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Optometria

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LENTES DE CONTATO

OCULAR
JEILMA SILVESTRE
ENFERMEIRA OFTALMOLÓGICA
FISIOLÓGIA E ANTÓMIA DA CÓRNEA
HISTÓRIA DAS LENTES DE CONTATO
PRIMEIRAS LENTES DE CONTATO
LEGISLAÇÃO DA CONTATOLOGIA
ÉTICA NA CONTATOLOGIA
MATERIAIS DE LENTES DE CONTATO
PROPRIEDADES DAS LENTES DE CONTATO
MEDIDAS PRELIMINARES PARA USUÁRIOS
TESTE DE SCHIMER E BUT
CERATOSCOPIA E TOPOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
COMPLIAÇÕES OCULARES
LENTES HIDRÓFILICAS
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CÓRNEA

 A CÓRNEA É UM TECIDO TRANSPARENTE, QUE CONSTITUI O PRINCIPAL


COMPONENTE ÓPTICO DO OLHO. A PRODUÇÃO DE UMA IMAGEM NÍTIDA
NOS RECEPTORES DA RETINA REQUER QUE A CÓRNEA SEJA TRANSPARENTE
E QUE TENHA O PODER REFRATIVO APROPRIADO. O PODER DE REFRAÇÃO
DA CÓRNEA DEPENDE DE SUA CURVATURA E DE SEU ÍNDICE DE REFRAÇÃO.

 A SUPERFÍCIE ANTERIOR DA CÓRNEA É MAIS CURVA NA PARTE CENTRAL E


UM POUCO APLANADA NA PARTE PERIFÉRICA, DANDO A CÓRNEA UMA
FORMA DE HIPÉRBOLE.
ÍNDICE DE REFRAÇÃO

O RAIO DA SUPERFÍCIE Para a região anterior:


ANTERIOR DA CÓRNEA É, EM r = 7.8mm ou 0,0078m
MÉDIA, 7.8mm NA REGIÃO n1 = índice de refração do ar = 1
CENTRAL. ESTA MEDIDA PODE n2 = índice de refração da córnea = 1.376
VARIAR, OSCILANDO ENTRE D = Dioptria
7.0 E 8.5mm SEM ALTERAR A
BOA FUNÇÃO VISUAL. O D = (n2-n1) / r
ÍNDICE DE REFRAÇÃO DA D = (1.376 – 1) / 0.0078
CÓRNEA É DE 1.376 D = 0.376 / 0.0078
IGNORANDO O FILME D = 48.2
LACRIMAL, O QUE DÁ A
REGIÃO CENTRAL ANTERIOR
Obs.: Vejam que o índice de refração é dado em metros, logo
UM PODER DE REFRAÇÃO DE
converter para a mesma unidade de medida. 01m tem 1000mm, logo
48.2 DI
7.8mm = 0.0078m (7.8 / 1000 = 0.0078)
ÍNDICE DE REFRAÇÃO

A SUPERFÍCIE POSTERIOR Para a região posterior:


CÔNCAVA DA CÓRNEA ESTÁ r = 6.8mm ou 0,0068m
EM CONTATO COM O n1 = índice de refração da superfície da córnea = 1.376
HUMOR AQUOSO, QUE TEM n2 = índice de refração do humor aquoso= 1.336
UM ÍNDICE DE REFRAÇÃO D = Dioptria
MENOR (1.336) E O RAIO
POSTERIOR (6.8mm) DE D = (n2-n1) / r
MODO QUE O PODER DE D = (1.336 – 1.376) / 0.0068
REFRAÇÃO DESTA D = -0.040 / 0.0078
SUPERFÍCIE É DE -5.9 DI , D = -5.9
PRODUZINDO UM PODER
TOTAL DE REFRAÇÃO DE
42.3 DI (48.2 + (-5.9)) , OU Poder Dióptrico Total
SEJA, APROXIMADAMENTE D = 48.2 + (-5.9) = 42.3
70% DO PODER DE
REFRAÇÃO DO OLHO (D=60). Obs.: Como o poder de refração do olho é de 60D, temos que o valor
encontrado é de aprox. 70% do valor esperado ((42.3 /60) * 100 = 70,5)
ESPESSURA CORNENA

A ESPESSURA CORNEANA TAMBÉM AUMENTA UM POUCO COM A IDADE. A


ESPESSURA É DE 0.55 MM NAS PESSOAS MENORES DE 25 ANOS, LOGO
AUMENTA LENTAMENTE COM A IDADE ATÉ ALCANÇAR 0.57 MM EM PESSOAS
MAIORES DE 65 ANOS.
CAMADAS DA CÓRNEA

 ATÉ POUCO TEMPO, ACREDITAVA-SE QUE A CÓRNEA ERA COMPOSTA POR


CINCO CAMADAS : EPITÉLIO, MEMBRANA DE BOWMAN , ESTROMA,
MEMBRANA DE DESCEMET E ENDOTÉLIO . ATUALMENTE SE RECONHECE
A EXISTÊNCIA DE UMA MEMBRANA BASAL DELGADA QUE SE ESTENDE SOB
O EPITÉLIO.
EPITÉLIO CORNEANO

 A EXISTÊNCIA DO EPITÉLIO CORNEANO FOI REPORTADA PELA PRIMEIRA


VEZ POR VAN LEEEUWENHOCK (1693-1718).AS CÉLULAS DO EPITÉLIO
CORNEANO FORMAM UMA LINHA DE DEFESA PARA TODO USUÁRIO DE
LENTES DE CONTATO.

 O EPITÉLIO É FORMADO POR CINCO A SEIS CAMADAS DE CÉLULAS DO TIPO


ESTRATIFICADO. O EPITÉLIO CORNEANO PODE SER OBSERVADO EM
BIOMICROSCOPIA EM SECÇÃO ÓPTICA OU PARALELEPÍPEDO.ELE É VISTO
COMO UMA LINHA DELGADA SENDO A DIFERENCIAÇÃO ENTRE AS
LÁGRIMAS E O EPITÉLIO CORNEANO MAIS EVIDENCIADA COM A
APLICAÇÃO DE
EPITÉLIO - PROTEÇÃO

➢ O EPITÉLIO É A ESTRUTURA CORNEANA MAIS EXTERNA E TEM QUE


PROTEGER AS DELICADAS ESTRUTURAS INTERNAS, AS QUAIS, QUANDO
LESADAS, NÃO PODEM SE REPRODUZIR.

➢ OBSERVA-SE NESTA CAMADA UMA SUPERFÍCIE LISA E BRILHANTE, FATO QUE


CERTIFICA O SEU PODER REFRATÁRIO. FUNCIONA COMO UMA BARREIRA QUE
IMPEDE A PERDA DE LÍQUIDOS E A PENETRAÇÃO DE MICRORGANISMOS.
➢ QUANDO HÁ PROBLEMAS COM A TRANSPARÊNCIA DESTA CAMADA
CORNEANA, A FUNÇÃO ÓPTICA PODE SER AFETADA. ESTA CONDIÇÃO É
CONHECIDA COMO VÉU DE SATTLER
Então quando sofre um trauma, se recupera rapidamente. Esta recuperação acontece primeiro
por uma migração das células existentes que cobrem a área lesada e em seguida por uma
reprodução acelerada para substituir as células perdidas.
 MUITAS ÚLCERAS CORNEANAS QUE APARECEM NA SUPERFÍCIE PERDA DE
CÉLULAS EPITELIAIS SUPERFICIAIS PERMITINDO A ENTRADA DE
MICROORGANISMOS NA CÓRNEA. SABE-SE QUE UMA CÓRNEA INTACTA É
IMPENETRÁVEL A QUASE TODOS OS MICROORGANISMOS. O
ROMPIMENTO DA BARREIRA A FLUIDOS TAMBÉM ABRE A PORTA PARA A
ENTRADA OU SAÍDA DE ÁGUA DO TECIDO.
MEMBRANA DE BOWMAN

 A MEMBRANA DE BOWMAN ESTÁ LOCALIZADA ABAIXO DO EPITÉLIO E


ACIMA DO ESTROMA, CONSTITUÍDA POR FIBRAS DE COLÁGENO QUE ESTÃO
DISPOSTAS DE FORMA ALEATÓRIA E IMERSAS EM UMA SUBSTÂNCIA
INTERCELULAR. É UMA CAMADA DE MATRIZ ACELULAR QUE
PROPORCIONA À CÓRNEA SOLIDEZ E POTÊNCIA.

 BASTANTE ELÁSTICA POR SER CONSTITUÍDA PELAS FIBRAS COLÁGENAS,


A MEMBRANA DE DESCEMET POSSUI UMA ESPESSURA DE 5-10 µM E
RECOBRE A SUPERFÍCIE DO ESTROMA. SUA CAMADA ANTERIOR ESTÁ
PRÓXIMA DO ESTROMA E, DO ENDOTÉLIO, ESTÁ A CAMADA POSTERIOR.
MEMBRANA DE BOWMAN

MUITO RESISTENTE E QUE SERVE DE BARREIRA CONTRA


MICRO-ORGANISMOS.
ESTROMA

 O estroma compreende 90 % da espessura corneana. É composta por camadas de lamelas,


cada uma das quais se estende por toda a extensão da córnea. Embora os haces se
entrelacem, são mais ou menos paralelas à superfície de limbo a limbo.
ESTROMA

 A NITIDEZ DA IMAGEM FORMADA NA RETINA DEPENDE DAS


CARACTERÍSTICAS DAS CAMADAS DA CÓRNEA, SENDO ASSIM, QUALQUER
ALTERAÇÃO – COMO: A UNIFORMIDADE E REGULARIDADE DAS CÉLULAS
EPITELIAIS, EMPILHAMENTO DAS LAMELAS DO ESTROMA E A AUSÊNCIA
DE VASOS – NESSE TECIDO PODE INTERFERIR NA CLAREZA DO QUE É VISTO
PELO SISTEMA VISUAL DO SER HUMANO.
A MEMBRANA DE DESCEMET

 A MEMBRANA DE DESCEMET (LÂMINA POSTERIOR ELÁSTICA) É FORTE,


COM 10 A 15 MICRAS DE ESPESSURA.
 A MEMBRANA DE DESCEMET É PRODUZIDA PELAS CÉLULAS DO
ENDOTÉLIO CORNEANO. SUA ESPESSURA VAI AUMENTANDO AO LONGO DA
VIDA. SUA FUNÇÃO FUNDAMENTAL É A DE DAR SUPORTE E ADESÃO ÀS
CÉLULAS DO ENDOTÉLIO.
 OUTRA CARACTERÍSTICA DA MEMBRANA DE DESCEMET É SUA
EXTRAORDINÁRIA RESISTÊNCIA. NA REALIDADE TRATA-SE DA PARTE MAIS
RESISTENTE DA CÓRNEA, JÁ QUE EM CASO DE DESTRUIÇÃO DO EPITÉLIO E
ESTROMA, SE ENCARREGA DA FORMAÇÃO DA DESMATOCELE.
A MEMBRANA DE DESCEMET

ELASTICIDADE

SUSTENTAÇÃO

ADIPOSO
ENDOTÉLIO

 A CAMADA MAIS INTERNA DA CÓRNEA, O ENDOTÉLIO, CONSISTE DE UMA


CAMADA SIMPLES DE CÉLULAS HEXAGONAIS. AS CÉLULAS ESTÃO UNIDAS
DEBILMENTE À MEMBRANA DE DESCEMET.

 A DENSIDADE DAS CÉLULAS ENDOTELIAIS DIMINUI COM A IDADE, COMO


RESULTADO DE TRAUMA NA CIRURGIA DE CATARATA, TRANSPLANTE DE
CÓRNEA E IMPLANTE DE LENTE INTRAOCULAR.
ENDOTÉLIO

NUTRICÃO

REGULADOR
HIDRATACÃO

NÃO SE REGENERAM

DETURGESCÊNCIA

BOMBEAMENTO IÔNICO QUE


RETORNA ELETRÓLITOS
MICROSCÓPIA ESPECULAR

 O EXAME DE MICROSCOPIA
ESPECULAR DA CÓRNEA É
UM EXAME DE
VISÃO QUE PERMITE
REALIZAR A CONTAGEM DO
NÚMERO DE CÉLULAS
ENDOTELIAIS DA CÓRNEA E
ANALISAR O ASPECTO DAS
MESMAS, IDENTIFICANDO
QUALQUER DEGENERAÇÃO
OU ATROFIA DO TECIDO.
MICROSCÓPIA ESPECULAR

NORMAL DISTROFIA DE FUCHS.


ALTERAÇÕES DO ENDOTÉLIO COM LC

 AS PRIMEIRAS ALTERAÇÕES QUE SE OBSERVAM NO ENDOTÉLIO CORNEANO


QUANDO O OLHO USA UMA LC SÃO AMPOLAS OU BOLHAS ENDOTELIAIS,
DESCRITAS ORIGINALMENTE POR ZANTOS E HOLDEN. ESTA REAÇÃO DO
ENDOTÉLIO SE PRODUZ APROXIMADAMENTE EM 80% DOS NOVOS
USUÁRIOS DE LENTES DE CONTATO E NÃO É ENCONTRADA EM USUÁRIOS
ADAPTADOS.
ALTERAÇÕES DO ENDOTÉLIO COM LC

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DO ENDOTÉLIO CORNEANO:

AMPOLAS

POLIMEGATISMO HIPÓXIA
PLEOMORFISMO
TRANSPARÊNCIA DA CÓRNEA

A CÓRNEA NORMAL É TRANSPARENTE E QUALQUER ALTERAÇÃO DESTA


TRANSPARÊNCIA INTERFERE SERIAMENTE NA CLARIDADE DA IMAGEM
RETINIANA. AS PECULIARIDADES ANATÔMICAS DA ESTRUTURA DA CÓRNEA,
COMO POR EXEMPLO, A UNIFORMIDADE E A REGULARIDADE NO
ORDENAMENTO DAS CÉLULAS EPITELIAIS, AS LAMELAS CORNEANAS
ESTREITAMENTE UNIDAS ENTRE SI E DE TAMANHO UNIFORME, QUE CORREM
PARALELAS E A AUSÊNCIA DE VASOS SANGUÍNEOS CONTRIBUI PARA A
EFICIÊNCIA DO OLHO COMO INSTRUMENTO ÓPTICO.
A TRANSPARÊNCIA DA CÓRNEA DEPENDE DE SUA CONSTITUIÇÃO FÍSICA E DOS
MECANISMOS QUE PREVINEM A OCORRÊNCIA DO EDEMA.
HISTÓRA DAS LENTES DE CONTATO
LEONARDO DA VINCI

 É CONSIDERADO A PRIMEIRA PESSOA QUE DESCREVEU UMA LENTE DE


CONTATO, EM 1508. ELE DESENHOU UMA CUBA CHEIA DE ÁGUA. O
OBSERVADOR IMERGIRIA O ROSTO E, OLHANDO ATRAVÉS DA ÁGUA,
ALTERARIA O PODER DIÓPTRICO DO OLHO.LEONARDO DA VINCI REALIZOU
DESCRIÇÕES TEÓRICAS DAS LENTES DE CONTATO. EMBORA NÃO TENHAM
SE TORNADOS POPULARES NO SEU TEMPO, NASCEU O CONCEITO DE QUE
UM OBJETO PODERIA ESTAR EM CONTATO COM O OLHO E PERMITIR A
CORREÇÃO DA VISÃO.
MULLER

 MAS A PRIMEIRA LENTE DE


CONTATO REALIZADA
PARA PROPÓSITOS
MÉDICOS SÓ FOI
ADAPTADA POR F. A
MULLER. ELE USOU UMA
LENTE ESCLERAL DE VIDRO
PARA PROTEGER O OLHO
DE UM PACIENTE QUE
TIVERA AS PÁLPEBRAS
EXTIRPADAS.
ADOLF FICK

 ADOLF FICK, OFTALMOLOGISTA ALEMÃO,


UTILIZOU COELHOS EM SEUS PRIMEIROS
TRABALHOS, DATADOS DE 1888,
ADAPTANDO CONCHAS DE VIDRO
SOPRADO, QUE ERAM APARENTEMENTE
BEM TOLERADAS.

PERDA DA TRANSPARÊNCIA CORNEANA,


INFECÃO LIMBAR E CONJUNTIVAL E PROPÔS
A NECESSIDADE DE DESINFETAR AS LENTES,
ESTABELECENDO TAMBÉM O CONCEITO DE
ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO.
VIDRO SOPRADO

É UMA TÉCNICA DE MOLDAR


O VIDRO QUE ENVOLVE INFLAR
O VIDRO FUNDIDO EM UMA
BOLHA (OU PARISON) COM O
AUXÍLIO DE UMA CANA (OU
TUBO DE SOPRO).
ADOLF FICK

 FICK SOLICITOU AO PROFESSOR ERNEST ABBE CONCHAS POLIDAS DE BOA


QUALIDADE ÓPTICA COM ÍRIS E PUPILAS PINTADAS, ESTABELECENDO AS
BASES DAS LENTES DE CONTATO COSMÉTICAS E PROTÉTICAS.

APÓS SUAS EXPERIÊNCIAS TESTANDO AS CONCHAS COM


ANIMAIS E CADÁVERES REALIZOU TESTES COM PACIENTES
COM CÓRNEAS IRREGULARES DEVIDO A CICATRIZES E PARA
EVITAR A ENUCLEAÇÃO EM OLHOS NÃO ESTÉTICOS.
1937 Á 1950

 EM 1937 O PLÁSTICO POLIMETILMETACRILATO (PMMA) FOI INTRODUZIDO


COMO MATERIAL DE LENTES DE CONTATO E RAPIDAMENTE SUBSTITUIU O
VIDRO
 EM 1948, KEVIN TUOHY INTRODUZIU A “MICROLENTE” DE PMMA.A LENTE
COBRIA UNICAMENTE A CÓRNEA E ERA MUITO MENOR QUE A LENTE
ESCLERAL USADA ATÉ ENTÃO. A LENTE ESCLERAL COBRIA A PARTE
FRONTAL DO OLHO INCLUSIVE A ESCLERA.
 AS LENTES DE CONTATO RÍGIDAS SE TORNARAM MUITO POPULAR A PARTIR
DOS ANOS 50. RONTAL DO OLHO INCLUSIVE A ESCLERA.
LENTES HIDRÓFILICAS

 O PRIMEIRO MATERIAL PARA LENTES DE CONTATO HIDROFÍLICAS FOI


DESENVOLVIDO POR OTTO WICHTERLE, UM CIENTISTA TCHECO, E FOI
PATENTEADO EM 1963.O HIDROXOETILMETACRILATO (HEMA) FOI UM
MATERIAL CRIADO PARA SER USADO EM VASOS ARTIFICIAIS E ÓRGÃOS.
OTTO WICHTERLE

WICHTERLE RECONHECEU SUA APLICAÇÃO PARA LENTES DE CONTATO E


DESENVOLVEU UM MÉTODO DE MANUFATURAMENTO PARA ESTE NOVO
MATERIAL. A TECNOLOGIA DE WICHTERLE FOI ADQUIRIDA PELA BAUSCH &
LOMB E EM 1971 A VERSÃO COMERCIAL DE UMA LENTE MACIA FOI APROVADA
PARA USO NOS EUA.
LENTES RÍGIDAS GÁS PERMEÁVEIS

 AS PESQUISAS PROSSEGUIRAM NA BUSCA DE UM MATERIAL QUE


PERMITISSE A PASSAGEM DE OXIGÊNIO PARA ATENDER AS NECESSIDADES
METABÓLICAS DA CÓRNEA.ISTO PERMITIU O SURGIMENTO DO ACETIL
BUTIRATO DE CELULOSE (CAB), UM DOS PRIMEIROS MATERIAIS RÍGIDOS
GÁS PERMEÁVEIS O CAB
LENTES RÍGIDAS GÁS PERMEÁVEIS

 AS LENTES GÁS PERMEÁVEIS SÃO UM TIPO RÍGIDO


DE ALTA QUALIDADE, PRODUZIDO A PARTIR DA
COMBINAÇÃO DE PLÁSTICO E SILICONE. TÊM
CONSISTÊNCIA SEMI-FLEXÍVEL E SÃO MENORES
QUE A CÓRNEA. SUA VANTAGEM ESTÁ,
PRINCIPALMENTE, NO AJUSTE SOB MEDIDA AO
OLHO, POSSIBILITANDO UMA VISÃO MAIS NÍTIDA
PRINCIPALMENTE NOS GRAUS ALTOS DE MIOPIA,
HIPERMETROPIA E ASTIGMATISMO.
LENTES DE CONTATO DE USO CONVENCIONAL

 O TEMPO DE VIDA DE UMA LENTE VARIA DE ACORDO COM O TIPO DA


LENTE. AS LENTES RÍGIDAS DE PMMA DURAM VÁRIOS ANOS. AS LENTES
DE MATERIAIS RGP DURAM 1 A 2 ANOS. AS LENTES HIDROFÍLICAS DE USO
CONVENCIONAL DURAM CERCA DE 1 ANO.
LENTES DE CONTATO DESCARTÁVEIS

 EM 1985 DANALENS INTRODUZIU NA DINAMARCA A PRIMEIRA LENTE DE


CONTATO DE USO DESCARTÁVEL.
 ELA FOI ADQUIRIDA PELA JONHSON & JOHNSON E EM 1986 RECEBEU A
APROVAÇÃO DO FDA (FEDERAL DRUG ADMINISTRATION) PARA O USO NOS
EUA.
LENTES DE CONTATO DESCARTÁVEIS

 AS LENTES DE CONTATO DESCARTÁVEIS SÃO SEMELHANTES ÀS LENTES


HIDROFÍLICAS CONVENCIONAIS, PORÉM DEVEM SER DESCARTADAS EM
PERÍODO PRÉ-DETERMINADO DE TEMPO (UM DIA, UMA SEMANA, UM MÊS,
ETC). ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DAS LENTES DESCARTÁVEIS INCLUEM A
POUCA ADERÊNCIA DE DEPÓSITOS, BEM COMO A FACILIDADE DE
MANUTENÇÃO.
LEGISLAÇÃO DA CONTATOLOGIA

LEGISLAÇÃO DA CONTATOLOGIA
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
DEPARTAMENTO DE SAÚDE DO ESTADO
SERVIÇO DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
DEPARTAMENTO NACIONAL DE SAÚDE
ÉTICA DO CONTÁTOLOGO

 O CONTATÓLOGO É UM PROFISSIONAL DA ÁREA DE SAÚDE QUE REQUER A


TITULAÇÃO DE TÉCNICO OU UNIVERSITÁRIO. SUA ATIVIDADE
PROFISSIONAL INCLUI UTILIZAR TODA A SUA CAPACIDADE PROFISSIONAL,
COM AMOR, CONSIDERAÇÃO, RESPONSABILIDADE E BOA FÉ, TENDO COMO
META À PREVENÇÃO, PROMOÇÃO, ASSISTÊNCIA, REABILITAÇÃO E
READAPTAÇÃO DAS ALTERAÇÕES OCULARES E VISUAIS QUE COMPETEM
AO SEU EXERCÍCIO PROFISSIONAL
ÉTICA DO CONTÁTOLOGO

O CLIENTE DEVERÁ SER INFORMADO DE SUAS RESPONSABILIDADES, DOS


RISCOS, INCERTEZAS E OUTRAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE PODEM COMPROMETER O
BOM RESULTADO DO TRABALHO.
ÉTICA DO CONTÁTOLOGO

AOS COLEGAS DE PROFISSÃO, O CONTATÓLOGO


DEVE RESPEITO, CONSIDERAÇÃO, LEALDADE,
SOLIDARIEDADE E APREÇO. DEVE EVITAR
QUALQUER ALUSÃO PESSOAL OFENSIVA, OU
AQUELAS QUE POSSAM SER INTERPRETADAS COMO
TAL. ABSTER-SE-Á SEMPRE DE JULGAR OU CRITICAR
DESFAVORAVELMENTE A ATUAÇÃO PROFISSIONAL
OU PRIVADA DE SEUS COLEGAS, SALVO QUANDO
ATUE COMO PERITO OU JULGADOR DA CONDUTA
PROFISSIONAL DE UM DELES.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UM MATERIAL
PARA LENTES DE CONTATO

1-Proporcionar oxigênio suficiente para o metabolismo corneano.


2- Ser fisiologicamente inerte.
3- Ter um bom grau de umectação.
4- Ser resistente tanto a deterioração como a formação de depósitos.
5- Deve manter suas dimensões estáveis.
6- Ser resistente a manipulação do paciente.
7- Ser transparente.
8- Ser opticamente regular: de características ópticas previsíveis.
9- Ter propriedades físicas que permitam superfícies de alta qualidade
10- Requerer uma manutenção mínima por parte do usuário.
11- Ser de fácil fabricação.
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DAS LENTES DE CONTATO

 TRANSPARÊNCIA

Embora quimicamente e na hidratação nenhuma lente seja totalmente transparente,


se obtém nas lentes de contato uma transparência de 92 a 98 %. Define-se
transparência como a percentagem de luz incidente de uma onda luminosa que passa
através de um material.

➢ RIGIDEZ
Afeta a durabilidade da lente, da rigidez e faz com que não se flexione.
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DAS LENTES DE CONTATO

 FORÇA DE TENSÃO Força de deformação antes que o material se rompa.Ou


seja: é a percentagem de distensão do material. Quanto maior a força de tensão
mais durável é a lente. É o que evita que a lente se rompa durante a limpeza.

 MÓDULO DE ELASTICIDADE É um valor constante. É a habilidade do


material de manter sua forma quando é submetido a estresse.U m material com
baixo módulo de elasticidade terá menor resistência ao estresse. Um material
com alto módulo de elasticidade mantém sua forma, assim não adquire a
topografia corneana, sobretudo nos altos astigmatismos.
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DAS LENTES DE CONTATO

 DENSIDADE PESO DE 1 CENTÍMETRO CÚBICO DO MATERIAL (GRAMAS).

 ÍNDICE DE REFRAÇÃO É A VARIAÇÃO DE VELOCIDADE QUE A LUZ SOFRE AO


ATRAVESSAR UM MEIO TRANSPARENTE, SEJA ELE QUAL FOR; ÁGUA, VIDRO,
LENTE OFTÁLMICA ETC.

 UMECTABILIDADE
PROPRIEDADES DAS LENTES DE CONTATO

 CONTEÚDO AQUOSO

Menor que 4 % de água por peso: material Hidrofóbico.


Maior que 4 % de água por peso: material Hidrofílico, que permite
aumento do aporte de oxigênio, mas o torna frágil e com maior aderência a
depósitos.
PROPRIEDADES DAS LENTES DE CONTATO

 CARGA IÔNICA
A CARGA IÔNICA É INERENTE ÀS LENTES DE CONTATO HIDROFÍLICAS. OS QUE TÊM
CARGA ELÉTRICA (GERALMENTE NEGATIVA) SE DENOMINAM IÔNICOS.A LENTE É MAIS
REATIVA, ESPECIALMENTE COM SOLUÇÕES ÁCIDAS. TAMBÉM REAGEM ÀS CARGAS
POSITIVAS DAS MOLÉCULAS DAS PROTEÍNAS DAS LÁGRIMAS. AS LENTES DE MATERIAIS
NÃO IÔNICAS TÊM MAIOR RESISTÊNCIA AOS DEPÓSITOS, SÃO MAIS INERTES E MENOS
REATIVAS.
MEDIDA DA TRANSMISSIBILIDADE DE OXIGÊNIO

❑ PERMEABILIDADE

 Grau em que uma substância é capaz de atravessar a membrana de um material. É uma função
intrínseca à composição molecular do material.

❑ DIFUSÃO

 Processo pelo qual uma molécula passa através de um material. A direção do movimento vai da área de
maior concentração para a área de menor concentração.
PROPRIEDADES DAS LENTES DE CONTATO

 TRANSMISSÃO DE OXIGÊNIO
QUANDO SE COLOCA UMA LENTE DE CONTATO A QUANTIDADE DE LÁGRIMA
DIMINUI EM UM TERÇO. LOGO O OXIGÊNIO QUE CHEGA PROVEM DE DUAS
VIAS:
❑ DISSOLVIDO NAS LÁGRIMAS, QUANDO A LENTE DE CONTATO SE MOVE.

❑ ATRAVÉS DA LENTE, POR DIFUSÃO A bomba lacrimal renova de 14 a 20 %

AS lentes de contato hidrofílicas apenas de 1 a 5 %


FABRICAÇÃO DE LENTES DE CONTATO

 As lentes de contato podem ser fabricadas por meio de três


técnicas:

 Moldagem
 Torneamento
 Centrifugação
FABRICAÇÃO DE LENTES DE CONTATO

MOLDAGEM

O PRIMEIRO PASSO NA MOLDAGEM É FAZER O MOLDE COM QUE À LENTE SERÁ


FEITA. CADA DESENHO DE LENTE REQUER UM MOLDE DIFERENTE.

CURVA BASE

PODER DIÓPTRICO

DIÂMETRO
FABRICAÇÃO DE LENTES DE CONTATO

TORNEAMENTO
Faturar PMMA (Rígidos) RGP (Rígidos Gás Permeáveis) e muitas lentes de contato
hidrofílicas. Parte-se de um polímero sólido em forma de botão. Tornos computadorizados
fazem com diamante a curva base e as curvas periféricas segundo os parâmetros desejados.
HIDRATAÇÃO
EXTRAÇÃO
TINGIMENTO
CONTROLE DE QUALIDADE
ESTERILIZAÇÃO
FABRICAÇÃO DE LENTES DE CONTATO

CENTRIFUGAÇÃO (SPIN CASTING)


 O polímero sob forma líquida é injetado num molde giratório A (forma), o poder
dióptrico e as características da lente são devidas às combinações de temperatura,
gravidade, força centrífuga, tensão superficial, quantidade de líquido no molde e
velocidade de giro do molde.
FABRICAÇÃO DE LENTES DE CONTATO

 O MATERIAL É ENTÃO TRATADO COM CALOR E/ OU LUZ


ULTRAVIOLETA PARA SER O POLÍMERO SER SOLIDIFICADO. DEPOIS
O MATERIAL SEGUE OS MESMOS PASSOS JÁ CITADOS
ANTERIORMENTE EM LENTES TORNEADAS.

 O MÉTODO DE CENTRIFUGAÇÃO É BARATO, AS LENTES TÊM ALTA


REPRODUTIBILIDADE E SÃO MUITO FINAS, COM BORDAS
CONFORTÁVEIS.
SELEÇÃO DO PACIENTE PARA A ADAPTAÇÃO DE
LENTES DE CONTATO

 ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS: O EXAME DA ESTRUTURA, FORMA E


TRANSPARÊNCIA DO SEGMENTO ANTERIOR PODEM REVELAR QUE O OLHO “É
NORMAL“. AS DIFERENTES MEDIÇÕES DO OLHO INDICARÃO O TIPO E DESENHO
DAS LENTES DE CONTATO DE TESTE.
SELEÇÃO DO PACIENTE PARA A ADAPTAÇÃO DE
LENTES DE CONTATO

 PSICOLÓGICOS: A MOTIVAÇÃO, INTELIGÊNCIA E PERSONALIDADE


INFLUIRÃO NO ÊXITO DO USO DE LC. DEVE-SE EXPLICAR AS VANTAGENS
DO USO DAS LC PARA DISSIPAR QUALQUER DÚVIDA.
SELEÇÃO DO PACIENTE PARA A ADAPTAÇÃO DE
LENTES DE CONTATO

 PATOLÓGICOS: ATRAVÉS DO EXAME DO OLHO PODE-SE OBTER


INDICAÇÕES OU CONTRA-INDICAÇÕES PARA O USO DE LC.DEVEMOS
LEVAR EM CONTA: SAÚDE GERAL, SAÚDE OCULAR, MEDICAMENTOS,
HISTÓRIA OCULAR INCLUINDO CORREÇÕES, SAÚDE OCUPACIONAL,
RECREAÇÃO E FATORES AMBIENTAIS.
SELEÇÃO DO PACIENTE PARA A ADAPTAÇÃO DE
LENTES DE CONTATO

NECESSIDADES PESSOAIS E OCUPACIONAIS: CONSIDERAÇÕES SOBRE A IDADE,


COSMÉTICAS, OCUPACIONAIS, LAZER, AMBIENTAIS E OUTROS FATORES
AJUDARÃO A ESCOLHER O TIPO DE DESENHO DAS LC QUE SERÃOPRESCRITAS.
SELEÇÃO DO PACIENTE PARA A ADAPTAÇÃO DE
LENTES DE CONTATO

 REFRATIVAS: DADOS REFRATIVOS PRÉVIOS E ATUAIS DEVEM SER LEVADOS


EM CONTA, ESPECIALMENTE QUANDO CONSIDERAMOS FUNÇÕES
BINOCULARES. ESTE HISTÓRICO É UM BOM RECURSO DE INFORMAÇÃO.
MEDIDAS PRELIMINAR PARA LENTES DE CONTATO

 EXAME DO SEGMENTO ANTERIOR DO OLHO COM LÂMPADA DE FENDA


(EXAME EXTERNO, PÁLPEBRAS, PELÍCULA LACRIMAL, CÓRNEA,
CONJUNTIVA, ETC).
MEDIDAS PRELIMINAR PARA LENTES DE CONTATO

 MEDIDA DO DIÂMETRO PUPILAR E


CORNEANO.

É ÚTIL COMO GUIA PARA A SELEÇÃO DO


DIÂMETRO TOTAL DA LENTE.
O DHVI PODE SER MEDIDO USANDO UMA
RÉGUA MILIMETRADA MANUAL.
MEDIDAS PRELIMINAR PARA LENTES DE CONTATO

❑ AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS PÁLPEBRAS (POSIÇÕES COM


RESPEITO À CÓRNEA SE SÃO TENSOS OU FLÁCIDOS).
MEDIDAS PRELIMINAR PARA LENTES DE CONTATO

AVALIAÇÃO DA LÁGRIMA

 SCHIMER : O teste é realizado com tiras estéreis padronizadas para o


uso diagnóstico, constituídas de papel de filtro Whatman no. 41
cortadas em tiras de 5 mm x 35 mm.
ACIMA DE 10 MM = NORMAL
ENTRE 5 E 10 MMM = OLHO SECO MODERADO
ABAIXO DE 5 MM = OLHO SECO SEVERO
MEDIDAS PRELIMINAR PARA LENTES DE CONTATO

BREAK UP TIME (TEMPO DE ROMPIMENTO DA


PELÍCULA LACRIMAL) BUT

O BUT é um exame para medir a estabilidade da película


lacrimal, isto é, o tempo, em segundos até aparecer o primeiro
rompimento (uma mancha escura) após um piscar completo. A
Fluoresceína é instilada e se observa a película lacrimal com a
lâmpada de fenda.

Os valores médios são de 10 a 40 segundos. É possível


encontrar valores mais altos. Tempos abaixo de 10 segundos
são considerados anormais.
MEDIDAS PRELIMINAR PARA LENTES DE CONTATO

TOPOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DE CÓRNEA OU CERATOSCOPIA
COMPUTADORIZADA DA CÓRNEA

A topografia é a medida da
curvatura da face anterior da
córnea através da reflexão de
múltiplos anéis concêntricos de luz
os anéis de Plácido.
TOPOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CÓRNEA OU CERATOSCOPIA
COMPUTADORIZADA DA CÓRNEA

É UM EXAME IMPORTANTE NA AVALIAÇÃO DA CÓRNEA, PRINCIPALMENTE COM


RELAÇÃO À CURVATURA, ACOMPANHAMENTO DE PATOLOGIAS COMO O
CERATOCONE E PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE PTERÍGIO, CATARATA E CIRURGIA
REFRATIVA E ADAPTAÇÕES DE LENTES DE CONTATO.

POSSÍVEIS ARTEFATOS DURANTE O EXAME


ABERTURA PALPEBRAL INADEQUADA; POSICIONAMENTO DOS CÍLIOS;
ALTERAÇÕES DO FILME LACRIMAL; POSICIONAMENTO DE CABEÇA (SOMBRA DO
NARIZ); FIXAÇÃO INADEQUADA. INCOMODO E DIFICULDADE DE FIXAÇÃO PÓS
DILATAÇÃO DA PUPILA.
TOPOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CÓRNEA OU CERATOSCOPIA
COMPUTADORIZADA DA CÓRNEA

 O RESULTADO É UM MAPA COLORIDO QUE SERÁ INTERPRETADO PELO MÉDICO, NO


QUAL, PODEMOS ANALISAR QUE QUANTO MAIS CORES QUENTES (VERMELHO E
LARANJA) APARECEM, NESTAS PARTES DO MAPA, HÁ MAIORES CURVATURAS. AS
CORES FRIAS (AZUL E VIOLETA) ÀS CURVATURAS MAIS PLANAS. O VERDE
REPRESENTA A CURVATURA INTERMEDIÁRIA DA CORNEANA.
CERATITE

CERATITE É CAUSADA POR UMA IRRITAÇÃO OU INFLAMAÇÃO DA PRIMEIRA


CAMADA DE CÉLULAS DA CÓRNEA. A CAMADA EPITELIAL OU “PELE” DA
CÓRNEA. A CÓRNEA É A LENTE MAIS EXTERNA DO OLHO, COBRINDO A ÍRIS E A
PUPILA. PARA QUE NOSSA VISÃO SEJA NÍTIDA E SEM IMPERFEIÇÕES, A CÓRNEA
DEVE ESTAR COMPLETAMENTE TRANSPARENTE.

NA CERATITE OCULAR, A CÓRNEA ENCONTRA-SE INFLAMADA, O QUE


ATRAPALHA A VISÃO
COMPLICAÇÕES OCULARES POR LENTES DE CONTATO

 A utilização de lentes de contato, independente do material,


desenho ou forma de uso altera a fisiologia ocular e essas
mudanças podem levar ao surgimento de complicações
potencialmente graves.

 As complicações mais comuns, relacionadas ao uso de lentes de


contato, geralmente são induzidas por trauma, diminuição da
umidificação e oxigenação da córnea e conjuntiva, por alergias
e por infecções causadas por fungos, bactérias e parasitas.
FÚNGICA
BACTERIANA
SINAIS E SINTOMAS

 Os sintomas da ceratite começam de maneira leve e vão aumentando com o tempo.


Confira os principais a seguir. Os 3 primeiros estão presentes em quase 100% dos casos:

 Dor Ou Desconforto Ocular, Que Costuma Ser Intenso;


 Dor No Olho Ao Piscar;
 Lacrimejamento Ou Presença De Secreção Aumentada Ou Purulenta Nos Olhos;

 Aumento Da Sensibilidade À Luz


 Queimação Ou Coceira Nos Olhos
 Sensação De Corpo Estranho
 Inchaço Da Região Palpebral
 Visão Borrada
 Vermelhidão Ocular
CUIDADOS E COMPLICAÇÕES

 AS INSTRUÇÕES DO FABRICANTE PARA HIGIENE E MANUSEIO DE AMBOS


OS TIPOS DE LENTES DEVEM SER ESTRITAMENTE OBSERVADAS PELO
USUÁRIO. A HIGIENE PRECÁRIA DAS LENTES DE CONTATO PODE LEVAR À
INFECÇÃO DA CÓRNEA OU INFLAMAÇÃO PERSISTENTE. LENTES DE
CONTATO ÀS VEZES CAUSAM ALTERAÇÕES CORNEANAS SUPERFICIAIS
INDOLORES. LENTES DE CONTATO PODEM SER DOLOROSAS QUANDO:

 CAUSAM ABRASÕES DO EPITÉLIO CORNEANO ( ABRASÕES E CORPOS


ESTRANHOS CORNEANOS), O OLHO SE TORNA VERMELHO E A CÓRNEA
APRESENTA MANCHAS DE COLORAÇÃO COM FLUORESCEÍNA.
 LENTES DE CONTATO MAL ADAPTADAS (P. EX., MUITO APERTADAS, MUITO
SOLTAS, MAL CENTRADAS)
CUIDADOS E COMPLICAÇÕES

 Há pouca umidade para manter as lentes flutuando sobre a córnea.


 Uso de lentes de contato em ambientes hostis (p. ex., pouco O2, muita fumaça ou
vento)
 Lentes inseridas ou removidas inadequadamente.
 Pequenos corpos estranhos (p. ex., poeira, fuligem) posicionados entre córnea e
lente
 Após uso prolongado (síndrome de uso excessivo).
RECOMENDAÇÕES PARA QUEM OPTA POR LENTES:

1- LAVAR CUIDADOSAMENTE AS MÃOS ANTES DE MANIPULÁ-LAS.


2- UTILIZAR SOLUÇÕES MULTIUSO TANTO NA LIMPEZA QUANTO NO ENXÁGÜE
DE LENTES E ESTOJO.
3-FRICCIONÁ-LAS PARA ELIMINAR COMPLETAMENTE OS DEPÓSITOS.
4--NÃO USAR SORO FISIOLÓGICO OU ÁGUA NA HIGIENIZAÇÃO.
5- RETIRAR AS LENTES ANTES DE REMOVER A MAQUIAGEM E QUANDO USAR
SPRAY NO CABELO.
6-COLOCÁ-LAS SEMPRE ANTES DA MAQUIAGEM.
7-TROCAR O ESTOJO A CADA QUATRO MESES.
8-RESPEITAR O PRAZO DE VALIDADE.
9-JAMAIS DORMIR COM ELAS, MESMO AS LIBERADAS PARA A NOITE.
10-INTERROMPER O USO A QUALQUER DESCONFORTO OCULAR E PROCURAR O
OFTALMOLOGISTA.
11-RETIRÁ-LAS DURANTE VIAGENS AÉREAS POR MAIS DE TRÊS HORAS.
12NÃO ENTRAR NO MAR OU PISCINA USANDO-AS.
LENTES HIDRÓFILICAS

 SÃO FABRICADAS A PARTIR DE UM MATERIAL PLÁSTICO QUE


ABSORVE ÁGUA, DEIXANDO-AS MACIAS, FLEXÍVEIS E
CONFORTÁVEIS. O OXIGÊNIO ALCANÇA A CÓRNEA ATRAVÉS DE
SEUS POROS E A QUANTIDADE QUE LÁ CHEGA VARIA DE ACORDO
COM A HIDRATAÇÃO E A ESPESSURA DA LENTE DE CONTATO.
AS LENTES GELATINOSAS PODEM SER TRANSPARENTES, COLORIDAS OU
PINTADAS.

PODEM CORRIGIR OS PRINCIPAIS ERROS REFRATIVOS COMO A MIOPIA,


HIPERMETROPIA, ASTIGMATISMO E PRESBIOPIA.

AS COLORIDAS FILTRANTES SÃO UTILIZADAS PARA DISFARÇAR CICATRIZES


CORNEANAS, DIMINUIR A SENSIBILIDADE À LUZ E INTENSIFICAR A COR DOS
OLHOS.

AS COLORIDAS PINTADAS SÃO INDICADAS PARA DISFARÇAR CICATRIZES E


OPACIDADES DA CÓRNEA, PARA ALBINOS E TAMBÉM EM CASOS DE
AUSÊNCIA OU PERDA DA ÍRIS.
RECEITA DE ÓCULOS É DIFERENTE DE RECEITA
DE LENTE DE CONTATO ?

 NAS DUAS RECEITAS EXISTEM A COLUNA ESFÉRICO OU ABREVIADO EM


ESF/SPH. ALI É ONDE SE DEFINE O SEU GRAU PARA MIOPIA OU
HIPERMETROPIA.

HIPERMETROPIA MIOPIA

+ -
-
QUANDO SE PRESCREVE
UMA RECEITA,ESTÁ
LEVANDO-SE EM
CONSIDERAÇÃO
A DISTÂNCIA DO
ÓCULOS ATÉ OS SEUS
OLHOS, QUE É CERCA
DE 12 MILÍMETROS.

COM AS LENTES DE
CONTATO A HISTÓRIA É
DIFERENTE. NÃO EXISTE
ESSA DISTÂNCIA, PORQUE
ELAS ENTRAM EM
CONTATO DIRETO COM OS
NOSSOS OLHOS.
RECEITA DE ÓCULOS É DIFERENTE DE RECEITA
DE LENTE DE CONTATO

 A INFORMAÇÃO MAIS IMPORTANTE NA SUA LENTE VAI SER


A CURVA BASE (CB OU BC).

 ESSA É A MEDIDA QUE VAI GARANTIR QUE SUA LENTE TENHA O


ENCAIXE PERFEITO NOS SEUS OLHOS. ALÉM DISSO, ELA
DETERMINA CURVATURA DE SUA CÓRNEA E, CONSECUTIVAMENTE,
DAS SUAS LENTES DE CONTATO.
RECEITA DE LENTES DE CONTATO

LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD -4.00 8.4 14.5

OE -4.00 8.4 14.5


TABELA DE CONVERSÃO ESFÉRICA

 SE VOCÊ POSSUI ATÉ 4 GRAUS DE MIOPIA OU HIPERMETROPIA, A SUA


RECEITA DE ÓCULOS DE GRAU SERÁ A MESMA PARA LENTES DE CONTATO.

 OBSERVA-SE QUE COLUNA “NA SUA RECEITA DE ÓCULOS” INDICA QUAL


É O SEU GRAU INDEPENDENTE DE QUAL SEJA O PROBLEMA: MIOPIA OU
HIPERMETROPIA.
LENTES DE CONTATO TÓRICA

 A LENTE TÓRICA É UM TIPO DE LENTE ESPECÍFICA PARA CORRIGIR QUEM POSSUI


ASTIGMATISMO, OU SEJA, QUEM TEM DIFICULDADE DE ENXERGAR TANTO DE PERTO
QUANTO DE LONGE. ESSA LENTE PODE SER ENCONTRADA COMO GELATINOSA OU
RÍGIDA, DEPENDENDO DO SEU TIPO DE GRAU.

 O ASTIGMATISMO NÃO É UM PROBLEMA DE VISÃO DIRETO, MAS SIM UM PROBLEMA


QUE AFETA UMA PARTE DO EIXO DA SUA VISÃO. POR ISSO, TODAS AS LENTES (DE
CONTATO OU ÓCULOS DE GRAU) DEVEM CONTAR COM ESSA MEDIDA QUE
ACOMPANHA NA SUA RECEITA
LENTES DE CONTATO TÓRICA

 ESSE TIPO DE LENTE POSSUI UMA CURVATURA EM VÁRIOS


ÂNGULOS, E POR ISSO ELAS DEVEM FICAR ENCAIXADAS NO
OLHO DE FORMA CORRETA.
A LENTE TÓRICA POSSUI UM EIXO MERIDIANO, QUE FUNCIONA COMO UMA LINHA
VERTICAL E MANTÉM A NITIDEZ DA VISÃO POR MEIO DESTA LINHA. SE A LENTE FOR
MAL COLOCADA OU ESCORREGAR, PODE SER QUE VOCÊ TENHA DIFICULDADE DE
ENXERGAR COM MAIS CLAREZA.

A LENTE TÓRICA COSTUMA TER SUA PARTE SUPERIOR FINA (EM CIMA) E
INFERIOR ESPESSA (EMBAIXO). QUANDO COLOCADA NOS OLHOS, A LENTE SE
POSICIONA CORRETAMENTE SOMENTE APÓS ALGUMAS PISCADAS, DE FORMA
QUE A PARTE MAIS ESPESSA DA LENTE SE AJUSTE NA PARTE INFERIOR DO
OLHO.
A LENTE TÓRICA ACOMPANHA SUA MEDIDA DO EIXO – QUE NADA MAIS É QUE A
LOCALIZAÇÃO DO ASTIGMATISMO, E POR ISSO ELA DEVE SER DEVIDAMENTE
POSICIONADA. QUANDO OCORRE QUALQUER ALTERAÇÃO, ISSO DIFICULTA OS
SEUS OLHOS DE TER UMA VISÃO NÍTIDA.
LENTES MULTIFOCAIS

 LENTES DE CONTATO MULTIFOCAIS SÃO LENTES DE CONTATO COM VÁRIAS


GRADUAÇÕES EM UMA SÓ LENTE. TIPICAMENTE HÁ UMA GRADUAÇÃO PARA
OBJETOS MUITO PRÓXIMOS: UMA GRADUAÇÃO PARA OBJETOS NORMAIS VISTOS DE
LONGE E DEPOIS GRADUAÇÕES PARA AS DISTÂNCIAS INTERMÉDIAS.

 ESTA CONFIGURAÇÃO AJUDA AS PESSOAS COM PRESBIOPIA A CORRIGIREM OS


PROBLEMAS DE VISÃO PRÓPRIOS DA IDADE, EM QUE O OLHO JÁ NÃO CONSEGUE
FOCAR OBJETOS DE PERTO.
TIPOS DE ADIÇÃO

PADRÃO ALCON
 LO AS ADIÇÕES MENOR OU IGUAL
 LOW REFERE-SE À ADIÇÃO BAIXA +1.00D
PROGRESSIVA ATÉ +1,50D  MED ATENDE ADIÇÕES DE +1.25D
ATÉ +2.00D)
 HIGH REFERE-SE À ADIÇÃO ALTA  HI ATENDE ADIÇÕES
PROGRESSIA DE +1,75D ATÉ +2,50 MAIORES QUE +2.00D)
MULTIFOCAL

LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD +1.00 8.4 14.5

OE +1.00 8.4 14.5

PERTO SPH CYL AXIS BC DIA

OD +2.50 8.4 14.5

OE +2.50 8.4 14.5


MULTIFOCAL

LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD +2.00 8.4 14.5

OE +1.75 8.4 14.5

PERTO SPH CYL AXIS BC DIA

OD +4.50 8.4 14.5

OE +4.25 8.4 14.5


LENTES MULTIFOCAIS TÓRICAS
LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD +2.00 -1.25 80 8.4 14.5

OE +1.75 -0.50 120 8.4 14.5

PERTO SPH CYL AXIS BC DIA

OD +4.50 -0.75 80 8.4 14.5

OE +4.25 - 0.75 120 8.4 14.5


VAMOS PRÁTICAR
LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD +2.00 -1.25 120 8.4 14.5

OE +1.75 -1,25 120 8.4 14.5

PERTO SPH CYL AXIS BC DIA

OD

OE

TIPO DE LENTES?
LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD +2.00 -1.25 80 8.4 14.5

OE +1.75 - 8.4 14.5

PERTO SPH CYL AXIS BC DIA

OD +4.50 - 8.4 14.5

OE +4.25 - 0.75 120 8.4 14.5

TIPO DE LENTES?
LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD PLANO -1.25 80 8.4 14.5

OE PLANO -1.75 180 8.4 14.5

TIPO DE LENTE ?
LONGE SPH CYL AXIS BC DIA

OD +1.75 80 8.4 14.5

OE +2.25 180 8.4 14.5

TIPO DE LENTE?

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