse
paralelepípedo é igual a 366 m², podemos afirmar que a razão dessa progressão aritmética é:
a) 2
b) 4
c) 5
d) 3
e) 6
6) Um professor entrega 8 questões aos alunos para que, em um prova, escolham 5 questões para resolver, sendo que duas destas
questões são obrigatórias. Ao analisar as provas, o professor percebeu que não havia provas com as mesmas 5 questões. Assim, é correto
afirmar que o número máximo de alunos que entregou a prova é:
a) 6
b) 20
c) 56
d) 120
e) 336
7) Observando o triângulo da figura, podemos afirmar que (cos α – sen α)/(1 – tg α) vale:
8) Numa progressão geométrica crescente, o 3º termo é igual à soma do triplo do 1º termo com o dobro do 2º termo. Sabendo que a soma
desses três termos é igual a 26, determine o valor do 2º termo.
a) 6
b) 2
c) 3
d) 1
e) 26/7
9) Com um baralho de 52 cartas, quantos grupos de 3 cartas de espadas podem ser selecionados?
a) 242 grupos
b) 286 grupos
c) 292 grupos
d) 308 grupos
e) 316 grupos
10) No plano cartesiano, o triângulo e vértices A(1 , -2), B(m , 4) e C(0 , 6) é retângulo em A. O valor de m é igual a:
a) 47
b) 48
c) 49
d) 50
e) 51
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8º Lista de Exercícios
600
1) Qual o valor do inverso da expressão: n
n 2
para n pertencente aos naturais 0,1 .
25 5 2 n 2
a) 5
1
b)
5
1
c)
25
d) 52
e) 50
3) Dados os pontos A(4 , 7), B(0 , 3) e C(x , 2x + 1), os possíveis valores de x para os quais a área do triângulo ABC vale 6 são:
a) 3 e – 5
b) 5 e 3
c) – 1 e 5
d) – 1 e – 5
e) 5 e – 3
4) A soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética é dada por Sn = 3n² + 2n, . O 10º termo dessa progressão é:
a) 59
b) 98
c) 118
d) 220
e) 320
5) Um prisma regular triangular de volume 16 3 m³ tem todas as arestas com a mesma medida. A área lateral desse prisma é:
a) 48 m²
b) 75 m²
c) 27 m²
d) 108 m²
e) 9 m²
6) Uma amostra de 100 caixas de pírulas foi enviada para fiscalização. Nos testes 60 foram aprovadas e 40 reprovadas no teste de
qualidade; 74 aprovadas e 26 reprovadas no teste de quantidade; 14 caixas foram reprovadas em ambos os testes. Quantas caixas foram
aprovadas em ambos os testes?
a) 32
b) 36
c) 40
d) 45
e) 48
21
7) Sejam os pontos A(- 6 , 1) e B(5 , 12) pertencentes à reta r, e C 9, e D 4, 9 os pontos pertencentes à reta s. Quais as
2
coordenadas do ponto em que r e s se cruzam?
a) (- 3 , 2)
b) (- 3 , 1)
c) (- 4 , 3)
d) (- 4 , 2)
e) ( - 4, 1)
8) Uma criança ganhou seis picolés de três sabores diferentes: baunilha, morango e chocolate, representados, respectivamente, pelas
letras B, M e C. De segunda a sábado, a criança consome um único picolé por dia, formando uma sequência de consumo dos sabores.
Observe estas sequências, que correspondem a diferentes modos de consumo:
(B,B,M,C,M,C) ou (B,M,M,C,B,C) ou (C,M,M,B,B,C)
O número total de modos distintos de consumir os picolés equivale a:
a) 6
b) 90
c) 180
d) 720
e) N.R.A
9) Em um rebanho de 15 000 ovelhas, uma foi infectada pelo vírus “mc 1”. Cada animal infectado vive dois dias, ao final dos quais infecciona
outros três animais. Se cada rês é infectada uma única vez, em quanto tempo o “mc 1” exterminará a metade do rebanho?
a) 15 dias
b) 16 dias
c) 17 dias
d) 18 dias
e) 19 dias
x
10) A reta r passa pelo ponto (16 , 11) e não cruza a reta de equação y 5 . Considerando-se os seguintes pontos, o único que
2
pertence à reta r é:
a) 7, 6
13
b) 7,
2
c) 7, 7
15
d) 7,
2
e) 7,9
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9º Lista de Exercícios
4
1) Uma lata tem forma cilíndrica com diâmetro da base e altura iguais a 10 cm. Do volume total, são ocupados por leite em pó. Adotando-
5
se 3 , o volume de leite em pó, em centímetros cúbicos, contido na lata é:
a) 650
b) 385
c) 600
d) 570
e) 290
a2 6 a
2) O resultado da divisão 3 : é:
b b5
a)
6
a 5b 7
a5
b)
a7
c) ab
a
d)
b
b
e)
a
1 1 w³
4) A soma dos w termos iniciais da P.A , ,.... :
w w
a) w²(w³ w² 2)
w
b) (w³ w² 2)
3
1 4
c) (w w3 2)
2
1 2
d) (w w 2)
2
w 2
e) ( w w)
2
5) Se um triângulo tem como vértices os pontos A(2, 3), B(4, 1) e C(6, 7), determine uma equação geral da reta-suporte da mediana relativa
ao lado BC.
a) x – 3y + 7 = 0
b) 2x – 2y + 6 = 0
c) x + 2y + 5 = 0
d) 2x + y – 4 = 0
e) 3x + y + 2 = 0
6) Um grupo de doze militares, no qual temos somente dois oficiais, é dividido em dois grupos de seis militares, de modo que fique um
oficial em cada grupo. O número de formas de ocorrer essa divisão é:
a) 180
b) 200
c) 226
d) 252
e) 140
7) Uma pesquisa acompanhou o crescimento de uma colônia de bactérias. Na 1º observação constatou-se um total de 1 500 bactérias.
Observações periódicas revelaram que a população da colônia sempre duplicava em relação à observação imediatamente anterior. Em
que observação a colônia alcançou a marca de 375 x 2 55 bactérias?
a) 50ª
b) 54ª
c) 58ª
d) 62ª
e) 66ª
8) As marcas de cerveja mais consumidas em um bar, num certo dia, foram A, B e S. Os garçons constataram que o consumo se deu de
acordo com a tabela a seguir:
No ponto A, o navegador verifica que a reta AP, da embarcação ao farol, forma um ângulo de 30º com a direção AB. Após a embarcação
percorrer 1.000 m, no ponto B, o navegador verifica que a reta BP, da embarcação ao farol, forma um ângulo de 60º com a mesma direção
AB.
Seguindo sempre a direção AB, a menor distância entre a embarcação e o farol será equivalente, em metros, a:
a) 500
b)
c) 1000
d)
e) 2000
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10) Considere as retas r1 e r2 , descritas pelas equações cartesianas y1 a.x d e y2 b.x c , respectivamente, em que a, b, c e
d são números reais. Sabe-se que a, b, c e d formam, nessa ordem, uma progressão geométrica de razão – 2 e que a soma desses
números é igual a 5.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a área do triângulo limitado pelas retas r1 , r2 e a reta de equação y = 0 é igual a:
a) 24
b) 16
c) 12
d) 24
e) 32
02. Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica, objeto de modificações, suspensões,
acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural. SANTOS,
M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.
Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo rural brasileiro é
(A) a redução do processo de concentração de terras.
(B) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis.
(C) a ampliação do isolamento do espaço rural.
(D) a estagnação da fronteira agrícola do país.
(E) a diminuição do nível de emprego formal.
03. “Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária – cerca de 35% do rebanho nacional está na
região – e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produtividade
de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos
desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os
pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu
em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em áreas de floresta.” (Revista Época, 3/3/2008 e 9/6/2008,
com adaptações)
A partir da situação-problema descrita, conclui-se que:
(A) o desmatamento na Amazônia decorre principalmente da exploração ilegal de árvores de valor comercial.
(B) um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plantio de soja.
(C) a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da produtividade de pastagens.
(D) o superávit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compensa a possível degradação ambiental.
(E) a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a redução do desmatamento
na Amazônia.
05. "Nas encostas montanhosas, onde a erosão é mais intensa, devem-se cultivar (de preferência em cima de terraços) produtos
permanentes, como a arboricultura; os vales e as planícies ficam reservados para as culturas temporárias."
A principal ideia contida no texto é o fato de que:
(A) As técnicas agrícolas variam de acordo com os tipos de cultivo.
(B) As culturas, para defesa dos solos, devem-se distribuir de acordo com o relevo.
(C) As técnicas agrícolas estão na dependência dos tipos de relevo.
(D) O relevo não pode interferir na escolha dos cultivos.
(E) A erosão é mais intensa nas áreas montanhosas do que nas planas.
06. O debate sobre o novo código florestal no Congresso Nacional acirrou a discussão sobre a preservação do meio ambiente e sobre as
Áreas de Preservação Permanentes. em relação às Áreas de Preservação Permanentes, é correto afirmar:
(A) toda a floresta amazônica é considerada Área de Preservação Permanente, tendo em vista seu elevado número de espécies vegetais
e animais, muitas delas em risco de extinção.
(B) qualquer vegetação que ocupe vertentes ou encostas, não importando o grau de declividade, é considerada Área de Preservação
Permanente.
(C) toda floresta tropical (mata atlântica) é considerada Área de Preservação Permanente, devido a seu estado de conservação elevado e
à pouca interferência antrópica.
(D) toda vegetação que se encontra às margens dos cursos de água, como as matas ciliares, é considerada Área de Preservação
Permanente, tendo seus limites determinados pelas larguras dos rios.
(E) qualquer tipo de cerrado é considerado Área de Preservação Permanente, devido à sua grande devastação, provocada pelo avanço
do agronegócio na região centro-oeste do Brasil.
07. A agricultura brasileira vem expandindo suas fronteiras, recebendo capital internacional nos últimos anos, aumentando
substancialmente sua produção de grãos voltada, principalmente, para a exportação. As consequências ambientais também vêm
aumentando consideravelmente com o desmatamento clandestino, as queimadas e o aumento da erosão dos sol os que contribui, de
maneira expressiva, para o assoreamento de rios e a diminuição de sua vazão. Nesse contexto, é correto afirmar que, na região centro-
oeste, os biomas mais ameaç ados pelo desmatamento e pelo assoreamento são respectivamente:
(A) cerrado e floresta amazônica.
(B) cerrado e Pantanal.
(C) floresta amazônica e cerrado.
(D) caatinga e Pantanal.
(E) Pantanal e cerrado.
10. A Amazônia tem sofrido agressões ambientais incontestáveis, desde desmatamentos para a produção de madeiras até uma quase
incontrolável biopirataria. Embora seja necessário promover o desenvolvimento, também é preciso distribuir as riquezas de forma justa e
conservar o patrimônio para as gerações seguintes. P ara isso, o c aminho mais recomendado tem sido o planejamento regional com
investimento em políticas públicas qualificadas, o qual de verá considerar, sobretudo,
(A) a criação de novas zonas francas, como a de Manaus.
(B) o incentivo para as políticas agroindustriais facilitadoras do ingresso de grupos estrangeiros com capital próprio e portadores de
tecnologia moderna.
(C) o ecoturismo de massa nas áreas de fácil acesso.
(D) a criação de novas fronteiras agrícolas.
(E) o desenvolvimento sustentável, com a participação das comunidades locais.
11. A idéia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se referem ao crescimento econômico.
De acordo com este conceito considera-se que:
a) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável.
b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam esta idéia, pois, por sua baixa industrialização preservam melhor o seu meio
ambiente do que os países ricos.
c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente e, portanto, é inevitável que os riscos ambientais sustentem
o crescimento econômico dos povos.
d) se deve buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente sem que, com isso, deixemos de utilizar
os recursos nele disponíveis.
e) são as riquezas acumuladas nos países ricos em prejuízo das antigas colônias, durante a expansão colonial, que devem, hoje, sustentar
o crescimento econômico dos povos.
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12. Instrução: responder à questão com base nas afirmativas que tratam da agenda 21, considerada a mais abrangente tentativa de
promover um novo padrão de desenvolvimento em nível mundial.
A agenda 21:
I. propõe a diminuição das disparidades regionais e interpessoais de renda.
II. alerta para a necessidade de mudanças nos padrões de produção e de consumo.
III. manifesta a necessidade da construção de cidades sustentáveis.
IV. defende a continuidade dos modelos e instrumentos de gestão adotados pelos países ditos desenvolvidos.
As afirmativas corretas são, apenas,
(A) I E II.
(B) I E III.
(C) I, II E III.
(D) II E IV.
(E) III E IV.
14. A poluição nos grandes centros urbanos, como Curitiba, pode causar determinadas doenças como rinite, alergias, asma, problemas
de pele e cabelo. Pessoas sensíveis às partículas em suspensão no ar podem desenvolver tais doenças ao respirar o ar poluído dos
grandes centros. Durante todo o ano essas doenças podem acontecer, mas é no inverno que ficam mais acentuadas.
Adaptado de Jornal do Estado, Curitiba, 01 jun. 2009.
Durante o inverno, em Curitiba, é comum a ação da massa Polar atlântica, que facilita a ocorrência de problemas respiratórios, pois:
(A) aumenta a umidade relativa do ar e promove a inversão térmica, o que provoca a concentração de poluentes nas partes altas da cidade.
(B) aumenta a umidade relativa do ar e promove a inversão térmica, o que provoca a concentração de poluentes próximo da superfície do
solo.
(C) reduz a umidade relativa do ar e promove um maior aquecimento da parte central da cidade, se comparado à periferia, o que concentra
os poluentes.
(D) reduz a umidade relativa do ar e promove a inversão térmica, o que provoca a concentração de poluentes próximos da superfície do
solo.
15. As consequências do fenômeno El Niño ocorrem de forma diferenciada sobr e o espaço brasileiro. Em algumas áreas, ocorrem chuvas
acima da média histórica, enquanto em outras a quantidade de chuvas diminui. Há outras áreas, entretanto, que não sofrem os efeitos
desse fenômeno, mantendo as mesmas médias históricas. Sobre os efeitos do El Niño nas chuvas sobre o território brasileiro, podemos
afirmar que esse fenômeno
a) intensifica as chuvas na Amazônia e provoca estiagem prolongada na região Sul.
b) mantém as chuvas com as mesmas médias históricas nas regiões sul e Sudeste.
c) provoca precipitações acima da média na região Sul, com enchentes e inundações anormais durante o verão.
d) acarreta chuvas abaixo da média no sertão nordestino e chuvas acima da média em toda a Amazônia.
e) provoca grande estiagem na região sul e eleva as médias pluviométricas na região Nordeste.
16. Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em Manchester após a Revolução
Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa camada,
formam gotículas de chuva ácida e partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local poluidor, pois tais
poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são levados pelos ventos, podendo provocar a reação em regiões distantes. A água de forma
pura apresenta pH 7, e, ao contatar agentes poluidores, reage modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que provoca reações,
deixando consequências.
Disponível em: <www.brasilescola.com>. acesso em: 18 maio 2010 (adaptado).
o texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas ao meio ambiente: a chuva ácida (pluviosidade com pH
baixo). esse fenômeno tem como consequência
(A) a corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos, destruição da cobertura vegetal e acidificação dos lagos.
(B) a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo de chuva retira poluentes da atmosfera.
(C) a destruição da fauna e da flora e redução de recursos hídricos, com o assoreamento dos rios.
(D) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e fios de cobre da rede elétrica.
(E) a degradação da terra nas regiões semi-áridas, localizadas, em sua maioria, no nordeste do nosso país.
17. Um agricultor adquiriu alguns alqueires de terra para cultivar e residir no local. o desenho a seguir representa parte de suas terras.
Pensando em construir sua moradia no lado I do rio e plantar no lado II, o agricultor consultou seus vizinhos e escutou as frases a seguir.
Assinale a frase do vizinho que deu a sugestão mais correta.
a) “o terreno só se presta ao plantio revolvendo o solo com arado.”
b) “não plante neste local, porque é impossível evitar a erosão.”
c) “Pode ser utilizado, desde que se plante em curvas de nível.”
d) “Você perderá sua plantação quando as chuvas provocarem inundação.”
e) “Plante forragem para pasto.”
18. As áreas do planalto do cerrado – como a chapada dos Guimarães, a serra de Tapirapuã e a serra dos Parecis, no Mato Grosso, com
altitudes que variam de 400 m a 800 m – são importantes para a planície pantaneira mato-grossense (com altitude média inferior a 200 m),
no que se refere à manutenção do nível de água, sobretudo durante a estiagem. Nas cheias, a inundação ocorre em função da alta
pluviosidade nas cabeceiras dos rios, do afloramento de lençóis freáticos e da baixa declividade do relevo, entre outros fatores. Durante a
estiagem, a grande biodiversidade é assegurada pelas águas da calha dos principais rios, cujo volume tem diminuído, principalmente nas
cabeceiras.
Cabeceiras ameaçadas. Ciência Hoje. rio de Janeiro: SBPC. v. 42, jun. 2008 (adaptado).
A medida mais eficaz a ser tomada, visando à conservação da planície pantaneira e à preservação de sua grande biodiversidade, é a
conscientização da sociedade e a organização de movimentos sociais que exijam
(A) a criação de parques ecológicos na área do pantanal mato-grossense.
(B) a proibição da pesca e da caça, que tanto ameaçam a biodiversidade.
(C) o aumento das pastagens na área da planície, para que a cobertura vegetal, composta de gramíneas, evite a erosão do solo.
(D) o controle do desmatamento e da erosão, principalmente nas nascentes dos rios responsáveis pelo nível das águas durante o período
de cheias.
(E) a construção de barragens, para que o nível das águas dos rios seja mantido, sobretudo na estiagem, sem prejudicar os ecossistemas.
19. O artigo 1º da Lei Federal nº 9.433/1997 (Lei das Águas) estabelece, entre outros, os seguintes fundamentos:
I. A água é um bem de domínio público;
II. A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III. Em situações de escassez, os usos prioritários dos recursos hídricos são o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV. A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
Considere que um rio nasça em uma fazenda cuja única atividade produtiva seja a lavoura irrigada de milho e que a companhia de águas
do município em que se encontra a fazenda colete água desse rio para abastecer a cidade. Considere, ainda, que, durante uma estiagem,
o volume de água do rio tenha chegado ao nível crítico, tornando-se insuficiente para garantir o consumo humano e a atividade agrícola
mencionada.
Nessa situação, qual das medidas adiante estaria de acordo com o artigo 1º da Lei das Águas?
(A) manter a irrigação da lavoura, pois a água do rio pertence ao dono da fazenda.
(B) interromper a irrigação da lavoura, para se garantir o abastecimento de água para consumo humano.
(C) manter o fornecimento de água apenas para aqueles que pagam mais, já que a água é bem dotado de valor econômico.
(D) manter o fornecimento de água tanto para a lavoura quanto para o consumo humano, até o esgotamento do rio.
(E) interromper o fornecimento de água para a lavoura e para o consumo humano, a fim de que a água seja transferida para outros rios.
20. A ação humana tem provocado algumas alterações quantitativas e qualitativas da água:
I. Contaminação de lençóis freáticos.
II. Diminuição da umidade do solo.
III. Enchentes e inundações.
Cassiano Röda/Arquivo da Editora 236 Geografia Física e Meio Ambiente
Pode-se afirmar que as principais ações humanas associadas às alterações I, II e III são, respectivamente:
(A) uso de fertilizantes e aterros sanitários, lançamento de gases poluentes e canalização de córregos e rios.
(B) lançamento de gases poluentes, lançamento de lixo nas ruas e construção de aterros sanitários.
(C) uso de fertilizantes e aterros sanitários, desmatamento e impermeabilização do solo urbano.
(D) lançamento de lixo nas ruas, uso de fertilizantes e construção de aterros sanitários.
(E) construção de barragens, uso de fertilizantes e construção de aterros sanitários.
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21. A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como a funções, e coloca problemas de gestão muito
diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar:
– a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical;
– a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema; – a defesa dos interesses comerciais
de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima para produzir mercadorias.
Adaptado de: GARAY, I.; Dias, B. Conservação da biodiversidade em ecossistemas tropicais.
De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no planeta:
(A) o principal desafio é conhecer todos os problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da ação humana.
(B) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico.
(C) deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos.
(D) o enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não devem constituir preocupação para
ninguém.
(E) há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e
econômicos.
22. Sabe-se que uma área de quatro hectares de floresta, na região tropical, pode conter cerca de 375 espécies de plantas enquanto uma
área florestal do mesmo tamanho, em região temperada, pode apresentar entre 10 e 15 espécies.
O notável padrão de diversidade das florestas tropicais se deve a vários fatores, entre os quais é possível citar:
(A) altitudes elevadas e solos profundos.
(B) a ainda pequena intervenção do ser humano.
(C) sua transformação em áreas de preservação.
(D) maior insolação e umidade e menor variação climática.
(E) alternância de períodos de chuvas com secas prolongadas.
23. A Lei federal n. 9 985/2000, que instituiu o sistema nacional de unidades de conservação, define dois tipos de áreas protegidas. O
primeiro, as unidades de proteção integral, tem por objetivo preservar a natureza, admitindo-se apenas o uso indireto dos seus recursos
naturais, isto é, aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. O segundo, as unidades de uso
sustentável, tem por função compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos recursos naturais. Nesse
caso, permite-se a exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos
ecológicos, mantendo-se a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.
Considerando essas informações, analise a seguinte situação hipotética. Ao discutir a aplicação de recursos disponíveis par a o
desenvolvimento de determinada região, organizações civis, universidade e governo resolveram investir na utilização de uma unidade de
proteção integral, o Parque nacional do morro do Pindaré, e de uma unidade de uso sustentável, a floresta nacional do sabiá. Depois das
discussões, a equipe resolveu levar adiante três projetos:
• o projeto I consiste em pesquisas científicas embasadas exclusivamente na observação de animais;
• o projeto II inclui a construção de uma escola e de um centro de vivência;
• o projeto III promove a organização de uma comunidade extrativista que poderá coletar e explorar comercialmente frutas e sementes
nativas.
Nessa situação hipotética, atendendo-se à lei mencionada acima, é possível desenvolver tanto na unidade
de proteção integral quanto na de uso sustentável:
(A) apenas o projeto I.
(B) apenas os projetos II e III.
(C) apenas o projeto III.
(D) todos os três projetos.
(E) apenas os projetos I e II.
24. A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento
de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse
conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
Ab’saber, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: Edusp, 1996.
Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é:
(A) expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
(B) difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
(C) construção da rodovia transamazônica, com o objetivo de interligar a região norte ao restante do país.
(D) criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
(E) ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras.
25. No presente, observa-se crescente atenção aos efeitos da atividade humana, em diferentes áreas, sobre o meio ambiente, sendo
constante, nos fóruns internacionais e nas instâncias nacionais, a referência à sustentabilidade como princípio orientador de ações e
propostas que deles emanam. a sustentabilidade explica-se pela
(A) incapacidade de se manter uma atividade econômica ao longo do tempo sem causar danos ao meio ambiente.
(B) incompatibilidade entre crescimento econômico acelerado e preservação de recursos naturais e de fontes não renováveis de energia.
(C) interação de todas as dimensões do bem-estar humano com o crescimento econômico, sem a preocupação com a conservação dos
recursos naturais que estivera presente desde a antiguidade.
(D) proteção da biodiversidade em face das ameaças de destruição que sofrem as florestas tropicais devido
ao avanço de atividades como a mineração, a monocultura, o tráfico de madeira e de espécies selvagens.
(E) necessidade de se satisfazer as demandas atuais colocadas pelo desenvolvimento sem comprometer a capacidade de as gerações
futuras atenderem suas próprias necessidades nos campos econômico, social e ambiental.
26. Observe os gráficos.
27. O mapa ao lado representa as áreas de cobertura dos satélites utilizados pela CNN,
uma das principais redes mundiais de comunicação. Com auxílio do mapa, é possível
afirmar que as grandes redes de comunicação
(A) têm como principal meta a divulgação das diferentes perspectivas de compreensão
acerca de distintos problemas mundiais.
(B) mantêm independência entre o conteúdo da informação e os interesses geopolíticos
dos principais governos do mundo.
(C) contribuem para a criação de uma cultura mundial, desenvolvendo padronização
da percepção de conjunturas internacionais.
(D) favorecem a criação de um mercado mundial, permitindo intercâmbio paritário entre
culturas.
(E) foram implantadas para se obter livre acesso à informação, resolvendo o problema
do isolamento cultural.
28. A imagem abaixo foi bastante difundida nos anos 1990 especialmente a partir da publicação de uma obra clássica do geógrafo britânico
David Harvey, condição pós moderna guarda estreita relação com a mensagem divulgada na canção:
(A) Terra! Terra! por mais distante, o errante navegante quem jamais te
esqueceria. "Terra", de Caetano Veloso.
(B) Há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos de armas na
mão. "Pra não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré.
(C) Pra começar, quem vai colar, os tais caquinhos do velho mundo? Pátrias,
famílias, religiões e preconceitos, chegou não tem mais jeito. "Pra
começar", Marina Lima e Antonio Cícero.
(D) Antes mundo era pequeno porque Terra era grande. Hoje mundo é muito
grande, porque terra é pequena. "Parabolicamará", de Gilberto Gil.
(E) Terra, és o mais bonito dos planetas. Estão te maltratando por dinheiro, tu
que é a nave nossa irmã."O sal da Terra. Beto Guedes".
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29. No século XIX, o surgimento do transporte ferroviário provocou profundas modificações em diversas partes do mundo, possibilitando
maior e melhor circulação de pessoas e mercadorias entre grandes distâncias. Dentre tais modificações, as ferrovias
(A) facilitaram a integração entre os Estados nacionais latino-americanos, ampliaram a venda do café brasileiro para os países vizinhos e
estimularam a constituição de amplo mercado regional.
(B) permitiram que a cidade de Manchester se conectasse diretamente com os portos do sul da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o
surgimento do sistema de fábrica.
(C) facilitaram a integração comercial do ocidente com o extremo oriente, substituíram o transporte de mercadorias pelo Mar Mediterrâneo
e despertaram o sonho de integração mundial.
(D) permitiram uma ligação mais rápida e ágil, nos Estados Unidos, entre a costa leste e a costa oeste, chegando até a Califórnia, palco
da famosa corrida do ouro.
(E) permitiram a chegada dos europeus ao centro da África, reforçaram a crença no poder transformador da tecnologia e demonstraram a
capacidade humana de se impor à natureza.
30. Com novo PIB, Brasil tem IDH de ‘primeiro mundo’. Terça, 3 de abril de 2007, 07h49 Terra Magazine
“IDH sobe e Brasil entra no clube do Alto Desenvolvimento Humano”; “Para a ONU, Brasil já não é um país pobre”; “Com PIB e renda
maiores, país chega ao primeiro mundo da área social”. Manchetes como estas estarão em todos os jornais quando a ONU atualizar, com
novo PIB brasileiro, a base de dados que alimenta o cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Daniel Brumatti
Apesar da manchete, o Brasil não pode ser considerado um país do Primeiro Mundo porque:
(A) possui ainda elevados índices de desigualdade social e precariedade de condições de vida;
(B) amplia o endividamento externo para promover o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);
(C) apresenta grande subordinação política em relação aos países desenvolvidos;
(D) permanece com significativos índices de agressão ao meio ambiente;
(E) realiza reduzidos investimentos no desenvolvimento de tecnologias militares.
31. Texto I
Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo explicação? De um lado, é abusivamente
mencionado o extraordinário progresso das ciências e das técnicas. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração
contemporânea e a todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. SANTOS, M. Por uma outra globalização.
Rio de Janeiro: Record, 2000, p.17
Texto II
Entramos no novo século sem bússola. Desde os primeiros meses, acontecimentos preocupantes nos levaram a crer que o mundo passa
por um desajuste maior, e isso em várias áreas ao mesmo tempo – desajuste intelectual, desajuste financeiro, desajuste climático,
desajuste geopolítico, desajuste étnico.
MALOOUF, A. O mundo em desajuste. Rio de Janeiro: DIFEL, 2011, p.11
A partir da análise comparativa entre o texto I e o texto II conclui-se que
(A) o texto I nega o segundo, ao elogiar o desenvolvimento das técnicas, minimizando o atraso em pesquisa das periferias exploradas.
(B) o texto I contradiz o segundo, ao mencionar o progresso das ciências, desconsiderando os déficits educacionais dos países periféricos.
(C) o texto II retifica o primeiro, ao enfatizar a aceleração contemporânea, prevendo um desenvolvimento das nações em ritmos
diferenciados.
(D) o texto II complementa o primeiro, ao especificar perdas de referências, ressaltando distintos aspectos da crise de um mundo
globalizado.
(E) os textos I e II não têm qualquer relação entre si, isto porque não se referem a aspectos do mundo contemporâneo.
32. No mundo globalizado contemporâneo, as relações políticas e econômicas entre países reorganizam-se em função de novos padrões
de produção e de consumo. Esse processo revela a face geopolítica da economia mundial sob a hegemonia dos Estados Unidos da
América (EUA).
I - A globalização da economia foi extremamente importante para o Brasil, isto porque só assim possibilitou a instalação de grandes
empresas estrangeiras no país.
II - A recente fase da economia globalizada teve sua arrancada com a expansão do comércio internacional, que determinou a criação de
acordos internacionais para estabelecer regras e tarifas.
III - Com a globalização, os investimentos diretos de longo prazo dos países ricos são direcionados principalmente para os países pobres,
devido à dimensão do mercado consumidor que estes representam.
34. A circulação compreende homens e riquezas, quando se apresenta sob a forma de transportes. Mas inclui também o som, a palavra,
a imagem e as idéias, quando então se fala de comunicação.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre organizações empresariais e novas atividades oriundas da globalização, pode-se afirmar
que:
(A) O comércio interno depende diretamente dos sistemas de transportes, e esses, no caso brasileiro, possibilitaram a total integração do
país, desde a primeira metade do século passado, bem como o intenso intercâmbio inter-regional.
(B) A infra-estrutura básica dos transportes, no Brasil, vem recebendo a devida atenção dos poderes públicos, o que pode ser comprovado
pelo excelente estado de conservação das rodovias e ferrovias, todas estatais.
(C) Os capitais especulativos, típicos da globalização, são transferidos de um mercado para outro, de um país para outro, uma vez que os
manipulam, ávidos por lucratividade e interessados em investir na produção, estão sempre buscando baixas taxas de juros.
(D) A distância tecnológica e produtiva que separa a América Latina dos países capitalistas avançados está diminuindo, graças à baixa
concentração de renda e à diminuição das desigualdades sociais.
(E) A China, apesar de conservar o sistema socialista, criou “zonas especiais” nas quais os empreendimentos estrangeiros se assemelham
aos existentes no mundo capitalista.
36. “Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não de obstáculos econômicos. Ela resulta da abolição
da distância e do tempo […] os revolucionários avanços tecnológicos nos transportes e nas comunicações desde o final da Segunda Guerra
Mundial foram responsáveis pelas condições para que a economia alcançasse os níveis atuais de globalização.”
HOBSBAWN Eric In O Novo Século (Cia das Letras. 2000, p. 71)
Em 03 de abril de 1996, a revista Veja publicou uma reportagem cujo título era A Roda Global. Nela consta uma série de depoimentos de
economistas, jornalistas, sociólogos e políticos sobre a globalização. Leia com atenção os trechos que selecionamos e, a seguir:
1. “Com a globalização, a vantagem de localização que um país tinha na produção de algum bem passa a ser ameaçada pela competição
internacional. Se o brasileiro não tem preço competitivo, perde mercado para uma empresa da Índia.” (Sérgio Abranches)
2. “A globalização é um fenômeno tão importante quanto a Revolução Industrial ou a reorganização capitalista da década de 30. É a
integração econômica e tecnológica dos países.” (Paulo Paiva)
3. “É um processo de aceleração capitalista em que o produtor vai comprar matéria-prima em qualquer lugar do mundo onde ela seja
melhor e mais barata. Instala a fábrica nos países onde a mão-de-obra fique mais em conta, não importa se no Vietnã ou na Guatemala.”
(Antenor Nascimento Neto)
Assinale a alternativa que indica os depoimentos que não contradizem a afirmação de Eric Hobsbawn.
(A) Todas são contraditórias.
(B) Somente a 3 não é contraditória.
(C) Somente a 1 e a 2 não são contraditórias.
(D) Nenhuma é contraditória.
(E) Somente a 2 e a 3 não são contraditórias.
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38. Abaixo apresentamos três críticas freqüentes sobre a globalização. Leia-as atentamente:
1. Tem provocado uma grande homogeneização de hábitos e costumes no mundo, produzindo impactos deterioradores nas culturas locais,
ocasionando assim sérios problemas de identidade nos povos.
2. Estaria enfraquecendo as fronteiras nacionais, permitindo que ingressemos na era do livre comércio, no entanto, jamais os fluxos do
comércio mundial — em grande escala — estiveram sob controle tão poderoso.
3. Tem ocasionado um aumento da desigualdade social no mundo entre os países e também internamente em cada país, basta ver que
há indicações de crescimento da concentração de renda em muitos países.
Noam Chomsky é um intelectual americano muito conhecido, entre outras razões, por sua postura contra a política externa dos EUA e a
globalização. No mês de setembro de 2001, ele escreveu um artigo na Folha de S. Paulo no qual reitera as posturas mencionadas. A
seguir apresentamos alguns trechos:
→ “nos EUA […] os salários da maioria dos trabalhadores estagnaram ou caíram, as horas de trabalho aumentaram drasticamente […] os
benefícios e o sistema de seguridade foram reduzidos.”
→ “a maior parte do comércio mundial é […] operada centralmente por meio de contratos entre grandes empresas.”
→ “durante os ‘anos dourados’ (antes da globalização) os indicadores sociais seguiram o PIB. A partir da metade dos anos 70, esses
indicadores vêm declinando.”
Assinale a alternativa que indica as críticas à globalização que se identificam com as frases de Chomsky.
(A) Todas as críticas.
(B) Somente a 1 e a 3.
(C) Somente a 2 e a 3.
(D) Somente a 3.
(E) Somente a 1 e a 2.
39. Segundo o geógrafo Milton Santos, em uma de suas várias obras em que analisa os efeitos da evolução do capitalismo no espaço, a história da
incorporação das técnicas no espaço geográfico passou por três etapas distintas: o meio natural, o meio técnico e o meio técnico-científico-
informacional.
I. Até o século XVIII, apesar da existência de determinadas técnicas, a transformação do espaço foi bastante limitada e o meio geográfico
permaneceu, em grande medida, ________________.
II. Desde a eclosão das revoluções industriais o meio geográfico recebeu grande quantidade de infra-estruturas: fábricas, ferrovias, rodovias, linhas
telefônicas, etc. O meio geográfico tornou-se crescentemente artificial, transformando-se em meio _______________.
III. No espaço técnico-científico-informacional são cada vez mais sofisticadas as técnicas necessárias para o desenvolvimento de novos produtos e
as respectivas estruturas para produzi-las. Neste espaço a matéria prima é o ____________________.
Assinale a opção que contenha a sequência correta de palavras que melhor completa as lacunas das afirmativas acima.
(A) artificial, técnico, artificial.
(B) natural, técnico, conhecimento.
(C) natural, científico, antrópico.
(D) artificial, antrópico, petróleo.
(E) comercial, antrópico, artificial.
40. Durante uma aula sobre a geografia do mundo contemporâneo, o professor solicita aos alunos que mencionem nomes de países semi-
periféricos e periféricos, nessa ordem. Um primeiro aluno citou Brasil e Haiti; um segundo, Índia e Moçambique; e, finalmente, um terceiro
aluno mencionou México e Vietnã.
A análise das respostas dos alunos leva à conclusão de que responderam corretamente
(A) o primeiro e o segundo alunos, apenas.
(B) o primeiro e o terceiro alunos, apenas.
(C) o segundo e o terceiro alunos, apenas.
(D) os três alunos acima considerados.
(E) apenas o primeiro aluno.
41. Há poucos anos, uma nova expressão surgiu no firmamento com um brilho tão intenso que
ofuscou tudo o que existe ao redor. Quase que por encanto, transformou-se numa explicação mágica para todos os fenômenos econômicos
e políticos desse século... É indispensável colocar um pouco de ordem na discussão. Sob o novo rótulo, encontra-se um processo muito
antigo, que continua a se expandir. Não tem quatro ou cinco anos, mas quatrocentos ou quinhentos. A geografia política na qual vivemos
é fruto desse processo.
A “nova expressão”, referida no texto acima, é:
(A) liberalismo.
(B) comunismo.
(C) regionalização.
(D) globalização.
(E) socialismo.
42. A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas
lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as
características das cidades industriais no inicio do século XIX?
(A) A facilidade em se estabelecer relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa,
característica da nova sociedade capitalista.
(B) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
(C) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias
até as fábricas.
(D) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do pe ríodo,
transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
(E) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas
condições de moradia, saúde e higiene.
43. Os Estados Unidos levam bronca e perdem a posição de melhor aluno da classe (capitalista); a China é chamada a socorrer os caixas
e impulsionar o crescimento global. A China mostra-se muito generosa, tendo acumulado US$ 1,170 trilhão em títulos do tesouro norte-
americano.
BULARD, M. Vícios chineses. Le Monde Diplomatique Brasil, ano 5, n. 50, set. 2011, p. 15.
A situação descrita evidencia a atual condição mundial da China como
(A) Welfare State.
(B) superpotência.
(C) social democracia.
(D) economia emergente.
(E) tendo dado um passo em direção ao capitalismo.
45. O espaço é uma categoria fundamental no discurso geográfico: é no espaço que se constrói o imaginário territorial, que se definem as
fronteiras nacionais, que se desenha o “corpo da pátria”. É nele que se concretizam as identidades, que se manifestam as culturas, que se
estabelecem os hábitos, que se consolidam os costumes, que circulam os valores ideológicos. É nele, ou por ele, que se deflagram os
conflitos entre as nações, que os homens se odeiam e aniquilam uns aos outros. É no espaço que as indústrias se estabelecem, que as
transações comerciais se realizam, que os indivíduos trabalham. É no espaço que os sujeitos exploram e são explorados, que transgridem
normas ou se submetem a elas. É nele que os climas se materializam, que as catástrofes naturais ocorrem, que os rios correm, que as
vegetações se desenvolvem, que o relevo ganha relevo. Na Geografia, o espaço é físico, é econômico, é político. Não há, pois, como
pensar o homem abstraindo essa categoria. Em outros termos, não há como pensá-lo senão em razão do lugar que o constitui como
sujeito: o homem não dá um passo fora do espaço. O ser humano, assim, é o espaço que ele habita: sem o espaço, o homem é uma
categoria abstrata; sem o homem, o espaço é vazio. (CARVALHO, 2005, p. 50)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as diversas maneiras de conceber e refletir sobre o espaço geográfico, NÃO é correto
afirmar:
(A) O espaço é, na realidade, um produto da história, um ato de sujeitos, sendo sua matéria-prima a relação sociedade-natureza e, a partir
desse intercâmbio, o homem cria condições de sobrevivência.
(B) A produção do espaço geográfico, sob as relações capitalistas de produção, tem originado espaços heterogêneos e inter-relacionados,
decorrentes, principalmente, da ação do Estado e do capital, que criam áreas diferenciadas de desenvolvimento.
(C) A natureza é mera integrante do espaço geográfico, representa uma condição abstrata de sua produção social.
(D) O relevo, em particular, representa um dos elementos que possui relações de causa e efeito com vários componentes do espaço
geográfico, seja influenciando as atividades econômicas, seja interferindo na estrutura da rede viária ou na distribuição populacional.
(E) As mudanças que o homem imprime no espaço geográfico alteram os padrões sociais, políticos e ambientais, entretanto aqueles
relacionados com o avanço tecnológico, na maioria das vezes, trazem progresso e benefícios para a sociedade.
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46. Nas últimas décadas do século passado, o comércio mundial apresentou um ritmo de crescimento significativo.
Esse fato mostra que:
(A) com a abertura econômica promovida pela globalização, as economias nacionais tornaram-se mais interdependentes.
(B) foram reduzidas as diferenças econômicas entre os países, possibilitando uma melhor distribuição de renda para a população.
(C) com a modernização tecnológica e a agilização dos meios de transporte, poucos são os países que apresentam balanças comerciais
deficitárias.
(D) a nova divisão internacional do trabalho, mais democrática, permitiu que as trocas comerciais fossem mais equilibradas entre os países.
(E) a valorização crescente das matérias-primas produzidas pelos países em desenvolvimento aumentou o poder de compra das
populações pobres.
47. Quatro décadas é o tempo que resta de vida para a Mata Atlântica (...) se o atual ritmo de destruição for mantido.
Roberta Jansen - O Globo 27 de maio de 2009
São fatores responsáveis pelo desmatamento da Mata Atlântica:
(A) a construção de rodovias e o êxodo rural;
(B) a extração madeireira e o agronegócio;
(C) a exploração mineral e a mudança climática;
(D) a especulação imobiliária e a urbanização;
(E) a expansão interna das cidades e industrialização.
48. Primeiro, vieram políticas protecionistas na economia que geraram a reclamação formal de 40 países na Organização Mundial do
Comércio (OMC), em março. Depois o governo argentino fez uma ameaça em pleno tiroteio verbal sobre a soberania das Ilhas Malvinas.
Esta semana, o governo argentino resolveu nacionalizar a empresa YPF, filial da REPSOL.
GONÇALVES, J. O que se passa na cabeça da presidenta argentina? O Dia, 22 abr. 2012, p. 33. Adaptado.
Os impasses descritos, referentes às Ilhas Malvinas e à empresa YPF, colocam a Argentina em posição de confronto, respectivamente,
com os seguintes países europeus:
(A) Irlanda e Portugal.
(B) Grã Bretanha e Espanha.
(C) Irlanda e Espanha.
(D) Espanha e Inglaterra.
(E) Grã Bretanha e Portugal.
49. Na Amazônia brasileira, vêm ocorrendo rápidas e profundas transformações, nas últimas décadas, alterando o seu significado
geopolítico e a sua participação na economia nacional. A elevação e a diversificação de sua produção industrial é uma dessas
transformações ocorridas. Um dos principais fatores responsáveis pela transformação indicada corresponde à implantação e ao
desempenho da
(A) Usina Hidrelétrica de Balbina, no estado do Amazonas.
(B) Ferrovia Madeira-Mamoré, no estado de Rondônia.
(C) Rodovia Cuiabá-Santarém, entre Mato Grosso e Pará.
(D) Hidrovia Araguaia-Tocantins, entre Tocantins e Pará.
(E) Zona Franca de Manaus, no estado do Amazonas.
50. “O processo formal de criação da Organização das Nações Unidas, ONU, começou com a assinatura da Carta das Nações Unidas por
51 países, na cidade norte-americana de São Francisco, em 26 de junho de 1945, e foi concluído com sua ratificação e entrada em vigor,em
24 de outubro do mesmo ano.”
(GONÇALVES, Williams. Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000)
Com relação à ONU é correto afirmar que:
(A) foi criada como sistema de segurança internacional em substituição à Sociedade das Nações;
(B) exerceu o papel de liderança militar e política na luta contra o nazifascismo durante a segunda guerra mundial;
(C) sinalizou o início da Guerra Fria, uma vez que a instituição foi integrada exclusivamente por países capitalistas;
(D) combateu todos os movimentos de descolonização, considerados como fator de instabilidade da ordem internacional;
(E) excluiu os estados muçulmanos, uma vez que era composta apenas por Estados laicos.
51. O Estado de compromisso, expressão do reajuste nas relações internas das classes dominantes, corresponde, por outro lado, a uma
nova forma do Estado, que se caracteriza pela maior centralização, o intervencionismo ampliado e não restrito apenas à área do café, o
estabelecimento de uma certa racionalização no uso de algumas fontes fundamentais de riqueza pelo capitalismo internacional (...).
Boris Fausto. A revolução de 1930. Historiografia e história.São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 109-110.
Segundo o texto, o Estado de compromisso correspondeu, no Brasil do período posterior a 1930,
(A) à retomada do comando político pela elite cafeicultora do sudeste brasileiro.
(B) ao primeiro momento de intervenção governamental na economia brasileira.
(C) à reorientação da política econômica, com maior presença do Estado na economia.
(D) ao esforço de eliminar os problemas sociais internos gerados pelo capitalismo internacional.
(E) à ampla democratização nas relações políticas, trabalhistas e sociais.
52. Em julho de 1944 ocorreu a Conferência de Bretton Woods, no Mount Washington Hotel, em New Hampshire, nos EUA. Nela
participaram 730 delegados de 44 nações que deliberaram sobre:
(A) a criação da Organização das Nações Unidas, a ONU;
(B) a criação da Organização Mundial de Comércio, a OMC;
(C) a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN;
(D) a confirmação do padrão ouro como referência para o Sistema Monetário Internacional;
(E) a criação do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, o (BIRD), e o Fundo Monetário Internacional, o (FMI).
53. África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros.
Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila Hernandez, A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005.
A frase acima se justifica porque
(A) os movimentos de independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração
econômica do continente.
(B) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da
identidade cultural africana.
(C) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos
projetos de hegemonia européia no Ocidente.
(D) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar
mais facilmente suas riquezas.
(E) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de
independência.
54. O título do mapa refere-se a uma parcela da população mundial que, ao ter acesso à difusão instantânea, comporia uma espécie de
Comunidade Internacional, ancorada em redes como as ilustradas acima.
A comparação entre a localização geográfica das redes televisivas e a da maior densidade de usuários de lnternet admite a indicação de
outro título adequado a esse mapa. Assinale-o.
(A) Colonização inversa: a provocação dos centros
(B) Polarização Norte-Sul: a fragmentação global
(C) Globalização em foco: um choque de civilizações
(D) Integração regional: o protagonismo das periferias
(E) Comunicação digital: o fim das diferenças culturais
55. Hoje, na sociedade globalizada, vivemos um tempo de expectativas, de crises políticas, econômicas e de outras origens e de extrema
violência. É um momento cheio de possibilidades, de desafios para se refletir e praticar um novo saber e de apresentar novas ideias. Estas
questões são presentes no cotidiano contemporâneo ao lado de um arrojado desenvolvimento tecnocientífico, que muitas vezes perde a
função de busca do sentido para a vida, o destino humano, da utilização do conhecimento para benefício da humanidade. Nesse sentido,
é verdadeiro afirmar que:
(A) o avanço das inovações tecnológicas e modificações no desempenho das relações de produção, o papel desempenhado pela ciência
e pela tecnologia passou a ser mais significativo, elevando a produtividade e melhorando a qualidade de vida das populações dos
países periféricos, contribuindo também para a diminuição das divergências étnicas e políticas antes intensas nessas populações.
(B) os investimentos maciços em novas tecnologias atingiu de forma intensa a indústria bélica tornando mais cruéis e violentas as guerras
entre povos e/ou nações rivais em diferentes locais, fato evidenciado nos conflitos que têm ocorrido no Oriente Médio, Região do
Cáucaso e norte da África.
(C) no panorama mundial, os recentes avanços tecnológicos e o controle de novas técnicas por uma pequena parcela da sociedade estão
gerando uma nova configuração, um novo recorte, no jogo de poder entre as nações plenamente capitalistas. Neste aspecto, nota-se
a emergência e consolidação tecnológica e econômica de alguns países asiáticos a exemplo da China e Índia, ambos considerados
líderes no avanço informacional.
(D) ocorre maior oferta de empregos nos países europeus tecnologicamente desenvolvidos, absorvendo grande parte da massa dos
imigrantes africanos, antes considerados excluídos do mercado de trabalho com eliminação do forte e violento movimento xenofóbico
que reinava em grande parte da Europa.
(E) o avanço das inovações tecnológicas provocou o surgimento dos excluídos digitais, pessoas que não têm noção do que é Internet e
grande dificuldade de absorção no mercado de trabalho, embora tal fato tenha diminuído significativamente nos últimos anos,
notadamente na África Subsaariana.
56. Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram, dia 8 de abril de 2010, em Praga, um
histórico acordo de redução de armas nucleares que cortará em cerca de 30% o número de bombas atômicas instaladas em ambos os
países. A assinatura do acordo representa o início da concretização de uma das metas do governo Obama, que diz querer ver um mundo
livre de armas nucleares.
Adaptado de http://noticias.r7.com
Nos próximos anos, o presidente Barack Obama vai decidir se colocará ou não em operação uma nova classe de armas capaz de ati ngir
qualquer lugar do planeta, lançada do solo dos EUA, com precisão e força suficientes para reduzir a dependência americana em relação
ao arsenal nuclear.
Adaptado de Folha de S. Paulo, 24/04/2010
As alterações na política armamentista do governo norte-americano, de acordo com as reportagens, apontam para novas tensões nas
relações internacionais.
Essas tensões estão associadas ao seguinte contexto:
(A) cooperação entre China e Índia
(B) crise em países do Oriente Médio
(D) supremacia da Comunidade Europeia
(E) polarização entre as ex-repúblicas soviéticas
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57. “Os processos de globalização e fragmentação implicam em territórios diversos que se constituem, especialmente neste fim de século,
em Geografia da desigualdade”. (SANTOS, Milton; SOUZA, Mª Adélia A.; SILVEIRA, Maria Laura (orgs.). Território: Globalização e
fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1998. Col. Geografia: Teoria e Realidade)
A partir da interpretação da citação acima, é verdadeiro afirmar que:
(A) uma das características do atual espaço econômico mundial é a presença dos blocos econômicos que evidenciam uma tendência de
fragmentação do território. Esses blocos, no contexto interno, apresentam desigualdades evidentes, como exemplo pode ser citado o
NAFTA, que tem no Canadá seu representante de menor expressão econômica se comparado aos Estados Unidos e México.
(B) a manifestação territorial da Geografia da desigualdade vem se atenuando nos últimos anos, consequência do avanço do processo de
globalização que unifica o espaço mundial em vários aspectos, mas principalmente na mundialização da cultura, com a extinção da
dualidade local/global.
(C) no contexto global, as desigualdades entre os denominados países ricos e países pobres praticamente desapareceram, graças à
integração da economia mundial que propiciou um crescimento significativo dos países emergentes concentrados no chamado “sul
pobre”, a exemplo do Brasil e Argentina.
(D) a globalização tornou o comércio mundial mais intenso, sendo um dos instrumentos deste crescimento a criação da Organização
Mundial do Comércio (OMC), que tem como metas abrir as economias nacionais, eliminar o protecionismo e facilitar o livre trânsito de
mercadorias, o que tem realizado com eficiência, fato que tem contribuído para a diminuição das desigualdades entre as diversas
nações do mundo.
(E) uma demonstração evidente da materialização territorial das desigualdades diz respeito aos benefícios advindos da intensificação dos
meios de comunicação, em especial a internet, que possui maior concentração de usuários nos países ricos e em menor escala de uso
nos países pobres, notadamente no continente africano.
58. O ex-presidente do Banco Central americano disse ontem que “um tsunami do crédito que ocorre uma vez por século” tragou os
mercados financeiros. Em audiência na Câmara dos Representantes dos EUA, frisou que as instituições não protegeram os investidores
e aplicações tão bem como ele previa. Adaptado de O Globo, 24/10/2008
A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 colocou em xeque as políticas neoliberais, adotadas
por muitos países a partir da década de 1980.
A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada com:
(A) diminuição das garantias trabalhistas
(B) estímulo à competição entre as empresas
(C) reforço da livre circulação de mercadorias
(D) redução da regulação estatal da economia
(E) restrições ainda existentes quanto a livre circulação dos capitais especulativos
59. A América se tornara a maior força política e financeira do mundo capitalista. Havia se transformado de país devedor em país que
emprestava dinheiro. Era agora uma nação credora.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall, que consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para que os países europeus
reconstruíssem suas economias.
Um dos resultados desse plano, para os EUA, foi
(A) o aumento dos investimentos europeus em indústrias sediadas nos EUA.
(B) a redução da demanda dos países europeus por produtos e insumos agrícolas.
(C) o crescimento da compra de máquinas e veículos estadunidenses pelos europeus.
(D) o declínio dos empréstimos estadunidenses aos países da América Latina e da Ásia.
(E) a criação de organismos que visavam regulamentar todas as operações de crédito.
60. Com a incorporação de países do Leste Europeu e a perspectiva de entrada de novos países na União Europeia, a preocupação se
volta para a imigração, uma vez que esses países candidatos, por apresentarem instabilidade econômica e alto índice de desemprego,
são “exportadores” de imigrantes em potencial.
Há vários anos, a Turquia vem negociando a sua entrada para a zona do euro, mas encontra oposição dos países membros porque
(A) esteve ao lado dos regimes totalitários em ambas as Guerras Mundiais, o que aumenta a desconfiança dos países-membros em relação
à manutenção dos organismos democráticos.
(B) defende, como signatária dos Acordos de Oslo em 1993, a permanência da Palestina independente, o que contraria os interesses da
maioria dos países europeus.
(C) temem o aumento do percentual da força de trabalho clandestina na construção civil e na agricultura dos países ricos com as reformas
econômicas e as privatizações realizadas no país.
(D) é um país de maioria muçulmana, envolvido ainda em conflitos com o Chipre, país-membro da União Europeia, e com os curdos, que
promovem movimento separatista armado no Leste do país.
(E) houve pequeno crescimento econômico da União Europeia nos últimos anos, fazendo com que as atenções se voltassem para o
desemprego e a redução dos benefícios sociais daqueles que pleiteiam a entrada no mundo globalizado.
61. No que diz respeito à organização do espaço mundial, o cartum a seguir chama a atenção, inequivocamente, para:
62. O nível de concentração de renda em uma sociedade capitalista relaciona-se com as doutrinas econômicas que fundamentam as ações
do Estado. Observe, no gráfico abaixo, a variação da participação da população que constitui o 1% mais rico na renda total nos Estados
Unidos.
Nos Estados Unidos, as doutrinas que predominaram na orientação das políticas
públicas nos períodos de 1930 a 1980 e de 1980 a 2009 foram, respectivamente:
(A) liberalismo – estatismo
(B) estruturalismo – classicismo
(C) fisiocratismo – institucionalismo
(D) keynesianismo – neoliberalismo
(E) liberalismo – neoliberalismo
63. No dia 13 de agosto de 2011, completou-se 50 anos do início da construção do Muro de Berlim, que separou a Alemanha Oriental da
Alemanha Ocidental. O contexto histórico que explica a construção do muro foi
(A) o do Pacto de Varsóvia, que levou os países socialistas a erigirem uma verdadeira “cortina de ferro” para impedir uma possível invasão
ocidental.
(B) o do Plano Marshall, que provocou a recuperação econômica da Alemanha Ocidental, atraindo pessoas do lado comunista.
(C) o da Segunda Guerra, que levou o exército alemão a construir uma barreira para impedir o avanço dos Aliados no desembarque da
Normandia.
(D) o do Tratado da OTAN, que motivou os países capitalistas a tentarem estancar a expansão do socialismo para a Europa Ocidental.
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65. Foi a política megalomaníaca dos Estados Unidos, a partir do Onze de Setembro, que destruiu, quase por completo, as bases políticas
e ideológicas da sua influência hegemônica anterior e deixou o país com poucos elementos, além de um poder militar francamente
atemorizante, que pudessem reforçar a herança da era da Guerra Fria.
(HOBSBAWM, Eric. Globalização, Democracia e Terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 51.)
Sob o ponto de vista da política externa dos Estados Unidos, com o episódio de Onze de Setembro, conclui-se que
(A) os Estados Unidos recuperaram sua hegemonia política, quando conseguiram matar o temido Osama Bin Laden.
(B) a força militar dos Estados Unidos dá relevo à economia do país.
(C) os exércitos terroristas são ameaçadores, porque pertencem a quartéis de Estados Tiranos.
(D) a externalidade do terrorismo que ameaça a vida é tão imaginária quanto a internalidade do capital que a sustenta.
(E) a “religionização” da política, dos ressentimentos sociais e das batalhas por identidade e por reconhecimento é uma tendência exclusiva
dos Estados Unidos.
66. Com o fim da 2ª Guerra Mundial, houve mudanças na política internacional, que redefiniram poderes e trouxeram transformações para
a organização econômica da época. O mundo passou por intenso processo de globalização, o qual ainda perdura. A globalização:
(A) firmou o poder dos Estados Unidos que não têm enfrentado problemas com os países europeus e continua seguro na ordem
internacional.
(B) aproximou países com perspectivas culturais diferentes, evitando conflitos e divulgando a importância da democracia para a sociedade
humana.
(C) fortaleceu a atuação da ONU e dos seus órgãos, que continuam sendo respeitados pela grande eficiência na formulação de novas
políticas.
(D) favoreceu as grandes potências, não modificando as relações sociais nas regiões mais pobres, preocupado, apenas, com a economia.
(E) ajudou na massificação da sociedade, criando eventos culturais milionários e condições propícias para a atuação marcante dos meios
de comunicação.
67. O ex-presidente do Banco Central americano disse ontem que “um tsunami do crédito que ocorre uma vez por século” tragou os
mercados financeiros. Em audiência na Câmara dos Representantes dos EUA, frisou que as instituições não protegeram os investidores
e aplicações tão bem como ele previa.
Adaptado de O Globo, 24/10/2008
A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 colocou em xeque as políticas neoliberais, adotadas
por muitos países a partir da década de 1980.
A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada com:
(A) diminuição das garantias trabalhistas
(B) reforço da livre circulação de mercadorias
(C) estímulo à competição entre as empresas
(D) redução da regulação estatal da economia
69. Em dezembro de 1991, era criada a Comunidade de Estados Independentes (CEI), o que determinava a extinção da União Soviética.
No interior da crise econômica e institucional, que mostrava efeitos havia pelo menos uma década, um elemento decisivo para a criação
da CEI foi
(A) a pressão diplomática do governo J. Carter.
(B) o fortalecimento do Pacto de Varsóvia.
(C) o nacionalismo das repúblicas bálticas.
(D) o embargo militar decretado pela OTAN.
(E) o apoio irrestrito do Partido Comunista russo.
70. A América se tornara a maior força política e financeira do mundo capitalista. Havia se transformado de país devedor em país que
emprestava dinheiro. Era agora uma nação credora.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall, que consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para que os países europeus
reconstruíssem suas economias.
Um dos resultados desse plano, para os EUA, foi
(A) o aumento dos investimentos europeus em indústrias sediadas nos EUA.
(B) a redução da demanda dos países europeus por produtos e insumos agrícolas.
(C) o crescimento da compra de máquinas e veículos estadunidenses pelos europeus.
(D) o declínio dos empréstimos estadunidenses aos países da América Latina e da Ásia.
(E) a criação de organismos que visavam regulamentar todas as operações de crédito.
71. A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido
mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa.
Disponível em: http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes
da União Europeia?
(A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela
Primeira Guerra Mundial.
(B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.
(C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda
Guerra Mundial.
(D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais
nações europeias.
(E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes.
72. As duas guerras mundiais cortaram boa parte dos vínculos econômicos entre os países. Depois de 1945, a economia capitalista
recuperou, pouco a pouco, seu alcance mundial, num processo conduzido, principalmente, pelas empresas multinacionais.
A partir do final da década de 1980, o cenário econômico mundial passou por profundas transformações. Dentre elas, a ascensão ao poder,
nos dois países mais importantes do mundo capitalista, do presidente norte-americano Ronald Reagan e da primeira-ministra britânica
Margaret Thatcher. Suas ações políticas atacaram os direitos trabalhistas e os benefícios sociais, em prejuízo da maioria da população. O
objetivo era aumentar a parcela da riqueza nacional em mãos dos capitalistas. A desigualdade social se acentuou. As empresas estatais
foram quase todas privatizadas e o controle do Estado sobre as companhias particulares foi reduzido ao mínimo.
Outra mudança importante neste período foi o fim do comunismo soviético, numa sequência de eventos que têm como marco a queda do
Muro de Berlim, em 1989. A Guerra Fria terminou, com a vitória indiscutível do capitalismo.
(FUSER, Igor. Geopolítica: o mundo em conflito, 2006. Adaptado.)
O texto enfatiza a ascensão ao poder de líderes políticos partidários
(A) do socialismo.
(B) do neoliberalismo.
(C) do comunismo.
(D) do fascismo.
(E) da social-democracia.
73. A fábrica global instala-se além de toda e qualquer fronteira, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho social
e outras forças produtivas. Acompanhada pela publicidade, a mídia impressa e eletrônica, a indústria cultural, misturadas em jornais,
revistas, livros, programas de rádio, emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores e outros meios de comunicação,
informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza os mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e
reterritorialização das coisas, gentes e ideias. Promove o redimensionamento de espaços e tempos.
(Octavio Ianni, Teorias da Globalização, 2002.)
Partindo da metáfora de fábrica global de Octavio Ianni, pode-se identificar como características da globalização
(A) o amplo fluxo de riquezas, de imagens, de poder, bem como as novas tecnologias de informação que estão integrando o mundo em
redes globais, em que o Estado também exerce importante papel na relação entre tecnologia e sociedade.
(B) a imposição de regras pelos países da Europa e América do Sul nas relações comerciais e globais que oprimem os mais pobres do
mundo e se preocupam muito mais com a expansão das relações de mercado do que com a democracia.
(B) a busca das identidades nacionais como única fonte de significado em um período histórico caracterizado por uma ampla estruturação
das organizações sociais, legitimação das instituições e aparecimento de movimentos políticos e expressões culturais.
(D) o multiculturalismo e a interdependência que somente podemos compreender e mudar a partir de uma perspectiva singular que articule
o isolamento cultural com o individualismo.
(E) a existência de redes que impedem a dependência dos polos econômicos e culturais no novo mosaico global contemporâneo.
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74. “Em um zoológico, satisfazem-se as necessidades materiais básicas, mas não se pode sair da clausura. Nessas circunstâncias, muitos
animais suspiram por voltar à selva. Sem dúvida, esquecem, ou nunca souberam, que o mundo da selva é cruel e que poucos ali sobrevivem
decentemente e menos ainda são os que triunfam. Além disso, durante o período da grande transição, as vantagens do zoológico são
subestimadas e as da selva, exageradas.”
L. Enmerij, “Perestroika en Occidente”, in R. Haesbaert, Blocos internacionais no poder.
Considerando o processo de declínio do mundo socialista, o texto sugere que
(A) os problemas sociais observados nos países do antigo Bloco Socialista não seriam solucionados com a simples transição para o
Capitalismo.
(B) a Glasnost - e sua proposta de transparência política - deixou nítida a superioridade técnica e social gerada pelo Capitalismo, em
comparação com o Socialismo.
(C) havia, a partir da Perestroika, esperanças de que o mundo sucumbisse à estabilidade econômica e social promovida pelo Socialismo
Utópico.
(D) a democracia e a liberdade, típicas do mundo capitalista, promoveram a superação dos problemas de ordem social que o sistema
possa ter originado, daí sua supremacia.
(E) o elevado padrão de vida, a igualdade social e a democracia, garantidos pela estrutura socialista, a exemplo da ex URSS, nunca serão
atingidos dentro do mundo capitalista.
75. Com base no texto, no mapa e na figura a seguir, responda as duas próximas questões.
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), assinou na quarta-feira (2) o ato que cria quatro comissões especiais
para analisar os projetos enviados ao Congresso. O primeiro altera o modelo atual de contrato de ___________ para um sistema de
__________; o segundo, cria a Petro-sal, estatal que vai gerenciar o pré-sal; o terceiro, estabelece um Fundo Social para gerir e distribuir
os recursos e o último prevê a capitalização da Petrobras.
Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0„MUL1293588-5601,00-
ENTENDA+A+TRAMITACAO+DOS+PROJETOS+DO+PRESAL+NO+CONGRESSO.html. Acesso em: 15 ago. 2009.)
76. Sobre a ocorrência do pré-sal, conforme ilustrado no mapa e na figura, é correto afirmar:
(A) As reservas do pré-sal recebem esta denominação por estarem localizadas abaixo do nível do mar, constituindo-se na maior jazida de
sal descoberta até hoje, cujas camadas podem chegar a ter até 2 km de espessura.
(B) Os técnicos ainda não conseguiram estimar a quantidade total de gás natural a ser extraído, pois não se sabe exatamente qual a
intensidade da camada pré-sal. Nos dois campos a serem explorados a estimativa é de que as reservas cheguem a 12 bilhões de toneladas.
(C) A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural, localizado nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo
(região litorânea entre os estados de Santa Catarina e o Espírito Santo).
(D) Em abril de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em altíssimas quantidades. Esta exploração vem
ocorrendo no Campo de Tupi, 3 a 5 mil metros abaixo do nível do mar.
(E) A produção na camada pré-sal se justifica por investimentos de baixo custo tecnológico necessários para a exploração do petróleo, em
função da rasa profundidade das reservas, que chegam a alcançar menos de mil metros abaixo do nível do mar.
77. “Embora tenha suas origens mais imediatas na expansão econômica ocorrida após a segunda guerra e na revolução técnico cientifica
ou informacional, a globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista.”
(MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione,
2002.p. 03)
Com relação ao desenvolvimento do capitalismo, sua mundialização e globalização, é possível afirmar que:
(A) Os tigres asiáticos começaram a se constituir como potencias econômicas a partir da aplicação da política de bem-estar social e do
taylorismo/fordismo como elementos dinamizadores de suas economias.
(B) A constituição do MERCOSUL foi uma resposta político- econômica dos países da América Latina à perspectiva de constituição do
NAFTA, uma vez que suas economias apresentam elevado grau de complementaridade e integração entre os setores primário, secundário
e terciário.
(C) A chamada terceira revolução cientifica e tecnológica vem contribuindo intensamente com a integração entre os mercados, uma vez
que possibilita maior grau de flexibilidade aos capitais internacionais, inclusive na perspectiva de substituição do dinheiro de papel pelo
dinheiro de plástico e virtual em tempo real.
(D) Com a crise da economia americana, o valor das commodities agrícolas tem baixado seguidamente, contribuindo para atenuar a fome
no Chifre da África.
(E) A crise que assola a economia-mundo tem contribuído para alterar e inverter as relações entre os países na divisão internacional do
trabalho, pois até a China passou a ser credora dos Estados Unidos da América.
78. A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido
mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. Disponível em:
http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes
da União Europeia?
(A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela
Primeira Guerra Mundial.
(B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.
(C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda
Guerra Mundial.
(D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais
nações europeias.
(E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes.
79. No dia 13 de agosto de 2011, completou-se 50 anos do início da construção do Muro de Berlim, que separou a Alemanha Oriental da
Alemanha Ocidental. O contexto histórico que explica a construção do muro foi
(A) o do Pacto de Varsóvia, que levou os países socialistas a erigirem uma verdadeira “cortina de ferro” para impedir uma possível invasão
ocidental.
(B) o do Plano Marshall, que provocou a recuperação econômica da Alemanha Ocidental, atraindo pessoas do lado comunista.
(C) o da Segunda Guerra, que levou o exército alemão a construir uma barreira para impedir o avanço dos Aliados no desembarque da
Normandia.
(D) o do Tratado da OTAN, que motivou os países capitalistas a tentarem estancar a expansão do socialismo para a Europa Ocidental.
(E) a adoção da política de contenção ao avanço do capitalismo sobre o Leste europeu.
80. A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido
mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. Disponível em:
http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes
da União Europeia?
(A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela
Primeira Guerra Mundial.
(B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.
(C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda
Guerra Mundial.
(D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais
nações europeias.
(E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes.
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81. A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido
mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. Disponível em:
http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes
da União Europeia?
(A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela
Primeira Guerra Mundial.
(B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.
(C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda
Guerra Mundial.
(D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais
nações europeias.
(E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes.
82. A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido
mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. Disponível em:
http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes
da União Europeia?
(A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela
Primeira Guerra Mundial.
(B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.
(C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda
Guerra Mundial.
(D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais
nações europeias.
(E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes.
83. Com relação ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), podemos afirmar que:
I. A aproximação geopolítica entre Brasil e Argentina, que representou uma ruptura com a tradição de rivalidade das relações entre
esses dois países, foi fator determinante para o seu surgimento.
II. O Tratado de Assunção, em 1991, o constituiu formal e juridicamente e contou, além do Brasil e da Argentina, com a participação do
Paraguai e do Chile como países-membros do novo Bloco.
III. A Zona de Livre Comércio estabelecida entre os países-membros implica na adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC) pelos seus
integrantes.
IV. Não há soberania compartilhada, de modo que cada Estado conserva a prerrogativa de impedir a adoção de decisões com as quais
não concorda.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas:
(A) I e II
(B) I, II e III
(C) I e IV
(D) II, III e IV
(E) III e IV
84. O termo BRICS tem sido utilizado para designar os países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Sobre esses países, é correto
afirmar que:
(A) formam um bloco econômico que, a exemplo do Mercosul e da União Europeia, estão estabelecendo um conjunto de tratados e acordos
visando a integração da economia.
(B) são considerados países emergentes, embora possuam diferenças expressivas entre si, no que diz respeito a população, território,
recursos naturais e industrialização.
(C) sua importância como bloco econômico e político tem reformulado a geopolítica mundial e rivalizado com outras entidades
supranacionais, a exemplo da ONU.
(D) Uma das suas características é a semelhança no regime político adotado, mostrando que o mundo ainda se divide por questões de
natureza ideológica.
(E) sua emergência como bloco foi consequência da alta capacidade em articular necessidades globais com interesses regionais, acima
dos interesses econômicos e políticos.
85. A mundialização da economia capitalista é um processo que se intensifica nos dias atuais. A formação dos grandes monopólios
capitalistas, denominados transnacionais que operam a unificação mundial do capital em diferentes localidades, é a expressão moderna
da etapa monopolista do capital mundial como demonstra a figura abaixo.
Sobre os blocos econômicos comerciais, analise as afirmativas a seguir.
I - O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi criado a partir do Tratado de
Assunção, em março de 1991, do qual fazem parte principalmente o Brasil,
Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia. O objetivo deste bloco era promover
a livre circulação de bens e de serviços e adotar uma política comercial comum
em relação a outros estados ou agrupamentos de estados, utilizando, por
exemplo, a redução ou a eliminação de tarifas alfandegárias.
II - A Alca (Área de Livre Comércio das Américas), criada em 1989, pretendia
formar uma vasta zona econômica ou zona de livre comércio que englobaria,
pelo menos, 35 países do continente (com exceção de Cuba), em qual os
Estados Unidos seria o maior beneficiado. Dentre os problemas apresentados
para a implantação desse bloco, destaca-se a inflexibilidade dos Estados Unidos
em discutir o anti-dumping e os subsídios à agricultura.
III - A União Europeia (UE) foi criada pelo Tratado de Roma (em 1957), mas só
recebeu esta denominação em 1994. O objetivo deste bloco era recuperar a
economia dos países membros, a partir da livre circulação de mercadorias,
serviços, capitais e pessoas e implantação de uma moeda única, o Euro.
IV - A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) surgiu em 1993,
como um projeto para criar até 2020, a maior zona de livre comércio do mundo,
reunindo mais de 20 países. O grande problema desse bloco são as
características muito distintas dos países membros. Compõem este bloco os
Estados Unidos, Malásia, Canadá, Vietnã, Filipinas, Coreia do Sul, Chile, Peru,
Japão, Austrália, entre outros.
86. A iniciativa para as Américas, lançada pelo presidente George Bush em junho de 1990, se inseria na orientação reformista: a sua meta
consistia na formação de uma zona de livre comércio em todo o continente americano, com a exclusão de Cuba. Essa zona de integração
econômica é chamada de:
(A) Mercado Comum do Sul (Mercosul).
(B) União Europeia.
(C) Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
(D) Zona da Bacia do Pacífico.
(E) Novos Países Industrializados (NPIs).
87. Há mais de um ano existem divergências acentuadas nas relações comerciais entre Argentina e Uruguai, fato que contribui para
fragilizar ainda mais o Mercosul. Devido ainda a outros fatores de ordem econômica, parte do governo uruguaio já se mostra disposta a
assinar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos.
Sobre as relações entre Argentina e Uruguai e as atuais relações comerciais entre os membros do Mercosul, considere as afirmativas a
seguir.
I. Uma das divergências entre Argentina e Uruguai está relacionada à construção de duas fábricas de papel de celulose que já direcionaram
seus investimentos para o Uruguai.
II. As exportações do Uruguai para os Estados Unidos representam, hoje, mais que o total das exportações para os três países do
Mercosul.
III. Uma das divergências entre Argentina e Uruguai se deve ao fato de a Argentina afirmar que as fábricas de papel de celulose a serem
instaladas são poluentes e poderão afetar o rio Uruguai que divide os dois países.
IV. As exportações do Uruguai para os Estados Unidos representam, hoje, apenas a metade das exportações para os três países do
Mercosul.
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88. Comparando-se o Mercosul e a União Europeia é correto afirmar que:
(A) Enquanto a União Europeia conheceu ampla integração territorial por meio das infraestruturas (ferrovias, rodovias, hidrovias) antes
mesmo de sua institucionalização, o Mercosul passou a expandir tais infraestruturas somente após sua criação e ainda assim em ritmo
bastante lento.
(B) Não são passíveis de comparação, pois a União Europeia resultou de um tratado amplo e antigo entre países desenvolvidos e o
Mercosul é um acordo de Livre Comércio entre países subdesenvolvidos que nunca visou a qualquer tipo de integração regional.
(C) A integração regional da União Europeia atinge as esferas econômica, social, política e cultural do mesmo modo que o Mercosul, que
projeta para o futuro a plena integração comercial em todos os setores da economia e uma moeda comum ainda para 2006.
(D) Nos dois casos verificou-se que, após as tentativas de integração regional, as relações comerciais entre os países membros
praticamente não foram afetadas, pondo em dúvida a eficácia dessas organizações supranacionais.
(E) A União Europeia tem colhido fracassos em razão de ser composta por países que têm um histórico recente de conflitos armados, ao
passo que os sucessos do Mercosul devem-se à harmonia natural de países vizinhos sem histórico de conflitos.
89 A charge indica uma ironia para quem conhece os recentes processos histórico-sociais
da América Latina, porque
(A) Che Guevara lutava pelo fim do fordismo na sociedade capitalista dos anos de 1960,
por considerá-lo o maior problema para a construção do socialismo, e a sua imagem, na
charge, é construída pelos maiores ícones do setor automobilístico internacional.
(B) o sistema socialista, defendido por Che Guevara, é baseado na produção e consumo
em massa de bens duráveis, e foi derrotado pelas corporações automobilísticas
internacionais. Na charge, a imagem de Che Guevara é formada por elas.
(C) a imagem de Che Guevara foi formada por ícones da sociedade de consumo, o que
desvirtua a essência do seu pensamento revolucionário e anticapitalista.
(D) Che Guevara, líder revolucionário socialista, assassinado a mando das corporações
automobilísticas internacionais, é mostrado exatamente pelas principais marcas mundiais
envolvidas com a sua eliminação.
(E) por mais que Che Guevara representasse, nos anos de 1960, a resistência ao domínio
do capitalismo internacional, importantes corporações do setor automobilístico utilizaram,
durante a Guerra Fria, a sua imagem na mídia de massa como ícone da juventude
consciente e da liberdade de expressão.
90. “Do total de 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de água da terra, menos de 1% é potável e de fácil acesso. Mas a crise da água é
menos uma questão de escassez natural do que de mau gerenciamento e uso.”
http://historia-e-cultura.blogspot.com.br/2010/03/dossie-agua.html. Acesso: 30 de março de 2011.
Uma consequência do problema relacionado no texto está:
(A) No desenvolvimento da técnica da dessalinização, dando acesso igualitário a água para todos.
(B) Na eclosão de conflitos pela posse e utilização desse bem em bacias hidrográficas transnacionais.
(C) Na transformação da água em um bem econômico, virando numa comoditie para os países mais pobres.
(D) No aumento da oferta de água virtual pelos países ricos, minimizando as deficiências onde a crise é maior
91. A ONS (Operador do Sistema Nacional de energia) manda triplicar geração de usinas termelétricas” A partir de amanhã, o sistema
elétrico brasileiro voltará a gerar mais energia de termelétricas – mais poluente e com um custo mais alto, que é repassado para as contas
de luz dos consumidores (...) A produção passará de 700 MW para 2.000 MW. (...) O uso das térmicas que estava concentrado no Nordeste
será estendido para o Sul e para o Sudeste.” Fonte: O Globo, 04 de junho de 2010.
A justificativa da elevação da produção de energia em termoelétricas por parte do operador nacional do sistema se justifica:
(A) Pela estiagem que pode diminuir os reservatórios das hidroelétricas para o verão comprometendo a produção.
(B) Pelo aumento do consumo de energia em todo os país nos meses de inverno, época em que as pessoas ficam mais em suas
residências.
(C) Pelas constantes interrupções no sistema nuclear de Angra I e II, em virtude da falta de investimentos em tecnologia para o setor.
(D) Pelas descoberta das jazidas de petróleo da camada do pré-sal que, exploradas economicamente, poderão abastecer de óleo as
termoelétricas do Sudeste.
92. A transição demográfica pela qual passa o nosso país e também São Paulo estão evidenciadas nas pirâmides pela:
(A) Manutenção do número de jovens e adultos.
(B) Diminuição da mortalidade infantil e do número de idosos.
(C) Redução da taxa de natalidade e ampliação da expectativa de vida.
(D) Queda em números absolutos da PEA e aumento do número de aposentados.
93. O texto abaixo, de Frei Betto, foi publicado pouco antes do evento Rio+20.
“Em junho, o Brasil abrigará, no Rio, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Paralelo ao evento
oficial, haverá a Cúpula dos Povos, que congrega os movimentos sociais e ambientais. A disputa será entre a “economia verde”, defendida
pelos arautos do neoliberalismo e a “economia solidária”. [...] Constata a ONU que, embora tenha havido melhoria nos itens saúde e
educação, comparados às décadas anteriores, ainda hoje cerca de 900 milhões depessoas crarecem de acesso à água potável, e 2,6
bilhões não dispõem de saneamento básico [...].”
Revista Caros Amigos.São Paulo: Abril. V.16.n.181, 20 abr.2012, p.16.
A disputa a que o texto faz referência deve-se ao fato de os defensores da “economia solidária” acreditarem que não haverá preservação
ambiental sem a adoção de medidas eficazes de
(A) combate à corrupção dos políticos na esfera do poder municipal
(B) alavancagem do aumento do volume produtivo do setor industrial
(C) implementação de políticas agrárias para a produção de exportação
(D) crescimento potencial energético com construção de novas hidrelétricas
(E) superação do atual modelo de desenvolvimento predatório de distribuição desigual da riqueza
94. “Algo sinistro começou a acontecer nos Estados Unidos, em 2006. A taxa de despejos em áreas de baixa renda de cidades antigas,
[...], repentinamente, explodiu. Contudo, as autoridades e a mídia não deram atenção porque as pessoas afetadas eram de baixa renda,
[...]. Foi somente em 2007, quando a onda de despejos atingiu a classe média branca, [...], as autoridades começaram a levar em
consideração, e a grande imprensa, a comentar. Projetos de novos condomínios e comunidades fechadas (muitas vezes em “bairros
dormitórios” ou atravessando zonas urbanas periféricas) começaram a ser afetados. Até o fim de 2007, quase 2 milhões de pessoas
perderam suas casas, e outros 4 milhões corriam o risco de ser despejados. [...] Isso desencadeou uma espiral de execuções hipotecárias.”
HARVEY, David. O enigma do capital e as crises do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2011.
Uma grave crise econômica instaurou-se recentemente nos EUA. Assim é que, em 2008, a crise das hipotecas subprime, como veio a ser
chamada, provocou
(A) pequena diminuição no valor das casas
(B) aumento de preço dos imóveis nos grandes centros
(C) descongelamento dos créditos nos mercados globais
(D) desmantelamento de grandes bancos de investimentos, como o Lehman Brothers
(E) privatização de instituições de empréstimos em outras partes do mundo, como o Northern Rock
95. “ [...] a Embraer e a Telebrás divulgaram um acordo que promete ajudar o Brasil a acelerar sua capacitação no setor aeroespacial,
desenvolver novas tecnologias, ter mais autonomia no setor de defesa e, de quebra, levar a internet por banda larga aos locais mais
remotos do país. As duas companhias anunciaram a formação de uma nova empresa. [...] A primeira missão [...] será capitanear o
desenvolvimento de um novo satélite geoestacionário, [...]. A principal função do novo equipamento, prestar o serviço de transmissão de
dados sigilosos ao Ministério de Defesa, é importantíssima para o país.”
Revista Isto É. São Paulo: Abril, n. 2.221, 6 jun. 2012, p. 126.
Levando-se em conta a principal função do novo equipamento, expressa no trecho acima, tal empreendimento é muito importante porque
o Brasil carece de satélites para transferência de informações de forma segura.
Nesse contexto, encontram-se, especialmente, as de caráter
(A) espacial
(B) ambiental
(C) estratégico
(D) sociológico
(E) econômico
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96. “[...] uma das afirmações centrais concernentes à democracia consiste em admitir que se trata de uma forma política não só aberta aos
conflitos, mas essencialmente definida pela capacidade de conviver com eles e de acolhê-los, legitimando-os pela institucionalização dos
partidos e pelo mecanismo eleitoral. Tem sido também uma das bandeiras de luta democrática a negação do partido único como uma
impossibilidade de fato e de direito para a prática democrática. Essas afirmações [...] omitem o fundamental [...]: a questão da qualidade.
[...] Isso significa que se, por um lado, o pluripartidarismo implica aceitação das divergências, por outro, enquanto multiplicidade de
posições, é apenas um signo da possibilidade democrática e não a efetividade democrática . Tanto isso é verdade que cada um dos
partidos pode organizar-se de tal forma que nele não haja democracia interna, como ainda serve de álibi para aqueles que apontam os
partidos como prova de inexistência de vida democrática.”
CHAUÍ, Marilena. Cultura e Democracia – o discurso competente e outras falas. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
No fragmento do texto de Chauí sobre a democracia, prioriza-se a abordagem de ordem
(A) filosófica, porque enfoca os princípios dos sistemas econômicos.
(B) sociológica, porque enfatiza uma reflexão sobre as instituições democráticas.
(C) histórica, porque resgata o processo de construção das sociedades democráticas.
(D) econômica, porque discute as relações entre democracia e sistemas políticos.
(E) geográfica, porque valoriza a individualização de espaços com regimes políticos hegemônicos.
97. “O texto abaixo ilustram um dos graves desafios que o País enfrenta.
A qualidade da educação pública no ensino fundamental e médio é de longe o maior desafio que o Brasil enfrenta. [...] Dos 3,5 milhões
de alunos que ingressam no ensino médio, apenas 1,8 milhão se formam. Desses, só 10% atingem nível esperado de aprendizado. [...]
isso significa que, todo ano, jogamos milhões e milhões de adolescentes despreparados no mercado de trabalho, sem nenhuma perspectiva
de ascensão social e econômica.”
Revista Época. São Paulo: Abril. Edição Histórica, n. 733, 4 jun. 2010, p. 75.
Considerando-se não ser adequado isolar um único aspecto, mas um conjunto de ações eficazes, é urgente que, em primeira instância, a
educação
(A) seja uma prioridade do Estado.
(B) apresente oferta de cursos para preparação do corpo docente.
(C) aponte para a adoção do horário integral nas escolas federais.
(D) receba investimentos do setor público estadual para o ensino a distância.
(E) represente a função básica das empresas privadas do setor produtivo.
99. "Um Mundo Urbano. Sinal de alerta: mais da metade da população mundial já vive nas cidades, o que aumenta os desafios sociais e
ambientais a enfrentar, como a pobreza, a fome e o aquecimento global."
Sobre o fenômeno da urbanização do espaço brasileiro e mundial, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
(A) Na primeira metade do século XX as maiores aglomerações urbanas do mundo estavam concentradas nos países desenvolvidos e no
continente europeu. Hoje, elas estão nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento da América Latina e da Ásia.
(B) O processo de urbanização do Brasil se intensificou e acelerou após a segunda metade do século XX e está diretamente relacionado
com a industrialização e o êxodo rural.
(C) As cidades denominadas de metrópoles mundiais ou cidades globais são aquelas que concentram poder econômico e desenvolvimento,
polarizando espaços que ultrapassam os limites nacionais como, por exemplo, Londres e Berlim.
(D) Apesar do seu grande crescimento populacional a cidade de São Paulo, um dos maiores aglomerados urbanos mundiais, não é
classificada como metrópole global pois, seus indicadores sociais estão entre os piores do mundo.
(E) Com o crescimento acelerado das cidades brasileiras e o baixo poder aquisitivo de sua população o resultado é a favelização acentuada
da população urbana do país e os problemas decorrentes disso.
100. Em 2008, pela primeira vez na história, o número de habitantes residentes nas
cidades será maior do que o das áreas rurais. E provavelmente quem vai fazer a
balança pender para o lado urbano irá viver numa favela. Mais de 1 bilhão de
pessoas – um terço da população urbana – vive hoje em favelas, estima a ONU. No
gráfico, encontram-se dados sobre o crescimento da população mundial e das
favelas.
Considerando os dados do gráfico, assinale a alternativa que possa justificar
corretamente o crescimento das favelas no mundo.
(A) Ser um tipo de habitat fincado em uma estrutura muito parcelada.
(B) Inexistir uma política habitacional para a população vinda do campo.
(C) Haver um déficit crônico de moradias em todos os países do mundo.
(D) Incentivar a formação de núcleos residenciais em áreas periféricas.
(E) Estimular a ocupação dos espaços vazios dos grandes centros.
101. “Parece-nos também muito útil que se levante uma cidade central no interior do Brasil, para assento da Corte ou da Regência, que
poderá ser na latitude pouco mais ou menos de 15°, em sítio sadio, ameno, fértil, e rega do por um rio navegável. Desse modo, fica a Corte
ou a Regência livre de qualquer assalto e surpresa externa; e se chama para as províncias centrais o excesso de população vadia das
cidades marítimas e mercantis. Dessa Corte central dever- se-ão logo abrir estradas para as províncias e portos do mar, para que se
comuniquem e circulem com toda a prontidão as ordens do governo e se favoreça por ela o comércio interno do vasto império do Brasil.”
José Bonifácio de Andrada e Silva. "Lembranças e apontamentos do governo provisório para os senhores deputados da Província de São
Paulo". In: Demetrio Magnoli e Regina Araujo. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo: Moderna, 2005, p. 94.
Utilizando-se do texto apenas como referencial e recorrendo a seus conhecimentos acerca do processo de ocupação do Distrito Federal e
assuntos correlatos, assinale a alternativa correta.
(A) Funcionando desde o início de sua construção como polo de atração migratória, o Distrito Federal vive atualmente um processo de
forte crescimento populacional, somente comparável ao da década de 80 do século XX. Tal constatação, associada à redução das taxas
de mortalidade e ao aumento expressivo das taxas de natalidade, permite inferir os graves problemas de trânsito, moradia e emprego que
o DF deverá enfrentar nas décadas futuras.
(B) As características físicas sugeridas por Andrada e Silva para a região em que a "cidade central" deveria ser erguida correspondem,
genericamente, ao sítio de Brasília: o clima é ameno, o solo é, naturalmente, muito fértil, e a área é dotada de rios navegáveis de grande
caudal.
(C) Por situar-se em área de relevo planáltico, o que equivale dizer "plano" e "alto", o Distrito Federal não convive com problemas que
atormentam outras cidades, como deslizamentos de encostas. Além disso, uma das características do regime de chuvas é sua regular
distribuição durante o ano, o que não sujeita Brasília a enchentes, situação corriqueira em capitais como São Paulo e Belo Horizonte.
(D) O Governo do Distrito Federal (GDF) realizou estudos para implementar um sistema de transporte conhecido como Veículo Leve sobre
Trilhos (VLT), cujas obras estarão, segundo previsão do GDF, concluídas em 2014. Quando concluído, o VLT ligará o aeroporto ao final
da Asa Norte, passando pela avenida W3, e deverá contribuir significativamente para a redução do fluxo de veículos naquela via.
(E) A recomendação feita no texto ao sistema de transporte que deveria integrar a nova capital ao restante do país foi cumprida à risca.
Entretanto, quanto às ferrovias, hoje a capital não possui ligação com outras cidades, sendo o transporte de carga feito exclusivamente
por via rodoviária e (ou) aérea.
102. As Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDES) surgem como uma resposta às possibilidades de transformação social
preconizadas pela Constituição de 1988, apontando para um modelo no qual o Estado deixa de ser o provedor absoluto de bens e serviços
públicos e responsável único pela promoção do desenvolvimento econômico e social e passa a adotar estratégias de descentralização, de
forma que novos atores e arranjos institucionais e territoriais começam a participar do processo de desenho e implementação de políticas
públicas.
A respeito da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE/DF), é correto afirmar que
(A) foi a primeira RIDE brasileira, criada em 1988, pela Lei Complementar n.º 94, para reproduzir as desigualdades regionais causadas
pela alta concentração urbana em volta do Distrito Federal e as pressões de demanda por serviços públicos.
(B) fatores como a valorização do solo no Distrito Federal e o acesso aos serviços públicos vêm provocando um movimento de migração
seletiva, que afasta para a periferia grupos populacionais de menor renda e menor grau de instrução, o que fragiliza cultural e socialmente
as regiões periféricas da RIDE/DF.
(C) sendo apenas de interesse dela os serviços públicos relacionados às áreas de infra-estrutura, transportes e sistema viário, uso e
ocupação do solo etc., sendo específicos de municípios, estados e Distrito Federal o planejamento dos serviços de educação, cultura e
assistência social.
(D) uma das regionalizações propostas para a RIDE/DF considera o Distrito Federal como área central e propõe a existência de três regiões
polarizadas (I = alta, II = média, e III = baixa polarização), demonstrando que, quanto mais próximo do DF, menores são a dependência
econômica e a pressão pelo uso dos serviços públicos e maiores são os contrastes econômicos e sociais.
(E) ela, por envolver municípios de mais de uma unidade da Federação, é uma forma de ação menos ampla que a prevista nas Leis
Orgânicas dos Municípios e nas Regiões Metropolitanas.
103. Sustentabilidade é um conceito que só ganha força quando boas ideias se transformam em grandes ações. É por acreditar nisso que
várias empresas estão desenvolvendo alternativas energéticas eficientes e renováveis e tomando as medidas necessárias para gerar cada
vez menos impactos ambientais. A utilização da energia elétrica de forma consciente, o investimento em pesquisa e o desenvolvimento de
veículos elétricos, o emprego de novas fontes como a biomassa e a energia eólica, e a utilização de créditos de carbono são preocupações
que há algum tempo já viraram ações dessas empresas. A atitude dessas empresas tem por objetivo:
(A) colocar a sustentabilidade em prática na vida das pessoas.
(B) promover o uso consciente dos recursos não renováveis.
(C) permitir a reutilização de áreas consideradas degradadas.
(D) preservar as fontes de energia antes do seu esgotamento.
(E) contribuir para a qualidade de vida de seus consumidores.
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104. Sobre o espaço econômico brasileiro, suas características e o processo industrial do Brasil, todas as alternativas abaixo estão
corretas, EXCETO:
(A) Dentre os fatores responsáveis pela concentração industrial na região Sudeste, podemos afirmar que a região foi se organizando como
área de atração da população e de capital, tornando-se região concentradora de riquezas. O mercado consumidor que aí se formou, o
desenvolvimento do sistema rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração contribuíram para a concentração industrial nesta
região.
(B) São Paulo concentra a maior parte da produção industrial do país, cujas raízes encontram-se nas etapas iniciais do processo da
industrialização do Brasil. Mas, nos últimos anos, a participação relativa do Estado começa a diminuir, o que reflete o início do processo
de dispersão industrial espacial, no país.
(C) O processo industrial brasileiro se firmou nos anos 70, os anos do “milagre brasileiro”, baseado em um tripé, representado pela forte
participação do capital estatal, pelos grandes conglomerados transnacionais e um mercado consumidor em ascensão.
(D) Uma das características do processo industrial atual do Brasil, corresponde à forte dispersão financeira das empresas e à grande
concentração espacial.
(E) Uma das influências diretas da inserção do Brasil nos mercados globais é a disseminação no território brasileiro dos pólos tecnológicos
próximos de centros universitários e de pesquisas.
106. O Congo poderia ser o grande motor da África. No centro do continente, com 63 milhões de habitantes, é um dos maiores países
africanos. Coberto da vegetação luxuriante de sua enorme floresta tropical, a segunda maior do mundo, menor apenas que a amazônica,
o país é rico em diamantes, ouro, cobre e minério de uso na indústria eletrônica. Toda essa riqueza, paradoxalmente, tem sido uma
maldição para o país. Desde 1998, conflitos dilaceram o país que já matou mais de 4 milhões de pessoas. É a guerra que mais mata no
mundo, apesar de ter sido considerada encerrada em 2003. O conflito congolês é semelhante aos que ocorrem nos demais países do
continente e têm como principal causa:
(A) excedente demográfico das nações.
(B) rivalidades entre diversas etnias.
(C) disputas pelas riquezas do subsolo.
(D) intromissão de grupos estrangeiros.
(E) avanço do fundamentalismo islâmico.
107. No avanço da história do capitalismo, uma das condições fundamentais foi a dependência total da economia dos países ao suporte
energético. O Brasil possui um potencial energético privilegiado, buscando se fortalecer em algumas áreas e inovando em outras.
No que se refere à realidade atual brasileira frente ao tema energia, pode-se afirmar que:
(A) A matriz da produção de energia no Brasil tem como eixo dominante o petróleo, a energia hidráulica e a biomassa, sendo que os
setores que mais consomem são o setor industrial e o de transportes.
(B) Entre as alternativas de combustíveis renováveis, se destaca o avanço do uso do carvão mineral como alternativa menos poluente que
o uso do petróleo. Estas jazidas no Brasil são encontradas na região sudeste.
(C) O maior potencial hidrelétrico já instalado está na bacia do Rio Amazonas, região onde se iniciou e se consolidou o processo de
industrialização brasileiro.
(D) O Brasil é abastecido de gás natural através de gasodutos que diminuem o custo de transporte e dinamiza a sua distribuição. O principal
fornecedor deste combustível é o Chile que se destaca como grande exportador para os outros participantes do Mercosul.
(E) Apesar de a energia eólica ser considerada renovável, não teve uma boa aceitação no Brasil, pela inconstância dos ventos, pois, sem
eles, as hélices não giram e, portanto, não produzem energia.
108. Uma das lógicas do mundo globalizado é a fusão de empresas. Assim, nos últimos anos, nos habituamos a tomar conhecimento de
megafusões através da mídia como: “InBev leva dona da Budweiser por US$ 52 bi” – Negócio cria a maior cervejaria do mundo, com
receita anual de US$ 36bilhões.
“Arcelor diz 'sim' à Mittal” – Siderúrgica indiana compra concorrente por 25,6 bilhões de euros, criando gigante global do aço. “Compra da
Gillette pela Procter & Gamble forma companhia com dois terços do mercado global.”
“Megafusão une grifes esportivas: Líder na Europa, alemã Adidas pagará 3,1 bilhões de euros (quase R$ 8,8 bilhões) pela americana
Reebok.”
Além de assegurar o domínio do segmento em que atuam, a opção que assinala corretamente o outro objetivo dessas megafusões é:
(A) ter acesso a novas tecnologias produtivas.
(B) controlar a distribuição de matérias-primas.
(C) uniformizar os salários dos trabalhadores.
(D) facilitar a produção e distribuição dos itens produzidos.
(E) reduzir custos operacionais e trabalhistas.
109. Representantes de 32 países latino-americanos e caribenhos reunidos em Cancun, México, concordaram com a criação de um novo
bloco regional – incluindo todos os países do continente, com exceção dos Estados Unidos e Canadá, para fazer frente à Organização dos
Estados Americanos (OEA). O nome provisório do novo órgão é Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Com a criação do novo organismo, o Brasil passa a pertencer a 5 grupos de integração ou debates regionais: OEA, GRUPO DO RIO,
UNASUL, MERCOSUL e CELAC. O argumento que justifica a exclusão do Canadá e dos Estados Unidos da nova organização está
apontado em:
(A) alinhamento ideológico do continente à China.
(B) reação à política neoliberal que eles praticam.
(C) encontrar uma forma de superar dificuldades econômicas comuns.
(D) tentativa de formar um bloco antiamericano.
(E) reação contra o tratamento dado aos cubanos
110. Na disputa pelo controle das fontes de água repousa boa parte do conflito entre palestinos e israelenses, cujo nível de violência tem
se elevado nos últimos anos.
No subsolo dos territórios palestinos estão grandes reservatórios, mas a distribuição dessa riqueza está em mãos israelenses que também
controlam outra importante reserva hídrica na região. Trata-se:
(A) aquífero Arenito Núbia.
(B) nascente do rio Eufrates.
(C) delta do rio Nilo.
(D) estreito de Ormuz.
(E) colinas de Golã.
111. A história do etanol no cenário nacional ganhou expressão no final da década de 70, com o advento do Programa Proálcool como
alternativa para os combustíveis fósseis. Após um período de incertezas, o Brasil adquiriu vasta experiência sobre o processo produtivo
desse produto e, hoje, domina a tecnologia de processamento de álcool com altos índices de excelência. A retomada do consumo de
etanol como combustível está associada com:
(A) precariedade na distribuição do gás.
(B) má qualidade da gasolina brasileira.
(C) maior produção de veículos com tecnologia flex.
(D) oferta do etanol superior a da gasolina.
(E) diversos pontos de vendas pelo país.
112. Achegada maciça de trabalhadores estrangeiros a países da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos está obrigando as suas
autoridades a introduzirem uma série de normas para promover a integração dos imigrantes que passam por testes de idiomas e carnê de
pontos. Diante da falta de uma legislação comum, cada país está optando por um sistema próprio para conceder a cidadania. A norma
integracionista a ser tomada pelos governantes destes países tem por objetivo:
(A) preservar o mercado de trabalho para a sua população.
(B) tentar evitar o acesso de seus cidadãos a outras culturas.
(C) impedir que os estrangeiros circulem por vários países.
(D) dificultar o acesso dessas pessoas ao sistema de saúde.
(E) preparar os imigrantes para funções mais desvalorizadas.
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114. O mapa acima é uma anamorfose geográfica. A anamorfose é utilizada para representar determinado fenômeno, para isso os
mapas distorcem o tamanho de um país ou região, exageram ou subestimam suas dimensões para mostrar a informação ou mensagem
desejada.
A anamorfose da imagem ao lado tem por objetivo
transmitir informações a respeito da
(A) industrialização.
(B) urbanização.
(C) educação.
(D) população.
(E) renda per capita.
116. Observe a imagem a seguir, que destaca as exigências feitas pela multinacional Foxconn para a produção de "Tablets" no Brasil.
(A) O excesso de população em relação à capacidade de produção agrícola do território explica a projeção do IBGE para a possível redução
da população brasileira a partir de 2040.
(B) Fatores como a urbanização e a entrada da mulher no mercado de trabalho ajudam a explicar a tendência na dinâmica populacional
brasileira de redução do crescimento da população.
(C) As melhorias na economia brasileira a partir de 1990 explicam a aceleração do crescimento populacional, enquanto se espera uma
crise econômica a partir de 2040.
(D) O aumento da população brasileira desde a década de 1950, apesar da redução do crescimento vegetativo, é explicado pela lenta,
porém contínua, entrada de imigrantes no País.
PRIMEIRA BATERIA
2º SIMULADO DE HMN 2019
01) Entre os modais de transporte efetuados pelo Globo, qual correlação abaixo está correta?
(A) O modal mais empregado de transporte de cargas no planeta é o aéreo, devido às facilidades de emprego e baixo
custo agregado.
(B) A maior parte dos países empregam em seu transporte de passageiros o modal fluvial, que apresenta plena
integração com os demais tipos.
(C) As vias de comércio e transporte fluvial ou marítimo sempre foram – e são – as mais fáceis e baratas de serem
exercidas.
(D) O modal terrestre mais empregado no planeta é o rodoviário. Devido às modernidades do setor, no transporte de
mercadorias, este modal de transporte é o de menor custo por trecho.
(E) Apesar de o modal de transporte terrestre ferroviário ter sido o principal meio utilizado na Antiguidade para o
transporte de carga, nos dias atuais ele oferece baixo rendimento e elevado custo em comparação com o marítimo.
03) Por causa do seu fundo chato e de sua pouca resistência aos temporais, os navios de guerra não fundeavam como
os mercantes; eram puxados para terra, ficando em seco. Essa circunstância ocasionou algumas “batalhas navais”
travadas em terra, quando acontecia de um inimigo atacar a esquadra antes que os navios pudessem ser postos a flutuar.
Os principais eventos desse tipo ocorreram
(A) durante as Guerras Púnicas, entre romanos e fenícios de Cartago.
(B) na Batalha de Micale (479aC), na qual os gregos venceram os persas, e na Batalha de Egos-Potamos (405aC) em
que os espartanos venceram os atenienses.
(C) na Idade Média, onde o fogo grego destruía os navios, incendiando-os nas praias onde eram armazenados.
(D) durante as Guerras Médicas ou Medas, entre Gregos e Persas, tendo como batalha principal a de Artemisium.
(E) na Batalha Naval de Salamina, durante as Guerras Púnicas, onde os romanos tiveram uma disputa interna entre as
facções do exército hoplita.
04) A partir do início do século VII, começou a expansão islâmica motivada pela Jihad. Com a expansão dos turco-
otomanos no século XIV, tomando os Bálcãs e a Ásia Menor, o Império Romano do Oriente acabou reduzido à cidade
de Constantinopla. Com a queda em 1453, os turcos transformaram-na em sua capital, passando a chamá-la Istambul,
como é conhecida até hoje. A cidade de Constantinopla resistiu entre os século VII e XIV graças a uma importante
arma surgida aproximadamente em 677, que ficou conhecida como:
(A) Canhão.
(B) Lança-Chamas.
(C) Arabesco.
(D) Mortalha.
(E) Fogo Grego.
Acima temos uma imagem do que teria sido o navio mais empregado durante a Idade Média, sendo correto afirmar
sobre ele que:
(A) teve sua última batalha naval durante as incursões espanholas no Mediterrâneo Oriental contra o Império Turco-
Otomano, em Lepanto, na Grécia, no ano de 1571.
(B) tinha uma fortíssima estrutura na parte de vante do navio, chamada de Castelo de Proa, que se destinava a atacar
os navios oponentes.
(C) foi o principal navio espanhol das grandes navegações, permitindo ao reino de Castela se apoderar de vastas regiões
do Mediterrâneo à Ásia Menor.
(D) a principal batalha enfrentada pelos navios dessa classe ocorreu na guerra regular entre Espanha e Inglaterra, no
mar do Norte, em 1588, com esmagadora vitória espanhola.
(E) se chamava Drômon, e foi responsável pelas conquistas espanholas na América e pela difusão econômica europeia
na África.
06) Os Estados modernos europeus surgiram, a princípio, do processo de aproximação entre monarquia e burguesia,
em busca de crescentes quantidades de recursos monetários. Para tanto, muitos reis europeus protegeram e estimularam
os negócios burgueses. Indique abaixo qual foi o primeiro estado nacional moderno e suas características.
(A) Inglaterra, que criou ainda no século XV suas marinhas mercante e de guerra.
(B) Portugal, que agregou precocemente às características geográficas favoráveis à navegação, centralização interna
de poder e a paz externa com o reino vizinho de Castela.
(C) Espanha, que ao permitir que estrangeiros fizessem sua navegação, tornou-se a maior potência nos mares no século
XV.
(D) Inglaterra, que após encerrar as guerras contra a Espanha e a Holanda, pôde consagrar suas energias no
desenvolvimento da navegação, tornando-se uma poderosa nação colonizadora no século XV.
(E) França, que mesmo sendo tardia na organização política, conseguiu assegurar os recursos financeiros para se tornar
uma potência marítima já na primeira viagem de Russou.
07) Conquistado através dos séculos, pelos assírios, persas, e por fim pelos gregos, sob Alexandre “O Grande”, o Egito
não perdeu a importância comercial. Bem pelo contrário, com um gesto de vidente, o conquistador macedônio foi
responsável por qual façanha da Antiguidade?
(A) Pela criação do primeiro Império Comercial Marítimo.
(B) O maior feito de Alexandre foi construir a primeira esquadra composta de navios trirremes.
(C) Alexandre fundou a cidade de Alexandria na costa egípcia, criando um importante porto marítimo-fluvial.
(D) Após a conquista de toda Europa, Alexandre foi o primeiro a lançar as grandes navegações.
(E) Alexandre, grande conquistador terrestre, não fechou os olhos para o mar, criando a primeira frota naval da história.
Na figura acima temos demonstrado na primeira linha, marcada com o ano de 1493, o acordo feito a partir das bulas
papais para a divisão de terras entre Espanha e Portugal, e na segunda linha, marcada com a data de 1494, o acordo
firmado diretamente pelas duas coroas. Também está assinalada a posição do Arquipélago de Cabo Verde, junto à
costa africana. Marque abaixo a afirmativa correta sobre a divisão das grandes navegações feitas no final do século
XV.
(A) O Tratado de Saragoza, assinado entre Portugal e Espanha, afirmava em 1494 que as terras descoberta a partir da
linha seriam pertencentes à Espanha.
(B) O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, afirmava que todas as rotas de navegação e terras existentes até 370
léguas a Oeste do Arquipélago de Cabo Verde pertenciam a Portugal.
(C) As Bulas Papais Inter Coetera de 1493 demarcaram definitivamente as fronteiras marítimas entre Portugal e
Espanha.
(D) O Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, reconheceram a divisão de terras concedidas pela Igreja,
e, em 1494, foi traçada a linha demarcatória a 370 léguas de Cabo Verde.
(E) Foi a partir do Tratado de Lisboa, assinado em 1494, que a Espanha reconheceu a posse das terras para Portugal
em até 100 léguas dos arquipélagos de Açores e da Madeira.
09) Do século XI ao século XIII, os núcleos urbanos da península Italiana, e em particular as cidades marítimas,
entraram em rivalidade para a conquista da primazia política e comercial sob a influência de dois fatores
preponderantes: as cruzadas e a criação do Império Latino do Oriente. Sob as Cruzadas, a expedição militar que deu
predomínio de Veneza sobre as demais cidades italianas e o privilégio comercial em Constantinopla foi
(A) a Primeira Cruzada, que deu o breve controle cristão sobre o Oriente.
(B) a Quarta Cruzada, chamada de Cruzada Comercial.
(C) a Segunda Cruzada, que permitiu a junção dos principais reis europeus (Ricardo “Coração de Leão” da Inglaterra,
Felipe “o Belo” da França e Frederico “Barba Roxa” do Sacro-Império).
(D) a primeira Maona, que foi a junção dos comerciantes italianos em expedições destinadas à conquista de mercados
promissores de comércio.
(E) a Terceira Cruzada, que permitiu a conquista definitiva das áreas então controladas pelos povos árabes.
Acima temos uma imagem do Galeão, principal navio utilizado por Portugal no século XVI ao longo das rotas
oceânicas. Sobre a construção naval portuguesa entre os séculos XV e XVI, está correto afirmar que
(A) o maior tipo de navio construído por Portugal neste período foi batizado de Barinel.
(B) em meados do século XV Portugal desenvolveu a Caravela, que tinha como principal característica suas velas
redondas.
(C) depois de explorada toda a costa africana do Atlântico, os portugueses adotaram novo tipo de navio, a Nau, bem
maior do que a caravela e capaz de navegar muito longe do litoral, mesmo com tempo hostil.
(D) de construção simples, a Corveta foi o navio preferencial de Portugal para a conquista americana, sendo utilizada
nas expedições de Vasco da Gama ao Brasil.
(E) ao concretizar as Grandes Navegações, os portugueses criaram como inimigos no Atlântico os italianos, e no
Índico, os árabes, passando, portanto, a necessitar de um navio especificamente para a guerra: a Fragata.
11) Paralelamente à formação das Comunas no Sul da Europa, desde o século XII, organizavam-se no Norte da Europa
as Hansas (nome em teutônico ou alemão) que eram associações de mercadores. Na Inglaterra destacava-se a Merchant
of the Staple, associação que controlava a venda de lã (seu mais forte produto) e a importação de bens oriundos da
região flamenga (Flandres, atual Holanda). A junção comercial entre as duas regiões era feita no interior da atual
França, mas essas rotas comerciais foram fortemente interrompidas devido a qual guerra?
(A) Guerra da Liga de Habsburgo, que deu imenso poder à Castela.
(B) Guerra Indômita, que permitiu a ascensão de puritanos ao poder europeu.
(C) Guerra Santa, da Igreja contra os estados não católicos.
(D) Guerra da Reconquista, entre cristão e mouros pela posse da região de Champanhe na França.
(E) Guerra dos Cem Anos, parte da tríade que provocou a crise europeia dos séculos XIV e XV.
12) Entre 490 e 480aC, na Grécia foi criada a Liga de Delos para enfrentar a invasão dos persas sobre a península
Balcânica. O fim primitivo da Liga era a proteção de uma posterior agressão persa. Como a ameaça persa se desvaneceu
em 449aC, a Liga tendeu a se dissolver, mas Atenas impediu sua desaparição e gradualmente converteu a confederação
num Império Marítimo, império esse mantido em sujeição pelo poderio naval entre os anos de 431 a 404aC. Como
ficaram conhecidas as guerras civis gregas desse período?
(A) Guerras Médicas, que acabou por colocar Atenas como capital do Império Grego.
(B) Guerra do Peloponeso entre Atenas, império marítimo, e Esparta, potência terrestre, cada uma com seus respectivos
aliados.
(C) Guerras Púnicas, sendo responsável pelo primeiro império marítimo da história.
(D) Guerras Greco-Romanas, que acabaram enfraquecendo os povos gregos e permitindo Roma conquistar toda Ásia.
(E) Guerra de Tróia, onde as alianças entre as diversas comunidades gregas arrastaram aos conflitos até a vitória total
de Atenas.
13) No livro Atlântico: a história de um oceano, encontramos uma descrição muito interessante sobre o comércio e as
rotas de navegação na costa africana durante a Antiguidade:
Mais para o sul, margeando as costas, fenícios e principalmente cartagineses fizeram a primeira exploração
conhecida da África atlântica. Suas colônias tinham início na atual Tânger, no Marrocos, e seguiam até
aproximadamente a altura das ilhas Canárias, com uma economia baseada na exploração das águas oceânicas, em
especial o pescado e a tintura de púrpura.
Dada a raridade de fontes próprias, quase todo conhecimento que temos dessas expedições fenícias provém de
relatos gregos bem posteriores. Heródoto, por exemplo, que visitou o Egito “por volta de 450 a.C., apenas um século
depois dos eventos do fim da XXVI dinastia, fez menção ao monarca Necau, que reinou entre 610 e 595 a.C. e de suas
relações comerciais com gregos e fenícios. A dinastia de Necau, chamada saíta, foi marcada, entre outras coisas, pela
(A) constante rivalidade interna, o que acarretou grandes disputas fluviais entre os reinos do Norte e do Sul.
(B) ampliação do comércio marítimo, financiando uma expedição naval que fez o périplo africano.
(C) forte agricultura, o que se tornou um fator de disputa, inclusive militar, entre as principais nações da antiguidade,
notadamente entre romanos e cartagineses.
(D) centralização política entorno do Faraó, o que fortaleceu suas bases sociais e tornou o Egito a nação que dominou
o Mediterrâneo na antiguidade.
(E) carência de meios econômicos. Durante o período de maior escassez de víveres da Antiguidade, o Egito foi palco
de disputas políticas durante a era Saíta.
14) “Os ataques feitos pelos corsários ingleses aos navios de Filipe II que regressavam do Novo Mundo sangravam a
economia ibérica. Em 1584, Elizabeth I decidiu apoiar as sete províncias do norte dos Países Baixos, lideradas pela
Holanda e pela Zelândia, em sua luta para se tornarem independentes da Espanha. A derrota dos holandeses
representaria o domínio espanhol do canal da Mancha, o que era inaceitável para os ingleses. Tais atitudes de
Elizabeth, agregadas ao problema religioso entre católicos e protestantes, estes últimos apoiados pelos anglicanos,
levariam Filipe II a determinar a invasão da Inglaterra.”
Atlântico: a história de um oceano. Org. Francisco Carlos Teixeira da Silva [et.al]. (Eletrônico) 1ª ed. – Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2015, página 110.
Conforme o texto acima demonstra, resolveu Filipe II da Espanha em 1588 se vingar da Inglaterra, sendo
INCORRETO afirmar sobre estes eventos que
(A) foi organizada, em 1588, uma poderosa esquadra de 130 navios de guerra, conhecida como a Grande Armada ou
Invencível Armada.
(B) corsários ingleses como Drake tiveram atuação destacada na defesa da Inglaterra. A perícia dos comandantes
ingleses foi decisiva para o fracasso da campanha de Filipe II em 1588.
(C) o evento da Invencível Armada marcou o declínio do poder naval espanhol e o surgimento da Inglaterra como
potência marítima.
(D) deveria a armada espanhola em 1588 ter vencido a Inglaterra, pois apoiaria o desembarque de um pujante exército
organizado.
(E) a fraca marinha inglesa, ainda em construção dentro de uma Inglaterra dividida por questões religiosas, teve que
em 1588 buscar apoio em Portugal, nação de maior característica marítima.
15) Através das célebres expressões do general prussiano Karl von Clausewitz em Da Guerra, de 1832 (“a guerra não
é mais que a continuação da política por outros meios”) e do filósofo alemão Karl Marx em O 18 Brumário de Luís
Bonaparte, de 1852 (“todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim
dizer, duas vezes: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”), o pensamento político do século XIX foi
sendo progressivamente marcado pela obra de Napoleão, seus seguidores e herdeiros. As Guerras Napoleônicas
encerram um período bastante conturbado da história mundial, que pode ser definido como
(A) uma década de guerras onde as ações navais francesas determinaram o resultado vitorioso da França e a tornou
uma grande potência.
(B) sendo o último quarto do século XVIII quase perfeito, determinado pela paz militar imposta, mas que trouxe
estabilidade aos países.
(C) as cinco décadas mais importantes para a história americana, pois nelas encontramos a independências das
principais nações que emergiram para dominar o globo, tanto comercial quanto militarmente, notadamente
Estados Unidos e Canadá.
(D) um século que contrapôs franceses e ingleses em conflitos onde a Inglaterra dominou comercialmente os mares.
(E) sendo a partir de 1789, ano da Revolução Francesa, as duas décadas finais do século XVIII as mais importantes da
história europeia, pois permitiu a evolução francesa em contrapartida do declínio inglês.
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16) Sobre as relações comerciais no mar Mediterrâneo durante a Idade Média, qual afirmativa abaixo encontra-se
INCORRETA?
(A) A estreita relação entre as cidades cristãs europeias inviabilizava as trocas comerciais com os povos de origem
islâmica, principalmente após as Cruzadas, onde encerrou-se completamente o contato entre árabes e cristãos no
Mediterrâneo.
(B) As cidades-Estados italianas eram os principais polos de desenvolvimento da economia europeia. elas detinham o
monopólio do comércio marítimo no Mediterrâneo.
(C) As mercadorias provenientes do Oriente (especiarias), ao chegar a cidades como Veneza e Gênova, até o século
XIII eram levadas principalmente por terra para o norte da Europa, para a região da Normandia (França) e dos
Países Baixos (Holanda).
(D) A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e a ocorrência da Peste Negra (1346-1352) tornaram o emprego da rota
terrestre inviável. Para contornar esse problema, foram incrementadas as rotas que ligavam as cidades italianas ao
mar do Norte, via Mediterrâneo e Atlântico, o que veio a dar um maior impulso àquelas linhas de comunicação
marítimas.
(E) As cidades-Estados italianas abasteciam os mercados europeus com produtos provenientes do Oriente (especiarias),
obtidos junto aos árabes como os de Constantinopla e Alexandria.
17) Quando Cristóvão Colombo, em 1484, pediu apoio a dom João II, rei de Portugal, para a sua viagem, este recusou.
O rei tinha algumas razões para tal negativa. A primeira delas seria a discordância entre os cálculos sobre a esfericidade
da terra apresentados por Colombo, que, partindo de uma premissa errônea, levavam à conclusão de uma viagem de
menor duração do que a sustentada pela junta de especialistas constituída para examinar a proposta. Qual outro possível
motivo estaria vinculado à recusa portuguesa?
(A) A justificativa apresentada para tal recusa era a necessidade de um espaço para que os navios, devido à circulação
dos ventos nos hemisférios norte e sul, pudessem fazer a Volta da Mina, ou seja, o périplo africano a partir do
oceano Pacífico.
(B) Portugal não tinha pessoal qualificado àquela altura para realizar a navegação em continuidade a Colombo, caso
fosse necessário armar esquadras para ampliar os pontos de controle português nas Américas.
(C) O projeto de Colombo levaria à abertura de uma frente não desejada naquele momento, já que todos os esforços
estavam concentrados em contornar a África e garantir o monopólio do comércio com os locais descobertos por
Portugal.
(D) A justificativa apresentada para tal recusa era a necessidade de contornar o extremo Sul da África e evitar as
correntes marítimas que empurravam para o norte as embarcações que navegassem junto à costa sudoeste africana.
(E) A navegação proposta por Colombo já era executada por portugueses na costa Norte da América, portanto, os
navegadores lusos já sabiam da inviabilidade daquela rota e dos possíveis caminhos que poderiam ser executados
na direção Oeste.
18) Herdeiros do comércio da Hansa Teutônica, os neerlandeses controlaram o comércio do mar do Norte de tal forma
que seus navios chegaram a buscar a lã produzida em abundância na Inglaterra para, posteriormente, lá retornarem
com os tecidos feitos com essa matéria-prima. As lutas religiosas entre calvinistas e católicos foram o fator motivador
que levaria Filipe II da Espanha a determinar a invasão dos Países Baixos pelo duque de Alba (1568), o que gerou em
contrapartida a resistência de Guilherme de Orange. Os Países Baixos viriam a incrementar a sua expansão marítima
principalmente no século XVI, após as lutas de libertação das Sete Províncias Unidas do Norte do domínio espanhol,
na chamada Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648). A guerra de independência entre a Holanda e a Espanha fechou
aos batavos os portos controlados por Espanha. Tal atitude
(A) gerou a necessidade da Holanda de criar em 1602 a Companhia de Comércio destinada a navegação no ocidente,
para controlar o comércio na América do Norte.
(B) motivou uma das empresas particulares holandesa a armar quatro navios para que, em 1595, partissem da Holanda
para explorar as Índias substituindo os portugueses.
(C) declinou o comércio holandês, tendo em vista a extrema dependência de Holanda do comércio de especiarias que
era fornecido por comerciantes portugueses e espanhóis.
(D) gerou a necessidade da Holanda de criar em 1602 a Companhia de Comércio destinada a navegação no ocidente,
para controlar o comércio na América do Sul, notadamente, Brasil.
(E) levou a ruína da Companhia Holandesas das Índias Orientais, que havia sido criada pouco anos antes do início das
Guerras de Independência.
20) Demétrio Magnoli em seu livro História das Guerras descreve que “A Marinha de guerra desempenhou papel
crescente em Atenas a partir da ação do líder Temístocles (528-460 a.C.), que se utilizou dos recursos das minas de
prata do Láureo para construir cerca de 200 barcos para a luta contra os persas, em 480 a.C., em Salamina. Durante o
período do império de Atenas, sua frota será sempre numerosa, contada entre 300 e 400 belonaves. Seus navios de
guerra tinham três ordens de remos...”
Qual afirmativa abaixo está correta sobre as embarcações gregas das Guerras Médicas?
(A) Devido à falta de estrutura de aríetes nas galés gregas, em comparação com os navios persas, eles evitavam o
confronto em mar aberto.
(B) Como todas as operações durante as Guerras Medas foram em águas restritas do Golfo de Taranto e de Salamina,
as embarcações gregas foram desnecessárias nessas batalhas.
(C) A grande vitória dos navios gregos se deu em duas batalhas terrestres, aquelas em que navios se confrontam em
terra firme, como em Maratona no estreito das Termópilas e em Micale na costa da Ásia Menor.
(D) Essas embarcações gregas possuía um mastro e vela, mas as manobras em batalha eram feitas apenas com os
remos.
(E) A falta de velas nos navios gregos, por navegarem sempre próximos à costa, foi desgastante para os remadores,
tornando-se presas fáceis para os persas em mar aberto.
21) De acordo com o livro Atlântico: a história de um oceano, Temos a seguinte descrição sobre os fenícios e a
Inglaterra na antiguidade:
Por volta do século VI a.C., Tartessos foi conquistada pelos fenícios e se até então eles podiam se limitar a
comprar a matéria-prima nas praças tartéssias, com a conquista herdaram a incumbência de seguir eles mesmos até os
pontos de coleta do estanho mais ao norte. É esse o contexto no qual se insere a narrativa sobre Himilco, um navegador
cartaginês.
Há grande carência de fontes próprias fenícias, e as referências que chegaram até nós provêm geralmente de
escritores gregos ou romanos. A aventura desse navegador citou autores latinos, notadamente Plínio, o Velho, e Rufo
Festo Avieno. Este compôs um poema chamado “Ora Marítima” (“O litoral oceânico”), no qual descreve, entre outros
feitos, a expedição de Himilco até as ilhas do Estanho, as Estriminidas, “muito distantes e ricas em minério de estanho
e chumbo”
Himilco descreveu uma jornada longa, de quatro meses, cheia de perigos — calmarias, algas em quantidade,
monstros marinhos (cetáceos, possivelmente) que acompanhavam os barcos, nevoeiros —, que não recomendava
futuras expedições. [...] Dessa forma, exagerou a duração do périplo e os desafios encontrados pelo caminho no intuito
de desestimular futuros aventureiros.
NETO, José Maria G de S. Para além das colunas de Hércules: o Atlântico na Antiguidade In Atlântico: a história de
um oceano. Org. Francisco Carlos Teixeira da Silva [et.al]. 1ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
Conquanto tais descrições sejam acuradas em relação ao mar do Norte, há que se ter um olhar atento para tais descrições
que faziam parte do protecionismo fenício, que se pode explicar
(A) a partir das disputas encontradas na antiguidade, onde os navegadores egípcios tentavam a todo custo obter uma
fatia do rentável mercado de comércio no Atlântico.
(B) pelas intermináveis guerras na antiguidade pela disputa das rotas comerciais, como as Guerras Púnicas, entre
romanos e gregos pelo controle da ilha da Sicília.
(C) pelo navegador cartaginês comandar uma importante e lucrativa rota comercial e certamente não lhe interessava
atrair competidores.
(D) devido ao processo de formação do Império Romano ter sido construído no mar, o que gerou posteriormente à sua
criação as guerras contra os gregos, contra Cartago e finalmente contra o Egito de Cleópatra.
(E) pelo comércio fenício no Atlântico ter sido desenvolvido durante as lutas contra Roma, onde após décadas de
disputas, os fenícios conquistaram esta parte Ocidental das rotas comerciais.
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22) Ao tomar conhecimento do descobrimento da América, sob a bandeira de Castela, pelo próprio Colombo, em 1493,
Portugal passou a questionar a posse daquelas terras e teve como argumento principal o acordado no Tratado de
Alcáçovas sobre as descobertas ao sul das Canárias. Isso levou aos reis de Espanha a se apressassem em obter junto
ao papa Alexandre VI uma nova partilha do mundo. O papa editou a bula Inter Coetera (4 de maio de 1493), na qual
um meridiano traçado a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde seria o divisor e estabelecia que as terras que se
encontravam a Oeste pertenceriam à Espanha e a Leste, a Portugal. Tal proposição levou
(A) Dom João II a aceitar os termos da bula sob a alegação de que um meridiano poderia anular o que um paralelo já
vinha regulamentando, apesar de seu cumprimento ser impossibilitado pela imprecisão e imperfeição dos métodos
científicos da época para o estabelecimento do meridiano fixado.
(B) Colombo a fazer uma segunda viagem, em 1494, no qual assegurou que não haveria novas terras no espaço entre
100 e 370 léguas de Cabo Verde, o que então levou Portugal a aceitar a proposição espanhola.
(C) Dom João II, por meio de uma missão diplomática, contrapor oferecendo o estabelecimento de um paralelo das
ilhas Canárias como substituto do meridiano papal. Os espanhóis aceitaram, sem discutir o caso.
(D) no ano seguinte, ao papa estabelecer uma nova divisão, a partir da segunda bula Inter Coetera, onde as terras
descobertas a partir daquele ano seriam destinadas exclusivamente a Portugal, o que apaziguou os ânimos lusitanos.
(E) Portugal a fazer então uma nova proposta. Concordava com o estabelecimento de um meridiano, desde que esse se
situasse a 370 léguas do arquipélago de Cabo Verde.
GABARITO:
PRIMEIRA BATERIA (2º e 3º SIMULADOS 2019):
001 - C 002 - D 003 - B 004 - E 005 - A 006 - B 007 - C 008 - B 009 - B 010 - C
011 - E 012 - B 013 - B 014 - E 015 - D 016 - A 017 - C 018 - B 019 - A 020 - D
021 - C 022 - E
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SEGUNDA BATERIA
01) Leia o trecho do diário de um italiano em visita ao filósofo Roger Bacon (1214-1292) em 1258 na Inglaterra:
“Entre outras coisas que me mostrou havia uma feia pedra preta chamada imã... Se esfregarmos nela uma agulha e a
fixarmos depois em uma palha de modo a fazê-la flutuar sobre a água, a agulha voltará imediatamente para a estrela
polar. Por mais escura que seja a noite, o navegador está destarte, apto, com o auxílio dessa agulha, a seguir uma rota
fixa”.
Fonte: STEVENS, W. O; WESTCOTT, A. História do Poderio Marítimo. Rio de Janeiro: Companhia Editora
Nacional, 1944, p. 102.
Marque alternativa correta sobre o instrumento náutico relevante para arte da navegação descrito no trecho acima.
(A) Balhestilha.
(B) Astrolábio.
(C) Sextante.
(D) Cronômetro.
(E) Bússola.
02) O astrolábio é um instrumento náutico que utiliza a medição da altura do sol ou de outro corpo celeste: suspendiam-
no com o dedo por um anel e colocavam-se na vertical; ao meio dia a sombra do sul passava pelos visores colocados,
para determinar:
(A) Longitude.
(B) Latitude.
(C) Meridiano magnético terrestre.
(D) Coordenadas geográficas do navio.
(E) Meridianos e paralelos das cartas náuticas.
04) Marque a alternativa correta sobre a embarcação construída por meio do método costado rígido.
(A) Caravela.
(B) Nau.
(C) Galés.
(D) Galeão.
(E) Monitor.
05) Marque a alternativa correta sobre o povo marítimo que empregou o método do Esqueleto Rígido.
(A) chineses.
(B) eslavos.
(C) vikings.
(D) gregos.
(E) portugueses.
08) No período da Antiguidade Clássica, povos navegadores como os cretenses, gregos, romanos e bizantinos
construíram as galés, embarcações movidas por remos. Marque a alternativa correta sobre o método de construção de
embarcações das galés.
(A) Esqueleto Rígido.
(B) Costado Rígido.
(C) Método híbrido.
(D) Método Whythead.
(E) Costado liso.
09) Marque a alternativa correta sobre o navio construído por meio do método do Esqueleto Rígido no século XV.
(A) navio-corsário.
(B) galés.
(C) caravela.
(D) monitor.
(E) baterias flutuantes.
10) Marque a alternativa correta sobre o método de construção naval caracterizado pela montagem da quilha e as
cavernas do navio, em seguida, as tábuas do Costado, fixando-os aos elementos estruturais.
(A) Esqueleto Rígido.
(B) Esqueleto Híbrido.
(C) Costado Rígido.
(D) Costado Híbrido.
(E) Método dos Sagres.
11) Marque a alternativa correta sobre o navio empregado pelos portugueses para explorar o litoral africano durante o
século XV.
(A) Caravela.
(B) Galés.
(C) Nau.
(D) Trirreme.
(E) Galeão.
13) As doenças eram um dos desafios a serem vencidos durante a vida a bordo dos navios veleiros. Marque a alternativa
correta sobre a doença causada pela falta de vitamina C na dieta dos marinheiros.
(A) gripe espanhola.
(B) beribéri.
(C) escorbuto.
(D) cólera.
(E) tuberculose.
14) Marque a alternativa correta sobre a doença que assolava marinheiros a bordo dos navios, devido à carência de
vitamina B.
(A) infecção.
(B) escorbuto.
(C) beribéri.
(D) tifo.
(E) disenteria.
15) (PS-SMV-PR/2017) Como é denominada a embarcação de alto bordo, com dois ou três mastros envergando velas
redondas e gurupés com velas de proa, empregada no transporte de ouro e prata da América para a Espanha e Portugal
nos século XVI, XVII e XVIII, e era armada com numerosos canhões?
(A) Galera.
(B) Monitor.
(C) Galé.
(D) Galeão.
(E) Fragata.
16) (PS-SMV-OF/2018) Na época da projeção de Portugal e Espanha na navegação oceânica, no final do século XV,
já se conhecia a bússola e o astrolábio. Naquela época, para o navegante saber exatamente a posição do navio em
relação ao globo terrestre, era necessário calcular a latitude e a longitude do local. Com base nessas informações, é
correto afirmar que, no século XV:
(A) O cálculo prático da longitude a bordo de navios era difícil, pois dependia de se conhecer, com precisão, a hora.
(B) Já existiam cronômetros rudimentares, que possuíam a vantagem de fornecer os rumos e as marcações de pontos
de terra em linhas retas, facilitando a plotagem da latitude e da longitude nas cartas náuticas.
(C) A latitude era difícil de ser calculada, e era por meio dela e da estimativa de quanto o navio havia se deslocado que
os navegadores da época sabiam exatamente a sua localização no mar.
(D) O quadrante e o sextante mediam os meridianos e os paralelos, representados por linhas retas que se interceptam
formando ângulos de 90 graus, permitindo estimar a hora e o cálculo da latitude.
(E) A bússola já auxiliava na navegação, por apontar sempre para o norte verdadeiro terrestre, e o astrolábio era
utilizado para o cálculo da latitude e longitude entre o nascer e o pôr do sol.
17) (PS-SMV-OF/2017) Na primeira metade do século XV, a expansão marítima portuguesa caracterizou-se por duas
vertentes. A primeira, de aspecto imediatista, foi realizada ao norte do continente africano, e a segunda, mais a longo
prazo, buscava pontos estratégicos das rotas comerciais com o Oriente.
Assinale a opção que apresenta os objetivos da coroa portuguesa na primeira e segunda vertentes, respectivamente.
(A) Estabelecer bases para suas futuras ações militares e extrair rendas obtidas com a agricultura.
(B) Explorar a cultura do açúcar naquela região e permitir projetar poder militar a longas distâncias.
(C) Combater os franceses que invadiram suas colônias na África e estabelecer comércio com os holandeses por meio
de trocas (escambo).
(D) Fundar uma povoação naquela região e derrotar definitivamente os franceses.
(E) Obter riquezas acumuladas através da prática de pilhagem e criar entrepostos (feitorias) controlados pelos
comerciais lusos.
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18) (PS-SMV-OF/2017) Até o final do século XVI, as cartas náuticas eram muito imprecisas e passaram por um difícil
processo de desenvolvimento. A partir de então, passou-se a utilizar uma projeção nas cartas náuticas cujo emprego
perdura até os dias de hoje. Nessa projeção, os meridianos e paralelos são representados por linhas retas, que se
interceptam formando ângulos de 90 graus. A projeção descrita acima é denominada:
(A) Projeção de Mercator.
(B) Portulano.
(C) Projeção Europeia.
(D) Projeção de Colombo.
(E) Projeção Ibérica.
Fonte: DUNDEE ART GALLERIES AND MUSEUMS. Disponível em: https://www.ancruzeiros.pt, acesso em 14
out. 2018.
A realização da expansão marítima pelos portugueses, durante os séculos XV e XVI, foi possível mediante o domínio
de novas tecnologias necessárias para o desenvolvimento da navegação oceânica. No âmbito dos instrumentos, destaca-
se um o (_________), responsável por calcular a latitude para obter a estimativa de quanto o navio havia se deslocado.
O objeto se constituía de uma roda de madeira com escala em graus, a alidade com as pínulas. O piloto fazia a alidade
girar até os raios de sol atravessarem os orifícios das pínulas. O número então indicado na roda revelava a altura do
sol acima do horizonte (BITTENCOURT, 2006, p. 21).
Marque a alternativa correta sobre o instrumento náutico apresentado acima.
(A) Sextante.
(B) Cartas Náuticas.
(C) Bússola.
(D) Relógio de Sol.
(E) Astrolábio.
20) Os rios, lagos, mares e oceanos eram obstáculos que os seres humanos do passado muitas vezes precisavam
ultrapassar. Primeiro, eles se agarravam a qualquer coisa que flutuasse. Depois, sentiram a necessidade de transformar
materiais, para que estes, flutuando, pudessem sustentar melhor sobre a água. Assim, ao longo do tempo, em cada lugar
surgiu uma solução, que dependeu do material disponível: a canoa feita de um só tronco cavado; a canoa feita da casca
de uma única árvore; a jangada de
vários troncos amarrados; o bote de feixes de juncos ou de papiro (plantas que nascem junto a rios e lagos); o bote de
couro de animais; e outros. Todas essas soluções simples foram responsáveis por quais situações abaixo descritas,
EXCETO:
(A) Eram embarcações construídas de diversas partes, maiores e melhores que qualquer outra.
(B) não permitiam transportar muita coisa.
(C) eram difíceis de manejar.
(D) eram perigosas em águas agitadas.
(E) eram limitadas no tamanho, tanto no comprimento quanto na boca.
22) A tecnologia da utilização da madeira na construção naval é complicada. É preciso conhecer que qualidade de
madeira usar, obedecer à época e à hora certa para cortar as árvores; armazenar as toras corretamente, secas ou
submersas, e trabalhá-las conforme suas características físicas. O construtor naval passeava pelas florestas escolhendo
as árvores que tinham as curvas adequadas para fazer os elementos estruturais e eram necessárias centenas delas para
construir um navio. Além disto, cada parte da embarcação precisava de uma espécie vegetal diferente e estas espécies
não eram as mesmas em cada região, por exemplo:
(A) a madeira que era boa para a parte submersa do casco sempre era usada nos conveses.
(B) a madeira utilizada para fazer a quilha do navio, depois dele pronto, era removida e utilizada para os mastros.
(C) a madeira utilizada para a construção do costado era impermeável e não inflamável.
(D) a madeira que servia para mastros não podia ser utilizada em costado.
(E) a madeira que era boa para a construção de mastros, também podia ser usada em qualquer outra parte do navio.
24) A vela latina é a que tem a verga longitudinal à linha de centro do navio, como as dos pequenos barcos a vela que
atualmente competem nas regatas e as antigas caravelas. Qual navio as suas velas principais têm as vergas transversais
à linha de centro do navio e têm a forma de um trapézio, mas são chamadas de redondas?
(A) O Galeão, navio que, além dessas características, é dotado de aríete.
(B) A Nau, cujas velas, apesar de não serem redondas, têm esse nome por serem iguais aos dos navios da Antiguidade.
(C) O Bergantim, devido ao navio ter mais comprimento do que boca.
(D) A Fragata, por ter o navio dois conveses armados.
(E) A Corveta, de origem francesa, por isso o nome que vem de Retende, na Normandia.
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25) O que é um navio, com manutenção, armamento e operação a cargo de particular, que recebia autorização de um
país em conflito, através do documento chamado Patente de Corso, para operar sob sua bandeira exclusivamente contra
os inimigos do concedente, atacando o comércio marítimo do adversário e, eventualmente, depredando
estabelecimentos terrestres. Sustentava-se com o que fosse conseguido nos apresamentos, o que tornava a operação
um “negócio”?
(A) Navio Galeota.
(B) Brigue Bandido.
(C) Navio Corsário.
(D) Escuna Excludente.
(E) Tonelero de Assalto.
GABARITO:
SEGUNDA BATERIA
01 - E 02 - B 03 - C 04 - C 05 - E 06 - B 07 - A 08 - B 09 - C 10 - A
11 - A 12 - D 13 - C 14 - C 15 - D 16 - A 17 - E 18 - A 19 - E 20 - A
21 - D 22 - D 23 - E 24 - B 25 - C
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TERCEIRA BATERIA
02) (PS-T/2011) O pioneirismo português, na chamada expansão marítima, deveu-se, dentre outros fatores,
(A) a privilegiada posição geográfica do país, voltada para o continente asiático.
(B) ao conhecimento dos portugueses das “técnicas de marear”, com suas longitudes e latitudes.
(C) ao desenvolvimento da nau, considerada o navio dos descobrimentos.
(D) à existência de um estado nacional à frente de países como a Espanha e a Holanda.
(E) ao crescimento econômico do país, consequência da guerra contra Castela.
03) (PS-SMV-OF/2018) Um importante tratado firmado em 1143 entre o Duque portucalense D. Afonso Henriques
(1128-1185), filho de Henrique de Borgonha, e D. Afonso VII, Imperador de Leão, determinou o reconhecimento por
parte deste último da Independência do antigo condado, transformado em Reino de Portugal. Segundo Bittencourt
(2006), qual é a denominação desse tratado?
(A) Tratado de Haia.
(B) Tratado de Windsor.
(C) Tratado de Methuen.
(D) Tratado de Fontainebleau.
(E) Tratado de Zamora.
05) (PS-T/2006) Dentre os inúmeros estabelecimentos criados no Brasil colonial pela metrópole portuguesa, um deles
era destinado ao corte, transporte e armazenamento de madeiras tintórias. Esse tipo de estabelecimento recebeu o nome
de:
(A) Capitania.
(B) Sesmaria.
(C) Casa de Fundição.
(D) Engenho.
(E) Feitoria.
A pintura acima é uma representação da chegada da esquadra de Vasco da Gama a Calicute, em 1498. Em relação às
motivações da expansão marítima portuguesa para as Índias, é correto afirmar que:
(A) a ambição dos navegadores portugueses em alcançar as Índias foi motivada, exclusivamente, pelos seus interesses
e curiosidades em descobrir outra natureza e sociedade, considerado fantástica em comparação com o mundo
miserável e limitado da Europa.
(B) o desejo de mercadores e embarcadores portugueses pela descoberta da via marítima para as Índias foi resultado
da insatisfação crescente com a intermediação comercial entre a Europa, a África e o Oriente, monopolizada pelos
ingleses.
(C) como a expansão pelo Atlântico rumo ao sul da África foi se tornando possível e lucrativa, o desejo dos
navegadores portugueses em alcançar a Índia por via marítima se tornou ainda mais forte com a Tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453.
(D) Os monarcas, mercadores e aristocratas portugueses incentivaram a expansão marítima, visando única e
exclusivamente o lucro e o poder. A religião e o desafio tecnológico da navegação foram apenas pretextos ou
justificativas inexpressivas quando comparadas com a lucratividade das atividades colonizadoras nos litorais
africanos e asiáticos.
(E) a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia não foi muito lucrativa. Sua tentativa de estabelecer relações
comerciais com o chefe de Calicute fracassou. A competição entre mercadores e embarcadores pelas conquistas
e descobertas marítimas no Atlântico e no litoral africano alimentou a expansão colonial.
(A) verificar a existência de produtos para a exploração imediata, fundar colônias jesuíticas de povoamento e cultivar
gêneros agrícolas.
(B) policiar o litoral, fundar colônias jesuíticas de povoamento, batizar e mapear os acidentes geográficos das regiões
litorâneas.
(C) verificar a existência de produtos para a exploração imediata, fundar colônias jesuíticas de povoamento e cultivar
gêneros agrícolas.
(D) verificar a existência de produtos para a exploração imediata, policiar o litoral, expulsar contrabandistas, batizar
os acidentes geográficos das regiões litorâneas.
(E) policiar o litoral, expulsar contrabandistas, e cultivar gêneros agrícolas, com a finalidade de colonizar.
Módulo 2 - 21 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval
08) Com relação ao expansionismo marítimo português, iniciado no ano de 1415, é correto afirmar que:
(A) foi indiscutível o papel dos comerciantes que, organizados nas Companhias Gerais de Comércio, promoveram o
expansionismo tornando-o, com isso, um empreendimento de capital privado desprovido da presença do Estado.
(B) só foi possível graças a atuação do Estado Português, que, movido pelo sentimento cruzadista, assumiu o
empreendimento contando unicamente com o apoio da nobreza e da Igreja Católica desejosa de fazer frente aos
mulçumanos na costa africana.
(C) só foi possível com a centralização política consolidada logo após o Tratado de Zamora, a qual ao aproximar rei
e burguesia, criou as condições e os estímulo necessários para o acontecimento do processo expansionista.
(D) entre outros fatores, acontece a partir da Independência do reino de Portugal com a Dinastia de Avis, a qual
estende a Guerra de Reconquista para o norte da África tendo como marco inicial a tomada de Ceuta.
(E) entre outros aspectos foi favorecido pelos estudos náuticos liderados por D. Henrique, que atraiu para sua
residência, em Sagres, Algarve, navegadores, cosmógrafos, cartógrafos, mercadores e aventureiros, desde o início
do século XV.
10) Sobre as navegações e o expansionismo comercial português ao longo do século XV, qual afirmativa abaixo
encontra-se INCORRETA?
(A) A primeira conquista portuguesa no ultramar foi a cidade de Ceuta, ao norte da África, onde hoje fica situado
o Marrocos, em 1415.
(B) Bartolomeu Dias atingiu o sul do continente africano e ultrapassou o Cabo das Tormentas em 1487 (onde hoje
fica a África do Sul) que, após este acontecimento, passou a chamar-se Cabo da Boa Esperança.
(C) Martim Afonso de Sousa, em 1530, com uma expedição naval iniciou a colonização do Brasil, instalando em
São Vicente, São Paulo, um engenho de açúcar. Por tal motivo, sua expedição foi denominada de Colonizadora.
(D) Vasco da Gama, em 1498, chegou a Calicute, Sudoeste da Índia, estabelecendo a rota entre Portugal e o
Oriente.
(E)Em 1500, a frota de Pedro Álvares Cabral chegou às terras do Brasil, consolidando o império ultramarino português.
11) Em 1530, Portugal resolveu enviar ao Brasil uma expedição visando à ocupação da nova terra. A Armada partiu
de Lisboa a 3 de dezembro e era composta por duas naus, um galeão e duas caravelas que, juntas, conduziam 400
pessoas. Tinha a missão de combater estrangeiros que continuavam a frequentar o litoral e contrabandear o pau-
brasil, descobrir terras, explorar rios e estabelecer núcleos de povoação. Quem comandou esta expedição?
(A) Gonçalo Coelho.
(B) Pero Lopes de Sousa.
(C) Manuel Joaquim Moreno.
(D) Martim Afonso de Sousa
(E) Pedro de Cintra.
(A) edição da Bula Intercoetera, em 1493, garantindo à Coroa Portuguesa as terras que viessem a ser descobertas até
150 léguas a oeste da ilha da Madeira e do Arquipélago de Cabo Verde.
(B) assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1493, garantindo à Coroa Espanhola as terras descobertas a partir de
100 léguas a leste do Arquipélago de Cabo Verde.
(C) assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494, garantindo à Coroa Portuguesa as terras que viessem a ser
descobertas até 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde.
(D) Edição da Bula Intercoetera, em 1494, garantido à Coroa Espanhola as terras descobertas até 100 léguas a oeste
da ilha dos Açores.
(E) Assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494, garantindo à Coroa Portuguesa as terras que viessem a ser
descobertas até 370 léguas a leste das Ilhas dos Açores e da Madeira.
16) Além de setores diretamente ligados à Igreja, assinala-se também intensa vinculação da nobreza portucalense na
formação do Estado Nacional lusitano. Este setor social, cujo poder se originava na propriedade da terra, também
participou de forma decisiva nas guerras da Reconquista, apoiando o esforço militar da realeza. Mais tarde, então, o
poder e as riquezas acumuladas em Portugal foram originados a partir de qual(ais) processo(s)?
(A) Das guerras contra a Espanha.
(B) Do controle do comércio de especiarias no Mediterrâneo.
(C) Dos acordos comerciais com as cidades italianas.
(D) Das Grandes Navegações.
(E) Da exploração das minas de metais preciosos na África.
17) primeira conquista portuguesa no ultramar foi a cidade de Ceuta, ao norte da África onde hoje fica situado o
Marrocos. Na sequência a conquista de Ceuta, quais foram, com exceção, as descobertas portuguesas no Atlântico?
(A) Diogo Cão explorou a costa africana entre os anos de 1482e 1485.
(B) Bartolomeu Dias atingiu o sul do continente africano e ultrapassou o Cabo das Tormentas em 1487.
(C) Vasco da Gama, em 1498, chegou a Calicute, Sudoeste da Índia.
(D) Em 1500, a frota de Pedro Álvares Cabral chegou às terras do Brasil.
(E) Enquanto Vasco da Gama estabeleceu a rota entre Portugal e o Oriente, Pedro Álvares Cabral consolidando o
império ultramarino português.
18) Até o final da Idade Média não existiam nações como Portugal, Espanha, França e Inglaterra, por exemplo. Grande
parte do território europeu naquela época era dividido em feudos governados por nobres (senhor feudal), onde os
indivíduos (vassalos) consideravam-se naturais da cidade em que haviam nascido, como Londres, Lisboa, Madri. O
conceito de Nação e o de Estado não se confundem, sendo o Estado constituído por um conjunto de instituições e
poderes políticos tendo como base um território, enquanto Nação pode ser definido como:
(A) Os meios militares empregados pelos Estados, no tocante às suas forças armadas nacionais.
(B) Um agrupamento de pessoas que, independentemente de suas origens étnicas e culturais, se unem para formar um
grupos distintos dentro de um país.
(C) é a junção dos meios institucionais aos agrupamentos humanos.
(D) um agrupamento humano fixado em um território por laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos.
(E) São os meios civis utilizados pelos Estados para a organização do trabalho, seja na agricultura (países mais
antigos) ou na indústria (países mais modernos).
20) A região que hoje é conhecida como Portugal foi originalmente habitada por populações iberas de origem indo-
europeia. Mais tarde, foi ocupada, sucessivamente, por fenícios (século XII a.C.), gregos (século VII a.C.), cartagineses
(século III a.C.), romanos (século II a.C.) e, posteriormente, pelos visigodos (povo germânico, convertido ao
cristianismo no século VI), desde 624. Em 711, a região foi conquistada pelos muçulmanos, impulsionados por sua
política de expansionismo, tendo como base uma coligação formada por árabes, sírios, persas, egípcios e berberes,
estes em maioria, todos unidos pela fé islâmica e denominados mouros. Quase a totalidade da península caiu em mãos
dos mouros que, em seu avanço, só foram bloqueados quando tentaram invadir a França. Por causa da presença árabe
na Península, foi necessário(a) o(a):
(A) Guerra da Reconquista, gerando, inclusive, a origem do Estado de Portugal.
(B) criação da Igreja Católica Romana, base de organização dos Estados Modernos.
(C) fortalecimento do feudalismo, que suas ações e instituições nobres criaram os Estados Modernos.
(D) geração de uma nova classe social, a nobreza feudal, que com seu rico comércio fortaleceu as bases econômicas
responsáveis pela formação dos Estados Modernos.
(E) Guerra de Independência de Portugal, primeiro país moderno.
GABARITO:
01 – E 02 – D 03 – E 04 – C 05 – E 06 – C 07 – D 08 – C 09 – A 10 – C
11 – D 12 – B 13 – C 14 – A 15 – A 16 – D 17 – C 18 – D 19 – D 20 – A
01) Qual a denominação da colônia estabelecida pelos franceses em 1555, e a justificativa estratégica para sua
localização no ilhéu da Laje na baía de Guanabara, atual ilha de Villegagnon:
(A) França Equinocial. A localização no litoral do Maranhão era estratégica devido à proximidade à linha do Equador
e, consequentemente, mais próxima da Europa e Caribe, facilitando o comércio e o envio de material e tropas
francesas para o território conquistado.
(B) Henriville. A localização na baía de Guanabara era estratégica devido à ausência de autoridades portuguesas na
região e a presença de tribos indígenas aliadas aos franceses, facilitando a construção de uma colônia de
povoamento para colonos hungenotes em área segura.
(C) França Antártica. A localização na baía de Guanabara era estratégica devido à geografia da região que fornecia
proteção às embarcações e era abundante em pau-brasil, artigo comercializado pelos franceses.
(D) Forte Coligny. A localização na baía de Guanabara era estratégica, pois era um entreposto entre a Europa e o rio
da Prata onde os franceses promoviam o contrabando de minérios escoados de Potosí.
(E) Forte de São Luís. A localização na baía de Guanabara era estratégica devido à proximidade com Cabo Frio onde
navios franceses ficavam estacionados, promovendo a proteção ao tráfico marítimo na costa.
03) (AA-AFN/2015) A fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565, esteve diretamente relacionada com os
interesses estratégicos dos portugueses em relação aos domínios coloniais no século XVI. Assinale a opção que
apresenta as estratégias utilizadas pelos portugueses.
(A) Expulsar os invasores estrangeiros, impedir a formação de novos núcleos de colonização inglesa e defender a rota
de seu comércio com as Índias.
(B) Expulsar os invasores franceses, proteger os núcleos de colonização portuguesa, e defender a rota em direção às
zonas mineradoras do Brasil.
(C) Expulsar os invasores holandeses, proteger os núcleos de colonização portuguesa, e defender a rota em direção às
zonas mineradoras do Brasil.
(D) Expulsar os invasores holandeses, impedir núcleos de colonização, e defender a rota de seu comércio com o
Atlântico Sul.
(E) Expulsar os invasores estrangeiros, proteger os núcleos de colonização portuguesa e defender a rota de seu
comércio com as Índias.
06) (PS-SMV-OF/2018) De acordo com Bittencourt (2006), e com relação às invasões francesas no Rio de Janeiro e
no Maranhão, é correto afirmar que:
(A) foram iniciativas do governo da França, cuja estratégia estava voltada para seus interesses no Brasil, afirmando
que o mundo não estava dividido entre Portugal e Espanha.
(B) a colonização do Brasil foi interesse de Portugal, que pretendia proteger a rota de seu comércio com toda a
América do Sul.
(C) Portugal não disponibilizou recursos para expulsar os invasores e proteger os núcleos de colonização portuguesa,
tendo esse país que recolher mais impostos da Colônia para suportar os custos com armas e navios.
(D) a reação portuguesa no Rio de Janeiro ocorreu quando o Governador Tomé de Souza, em 1560, atacou o Forte de
Copacabana com uma força naval (soldados e índios) que trouxera da Bahia.
(E) em 1614, uma força naval comandada por Jerônimo de Albuquerque chegou ao Maranhão para combater os
franceses. Esse grupamento pode ser considerado a primeira força naval comandada por um brasileiro.
07) Jerônimo de Albuquerque era nascido no Brasil, filho de um português de mesmo nome, um dos desbravadores do
Brasil em Pernambuco, e da índia tupi batizada como Maria do Espírito Santo Arcoverde. Ele foi um dos responsáveis
pela expulsão dos franceses da França Equinocial, em 1615. Devido a tais características, ele é visto como
(A) o primeiro brasileiro a comandar uma expedição naval em 1614, no Maranhão.
(B) o maior exemplo de mameluco brasileiro, e por tal se destacou na nossa história.
(C) um mestiço, o que deu a ele a possibilidade de criar revoltas nativistas no Brasil.
(D) exemplo de um homem que usou a adversidade étnica a favor do Brasil.
(E) o responsável pelo comando das forças luso-espanholas que libertou o norte do Brasil da presença de estrangeiros.
10) (PS-AA-AFN/2016) Jerônimo de Albuquerque é considerado, por alguns historiadores navais, o primeiro
comandante brasileiro de uma força naval cuja atuação ocorreu:
(A) na expulsão dos franceses do Maranhão, em 1615, quando, após derrotá-los, foi designado governador das terras
conquistadas.
(B) no episódio chamado Jornada dos Vassalos, quando comandou uma expedição militar vinda da Europa com a
missão de libertar Salvador do domínio holandês.
(C) na luta e expulsão dos franceses comandados por Duguay-Trouin, um dos mais famosos corsários da época, que
havia invadido e saqueados o Rio de Janeiro em 1711.
(D) no comando da Força Naval organizada pelo governador do Rio de Janeiro, em 1648, para libertar Angola, que
estava em poder dos holandeses.
(E) no ataque ao forte francês Coligny, na atual ilha de Villegagnon, durante o Combate das Canoas, no momento em
que teria aparecido São Sebastião para auxiliar os portugueses.
11) (PS-AA-AFN/2006) Durante o período colonial brasileiro, corsários franceses empreenderam várias tentativas de
invasão. Entre elas, pode-se destacar a comandada por:
(A) René Duguay-Trouin no Rio de Janeiro, resultando em uma completa pilhagem da cidade.
(B) Duclerc no Maranhão, que resultou na fundação da cidade de São Luís.
(C) Nicolau Durand de Villegaignon, que resultou na fundação da França Equinocial no Rio de Janeiro.
(D) Jean Batiste Aristides, resultando na fundação da França Antártica no Rio de Janeiro.
(E) Gaspard de Coligny no Rio de Janeiro, resultando em completa pilhagem da cidade.
14) Em 1613, Felipe III, rei da Espanha, enviou para o Brasil um novo governador, Gaspar de Souza, com ordens para
tomar providências contra os franceses do Maranhão. Rapidamente, Gaspar de Souza iniciou as ações para combater
os franceses no Norte do Brasil, enviando uma expedição comandada por Jerônimo de Albuquerque com três ou quatro
navios. Os navios tinham qual designação genérica porque eram construídos na costa do Brasil de então?
(A) foram classificados como caravelas.
(B) foram chamadas de Naus do Brasil.
(C) eram denominados “caravelões”.
(D) foram batizadas de Corredeiras.
(E) eram denominadas de Tupiniquins.
A charge acima aborda o fim da presença holandesa no Brasil após um longo período de dominação da região nordeste.
Em relação ao longo êxito dos holandeses no Brasil, pode-se afirmar que foi resultante, entre outros fatores, do
(A) enfraquecimento das forças navais portuguesas, devido à dominação espanhola que, em nenhum momento,
auxiliou os colonos na luta contra os holandeses nas duas invasões que estes executaram no Brasil, pois os
espanhóis estavam mais interessados na luta contra os ingleses na Ásia.
(B) significativo domínio do mar que conseguiram manter durante quase todo o período de ocupação. Mesmo quando
o Recife já estava cercado e era inviável vencer em terra, ainda conseguiram, por longos anos, suprir a cidade por
mar.
(C) papel do governador André Vidal de Negreiros, que manteve um governo de conciliação com os colonos,
principalmente no que se referia à liberdade religiosa, muito reivindicada pelos colonos e que possibilitaria a
instalação de judeus na região.
(D) enfraquecimento da liderança de Jerônimo de Albuquerque, que não conseguia reunir uma força naval
preponderante devido à impopularidade que contrastava com a popularidade do governador João Maurício de
Nassau.
(E) significativo domínio marítimo que se fez presente de forma implacável durante toda a presença dos holandeses
no Brasil, principalmente quando enfrentaram as forças de Duarte Coelho, episódio que ficou conhecido como
Insurreição Pernambucana.
16) Durante a Idade Moderna a Holanda, através de suas Companhias de Comércio, vivencia um significativo
desenvolvimento marítimo e econômico que conhece o seu apogeu no
(A) fim do século XVII e no começo do século XVIII graças em boa parte pelas conquistas territoriais e pelo controle
de diversas rotas marítimas pelo mundo.
(B) início do século XV e final do século XVI devido principalmente ao domínio de áreas colônias com as regiões
fornecedoras de açúcar no Brasil.
(C) fim do século XV e no começo do século XVI devido principalmente ao domínio de áreas coloniais com as regiões
fornecedoras de especiarias na Indochina.
(D) até o começo da segunda metade do século XVII, graças à formação de um vasto domínio colonial que lhe permitiu
controlar o comércio de escravos na África e de açúcar brasileiro.
(E) início do século XV e fim da segunda metade do século XVI graças às conquistas de significativas áreas de
fornecimento de matéria-prima como o açúcar brasileiro.
17) Os holandeses invadiram o Brasil em duas ocasiões com claras intenções de permanecerem no território,
colonizando-o. a primeira invasão pode ser resumida em
(A) ocupação de Salvador, Bahia, expulsos pelos portugueses em 1654.
(B) instalação no Rio de Janeiro, denominada de Holanda Tropical.
(C) tomada de São Luís, Maranhão, expulsa por Jerônimo de Albuquerque.
(D) instalação na Baía da Guanabara, EM 1555, denominada de Holanda Colonial.
(E) ocupação de Salvador, Bahia, expulsos pelos espanhóis em 1625.
Módulo 2 - 30 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval
18) Nos anos de 1580 a 1640, ocorreu a União das Coroas Ibéricas, em que Portugal viveu sob a tutela da Espanha, só
recuperando sua autonomia pela revolução restauradora que permitiu a subida ao trono da dinastia de Bragança. Qual
das opções abaixo representa o quadro da situação em que Portugal se encontrava no momento da restauração?
(A) Portugal estava comprometido pelas lutas que tratava junto com a Espanha, e perdera considerável parte de seu
império colonial.
(B) Portugal aliou-se aos Países Baixos na luta contra a guerra de corsos empreendida pela Invencível Armada.
(C) Restaurado o reino, tratou Portugal de garantir apenas suas possessões no Oriente.
(D) Com a restauração, Portugal iniciou acordos diplomáticos com a França para garantir comércio marítimo com as
possessões francesas.
(E) A revolução restauradora e a subida ao trono da Dinastia de Bragança estremeceram as relações diplomáticas com
a Inglaterra, grande aliada do comércio espanhol.
19) Ao longo dos séculos XVI e XVII, o Brasil foi invadido por estrangeiros, dentre eles, os holandeses, os quais
permaneceram por décadas na costa brasileira, no intuito de formar colônias. Qual foi o fator preponderante que
resultou no longo êxito dos holandeses no Brasil?
(A) A importância de suas forças terrestres, extremamente bem preparadas.
(B) A instalação de fortes para servir de base para suas ações militares.
(C) O emprego dos corsários para, por meio de ações que visavam ao lucro, causar danos nos mares, a seus inimigos.
(D) O esmagador domínio do mar, que conseguiram manter durante quase todo o período da ocupação.
(E) A amizade que mantinham com os índios, que lhes supriam por meio de escambos.
20) De acordo com Bittencourt (2006), a Holanda era um país de bons comerciantes e hábeis marinheiros. Os
holandeses possuíam uma fortíssima consciência marítima e utilizavam seu Poder Marítimo com muita habilidade.
Marque a alternativa das cidades brasileiras invadidas mediante projeto de guerra da Companhia das Índias Ocidentais
para preservação do monopólio comercial do açúcar.
(A) Rio de Janeiro e Recife.
(B) Salvador e Recife.
(C) Salvador e Rio de Janeiro.
(D) Rio de Janeiro e São Luís.
(E) São Luís e Salvador.
21) Marque a alternativa correta sobre o emprego do poder naval luso-espanhol para expulsar os holandeses da Bahia
em 1625.
(A) Ataque naval da esquadra denominada Jornada dos Vassalos, maior força naval que até aquela data atravessara o
Atlântico.
(B) Ataque naval da esquadra denominada Jornada dos Galeões, maior força naval que até aquela data atravessara o
Atlântico.
(C) Ataque naval da expedição guarda-costas sob comando de Jerônimo de Albuquerque, maior força naval que até
aquela data atravessara o Atlântico.
(D) Construção de forte em Salvador e o ataque naval de uma flotilha de embarcações que passou a atuar de forma
permanente, coibindo qualquer tentativa de invasão estrangeira.
(E) O poder naval português manteve Salvador sob bloqueio naval e somente com a presença de uma força naval em
Pernambuco é que foi possível expulsar os holandeses em 1625.
22) Sob os acordos ocorridos no século XVIII entre Portugal e Espanha, qual afirmativa abaixo encontra-se ERRADA?
(A) O Tratado de Madri, 1750, tentou obter o território de Sacramento para Espanha em troca do território dos sete
Povos das Missões.
(B) O Tratado de Utrecht, 1715, tentou refazer as linhas do Tratado de Tordesilhas.
(C) O Tratado de Lisboa, 1681, reconheceu a posse de Sacramento para Portugal.
(D) O Tratado do Pardo, 1761, desfez o Tratado de Madri.
(E) O Tratado de Santo Ildefonso, 1777, entregou a Espanha os territórios de Sacramento e dos Sete Povos das
Missões.
24) Marque a alternativa correta sobre o local de atuação da força naval sob liderança de Jerônimo de Albuquerque
para expulsar os franceses.
(A) Rio de Janeiro.
(B) Bahia.
(C) Pernambuco.
(D) Maranhão.
(E) Rio Grande do Norte.
25) Na história da colonização brasileira avultam, desde o século XVI, personalidades exponenciais, que
valorosamente a marcaram, muito contribuindo para a definitiva formação do país. Marque a alternativa correta sobre
a atuação de Jerônimo de Albuquerque para preservar a integridade do território da América Portuguesa.
(A) Liderança das expedições guarda-costas e a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro.
(B) Liderança da expedição colonizadora e fundação da cidade de São Vicente.
(C) Liderança da força naval na bacia do Prata, empregada contra os espanhóis para defender a Colônia de Sacramento
e negociação do Tratado de Madri.
(D) Participação na Insurreição Pernambucana e liderança da força naval para expulsar os holandeses de Angola,
projetando pela primeira vez o poder naval brasileiro no exterior.
(E) Liderança da primeira força naval sob comando de um brasileiro para expulsar os franceses do Maranhão e a
pacificação dos indígenas da região do Rio Grande, promovendo uma política de valorização das terras para o
povoamento e dominação da cultura e língua dos índios.
26) De acordo com Bittencourt (2006), a fronteira do sul do Brasil demorou a ser definida devido à ferrenha disputa
travada entre Portugal e Espanha que tinham interesse em dominar a estratégica região platina. Marque a estratégia
empregada por Portugal e Espanha para garantir o domínio sobre a região.
(A) Persuasão Terrestre na Região Platina.
(B) Exercício da força mediante emprego do poder naval e da diplomacia, mediante negociação de tratados.
(C) Mediação internacional e assinatura das Bulas pelo Papa Alexandre VI, determinando o cumprimento do Tratado
de Tordesilhas.
(D) Ocupação da colônia de Sacramento pelos espanhóis e o emprego da batalha decisiva pelos portugueses para
garantir o domínio do mar na bacia do Prata.
(E) Emprego exclusivo do poder naval, mediante criação da Divisão Naval do Rio da Prata pelos portugueses para
combater as invasões espanholas na Colônia de Sacramento.
27) Os holandeses Tentaram em 1624 estabelecer uma colônia no Brasil com a ocupação da cidade de(o)
(A) Salvador, por ser a capital do Brasil colônia.
(B) Rio de Janeiro, por ser a mais produtiva de açúcar no Brasil.
(C) Belém, por controlar a bacia do Amazonas que acessava os territórios espanhóis.
(D) Salvador, por ser a principal produtora de pedras preciosas.
(E) São Luís, por ter o principal comércio de escravos do Brasil colônia.
30) Em 1777, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Limites de Santo Ildefonso. Por esse tratado, Portugal
conservava para o Brasil as fronteiras oeste e norte negociadas em Madri. Cedeu, entretanto, a Colônia do Santíssimo
Sacramento, sem receber a compensação dos Sete Povos das Missões. Segundo o historiador Synesio Sampaio Goes
Filho: “O Rio Grande do Sul acabava, pois, numa frágil ponta e tinha apenas a metade de seu território atual. Não há
dúvida de que, pelo Tratado de Santo Ildefonso, Portugal perdia com relação ao que havia ganhado pelo Tratado de
Madri” (GOES FILHO, 2015, p. 232).
Marque a alternativa correta sobre as desvantagens portuguesas, após a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso.
(A) Os espanhóis obtiveram o domínio das duas margens do rio da Prata, controlando a região estratégica para o
comércio, defesa e integração da América Portuguesa.
(B) Os espanhóis anexaram definitivamente a província do Rio Grande do Sul, controlando a atividade pecuária,
gerando prejuízo à metrópole portuguesa.
(C) Os espanhóis obtiveram o domínio das linhas de comunicação do Atlântico Sul, ameaçando o monopólio
comercial entre Portugal e Brasil, ocasionando a invasão holandesa no nordeste.
(D) Os espanhóis obtiveram o domínio das duas margens do rio da Prata, impedindo a comunicação portuguesa com
o Mato Grosso, ocasionando a Guerra do Paraguai.
(E) Após a anexação dos Sete Povos das Missões e da Colônia de Sacramento, a Espanha fundou o Vice-Reinado do
Prata. O Rio Grande do Sul foi reincorporado ao território brasileiro, apenas após a vitória brasileira na Guerra de
Rosas e Oribe em 1852.
GABARITO
01 - C 02 - C 03 - E 04 - C 05 - C 06 - E 07 - A 08 - C 09 - D 10 - A
11 - A 12 - B 13 - D 14 - C 15 - B 16 - D 17 - E 18 - A 19 - D 20 - B
21 - A 22 - C 23 - E 24 - D 25 - E 26 -B 27 - A 28 - B 29 - E 30 - A
01) Emergindo das dificuldades do período revolucionário (1789-1799), a França erguia-se perante a Europa
aristocrática com o “Grande Exército” chefiado por Napoleão Bonaparte. As notáveis vitórias militares francesas
subjugaram a maior parte do Velho Mundo e esse expansionismo teve repercussões intensas na própria América,
abrindo caminho para a emancipação política das colônias ibéricas. As guerras napoleônicas (1804-1815) foram
caracterizadas por dois aspectos: o primeiro foi a luta de uma nação burguesa contra uma Europa aristocrática. Qual
foi o segundo aspecto?
(A) A centralização precoce de governo de França.
(B) A divisão do mundo entre portugueses e espanhóis.
(C) A centralização precoce de governo de Inglaterra.
(D) O início do comércio marítimo mundial.
(E) O segundo foi a luta entre França e Inglaterra.
02) Com a derrota da Marinha francesa na Batalha de Trafalgar (1805) para a Marinha inglesa, muito superior, decide
Napoleão investir contra seus inimigos continentais (Áustria e Prússia) e, ao tomar Berlim, iniciou guerra econômica
à Inglaterra. como Napoleão tentou derrotar a Inglaterra após a Batalha Naval de Trafalgar?
(A) Tentando invadir a Inglaterra com um poderoso exército.
(B) Estabelecendo em 1806 um bloqueio continental.
(C) Afundando os navios ingleses no mar do Norte a partir de ações submarinas.
(D) Estabelecendo uma aliança com Portugal, quebrando os acordos anglo-lusitanos.
(E) Fazendo uma convenção secreta com a Espanha e a Holanda.
03) A não adesão portuguesa aos interesses franceses levou a qual condição abaixo?
(A) A transferência dos bancos franceses de Lisboa para Madri.
(B) A interferência econômica da Holanda.
(C) A invasão de Portugal pelo Exército francês sob o comando do General Junot.
(D) A tentativa de domínio espanhol sobre Portugal, gerando a Segunda União Ibérica.
(E) O crescimento das rivalidades entre Portugal e Inglaterra.
04) Após os descumprimentos portugueses das ordens de Napoleão, Portugal foi obrigada a
(A) declarar paz com a França.
(B) aceitar a interferência econômica da Holanda.
(C) retirada para o Brasil de toda a Família Real.
(D) iniciar os acordos diplomáticos com a Inglaterra.
(E) aceitar a proteção da Espanha.
05) O comboio de transportes que conduziu todo o aparato português (cerca de 15.000 pessoas dentre militares e civis)
era de 30 navios, e várias embarcações. Esse aparato foi protegido por
(A) uma armada portuguesa de 15 navios.
(B) pela primeira armada brasileira.
(C) uma escolta inglesa composta por 16 naus.
(D) uma armada espanhola de galeões.
(E) pelos primeiros navios a vapor em operações de guerra.
06) Em 22 de janeiro de 1808, a Nau Príncipe Real, onde o Príncipe Regente D. João encontrava-se embarcado, chegou
à Bahia. A 28, D. João proclamava a independência econômica do Brasil com a publicação da famosa
(A) declaração de Independência do Brasil.
(B) carta régia que abriu ao comércio estrangeiro os portos do país.
(C) declaração de guerra à França.
(D) lei de transição, que declarou ser o Brasil a nova sede da monarquia portuguesa.
(E) retaliação de Portugal à França, declarando guerra.
08) Quanto a política externa de D. João, após a chegada ao Brasil, a primeira ação dele foi
(A) a ocupação da Banda Oriental, atual Uruguai.
(B) a invasão da capital da Guiana Francesa, Caiena.
(C) a abertura dos portos brasileiros às nações estrangeiras.
(D) a declaração de guerra à Inglaterra.
(E) a instalação da corte portuguesa em Salvador – BA.
09) No campo interno veremos a Revolta Nativista de 1817, movimento separatista, onde a Marinha portuguesa atuou
na sua repressão, bloqueando
(A) o porto de Salvador, Bahia, com uma divisão naval comandada pelo Almirante Pinto Guedes.
(B) o porto de Recife, Pernambuco, com uma divisão naval comandada pelo Almirante Inhaúma.
(C) o porto de Recife, Pernambuco, com uma divisão naval comandada pelo Almirante Rodrigo Lobo.
(D) o porto de São Luís, Maranhão, com uma divisão naval comandada pelo Almirante Cochrane.
(E) o porto de Montevidéu, Cisplatina, com uma divisão naval comandada pelo Almirante Grenfell.
10) Com o retorno de D. João VI para Portugal, permaneceu no Brasil seu filho D. Pedro, que passou a sofrer pressão
vinda da Corte de Portugal para que regressasse a Lisboa. Como consequência,
(A) temos o Dia do Fico (09/01/1822), com posterior declaração de Independência do Brasil.
(B) o início do período colonial brasileiro, com subordinação aos ingleses.
(C) o fim da escravidão no Brasil, com início da produção industrial.
(D) o início da produção colonial de açúcar no Brasil, para ajustar a economia.
(E) a formação da Marinha do Brasil, para lutar contra a Inglaterra.
11) O primeiro estaleiro organizado oficialmente no Brasil foi a Ribeira das Naus de Salvador, depois Arsenal de
Marinha da Bahia, fundado no final do século XVI. Com a chegada da Família Imperial portuguesa ao Rio de Janeiro,
qual fator abaixo ocorreu com relação ao arsenal?
(A) O Arsenal Real da Marinha, localizado então ao pé do morro do Mosteiro de São Bento, teve sua capacidade
ampliada.
(B) Foi necessária a transferência do Arsenal de Salvador para o Rio de Janeiro.
(C) O antigo arsenal existe no Rio de Janeiro foi transferido para Niterói, na Ponta da Areia.
(D) Foi criado o maior arsenal existente até hoje no Brasil, na Ilha do Governador, chamado de Galeão.
(E) Foi criado o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, na atual ilha das cobras.
12) Com a chegada da Família Imperial portuguesa ao Rio de Janeiro, qual fato abaixo relatado NÃO aconteceu?
(A) Instalação do Ministério dos Negócios da Marinha e Ultramar no Rio de Janeiro.
(B) Criadas ou estabelecidas várias repartições necessárias ao funcionamento do Ministério da Marinha no Brasil.
(C) Ampliação do Arsenal Real da Marinha, que havia sido criado no Rio de Janeiro em 1763.
(D) A Academia Real de Guardas-Marinha, transferida de Portugal, teve sua instalação nas dependências do
Mosteiro do Castelo.
(E) Criados o Quartel-General da Armada, a Intendência e Contadoria, o Arquivo Militar, o Hospital de Marinha, a
Fábrica de Pólvora e o Conselho Supremo Militar no Rio de Janeiro.
14) A Divisão Naval que tomou Caiena em 1819 era comandada pelo
(A) Almirante Thomas Cochrane.
(B) Almirante Horatio Nelson.
(C) Capitão-de-Mar-e-Guerra James Lucas Yeo.
(D) Comandante Marques de Tamandaré.
(E) Almirante Luís Barroso da Silva.
15) O primeiro ato consistente de política externa de D. João realizada por meio militar, contou com forças
(A) apenas com as divisões navais inglesas.
(B) exclusivamente portuguesas.
(C) brasileiras, tendo índios e ex-escravos participando.
(D) navais e terrestres anglo-luso-brasileira.
(E) unicamente portuguesas e espanholas.
16) Outro movimento importante de D. João na política externa foi a ocupação da Banda Oriental. Na operação, foi de
grande importância o papel que desempenhou a Marinha, não só no transporte das tropas, desde Portugal (já liberado
do domínio francês), como também em todo o desenrolar da ocupação. Com relação a este evento da história luso-
brasileira, qual afirmativa abaixo está correta?
(A) Para a ocupação de Montevidéu, de Portugal veio a última Divisão de Voluntários Reais que chegou em março
de 1816 no Rio de Janeiro.
(B) Para a tomada de Caiena, em 1816, forças inglesas foram contratadas no Rio de janeiro como mercenárias,
ficando até a Independência do Brasil.
(C) Para a tomada de Buenos Aires, na Guerra contra Rosas, tivemos a chegada de tropas inglesas que ocuparam o
porto do Rio de Janeiro em 1817.
(D) Para a luta contra os franceses que ocuparam a Cisplatina, tropas espanholas se juntaram as tropas portuguesas
em Montevidéu e conquistaram a província em 1815.
(E) Para a tomada de Montevidéu, em 1816, tropas luso-francesas se agruparam no Rio de Janeiro e marcharam a
partir de Maldonado sob as ordens do almirante Rodrigo Lobo.
17) Em 22 de janeiro de 1808, a Família Real Portuguesa aportou em solo brasileiro, transferindo a estrutura burocrática
do Estado português para os trópicos. No âmbito da política externa, D. João empregou as forças navais no primeiro
ato realizado por meio militar, conhecido como:
(A) ocupação da Banda Oriental.
(B) guerra da Cisplatina.
(C) conquista de Caiena.
(D) revolução de 1817.
(E) abertura dos portos às nações amigas.
18) “Ou o Reino, para deter as legiões de Junot, rompia com os ingleses, e perdia o Brasil, ou o Reino, para preservar
o Brasil, arriscava a soberania na Europa – em troca do império nos trópicos” (HNB, Segundo Volume, Tomo II, p.
337).
Esta afirmativa está relacionada a qual episódio visto como de suma importância para a Independência do Brasil?
(A) Transmigração da Família Real Portuguesa.
(B) Revolução Pernambucana.
(C) Conquista da Guiana Inglesa.
(D) Ocupação da Banda Oriental.
(E) Guerra Cisplatina.
20) No âmbito interno, D. João VI empregou a força naval para combater um movimento separatista. Esse episódio é
conhecido na história naval brasileira como:
(A) Guerra da Cisplatina.
(B) Revolução de 1817.
(C) Cabanagem
(D) Revolução Praieira.
(E) Farroupilha.
21) Marque a alternativa correta sobre a instituição do Ministério da Marinha, criada no Rio de Janeiro, após a
transmigração da Família Real Brasileira, considerada primeiro estabelecimento de ensino superior no Brasil.
(A) Academia Real de Guardas-Marinha.
(B) Escola Militar-Naval.
(C) Colégio Naval.
(D) Escola Militar da Praia Vermelha.
(E) Escola de Guerra Naval.
22) Qual foi o nome dado às relações entre a metrópole e a colônia, que implicavam sempre na subordinação da
segunda à primeira? Essas relações implicavam que todo o comércio dos produtos produzidos na colônia só poderia
ser feito com a metrópole. De maneira inversa, todos os produtos que os colonos quisessem importar só poderia ser
vendido pela metrópole. Isto se chamava também monopólio comercial ou exclusivismo mercantil.
(A) Insurgência.
(B) Reversão Econômica.
(C) Banalização.
(D) Pacto Colonial.
(E) Encilhamento.
23) Como foi denominada a reunião dos representantes dos países que derrotaram a França de Napoleão para restaurar
a organização política dos países da Europa afetados pela Revolução Francesa e pela invasão das tropas de Napoleão?
(A) Tríplice Aliança.
(B) Pacto de Marselle.
(C) Santa Aliança.
(D) Acordo de Londres.
(E) Congresso de Viena.
24) Do mesmo modo que a transferência para o Brasil da sede do reino português foi motivada pela ameaça
representada pelo expansionismo francês na Europa, seria esperado o retorno do Rei D. João VI a Lisboa. Os
portugueses esperavam que seu rei retornasse para Portugal e trouxesse a Corte de volta para Lisboa. Entretanto, o
monarca permaneceu no Rio de Janeiro e, para viabilizar esta situação, como agiu D. João VI em relação ao Brasil?
(A) Realizou a Independência política do Brasil.
(B) Elevou o Brasil a uma condição equivalente de Portugal com a formação do Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves.
(C) Realizou a Independência econômica do Brasil.
(D) Realizou a abertura dos portos brasileiros ao comercio exterior.
(E) Firmou acordos com a Inglaterra e contratou mercenários, em sua maioria ingleses, para controlar Portugal.
GABARITO:
01 - E 02 - B 03 - C 04 - C 05 - C 06 - B 07 - A 08 - B 09 - C 10 - A
11 - A 12 - D 13 - C 14 - C 15 - D 16 - A 17 - C 18 - A 19 - D 20 - B
21 - A 22 - D 23 - E 24 - B 25 - B
Módulo 2 - 38 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval
SEXTA BATERIA
01) Do mesmo modo que a transferência para o Brasil da sede do reino português foi motivada pela ameaça
representada pelo expansionismo francês na Europa, seria esperado o retorno do Rei D. João VI a Lisboa e a restauração
do pacto colonial após a paz europeia. Entretanto, o monarca permaneceu no Rio de Janeiro e, para viabilizar esta
situação,
(A) ele determinou o envio de tropas para Caiena, capital da Guia na Francesa.
(B) criou a Marinha Imperial Brasileira, numa clara demonstração de força para Portugal.
(C) ele enviou uma Divisão Naval para tomar a província cisplatina.
(D) buscou alianças com ingleses e franceses a fim de defender seu papel na monarquia lusa.
(E) elevou o Brasil a uma condição equivalente de Portugal com a formação do Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves.
02) O Congresso de Viena (1814-1815) foi a reunião dos representantes dos países que derrotaram a França de
Napoleão para restaurar a organização política dos países da Europa afetados pela Revolução Francesa e pela invasão
das tropas de Napoleão. Os principais objetivos dos representantes das grandes potências que derrotaram a França
(Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia) era refazer o mapa político europeu, promovendo a volta do Antigo Regime, e
das monarquias absolutistas derrubadas por Napoleão. Uma das monarquias afetadas por Napoleão foi
(A) a Espanha, que teve que retirar sua monarquia migrando para áreas coloniais da américa em 1808.
(B) Portugal, que teve suas fronteiras invadidas por tropas francesas sob as ordens do General Junot em 1807.
(C) a Itália, que perdeu seu comércio de especiarias que passaram a ser dominados por navios franceses.
(D) Portugal, que teve que criar em regime de urgência sua marinha, para enfrentar as forças navais francesas.
(E) a Dinamarca, que teve suas forças navais destruídas por Napoleão na Batalha Naval de Trafalgar, em 1805.
03) Enquanto os comerciantes e fazendeiros brasileiros desfrutavam do afrouxamento dos laços coloniais, a partir da
chegada da Família Imperial no Brasil, a sociedade portuguesa via-se deixada em segundo plano, com o território luso
sendo administrado
(A) pelos príncipes portugueses Miguel e Pedro.
(B) pela rainha Maria I, que se manteve em solo lusitano para garantir a monarquia.
(C) por uma junta sob controle de um militar britânico.
(D) pelas companhias de comércio, principalmente de azeite e vinho, produtos chefes da balança comercial lusa.
(E) pelo ministro da Marinha portuguesa, o Conde de Anadia.
04) A permanência da monarquia portuguesa no Brasil após o fim das Guerras Napoleônicas, somado ao clamor por
uma flexibilização do absolutismo vindo de setores da sociedade portuguesa, fez estourar na Cidade do Porto um
movimento revolucionário liberal. Logo a revolução se espalhou por Portugal, fomentando a instalação de uma
Assembleia Nacional Constituinte denominada de “Cortes”, que visava a instaurar uma monarquia Constitucional. O
estado revolucionário da antiga metrópole provocou o retorno do Rei em 26 de abril de 1821, no entanto, D. João VI
(A) antes de partir restituiu à Espanha o território Cisplatino, o que obrigou o Brasil a ter que toma-lo posteriormente.
(B) imediatamente após sua partida providenciou uma aliança com a Inglaterra, a fim de tomar o poder das cortes de
Lisboa.
(C) deixou seu filho D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil, na tentava de manter o controle das duas partes de seu
reino.
(D) retornou ao Brasil no ano seguinte, para iniciar o processo de Independência do Brasil, completado por seu filho
em 7 de setembro de 1822.
(E) determinou a ocupação definitiva da Guiana Francesa, a fim de obrigar as Cortes europeias a reconhecer sua
legitimidade como Rei de Portugal.
05) Mesmo com o retorno do Rei, as Cortes reunidas em Lisboa mantiveram-se atuantes na imposição de uma
monarquia constitucional a D. João VI. Contudo, o posicionamento das Cortes em relação ao Brasil era
(A) igualmente liberal, buscando reforçar os grupos políticos formados no Brasil após a vinda da Família Imperial.
(B) indiferente, pois a partir da emancipação política do Brasil feita por D. João VI em 1815, as cortes portuguesa
passaram a agir por conta própria e independente de política externa.
(C) completamente contrário ao seu discurso liberal: vinha no sentido de reativar a subordinação política e econômica
posterior a 1808, reerguendo o pacto colonial.
(D) de conciliação, tendo em vista a visão fraterna existente entre os portugueses que viviam na metrópole com os
portugueses que viviam na antiga colônia.
(E) libertador, pois eles dependiam da boa vontade brasileira para manter uma corrente migratória de recursos
financeiros e uma balança comercial estável com o Brasil devido ao açúcar e ao café brasileiros.
Módulo 2 - 39 - Turma Máster 2019
Prof. Vagner Souza História Militar-Naval
06) A oposição que as Cortes faziam à dinastia de Bragança em Portugal e suas crescentes imposições ao Príncipe
Regente provocaram reações de D. Pedro, que declarou que permaneceria no Brasil apesar da determinação das Cortes
para que retornasse a Lisboa. Como passou à História este dia?
(A) O 7 de setembro de 1822 ficou conhecido como Dia da Independência.
(B) Em 9 de janeiro de 1822, ficou conhecido como Dia do Fico.
(C) Ficou conhecido como dia da formação da consciência nacional, em 21 de abril de 1822.
(D) O dia 1º de dezembro de 1821 ficou denominado de dia da formação nacional brasileira.
(E) O dia 23 de abril de 1823, dia do comprometimento nacional de libertação brasileira.
07) Com o rompimento das relações entre D. Pedro e as cortes portuguesas, o príncipe nomeou um novo gabinete,
desta vez encabeçado por qual defensor da emancipação brasileira?
(A) José Bonifácio de Andrada e Silva.
(B) Almirante Cochrane.
(C) Marechal Luís Alves de Lima e Silva.
(D) Deputado José Carlos de Carvalho.
(E) Almirante Tamandaré.
08) Em 7 de setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro declarava a Independência do Brasil. Porém, apenas quais
províncias atenderam de imediato à conclamação emanada das margens do Ipiranga?
(A) Bahia, Ceara e Rio Grande do Norte
(B) Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
(C) Bahia, Maranhão e Rio Grande do Sul.
(D) Grão-Pará, Piauí e Espírito Santo.
(E) Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
09) A proximidade geográfica intensifica as relações entre regiões, como foi o caso durante a Independência do Brasil
de haver maior comprometimento com a metrópole portuguesa
(A) das áreas centrais do Brasil.
(B) da Bacia Platina Brasileira.
(C) das províncias do Norte-Nordeste do país.
(D) das regiões litorâneas ao sul do Brasil.
(E) das áreas banhadas pela Bacia Fluvial do rio São Francisco.
10) A região que mais resistiu a nossa independência foi Salvador – Bahia, pelas razões abaixo, EXCETO:
(A) não havia contato marítimo entre Salvador e outras regiões brasileiras, apenas com Lisboa.
(B) as guarnições militares que lá estavam não se dividiram perante a causa da Independência.
(C) Portugal aumentou sua força com tropas, suprimentos e navios de guerra à guarnição de Salvador.
(D) o Governador das Armas da Província, Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo, manteve-se fiel à Portugal.
(E) as tropas em Salvador defenderam o pacto com Lisboa.
12) Por que a rápida formação de uma Marinha de Guerra nacional constituía-se no melhor meio de transportar e
concentrar tropas leais e suprimentos para as áreas de embate com os portugueses?
(A) Porque tínhamos, por ocasião da Independência, de enviar tropas à Portugal.
(B) Para enfrentar os ingleses, que estavam atacando com seus navios diversas localidades brasileiras.
(C) Porque devíamos proteger as linhas de comércio brasileiras, principalmente nas fronteiras com os países de origem
espanhola.
(D) Porque era por meio do mar que as províncias litorâneas se interligavam e comercializavam seus produtos.
(E) Para lutar contra os espanhóis que apoiavam a monarquia e as cortes de Portugal.
14) Qual afirmativa abaixo sobre a formação da Marinha do Brasil encontra-se INCORRETA?
(A) O nascimento da Marinha Imperial se deu em regime de urgência, aproveitando os navios que tinham sido deixados
no porto do Rio de Janeiro pelos portugueses.
(B) Oficiais e praças da Marinha portuguesa que aderiram à Independência do Brasil foram aproveitados para a
formação das primeiras tripulações da Esquadra brasileira.
(C) As lacunas encontradas nos corpos de oficiais e praças de nossa primeira Esquadra, foram completadas com a
contratação de estrangeiros, sobretudo experientes remanescentes da Marinha francesa.
(D) Os navios inicialmente tomados pelo Brasil estavam em péssimo estado de conservação, e foram reparados em um
intenso trabalho do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
(E) As pretensões de reconquista portuguesa fizeram com que o governo imperial brasileiro contratasse Lorde Thomas
Cochrane, um brilhante e experiente oficial de Marinha inglês, como Comandante-em-Chefe de nossa primeira
Esquadra.
15) Marque as opções abaixo como certas ou erradas e escolha a única sequência possível:
( ) A 1º de abril de 1823, a Esquadra brasileira comandada por Cochrane, deixava a Baía de Guanabara com destino
à Bahia, para bloquear Salvador e dar combate às forças navais portuguesas que lá se concentravam.
( ) primeira tentativa de dar combate aos navios portugueses foi desfavorável à Cochrane, tendo enfrentado, além do
inimigo, a indisposição para luta dos marinheiros brasileiros nos navios da Esquadra.
( ) As forças navais portuguesas que se concentravam em Salvador – BA, estavam sob o comando do Chefe-de-
Divisão Félix dos Campos.
( ) Cochrane colocou Salvador sob bloqueio naval, capturando os navios que provinham o abastecimento da cidade,
que já se encontrava sitiada por terra pelas forças brasileiras. Pressionados pelo desabastecimento, as tropas
portuguesas abandonaram a cidade em 2 de julho de 1823.
(A) C, E, E, C.
(B) E, C, C, E.
(C) E, E, C, C.
(D) C, E, C, C.
(E) E, C, E, C
16) As tropas portuguesas abandonaram a cidade de Salvador - BA, em um comboio de mais de 70 navios, escoltados
por 17 navios de guerra. Este comboio foi acompanhado e fustigado pela Esquadra brasileira, destacando-se a atuação
de qual militar que, apresando vários navios, atacou o comboio português até a foz do Rio Tejo?
(A) O oficial inglês, Capitão-de-Fragata, John Taylor no comando da Fragata Niterói.
(B) O oficial português, a serviço do Brasil, Manoel Antonio Farinha que a bordo do navio capitânia.
(C) O oficial brasileiro, Almirante Tamandaré, que comandou a esquadra libertadora do Brasil.
(D) O oficial inglês, Lorde Tomas Cochrane, a bordo da Nau Pedro I.
(E) O oficial brasileiro, Visconde de Inhaúma, no comando de uma divisão de corvetas.
19) Durante nossa Guerra de Independência, a marinha imperial teve que atuar nas seguintes províncias brasileiras
abaixo, EXCETO:
(A) Salvador, na província da Bahia, que já havia sido capital colonial brasileira e ainda era uma cidade importante
para o Brasil.
(B) São Luís, província do maranhão, onde a atuação do oficial inglês Almirante Cochrane foi fundamental.
(C) Belém, Grão-Pará, província brasileira em que o comando das forças navais ficou a cargo do oficial inglês John P.
Grenfell.
(D) Buenos Aires, na então província brasileira denominada Cisplatina.
(E) Salvador, província da Bahia, onde estava a resistência mais forte.
20) Os navios brasileiros que compuseram nossa primeira Esquadra foram reparados no(a)
(A) estaleiro naval do Brasil.
(B) Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
(C) Ribeira das Naus em Salvador Bahia.
(D) Arsenal Naval Português, convertido para brasileiro, no Rio de Janeiro.
(E) Ribeira da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
22) Durante a tomada da Banda Oriental, os partidários de Artigas valiam-se de corsários que, com base na Colônia
de Sacramento, ocasionavam grandes prejuízos ao comércio de nossa Marinha Mercante. Com recursos navais
reduzidos para liquidar a nova ameaça, o comando português empregou
(A) forças expedicionárias contratadas.
(B) mercenários navais, em sua maioria ingleses.
(C) forças patriotas brasileiras que estavam sediadas no Rio de Janeiro.
(D) tropas terrestres para tentar destruir as bases inimigas.
(E) um exército arregimentado entre os espanhóis platinos.
23) Em 1817, forças navais portuguesas atuaram na província de Pernambuco para sufocar um movimento rebelde
separatista que se formou naquela localidade. Contra o movimento, partiu da Corte uma Divisão sob o comando do
Chefe-de-Esquadra
(A) Joaquim Marques Lisboa
(B) Luis da Cunha Moreira.
(C) Joaquim José Ignácio.
(D) Manoel Barroso da Silva.
(E) Rodrigo José Ferreira Lobo.
25) A situação que se descortinava no Brasil parecia cada vez mais desfavorável ao processo de Independência. Mesmo
que as forças brasileiras, constituídas de militares e milícias patrióticas forçassem e sitiassem as guarnições
portuguesas, o mar era uma via aberta para o recebimento de reforços. Por esta via, Portugal aumentou sua força com
tropas, suprimentos e navios de guerra à guarnição de Salvador comandada pelo Governador das Armas da Província,
o
(A) Chefe-de-Divisão Luís Henrique Borba Gato.
(B) Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo.
(C) Almirante João de Oliveira Bottas.
(D) General Pierre Labatut.
(E) Marechal Oliveira Senna Pereira.
GABARITO:
01 - E 02 - B 03 - C 04 - C 05 - C 06 - B 07 - A 08 - B 09 - C 10 - A
11 - A 12 - D 13 - C 14 - C 15 - D 16 - A 17 - C 18 - A 19 - D 20 - B
21 - A 22 - D 23 - E 24 - B 25 - B