Terraplanagem 1 PDF
Terraplanagem 1 PDF
Terraplanagem 1 PDF
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
por:
elaborado por
Henrique Carissimi Schmidt
COMISSÃO EXAMINADORA:
Cumprido o desafio, sinto-me honrado em agradecer a todos que fizeram parte desta
longa caminhada rumo à realização de um sonho.
Meu primeiro agradecimento especial é a Deus. Sem Ele nada disso estaria
concretizado, e com Ele tudo é possível. Basta ter fé.
Agradeço aos meus pais pela sua insistência e cobrança incessante, sempre buscando
com humildade, sabedoria e muito amor o crescimento profissional dos filhos.
Agradeço a minha namorada, Vanessa Bernardi Zago, pelo seu amor integral, seu
companheirismo, sua motivação, e por sua paciência ao ter sido trocada tantas vezes por
árduas noites de estudo, sabendo que é por um futuro melhor juntos que todo esse trabalho
vale a pena.
Ao meu Orientador, Professor Doutor Luciano Pivoto Specht, por seu conhecimento
dentro e fora da sala de aula, e pela oportunidade oferecida.
Ao meu irmão, Luís Felipe Carissimi Schmidt, por me servir de exemplo de dedicação
e garra nos estudos.
“Procurai viver com serenidade, ocupando-vos das vossas
próprias coisas e trabalhando com vossas mãos, como vo-lo
temos recomendado. É assim que vivereis honrosamente em
presença dos de fora e não sereis pesados a ninguém.”
(1Tessalonicenses 4:11-12)
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo comparar e analisar os custos efetivos, com observações de
campo de serviços de terraplenagem em três atividades diferentes deste grupo de serviços com
os custos previstos pelas composições de custos do SICRO2, seguindo metodologias dos
Manuais de Custos Rodoviários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes –
DNIT (2003). A composição destes custos envolve fatores como produtividade de equipes
mecânicas, clima desfavorável, localização da obra, e o próprio dimensionamento das
patrulhas. Em cada serviço analisado, foi calculado o custo observando o tempo necessário
para execução, com ajuda de anotações de horas-máquina trabalhadas, e observando a
produção de cada equipe, esta sendo calculada após levantamentos topográficos em escritório
de engenharia, com auxílio de planilhas de produção. Após a composição dos custos, estes
foram comparados com os custos do SICRO2, e custos de departamentos estaduais, o DAER-
RS e o DER-PR. Em geral, os custos praticados pela empresa foram superiores aos custos
previstos pelos órgãos públicos, observando-se a necessidade de melhores previsões de
projeto de orçamento e melhores previsões teóricas de produtividade para auxílio de
orçamentação.
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11
3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 38
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 76
6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 77
ANEXOS.................................................................................................................................. 79
11
1. INTRODUÇÃO
A região de Santa Maria – Rio Grande do Sul será beneficiada por uma dessas obras, a
Travessia Urbana de Santa Maria. O empreendimento, orçado em R$ 309 milhões,
compreende duplicação de pistas, ampliação e melhoramento do complexo viário urbano com
implantação de viadutos, passagens inferiores, ruas laterais e passarelas, na BR-287 e na BR
158.
O município sedia a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), uma das maiores
universidades públicas do Brasil, que conta atualmente com mais de 20.000 alunos em seus
cursos de graduação e pós-graduação.
A partir do alto investimento para obras da construção pesada, e neste caso, uma obra
rodoviária, faz-se necessário conhecer profundamente os custos praticados pelas
incorporadoras e questionar possíveis diferenças entre os custos reais de execução e as
previsões de custos fornecidos pelos órgãos contratantes, no caso desta obra, o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT.
2. REVISÃO TEÓRICA
2.1 Terraplenagem
A maior ou menor resistência que um material pode oferecer durante sua extração em
um corte influencia diretamente os custos das operações de terraplenagem. A especificação
de serviço DNIT-ES- 106/2009 define três categorias de materiais em relação à dificuldade
extrativa:
Além das dificuldades de extração dos materiais, outro fator de grande influência nos
custos das operações de terraplenagem é a variação volumétrica presentes durante a
movimentação dos materiais envolvidos.
Portanto, o solo compactado no aterro terá uma densidade final superior àquela do seu
local de origem e ocupará um volume menor que o ocupado originalmente. Para fins de
cálculo de volumes e custos de escavação e transporte, são criados fatores de conversão, que
imediatamente permite transformar os volumes previamente citados.
𝑽
𝝋 = 𝑽 𝒔𝒐𝒍𝒕𝒐 (03)
𝒄𝒐𝒓𝒕𝒆
Sendo a terraplenagem geralmente paga pelo volume medido em corte, com a massa
específica natural, convém sempre referir-se o volume ao seu estado natural, ou seja, no corte.
Assim, é necessário tomar conhecimento das diversas máquinas existentes, e das suas
características principais, para classificação e posterior estudo da sua aplicação prática nos
serviços de terraplenagem.
- Unidades de tração;
- Unidades escavo-empurradoras;
- Unidades escavo-transportadoras;
- Unidades escavo-carregadoras;
- Unidades aplainadoras;
- Unidades de transporte;
- Unidades compactadoras
- Unidades escavo-elevadoras.
Estas unidades podem ainda se locomover sobre pneus ou sobre esteiras, sendo sua
designação respectiva de tratores de pneus e tratores de esteiras.
As esteiras são compostas por placas de aço articuladas, equipadas com saliências que
penetram no terreno, aumentando a aderência do equipamento. São próprias para utilização do
equipamento em terrenos de baixa capacidade de suporte, devido a sua melhor aderência e
flutuação, embora desenvolva velocidades menores, o que limita o uso destas unidades para
distâncias maiores.
Quando as unidades tratoras estão equipadas com lâmina frontal de corte equipadas
com comandos hidráulicos, estas podem ser aplicadas em tarefas combinadas de escavação e
transporte do solo.
1
Offset segundo DNIT 104-2009-ES define-se como linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos
serviços.
18
3.1.2.4.1 Carregadeiras
As pás carregadeiras são montadas sobre pneus ou sobre esteiras, possuindo uma
caçamba frontal acionada por comandos hidráulicos.
3.1.2.4.2 Escavadeiras
Assim como as unidades tratoras, as unidades aplainadoras podem ainda ser equipadas
com escarificadores leves, para facilitar as ações da lâmina.
Estas unidades objetivam densificar os solos distribuídos nos aterros, reduzindo seu
índice de vazios e conferindo maior estabilidade.
- Rolo pneumático é composto por uma plataforma equipada por dois eixos, cada um
com 3 ou mais pneus. Este equipamento é muito versátil, podendo ser aplicado a uma enorme
gama de solos, desde os finos e coesivos até os de granulação grosseira e pouco plásticos.
Também são aplicados a serviços de pavimentação.
- Rolos especiais.
Devem ser levadas em conta todas as circunstâncias que caracterizam a obra onde
deverá ser empregada a tecnologia: Especificações de serviço do DNIT, características dos
materiais naturais disponíveis, as distâncias de transporte previstas, cronograma da obra,
equipamentos a disposição, condições climáticas e a logística local da obra.
-Escavação;
-Transporte;
-Descarga e espalhamento.
Estes serviços são executados sempre seguindo uma mesma ordem têm uma
determinada duração, um determinado tempo, conhecido como tempo de ciclo.
O tempo de ciclo é o intervalo de tempo que o equipamento demora a repetir uma
mesma operação. Como convenção, denotamos que este tempo é determinado a partir do
começo da escavação, até o momento que repete esta operação.
A quantificação do serviço que é realizado durante o ciclo e seu tempo de duração são
elementos fundamentais para a determinação da produção horária do equipamento, e assim
dimensionar o restante da patrulha.
50
𝐹𝑒 = 60𝑚𝑖𝑛 = 0,83 (04)
𝑚𝑖𝑛
1,00
𝐹𝑐 = 1,30 = 0,77 (05)
1,00
𝐹𝑐 = 1,39 = 0,72 (06)
1,00
𝐹𝑐 = 1,75 = 0,57 (07)
o) Tempo fixo: Tempo que o equipamento gasta com manobra, carga e descarga.
Porém, não há como estabelecer uma definição completa sobre como planejar uma
construção de grande porte devido ao grande número de variáveis envolvidas, não somente
quanto à natureza do projeto, mas também quanto ao universo dos fatores de execução todos
eles dinâmicos e relacionados, e cada qual com seus devidos riscos. O planejamento deve
ordenar tais fatores seguindo uma lógica eficiente que possa representar uma visão ampla e
antecipada do andamento do empreendimento.
Custos Diretos são aqueles que podem ser identificados ou relacionados direta e
exclusivamente com o produto em execução, ou parte dele, podendo, desse modo,
serem apropriados diretamente.
Custos Indiretos são aqueles que não se relacionam diretamente com um produto ou
parte dele, ou que não convêm que sejam imputados diretamente, por razões
econômicas ou de dificuldades práticas de apropriação Desse modo devem ser
apropriadas separadamente e imputadas ao produto através de métodos de rateio.”
TRAJANO (1985, p.8)
- Equipamentos;
- Materiais;
A mão de obra deve ser dimensionada de acordo com a atividade executada, mas os
custos referentes à operadores de máquinas e motoristas estão atrelados ao custo horário do
equipamento.
DNIT (2003) recomenda a utilização da Tabela 02 para o cálculo do custo unitário dos
serviços de construção rodoviária.
34
Onde:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎(4) 𝑥 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 (6) + 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 (5) 𝑥 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎(7)] 𝑥 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 (3)
Para as atividades que não se faz necessário o uso de ferramentas, deve-se utilizar o
valor de 15,51%, ou caso a atividade necessite de ferramentas, utiliza-se 20,51%,
multiplicados pela soma do custo horário da mão de obra. (FIGUEIREDO, 2013).
i) Custos de transporte:
Conforme DNIT (2003), o orçamento pode ser dividido em duas partes: Despesas
Diretas e Despesas Indiretas. As despesas diretas, tema em estudo neste trabalho, são
relacionadas diretamente com os custos da execução das atividades ou serviços em execução
componentes da obra. As despesas indiretas são compostas por um valor relativo ao total das
despesas diretas. A recomendação fornecida pelo DNIT (2003) de Lucro e Despesas Indiretas
é de 27,70% do custo unitário total da execução.
Finalmente, e não menos importante, deve-se avaliar e controlar os três atos anteriores,
com o objetivo de acompanhar o planejado, e empreender ações de modo a manter o curso da
obra visando sempre à eficiência.
38
3. METODOLOGIA
A obra estudada neste trabalho está situada na cidade de Santa Maria, Rio Grande do
Sul, compreendendo 9,4 km de duplicação, reabilitação da pista existente, implementação de
ruas laterais e restauração/construção de obras de arte especiais. O mapa de situação da obra
está representado na Figura 10, e as principais características da obra estão representadas na
Tabela 03.
Fonte: Relatório de Projeto Básico de Engenharia para Duplicação e Reabilitação da Pista existente,
Implementação de Ruas Laterais e Restauração/Construção de Obras de Arte Especiais.
Observando que a obra se trata de uma travessia urbana, a mesma apresenta grandes
problemas na composição dos custos, devido ao fato de enormes interferências à execução da
dessa, tais como:
Outro ponto crítico para execução dos serviços e previsão de custos é o clima. O
estado do Rio Grande do Sul está localizado no extremo sul do Brasil, e possui um clima
subtropical, com índices de chuva acentuados, conforme a Figura 11 obtida do Relatório de
Projeto Básico da Obra de Travessia Urbana de Santa Maria.
40
O presente trabalho será baseado em uma comparação entre custos propostos pelo
Sistema de Custos do DNIT – o SICRO2 – e os custos reais de execução dos mesmos serviços
executados em obra, abordando os fatores mais relevantes à composição dos custos diretos de
uma obra de construção pesada.
Para melhor análise dos dados obtidos na obra da Travessia Urbana de Santa Maria,
duplicação da BR-287 e BR-158, no trecho compreendido do km 05+300 ao km 14+703 do
empreendimento – conforme figura 10 – foram utilizadas planilhas de apropriação de custos,
horários e produção de equipes de trabalho fornecidos pelo Consórcio Travessia, seguindo as
especificações de composições de custos unitários do DNIT (2003).
A limpeza do terreno compreende a retirada completa dos tocos e raízes, bem como a
camada de solo orgânico, em profundidade adequada para implantação da plataforma
constituinte da pista a ser construída, bem como dotar a superfície de condições próprias para
operação dos equipamentos.
O equipamento utilizado para execução dos serviços de limpeza foi uma Unidade
Escavo-Carregadora da marca Caterpillar, modelo 320D-L. O fabricante fornece, em seu
Manual de especificações, dados de performance do equipamento, conforme a Figura 12 e
Tabelas 04 e 05.
43
Ainda segundo DNIT (2003), estes serviços são medidos em função da área
efetivamente trabalhada, em m², levantada pela equipe de topografia, a qual preenche a Folha
de Nivelamento Modelo – conforme Tabela 06 – em campo.
47
Onde:
- Largura Soma: Soma das larguras da seção da estaca atual e da seção da estaca
imediatamente anterior;
- Área Parcial: Média da área das seções das estacas atual e imediatamente anterior,
calculada conforme a fórmula:
𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎01 +𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎02
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝑥 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (15)
2
Examinando esta planilha, pode-se observar que a mesma deve ser preenchida com
horários de início e fim de cada serviço executado por tal equipamento, bem como quaisquer
eventualidades ocorridas durante a execução.
Estes são divididos em Corpo do Aterro – situado sobre o terreno natural até 0,60 m
abaixo da cota de greide de terraplenagem – e Camada Final do Aterro – constituída de
material selecionado por métodos técnico-econômicos, de 0,60 m de espessura, realizados em
camadas individuais com espessura máxima de 0,20 m posto sobre o corpo do aterro ou sobre
o greide de terraplenagem.
As camadas compactadas de aterro, tema em estudo neste trabalho, devem ter grau de
compactação de 100%, e os trechos os quais não atingirem condições mínimas de
compactação devem, obrigatoriamente, ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade
adequada e novamente compactados, até a obtenção da compactação prevista.
Após o material espalhado sobre o corpo do aterro de forma grosseira, deve ser feito
um ensaio de umidade. Caso esteja acima da umidade ótima prevista em ensaios laboratoriais,
o mesmo deve ser escarificado e homogeneizado utilizando um trator agrícola com grade de
discos, e ficar exposto ao sol. Caso a umidade esteja abaixo da ideal prevista, a camada de
solo deve ser umidificada com um caminhão com pipa dotada de um dispersor de água e
posteriormente homogeneizada com o trator agrícola. Assim, quando a umidade estiver
adequada, tem-se início a compactação do aterro utilizando uma Unidade-Compactadora.
Assim que a camada de aterro está regularizada, após a sua compactação através dos
rolos vibratórios compactadores, são realizados ensaios de campo para determinação do grau
de compactação do aterro. São os ensaios de Índice de Suporte Califórnia (ISC) e Ensaio de
Compactação. A liberação da camada, ou seja, autorização para a mesma receber sobre ela
outra camada de aterro ou de pavimento se dá no momento em que os ensaios atendam as
especificações do DNIT (2003). Os ensaios são executados por equipe de laboratoristas da
Empreiteira e da Fiscalização. A Figura 20 exibe um ensaio de verificação do grau de
compactação em andamento:
58
Depois de liberada, a camada de aterro pode ser medida, em função de seu volume
compactado. Esta medição parte da equipe de topografia, que faz levantamentos das cotas de
terraplenagem sobre o aterro executado, preenchendo a planilha de Nivelamento (Tabela 03).
O método utilizado para o cálculo dos volumes é o Método da Média das Áreas, que
utiliza a média das áreas (A1 e A2) entre cada estaca, separadas por uma distância “L”,
geralmente de 20 metros, conforme a Figura 21:
59
Onde:
𝐴1 +𝐴2
𝑉=� � 𝑥𝐿 (16)
2
Após o desenho das seções transversais e o cálculo das áreas das respectivas áreas, a
equipe de engenharia necessita de uma planilha auxiliar para o cálculo do volume de um
determinado segmento. Esta planilha está representada na Tabela 10.
Onde:
- Área Parcial: Área da seção transversal correspondente à estaca, calculada pela pela
Equipe de Engenharia, em m²;
- Área Soma: Soma das áreas da seção da estaca atual e da seção da estaca
imediatamente anterior;
- Volume Parcial: Média dos volumes das seções das estacas atual e imediatamente
anterior, calculada conforme a fórmula (15).
Na planilha observa-se que ela deve ser preenchida com horários de início e fim de
cada serviço executado por cada equipamento, bem como quaisquer eventualidades ocorridas
durante a execução.
Onde:
65
Nesta planilha observamos que esta deve ser preenchida com horários de início e fim
de cada serviço executado por cada equipamento, bem como quaisquer eventualidades
ocorridas durante a execução.
Assim, combinando alguns destes fatores em cada caso analisado, observamos que
existe mudança nos tempos de ciclo de operação, como os tempos fixos, tempo de percurso,
de retorno, o que termina por reduzir drasticamente a produtividade.
70
- Trânsito pesado: O serviço não prevê transporte dos materiais, porém, o trânsito
influi por reter as unidades transportadoras diminuindo sua velocidade operacional,
72
Assim, combinando alguns destes fatores em cada caso analisado, observamos que
existe mudança nos tempos de ciclo de operação, como os tempos fixos, tempo de percurso,
de retorno, o que termina por reduzir drasticamente a produtividade.
Como não foi possível aplicar o controle necessário sobre as partes diárias de
equipamentos, não foi possível determinar a consistência dos dados dos equipamentos. Assim
sem o conhecimento do tempo aplicado para execução de cada camada de aterro, a
metodologia seria ineficiente neste caso.
Assim, foi idealizada uma alternativa de cálculo para estimar o custo da execução e
compactação de aterros, seguindo dados de arquivos empresariais, não levando em conta
características pertinentes referentes ao serviço, como a liberação das camadas executadas.
Deste modo, a solução adotada denota somente o custo empresarial para execução dos
serviços, porém sem haver controle tecnológico adequado para confirmar o término da
73
atividade, ou seja, para comprovar que o volume idealizado fora realmente compactado
conforme DNIT (2003) especifica.
Neste gráfico comparativo podemos observar que os custos empresariais são muito
maiores que os custos previstos por DNIT.
5. CONCLUSÃO
Com isso, faz-se necessário, por parte do DNIT, ampliar os estudos de previsão de
produtividade e custos, de modo a antecipar com segurança, em fase de projeto, as
dificuldades observadas em cada ambiente de obra, sendo clara a diferença entre uma obra
urbana e outra em campo aberto.
Do mesmo modo, por parte da iniciativa privada, é necessário que haja um melhor
planejamento da obra, realizando controle rigoroso sobre a produção e produtividade de cada
patrulha, observando sempre o correto preenchimento das partes diárias de equipamentos,
relacionando-as com os levantamentos topográficos, controlando assim efetividade dos
trabalhos de maneira intermitente.
77
6. BIBLIOGRAFIA
ABRAM, Isaac. Manual Prático de Terraplenagem/ Isaac Abram, Aroldo Vieira Rocha –
Salvador, Bahia, 272 pg.: il. 159
79
ANEXOS
80