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Sergio Massafumi Okano PDF

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Ministério da Educação

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul


Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais

AVALIAÇÃO DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS E RUÍDO EMITIDOS POR UMA


CALDEIRA FLAMOTUBULAR A ÓLEO COMBUSTÍVEL BPF 2A.

SERGIO MASSAFUMI OKANO

Dissertação apresentada para obtenção do


grau de Mestre no Programa de Pós-
Graduação em Tecnologias Ambientais da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
na área de concentração em Saneamento
Ambiental e Recursos Hídricos.

Orientador: Prof. Dr. Amâncio Rodrigues da Silva Júnior

Campo Grande – MS, Novembro de 2004


i

Dedico este trabalho à minha


esposa Glória pelo apoio e
carinho, e aos meus filhos
Gabriel e Lucas pelas difíceis
ausências no período de estudo.
ii

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que, diretamente ou indiretamente contribuíram na


realização desta pesquisa, em especial:

Ao professor Dr. Amancio Rodrigues da Silva Júnior, pela eficiente orientação dada
durante esta pesquisa.

A Margaré Ribeiro Ide e ao professor Dr. Carlos Nobuyoshi Ide, pela revisão deste
trabalho.

Ao professor Dr. Hamilton Germano Pavão, pela contribuição na elaboração da


revisão bibliográfica.

Ao acadêmico de Engenharia Elétrica do DEL – UFMS, Ruben Barros Godoy, ao


engenheiro eletricista Émerson João Saeki Fernandes e a acadêmica de Mestrado
em Tecnologias Ambientais Margareth Hokama Shinzato, pelo companheirismo,
durante a elaboração deste trabalho.

Ao Chefe de Divisão de Apoio e Manutenção do Hospital Universitário – UFMS,


engenheiro mecânico Jefferson Dobes, pela atenciosa colaboração nas coletas de
dados da caldeira.

Aos professores do PGTA, pelos conhecimentos oferecidos.

Aos operadores de caldeira: Claudeir da Silva, Eurípedes da Silva, João Ramão e


Jorge Oliveira Borges, pela paciência e boa vontade durantes as medições desta
dissertação.
iii

RESUMO
O Hospital Universitário pertence à Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul e está localizado à rua Filinto Müller s/n, Vila Ipiranga, Campo Grande-MS. O
vapor utilizado pelo Hospital é gerado por uma caldeira Flamotubular Horizontal com
retorno de chama à óleo combustível BPF 2A, que atende a limpeza (lavanderia),
nutrição (cozinha) e esterelização de equipamentos cirúrgicos (assepsia) do hospital.
A preocupação com a localização da caldeira em área residencial e a insalubridade
dos funcionários do hospital, levou a elaboração deste estudo.

Neste trabalho foram avaliadas as concentrações de monóxido de carbono


(CO), dióxido de carbono (CO2), monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de nitrogênio
(NO2), óxido de nitrogênio (NOx) e o nível de ruído produzido pela caldeira.

A fim de melhorar a eficiência da caldeira e diminuir a concentração de


poluentes gasosos e níveis de ruído lançados ao meio ambiente, a caldeira foi
submetida a uma reforma geral.

Os dados obtidos antes e após a reforma da caldeira foram comparados entre


si e confrontados com a legislação pertinente a fim de avaliar a qualidade do ar.
Verificou-se que após a reforma da caldeira as concentrações de CO, CO2, NO2 e o
nível de ruído diminuíram, porém o de NO, NOx e a temperatura de combustão do
óleo combustível aumentaram. As comparações com os limites máximos permitidos
pelo WORLD BANK (1998), CONAMA (1990), LORA (2000) e MTPS (2001)
revelaram que a concentração de NOx, CO e níveis de ruídos, estão em
conformidade com a legislação, mas o de NO ficou acima dos valores exigidos pelas
agências reguladoras ambientais de poluição atmosférica.

A geração térmica com a queima de óleo combustível BPF-2A (baixo ponto de


fluidez – 2A), poderá levar a um incremento significativo na emissão de poluentes
atmosféricos, em particular, o carbono (C) e os óxidos de nitrogênio (NOx), que
ocasionam impactos ambientais em nível global, regional ou local.
iv

ABSTRACT
The University Hospital of the Universidade Federal de Mato Grosso do Sul is
located at Filinto Muller Street, Vila Ipiranga, Campo Grande-MS. The steam utilized
in the hospital for the purpose of laundry and kitchen item and sirurgical equipment
sterilization (asepsis), is generated by an horizontal firetubular flame return type
caldron that uses fuel oil 2A. Preoccupations concerning the localization of the
caldron in a residential area as well as the health of workers, lead to the elaboration
of this research.

In this research, concentrations of carbon monoxide (CO), carbon dioxide


(CO2), nitrogen monoxide (NO), nitrogen dioxide (NO2) and other nitrogen oxides
(NOx), and the noise level produced by the caldron were evaluated.

In order to improve the caldron’s energetic efficiency and diminish the


production of polluting gases and the environmental noise levels around the caldron,
an overhaul was carried out.

The data obtained before and after the caldron overhaul were contrasted, and
compared to the pertinent legislation, in order to evaluate the air quality. It was
verified that after the caldron overhaul, the CO, CO2 and NO2 concentrations, and the
noise level had decreased; however, the concentrations of NO and NOx, and the
combustion temperature had increased. Comparision to CONAMA (1990), LORA
(2000) and MTPS (2001), revealed that the NOx and CO concentrations and noise
levels were in conformity with legislation, but the NO concentrations were above the
emission levels established by the atmospheric pollution environmental regulation
agencies.

Thermal generation from fuel oil 2A (low fluidity point) may make a notable
contribution to the levels of atmospheric pollutant emission, with particular regard, to
carbon (C) and oxides of nitrogen (NOx), potentially leading to environmental impacts
at global, regional or local scales.
v

SUMÁRIO

RESUMO.........................................................................................................................iii
ABSTRACT .................................................................................................................... iv
SUMÁRIO........................................................................................................................ v
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................... xi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .........................................................................xii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .........................................................................xii
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 1
2 OBJETIVOS............................................................................................................ 3
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 4
3.1. CALDEIRAS GERADORAS DE VAPOR.................................................................. 4
3.1.1. Elementos que Caracterizam uma Caldeira ............................................... 7
3.1.2. Classificação das Caldeiras ....................................................................... 7
3.1.3. Caldeiras Flamotubulares........................................................................... 8
3.1.4. Caldeiras Aquotubulares .......................................................................... 11
3.1.5. Caldeiras Elétricas.................................................................................... 12
3.1.6. Utilização do Vapor .................................................................................. 13
3.2. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA .................................................................................. 14
3.2.1. Características do Ar Atmosférico ............................................................ 14
3.2.2. Principais Poluentes Atmosféricos ........................................................... 15
3.2.3. Classificação dos Poluentes Atmosféricos ............................................... 16
3.2.4. Classificação das Fontes Poluidoras do Ar .............................................. 18
3.2.5. Características dos Poluentes Gasosos................................................... 19
3.2.6. Níveis de Concentrações dos Poluentes Atmosféricos ............................ 20
3.2.7. Conversão de mg/m3 para ppm................................................................ 21
3.2.8. Padrões de Qualidade do Ar .................................................................... 22
3.3. EFEITOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA............................................................ 25
3.3.1. Danos a Saúde Humana .......................................................................... 26
3.3.2. Efeitos dos Poluentes Gasosos................................................................ 27
3.3.3. Danos à Vegetação .................................................................................. 28
3.3.4. Danos aos Materiais................................................................................. 29
3.3.5. Alterações do Clima, Visibilidade e Radiação Solar ................................. 30
vi

3.3.6. Episódios de Poluição Atmosférica .......................................................... 30


3.3.7. Impacto de Caráter Regional.................................................................... 32
3.3.8. Impactos de Caráter Global...................................................................... 34
3.3.9. Atividades Industriais e Meio Ambiente.................................................... 38
3.4. ÓLEO COMBUSTÍVEL........................................................................................... 41
3.4.1. Classificação dos Óleos ........................................................................... 41
3.4.2. Óleo Combustível ..................................................................................... 41
3.4.3. Composição Química do Óleo Combustível............................................. 42
3.5. CONCEITOS BÁSICOS DA COMBUSTÃO ........................................................... 42
3.5.1. Combustão ............................................................................................... 42
3.5.2. Combustível ............................................................................................. 43
3.5.3. Classificação dos Combustíveis ............................................................... 44
3.6. POLUIÇÃO SONORA ............................................................................................ 44
3.6.1. Decibel Acústico – dB (A)......................................................................... 44
3.6.2. Interferência da Poluição Sonora no Homem ........................................... 46
3.6.3. Padrões de Emissão de Ruídos ............................................................... 48
3.6.4. Controle da Poluição Sonora.................................................................... 49
4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 52
4.1. MATERIAIS ............................................................................................................ 52
4.1.1. CARACTERÍSTICAS DA CALDEIRA ....................................................... 53
4.1a - Classificação da Caldeira ................................................................... 53
4.1b - Características de Construção ........................................................... 54
4.1c - Sistema de Alimentação de Combustível ........................................... 54
4.1d - Sistema de Alimentador de Ar e Exaustão de Gases......................... 54
4.1e - Sistema de Alimentação de Água ...................................................... 55
4.1f - Manutenção e Segurança ................................................................... 55
4.1g – Operadores da Caldeira .................................................................... 55
4.1h – Horário de Funcionamento ................................................................ 56
4.1.2. ANALISADOR DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS ................................ 56
4.1.3. DECIBELÍMETRO .................................................................................... 58
4.1.4. REFORMA DA CALDEIRA....................................................................... 60
4.2. MÉTODOS. ............................................................................................................ 63
5 RESULTADOS...................................................................................................... 66
vii

5.1. Resultados antes da reforma da caldeira. .............................................................. 66


5.2. Resultados após a reforma da caldeira .................................................................. 77
5.3. Comparação dos Poluentes Gasosos e Ruídos Sonoros antes e Após a
Reforma ........................................................................................................................88
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................... 93
6.1 Conclusões............................................................................................... 93
6.2 Recomendações....................................................................................... 94
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 97
viii

LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 - Caldeira primitiva em estrutura fechada de tijolos....................................6
Figura 3.2 - Classificação das caldeiras quanto à classe de pressão .........................8
Figura 3.3 – Troca de calor numa caldeira Flamotubular ............................................9
Figura 3.4 – Corte esquemático de uma caldeira Flamotubular horizontal (escocesa)
com retorno de chama.........................................................................................10
Figura 3.5 – Esquemático de uma caldeira aquotubular ...........................................11
Figura 3.6 – Efeito do CO sobre a saúde humana ....................................................28
Figura 3.7 – Efeito dos óxidos de nitrogênio (NO2) sobre as plantas ........................29
Figura 3.8 – Condições normais sem inversão térmica.............................................33
Figura 3.9 – Condições na ocorrência de inversão térmica .....................................33
Figura 3.10 – Efeito estufa e poluentes envolvidos ...................................................35
Figura 3.11 – Triângulo do fogo na combustão .........................................................43
Figura 4.1 – Caldeira Flamotubular a Óleo Combustível instalada no Hospital
Universitário da UFMS – Campo Grande – MS...................................................53
Figura 4.2 – Analisador de Poluentes Atmosféricos da TESTO – 350 XL.................56
Figura 4.3 – Decilbelímetro Minipa, modelo MSL-1351.............................................59
Figura 4.4 – Tubos de fogo impregnados por crosta de carbonato de cálcio retirados
para reforma........................................................................................................62
Figura 4.5 – Vista frontal da caldeira após substituição dos tubos de fogo em
disposição trapezoidal. ........................................................................................62
Figura 4.6 – Detalhe esquemático da seção transversal da chaminé com os pontos
onde foram medidos as concentrações de poluentes atmosféricos. ...................64
Figura 4.7 – Esquemático da chaminé da caldeira com locais onde foram realizadas
as medições dos poluentes atmosféricos............................................................65
Figura 5.1– Concentrações de CO medido dentro da chaminé, antes da reforma da
caldeira................................................................................................................68
Figura 5.2 – Concentrações de CO2 medido dentro da chaminé, antes da reforma. 68
Figura 5.3 – Concentrações de NO medido dentro da chaminé, antes da reforma da
caldeira................................................................................................................69
Figura 5.4 – Concentrações de NO2 dentro da chaminé, antes da reforma da
caldeira................................................................................................................69
Figura 5.5 – Concentrações de NOx dentro da chaminé, antes da reforma da
caldeira................................................................................................................70
ix

Figura 5.6 – Concentrações de CO medido na base da chaminé, antes da reforma


da caldeira...........................................................................................................72
Figura 5.7 – Concentrações de NO na base da chaminé, antes da reforma da
caldeira................................................................................................................72
Figura 5.8 – Concentrações de NO a 10m da base da chaminé, antes da reforma da
caldeira................................................................................................................74
Figura 5.9 – Níveis de ruídos a 1m da caldeira antes da reforma. ............................75
Figura 5.10 – Níveis de ruídos a 2m da caldeira, antes da reforma. .........................75
Figura 5.11 – Níveis de ruídos a 4m da caldeira, antes da reforma. .........................76
Figura 5.12 – Níveis de ruídos a 8m da caldeira, antes da reforma. .........................76
Figura 5.13 – Concentrações de CO dentro da chaminé, após a reforma da caldeira.
............................................................................................................................79
Figura 5.14 – Concentrações de CO2 dentro da chaminé, após a reforma da caldeira.
............................................................................................................................79
Figura 5.15 – Concentrações de NO dentro da chaminé, após a reforma da caldeira.
............................................................................................................................80
Figura 5.16– Concentrações de NO2 dentro da chaminé, após a reforma da caldeira.
............................................................................................................................80
Figura 5.17 – Concentrações de NOx dentro da chaminé, após a reforma da caldeira.
............................................................................................................................81
Figura 5.18 – Concentrações de CO na base da chaminé, após a reforma da
caldeira................................................................................................................83
Figura 5.19 – Concentrações de NO na base da chaminé, após a reforma da
caldeira................................................................................................................83
Figura 5.20 – Concentrações de NO a 10m da base da chaminé, após a reforma da
caldeira................................................................................................................85
Figura 5.21 – Níveis de ruídos a 1m da caldeira após a reforma. .............................86
Figura 5.22 – Níveis de ruídos a 2m da caldeira, após a reforma. ............................86
Figura 5.23 – Níveis de ruído a 4m da caldeira, após a reforma...............................87
Figura 5.24 – Níveis de ruídos a 8m da caldeira, após a reforma. ............................87
Figura 5.25 – Emissão de fumaça no momento de partida da caldeira, antes da
reforma. ...............................................................................................................90
Figura 5.26 – Emissão de fumaça no momento de partida da caldeira, após a
reforma ................................................................................................................91
x

LISTA DE QUADROS
Quadro 4.1 – Dados técnicos na medição de O2 e CO do analisador de poluentes
atmosféricos TESTO – 350 XL............................................................................57
Quadro 4.2 – Dados técnicos na medição de CO2, NO e NO2 do analisador de
poluentes atmosféricos TESTO – 350 XL ...........................................................57
Quadro 5.1 – Concentrações de poluentes lançados pela caldeira e condições
atmosféricas antes da reforma da caldeira..........................................................67
Quadro 5.2 – Concentrações de poluentes e condições atmosféricas na base da
chaminé da caldeira, antes da reforma. ..............................................................71
Quadro 5.3 – Concentrações de poluentes atmosféricos e condições atmosféricas à
10m da base da chaminé da caldeira, antes da reforma.....................................73
Quadro 5.4 – Emissões de ruídos gerados pela caldeira antes da reforma..............74
Quadro 5.5 – Concentrações de poluentes atmosféricos lançados pela chaminé e
condições atmosféricas após reforma da caldeira. .............................................78
Quadro 5.6 – Concentrações de poluentes atmosféricos e condições atmosféricas na
base da chaminé, após a reforma da caldeira.....................................................82
Quadro 5.7 – Concentrações de poluentes atmosféricos a 10m da base da chaminé
e condições atmosféricas após reforma da caldeira ...........................................84
Quadro 5.8 – Emissões de ruídos sonoros gerados pela caldeira após reforma. .....85
Quadro 5.9 – Média aritmética dos poluentes gasosos antes e após a caldeira ser
reformada. ...........................................................................................................88
Quadro 5.10 – Média aritmética dos poluentes gasosos na base da chaminé, antes e
após a reforma. ...................................................................................................89
Quadro 5.11 – Média Aritmética dos poluentes gasosos medidos a 10m da chaminé
da caldeira, a altura de 1,5m do solo, antes e após a reforma da caldeira. ........90
Quadro 5.12 – Níveis de ruídos emitidos pela caldeira antes e após a reforma geral
da caldeira...........................................................................................................92
xi

LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1– Principais poluentes atmosféricos, origens e conseqüências................17
Tabela 3.2 – Tempo de permanência e concentrações de poluentes. ......................18
Tabela 3.3 – Concentração média de poluentes no ar limpo e contaminado ............20
Tabela 3.4 – Padrões de concentrações máximas de poluentes no ar ambiente
conforme EPA-NAAQS........................................................................................23
Tabela 3.5 – Limites máximos de poluentes atmosféricos nas emissões gasosas de
usinas termelétricas. ...........................................................................................23
Tabela 3.6 – Padrões de qualidade do ar segundo resolução CONAMA nº 3 de
28/06/90 ..............................................................................................................24
Tabela 3.7 – Padrões de qualidade do ar para o Estado de São Paulo segundo o
Decreto Estadual nº 8468 de 08/09/76................................................................24
Tabela 3.8 – Qualidade do Ar adotado pela CETESB no Estado de São Paulo .......25
Tabela 3.9 – Consumo de ar pelo homem de acordo com a atividade física ............27
Tabela 3.10 – Critérios para episódios agudos de poluição do ar.............................32
Tabela 3.11 – Faixa segura de temperatura operacional em tanque de armazenagem
de óleo combustível. ...........................................................................................41
Tabela 3.12 – Índice percentual dos elementos que compõe o óleo combustível ....42
Tabela 3.13 - Tipos e níveis de escala de som. ........................................................45
Tabela 3.14 – Interferências causadas ao homem de acordo com a exposição a
ruídos contínuos..................................................................................................46
Tabela 3.15 – Relação dos limites de tolerância a ruídos sem que se resulte danos
ao ouvido humano em ambiente de trabalho. .....................................................47
Tabela 3.16 – Níveis sonoros recomendados para os tipos de uso do solo. ............48
Tabela 3.17 – Níveis de ruídos compatíveis com o conforto acústico.......................49
xii

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS


ABNT–NBR – Associação Brasileira de Normas Técnicas – Norma Brasileira.

ABNT–NR – Associação Brasileira de Normas Técnicas – Norma Regulamentadora.

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

ANSI – American National Standards Institute

API – American Petroleum Institute.

BPF – Baixo Ponto de Fluidez.

CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

CFCs – Clorofluorcarbonos.

CNP – Conselho Nacional do Petróleo.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

COVs – Compostos Orgânicos Voláteis.

EMC (CE) – Electromagnetic Compatibility (European Community)

EPA – Environment Protection Agency.

GEMS – Sistema Global de Monitoramento Ambiental.

HC – Hidrocarboneto.

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.

IEC – International Engineering Consortium.

INMET – Instituto Nacional de Meteorologia.

MP – Material Particulado.

MPS – Material Particulado em Suspensão.

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego.

MTPS – Ministério de Trabalho e Previdência Social.

NAAQS – Natural Ambient Air Quality Standards.

OMS – Organização Mundial de Saúde.


xiii

PA – Pressão atmosférica

PAN – Peróxicetil nitrato.

PHS – Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos.

PMS – Peso Molecular da Substância.

PMTS – Pressão Máxima de Trabalho Permitido.

PO – Ponto de Orvalho

PROCOVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores.

PRONAR – Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar.

PTS – Partículas Totais em Suspensão.

SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente.

SENAI–DN – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento

Nacional.

TA – Temperatura Ambiente

TF - Temperatura do Fluido

UNEP – United Nations Environment Protection.

UR – Umidade Relativa do Ar

VOC – Composto Orgânico Volátil


1

1 INTRODUÇÃO

Mato Grosso do Sul, como em qualquer outra região, participa das


mudanças climáticas mundiais, oriundos das atividades agrícolas e industriais que
provocam impactos diretos sobre a saúde humana, vida animal, vegetação e
materiais.

Com o crescimento da atividade industrial e desenvolvimento de Mato


Grosso do Sul, observa-se também, um crescimento dos impactos ambientais
causados com: o crescimento da população; a sua urbanização descontrolada; o
consumo e desperdício de energia; os processos industriais poluentes; a geração de
energia e a poluição do ar em áreas metropolitanas e industriais.

A poluição do ar tem sido extremamente pesquisada nas últimas


décadas e, atualmente, caracteriza-se como um fator de grande importância na
busca da preservação do meio ambiente e na implantação de um desenvolvimento
sustentável, pois esta poluição afeta de diversas formas a saúde humana, os
ecossistemas e os materiais.

Originalmente, pensava-se, que a atmosfera era suficientemente


grande e que os problemas de poluição do ar gerados pela ação antropogênicas
ficariam restritos aos ambientes fechados ou áreas muito próximas das fontes de
poluição. Muito se avançou na avaliação dos problemas de poluição do ar em
diferentes escalas de influência, passando pelas áreas próximas de zonas
industriais, grandes centros urbanos, o transporte entre regiões, e finalmente, a
contaminação em escala global, como por exemplo, os efeitos sobre a camada de
ozônio na estratosfera e efeito estufa que podem provocar alterações climáticas no
planeta.

Os programas desenvolvidos junto às principais fontes de poluentes


adotam como estratégia a exigência de medidas baseadas na melhor tecnologia de
controle, visando reduzir os níveis de poluição nas áreas tidas como saturadas em
relação aos padrões de qualidade do ar.
2

Apesar do Estado de Mato Grosso do Sul, não ser


predominantemente industrial e os efeitos dessa atividade não o coloque em
destaque nacional, entende-se que o meio ambiente tem se tornado o foco de
interesse da sociedade como um todo, porque o problema ambiental já é uma
questão de sobrevivência da própria espécie humana.

Regiões próximas a fontes poluidoras merecem atenção especial e têm


sido motivos de investimentos por parte das Secretarias do Meio Ambiente.

A questão ambiental, constitui-se um parâmetro de competitividade


para a indústria, já que, qualquer que seja o cenário, haverá uma crescente
demanda por tecnologias de produção mais limpa e uma necessidade de adequação
aos mecanismos reguladores de barreiras técnicas e comerciais, aos direitos do
consumidor e ao exercício da cidadania que contemplam a preocupação com o meio
ambiente.

Ressalta-se que devem ser desenvolvidos esforços adicionais no


controle de impactos ambientais, no controle dos consumos, na utilização de
combustíveis mais limpos e na instalação de equipamentos de controle de emissões.

Este trabalho poderá ser objeto de estudo em outros projetos de


pesquisas relacionados à emissões de gases poluentes por geradores de energia à
combustíveis fósseis.
3

2 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente os poluentes


atmosféricos: monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), monóxido de
nitrogênio (NO), dióxido de nitrogênio (NO2), óxido de nitrogênio (NOx) e de ruídos
gerados por uma caldeira flamotubular à óleo combustível BPF2A, utilizada na
geração de vapor, a fim de avaliar o estado do ar ambiente e os níveis de ruídos
sonoros nas proximidades do local de medição, e comparar os resultados obtidos
com os padrões exigidos pelas legislações nacionais e internacionais.
4

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para o desenvolvimento deste trabalho foram pesquisados estudos


sobre caldeiras geradoras de vapor, poluição atmosférica, efeitos da poluição
atmosférica, óleo combustível, conceitos básicos da combustão e poluição sonora.

3.1.CALDEIRAS GERADORAS DE VAPOR

A crescente necessidade de produção leva o homem ao


aprimoramento e racionalização da transformação dos materiais.

Segundo ARRUDA (1977) em 130 a.C., Heron de Alexandria criou a


Eolipila, uma forma bem rudimentar de turbina a vapor, que iria provocar séculos
mais tarde, uma verdadeira revolução industrial, com a invenção da máquina a
vapor, conforme evolução que se segue:

• Utilizada por Thomas Sarveny no trabalho de extração de água em minas, a


nova máquina foi aperfeiçoada, passando a funcionar com cilindro e êmbolo a
partir de 1705.

• James Watt, em 1763, estudando a nova máquina a vapor, chegou a outras


conclusões e terminou por inventar o seu próprio tipo, que corresponde,
aproximadamente, a moderna máquina a vapor.

• Em 1782, James Watt patenteou um novo modelo, que consistia numa máquina
rotativa de ação dupla, que permitiu o aproveitamento do vapor para impulsionar
toda espécie de mecanismo capaz de transformar energia térmica em energia
mecânica.

• Depois de James Watt, em torno de 1800, Richard Tvevithick e Oliver Evans,


observando o fenômeno de alta pressão, aperfeiçoaram a engenhosa máquina,
que logo teve aplicação nas locomotivas e rapidamente na navegação. Esta
última, é atribuída aos americanos Robert Fulton, que depois de algumas
5

experiências malogradas no Rio Sena, conseguiu cruzar o Rio Hudson dando


início à navegação comercial.

TORREIRA (1995), descreve a caldeira a vapor como sendo um


trocador de calor complexo, que produz vapor de água sob pressões superiores a da
atmosférica, a partir da energia térmica de um combustível, constituído por diversos
equipamentos associados e perfeitamente integrados para permitir a obtenção do
maior rendimento térmico possível.

Na produção de vapor mediante a aplicação do calor que desprendem


dos combustíveis ao serem queimados nos geradores de vapor, desenvolve-se o
seguinte processo evolutivo: a água recebe calor através da superfície de contato,
que com o aumento da temperatura e atingida a temperatura de ebulição, muda de
estado físico transformando-se em vapor sob determinada pressão, superior a
atmosférica. Essencialmente, uma caldeira é um recipiente no qual a água
introduzida é evaporada continuamente pela aplicação de calor. Primitivamente
montada sobre uma estrutura fechada de tijolos, o combustível era queimado sobre
uma grelha sistemada no interior da estrutura supradita, sendo o calor direcionado
diretamente para a parte inferior do recipiente antes de sair em grande proporção
para a atmosfera e pelo tubo da chaminé observado na figura 3.1.

Qualquer tipo de caldeira, sempre estará composta por três partes


essenciais: A fornalha ou câmara de combustão, a câmara de água e a câmara de
vapor.

A fornalha ou câmara de combustão é à parte da caldeira, onde se


queima o combustível utilizado para a produção de vapor. A fornalha é constituída
por uma câmara, no interior da qual, e mediante combustores ou queimadores, é
injetado o combustível gasoso, líquido ou pulverizado, que queima ao entrar em
contato com o ar comburente introduzido na fornalha.

As câmaras de água e vapor constituem as superfícies internas de


caldeira propriamente dita. São constituídas de recipientes metálicos herméticos de
alta resistência a pressão em forma de invólucros cilíndricos, coletores e tubos,
devidamente comunicados entre eles, que na sua face interna contém a água a ser
vaporizada, estando a quase totalidade da superfície externa em contato com as
6

chamas ou gases da combustão. A parte inferior deste recipiente recebe o nome de


câmara de água; o espaço limitado entre a superfície da água e a parte superior
denomina-se câmara de vapor.

Figura 3.1 - Caldeira primitiva em estrutura fechada de tijolos


Fonte: TORREIRA (1995)

Por último, os condutos de fumaça e a chaminé; dispostos na parte


final do percurso que seguem os gases no interior da caldeira, têm como objetivo
conduzir para o exterior os produtos da combustão que transmitiram parte do seu
calor para a água e vapor, através da superfície de aquecimento. A chaminé tem
também a função de aumentar a velocidade de descarga dos gases, produzindo
uma tiragem natural que promove a entrada de ar à fornalha, acelerando assim, a
combustão.

A idéia de direcionar os gases quentes provenientes da combustão,


através de tubos dispostos no interior da caldeira, surgiu o projeto da caldeira
7

denominada flamotubular, que não somente aumenta a superfície de aquecimento


exposta à água, como também produz uma distribuição mais uniforme do vapor em
geração, através da massa de água.

3.1.1. Elementos que Caracterizam uma Caldeira

Segundo TORREIRA (1995), de acordo com a ABNT – NR13, toda


caldeira deve apresentar em sua superfície externa e bem visível, uma placa
identificadora com as seguintes informações:

• nome do fabricante, tipo e modelo do fabricante, número da caldeira, ano de


fabricação e pressão máxima de trabalho admissível – PMTP (kgf.cm-2).

• Pressão de teste hidrostático (kgf.cm-2): é a pressão de ensaio hidrostático a que


se deve ser submetido o gerador.

• Capacidade de produção de vapor (kg/h ou t/h): define a quantidade de vapor


capaz de ser gerado por uma caldeira em condições de pressão de regime,
temperatura e eficiência garantidos pelo fabricante.

• Área de superfície de aquecimento (m2): superfície de aquecimento ou calefação


é a que compreende as partes metálicas que se encontram em contato, por uma
das faces com a água e vapor da caldeira e pela oposta com os gases quentes
resultantes da combustão. A medição desta superfície efetua-se pelo lado
exposto às chamas e gases.

3.1.2. Classificação das Caldeiras

As caldeiras podem ser classificadas de acordo com classes de


pressão, grau de automatização, tipos de energia empregada, tipo de troca térmica.

Segundo o site MTE do Ministério do Trabalho e Emprego (2003), as


classes de pressão das caldeiras são classificadas em:

• Classe A: Caldeiras que apresentam pressão de operação superior a 1960 kpa


(19,98 kgf.cm-2).
8

• Classe B: Caldeiras cuja pressão de operação é maior que 588 kpa (5,99
kgf.cm-2) e menor ou igual a 1960 kpa (19,98 kgf.cm-2)

• Classe C: Caldeiras com pressão de operação igual ou inferior a 588 kpa (5,99
kgf.cm-2) e volume interno igual ou inferior a 100 litros. A figura 3.2, mostra as
Classes de Pressão. A caldeira utilizada neste estudo classifica-se como sendo
de classe B.

Figura 3.2 - Classificação das caldeiras quanto à classe de pressão


Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2003)

De acordo com o grau de automatização são classificadas em:


manuais, semi-automáticas e automáticas.

Conforme o combustível empregado, elas podem ser do tipo:


combustível sólido, combustível líquido, combustível gasoso e eletricidade.

A classificação de caldeiras mais usuais, quanto a troca térmica, divide-


se em: flamotubulares, aquotubulares e elétricas.

3.1.3. Caldeiras Flamotubulares

De acordo com o TORREIRA (1995), as caldeiras Flamotubulares ou


Fogotubulares, são aquelas em que os gases provenientes da combustão (gases
quentes), circulam no interior dos tubos, ficando por fora a água, conforme a figura
3.3
9

Figura 3.3 – Troca de calor numa caldeira Flamotubular


Fonte: SENAI (1995) apud SOUZA (2000).

Este tipo de caldeira é de construção mais simples e quanto à


distribuição dos tubos podem ser divididos em verticais ou horizontais.

Nas caldeiras verticais os tubos são colocados verticalmente num


corpo cilíndrico fechado nas extremidades por placas, chamadas espelho.

A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo abaixo do espelho


inferior. Os gases de combustão sobem através dos tubos, aquecendo e
vaporizando a água que se encontra externamente aos mesmos. As fornalhas
externas são utilizadas principalmente, por combustíveis de baixo poder calorífico.

As caldeiras horizontais abrangem várias modalidades, desde as


caldeiras Escocesas, Cornuália, Lancaster até as modernas unidades compactas.

A caldeira Escocesa vista nas figura 3.4, foi criada basicamente, para
uso marítimo, servindo como modelo das caldeiras industriais mais difundidas no
mundo. São destinadas também, além da lenha, a queima de óleo combustível ou
gás.
10

Figura 3.4 – Corte esquemático de uma caldeira Flamotubular horizontal


(escocesa) com retorno de chama
Fonte: SOUZA (2000)

Em TORREIRA (1995), conforme o sentido da direção dos gases no


interior das caldeiras podem ser classificadas em: caldeira de chama direta e de
retorno de chama.

Caldeira de Chama Direta: Nas caldeiras de chama direta os gases


percorrem um caminho direto, desde a fornalha, até os condutos de fumaça, para
chegar até a chaminé. Em todas estas caldeiras, as fornalhas, as câmaras de
combustão e os tubos, estão submersos na água, contida no interior do invólucro,
isto é, encontram-se submetidos à pressão de vapor da caldeira.

Caldeira com Retorno de Chama: Neste caso, os gases de combustão


circulam em um sentido através das fornalhas e câmaras de combustão, e no
sentido oposto, pelo interior dos tubos, no sentido dos condutos de fumaça e
chaminé conforme figura 3.4.

SENAI – DN (1995), descreveu as seguintes vantagens e


desvantagens no uso de caldeiras flamotubulares:
11

Vantagens: custo de aquisição mais baixo, exigem pouca alvenaria e


atendem bem ao aumento instantâneo de demanda de vapor.

Desvantagens: baixo rendimento térmico, partida lenta devido ao


grande volume interno de água, limitação de pressão de operação (até 20 kgf.cm-2),
baixa taxa de vaporização, capacidade de produção limitada e apresentam
dificuldades para instalação de economizador, superaquecedor e pré – aquecedor.

3.1.4. Caldeiras Aquotubulares

Baseado nos princípios da termodinâmica e na experiência com os


tipos de caldeiras flamotubulares, os fabricantes resolveram inverter o processo, ou
seja, trocaram os tubos de fogo por tubos de água, tendo assim aumentado em
muito a superfície de aquecimento e surgindo a caldeira aquotubular (água dentro do
tubo).

Na figura 3.5, nota-se que a água é vaporizada nos tubos que


constituem a parede mais interna, subindo ao tambor de vapor, dando lugar a nova
quantidade de água fria, que será vaporizada e assim sucessivamente.

Figura 3.5 – Esquemático de uma caldeira aquotubular


Fonte: TORREIRA (1995)
12

Segundo o curso de segurança para operadores de caldeiras do


SENAI – DN (1995), o princípio de funcionamento das caldeiras aquotubulares,
baseia-se no fato de que, quando um líquido é aquecido, as primeiras partículas
aquecidas ficam mais leves e sobem, enquanto que as frias, que são mais pesadas,
descem; recebendo calor elas tornam a subir, formando assim, um movimento
contínuo, ocorrendo o fenômeno denominado termo sifão, proveniente das correntes
de convecção, até que a água entre em ebulição.

Vantagens das caldeiras aquotubulares: redução do tamanho, queda


da temperatura de combustão, eliminação da necessidade de uso de refratários de
alta qualidade, vaporização específica maior (28,30 kg de vapor por m2 a 50 kg de
vapor por m2, para caldeiras de tiragem forçada), fácil manutenção e limpeza, fácil
entrada em regime e fácil inspeção nos componentes.

3.1.5. Caldeiras Elétricas

Caldeira elétrica é um equipamento cujo papel principal é transformar


energia elétrica em térmica. A produção de vapor em uma caldeira elétrica, baseia-
se no seguinte fato: a corrente elétrica, ao atravessar qualquer condutor, encontra
resistência a sua livre circulação e desprende calor (efeito Joule). A água pura é
considerada um mau condutor de eletricidade. Portanto, deve-se adicionar
determinados sais à mesma, para que se possa obter uma condutividade adequada.
Alguns fabricantes recomendam a adição de soda cáustica ou fosfato trisódico na
água de alimentação.

Vantagens das caldeiras elétricas: não necessita de área para


estocagem de combustível, ausência total de poluição (não há emissão de gases),
baixo nível de ruído, modulação de produção de vapor de forma rápida e precisa,
alto rendimento térmico (aproximadamente 98%), melhora o fator de potência e fator
de carga, área reduzida para instalação da caldeira.

Desvantagens: necessita de aterramento de forma rigorosa e requer


tratamento de água de boa qualidade.
13

3.1.6. Utilização do Vapor

O vapor produzido numa caldeira pode ser usado de diversas formas,


dependendo do tipo de indústria e da região. De uma forma geral pode-se destinar o
vapor para:

Prestação de Serviços: hospitais, indústrias de refeição, hotéis e


similares, utilizam o vapor em lavanderias, cozinha, conforto térmico e assepsia.

Aquecimento de Linhas de Reservatórios de Óleo Combustível: no


caso de trabalharmos com “óleo combustível pesado”, torna-se necessário o
aquecimento das tubulações e reservatórios, sob pena do mesmo não fluir
livremente e também não proporcionar uma boa combustão.

Geração de Energia Elétrica: Pode-se obter energia elétrica, através


das usinas termelétricas, as quais são compostas basicamente, de um equipamento
de geração de vapor superaquecido, uma turbina, um gerador elétrico e um
condensador.

Torreira (1995), a seguir lista as diversas topologias industriais e


respectivas fases do processamento, que utilizam o vapor:

Indústrias de bebidas: utilização do vapor para lavadoras de garrafas,


tanques de xarope e pasteurização.

Indústrias madeireiras: cozimento de toras, secagem de tábuas ou


lâminas em estufas, em prensas para compensados.

Indústria de papel e celulose: cozimento de madeira nos biodigestores,


secagem através de cilindros rotativos, secagem de cola na fabricação de papelão
corrugado.

Curtumes: aquecimento de tanque d’água, secagem de couros, estufas


e prensas.

Indústrias de laticínios: pasteurização, esterilização de recipientes,


fabricação de creme de leite, aquecimento de tanques de água, produção de queijos
e iogurte.
14

Frigoríficos: estufas para cozimento, digestores e prensa para


extração de gordura.

Indústria de doces: aquecimento do tanque de glicose, cozimento da


massa em panela sob pressão e estufas.

Indústria de vulcanização e recauchutagem: estufas para secagem dos


pneus, vulcanização e prensas.

Indústrias químicas: autoclaves, tanques de armazenamento, reatores,


vasos de pressão e trocadores de calor.

Indústria têxtil: tingimento e alvejamento de tecidos e secagem em


estufas.

Indústria de petróleo: refervedores, trocadores de calor, torres de


fracionamento e destilação, fornos, vasos de pressão, reatores e turbinas.

Indústria metalúrgica: banhos químicos, secagem e pintura.

3.2.POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

3.2.1. Características do Ar Atmosférico

MOTA (1997), define o ar como a camada da atmosfera que fica em


contato com a superfície da Terra. Esta camada é denominada troposfera e tem 12
km de espessura.

O ar é um recurso natural indispensável ao homem, aos animais e a


vegetação, sendo portanto, essencial à manutenção da vida na Terra.

Segundo MOTA (1997), o ar atmosférico é constituído por uma mistura


de gases, principalmente nitrogênio (78,10%), oxigênio (20,92%), argônio (0,93%) e
dióxido de carbono (0,03%). Além desses, encontram-se o hidrogênio, o metano, o
óxido nitroso e gases nobres, como o neônio, o hélio e o criptônio. O ar contém
ainda vapor d’água, ozônio, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, amônia,
monóxido de carbono, partículas sólidas em suspensão e outros componentes, em
concentrações variáveis, em função das atividades desenvolvidas pelo homem.
15

A utilização, cada vez mais intensa, desse recurso, tem resultado


muitas vezes em alterações na sua composição, com impactos sobre o homem,
animais, vegetais e materiais.

Diferentemente da água, o homem não pode, com raríssimas


exceções, tratar o ar, para obtê-lo com características adequadas a sua utilização.

3.2.2. Principais Poluentes Atmosféricos

Conforme resolução CONAMA nº 3 de 28/06/90, poluente atmosférico


é qualquer forma de matéria ou energia com intensidade, quantidade, concentração,
tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem
ou possam tornar o ar: impuro, nocivo ou ofensivo a saúde, inconveniente ao bem
estar público; danosos aos materiais, a fauna e flora e prejudicial a segurança, ao
uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.

VIGÂNNICO et al. (1999), enumerou os principais poluentes


atmosféricos e seus efeitos sobre a saúde humana, flora, fauna, ar, água e solo:

• Monóxido de carbono (CO) – principal fonte de emissão é a combustão incompleta


de carvão e petróleo, sendo um dos mais perigosos tóxicos respiratórios;

• Gás carbônico (CO2) – na natureza a fotossíntese e respiração mantêm as


proporções de oxigênio e gás carbônico constante, porém a atividade humana altera
este equilíbrio, produzido por combustões diversas, que acarreta grande contribuinte
do efeito estufa;

• Dióxido de Enxofre (SO2) – formado na combustão do petróleo, do carvão e de


combustíveis fósseis, sendo um dos principais formadores das chuvas ácidas;

• Trióxido de Enxofre (SO3) – também gerado durante a queima de carvão e


produtos de petróleo, fundição de minérios de enxofre, na indústria de papel e polpa
de celulose e em outras operações industriais. O trióxido de enxofre se dissolve
prontamente em água para formar o ácido sulfúrico, que é um ácido capaz de atacar
tecidos respiratórios. Também é um dos responsáveis pelas chuvas ácidas;
16

• Material Particulado (MP) – define-se Material Particulado como uma grande


variedade de sólidos, gotas de líquidos que são aspersos no ar, através do processo
de combustão. O material particulado é a forma de poluição mais comumente
perceptível, pela interferência na visibilidade. Os veículos com motor a diesel emitem
fuligem e materiais particulados na atmosfera. As partículas mais prejudiciais à
saúde são as de diâmetro menor que 5 μm, que chegam aos alvéolos pulmonares,
estas são chamadas de inaláveis;

• Compostos Orgânicos Voláteis (VOC’s – Volatile Organic Compound) – os HCs são


de grande diversidade e sua tendência ao estado sólido aumenta com o número de
carbono e ao estado gasoso diminui com a diminuição do número de carbonos. Os
mais importantes HC são os gases como o metano, tolueno, benzeno e etileno;

• Ozônio (O3) – é um subproduto de reações entre os óxidos de nitrogênio e


hidrocarbonetos. Apenas ocorre a reação fotoquímica na atmosfera, quando a ação
da luz solar é intensa. Nas camadas inferiores da atmosfera, o ozônio exerce função
nociva sobre os vegetais e o próprio homem, em concentrações relativamente
baixas;

• Hidrocarbonetos (HC) – os hidrocarbonetos, que são emitidos pelos veículos e por


combustão incompleta, produzem uma série de substâncias químicas geradas na
atmosfera terrestre em presença de radiação solar. Estas substâncias chamadas
oxidantes fotoquímicas, são o ozônio (O3) e o PAN (peroxiacetil nitrato). A mistura de
(O3), PAN e outros contaminantes do ar, formam o smog fotoquímico. Tais
oxidantes, são removidos da atmosfera por reações, com a vegetação e o solo;

Na tabela 3.1, são apresentados os principais poluentes atmosféricos,


suas origens e conseqüências.

3.2.3. Classificação dos Poluentes Atmosféricos

VIGÂNNICO et al. (1999), classificou os poluentes atmosféricos de


acordo com: origem, estado físico e composição química.

• Quanto à origem os poluentes podem ser primários ou secundários.

Poluente primário: emitido diretamente da fonte para a atmosfera.


17

Poluente secundário: são os formados na atmosfera, através das


reações químicas, através dos poluentes primários entre si e ou com os constituintes
normais da atmosfera, com ou sem reação fotoquímica.

• Quanto ao estado físico, os poluentes podem apresentar na forma de gases,


vapores, poluentes sólidos ou líquidos.

Tabela 3.1– Principais poluentes atmosféricos, origens e conseqüências.


POLUENTE ORIGENS CONSEQÜÊNCIAS
Monóxido de Carbono - Veículos automotores - Afeta a capacidade de
- Combustão incompleta oxigenação da hemoglobina →
do carvão e petróleo asfixia
Óxidos de Enxofre - Queima de combustíveis - Danos ao aparelho respiratório
fósseis - Corrosão do ferro, aço, mármore
- Queima de carvão - Danos às plantas
- Processos industriais (amarelecimento e morte)
- Chuvas ácidas
Óxidos de Nitrogênio - Veículos automotores - Tóxicos ao homem; irritação da
- Processos industriais mucosa; carcinogênicos
- Queima de combustíveis - Danos às plantas
fósseis - Reagem com os hidrocarbonetos
produzindo oxidantes
fotoquímicos
- Chuvas ácidas
Hidrocarbonetos - Veículos automotores - Carcinogênicos
- Processos industriais - Reagem com os óxidos de
- Queima de combustíveis nitrogênio produzindo oxidantes
fósseis fotoquímicos
Oxidantes - Reação dos óxidos de - Irritação severa dos olhos e
Fotoquímicos, nitrogênio com os pulmões
principalmente o hidrocarbonetos, na - Nocivos às plantas
Ozônio presença de luz solar - Deterioração da borracha, de
produtos sintéticos, etc.
Material Particulado - Veículos automotores - Redução da visibilidade
- Processos industriais - Sujeira de roupas, prédios,
monumentos (paisagem)
- Carreiam poluentes tóxicos para
os pulmões
Dióxido de Carbono - Queima do petróleo e do - Efeito estufa
carvão
- Queima da biomassa
- Desmatamento
Gás Sulfídrico - Decomposição - Odor desagradável
anaeróbia
- Indústrias químicas
Clorofluorcarbonos - Refrigeração - Destruição da camada de ozônio
- “Sprays” - Câncer de pele
- Fabricação de espumas - Catarata
plásticas - Danos à vegetação
- Solventes usados na
limpeza de circuitos
eletrônicos
Fonte: MOTA (1997)
18

São gases e vapores CO, CO2, SO2, NO, NO2, H2S, O3,
peroxiacetilnitrato (PAN), peróxido de nitrogênio (H2O3) e aldeidos.

Como partículas sólidas e líquidas temos: poeiras, fumos, névoas e


fumaças.

• Quanto à composição química os poluentes apresentam na forma orgânica ou


inorgânica.

São poluentes orgânicos: hidrocarbonetos – HC

Como poluentes inorgânicos: H2, HF, CO e SO2

FREEDMAN (1995), mostra na tabela 3.2, o tempo de permanência na


atmosfera e concentrações típicas de poluentes do ar.

Tabela 3.2 – Tempo de permanência e concentrações de poluentes.

Poluente Tempo de Concentração típica (ppm)


permanência Ar limpo Ar poluído
SO2 4 dias 0,0002 0,2
H2S < 1 dia 0,0002 -
CO < 3 anos 0,1 40 - 70
NO/NO2 5 dias <0,002 0,2
Hidrocarbonetos - <0,001 -
CO2 2 a 4 anos 340 400
O3 14 a 21 dias 0,03 0,5

Fonte: FREEDMAN (1995) apud MOTA (1997)

3.2.4. Classificação das Fontes Poluidoras do Ar

MOTA (1997), classifica as fontes poluidoras do ar em fontes naturais e


antropogênicas.

As principais fontes poluidoras naturais do ar são:

• Cinzas e gases de emissões vulcânicas: SO2;

• Desnitrificação do nitrato por bactérias no solo e água: NO e NO2;

• Decomposição microbiológica anaeróbica de matéria orgânica: H2S e CH4.

As principais fontes antropogênicas do ar são:


19

• Veículos e motores estacionários a gasolina, diesel, biomassa, gás natural e


álcool: material particulado, monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2),
dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx), ácido clorídrico (HCl), ozônio
(O3) e hidrocarbonetos (HC);

• Processos industriais: material particulado, dióxido de enxofre (SO2), óxidos de


nitrogênio (NO e NO2), gás sulfídrico (H2S), hidrocarboneto (HC), ácido clorídrico
(HCl) e ozônio;

• Queima de dejetos e lixo: material particulado, dióxido de enxofre (SO2), óxidos de


nitrogênio (NOx), e ácido clorídrico (HCl);

• Decomposição anaeróbia de matéria orgânica, presente no lixo, esgoto em


dejetos animais: gás sulfídrico (H2S) e metano (CH4);

• Refrigeração, “sprays” e fabricação de espumas plásticas e sabonetes:


clorofluorcarbono (CFC).

O site GLOBO (2003), informa que os EUA com 290 milhões de


habitantes (5% da população mundial), produz 25% dos poluentes antropogênicos
da terra.

3.2.5. Características dos Poluentes Gasosos

Segundo LORA (2000), as características dos poluentes gasosos


apresentam na forma de compostos nitrogenados e material particulado.

• Compostos Nitrogenados.

Na atmosfera os compostos nitrogenados apresentam-se nas


- - +
seguintes formas: N2O, NO, NO2, NH3, sais de NO3 NO2 e NH4 . Outros óxidos de
nitrogênio tais como: N2O3, N2O4, NO3 e N2O5, encontram-se em concentrações
muito baixas.

O NO2, pode produzir uma névoa de ar amarela ou laranja. O N2O, é


um gás incolor, emitido principalmente, pela queima de combustíveis sólidos.
20

Os óxidos de nitrogênio NOx, são produzidos por fontes naturais como


os relâmpagos, atividade mineradora no solo, a oxidação da amônia e processos
fotolíticos ou biológicos nos oceanos. A isto acrescentam-se fontes antropogênicas
como a queima de combustíveis fósseis e de biomassa. Ao mesmo tempo, a fim de
manter um balanço global, existem “sumidouros” de NOx, como as precipitações e a
deposição seca.

Considera-se material particulado qualquer substância, à exceção da


água pura, que existe como líquido ou sólido na atmosfera e tem dimensões
microscópicas ou submicroscópicas, porém maiores que as dimensões moleculares.
Os particulados presentes na atmosfera classificam-se em: finos, com diâmetro dp<
2,5 μm, e grossos, com diâmetro dp> 2,5 μm.

O tempo de residência dos particulados na atmosfera inferior é de


alguns dias a uma semana. O mecanismo de remoção dos mesmos são:
sedimentação e impacto em superfícies e deposição úmida. A matéria orgânica
particulada é constituída por compostos perigosos à saúde, especialmente o PAH
(hidrocarbonetos aromáticos policíclicos), cujo efeito cancerígeno em animais é
comprovado.

3.2.6. Níveis de Concentrações dos Poluentes Atmosféricos

Na tabela 3.3, são apresentadas as concentrações médias de


poluentes no ar limpo e contaminado.

Tabela 3.3 – Concentração média de poluentes no ar limpo e contaminado

Concentração, ppb
Poluente
Ar limpo Ar contaminado
SO2 1-10 20-200
CO 120 1.000-10.000
NO 0,01-0,05 50-750
NO2 0,1-0,5 50-250
O3 20-80 100-500
Fonte: LORA (2000)

É interessante destacar a alta concentração de poluentes no interior de


moradias nos países em desenvolvimento, produto do uso da lenha para cocção de
alimentos em fogões pouco eficientes.
21

De acordo com a UNEP (1991), a concentração em diferentes


ambientes adotados são:

• Óxidos de Nitrogênio (NOx)

Interiores (casas rurais nos países em desenvolvimento): 100 a 400 μg/m3;

Interiores (casas nos países desenvolvidos): 10 a 100 μg/m3;

Locais públicos: 20 a 150 μg/m3.

• Monóxido de Carbono (CO)

Interiores (casas rurais nos países em desenvolvimento): 10 a 50 mg/m3;

Interiores (casas nos países desenvolvidos): 5 mg/m3;

Áreas de tráfego pesado: 10 mg/m3;

Garagens subterrâneas e túneis: 100 mg/m3;

Locais públicos, onde é permitido fumar: 3 a 30 mg/m3.

• Material Particulado em Suspensão (MPS)

Interiores (casas rurais nos países em desenvolvimento): 300 a 14000 mg/m3;

Interiores (casas nos países desenvolvidos): 30 a 100 mg/m3;

Locais públicos: 50 a 70 mg/m3.

3.2.7. Conversão de mg/m3 para ppm

De acordo com CALINESW (2003), a conversão de unidades de


concentração de mg/m3 para ppm é feita através da equação (3.1).

0 , 0341. h ( m )
m 3 T ( K ) 1 kmol
C ( ppm) = 22,4 . . .e T (K )
(3.1)
kmol 273K PMS kg

Onde:

h = altitude local (m)


22

T = Temperatura ambiente (K)

PMS = Peso molecular da substância (kg).

Aplicando a equação (3.1) em Campo Grande – MS, onde a


temperatura média ambiente durante as medições foi de 32ºC, e altitude de 540m, o
valor de 1mg/m3 equivale a:

CO = 0,956 ppm

CO2 = 0,609 ppm

NO = 0,893 ppm

NO2 = 0,582 ppm

NOx = 1,475 ppm

SO2 = 0,418 ppm

O3 = 0,558 ppm

Para o NOx a relação entre mg/Nm3 e ppm é:

NOx (mg/Nm3) = 1,234 ppm.

3.2.8. Padrões de Qualidade do Ar

Segundo DERISIO (1992), “Um padrão de qualidade do ar define


legalmente um limite máximo para a concentração de um componente atmosférico,
que garanta a proteção da saúde e do bem estar das pessoas”. Nos Estados
Unidos, a EPA-NAAQS (1996) desenvolveu a tabela 3.4, que apresenta os padrões
de concentrações máximos de poluentes no ar ambiente.

Os limites máximos permitidos de poluentes nas emissões gasosas de


usinas termelétricas, para diversos tipos de combustíveis, segundo o Banco Mundial,
são mostrados na tabela 3.5.

No Brasil, o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, pela


resolução nº 3, de 28/06/90, estabeleceu na tabela 3.6, os padrões de qualidade do
ar.
23

Os dados mencionados incluem as normas relativas a padrões


primários e secundários. Os padrões primários podem ser entendidos como níveis
máximos toleráveis atmosféricos que se ultrapassados, podem afetar a saúde da
população.

De acordo com DERISIO (1992), os padrões de qualidade do ar para o


Estado de São Paulo (Decreto Estadual nº 8468, de 08/09/76), mostrado na tabela
3.7.

Tabela 3.4 – Padrões de concentrações máximas de poluentes no ar ambiente


conforme EPA-NAAQS

Poluente Concentração máxima permissível


SO2 Média em 24 horas 0,14 ppm (365 μg/m³)
Média anual 0,03 ppm (80 μg/m³)
Ozônio Média em 1 hora 0,12 ppm
Média em 8 horas 0,08 ppm
NO2 Média anual 0,53 ppm (100 μg/m³)
CO Média em 1 hora 35 ppm (40 μg/m³)
Média em 8 horas 9 ppm (10 μg/m³)
PTS - Particulados totais em suspensão Média em 24 horas 260 μg/m³
Média anual 75 μg/m³
PM10 - Partículas com dimensões menores Média em 24 horas 150 μg/m³
que 10 μm Média anual 50 μg/m³
PM2,5 - Partículas com dimensões menores Média em 24 horas 65 μg/m³
que 2,5 μm Média anual 15 μg/m³
Chumbo Média em 4 meses 1,5 μg/m³

Fonte: EPA – NAAQS (1996) apud LORA (2000).

Tabela 3.5 – Limites máximos de poluentes atmosféricos nas emissões


gasosas de usinas termelétricas.

Combustível

Poluente (*)
Carvão Óleo Diesel Óleo Gás (*)
3 3 3
(mg/Nm ) (mg/Nm ) (mg/Nm ) (mg/Nm3)

Material Particulado 50 50 50 50

NOx 750 165 300 125

SOx 2000 2000 2000 2000

(*) Limites estabelecidos para usinas acionadas por turbinas convencionais.


Fonte: WORLD BANK (1997/98)
24

Tabela 3.6 – Padrões de qualidade do ar segundo resolução CONAMA nº 3 de


28/06/90

Poluentes Tempo de Padrão Padrão Método de medição


amostragem primário, secundário,
(μg/m³) (μg/m³)
Partículas 24 horas (1) 240 150 Amostrador de
totais em grandes volumes
MGA (2) 80 60
suspensão
Dióxido de 24 horas (1) 365 100 Parosanilina
enxofre
MAA (3) 80 40
Monóxido de 1 hora (1) 40 (35 ppm) 40 (35 ppm) Infravermelho não
carbono disperso
8 horas (1) 10 (9 ppm) 10 (9 ppm)

Ozônio 1 hora (1) 160 160 Quimiluminescência


Fumaça 24 horas (1) 150 100 Refletância
MAA (3) 60 40
Partículas 24 horas (1) 150 150 Separação
inaláveis inercial/filtração
MAA (3) 50 50
Dióxido de 1 hora (1) 320 190 Quimiluminescência
nitrogênio
MAA (3) 100 100
(1) Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.
(2) MGA - Média geométrica anual.
(3) MAA - Média aritmética anual

Fonte: CONAMA Res. 3 (28/06/90)

Tabela 3.7 – Padrões de qualidade do ar para o Estado de São Paulo, segundo


o Decreto Estadual nº 8468 de 08/09/76
Poluente Tempo de Padrão Método de medição
amostragem (μg/m³)
Partículas totais em suspensão 24 horas 240 Amostrados de grandes
MGA (2) 80 volumes
Dióxido de enxofre 24 horas (1) 365 Parosanilina
MAA (3) 80
Monóxido de carbono 1 hora (1) 40 Infravermelho não
8 horas (1) 10 dispersivo
Oxidantes fotoquímicos (como 1 hora (1) 160 Quimiluminescência
ozônio)
(1) Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.
(2) Média geométrica anual.
(3) Média aritmética anual

Fonte: DERISIO (1992)


25

Segundo a CETESB (1998), no Relatório de Qualidade do Ar no


Estado de São Paulo, observado no tabela 3.8, normatiza a estrutura de qualidade
do ar, quanto a concentração de poluentes atmosférico ambiental.

Tabela 3.8 – Qualidade do Ar adotado pela CETESB no Estado de São Paulo


Dióxido de Enxofre (SO2)
Faixa de Concentração Qualidade do ar Padrão (CONAMA)
(μg/m3)
0-80 Boa
Atende ao padrão
81-365 Regular
366-800 Inadequada
801-1600 Má
Não atende ao padrão
1601-2100 Péssima
>2101 Crítica
Faixa de Concentração Partículas Inaláveis (MP10)
(μg/m3)
0-50 Boa
Atende ao padrão
51-150 Regular
151-250 Inadequada
251-420 Má
Não atende ao padrão
421-500 Péssima
>501 Crítica
Faixa de Concentração Dióxido de Nitrogênio (NO2)
(μg/m3)
0-100 Boa
Atende ao padrão
101-320 Regular
321-1130 Inadequada
1131-2260 Má
Não atende ao padrão
2261-3000 Péssima
>3001 Crítica
Faixa de Concentração Monóxido de Carbono (CO)
(ppm)
0-4,5 Boa
Atende ao padrão
4,6-9,0 Regular
9,1-15,0 Inadequada
15,1-30,0 Má
Não atende ao padrão
30,1-40,0 Péssima
>40,1 Crítica
Faixa de Concentração Ozônio (O3)
(μg/m3)
0-80 Boa
Atende ao padrão
81-160 Regular
161-200 Inadequada
201-800 Má
Não atende ao padrão
801-1000 Péssima
>1001 Crítica
Fonte: CETESB (1998)

3.3.EFEITOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

O problema da poluição do ar é intenso nas grandes cidades,


especialmente naquelas localizadas nos países em desenvolvimento. Segundo a
26

Organização Mundial da Saúde – OMS, dados obtidos no Sistema Global de


Monitoramento Ambiental – GEMS, 1,6 bilhões de pessoas correm riscos de saúde
em conseqüência da poluição do ar.

Segundo LORA (2000), a geração de energia e a metalurgia


constituem as atividades econômicas que contribuem com maior quantidade de
poluentes gasosos à atmosfera.

Principais efeitos da poluição do ar: Danos à saúde de seres humanos


e animais, danos à vegetação, danos aos materiais, alterações do clima, visibilidade
e radiação solar.

VIGÂNNICO et al. (1999) compilou resumidamente os principais efeitos


da poluição atmosférica:

Efeitos na saúde humana: apresentam na forma de irritantes


pulmonares e asfixiantes.

Irritantes pulmonares: atacam pulmões e trato respiratório (O3, SO2,


Cl2, NOx).

Asfixiantes: causam asfixia, quando em grande quantidade (CO, H2S).

Efeitos na vegetação: Alteram a fotossíntese e destroem as folhas


(particulados e SO2).

Efeitos nas edificações: Corroem metais, atacam mármores e paredes


(SO2, Cl2, NOx).

3.3.1. Danos a Saúde Humana

MAIA (1999), informa que o consumo de ar por uma pessoa adulta


pode variar entre 6 l/min em repouso e 90 l/min, se esta mesma pessoa estiver
submetida a um grande esforço físico.

A tabela 3.9 apresenta o consumo de ar pelo homem, em algumas


situações.
27

Junto com o ar entram no organismo os particulados e outros


poluentes gasosos, os quais podem afetar os pulmões e outros órgãos do sistema
respiratório. Os efeitos ambientais dos poluentes dependem: do tipo e quantidade de
poluentes, da duração da exposição, do estado de saúde, idade, e nível de atividade
da pessoa exposta. Alguns poluentes provocam: dor de cabeça, cansaço, náusea e
irritação nos olhos, nariz e garganta. Os poluentes podem fazer com que o sistema
respiratório fique mais sensível à asma. A taxa de mortalidade aumentou em 40 à
60%, nos últimos 10 anos, em países como Austrália, Canadá, França, Grã-
Bretanha e Estados Unidos.

Tabela 3.9 – Consumo de ar pelo homem de acordo com a atividade física

VOLUME CONSUMO
ESTADO TRABALHO AR RESP OXIGÊNIO
l/min l/min
Descansando Deitado 6 0,25
Sentado 7 0,30
Em pé 9 0,40
Trabalho leve Andando 3,2 Km/h 16 0,70
Nadando devagar 0,9 Km/h 18 0,80
Trabalho médio Andando a 6,5 Km/h 27 1,2
Nadando a 1,6 Km/h 30 1,4
Trabalho pesado Nadando a 1,85 Km/h 40 1,8
Pedalando a 21 Km/h 45 1,85
Correndo a 13 Km/h 50 2,0
Trabalho Nadando a 2,2 Km/h 60 2,5
pesadíssimo Correndo a 15 Km/h 65 2,6
Subindo 100 degraus p/ min. 80 3,2
Correndo morro acima 95 4,0

Fonte: MAIA (1999)

3.3.2. Efeitos dos Poluentes Gasosos

Os efeitos sobre a saúde humana, devido a presença de monóxido de


carbono (CO) e óxidos de nitrogênio (NOx), segundo LORA (2000) são:

O monóxido de carbono (CO) é um poluente altamente tóxico, pois


afeta a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Este composto reage com a
hemoglobina do sangue, obtendo-se como resultado uma substância denominada
carboxihemoglobina (COHb). A afinidade da hemoglobina pelo CO, é 210 vezes
maior que pelo oxigênio. Cerca de 5% de carboxihemoglobina no sangue provoca
alterações nervosas e de comportamento, assim como alterações no funcionamento
28

do miocárdio. Na figura 3.6, nota-se o efeito do CO, sobre a saúde humana em


função da percentagem de carboxihemoglobina formada e o tempo de exposição do
gás.

100
Morte
Porcentagem de carboxihemoglobina

50 Coma 600 ppm


Vomito, colapso
Dor de cabeça latejante 300 ppm
Dor de cabeça,
Concentração 100 ppm
mental reduzida
10

5 30 ppm

15 ppm

Sem sintoma
1
0,1 1 10 100
Exposição (hr)
Figura 3.6 – Efeito do CO sobre a saúde humana
Fonte: SEINFELD (1986) apud LORA (2000)

Os óxidos de nitrogênio (NOx) aumentam a suscetibilidade às infecções


bacterianas nos pulmões. A exposição por longo tempo em concentrações de 1ppm,
provoca irritação dos alvéolos pulmonares com sintomas semelhantes ao enfisema
pulmonar. Os óxidos de nitrogênio (NOx), estão envolvidos no surgimento de
diversas condições patológicas, como impotência masculina, diabetes, supressão da
imunidade, hipertensão, câncer, processos alérgicos e inflamatórios e, problemas
cardíacos.

3.3.3. Danos à Vegetação

Os poluentes que causam danos à vegetação, são denominados


fitotóxicos. Entre eles, os mais severos são: SO2, peroxiacetil nitrato (PAN), eteno e
29

ozônio. Outros menos severos são: cloro, ácido clorídrico, amônia e mercúrio. Os
poluentes penetram nas plantas através da respiração normal, provocando a
destruição da clorofila e a interrupção da fotossíntese. Os sintomas dos danos
causados pelos poluentes, geralmente, manifestam-se na superfície das folhas.

MC LEAN (1975), mostra na figura 3.7, o efeito dos dióxidos de


nitrogênio (NO2), sobre as plantas.

Dias
0,01 0,1 1,0 10 100
1000

1000
Morte
Concentração de NO , ppm

Concentração de NO2 , mg/m³


100

100
2

10

10
Limia
r de
lensõ
1,0 es fo
liares
Efeitos m 1,0
etab ólicos e
d e crescim
ento
0,1
0,1 1,0 10 100 1000 10.000
Duração da exposição, h

Figura 3.7 – Efeito dos óxidos de nitrogênio (NO2) sobre as plantas


Fonte: MCLEAN (1975) apud LORA (2000)

3.3.4. Danos aos Materiais

Segundo LORA (2000), o ozônio (O3) e o peroxiacetil nitrato (PAN),


atacam a borracha sintética, os tecidos e as tintas. Os pneus são construídos de
borracha com aditivos antioxidantes para protegê-los da ação dos poluentes. As
estátuas mais famosas do Parthernon – as Cariátidas – foram levadas a um museu
com condicionamento de ar para a preservação. Em seu lugar foram colocadas
réplicas de fibra de vidro e resina epóxica. O Taj Mahal, em Agra, Índia, é outro
30

monumento da humanidade que corre o risco de danos, como produto da poluição


do ar.

As tintas usadas na pintura artística perdem a cor se submetidas a


concentrações de ozônio típicas do smog fotoquímico das grandes cidades. Outros
materiais utilizados com fins artísticos, tais como, tecidos, celulose e polímeros,
também são afetados por altas concentrações de ozônio. Para o ar dos museus,
recomenda-se que a concentração destes poluentes não ultrapasse 0,001 ppm.
Sistemas de filtragem com carvão ativado e redução da freqüência de troca de ar
nos sistemas de ventilação, são utilizados a fim de reduzir as concentrações de
ozônio em museus e galerias.

3.3.5. Alterações do Clima, Visibilidade e Radiação Solar

As alterações das propriedades da atmosfera em regiões urbanas, com


alta poluição do ar, é comum verificar a redução da visibilidade, formação de névoa,
redução da intensidade de radiação solar e a alteração da distribuição das
temperaturas e do vento.

Devem-se considerar, principalmente, alterações pela interação da luz


com partículas em suspensão (reflexão e absorção). A diminuição da intensidade de
radiação solar direta, devida a uma camada de ar poluído, é de 10 a 20% (por
dispersão de luz).

3.3.6. Episódios de Poluição Atmosférica

Consideram-se episódios de poluição atmosférica, situações


caracterizadas por altas concentrações de particulados durante um período
determinado, provocando aumento de mortalidade em valores acima da média.

De acordo com LORA (2000), os episódios mais importantes


relacionados com o controle de poluição, são os seguintes:

• Ano 1852 – registram-se em Londres doenças respiratórias causadas pela


queima de carvão para calefação;

• Ano 1873 – dados de médicos ingleses indicaram “mortes em excesso”


associadas a períodos de intenso smog;
31

• 1880, 1891, 1922, 1939 – registros de “mortes em excesso” em Londres em


situações de poluição intensa;

• 1926 – o serviço público de saúde dos EUA, realizam medições da concentração


de particulados em sete grandes cidades. Foram observados valores de até 3600
μg/m3. Atualmente, a norma da EPA, fixa em 75 μg/m3 o valor médio anual
permitido;

• 1948 – Donora, USA; observou-se uma concentração alta de particulados e


névoas, sem dissipação no período de 25 a 31 de Outubro. Como resultado houve
20 mortes e 1.440 pessoas afetadas severamente;

• 1952 – Londres: 4.000 mortes em conseqüência da poluição do ar durante um


período de 4 dias. A concentração de SO2 alcançou 3.510 μg/m3. Como forma de
comparação, o padrão EPA-NAAQS (1996), é 365 μg/m3, como valor máximo médio
diário e 80 μg/m3, como valor médio anual;

• 1966 – alta concentração de SO2 e particulado em Nova York, provoca 168


mortes;

• 1984 – Bhopal Índia. Um vazamento de metil-isocianato de uma fábrica de


pesticida provocou a morte de aproximadamente, 2.500 pessoas;

• 1986 – reconhecimento da ocorrência de sérios problemas ambientais nos países


do leste europeu e na antiga União Soviética. Mais de 100 milhões de pessoas
nesses países moram em regiões com uma concentração de poluente de 5 a 10
vezes maior que a permitida nos padrões nacionais. Em algumas cidades da
República Checa em 1993 a concentração de SO2, atingiu valores na faixa entre 400
e 800 μg/m3;

• 1985 Cubatão SP – nos anos 50 a região de Cubatão, foi selecionada para a


implantação de um pólo industrial, pois considerou-se uma região vantajosa, devido
ao fácil acesso ao maior centro industrial do País, a cidade de São Paulo, e ao Porto
de Santos, mais de 30 grandes indústrias, tais como, petroquímica, siderúrgicas,
fertilizantes etc.
32

Segundo ALVES (1996), a região de Cubatão chegou a ser chamada


de “vale da morte”. Em 1985 aconteceu lá, o maior acidente industrial da história, no
Brasil – o rompimento e incêndio de um duto de gasolina da Petrobrás, na Vila Socó.
Oficialmente, registraram-se 99 mortes, porém algumas ONGs, mencionam cifras de
500 desaparecidos.

Em 1984, começou a ser implantado pela CETESB – Agência


Ambiental de São Paulo, o Programa de Controle de Poluição de Cubatão. Segundo
BRITO (1996), após a realização de investimento em equipamentos e tecnologias de
controle da poluição, considera-se que, aproximadamente, 90% da poluição estão
controladas.

O problema mais importante sobre a situação atual na região é a


concentração de particulados inaláveis e em suspensão na Região de Vila Parisi –
um bairro nas proximidades do parque industrial (190 μg/Nm3 e 200μg/Nm3,
respectivamente).

Em 1984, durante o inverno, a cidade de Cubatão entrou 16 vezes em


estado de alerta. Em 1995, a CETESB, determinou a paralisação de indústrias em 8
ocasiões.

A Res.3 do CONAMA de 28/06/90, também estabeleceu os critérios


para episódios agudos de poluição, conforme nota-se na tabela 3.10.

Tabela 3.10 – Critérios para episódios agudos de poluição do ar.

Parâmetro Níveis
Atenção Alerta Emergência
Dióxido de enxofre SO2, μg/m³ - 24h 800 1.600 2.100
Partículas totais em suspensão, μg/m³ - 24h 375 625 875
SO2 x PTS 65.000 261.000 393.000
Partículas inaláveis, μg/m³ - 24 h 250 420 500
Fumaça, μg/m³ - 24 h 250 420 500
Monóxido de carbono, ppm - 8 horas. 15 30 40
Ozônio, μg/m³ - 24 h 400 800 1.000
Dióxido de nitrogênio, μg/m³ - 1 h 1.130 2.260 3.000

Fonte: CONAMA – Res. 3 (28/06/90)

3.3.7. Impacto de Caráter Regional

Inversão térmica é o principal impacto de caráter regional.


33

A renovação do ar se dá, através de um fenômeno conhecido como


convecção. Uma das características meteorológicas mais importante na dispersão
de poluentes do ar é a estabilidade atmosférica, a qual está associada aos
movimentos ascendentes e descendentes de volume de ar.

MOTA (1997), afirma que em condições normais, a temperatura


decresce com a altura, ficando as camadas mais frias sobre as camadas mais
quentes. Ocorre uma renovação natural, com o ar mais quentes (mais leve) subindo
e o ar mais frio (mais pesado) descendo, conforme figura 3.8.

Figura 3.8 – Condições normais sem Figura 3.9 – Condições na


inversão térmica ocorrência de inversão térmica
Fonte: MOTA (1997) Fonte: MOTA (1997)

Inversão térmica, inversão de temperatura ou inversão de camada


ocorre nos grandes centros urbanos, onde, devido a fenômenos meteorológicos, que
dependem da velocidade do vento, da turbulência atmosférica, da insolação, do
gradiente de temperatura e da precipitação, essa situação pode alterar-se, de modo
que a temperatura aumenta ao invés de diminuir, com a altitude. Nessas situações, é
dificultado o movimento do ar para cima, não ocorrendo a dispersão vertical dos
poluentes que tendem a concentrar-se na superfície da Terra, agravando a poluição,
de acordo com a figura 3.9.

Segundo DERÍSIO (1992), na região Metropolitana de São Paulo, as


inversões mais prejudiciais às dispersões de poluentes ocorrem durante os meses
34

de maio a agosto, principalmente ao longo da noite e da madrugada, e durante


grande número de horas consecutivos.

3.3.8. Impactos de Caráter Global

Os fatores agravantes da poluição atmosférica de caráter global,


segundo MOTA (1997) são: efeito estufa, destruição da camada de ozônio, chuvas
ácidas e smog fotoquímico.

Efeito Estufa: grande parte dos raios solares alcança a terra, sendo
uma parcela refletida antes de atingir a superfície. A parte da radiação que não é
refletida, é posteriormente reemitida pela Terra, sob a forma de calor. A presença de
alguns gases na atmosfera, principalmente o CO2, torna o mesmo opaca à radiação
térmica que tenta sair do espaço, devolvendo-a à Terra, ocasionando o aquecimento
global, fenômeno conhecido como efeito estufa. A figura 3.10, mostra o fenômeno de
maneira simplificada.

Segundo GOLDEMBERG, (1989), os poluentes responsáveis pelo


efeito estufa são:

• dióxido de carbono (CO2): com 55% do fenômeno;

• metano (CH4): 13% do fenômeno;

• clorofluorcarbono (CFC): 20% do fenômeno;

• óxido nitroso (N2O), ozônio (O3) e outros: 10% do fenômeno.

As atividades antropogênicas que mais contribuem para o efeito estufa


são: produção de energia (57%), uso de clorofluorcarbonos (17%), agricultura (14%),
anodoficações no uso do solo e desmatamento (9%) e indústria (3%).

A seguir, são apresentados alguns impactos causados pelo efeito


estufa.

Elevação da temperatura: conforme SILVER & DEFRIES (1994), desde


1860, a terra já está comprometida com um aumento de 0,5 a 1,5 ºC, na sua
temperatura média. Segundo modelos de circulação atmosférica prevêm que com a
35

concentração de CO2, atingindo 600 ppmv (dobro do início do século passado), a


temperatura média ambiente na terra subirá de 1,5 a 4,5 ºC, devido ao efeito estufa.

Figura 3.10 – Efeito estufa e poluentes envolvidos


Fonte: MOTA (1997)

Alterações nas precipitações pluviométricas: com a remoção da


cobertura vegetal, o efeito estufa poderá causar o aumento de chuva em algumas
regiões e a diminuição em outras, que repercutirão na agricultura, umidade do solo e
no ciclo hidrológico, com impactos sobre a população.

Elevação do nível do mar: o aumento da temperatura da superfície


terrestre derreterão as geleiras polares, liberando água, e quando os oceanos
começam a absorver o calor adicional do ar sobre ele, a água se expandirá e elevará
o nível do mar. Durante o século passado, o nível do mar já havia elevado 15 cm.
36

• Destruição da Camada De Ozônio

LORA (2000), afirma que o ozônio (O3) é um gás azulado resultante da


reação entre o oxigênio atômico e o molecular, de acordo com a reação química
dada pela equação (3.2)

O + O2 + M ↔ O3 + M (3.2)

Onde: M - terceiro corpo, geralmente uma molécula de N2 ou O2, que


absorve a energia da reação e estabiliza o O3.

O ozônio, em altas concentrações, mais próximo do solo, na troposfera,


causa danos a saúde humana tais como: doenças respiratórias, irritação nos olhos,
tosse e inflamações. Já na estratosfera, ele acumula quase na totalidade, que vai
dos 20 aos 50 km, ele é benéfico, pois funciona como filtro, retendo a perigosa
radiação ultravioleta - UV.

Segundo MOTA (1997), os clorofluorcarbonos CFCs, não reagem com


a atmosfera, mas decompostos pela radiação ultravioleta na estratosfera, liberam o
cloro, que destrói o ozônio.

O buraco na camada de ozônio tem sido constatado principalmente, na


Antártida, onde as condições meteorológicas contribuem para a composição química
das nuvens, além das baixas temperaturas, são favoráveis às reações químicas
causadoras da destruição da camada de ozônio.

De acordo com SILVER & DEFRIES (1994), embora a composição


química incomum das nuvens polares estratosféricas tenha tornado a camada de
ozônio da Antártida mais vulnerável do que o resto da atmosfera, existe a
possibilidade de que reações químicas semelhantes possam vir a ocorrer em
latitudes mais quentes. A destruição da camada de ozônio permite o aumento da
radiação ultravioleta à Terra, causando graves impactos, tais como:

• danos à saúde humano: câncer de pele; enfraquecimento do sistema imunológico


do organismo e incidência de catarata;
37

• danos às plantas: redução do crescimento; diminuição do tamanho das folhas;


maior susceptibilidade às pragas, doenças, pestes e qualidade inferior das
sementes;

• destruição do fitoplâncton, com impactos sobre a cadeia alimentar marinha.

• Chuvas Ácidas

As águas das chuvas são, normalmente, levemente ácidas, com pH,


aproximadamente, igual a 5,65, devido à dissolução de gases, especialmente o CO2.

O lançamento de gases na atmosfera, a partir de fontes poluidoras do


ar, principalmente, o SO2, e dos óxidos de nitrogênio NOx, contribui para aumentar a
acidez das águas, formando as chuvas ácidas.

Esses compostos na atmosfera, são transformados em sulfatos e


nitratos e, pela combinação com o vapor d’água, em ácidos sulfúrico e nítrico, os
quais provocam as chuvas ácidas, assim entendidas aquelas cujo pH seja inferior a
5,65. Quimicamente ocorre as reações; apresentadas nas equações 3.3, 3.4, 3.5 e
3.6.

SO2 + ½ O2 = SO3 (3.3)

H2O + SO3 = H2SO4 (3.4)

NO + ½ (O2) = NO2 (3.5)

H2O + 3H2O ↔ NO + 2HNO3 (3.6)

Segundo HAAG (1985), os principais efeitos das chuvas ácidas são:

Diminuição do pH das águas superficiais e subterrâneas, com os


seguintes impactos: prejuízo ao abastecimento humano e outros usos; declínio da
população de peixes; solubilidade do alumínio e metais pesados, como o cádmo,
zinco, chumbo e cobre e redução de certos grupos de zooplâncton.

A seguir, apresentam-se alguns impactos causados pela chuva ácida:


38

• Danos à vegetação: amarelecimento das folhas; desfolhamento prematuro;


diminuição do crescimento e da produtividade e morte das plantas;

• Impactos sobre o solo: alteração da química do solo; a elevação da acidez do


solo libera alguns metais pesados e alumínio, tornando-os mais solúveis; pode
impedir as atividades de microorganismos, influindo nos processos de decomposição
e nitrificação;

• Corrosão de monumentos históricos, estátuas, edificações, obras de artes e


outros materiais.

• Smog Fotoquímico

A Revolução Industrial tem sido centro da causa do incremento de


poluente na atmosfera nos últimos 3 séculos.

Antes de 1950, segundo AMBIENTE GLOBAL (2003), a maior parte do


danos poluentes eram oriundos da queima de carvão para a geração de energia,
aquecimento, alimentação e transporte. Sob certas condições, a fumaça pode
combinar com a fog para produzir o smog (termo que vem do inglês e deriva das
palavras smoke = fumaça e fog = nevoeiro). Em altas concentrações o smog pode
ser extremamente tóxico para os humanos e outros organismos vivos.

3.3.9. Atividades Industriais e Meio Ambiente

A LEI FEDERAL n.º 6938 de agosto de 1981, que descreve sobre a


Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismo de formulação e
aplicação no Brasil, define meio ambiente como o conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e
rege a vida em todas as suas formas.

A mesma Lei Federal define como poluidor no seu art. 3º, inciso IV, a
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direto ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.

CASTRO et al (1998), afirmou que a partir da década de 80, começou


a tomar forma a Legislação Ambiental, tendo como referência uma tendência
39

mundial, cujo aspecto mais importante é o desenvolvimento industrial e a


preservação ambiental. Neste período, empresas dos países desenvolvidos de
setores mais vulneráveis, procuram encontrar conjunturas, e resultados favoráveis
para atender as suas pendências, em virtude da pressão da sociedade civil,
principalmente de grupos ambientalistas bem organizados.

GOMES (2003), apontou a necessidade de se fomentar pesquisas e


formação de recursos humanos na área de Engenharia Ambiental como uma
realidade mundial, mas no Brasil, ainda existe uma grande deficiência de centros de
ensino e pesquisa com esta finalidade. Isto coloca o país em desvantagem, quanto
ao desenvolvimento de tecnologias limpas, visando a redução e o controle da
poluição. A crescente deterioração da qualidade de ar nos centros urbanos
representa um problema de extrema relevância na questão do meio ambiente. O
efeito da poluição atmosférica nas grandes cidades brasileiras provoca enormes
danos, tanto pessoais, quanto materiais. Entretanto, entendemos que no Brasil a
Legislação Ambiental, surgiu inicialmente mais por exigências dos órgãos
financiadores internacionais, e posteriormente como parte das informações
fornecidas por uma atividade poluidora aos sistemas de licenciamento ambiental, até
ser incorporada finalmente, como um instrumento de execução da Política Nacional
de Meio Ambiente. No Brasil, a constituição de 1988 confirmou a tendência à maior
regulamentação ambiental para que as empresas pudessem obter autorização para
o funcionamento de seus projetos. Essa tendência também foi progressivamente
seguida pelos Estados e Distrito Federal. A partir desse momento, passou a existir
um instrumento jurídico concedendo a qualquer cidadão brasileiro, o direto de
interferir nos processos de degradação ambiental. Todas as atividades realizadas
pelo homem têm impacto sobre o meio ambiente. Devemos tentar reduzir este
impacto e mantê-lo dentro dos parâmetros sustentáveis. Os impactos incluem os
efeitos das atividades industriais na saúde humana, vida animal, vegetal e materiais
de construção. As áreas do meio ambiente a serem consideradas, são a atmosfera,
o solo e as águas subterrâneas e de superfície.

De acordo com LORA (2000), uma análise da distribuição por fontes de


emissão nos EUA, concluiu que mais de 75% de emissões totais de CO, têm como
fonte o transporte automotivo.
40

Centrais termoelétricas e incineradoras de resíduos são considerados


grandes emissores de poluentes. Nos incineradores, além de particulados, SO2 e
NOx emitidos pelas centrais termoelétricas, existem dioxinas, furanos, vapores de
mercúrio e outros compostos ácidos.

Esses aspectos ambientais devem ser considerados em programas de


controle da poluição, principalmente quando da definição da localização de fontes
poluidoras de ar. Quanto mais forem conhecidas as condições meteorológicas,
melhor se poderá estimar a poluição do ar e adotar medidas, visando ao seu
controle preventivo e corretivo.

Toda atividade que possa causar significativa degradação do meio


ambiente deve ser precedida de estudo, o qual deve identificar e avaliar os impactos
positivos e negativos sobre o meio físico, biológico e antrópico de suas áreas de
influência e propor medidas mitigadoras para as conseqüências adversas e de modo
a incrementar os seus benefícios.

Os usos do ar devem ser feitos de modo a não provocar mudanças em


sua composição, que resultem em prejuízo à saúde e ao bem estar do homem, para
tal devemos atentar:

• a necessidade de rigorosos estudos de impacto ambiental antes da implantação


de uma ou várias indústrias numa região;

• as dificuldades na definição dos responsáveis pela disposição inadequada dos


resíduos industriais e de altos custos dos trabalhos de remediação em lixos
industriais;

• a trágica conseqüência para a mata nativa com altos índices de poluição


ambiental, e o perigo de acidentes de grande parte por deslizamento de terra das
encostas desmatadas (válido para regiões de morraria);

• as conseqüências de acidentes e altos índices de poluição em regiões


provocadas pela população carente, nas mediações de empresas industriais;

• o pouco interesse de algumas empresas em investir em sistemas de controle da


poluição do ar e na manutenção dos mesmos em operação;
41

• o descaso real dos órgãos do governo para com situações ambientais críticas e
a utilidade das demandas judiciais contra as empresas, por parte de entidades
ambientalistas e da população, para a solução das mesmas.

3.4.ÓLEO COMBUSTÍVEL

3.4.1. Classificação dos Óleos

Os combustíveis líquidos industriais mais importantes são chamados


óleos residuais e fazem parte da norma CNP - CONSELHO NACIONAL DO
PETRÓLEO (1982), conforme res. 09/82, revisada em 03/86, assim classificados:

Óleo combustível tipo A (BPF - Baixo ponto de fluidez), óleo


combustível tipo B (APF - Alto ponto de fluidez), óleo combustível tipo C (OC-4), óleo
combustível tipo D (BTE - Baixo teor de enxofre), óleo combustível tipo E, óleo
combustível tipo F, óleo combustível tipo G (ultraviscoso) e óleo combustível tipo H
(ultraviscoso).

TORREIRA (1995), apresenta na tabela 3.11, mostra a faixa segura de


temperatura operacional em tanque de armazenagem de óleo combustível.

Tabela 3.11 – Faixa segura de temperatura operacional em tanque de


armazenagem de óleo combustível.
TIPO DE ÓLEO COMBUSTÍVEL TEMPERATURA MÍNIMA °C TEMPERATURA MÁXIMA °C
1A 30 55
1B 30 60
2A 30 60
3A 40 75
Fonte: TORREIRA (1995)

3.4.2. Óleo Combustível

TORREIRA (1995), estabelece que a origem do petróleo deve-se a


decomposição da vida marinha, seja animal, como vegetal. Durante as várias eras
geológicas, o mar tem coberto parcialmente os atuais continentes. Isto permitiu a
acumulação de carcaças de animais marinhos, e matéria vegetal durante milhões de
anos. A pressão e o calor causado pelo movimento da crosta terrestre transformou
estes depósitos existentes nas rochas e área embaixo da superfície da terra. O óleo
42

apresenta uma camada de água subjacente, e acima, cavidades de gás natural


pressurizado. As brocas de prospecção perfurando estas camadas penetram nos
depósitos, e a pressão força o gás e óleo para a superfície.

3.4.3. Composição Química do Óleo Combustível

O óleo combustível é uma mistura de alguns componentes orgânicos,


principalmente de carbono e hidrogênio. Sua composição é praticamente uniforme
dentro dos limites apresentados na tabela 3.12.

Tabela 3.12 – Índice percentual dos elementos que compõe o óleo combustível
Composição do óleo combustível Índice percentual
Carbono (C) 83 a 87 %
Hidrogênio (H) 11 a 16 %
Oxigênio (O) + Nitrogênio (N) 0 a 7%
Enxofre (S) 0a4%

Fonte: TORREIRA (1995)

Dos combustíveis líquidos originados da refinação do petróleo, o óleo


combustível é o único que tem aplicação em caldeiras. Oferece mais segurança,
dificilmente inflama, sendo praticamente não explosivo sob condições ambientais
naturais.

3.5.CONCEITOS BÁSICOS DA COMBUSTÃO

3.5.1. Combustão
SOUZA (2000), definiu a combustão, ou queima, como sendo a rápida
combinação de um combustível com oxigênio (comburente) e calor. Portanto, para
haver combustão são necessários três componentes: calor, oxigênio e combustível.
Na Figura 3.11, mostra-se o esquema do Triângulo de Fogo.

O calor necessário para iniciar a combustão pode ser fornecido por


uma chama piloto ou uma centelha de ignição. Iniciada a combustão, o próprio calor
que ela produz sustenta a continuação do processo. Basicamente, a combustão é
uma reação química de um combustível e comburente.

Um exemplo de que o calor é produzido na combustão é o próprio


motor do carro. Nos cilindros do motor, ocorre a queima do combustível com a
43

presença de ar e de centelha produzida pela vela. O produto desta queima é o calor


que provoca expansão dos gases no cilindro (aumento de volume), gerando o
movimento do pistão e resultando no movimento do carro.

Ar
ão

ou
niç
(ig

Ox
igê
lor
Ca

nio
Combustível

Figura 3.11 – Triângulo do fogo na combustão


Fonte: SENAI (1995)

3.5.2. Combustível

Para SOUZA (2000), combustível é a substância que queima e contém


em sua composição, principalmente, carbono e hidrogênio, além de outros que o
compõem, que ao queimar em presença de oxigênio, desprendem uma grande
quantidade de calor, formando gás carbônico e vapor d’água, segundo a reação
química apresentada na equação 3.7:

1 (3.7)
CxHy+ zO2 ⎯
⎯→xCO2 + H2O + calor
y
y
z=x+
Onde: 4
O resultado da queima do combustível produz calor da seguinte
maneira:

Carbono + Oxigênio → Gás Carbônico + Calor


44

Hidrogênio + Oxigênio → Vapor de Água + Calor.

3.5.3. Classificação dos Combustíveis

De acordo com SOUZA (2000) os combustíveis normalmente


queimados nas câmaras de combustão de caldeiras e fornos podem ser
classificados de acordo com o seu estado físico, em sólidos, líquidos ou gasosos:

Sólidos: Madeira, turfa, linhito, hulha, carvão vegetal, coque de carvão, coque de
petróleo, bagaço de cana etc.

Líquidos: Petróleo, óleo de xisto, alcatrão, álcool e óleos vegetais.

Gasosos: Metano, hidrogênio, gás liquefeito de petróleo (butano e propano), gás de


coqueria (siderúrgica), gás natural (metano e etano), biogás etc.

É importante salientar que os elementos considerados combustíveis


industriais são mais restritos e são compostos de carbono e outros elementos que
podem ser queimados facilmente com oxigênio do ar atmosférico, liberando grande
quantidade de calor facilmente controlável.

3.6.POLUIÇÃO SONORA

A Poluição sonora: ocorre quando os ruídos alcançam níveis


prejudiciais a saúde e ao sossego público.

MOTA (1997), diferencia som de ruído da seguinte forma: som é o


resultado de um movimento vibratório transmitido através de ondas, em um meio
elástico, caracterizando-se por uma sensação capaz de impressionar o órgão
auditivo dos homens e dos animais (sensação sonora). As ondas sonoras precisam
de um meio com massa e elasticidade para se propagarem em meio gasoso, líquido
ou sólido. O principal meio de propagação do som é o ar. Ruído pode ser definido
como um som indesejável, ou seja, desagradável ao homem.

3.6.1. Decibel Acústico – dB (A)


45

A intensidade do som é expressa em unidade de pressão sonora,


cujos limites são: 0,0002 dina/cm2, correspondente à mínima sensação auditiva e
2x1010 dina/cm2, relativa ao limiar da dor de ouvido. Como esta variação de 1014
dina/cm2, é muito grande, utiliza-se a escala logarítmica que comprime estes valores
para 0 dB e 140 dB, respectivamente através da equação 3.8.

P1
dB ( A) = 10 log 3.8
P2

Onde P1 = Pressão sonora produzida pela fonte.


P2 = Pressão mínima audível (0,0002 dina/cm2)
dB(A) = Pressão sonora em dB.

A equação 3.11, mostra que ao dobrar a sensação sonora em


dina/cm2, há um acréscimo de 3 dB, isto é:

P1
dB( A) = 10 log = 10 log 2 = 3dB
P2

A EPA-US (1976), apresenta na tabela 3.13, uma escala associando a


origem de diversas fontes de sons aos seus níveis em dB(A).

Tabela 3.13 - Tipos e níveis de escala de som.


TIPO DE SOM NÍVEL MÉDIO - dB(A)
Tiro de canhão (1 m) 140
Avião a jato decolando (30m) 130
Sirene de bombeiro (1m) 120
Britadeira/Buzina de carro (1m)/Show de Rock 110
Jato decolando (40m) e moto com escape livre (1m) 100
Esquina de rua movimentada 90
Choro de criança (1m) e caminhão descarga de lixo (15 m) 80
Aspirador de pó (1m)/Tráfego intenso de auto estrada 70
Conversa em tom normal/ar condicionado (6m) 60
Rua sossegada 50
Rasgar um papel (1m) 40
Sussurros normais (1m) 30
Sussurros muito baixos/Brisa nas folhas de uma árvore 10
Nível mínimo de audição 0

Fonte: EPA - US (1976)

Muitas atividades do homem resultam na poluição sonora


principalmente nos grandes centros urbanos. Entre as principais fontes de poluição
sonora, destacam-se: atividades industriais, meios de transporte terrestre como
46

veículos automotores, trens, metrôs de superfície, tráfego aéreo, obras de


construção civil (bate - estaca, serras, equipamentos pesados), oficinas mecânicas e
lanternagem, alto-falantes, rádios, equipamentos de som, aparelhos
eletrodomésticos, restaurantes, bares, boates, pistas de dança, clubes, casas de
“show” e outras fontes de ruído (buzinas, matracas, campainhas, sirenes, apitos
morteiros, bombas etc.).

3.6.2. Interferência da Poluição Sonora no Homem

A tabela 3.14, fornecida pela EPA-US (1976), apresenta as


interferências no homem de acordo com o nível de som em dB(A).

Tabela 3.14 – Interferências causadas ao homem de acordo com a exposição a


ruídos contínuos.
INTERFERÊNCIA NO HOMEM NÍVEL - dB(A)
Limite da audição 0
Levemente audível 10
Muito calmo 30
Provoca interferência na concentração 60
Início dos danos a audição 70
Incômodo 80
Muito incômodo 90
Dolorosamente audível (limiar da dor de ouvido) 140
Fonte: EPA - US (1976)

Segundo MOTA (1997), a exposição do homem aos ruídos pode


causar-lhe danos à saúde, dependendo de vários fatores:

• intensidade: quanto mais alta mais danosa;

• faixa de freqüência: quanto mais elevada maior o dano;

• período de exposição: pessoas que permanecem muito tempo expostas a ruídos


sofrem mais os seus efeitos;

• intermitência ou continuidade: ruídos contínuos prejudicam a audição; ruídos


intermitentes interferem no sistema nervoso, esses efeitos podem ocorrer em
conjunto;

• característica de cada indivíduo: susceptibilidade; lesões interiores no aparelho


auditivo.
47

O incômodo causado pelo som é relativo. O que é considerado


incômodo por uns, pode não ser por outros. Por exemplo, o barulho de um “Show de
Rock”, agrada aos jovens que o freqüentam, mas importunam outras pessoas. Às
vezes, o som tem baixa intensidade, mas é intermitente, irritando quem escuta. É o
caso do rangido de um armador de rede de dormir ou o som produzido pela queda
de gotas d’água em uma torneira.

As principais conseqüências da poluição sonora à saúde humana são:


perda gradativa da audição, incômodo, irritação, exaustão física, perturbação do
sono, insônia, fadiga, “stress”, problema cardiovascular, gastrite, aumento da
produção de hormônios da tireóide, redução da eficiência e ocorrência de acidentes
nos locais de trabalho, prejuízo à saúde e bem estar do homem, com efeitos que
podem ser físicos, psicológicos, sociais ou econômicos.

A tabela 3.15, mostra a relação dos limites de tolerância do ser humano


a ruídos contínuos, estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social -
(MTPS).

Tabela 3.15 – Relação dos limites de tolerância a ruídos sem que se resulte
danos ao ouvido humano em ambiente de trabalho.
TEMPO MÁXIMO POR DIA NÍVEL DE RUÍDO – dB(A)
8h 85
7h 86
6h 87
5h 88
4h30min 89
4h 90
3h30min 91
3h 92
2h40min 93
2h15min 94
2h 95
1h45min 96
1h15min 98
1h 100
45min 102
35min 104
30min 105
25min 106
20min 108

Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social (2003)


48

Denomina-se fadiga auditiva a perda gradativa da audição em


pessoas que ficam expostas a níveis de ruídos acima de 85 dB(A), por períodos
acima dos apresentados na tabela 3.15.

O grande problema é que os efeitos não são imediatos, só sendo


percebidos a longo prazo. O primeiro sintoma inicia com um “zumbido” nos ouvidos,
passando então à dificuldade de escutar determinadas freqüências até a surdez,
cujos danos ao ouvido são irreversíveis, isto é, não há cura para pessoas afetadas
pela fadiga auditiva.

3.6.3. Padrões de Emissão de Ruídos

Com o objetivo de garantir o conforto acústico ou evitar danos à saúde


das pessoas, têm sido estabelecidos níveis máximos de ruídos para ambientes
internos e externos em função de uso do solo e do período de exposição dos
mesmos.

A SEMACE (1987), na tabela 3.16, estabelece os níveis sonoros para


alguns tipos de uso, em ambientes externos e internos, a serem observados nos
períodos diurno e noturno.

Tabela 3.16 – Níveis sonoros recomendados para os tipos de uso do solo.


AMBIENTES EXTERNOS AMBIENTES INTERNOS
PERÍODO PERÍODO
TIPO DE USO
DIURNO NOTURNO DIURNO NOTURNO
dB(A) dB(A) dB(A) dB(A)
Residencial 55 50 45 40
Diversificado 65 60 55 50
Predominantemente Industrial 70 65 60 55

Fonte: SEMACE (1987)

De acordo com o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA),


através da Resolução nº 01 de 08 de Março de 1990, estabelece normas a serem
obedecidas, no interesse da saúde, no tocante à emissão de ruídos em decorrência
de quaisquer atividades. De acordo com esta Resolução, são prejudiciais à saúde e
ao sossego público os ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis
pela Norma NBR - 10152 da ABNT, conforme tabela 3.17.
49

Tabela 3.17 – Níveis de ruídos compatíveis com o conforto acústico.

LOCAIS NÍVEIS – dB(A)


Hospitais,
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centros cirúrgicos. 35-45
Laboratórios, Áreas de uso público. 40-50
Serviços 45-55

Escolas
Bibliotecas, Salas de Música, Salas de desenho. 35-45
Salas de aula, Laboratórios. 40-50
Circulação 45-55

Hotéis
Apartamentos 35-45
Restaurantes, Salas de estar. 40-50
Portaria, Recepção, Circulação. 45-55

Residências
Dormitórios 35-45
Salas de estar 40-50

Auditórios
Salas de concertos, Teatros. 30-40
Salas de conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo. 35-45

Restaurantes 40-50

Escritórios
Salas de reunião. 30-40
Salas de gerência, Salas de projeto e de administração. 35-45
Salas de computadores. 45-65
Salas de mecanografia. 50-60

Igrejas e Templos (cultos meditativos) 40-50

Locais para esporte


Pavilhões fechados para espetáculos e atividades 45-60
esportivas
Fonte: ABNT - NBR - 10152/87

3.6.4. Controle da Poluição Sonora

O controle da poluição sonora deve ter como objetivo garantir que os


níveis de ruído não ultrapassem os limites estabelecidos para os diversos ambientes
do homem, sejam externos ou internos. Este controle é realizado de três maneiras
50

distintas: Proteção da Emissão de Ruídos, Proteção dos Receptores e


Disciplinamento do Uso e Ocupação do Solo.

Controle da Emissão de Ruídos

O Controle visa reduzir os níveis de emissão de ruídos e é conseguido


através de providências fornecidos por MOTA (1997).

• aperfeiçoamento dos equipamentos, de forma a reduzir o barulho produzido


pelos mesmos;

• manutenção dos equipamentos de lubrificação, alinhamento de rolamentos e


eixos, e suportes antivibratórios;

• isolamento das fontes de ruídos: paredes com materiais que impeçam a


propagação do som (isolantes acústicos) e abafadores de ruídos instalados nos
escapes de máquinas, movidas a combustíveis fósseis;

• regulagem das descargas dos veículos;

• disciplinamento dos horários de funcionamento de equipamentos barulhentos.

Proteção dos Receptores

São medidas a serem adotadas visando a não permitir a exposição das


pessoas a ruídos em níveis excessivos: isolamento de ambientes internos
(isolamento acústico), redução do período de exposição ao ruído, diminuição da
jornada de trabalho, uso de protetores auditivos individuais nos locais de trabalho,
criação de barreiras à propagação dos ruídos. Para minimizar ruídos excessivos em
recintos fechados, graças ao progresso da eletrônica, foram desenvolvidos
microprocessadores anti-som que consistem em produzir um som de mesma
freqüência e intensidade, mas de fase oposta, denominado resultando uma
atenuação de até 10 dB(A) em ambientes internos, onde se deseja reduzir os ruídos.

Disciplinamento do Uso e Ocupação do Solo

Uma das medidas mais eficazes de atenuação de ruídos é o


afastamento da fonte e a área receptora. De acordo com EPA-US (1976), a
51

intensidade do som decresce inversamente com o quadrado da distância da fonte.


Em outras palavras, cada vez que a distância da fonte de ruído dobrar, a pressão do
som em dina/cm2 é reduzida a metade. Assim, a distribuição das diversas atividades
considerando os afastamentos entre as fontes de ruído e os usos sensíveis
(residencial, hospitais, escolas, bibliotecas, etc.) é uma medida a ser considerada no
disciplinamento do uso do solo de uma cidade com a adoção das seguintes
providências: fazer zoneamento da área urbana, de modo que, os emissores de som
de alta intensidade fiquem adequadamente afastados dos usos sensíveis ao
barulho; verificar a direção predominante e a velocidade dos ventos; o tipo de
cobertura do solo; o arranjo das edificações e as barreiras naturais e artificiais.

As vegetações que formam barreiras compactas, tipo touceiras,


apresentam melhores atenuações. Estudos realizados por VILAÇA & VIEIRA (1983),
observando o comportamento acústico de oito espécies vegetais tropicais,
concluíram que a palmeira bambu (Chrysalidocarpus lutescens), o bambu (Bamusci
multiplex) e a vergonha-de-estudante (Dombeya wallichii), apresentam bons
resultados como barreiras à propagação de sons. A redução dos ruídos
provenientes dos veículos automotores, pode ser conseguida através da disposição
adequada em vias de grande movimento, localizando-as afastadas de áreas
residenciais, hospitalares e escolares e o incentivo a melhoria do transporte coletivo,
reduzindo o número de veículos circulantes e proibição do tráfego de veículos
pesados, em áreas onde os níveis de ruído não devem ser elevados.
52

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. MATERIAIS

Este trabalho foi desenvolvido na dependência do Hospital


Universitário, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande –
MS, utilizando caldeira geradora de vapor, do tipo Flamotubular com retorno de
chama.

A finalidade da caldeira é fornecer vapor d’água ao hospital, cujo


atendimento é dividido em: lavanderia (70% da produção), nutrição (20% da
produção) e esterilização (10% da produção).

A cidade de Campo Grande – MS, está localizada na região central do


Estado de Mato Grosso do Sul, que apresenta pólo comercial e industrial e ainda,
tem na agropecuária sua principal atividade econômica. As cordenadas geográficas
da caldeira fornecidas pelo GPS de fabricação BRUNTON, modelo Multi Navegator,
configurado em sistema Datum SAD 69, são: latitude de 20º 30’ 3,7” Sul, longitude
54º 37’ 8,8” oeste e altitude 540m.

De acordo com a INMET (2003), a temperatura média no período entre


1993 e 2002, foi de: temperatura máxima média - 28,97 ºC, temperatura mínima
média - 19,01 ºC, temperatura média - 23,39 ºC, umidade relativa média: 60%,
velocidade do vento média - 5 km/h.

As medições das concentrações de monóxido de carbono (CO), dióxido


de carbono (CO2), monóxido de nitrogênio (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2),
geradas na combustão pela caldeira a óleo combustível, foi através do analisador
TESTO 350 XL e os níveis de ruídos foram medidos com um decibelímetro Minipa,
modelo MSL-1351.

A figura 4.1, apresenta a caldeira a óleo combustível, que atende o


Hospital Universitário.
53

Figura 4.1 – Caldeira Flamotubular a Óleo Combustível instalada no Hospital


Universitário da UFMS – Campo Grande – MS

4.1.1. CARACTERÍSTICAS DA CALDEIRA

A caldeira utilizada neste trabalho, apresenta as seguintes


características:

4.1a - Classificação da Caldeira

• quanto à troca térmica: flamotubular de três passos;

• quanto ao tipo de energia: líquido;

• quanto à automatização: semi-automática;

• quanto à classe de pressão: Tipo B – pressão de operação superior a 6 kgf.cm-2 e


inferior à 20 kgf.cm-2;

• quanto ao combustível utilizado: Óleo BPF-2A;


54

4.1b - Características de Construção

• fabricante: ATA;

• n° da caldeira: 7311;

• código do projeto: H3;

• ano de fabricação: 1983;

• pressão máxima de trabalho admissível – PMTA: 10,55 kgf.cm-2;

• pressão de trabalho: 8,00 kgf.cm-2 (classe B);

• pressão de prova: 15,82 kgf.cm-2;

• capacidade de produção de vapor: 2000 kg/h (2 toneladas/h);

• área de troca de calor: 62 m2.

4.1c - Sistema de Alimentação de Combustível

• combustível utilizado na partida: diesel;

• combustível utilizado durante o funcionamento normal: Óleo BPF- 2A;

• consumo máximo de Combustível: 30.000 kg/mês;

• tipo de Combustor/Queimador: atomizador;

• temperatura do óleo: 120º C.

4.1d - Sistema de Alimentador de Ar e Exaustão de Gases

• tipo de alimentador de Ar: ventilador;

• temperatura de Ar Primário: ambiente;

• temperatura na base da chaminé: 250º C;

• diâmetro da chaminé: 0,40 m;

• altura da chaminé: 8 m;

• possui soprador de fuligem;

• não possui equipamento de controle de emissão de gases.


55

4.1e - Sistema de Alimentação de Água

• fonte de captação da água de alimentação: poço artesiano;

• capacidade de reservatório de água: 4000 L (4 m3);

• altura do reservatório: 4 m;

• temperatura de alimentação da água da caldeira: 20º C;

• não possui desaerador;

• o condensado é reaproveitado;

• temperatura do condensado: 80º C;

• possui tratamento de água tipo dosador com bomba d’água;

• análise da água da caldeira é realizada pela empresa terceirizada AQUATRAT;

• período de tempo de análise de água da caldeira: mensal;

• descarga de fundo: manual a cada 4 horas por 10s.

4.1f - Manutenção e Segurança

• realiza manutenção preventiva;

• não possui equipe de manutenção;

• possui equipamento de segurança na casa de caldeiras;

• não possui um plano de emergência para acidentes;

• número de válvulas de segurança: 02 (dois);

• período de limpeza da caldeira: trimestral, por 7 dias;

• período de inspeção na caldeira: anual, por 7 dias;

• norma regulamentadora para Caldeiras e Vasos de Pressão: ABNT - NR 13.

4.1g – Operadores da Caldeira

• número de operadores: 05;

• escolaridade dos operadores: 1º Grau;


56

• curso operacional dos operadores: segurança para operadores de caldeiras com


certificado do curso.

4.1h – Horário de Funcionamento

• período de funcionamento: 18 horas por dia, durante 03 meses.

• Horário de funcionamento diário: das 6:00 às 24:00 horas.

4.1.2. ANALISADOR DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS

Para medir os poluentes atmosféricos avaliados neste trabalho, foi


utilizado o analisador de poluentes atmosféricos de fabricação Testo, modelo 350XL.
A figura 4.2, mostra o analisador utilizado neste trabalho. O analisador é calibrado
pelo fabricante, com garantia de dois anos, que se encontra dentro do prazo de
validade de calibração, pois foi adquirido em maio de 2003.

As especificações do equipamento são fornecidas nos quadros 4.1 e


4.2.

Figura 4.2 – Analisador de Poluentes Atmosféricos da TESTO – 350 XL.


57

Quadro 4.1 – Dados técnicos na medição de O2 e CO do analisador de


poluentes atmosféricos TESTO – 350 XL

Tipo de Medição de Medição de CO Medição CO


Medição de O2
Sonda Temperatura (H2 Compensado) (Baixo)
Faixa de
-40 a 1200°C 0 a 25 Vol (%) 0 a 10.000 ppm 0 a 500 ppm
medição
± 5% de v.m.
± 0,5% de ± 10% de v.m. (100 a 200
(40 a 500
v.m. (100 a ppm)
Exatidão ± 0,8% de v.f. ppm)
1200°C) ± 10% de v.m. (2001 a
± 1 digito (0 a 25%) ± 2 ppm
± 0,5 °C (-40 a 10.000 ppm)
(0 a 39,9
99,9°C) ± 5 ppm (0 a 99 ppm)
ppm)
0,1°C (-40 a 0,1% Volume 0,1 ppm
Resolução 1 ppm (0 a 10.000 ppm)
25%) (0 a 25%) (0 a 500 ppm)
Tempo de
- 20s 40s 40 s
resposta
Onde:
v.m. – volume máximo.
v.f. – volume fracionado.

Quadro 4.2 – Dados técnicos na medição de CO2, NO e NO2 do analisador de


poluentes atmosféricos TESTO – 350 XL

Tipo de Medição Medição de Medição


Medição de NO
Sonda de CO2 NO (Baixo) de NO2
Faixa de 0 a Volume
0 a 3.000 ppm 0 a 3.000 ppm 0 a 500 ppm
medição máximo (%)

± 5% de v.m. ± 5% de v.m.
± 5% de v.m.
(100 a 1.999,9 ppm) (100 a 500
Exatidão Calculado a (40 a 300 ppm)
± 10% de v.m. ppm)
± 1 digito partir de O2 ± 2 ppm
(2.000 a 3.000 ppm) ± 5 ppm
(0 a 39,9 ppm)
± 5 ppm (0 à 99 ppm) (0 a 99,9 ppm)

1 ppm 0,1 ppm 0,1 ppm


Resolução 0,01 Vol.(%)
(0 a 3.000 ppm) (0 a 300 ppm) (0 à 500 ppm)

Tempo de
20s 30s 30s 40s
resposta
58

Características Adicionais do analisador TESTO – 350XL

• memória: 250.000 leituras;

• alimentação: 90 à 260 V (47 à 63 Hz) ou bateria recarregável

ƒ Corrente: 0,5A (110 Vac) e 0,3A (230 Vac);

• ponto de orvalho 0 à 99°C;

• pressão máxima positiva: 50 hPa (0,5 mca);

• pressão máxima negativa: 200 hPa (2 mca);

• fluxo da bomba: 0,8 m/s com fluxo monitorado;

• carga máxima de poeira: 20 g.m-3 de poeira no tubo;

• carga máxima de umidade: 70°C (temperatura do ponto de orvalho na entrada);

• fatores de diluição para CO: 0, 2, 5, 10, 20, 40;

• diluição gasosa: ar limpo ou N2;

• exatidão: 2% para leituras maiores que as máximas.

4.1.3. DECIBELÍMETRO

Para medir as emissões de ruídos sonoros, foi utilizado um medidor de


níveis de som, denominado decibelímetro.

A figura 4.3, mostra o decibelímetro da marca MINIPA, modelo MSL-


1351C, usado neste trabalho.
59

Figura 4.3 – Decilbelímetro Minipa, modelo MSL-1351

Especificação do decibelímetro
• conformidade com as normas: IEC-651 tipo 2 e ANSI S1.4 tipo para
decibelímetros;

• norma de segurança: de acordo com EMC (CE);

• ambiente de operação: 0º a 40º, RH < 90%, atitude < 2000m;

• ambiente de armazenamento: -10ºC a 60ºC, RH < 75%;

• alimentação: bateria de 9V;

• atualização do Display: 0,5s;

• faixas: 30 – 80dB(Lo), 50 – 100dB (Med) e 80 – 130dB (Hi).


60

• faixa Dinâmica: 50dB.

• precisão: ± 1,5 dB (94dB/1kHz).

• ponderação em freqüência: A e C.

• faixa de freqüência: 31,5Hz a 8kHz.

• Resposta: lenta (1s) ou rápida (125ms).

• Função alarme: mostra quando a intensidade de ruído medida, está abaixo ou


acima da faixa mensurável.

• função MAX/MIN: Congela leituras máximas e mínimas.

• saída AC: fundo de escala 1V (RMS) com impedância de saída de 50Ω.

• saída DC: 10mV/dB, impedância de saída aproximada 100Ω;

• microfone: Eletreto de ½”.

4.1.4. REFORMA DA CALDEIRA

Quando foram realizadas as medições na primeira etapa, a caldeira


estava funcionando em caráter precário, com muita emissão de fumaça e
particulados. Devido às reclamações dos moradores próximos a caldeira, que
protestavam através dos meios de comunicação (jornais, rádio e televisão), a UFMS
submeteu a caldeira à uma reforma geral.

Na reforma geral da caldeira, foram realizados os seguintes serviços:

• desmontagem do sistema de queima para remoção das tampas dianteiras da


caldeira;

• abertura da caldeira, constando de retirada das tampas dianteiras e traseiras;


61

• remoção da estrutura do trapézio, inclusive suportes, do anel de fogo e da pedra


cônica;

• remoção de 96 tubos de fogo;

• teste de trinca com líquido penetrante no espelho dianteiro, nos alojamentos das
tubulações, na junção do tirante com o espelho, no perímetro das conexões com as
bocas de visita e de inspeção e com as entradas e saídas de água e vapor;

• instalação do espelho com solda arco voltaico com atmosfera protegida;

• revisão e recuperação do espelho dianteiro;

• instalação de 96 (noventa e seis), tubos de fogo, expandidos e/ou fixados por


solda a arco voltaico, conforme a montagem original da caldeira;

• montagem dos suportes do trapézio, instalação do trapézio, anel de fogo e pedra


cônica;

• reposição de concreto, prisioneiros, graxetas, e vedações nas tampas dianteiras e


traseiras;

• preparo da caldeira para pintura geral do chassi em tinta preta e do corpo e


acessórios da caldeira em alumínio, capaz de suportar 300ºC;

• montagem do sistema de queima com limpeza e ajuste, mas sem reposição ou


reforma de materiais ou acessórios, para colocação em funcionamento (start up) em
fogo brando.

A figura 4.4, apresenta o aspecto dos tubos de fogo após serem


retirados da caldeira antes da recuperação geral.

A formação dessas crostas que impregnam a superfície externa dos


tubos de fogos, podem ser evitados com a remoção dos íons de cálcio e magnésio,
por processos de deizonização ou de osmose reversa, que retenham o carbonato de
cálcio contido na água que alimenta a caldeira, melhorando desta maneira a
eficiência da troca de calor da caldeira. A água contendo cálcio e magnésio com
teores elevados é denominada água dura.
62

A figura 4.5, exibe o aspecto interno da caldeira, após serem


substituídos os tubos de fogo.

Figura 4.4 – Tubos de fogo impregnados por crosta de carbonato de cálcio


retirados para reforma.

Figura 4.5 – Vista frontal da caldeira após substituição dos tubos de fogo em
disposição trapezoidal.
63

4.2.MÉTODOS.

Para comparar os poluentes atmosféricos monóxido de carbono (CO),


dióxido de carbono (CO2), monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de nitrogênio (NO2)
e óxido de nitrogênio (NOx) e os níveis de ruídos gerados pela caldeira flamotubular
a óleo combustível BPF 2A, foram realizadas duas etapas:

1ª etapa: antes da caldeira ser submetida à uma revisão e recuperação


geral.

2ª etapa: após a caldeira ser submetida à uma revisão e recuperação


geral.

Em ambas as etapas, dentro da chaminé da caldeira, cada resultado


de concentração de poluentes gasosos, foi calculado, considerando-se a média
aritmética dos valores medidos: no centro da chaminé da caldeira (CC), a 5 cm do
centro da chaminé da caldeira, a 10 cm do centro da chaminé da caldeira e a 15 cm
do centro da chaminé da caldeira, conforme detalhes esquemáticos da transversal
da chaminé, mostrado na figura 4.6. O orifício para a introdução da sonda coletora
dos poluentes atmosféricos, foi de 10 mm de diâmetro e a altura de 2,5 m do piso
acabado.

Também foram avaliados:

• níveis de poluentes atmosféricos na base da chaminé (BC);

• níveis de poluentes atmosféricos a 10m da base da chaminé;

• níveis de ruídos emitidos pela caldeira a 1m, 2m, 4m e 8m de distância da fonte


geradora de ruídos.

A figura 4.7, mostra os locais onde foram medidos os poluentes


atmosféricos.
64

Figura 4.6 – Detalhe esquemático da seção transversal da chaminé com os


pontos onde foram medidos as concentrações de poluentes atmosféricos.

Para avaliação dos poluentes atmosféricos, foram realizadas 30


medições antes da reforma da caldeira, sendo: 08 no período matutino, 13 em
horário vespertino e 09 no período noturno, para que a média aritmética dos
poluentes obtidos, representem o maior tempo possível do período de
funcionamento da caldeira. Após a reforma da caldeira, foram novamente realizadas
30 medições sendo: 08 no período matutino, 14 no período vespertino e 10 no
período noturno, adotando-se as mesmas metodologias realizadas antes da reforma
da caldeira.

A partir dos valores obtidos, as concentrações dos poluentes


atmosféricos e os níveis de ruídos sonoros foram comparados entre si, antes e após
a reforma da caldeira e a seguir confrontados com os valores de concentrações
máximos permitidos pela legislações nacionais e internacionais.
65

Nos dias em que foram realizadas duas medições, a primeira medição


foi feita logo após a partida da caldeira e a segunda medição, momentos antes da
caldeira entrar em regime “stand by”.

Quanto à medição dos níveis de ruídos gerados pela caldeira, foram


feitas 10 medições antes da reforma e 10 medições após a reforma da caldeira.

Figura 4.7 – Esquemático da chaminé da caldeira com locais onde foram


realizadas as medições dos poluentes atmosféricos.
66

5 RESULTADOS

Foram realizadas 30 medições dos poluentes gasosos e 10 medições


dos níveis de ruídos sonoros emitidos pela caldeira, antes e após a reforma.

5.1. Resultados antes da reforma da caldeira.

O quadro 5.1 e as figuras 5.1, 5.2, 5.3, 5.4 e 5.5, apresentam as


concentrações de CO, CO2, NO, NO2 e NOx, obtidos antes da reforma. Notam-se
que os valores máximos e mínimos de CO observados, foram respectivamente 266,8
ppm no dia 25.11.03 às 19:54h e, 26,5 ppm no dia 26.11.03 às 10:45h. Os valores
máximo e mínimo de CO2 medido, foram 10,5% em 20.11.03 às 10:22h e 5,0% em
24.11.03 às 10:05h. Para o NOx, o maior valor foi 369,0 ppm no dia 08.12.03, às
15:32h e também em 09.12.03 às 15:15h. O menor valor foi 248,7 ppm e ocorreu em
24.11.03 às 19:54h.

As concentrações de O2 e H2 apresentadas no quadro 5.1, não serão


analisadas neste estudo, pois esses elementos não são considerados poluentes,
porém cabe salientar, que o oxigênio (O2) em concentrações próximas de 100% e
por períodos de exposições longos, provocam envelhecimento precoce ao homem,
pois sua ação oxidante ocasiona o surgimento de rugas na pele e, o hidrogênio (H2)
puro é altamente inflamável acarretando explosões.

A grande variação nos resultados obtidos, se deve provavelmente, a


queima não uniforme do combustível, devido a não padronização da mistura ar-
combustível, realizada por cada um dos cinco operadores da caldeira e a variação
no consumo de vapor solicitado pelo hospital, no instante da medição.
Quadro 5.1 – Concentrações de poluentes lançados pela caldeira e condições atmosféricas antes da reforma da caldeira.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
17.11.03

18.11.03

19.11.03

20.11.03

20.11.03

21.11.03

21.11.03

21.11.03

24.11.03

24.11.03

24.11.03

24.11.03

25.11.03

25.11.03

25.11.03

25.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

27.11.03

27.11.03

27.11.03

08.12.03

08.12.03

08.12.03

08.12.03

09.12.03
DATA

Horário 09:35 11:11 15:31 10:22 15:14 10:05 13:19 15:47 10:05 15:11 17:03 19:54 09:59 15:56 19:04 19:54 10:49 11:06 16:45 17:05 18:56 20:08 15:24 19:40 20:00 15:32 15:47 19:03 19:11 15:15

O2(%) 7,0 3,4 8,0 2,5 2,7 4,7 3,8 9,7 7,0 6,5 6,1 11,2 6,9 6,7 7,6 11,5 7,8 6,2 5,5 5,6 7,6 10,8 3,5 11,2 12,5 8,7 7,5 4,2 9,7 8,7

38,3 53,4 88,0 72,0 43,0 48,0 39,0 31,0 8,0 5,0 48,0 51,0 25,0 10,0 8,0 24,0 13,0 37,0 48,0 43,0 17,0 32,0 26,0 10,0 39,0 74,0 49,0 20,0 40,0 74,0
H2(ppm)
CO (ppm) 266,2 129,4 208,5 55,5 54,0 37,4 176,8 125,2 37,2 53,1 63,3 253,4 42,4 30,5 62,0 266,8 26,5 55,8 130,7 73,4 69,7 258,5 86,8 122,4 94,3 66,7 69,5 57,3 110,3 66,7

CO2 (%) 8,0 9,7 7,4 10,5 10,3 9,3 9,8 6,4 5,0 8,2 8,4 5,6 8,0 8,1 7,6 5,4 7,5 8,4 8,8 8,6 7,6 5,8 9,9 5,5 4,8 6,9 7,6 9,3 6,4 6,9

NO (ppm) 290,9 317,6 304,8 298,2 301,0 277,6 280,5 314,7 288,7 290,8 287,2 247,4 289,7 293,3 264,5 255,7 291,1 281,8 289,5 288,4 293,9 266,6 289,3 266,2 271,8 367,3 330,7 355,5 314,2 367,3
NO2
1,2 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,4 1,5 1,5 1,3 0,0 1,3 0,0 0,9 0,6 1,1 1,5 1,5 0,9 1,1 1,5 1,7 0,2 2,2 3,0 1,7 1,1 1,1 0,2 1,7
(ppm)
NOx
292,1 317,6 305,7 298,2 301,0 277,6 280,9 316,2 290,2 292,1 287,2 248,7 289,7 294,2 265,1 256,8 292,6 283,3 290,4 289,5 295,4 268,3 289,5 268,4 274,8 369,0 331,8 356,6 314,4 369,0
(ppm)
336,7 284,1 298,6 252,8 256,4 285,7 232,1 298,0 244,0 236,5 249,2 285,0 251,5 242,9 260,5 280,7 243,5 218,4 227,0 225,8 245,5 287,2 256,0 288,1 273,1 297,0 262,9 252,9 296,9 297,0
TF (ºC)
31,3 29,4 35,6 27,9 33,4 30,5 36,8 39,4 34,3 40,7 40,2 30,4 33,1 38,5 30,0 30,0 27,1 27,1 30,5 30,5 25,8 25,8 34,6 25,8 25,8 25,7 33,0 29,5 29,5 25,7
TA (ºC)

PO (ºC) 54,2 57,9 52,9 58,8 58,6 56,5 57,6 50,7 54,1 54,7 55,1 48,5 54,3 54,4 53,4 48,0 53,1 55,0 55,8 55,5 53,4 49,0 57,8 48,4 46,4 52,0 53,1 57,1 50,7 52,0
PA
698,0 706,8 709,6 712,5 712,5 710,2 710,3 712,5 708,8 707,5 708,2 708,2 710,9 708,2 708,2 708,2 710,2 710,2 713,2 712,5 712,5 712,5 710,2 710,2 709,7 710,2 710,2 708,2 708,2 712,5
(mm Hg)

UR (%) 52,3 72,0 40,0 40,0 40,0 41,0 32,0 29,0 77,0 57,0 45,0 67,0 63,0 61,0 66,0 64,0 68,0 56,0 66,0 65,0 64,0 66,0 62,0 39,0 38,0 65,0 38,0 75,0 57,0 66,0
OBS: 1. A caldeira funciona em condições precárias, com baixo rendimento térmico e intensa emissão de particulado, conforme figuras 5.1 e 5.2..
2. As concentrações de O2 e H2 medidos pelo analisador Testo – 350 XL não serão estudadas pois as quantidades apresentadas, não são
consideradas poluidoras de ar atmosférico.

67
CO2 (%) CO (ppm)
17 17
.1 .1

0
2
4
6
8
10
12
0
50
100
150
200
250
300
1 1
18 .03 18 .03
.1 .1
1 1
19 .03 19 .03
.1 .1
1. 1.
20 03 20 03
.1 .1
1 1
20 .03 20 .03
.1 .1
1. 1.
21 03 21 03
.1 .1
1 1
21 .03 21 .03
.1 .1
1 1.
21 .03 21 03
.1 .1
1. 1
24 03 24 .03
.1 .1
1 1
24 .03 24 .03
.1 .1
24 03
1. 1
.1 24 .03
1 .1
1.
24 .03 24 03
.1
1 .1
1
25 .03 25 .03
.1
1 .1
1.
25 .03
.1 25 03
1. .1
25 03 1
.1 25 .03
1 .1
25 .03 1.
.1 25 03
1. .1
26 03 1

Data
.1 26 .03
Data

1 .1
26 .03 1
.1 26 .03

reforma.
1 .1
26 .03 1

da caldeira.
.1 26 .03
1 .1
26 .03 1
.1 26 .03
1 .1
26 .03 1.
.1 26 03
1. .1
26 03 1
.1 26 .03
1 .1
27 .03 1.
.1 27 03
1. .1
27 03 1
.1 27 .03
1 .1
27 .03 1.
.1 27 03
1 .1
08 .03 1
.1
2 08 .03
.1
08 .03 2
.1
2 08 .03
.1
08 .03 2
.1 08 .03
2.
08 03 .1
2.
.1
2 08 03
.1
09 .03
.1 2
2. 09 .03
03 .1
2.
03

Figura 5.2 – Concentrações de CO2 medido dentro da chaminé, antes da


68

Figura 5.1– Concentrações de CO medido dentro da chaminé, antes da reforma


NO2 (ppm)
17
NO (ppm)

0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
.1
1
18 .03 17

0
50
100
150
200
250
300
350
400

.1 .1
1 1
19 .03 18 .03
.1 .1
1 1
20 .03 19 .03
.1 .1
1 1
20 .03 20 .03
.1 .1
1 1
21 .03 20 .03
.1 .1
1 1
21 .03 21 .03
.1 .1
1 1
21 .03 21 .03
.1 .1
1 1
24 .03 21 .03
.1 .1
1 1
24 .03 24 .03
.1 .1
1 1
24 .03 24 .03
.1 .1
1 1
24 .03 24 .03
.1 .1
1 1
25 .03 24 .03
.1 .1
1 1
25 .03 25 .03
.1 .1
1 1
25 .03 25 .03
.1 .1
1 1
25 .03 25 .03
.1 .1
1 1
26 .03 25 .03

Data
.1 .1
1 1

caldeira.
26 .03

Data
26 .03
.1 .1
1 1
26 .03 26 .03
.1 .1
1 1
26 .03 26 .03
.1 .1

reforma da caldeira.
1 1
26 .03 26 .03
.1 .1
1 1
26 .03 26 .03
.1 .1
1 1
27 .03 26 .03
.1 .1
1 1.
27 .03 27 03
.1 .1
1 1
27 .03 27 .03
.1 .1
1 1
08 .03 27 .03
.1 .1
2. 1
08 03 08 .03
.1 .1
2 2.
08 .03 08 03
.1 .1
2 2
08 .03 08 .03
.1 .1
2 2
09 .03 08 .03
.1 .1
2. 2
03 09 .03
.1
Figura 5.3 – Concentrações de NO medido dentro da chaminé, antes da

2.
03

Figura 5.4 – Concentrações de NO2 dentro da chaminé, antes da reforma da


69
70

400

350

300

250
NOx (ppm)

200

150

100

50

0
18 .03

19 .03

20 .03

20 .03

21 .03

21 .03

21 03

24 .03

24 .03

24 03

24 .03

25 03

25 .03

25 03

25 .03

26 .03

26 .03

26 .03

26 03

26 .03

26 .03

27 .03

27 .03

27 .03

08 03

08 .03

08 .03

08 .03

09 .03
03
1.

1.

1.

1.

1.

1.

2.
1

2
.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1
17

Data

Figura 5.5 – Concentrações de NOx dentro da chaminé, antes da reforma da


caldeira.

O quadro 5.2, e as figuras 5.6 e 5.7, mostram os resultados das


concentrações dos poluentes atmosféricos na base da chaminé da caldeira, antes
de sua reforma.

O maior valor de CO observado, foi 9,7 ppm no dia 24.11.03 às


19:56h. Das 30 medições realizadas, 22 valores foram nulos . O valor máximo de
NO avaliado, foi 31,9 ppm em 08.12.03 às 15:50h e a menor concentração medida,
foi 0,1 ppm no dia 21.11.03 às 13:17h.

O quadro 5.3 e a figura 5.8, apresentam as concentrações de NO, a


10m da base da chaminé, antes da reforma da caldeira.

A concentração máxima de NO medido, foi 1,7 ppm em 08.12.03 às


19:14h e o menor valor obtido, foi 0,0 ppm em 21.11.03 às 13:19h.

Os fatores que, provavelmente, influenciaram na variação da


concentração de NO, se deve a falta de padronização na mistura de ar-combustível,
má dispersão do poluente gasoso, devido à ação dos ventos e a heterogeneidade na
composição química do óleo combustível utilizado.
Quadro 5.2 – Concentrações de poluentes e condições atmosféricas na base da chaminé da caldeira, antes da reforma.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
17.11.03

18.11.03

19.11.03

20.11.03

20.11.03

21.11.03

21.11.03

21.11.03

24.11.03

24.11.03

24.11.03

24.11.03

25.11.03

25.11.03

25.11.03

25.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

27.11.03

27.11.03

27.11.03

08.12.03

08.12.03

08.12.03

08.12.03

09.12.03
DATA

Horário 10:38 11:16 15:34 10:26 15:15 10:05 13:17 15:50 10:07 15:14 17:05 19:56 10:01 15:56 19:51 19:56 10:52 11:08 16:47 17:58 19:58 20:10 19:35 05:45 20:06 15:35 15:50 19:05 19:12 15:10

O2(%) 21,0 21,1 20,7 20,9 20,8 20,9 20,9 20,4 20,9 20,6 20,9 20,6 21,0 21,0 20,8 21,0 21,0 21,0 21,0 21,0 21,1 20,8 21,0 20,4 20,7 20,8 19,3 20,4 21,0 20,6

H2(ppm) 0,0 15,0 13,0 18,0 0,0 0,0 2,0 0,0 1,0 1,0 0,0 4,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 52,0 4,0 0,0 0,0 9,0 0,0 3,0 47,0 3,0 33,0 0,0 11,0 33,0

CO (ppm) 0,0 7,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,2 0,0 0,0 0,3 9,7 0,0 0,0 3,7 0,0 0,0 6,8 0,0 0,0 0,0 4,5 0,0 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

NO (ppm) 2,4 2,0 4,2 1,0 2,5 2,4 0,1 14,2 1,8 1,2 1,9 13,1 2,7 1,4 7,3 2,2 1,2 3,8 1,7 1,9 1,9 9,2 0,6 2,1 0,9 1,5 31,9 18,3 3,8 12,0

TA (ºC) 34,0 29,4 35,6 27,9 33,4 28,9 36,8 39,4 34,3 40,7 40,2 30,4 33,1 38,5 30,0 30,0 27,1 27,1 30,5 25,8 25,8 25,8 25,8 25,8 25,8 33,0 33,0 29,5 29,5 25,7
PA
(mm Hg) 707,5 706,5 709,6 710,0 712,5 710,3 710,3 710,3 708,8 707,5 708,2 708,2 710,9 707,4 708,2 708,2 710,2 710,2 713,2 712,5 712,5 712,5 710,2 710,2 709,7 710,2 708,2 708,2 708,2 712,5
UR (%) 49,0 70,0 26,0 39,0 38,0 43,0 36,0 28,0 62,0 43,0 45,0 67,0 60,0 46,0 64,0 53,0 60,0 55,0 66,0 64,0 64,0 66,0 40,0 43,0 37,0 49,0 37,0 62,0 43,0 69,0

OBS: 1. A emissão de CO2 e NO2 não foram detectadas pelo analisador Testo 350 XL.
2. As medições foram realizadas a altura de 1,5m.

71
NO (ppm)
17
.1 CO (ppm)

0
5
10
15
20
25
30
35
1
18 .03 17
.1

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
.1
1 1 10
19 .03 18 .03
.1 .1
1. 1.
20 03 19 03
.1 .1
1 1
20 .03 20 .03
.1 .1
1. 1.
21 03 20 03
.1 .1
1 1
21 .03 21 .03
.1 .1
1. 1
21 03 21 .03
.1 .1
1 1
24 .03 21 .03
.1
.1
1. 1
24 03 24 .03
.1
.1
1 1
24 .03 24 .03
.1 .1
1. 1.
24 03 24 03
.1
.1 1
1 24 .03
25 .03 .1
.1 1.
1. 25 03
25 03 .1
.1 1
1 25 .03
25 .03 .1
.1 1
1 25 .03
25 .03 .1
.1 1.
1 25 03
26 .03 .1

Data
.1 1
1 26 .03
Data

26 .03 .1

caldeira.
.1 1
1 26 .03
26 .03 .1
.1 1
1 26 .03
26 .03 .1
.1 1.
1
26 .03 reforma da caldeira. 26 03
.1
1
.1
1. 26 .03
26 03 .1
.1 1.
1 26 03
27 .03 .1
.1 1
1 27 .03
27 .03 .1
.1 1
1 27 .03
27 .03 .1
.1 1
1. 27 .03
08 03 .1
.1 1
2 08 .03
.1
08 .03
.1 2
2. 08 .03
.1
08 03
.1 2
2 08 .03
08 .03 .1
2.
.1 08 03
2. .1
09 03 2
.1 09 .03
2. .1
03 2.
03
Figura 5.6 – Concentrações de CO medido na base da chaminé, antes da

Figura 5.7 – Concentrações de NO na base da chaminé, antes da reforma da


72
Quadro 5.3 – Concentrações de poluentes atmosféricos e condições atmosféricas à 10m da base da chaminé da caldeira,
antes da reforma.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
17.11.03

18.11.03

19.11.03

20.11.03

20.11.03

21.11.03

21.11.03

21.11.03

24.11.03

24.11.03

24.11.03

24.11.03

25.11.03

25.11.03

25.11.03

25.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

26.11.03

27.11.03

27.11.03

27.11.03

08.12.03

08.12.03

08.12.03

08.12.03

09.12.03
DATA

Horário 10:40 11:19 15:39 10:28 15:14 10:11 13:19 15:53 10:09 15:16 17:07 19:58 10:03 16:01 19:52 19:58 10:56 11:10 16:49 17:09 20:00 20:12 19:55 19:50 20:30 15:37 15:53 19:07 19:14 15:13

O2(%) 21,1 21,1 20,9 21,0 20,9 21,0 20,9 20,9 21,0 20,5 21,0 21,0 21,1 21,0 21,0 21,0 21,1 21,1 21,1 21,1 21,0 21,1 21,0 21,0 21,0 20,8 21,0 21,0 21,0 21,0
H2
(ppm) 0,0 15,0 38,0 34,0 0,0 0,0 3,0 0,0 7,0 5,0 3,0 0,0 4,0 0,0 0,0 0,0 5,0 45,0 4,0 27,0 0,0 9,0 28,0 24,0 67,0 16,0 48,0 4,0 13,0 40,0
NO
(ppm) 1,2 1,1 0,6 0,4 0,8 1,1 0,0 0,6 0,6 0,5 0,9 0,6 1,3 0,7 0,9 0,9 0,6 0,8 0,9 1,0 0,8 1,2 0,2 0,3 1,0 0,9 1,1 1,3 1,7 1,4

TA (ºC) 30,7 29,4 35,6 27,9 33,4 28,9 36,8 39,4 34,3 40,7 40,2 30,4 33,1 38,5 30,0 30,0 27,1 27,1 30,5 30,5 25,8 25,8 25,0 25,8 25,8 33,0 33,0 29,5 29,5 25,7
PA
(mm Hg) 763,5 762,7 765,8 768,9 768,9 766,6 766,6 768,9 765,0 763,5 764,3 708,2 710,9 707,4 708,2 708,2 710,2 710,2 713,2 712,5 712,5 710,2 710,2 710,2 710,2 710,2 708,2 708,2 708,2 712,5
UR (%) 48,0 66,0 28,0 43,0 33,0 43,0 33,0 29,0 52,0 37,0 37,0 67,0 53,0 39,0 48,0 46,0 55,0 54,0 62,0 62,0 61,0 55,0 54,0 47,0 54,0 42,0 33,0 54,0 37,0 66,0

OBS: 1. As emissões de CO, CO2, e NO2 não foram detectadas pelo analisador Testo 350 XL.
2. As medições foram realizadas a 1,5m do solo.

73
74

1,8

1,6

1,4

1,2
NO (ppm)

0,8

0,6

0,4

0,2

0
18 03

19 03

20 03

20 .03

21 03

21 .03

21 03

24 03

24 .03

24 03

24 .03

25 03

25 03

25 03

25 .03

26 03

26 .03

26 03

26 03

26 03

08 03
26 .03

27 03

09 03
27 03

27 .03

08 03

08 .03

08 03

03
1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

2.

2.

2.

2.
1

2
.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1

.1
17

Data

Figura 5.8 – Concentrações de NO a 10m da base da chaminé, antes da reforma


da caldeira.

O quadro 5.4 e as figuras 5.9, 5.10, 5.11 e 5.12, apresentam os


resultados das medições dos níveis médios de ruídos sonoros emitidos pela
caldeira, antes da reforma.

Quadro 5.4 – Emissões de ruídos gerados pela caldeira antes da reforma.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
18.11.03

19.11.03

20.11.03

21.11.03

24.11.03

25.11.03

26.11.03

27.11.03

08.12.03

09.12.03

Data

Horário (h) 10:45 15:40 15:20 10:10 10:10 20:02 18:10 15:55 15:42 15:16

Distância(m) Nível de ruídos (dB A) médio

1 91,4 91,1 89,7 90,7 91,1 90,5 90,2 91,2 90,8 90,4
2 85,1 84,7 84,7 82,9 84,8 83,8 83,2 84,4 83,9 84,5
4 79,7 79,2 80,4 78,3 78,8 78,4 79,9 78,5 79,0 79,2
8 76,9 75,1 73,5 73,2 74,4 74,3 75,3 74,2 75,6 75,0
75

92

91,5

91

90,5
dB

90

89,5

89

88,5
18.11.03 19.11.03 20.11.03 21.11.03 24.11.03 25.11.03 26.11.03 27.11.03 08.12.03 09.12.03
Data

Figura 5.9 – Níveis de ruídos a 1m da caldeira antes da reforma.

85,5

85

84,5

84
dB

83,5

83

82,5

82

81,5
18.11.03 19.11.03 20.11.03 21.11.03 24.11.03 25.11.03 26.11.03 27.11.03 08.12.03 09.12.03
Data

Figura 5.10 – Níveis de ruídos a 2m da caldeira, antes da reforma.


76

81

80,5

80

79,5
dB

79

78,5

78

77,5

77
18.11.03 19.11.03 20.11.03 21.11.03 24.11.03 25.11.03 26.11.03 27.11.03 08.12.03 09.12.03
Data

Figura 5.11 – Níveis de ruídos a 4m da caldeira, antes da reforma.

78

77

76

75
dB

74

73

72

71
18.11.03 19.11.03 20.11.03 21.11.03 24.11.03 25.11.03 26.11.03 27.11.03 08.12.03 09.12.03
Data

Figura 5.12 – Níveis de ruídos a 8m da caldeira, antes da reforma.


77

Notam-se, que os maiores e os menores níveis de ruídos sonoros


registrados, foram respectivamente: a 1m da caldeira, 91,4 dB no dia 18.11.03 às
10:45h e 89,7 dB em 20.11.03 às 15:20h, a 2m da caldeira, de 85,1 dB em 18.11.03
às 10:45h e 82,9 dB em 21.11.03 às 10:10h, a 4m da caldeira, de 80,4 dB em
20.11.03 às 15:20h e 78,3 dB em 21.11.03 às 10:10h, e a 8m da caldeira, 76,9 dB
em 18.11.03 às 10:45h e 73,2 dB em 21.11.03 às 10:10h.

5.2. Resultados após a reforma da caldeira

Após a realização da reforma da caldeira, repetiram-se novamente as


30 medições das concentrações dos poluentes atmosféricos e de ruídos sonoros.

No quadro 5.5 e nas figuras 5.13, 5.14, 5.15, 5.16 e 5.17, são
observados que a maior concentração de CO encontrado, foi 117,2 ppm em
12.03.04 às 20:51h e o menor valor, foi 0,0 ppm em 09.03.04 às 09:39h. O maior e o
menor valor de CO2 foram 11,6% e 5,1% ocorridos, respectivamente, em 15.03.04
às 13:58h e em 09.03.04 às 09:29h. A emissão máxima de NOx, foi 386,3 ppm em
19.03.04 às 10:55h e a mínima, foi 231,1 ppm em 16.03.04 às 20:32h.

No quadro 5.6 e nas figuras 5.18 e 5.19, têm-se os resultados das


medidas das concentrações dos poluentes gasosos analisados na base da chaminé
da caldeira, a altura de 1,5m, após a reforma.

Verificam-se, que o valor máximo de CO medido pelo analisador de


poluentes atmosféricos, foi 0,7 ppm em 08.03.04 às 15:02h. Das 30 medições de CO
realizadas, 27 medidas, foram 0,0 ppm. Os valores máximos e mínimos de NO
observados na base da chaminé, foram 34,6ppm e 1,5ppm medidos,
respectivamente, em 11.03.04 às 19:36h e em 09.03.04 às 09:32h.
Quadro 5.5 – Concentrações de poluentes atmosféricos lançados pela chaminé e condições atmosféricas após reforma
da caldeira.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
08.03.04

08.03.04

09.03.04

09.03.04

09.03.04

09.03.04

10.03.04

10.03.04

11.03.04

11.03.04

12.03.04

12.03.04

12.03.04

12.03.04

15.03.04

15.03.04

15.03.04

15.03.04

16.03.04

16.03.04

16.03.04

16.03.04

17.03.04

17.03.04

17.03.04

17.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04
DATA

Horário 14:47 14:59 09:29 09:39 14:11 09:20 14:10 11:20 19:25 19:34 10:25 10:33 20:42 20:51 13:52 13:58 19:19 19:39 15:34 15:52 20:25 20:32 14:50 14:58 18:55 19:20 10:46 10:55 14:13 14:19

O2(%) 11,4 10,2 12,0 4,3 10,2 10,1 10,3 10,1 11,2 11,1 10,3 10,7 11,3 11,7 9,8 0,5 1,8 9,8 9,7 9,6 8,1 9,1 8,1 8,6 9,5 8,9 9,6 1,8 8,2 8,6

H2(ppm) 10,5 122,0 0,0 10,0 0,0 12,0 0,0 12,0 0,0 12,0 0,0 9,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 10,0 0,0 36,0 1,0 12,4 0,0 12,0 0,0 1,0 0,0 20,0 0,0 9,0
CO
45,3 57,0 79,8 0,0 31,4 30,0 47,9 30,0 117,0 81,2 112,3 89,8 49,1 117,2 25,9 40,5 0,7 38,5 38,1 21,1 28,8 21,1 36,0 34,9 33,0 29,5 65,1 5,9 41,7 36,7
(ppm)

CO2 (%) 5,4 6,1 5,1 9,5 6,1 6,2 6,1 6,2 5,5 5,6 6,1 5,8 5,5 5,3 6,4 11,6 10,9 6,3 6,4 6,4 7,3 6,7 7,3 7,0 6,5 6,8 6,4 10,9 7,3 6,9
NO
312,0 290,0 294,7 352,2 299,6 299,7 297,7 299,7 299,2 299,4 291,8 306,7 291,4 297,6 318,6 312,5 350,9 295,0 302,1 325,5 321,5 231,1 325,8 327,4 318,3 316,4 306,2 386,3 318,3 318,7
(ppm)
NO2
0,0 0,0 1,1 1,7 0,0 0,0 0,0 0,0 1,7 1,9 0,6 0,0 0,6 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0
(ppm)
NOx
312,0 290,0 295,8 353,9 299,6 299,7 297,7 299,7 300,9 301,3 292,4 306,7 292,0 298,2 318,6 312,5 350,9 295,0 302,1 325,5 321,5 231,1 325,8 327,4 319,2 316,6 306,2 386,3 318,3 318,7
(ppm)
TF (ºC) 316,9 311,5 317,0 265,4 333,6 333,5 335,2 333,5 302,0 291,2 306,4 327,3 299,3 318,4 329,5 275,6 381,5 321,7 349,0 331,2 314,7 332,8 347,6 348,2 331,9 334,2 331,7 296,1 349,3 353,7

TA (ºC) 33,8 33,8 36,3 36,3 36,9 36,9 37,3 36,9 28,7 28,7 29,2 30,8 28,4 28,4 33,8 33,8 27,2 27,2 32,8 32,8 28,0 28,0 36,3 36,3 32,1 32,1 30,5 30,5 36,4 36,4

PO (ºC) 48,2 49,9 47,2 57,0 49,9 50,1 49,8 50,1 48,4 48,7 49,9 49,3 48,4 47,7 50,6 60,6 59,4 50,5 50,7 50,8 52,8 51,5 52,8 52,1 51,0 51,7 50,7 59,4 52,6 51,9
PA
712,5 712,5 716,3 716,3 715,5 715,5 714,8 714,5 713,2 713,2 712,5 712,5 708,2 709,7 711,7 711,7 710,2 710,2 708,9 708,9 708,9 709,7 709,7 708,7 709,7 709,7 710,9 710,9 709,7 710,9
(mm Hg)
UR (%) 52,0 44,0 59,0 52,0 45,0 35,0 51,3 43,7 86,0 77,0 71,0 58,0 70,0 76,0 81,0 77,0 72,0 79,0 55,0 48,0 67,0 68,0 48,0 35,0 69,0 73,0 47,0 41,0 63,0 61,0
OBS: As concentrações de O2 e H2 medidos pelo analisador Testo – 350 XL não serão estudadas pois as quantidades apresentadas não são consideradas
poluidores atmosféricos.

78
CO (ppm)
CO2 (%)
08

0
20
40
60
80
100
120
08 .0
.0 3

0
2
4
6
8
10
12
3 08 .04
08 .04 .0
.0 3
3. 09 .04
09 04 .0
.0 3
3 09 .04
09 .04 .0
.0
3. 3
09 04 09 .04
.0 .0
3 3
09 .04 09 .04
.0 .0
3 3
10 .04 10 .04
.0 .0
3 3.
10 .04 10 04
.0 .0
3 3
11 .04 11 .04
.0 .0
3 3
11 .04 11 .04
.0 .0
3. 3
12 04 12 .04
.0 .0
3 3
12 .04 12 .04
.0 .0
3. 3
12 04 12 .04
.0 .0
3 3.
12 .04 12 04
.0 .0
3. 3
15 04 15 .04
.0 .0
3 3
15 .04 15 .04
.0 .0
3 3
15 .04

Data
.0 15 .04

Data
3 .0
3
15 .04 15 .04
.0
3 .0
3

caldeira.
caldeira.
16 .04
.0 16 .04
3 .0
16 .04 3.
.0 16 04
3 .0
16 .04 3
.0 16 .04
3. .0
16 04 3
.0 16 .04
3 .0
17 .04 3.
.0 17 04
3. .0
17 04 3
.0 17 .04
3 .0
17 .04 3
.0 17 .04
3 .0
17 .04 3.
.0
3 17 04
.0
19 .04 3
.0
3 19 .04
.0
19 .04
.0 3
3 19 .04
.0
19 .04
.0 3
3 19 .04
19 .04 .0
.0 3
3. 19 .04
04 .0
3.
04
Figura 5.13 – Concentrações de CO dentro da chaminé, após a reforma da

Figura 5.14 – Concentrações de CO2 dentro da chaminé, após a reforma da


79
NO2 (ppm)
08 NO (ppm)

0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
.0
3 08

0
50
100
150
200
250
300
350
400

08 .04 .0
.0 3
3 08 .04
09 .04 .0
.0 3
3 09 .04
09 .04 .0
.0 3
3 09 .04
09 .04 .0
.0 3
3 09 .04
09 .04 .0
.0 3.
3 09 04
10 .04 .0
.0 3
3 10 .04
10 .04 .0
.0 3
3 10 .04
11 .04 .0
.0 3
3 11 .04
11 .04 .0
.0 3
3 11 .04
12 .04 .0
.0 3
3 12 .04
12 .04 .0
.0 3
3 12 .04
12 .04 .0
.0 3
3 12 .04
12 .04 .0
.0 3
3 12 .04
15 .04 .0
.0 3
3 15 .04
15 .04 .0
.0 3
3 15 .04
15 .04 .0

Data
.0 3
3 15 .04

Data

caldeira.
15 .04 .0
.0 3
3

da caldeira.
15 .04
16 .04 .0
.0 3
3 16 .04
16 .04 .0
.0 3
3 16 .04
16 .04 .0
.0 3
3 16 .04
16 .04 .0
.0 3
3. 16 .04
17 04 .0
.0 3
3 17 .04
17 .04 .0
.0 3
3 17 .04
17 .04 .0
.0 3
3 17 .04
17 .04 .0
.0 3
3. 17 .04
19 04 .0
.0 3.
3 19 04
19 .04 .0
.0 3
3 19 .04
19 .04 .0
.0 3
3 19 .04
19 .04 .0
.0 3
3. 19 .04
04 .0
3.
04

Figura 5.16– Concentrações de NO2 dentro da chaminé, após a reforma da


Figura 5.15 – Concentrações de NO dentro da chaminé, após a reforma
80
NOx (ppm)
08
.0

0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
3
08 .04
.0
3.
09 04
.0
3
09 .04
.0
3
09 .04
.0
3.
09 04
.0
3
10 .04
.0
3.
10 04
.0
3
11 .04
.0
3.
11 04
.0
3
12 .04
.0
3
12 .04
.0
3
12 .04
.0
3
12 .04
.0
3
15 .04
.0
3.
15 04
.0
3
15 .04
Data

caldeira.
.0
3.
15 04
.0
3
16 .04
.0
3.
16 04
.0
3
16 .04
.0
3.
16 04
.0
3
17 .04
.0
3.
1 7 04
.0
3
17 .04
.0
3
17 .04
.0
3.
19 04
.0
3
19 .04
.0
3.
19 04
.0
3
19 .04
.0
3.
04
Figura 5.17 – Concentrações de NOx dentro da chaminé, após a reforma da
81
Quadro 5.6 – Concentrações de poluentes atmosféricos e condições atmosféricas na base da chaminé, após a reforma da
caldeira.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
08.03.04

08.03.04

09.03.04

09.03.04

09.03.04

09.03.04

10.03.04

10.03.04

11.03.04

11.03.04

12.03.04

12.03.04

12.03.04

12.03.04

15.03.04

15.03.04

15.03.04

15.03.04

16.03.04

16.03.04

16.03.04

16.03.04

17.03.04

17.03.04

17.03.04

17.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04
DATA

Horário 14:36 15:02 09:32 09:40 09:11 14:22 09:11 14:18 19:28 19:36 10:26 10:34 20:43 20:52 13:54 14:04 19:33 19:40 15:36 15:53 20:26 20:33 14:51 14:59 18:57 19:14 10:47 11:54 14:14 14:21

O2(%) 20,1 19,7 21,0 21,0 20,5 20,3 20,0 20,3 20,7 20,1 20,3 20,8 20,3 20,6 20,6 20,7 20,3 20,2 20,9 20,9 20,4 20,8 20,6 20,4 21,0 20,8 20,8 20,9 19,9 20,8

H2(ppm) 73,0 35,0 2,0 15,0 6,0 18,0 6,0 24,0 17,0 22,0 7,0 27,0 3,0 15,0 5,0 26,0 8,0 15,0 4,0 44,0 5,0 9,0 5,0 19,0 2,0 7,0 8,0 26,0 3,0 15,0
CO
(ppm) 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0
NO
(ppm) 12,9 28,0 1,5 1,7 17,6 25,4 27,2 16,3 13,9 34,6 20,0 8,9 19,6 15,7 10,2 7,0 20,5 34,2 3,6 3,7 19,6 8,3 10,3 15,2 10,1 10,6 7,1 5,2 29,1 7,2

TA (ºC) 33,8 33,8 36,3 36,3 36,9 36,9 37,3 37,3 28,7 28,7 29,2 29,2 28,4 28,4 33,8 33,8 27,2 27,2 32,8 32,8 28,0 28,0 36,3 36,3 32,1 32,1 30,5 30,5 36,4 36,4
PA
(mm Hg) 711,7 712,5 716,3 716,3 715,5 715,5 714,8 714,0 713,2 713,2 712,5 712,5 708,2 709,7 711,7 711,7 710,2 710,2 708,9 708,9 708,9 710,9 709,7 709,7 709,7 709,7 710,9 710,9 709,7 710,9

UR (%) 42,0 50,0 53,0 43,0 45,0 33,0 63,0 52,0 74,0 56,0 66,0 75,0 75,0 61,0 65,0 51,0 75,0 79,0 54,0 53,0 67,0 68,0 46,0 36,0 70,0 72,0 51,0 40,0 54,0 46,0

OBS: 1. As emissões de CO, CO2 e NO2 não foram detectadas pelo analisador Testo – 350 XL.
2. As medições foram realizadas a 1,5m do solo.

82
NO (ppm) CO (ppm)

15:04h.
08 08

0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7

.0 .0

0
5
10
15
20
25
30
35
40
3 3.
04
08 .04 08
.0 .0
3 3.
04
09 .04 09
.0 .0
3. 3
09 04 09 .04
.0 .0
3 3.
09 .04 09 04
.0 .0
3 3
09 .04 0 9 .0 4
.0 .0
3 3.
10 .04 10 04
.0 .0
3. 3
10 04 10 .04
.0 .0
3 3
11 .04 11 .0 4
.0 .0
3 3.
11 .04 11 04
.0 .0
3 3
12 .04 12 .04
.0 .0
12 04
3. 3
.0 12 .04
3 .0
12 .04 3
.0 12 .04
3 .0
3
12 .04 12 .04
.0
3 .0
3.
15 .04
.0 15 04
3. .0
15 04 3
.0 1 5 .0 4
3 .0
15 .04 3.

Data
.0 15 04
3 Data .0
15 .04 3
.0 15 .04

caldeira.
caldeira.
3 .0
16 .04 3
.0 16 .0 4
3. .0
16 04 3.
.0 16 04
3 .0
16 .04 3
.0 16 .04
3 .0
16 .04 3
.0 16 .04
3. .0
17 04 3
.0 17 .04
3 .0
17 .04 3
.0 17 .04
3. .0
17 04 3.
.0
3 17 04
.0
17 .04 3
.0 17 .04
3. .0
19 04 3
.0
3 19 .04
19 .04 .0
.0 3.
3 19 04
.0
19 .04
.0 3
3 1 9 .0 4
19 .04 .0
.0 3.
3. 19 04
04 .0
3.
04

Figura 5.19 – Concentrações de NO na base da chaminé, após a reforma da


Figura 5.18 – Concentrações de CO na base da chaminé, após a reforma da
83

a 10m da base da chaminé da caldeira e a altura de 1,5m, após a reforma, foi 2,2
ppm em 19.03.04 às 10:55h e o menor valor registrado, foi 0,0 ppm em 08.03.04 às
O quadro 5.7 e a figura 5.20, mostram que o maior valor de NO medido
Quadro 5.7 – Concentrações de poluentes atmosféricos a 10m da base da chaminé e condições atmosféricas após
reforma da caldeira

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
08.03.04

08.03.04

09.03.04

09.03.04

09.03.04

09.03.04

10.03.04

10.03.04

11.03.04

11.03.04

12.03.04

12.03.04

12.03.04

12.03.04

15.03.04

15.03.04

15.03.04

15.03.04

16.03.04

16.03.04

16.03.04

16.03.04

17.03.04

17.03.04

17.03.04

17.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04
DATA

Horário 14:39 15:04 09:33 09:42 09:15 14:24 09:13 14:19 19:30 19:37 10:28 10:37 20:45 20:56 13:55 14:02 19:35 19:43 15:37 15:55 20:28 20:35 14:52 15:00 18:58 19:15 10:48 10:55 14:15 14:22
O2(%) 20,5 21,2 21,1 21,0 21,0 21,1 20,8 20,8 21,1 21,1 21,0 21,0 21,0 21,1 21,0 20,9 21,1 21,1 21,0 21,0 21,0 21,1 21,0 20,9 21,1 21,0 21,0 20,9 21,0 21,0

H2(ppm) 84,0 39,0 2,0 18,0 7,0 21,0 6,0 20,0 19,0 22,0 12,0 43,0 6,0 16,0 8,0 22,0 14,0 16,0 7,0 47,0 6,0 12,0 5,0 21,0 3,0 7,0 15,0 16,0 8,0 19,0

NO (ppm) 0,1 0,0 0,5 0,7 1,0 0,9 1,0 1,3 1,5 1,7 1,3 1,5 1,5 1,7 0,9 0,9 0,8 1,4 1,2 1,2 1,2 1,4 0,7 1,1 0,6 1,6 1,6 2,2 1,6 1,7

TA (ºC) 33,8 33,8 36,3 36,3 36,9 36,9 37,3 37,3 28,7 28,7 29,2 29,2 28,4 28,4 33,8 33,8 27,2 27,2 32,8 32,8 28,0 28,0 36,3 36,3 32,1 32,1 30,5 30,5 36,4 36,4
PA
(mm Hg) 711,7 712,5 714,8 714,0 716,3 716,3 715,5 715,5 713,2 713,2 712,5 712,5 708,2 709,7 709,7 709,7 709,7 709,7 711,7 711,7 710,2 710,2 708,9 708,9 708,9 708,9 710,9 710,9 709,7 710,9
UR (%) 35,0 36,0 47,0 43,0 36,0 36,0 33,0 24,0 46,0 38,0 59,0 49,0 53,0 40,0 38,0 35,0 67,0 69,0 40,0 33,0 77,0 81,0 52,0 36,0 68,0 68,0 37,0 39,0 41,0 38,0

OBS: 1. As concentrações de CO, CO2, e NO2 não foram detectadas pelo analisador Testo – 350 XL,
2. As medidas foram realizadas a 1,5m do solo.

84
85

2,5

1,5
NO (ppm)

0,5

0
08 .04

09 .04

09 .04

09 04

09 .04

10 .04

10 04

11 .04

11 .04

12 04

12 .04

12 04

12 .04

15 .04

15 04

15 .04

15 .04

16 04

16 .04

16 04

16 .04

17 04

17 .04

17 .04

17 .04

19 04

19 .04

19 04

19 .04
04
3.

3.

3.

3.

3.

3.

3.

3.

3.

3.

3.
3

3
.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0

.0
08

Data

Figura 5.20 – Concentrações de NO a 10m da base da chaminé, após a reforma


da caldeira.

A variação dos valores de NO obtidos é, provavelmente, oriunda dos


seguintes fatores: mistura da quantidade de ar-combustível adotado por cada
operador de caldeira, dispersão dos poluentes gasosos, devido a velocidade dos
ventos no momento da medida, não homogeneidade na composição química do
combustível utilizado e variação da demanda de vapor d’água solicitada pelo
hospital.

O quadro 5.8 e as figuras 5.21, 5.22, 5.23 e 5.24, apresentam os níveis


médios de ruídos acústicos emitidos pela caldeira, após a reforma.

Quadro 5.8 – Emissões de ruídos sonoros gerados pela caldeira após reforma.
N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
08.03.04

09.03.04

11.03.04

15.03.04

16.03.04

19.03.04

19.03.04

19.03.04
12.03.04

17.03.04

Data

Horário (h) 15:15 09:25 19:45 20:51 14:10 15:40 20:32 15:06 10:52 11:00
Distância Nível de ruídos dB (A) médio
(m)
1 85,1 86,6 86,8 85,3 87,3 85,9 87,3 87,1 87,4 86,9
2 82,2 82,0 81,1 78,9 81,7 81,3 81,4 81,4 81,0 78,8
4 75,9 76,7 75,7 76,0 77,4 77,1 77,9 77,2 76,0 76,6
8 70,1 70,7 71,8 72,5 72,2 71,7 74,3 73,4 72,1 71,4
86

88

87,5

87

86,5

86
dB

85,5

85

84,5

84

83,5
08.03.04 09.03.04 11.03.04 12.03.04 15.03.04 16.03.04 17.03.04 19.03.04 19.03.04 19.03.04
Data

Figura 5.21 – Níveis de ruídos a 1m da caldeira após a reforma.

83

82

81
dB

80

79

78

77
08.03.04 09.03.04 11.03.04 12.03.04 15.03.04 16.03.04 17.03.04 19.03.04 19.03.04 19.03.04
Data

Figura 5.22 – Níveis de ruídos a 2m da caldeira, após a reforma.


87

78,5

78

77,5

77
dB

76,5

76

75,5

75

74,5
08.03.04 09.03.04 11.03.04 12.03.04 15.03.04 16.03.04 17.03.04 19.03.04 19.03.04 19.03.04
Data

Figura 5.23 – Níveis de ruído a 4m da caldeira, após a reforma.

75

74

73

72
dB

71

70

69

68
08.03.04 09.03.04 11.03.04 12.03.04 15.03.04 16.03.04 17.03.04 19.03.04 19.03.04 19.03.04
Data

Figura 5.24 – Níveis de ruídos a 8m da caldeira, após a reforma.


88

Observam-se que após a reforma, o maior nível de ruído sonoro médio


medido a 1m da caldeira, foi 87,4 dB em 19.03.04 às 10:52h, a 2m, foi de 82,2 dB
em 08.03.04 às 15:15h, a 4m, foi 77,9 dB em 17.03.04 às 20:32h e a 8m, foi 74,3 dB
em 17.03.04 às 20:32h. O menor ruído acústico verificado a 1m da caldeira, foi 85,1
dB em 08.03.04 às 15:15h, a 2m, foi 78,8 dB em 19.03.04 às 11:00h, a 4m, foi 75,7
dB em 11.03.04 às 19:45h e a 8m, foi 70,1 dB em 08.03.04 às 15:15h.

5.3. Comparação dos Poluentes Gasosos e Ruídos Sonoros antes e Após a


Reforma

A seguir, serão avaliadas as concentrações dos poluentes atmosféricos


medidos antes e após a reforma da caldeira.

O quadro 5.9, apresenta a comparação dos resultados


correspondentes a média aritmética dos níveis de concentração dos poluentes
lançados pela chaminé, antes e após a reforma da caldeira.
Quadro 5.9 – Média aritmética dos poluentes gasosos antes e após a caldeira
ser reformada.

Elementos Antes da Após a Variação


analisados Reforma Reforma (%)
O2 (%) 7,2 8,9 23,6
H2 (ppm) 37,1 9,6 -74,1
CO (ppm) 105,0 46,2 -56,0
CO2 (%) 7,7 6,9 -10,4
NO (ppm) 295,9 310,2 4,8
NO2 (ppm) 1,0 0,3 -70,0
NOx (ppm) 296,9 310,5 4,6
TF (ºC) 265,5 324,0 22,0
TA (ºC) 31,3 32,6 4,2
PO (ºC) 53,6 51,5 -3,9
PA (mmHg) 709,7 711,6 0,3
UR (%) 55,7 60,1 7,9
Obs: O sinal (-) indica que houve diminuição no valor medido

Observam-se, que as concentrações de CO, CO2 e NO2, diminuíram


com a reforma, enquanto os valores de NO e NOx, aumentaram.
89

O aumento na produção de NO e NOx foram devidos ao ganho de 58,5


ºC na temperatura do gás lançado pela chaminé, que ocasionou o acréscimo de 13,6
ppm de NOx, pois sabe-se que a produção de nitrogênio a partir da queima de óleo
combustível é proporcional a temperatura de queima do óleo utilizado.

No quadro 5.10, mostra-se a média aritmética das concentrações dos


poluentes analisados na base da chaminé da caldeira, a 1,5m do solo, antes e após
a reforma da caldeira.

Quadro 5.10 – Média aritmética dos poluentes gasosos na base da chaminé,


antes e após a reforma.
Elementos Antes Após Variação (%)
analisados da reforma a reforma
O (%) 20,8 20,5 -1,4
H2 (ppm) 8,3 15,7 89,2
CO (ppm) 1,3 0,1 -92,3
NO (ppm) 5,0 14,8 204,0
TA (ºC) 31,1 32,5 4,5
PA (mm Hg) 709,8 711,6 2,5
UR (%) 50,8 57,2 12,6
Obs: 1. O sinal (-) indica que houve diminuição no valor médio.
2. A emissão de CO2 e NO2 não foram detectados pelo analisador Testo 350 XL.

Neste caso, percebe-se que após a reforma, a concentração de CO


diminuiu, porém a de NO aumentou. O valor de CO diminuiu, devido a melhoria na
queima do combustível, e a de NO aumentou, devido ao acréscimo na produção de
nitrogênio, devido ao aumento de temperatura de combustão do óleo utilizado,
precipitado na base da caldeira.

O quadro 5.11, apresenta a média aritmética da concentração dos


poluentes gasosos a 10m da chaminé da caldeira e a 1,5m do solo, antes e após a
reforma da caldeira. A explicação do aumento da concentração de NO, após a
reforma, se deve ao aumento da quantidade de nitrogênio, devido ao acréscimo de
temperatura na queima de óleo combustível e a má dispersão no ar do poluente
gerado pela caldeira.
90

Quadro 5.11 – Média Aritmética dos poluentes gasosos medidos a 10m da


chaminé da caldeira, a altura de 1,5m do solo, antes e após a reforma da
caldeira.

Elementos analisados Antes da Após a Variação (%)


reforma reforma
O (%) 21,0 21,0 0,0
H2 (ppm) 14,6 18,0 23,3
NO (ppm) 0,9 1,2 33,3
TA (ºC) 31,1 32,5 4,5
PA (mm Hg) 730,5 711,6 -2,6
UR (%) 47,9 46,5 -2,9
Nota: Os valores de CO, CO2 e NO2 não foram detectados pelo analisador de poluentes Testo 350
XL.

Nas figuras 5.25 e 5.26, observam-se a emissão de fumaça e material


particulado, no momento da partida da caldeira, antes e após a reforma da mesma.

Figura 5.25 – Emissão de fumaça no momento de partida da caldeira, antes da


reforma.
91

Figura 5.26 – Emissão de fumaça no momento de partida da caldeira, após a


reforma

No instante em que a caldeira é ligada, nota-se que a quantidade de


fumaça (particulado) lançada pela caldeira diminuiu bastante, após a reforma, devido
a melhor queima de combustível utilizado. Percebeu-se também, que a quantidade
de fumaça lançada no momento da partida da caldeira, depende do operador
(caldeireiro), pois a mistura ar-combustível, é executada manualmente, onde cada
operador adota o seu próprio método particular. É importante informar, que a
quantidade de fumaça ocorreram apenas no momento de partida da caldeira, que
dura em torno de 30 segundos. Após este período a caldeira trabalha em regime
normal de funcionamento por, aproximadamente, 15 minutos para em seguida,
entrar em regime “Stand-by” por 10 minutos, repetindo o ciclo sucessivamente.

O quadro 5.12, mostra a média aritmética dos níveis de ruídos sonoros


produzidos pela caldeira, antes e após a reforma.

Após a reforma da caldeira, os níveis médios de ruídos sonoros


gerados a 1m, 2m, 4m e 8m, diminuíram em 4,0 dB, 3,2 dB, 2,4 dB e 2,8 dB,
respectivamente.
92

Quadro 5.12 – Níveis de ruídos emitidos pela caldeira antes e após a reforma
geral da caldeira.
Antes da reforma Após a reforma Variação
Distância Atenuação após a percentual em
(m) dB (A) dina/cm 2
dB (A) dina/cm 2
reforma em dB (A) dina/cm2 após a
reforma
5 4
1 90,7 2,3x10 86,7 9,3x10 4,0 -59,6
4 4
2 84,2 5,2x10 81,0 2,5x10 3,2 -51,9
4 3
4 79,1 1,6x10 76,7 9,3x10 2,4 -41,9
3 3
8 74,8 6,0x10 72,0 3,2x10 2,8 -46,7
93

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

6.1 Conclusões

Conclui-se, que a média aritmética da concentração de NOx, lançada


pela chaminé, após a reforma da caldeira, aumentou de 296,9 ppm para 310,5 ppm,
pois a média aritmética da temperatura dos gases lançados pela chaminé cresceu
de 265,5 ºC para 324,0 ºC. Segundo o BANCO DE DADOS AMERICADO – WORLD
BANK (1998), que limita em 300 mg/Nm3 (370 ppm), o valor máximo de NOx
lançados por usinas termelétricas convencionais à óleo combustível, conclui-se, que
tanto antes como após a reforma da caldeira, os valores obtidos estão abaixo dos
permitidos pela legislação americana.

Na base da chaminé a média aritmética da concentração de CO, após


a reforma, diminuiu de 1,3 ppm para 0,1 ppm. De acordo com o CONAMA –
RESOLUÇÃO 3 (1990) e a Agência de Proteção Ambiental Americana – EPA –
NAAQS (1996) que fixam a concentração máxima a de CO em 35,0 ppm nos locais
públicos, conclui-se, que a concentração do poluente medido, antes e após a
reforma da caldeira, estão em conformidade com os valores máximos estipulados
pelo órgão reguladores ambientais. Segundo CETESB (1998), na base da caldeira,
tanto antes como após a reforma, o ar ambiente é classificado como sendo de boa
qualidade, atendendo o padrão CONAMA 3 (1990).

A média aritmética de NO na base da chaminé, após a reforma


aumentou de 5,0 ppm para 14,8 ppm. A 10 m da base da chaminé da caldeira, após
a reforma a concentração média de NO aumentou de 0,9 ppm para 1,2 ppm.
Comparando com LORA (2000), que estabelece em 0,05 ppm o valor máximo de NO
permitido em locais públicos, conclui-se, que na base da caldeira e a 10m dela,
antes e após a reforma, o ar ambiente é considerado poluído, sendo nocivo à saúde
e ao bem estar do homem.

A emissão de ruídos acústicos gerados a 1m da caldeira, após a


reforma decresceu de 90,7 dB para 86,7 dB. Segundo o Ministério do Trabalho e
94

Previdência Social – MTPS (2003), o limite para 6 horas de exposição contínua a


ruídos sonoros é 87,0 dB. Conclui-se, que a média aritmética das medidas
realizadas, antes da reforma, estavam acima dos valores permitidos pela legislação
e após a reforma, ficaram abaixo do estipulado pelo órgão regulador.

Este estudo revelou que a reforma da caldeira acarretou como


benefícios, um ganho de 22,0% na temperatura de combustão do óleo combustível e
decréscimos de 56,0% na produção de CO, 10,4% de CO2, 70,0% de NO2, 59,6% de
ruído sonoro a 1m de distância e de material particulado, porém como prejuízo ao
meio ambiente passou a emitir mais 4,8% de NO e 4,8% de NOx.

O estudo de poluentes atmosféricos e de ruídos sonoros produzidos


por uma caldeira flamotubular a óleo combustível BPF-2A, não foi esgotado com a
apresentação deste trabalho, mas certamente, poderá contribuir como objetos de
estudos de outros projetos de geradores de energia a combustíveis fósseis.

O Hospital Universitário está aguardando a doação de uma caldeira a


gás natural, prometida pelo Governo do Estado. O convênio para abastecimento de
gás natural boliviano ao Hospital Universitário foi firmado em 2003, entre a UFMS e
a empresa MS GÁS. Substituir a caldeira óleo combustível BPF – 2A por gás natural
é uma alternativa interessante, por ser um energético que produz menos impacto
ambiental, pelo fato de queimar com muito mais facilidade, com elevado rendimento,
além de produzir menores níveis de ruídos sonoros.

6.2 Recomendações

A fim de melhorar a eficiência da caldeira, minimizando o impacto


ambiental, ressalta-se que devem ser desenvolvidos esforços adicionais no controle
da poluição atmosférica, adotando como estratégia a exigência de medidas
baseadas na melhor tecnologia de controle, visando reduzir os níveis de poluição
nas áreas tidas como saturadas, em relação aos padrões de qualidade do ar.

A seguir, serão citadas algumas recomendações observadas, que


poderão constituir um parâmetro de competitividade para atender a crescente
demanda por tecnologias de produção mais limpa e uma necessidade de adequação
aos mecanismos reguladores:
95

• É importante a manutenção da caldeira, pois irá resultar na melhoria do


rendimento e diminuição nos níveis de emissão de CO, CO2, NO2 e ruídos
sonoros.

• Substituição do óleo combustível por gás natural que irá reduzir a emissão
de poluentes atmosféricos tais como: CO, CO2, fumaça, material particulado e
ruídos, pois é sabido que o gás natural queima com maior facilidade, gerando
maior poder energético com baixos níveis de ruídos.

• Instalação de misturador ar-combustível automático substituindo o


misturador manual existente, a fim de se obter uma queima mais uniforme e
padronizada.

• Providenciar a instalação de equipamentos que removam os íons de cálcio


e magnésio da água utilizada pela caldeira, por processos de deionização ou
de osmose reversa, para reter o carbonato de cálcio que impregna as paredes
externas dos tubos de fogo da caldeira, aumentando sua eficiência, o período
de reforma e manutenção.

• Ministrar cursos de reciclagem aos operadores da caldeira, visto que,


durante as medições realizadas, foram verificadas grandes variações na
emissão dos poluentes gasosos, dependendo da mistura ar-combustível
realizada manualmente por cada caldeireiro, devendo para tal, adotar um
padrão de partida para a caldeira.

• Instalar filtro de material particulado na chaminé da caldeira, a fim de


reduzir a emissão de fumaça, reduzindo assim, a poluição visual e materiais
particulados em suspensão.

• Realizar um estudo de emissão de poluentes atmosféricos ao longo de um


ano, a fim de estudar a influência da sazonalidade anual, relacionadas com as
estações primavera, verão, outono e inverno.

• Avaliar a emissão de material particulado e sua composição, aplicando o


método do Amostrador de Grandes Volumes.
96

• Aplicar modelos matemáticos a fim de saber, até que distância da caldeira,


ocorre impacto ambiental, devido a emissão dos poluentes gasosos.
97

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABNT: Norma da NBR – 10152 de dezembro de 1987, define os níveis


de ruídos compatíveis com o conforto acústico em diversos
ambientes.

2. ABNT-NR13: Norma regulamentadora n° 13. Legislação sobre


caldeiras em vigor, aprovada pela portaria 3214/79 do Ministério do
Trabalho, alterada pela portaria 23 de 27/12/94, republicada em 26/04/95.

3. ALVES, F. Cubatão: Soluções pendentes. Editorial. Saneamento


Ambiental, n°38. Abril/maio. 1996.p.3.

4. AMBIENTE GLOBAL. Meio ambiente e as diversas formas de poluição.


Disponível em <http://www.ge...py/9399/Ambiente Global/intro.html>.
Acesso em março de 2003.

5. ANSI 51.4 – American National Standards Institute. Estabelece normas de


especificação de decibelímetro.

6. AMBIENTE GLOBAL. Smog Fotoquímico. Disponível em


<http://AmbienteGlobal/air/gases.html>. Acesso em março de 2003.

7. ARRUDA, J.J.A. História moderna e contemporânea. 8 ed. São


Paulo/SP: Ática, 1977.p.119-128.

8. BRASIL. CONAMA. Resolução n° 3 de 28/06/90. Dispõe o


estabelecimento dos padrões nacionais de qualidade do ar, com base
na Portaria Normativa n° 348, de 14/03/90. IBAMA.

9. BRASIL. CONAMA. Resolução n° 1 de 08/03/90. Estabelece normas


sobre a emissão de ruídos em decorrência de quaisquer atividades.
98

10. BRASIL. CNP – CONSELHO NACIONAL DO PETRÓLEO. Resolução nº


09/82 – revisada em 03/86. Dispõe sobre as características dos óleos
combustíveis no Brasil.

11. BRASIL. Decreto Estadual n° 8.468 de 08/09/76. Dispõe os Padrões de


Qualidade do ar para o Estado de São Paulo.

12. BRASIL. Lei Federal n ° 6.938, de agosto de 1981. Dispõe sobre Política
Nacional e Meio Ambiente. Art.3, inciso IV.

13. BRITO, C. Cubatão: Poluição diminui mas ainda há muito o que fazer.
Saneamento Ambiental, nº 8, abril/maio. 1996. P. 10-15.

14. CALINESW (2003) – Departamento de Transporte do Estado da Califórnia


– USA – Disponível em <http://www.dot.ca.gov/hq/env/air/calinesw.htm>.
Acesso em 29 Abril 2004.

15. CASTRO, N. C.; SETTI, A. A.; GIORGONIO, A. S.; FARIA, S. C. A


Questão Ambiental e as Empresas. SEBRAE. Brasília/DF. ISBN: 85-
7333-163-1. 1998 P. 51-70.

16. CETESB (1998) – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental –


Relatório de Qualidade do ar no Estado de São Paulo. Disponível em
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/ar_boletim.asp>. Acesso em 29 Abril 2004.

17. DERISIO, J.C. (1992) Introdução ao controle ambiental. in LORA, E. S.


Prevenção e Controle da Poluição nos setores energético, industrial e de
Transporte. Brasília/DF. ANEEL. p .239.

18. EMC (CE) – Eletromagnetic Compatibility (European Community).


Estabelece normas de segurança de equipamentos elétricos
eletrônicos.

19. EPA-NAAQS (1996). Environment Protection Agency – National


Ambient Air Quality Standards. in LORA, E. S. Prevenção e Controle da
Poluição nos setores energético, Industrial e de Transporte. Brasília/DF.
ANEEL. p. 240.
99

20. EPA – US (1976) US Environmental Protection Agency. About Sound.


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