Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Memorial Descritivo

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 6

MEMORIAL DESCRITIVO

CÂMARA FRIGORÍFICA PARA LARANJAS – CUIABÁ/MT

Acadêmicos: William Julião C. Da Silva RA:149842


Geraldo Cabral Jr. RA:146977
1. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES

1.1. Objeto:
Dimensionamento de um câmara frigorífica, usada para manter frutas (laranjas)
alocadas em caixas de madeira.
Na câmara serão controlados diretamente os seguintes:
 Temperatura do ar;
 Movimentação do ar.
A umidade relativa será controlada indiretamente, mantendo-se em valores
adequados ao produto e indicado pela bibliografia.

1.2. Sistema Adotado:


A câmara será construída em uma área de 30x15. Ela será fabricada em painéis
isotérmicos autoportantes de poliuretano expandido e com revestimento em chapa de
aço galvanizado em ambas as faces.
O sistema de refrigeração adotado será do tipo expansão direta. Será adotado
um conjunto usando unidades condensadoras (externa) e unidades evaporadoras
(interna).

1.3. Descrição das Instalações:


As unidades condensadoras serão instaladas em uma casa de máquinas, já
instalada, ao lado de uma câmara frigorifica com peixes congelados à -20°C, este
espaço possui espaço livre para a entrada e descarga do ar de condensação. Já as
unidades evaporadoras serão instaladas dentro da câmara, na parte superior.
O modelo escolhido para a unidade evaporadora utiliza ventilação forçada,
usando ventiladores para puxar o ar pelas serpentinas e fazer a circulação do mesmo
no ambiente interno.

1.4. Operação do Sistema:


Todo sistema é controlado por uma unidade de controle instalada próximo a
entrada da câmara, onde mostra informações como temperatura e umidade.

2. CONDIÇÕES DE CÁLCULOS

2.1. Condições Admitidas:


2.1.1 Condições Ambientais:
 Condições externas:
temperatura de bulbo seco: 36°C
temperatura de bulbo úmido: 27,2°C
Umidade: 50%
 Condições internas:
temperatura de bulbo seco: 0°C
umidade relativa 85 %
2.1.1.1 P RODUTO :
O fluxo de resfriamento diário considerado foi de 60 Ton de Laranjas, entrando
na câmara a temperatura ambiente. As laranjas serão alocadas em caixas de madeira
de dimensões 55*33*33, com peso de 3kg. Cada caixa comporta 21kg de produtos, e a
capacidade total de armazenagem da câmara é de 390 Ton de laranjas.
2.1.1.2 I LUMINAÇÃO :
A carga de iluminação adotada foi de 2250 W.
2.1.1.3 E QUIPAMENTOS :
Há uma circulação de empilhadeiras e que trabalham 2 horas por dia com
potencia de 10cv. A adição dos evaporadores com seus respectivos ventiladores geram
uma alteração na carga térmica inicial, essa alteração deve ser adicionada no calculo
de carga final, os evaporadores funcionam 20 horas por dia.
2.1.1.4 I NFILTRAÇÃO DE R ENOVAÇÃO DE AR :
Em função do volume da câmara foi considerado um fluxo de ar exterior pelas
portas da câmara de 500 m3/dia
2.1.1.5 P ESSOAS :
Normalmente haverá 2 pessoas trabalhando 8 horas por dia dentro da câmara.

2.2. Memória de Cálculo:


CARGA TÉRMICA
Memorial em anexo em documento.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES

2.3. Câmara Frigorífica:


A Câmara Frigorífica deve ter as seguintes dimensões internas: Largura: 15
metros – Comprimento: 30 metros e altura: 5 metros. Deve ser construída com painéis
isotérmicos (tanto pisos como paredes), fabricados com núcleo de espuma rígida e
poliuretano e revestimento em ambas as faces com chapa de aço carbono com
acabamento pintado na cor branca, com rodapés para proteção, proporcionando
facilidade para manutenção nas junções da parede e teto e juntas com silicone. Os
painéis devem ser encaixados um no outro através do núcleo isolante em forma de
trapézio, com perfeita estanqueidade a vedação.
Deve ser instalado na frente da câmara, acima da porta, um (01) termômetro
digital eletrônico, para a temperatura de -40/+40ºC, com bulbo capilar.
2.3.1 Painéis
Os painéis devem ser fabricados com núcleo de espuma rígida e poliuretano
(densidade aparente de 36/38 kg/m3) e revestimento em ambas as faces com chapa
de aço carbono # 26, zincado por processo contínuo de imersão á quente, pré-pintada
por impregnação eletrostática, com fundo epóxi, mais tinta poliéster branca nas faces
externas. A espessura total do painel será de 150 mm, e deve ser dotado de sistema de
junção à base de engates excêntricos anticorrosivos, proporcionando uma superfície
uniforme completamente asséptica, minimizando a utilização de perfis rebitados, a fim
de atender os padrões internacionais para higienização e limpeza. Depois de montada
a câmara deve ser realizada a completa vedação utilizando borracha silicone nas
fendas de acabamento entre os painéis, garantindo total estanqueidade.
2.3.2 Piso
O piso da câmara fria é montado sobre solo, com camadas de 10cm de concreto
sobre o solo e sobre uma camada de isolante de 10cm. Deve ser construído de forma
estruturada a fim de resistir a pressão de esmagamento ou flexão devido a
movimentação e peso dos produtos dentro da câmara. O interior do piso deve ser
revestido com uma camada de material antiderrapante. A entrada deve ser provida de
rampa de acesso.
2.3.3 Porta Frigorífica:
A porta frigorífica será de embutir, medindo 2,70 x 3,25 m, do tipo sem soleira,
com gaxeta de arraste na parte inferior. Isolada termicamente, com espuma rígida de
poliestireno expandido (densidade aparente 36/38 kg/m3) e espessura total de 150
mm. Revestimento interno e externo em chapa pré-pintada branca. Dotada de batente
envolvente com perfil “U” para proteção do painel no perímetro da porta, com sistema
anti condensação através de resistência elétrica compensadora, para aquecimento, e
ferragem em aço inox, composta por 03 (três) dobradiças, 01 (um) trinco externo, 01
(uma) castanha e dispositivo de segurança para abertura pelo lado interno, composto
por empurrador com mola.
2.3.4 Iluminação
A iluminação interna será à prova de vapor com lâmpadas, dotadas de proteção
de vidro e guarnições de borracha para vedação contra poeira e umidade, para
lâmpadas até 5 W/m², fluorescentes especiais para baixas temperaturas.

2.4. Unidade Frigorífica:


2.4.1 Características Gerais:
Será utilizado um sistema frigorífico com capacidade nominal de 359.093,26
Kcal/h cerca de 417.625,46W/h, e deve operar num ciclo com temperatura de
evaporação em torno de - 6 oC e de condensação de 40 oC. O sistema será composto
de 4 (quatro) unidades frigoríficas de expansão direta, cada uma com capacidade
frigorifica de 121.317 W/h, adotando-se um evaporador de ar forçado, com a válvula de
expansão termostática instalado na sua entrada, dentro da câmara será instalada 4
unidades de evaporação com capacidade de 119.533 Kcal/h à 0°C, visando uma
possível expansão na capacidade.
2.4.2 Unidade Condensadora:
2.4.2.1 C ARACTERÍSTICAS C ONSTRUTIVAS :
A unidade condensadora terá base de aço carbono, onde o conjunto é montado
e deve ser equipado com compressor, 2 ventiladores com potência total de 4400W,
tanque de líquido com válvulas de serviço.
O condensador será de tubo de cobre sem costura, com aletas corrugadas de
alumínio, fixadas mecanicamente, resfriados a ar, com motos ventiladores axiais de alta
eficiência e baixo nível de ruído com grades de proteção.
O compressor deve ser protegido por pressostato de alta e baixa, com rearme
automático e do tipo selado, com dispositivos de proteção contra reciclagem
automática de funcionamento. Será acionado por motor elétrico trifásico, 380V/60 Hz,
protegido, com relê de sequenciamento e falta de fase, dispositivo contra sobrecargas
e sobreaquecimento do motor e em condições de tolerar uma variação de tensão sobre
o valor nominal de mais ou menos 10 %. Funcionará com fluido refrigerante R-22, em
regime próprio para as condições de funcionamento da câmara frigorífica. O circuito de
refrigeração possuirá depósito de líquido refrigerante, além de acessórios de operação,
como filtro secador e válvulas de serviços.
2.4.2.2 S ELEÇÃO DE R EFERÊNCIA :
 Marca Bitzer
 Modelo LH200/6F-50.2
Y
 Volume deslocado 183m³/h
 Compressor (mod.) 6F-50.2
 Capacidade Nominal 121.317 W/h
 Motor de Acionamento 50 HP
 Tensão 230V/380V 60Hz Φ3
2.4.3 Unidade Evaporadora::
2.4.3.1 C ARACTERÍSTICAS C ONSTRUTIVAS :
As unidades evaporaras devem possuir gabinete compacto de alumínio com
acabamento esmerado e resistente à corrosão, também dotado de compartimento para
montagem de válvula de expansão. A bandeja deve permite acesso aos aquecedores e
aos motores do ventilador para facilitar manutenção. As serpentinas são de alta
eficiência e com tubos de cobre mecanicamente expandidos dentro das aletas de
alumínio formadas com ferramenta especial. Alta eficiência do degelo elétrico devido ao
contato direto das resistências com os tubos de cobre, o que dissipa rapidamente todo
o calor dentro da serpentina, fazendo com que o gelo seja derretido de forma mais
rápida. Os modelos DSMX possuem ventiladores de maior potência e maior diâmetro,
proporcionando maior vazão, maior flecha de ar e maior capacidade, pode ser utilizado
em câmaras muito compridas devido ao alto alcance do ar. Os ventiladores são
protegidos por grade de arame pesado e as hélices balanceadas estaticamente,
acionadas por motores eficientes de 220V/380V, com conexões de engate rápido. Deve
possuir dois drenos, um em cada ponta da bandeja. Devem vir equipadas com
termostato de degelo que prevê o retardamento da entrada de ventilador, sendo o ciclo
de degelo iniciado por tempo e terminado por temperatura.

2.4.3.2 S ELEÇÃO DE R EFERÊNCIA :


 Marca Delta Frio
 Modelo DSMX13.45
 Capacidade Nominal 119.533 Kcal/h
 Tensão do motor ventiladores 380 V/3F/60Hz

2.4.4 Válvula de Expansão:


2.4.4.1 C ARACTERÍSTICAS C ONSTRUTIVAS :
Será adotado uma válvula de expansão termostática com equalização externa, a
ser instalada na entrada do evaporador, regulada para um superaquecimento do gás
que deixa o evaporador de 5 oC. O Bulbo termostático deve ser bem fixado junto a
tubulação horizontal que deixa o evaporador através de uma abraçadeira de alumínio
com largura mínima de 10 cm. O bulbo de equalização externa deve ser soldado na
tubulação de sucção a no máximo 15 cm de distância do bulbo termostático.
2.4.4.2 S ELEÇÃO DE R EFERÊNCIA :
 Marca Emerson
 Modelo TADX 5.0
2.5. Controle e Comando:
O comando do sistema deve ser realizado através de um painel de controle
automatizado, que regulem as condições de funcionamento da instalação. Entre as
funções programáveis, devem possibilitar a regulagem do diferencial do termostato;
selecionar o tipo de degelo, a duração e a temperatura final de degelo; retardar a
partida dos ventiladores do evaporador; permitir tempo de parada de refrigeração após
o degelo, para permitir a saída da água de degelo.

O controle de temperatura do ar no interior da câmara, deve ser efetuado por


meio de termostato eletrônico de um estágio, para refrigeração, do tipo digital (com
visor de temperatura), com bulbo capilar, instalado na parede externa da câmara,
próximo a porta.

2.6. Cortinas de Ar:


Será utilizada 1 (uma) cortina de ar a ser instalada do sobre a porta da câmara,
com objetivo de diminuir a infiltração de ar exterior para dentro da câmara. Devem ser
utilizadas cortinas de ar modulada e com baixo nível de ruído. Como referência
especifica-se os equipamentos da Seikan Controle Ambiental, sendo o especificado o
modelo CFF-5 HS, composto de 1 módulo de 1228 mm, possuindo 1 motores de 1/2
HP e uma vazão de ar de 43 m3/min.

2.7. Casa de Máquinas:


O local onde será instalada a unidade condensadora deve possuir espaço livre
para a entrada e descarga do ar de condensação, e ter as esperas de força
necessárias, devendo se protegida por grades ou telas, para evitar o acesso de
pessoas não autorizadas.
Deve ser previsto ponto de dreno junto ao evaporador. Este dreno deve ser com
sifão para evitar mau cheiro ou contaminação da câmara. Deve ser instalado em tubos
de PVC,  25 mm e interligado à tubulação de água pluvial.

Você também pode gostar