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Biologia Celular - 1º Bimestre - 2017-2

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10/02/2017

Membranas Celulares – modelo de mosaico fluido (Singer e Nicholson) –

Uma característica essencial da bicamada lipídica é sua fluidez.


Esse fluxo molecular vital é essencial para a integridade e a função
das membranas celulares. Ele permite que as proteínas da
membrana se desloquem na bicamada, associando-se e
dissociando-se por meio de interações moleculares das quais a
célula depende. A natureza dinâmica das membranas celulares é
tão necessária para seu funcionamento correto que o seu modelo
estrutural é comumente chamado de modelo do mosaico fluido.

A disposição das moléculas na membrana plasmática foi elucidada


recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla
e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína.
A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e
as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem
peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo
Mosaico Fluido.

Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas
plasmáticas de um eucariócitos contêm quantidades particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol
aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem
a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida.

Funções –

 Separar meio interno do externo;


 Controla a entrada e saída – seletivamente;
 Reconhecimento celular – uma célula reconhece a outra;
 Sensorial – recebe informações, capta sinais;
 Auxilia a prender e comunicar uma célula com outra;
 Manutenção da constância do meio intracelular;
 Movimento;
 Aumento de tamanho celular.

Sistema de endomembranas – divide a célula em compartimentos (envoltório nuclear, reticulo endoplasmático e etc.).

CURIOSIDADE – Criofratura – congela-se a membrana, quebra-se a mesma para estudar seus componentes.

Composição Química –

 Lipídeos – maior quantidade.


 Proteínas – mais pesadas;
 Carboidratos – apenas na membrana plasmática, as endomembranas não possuem.

Obs.: visível apenas em microscópio eletrônico.

Lipídeos –

 Formam uma bicamada lipídica;


 Composição –
o Fosfolipídios – uma cabeça hidrofílica (polar) e, normalmente, duas caudas hidrofóbicas (apolares);
o Colesterol;
o Glicolipídeos.

A membrana é mantida porque existe água no meio interno e externo.

João Victor Mendes Molina


Os fosfolipídios são: anfipático ou anfifílicos (possuem uma extremidade polar e uma extremidade apolar), e, por isso,
apenas os fosfolipídios formam bicamadas em meio aquoso.

Os lipídeos possuem uma propriedade autosselante – possibilidade de se movimentarem e taparem instantaneamente


eventuais buracos na bicamada.

Propriedades da Bicamada Lipídica –

 Fluidez da Membrana (líquido bidimensional – dos dois lados da membrana) – os lipídeos se movem e trocam
de lugar uns com os outros;
o Movimentos das moléculas lipídicas –
 Rotação – o lipídeo dá um giro sobre si mesmo;
 Difusão lateral – se movimenta em sua própria camada;
 Flip-Flop – um lipídeo, na face interna da bicamada, gira 180º e vai para a face externa da
bicamada (há consumo de energia e envolve a enzima Flipasso) é um movimento controlado.
o Os fosfolipídios são criados dentro da célula e colocados na face interna da bicamada lipídica, e através
do movimento Flip-Flop são colocados na camada externa – situação exemplo: durante o crescimento
celular em que a bicamada aumenta seu tamanho.

Fatores que interferem na fluidez da membrana –

 A temperatura – quanto maior a temperatura, maior fluidez, se a temperatura cair, a fluidez diminuirá;
 Comprimento da cauda lipídica – quanto maior a cauda dos lipídeos, menor a fluidez, e quanto menor a cauda
dos lipídeos, maior a fluidez;
 Presença de dupla ligação na cauda lipídica – os fosfolipídios, tendo dupla ligação em uma de suas caudas,
possuirá uma cadeia insaturada em relação ao hidrogênio, cada ligação dupla cria uma “dobra”, com essa
pequena dobra ocorre um distanciamento entre as caudas lipídicas tornando mais difícil o empacotamento, e
com isso a fluidez da membrana aumenta, sem a dupla ligação, eles se aproximam e com isso a fluidez diminui;
 Presença de colesterol – quanto maior a quantidade de colesterol presente, menor a fluidez da membrana,
menor a permeabilidade e maior rigidez da membrana, pois atrapalha a movimentação.

Importância da Fluidez da Membrana –

 Capacita as proteínas da membrana a difundirem-se rapidamente no plano da bicamada e a interagirem umas


com as outras (importante na sinalização celular);
 Meio simples de distribuição de lipídeos e proteínas da membrana por difusão do local onde eles foram
inseridos, após sua síntese, na bicamada até outras regiões.

Permeabilidade da Membrana – capacidade de absorção da membrana.

 Moléculas hidrofóbicas pequenas – O₂, CO₂ e N₂ - passam diretamente através de difusão facilitada;
 Moléculas pequenas, polares, não carregadas - H₂O, glicerol e etanol – passam diretamente por difusão simples
ou osmose;
 Demais moléculas demandam de transporte ativo.

Assimetria da Bicamada Lipídica – um lado é diferente do outro – alguns fosfolipídios são mais comuns em determinada
face da camada do que em outra.

Proteínas de Membrana –

Algumas funções –

 Transporte de grandes moléculas ou moléculas com carga;


 Ligações com outras proteínas;
 Receptoras – captam sinais externos;
 Função enzimática.

Localização das Proteínas na Dupla Camada Lipídica –

 Transmembranas – quando atravessam os dois lados da membrana;


João Victor Mendes Molina
 Proteínas periféricas – podem estar presas aos lipídeos ou a outras proteínas integrais;
 Proteínas Integrais – tem contato com o interior da membrana.

As proteínas não se movimentam sozinhas nas membranas, necessitam dos lipídeos para tal.

Carboidratos da Membrana –

 Quando ligados às proteínas;


 Cadeias curtas – chamadas de glicoproteínas;
 Uma ou mais cadeias longas – chamadas de Proteoglicanas;
 Quando ligados aos lipídeos – glicolipídeos;
 Só existem na membrana plasmática, nas outras membranas não há ligação de carboidratos;
 Todos os carboidratos ficam na face externa ou direcionados ao lado externo da célula e são chamados de
glicocalix;
 Funções –
o Proteção da membrana contra lesões mecânicas e químicas;
o Reconhecimento celular;
o Adesão celular;
o Inibição por contato;
o Formam o complexo principal de histocompatibilidade (célula compatível com célula);

A membrana plasmática é reforçada pelo Córtex Celular – arcabouço proteico (principal proteína – espectrina) –

 É uma parte do citoesqueleto;


 Ligados a membrana plasmática por meio de proteínas transmembranas.

TODAS AS MOLÉCULAS DA MEMBRANA SÃO FABRICADAS DENTRO DA CÉLULA.

02/09/17

Membranas Celulares – Especializações –

Vilosidades apresentam microvilosidades.

Lado da célula que fica virado para luz, chama-se Apical

A face que fica do lado, chama-se lateral.

Face que está virada para a lâmina basal (feita de colágeno), chama-se face basal.

Elementos do Citoesqueleto – próxima aula

 Filamentos de Actina;
 Microtúbulos;
 Filamentos intermediários – vários tipos –

1. Especializações que aumentam a superfície da membrana – Apicais –

Obs.: para que essas especializações existam, a membrana precisa aumentar de tamanho.

a) Microvilos ou microvilosidades –
 Forma – São expansões longas da membrana plasmática (digitiformes), todas organizadas;
 Tem o glicocalix (são estruturas externas) muito desenvolvido – é uma camada de carboidratos que reveste a
membrana celular externamente;
 Ficam viradas para luz;
 São sustentadas por microfilamentos de actina – que são responsáveis pela manutenção de sua forma;
João Victor Mendes Molina
 Dentro de cada microvilosidade há filamentos de actina que se associam com o córtex (arcabouço proteico –
que reforça e dá forma a célula e apoia a membrana plasmática);
 Função – Servem para aumentar a área de absorção.
 Localização – São encontradas no intestino e nos rins.

b) Estereocílios –
 Expansão de membrana, com actina dentro
 Função – aumentar área de absorção – absorve-se água que estava junto com os espermatozoides;
 Forma – Não tem tamanho uniforme, são irregulares (desorganizados)
 Localização – sistema reprodutor masculino (único local em que são encontrados) – epidídimo e núcleo
deferente;

c) Cílios –
 Forma – São expansões da membrana plasmática (digitiformes), todos organizadas;
 Dentro de cada cílio há microtúbulos (concedem movimentos) com corpo basal em sua base;
 Os microtúbulos crescem a partir do corpúsculo basal, e os microtúbulos darão forma e movimento aos cílios;
 Função – geram movimento no meio em que estão localizados através da “Axonema”:
o Protege o pulmão contra micro-organismos, poeira, etc.;
o Faz a movimentação do muco.
 Localização – São encontrados no sistema respiratório e na tuba uterina.

d) Flagelos –
 Semelhantes aos cílios;
 É uma parte do espermatozoide – é a única célula humana flagelada;
 Diferença com cílios –
o É um único, cílios são milhares;
o É longo e os cílios são curtos;
o Movimenta a célula e os cílios movimentam o meio.

2. Especializações que aumentam a junção celular e a vedação do espaço intercelular – Lateral –


 Promover a vedação entre as células –
o Zônula oclusiva (junção oclusiva, zônula de oclusão ou zônula occludens) –
 Constituição - proteínas integrais – Ocludinas e Claudinas – essas proteínas empurram a
membrana por dentro, fazendo com que as membranas de duas células vizinhas se aproximem
muito e isolem a passagem;
 Essas proteínas são numerosas dentro da célula, formando um cordão e contornando a célula
completamente e exercendo sua função em todas as regiões laterais;
 Posição – Latero-Apical (entre a lateral e a superfície);
 Bexiga – epitélio mais bem vedado que temos, pois é necessário que impeça qualquer molécula
de retornar;
 Funções –
 Barreira – limita a difusão passiva de íons.
 Praticamente impermeável – molécula com raio maior que 15 a, mas, água pode passar;
 Processo patológicos podem comprometer a função da barreira
 Unir fortemente as células umas às outras ou a matriz extracelular –
o Junções aderentes (zônula adherens);
o Desmossomos (macula adherens);
o Interdigitações Laterais;
o Hemidesmossomos e Lojas Basais.

Transmigração –

João Victor Mendes Molina


As células migratórias induzem mudanças conformacionais ou rompimento da ZO das células epiteliais para permitir sua
passagem. Ex.:

 Leucócitos por meio de epitélios em inflamações;


 Células germinativas através do epitélio seminífero na espermatogênese.

Junções Aderentes –

 Faz adesão;
 É localizada na lateral da célula, abaixo da zônula oclusiva;
 Função –
o Ligam os feixes de actina de uma célula aos mesmos feixes da célula vizinha - A molécula de caderina da
membrana plasmática de uma célula se liga diretamente a uma molécula de caderina idêntica na
membrana plasmática da célula vizinha.
o Oferece um local de apoio para os filamentos de actina que penetram nos microvilos;
o Auxiliam no reconhecimento celular;
 São formados ao redor das proteínas transmembrana que pertencem à família das caderinas. Nas junções
aderentes, cada molécula de caderina está presa dentro de sua célula por meio de várias proteínas ligadoras
aos filamentos de actina. Frequentemente, as junções aderentes formam um cinturão de adesão contínuo ao
redor de cada célula epitelial, próximo à porção apical da célula, logo abaixo das junções ocludentes.
 Juncao Mecânica – adesão de uma Caderina com outra Caderina.

 É muito comum em tecido epitelial, em tecido conjuntivo é muito raro;


 As junções aderentes tentam evitar o deslocamento das células, para evitar danos aos tecidos;
 A caderina é uma molécula tecido-específica, cada epitélio possui um tipo de caderina, desempenham a mesma
função, mas não se ligam a células de epitélios diferentes, portanto, somete células semelhantes ou com
subtipo idêntico de caderina irão se aderir;

Desmossomos –
Forma –
Duas placas arredondadas, descontinuas, lineares e paralelas, relativamente grossas, constituídas pela membrana de
duas células vizinhas.

Só há adesão em células que sofrem atrito, quanto mais atrito uma célula sofrer, mais especialização ela terá de adesão.

Função –
Aderir células vizinhas.

Por outro lado, os desmossomos -um grupo distinto de moléculas de caderina - estão ancorados dentro de cada célula.
Essas caderinas se conectam aos filamentos intermediários, especificamente as queratinas, um tipo de filamento
intermediário encontrado no epitélio. Feixes espessos de filamentos de actina, semelhantes a uma corda, cruzam o
citoplasma e se soldam aos feixes de filamentos de queratina das células adjacentes através dos desmossomos. Esse
arranjo confere grande força elástica à camada epitelial e são particularmente abundantes no epitélio resistente e
exposto como o da epiderme.

João Victor Mendes Molina


Pênfigo (bolhas) – ocorre desorganização dos desmossomos, pela alteração de suas proteínas desmogleína, causando
afastamento das células da epiderme e a penetração de liquido vindo do tecido conjuntivo.

Interdigitações – saliências e reentrâncias da Membrana Plasmática de duas células vizinhas.

Especializações Basais –

Junções Célula-Matriz – unir fortemente as células a matriz extracelular –


 Hemidesmossomos (metade de um desmossomo);
 Ponto focal (Lojas Basais);
As células interagem com a matriz extracelular por meio de moléculas de adesão, inseridas na membrana plasmática,
por sua vez, interagem com o citoesqueleto por meio de moléculas de ligação.

Lojas Basais – adesão focal –

Regulação de adesão focal –

Especialização que promove a comunicação entre uma célula e outra –


Junções Comunicantes –
 Serve para comunicar uma célula com a outra de forma rápida e efetiva (nexos, fendas, junção em hiato ou gap
junction)
 Localização – membranas laterais das células epiteliais de revestimento, glandulares, musculares lisas, cardíacas
e nervosas);
A Proteína desta função chama-se CONEXINA –
Canal – permite a passagem de íons;

Regulação da permeabilidade dos canais intercelulares.

João Victor Mendes Molina


09/09/17

Citoesqueleto –

Dá forma para a célula e promove todos os tipos de movimentos celulares.

Funções –
 Estabelece, modifica e mantém a forma das células;
 Realiza movimentos celulares (contração, emissão de pseudópodes e deslocamentos intracelulares de
organelas);

Filamentos proteicos que formam o citoesqueleto –


 Microtúbulos – são macromoléculas, formadas pela união de várias moléculas de tubulina;
 Filamentos de Actina – formado por Actina;
 Filamentos intermediários – macromolécula formada por vários tipos de proteínas, família de proteínas fibrosas.

Estrutura de Microtúbulos –

Há dois tipos de tubulinas no microtúbulo –


 Tubulina Alfa;
 Tubulina Beta;
A junção das duas tubulinas é chamada de dímero; se unem seguidamente e formam um cordão chamado de
protofilamento, e com treze cordões, é formado um microtúbulo.
Possui luz em seu interior.

João Victor Mendes Molina


Centrossomo –
 Polimerização da tubulina no Centrossomo – Centrossomo é o centro organizador do microtúbulo.
 Pode conter um par de centríolos (formados por feixes de microtúbulos), mas, existem centrossomos sem
centríolo, e o centrossomo funciona normalmente;
 Localização – próximo ao núcleo;
 Existe apenas um centrossomo dentro da célula.
Os microtúbulos se iniciam no centrossomo, o dímero de tubulinas alfa e beta se liga à tubulina Gama que existe no
centrossomo e então inicia-se o processo de formação do microtúbulo. Ou ainda, podem crescer a partir de corpúsculos
basais (no caso de cílios ou flagelos);

Localização dos Microtúbulos –


 Existem microtúbulos dentro de cílios e flagelos, mas estes, crescem a partir do
corpúsculo basal, e são a estrutura dos cílios ou flagelos;
 Existe por todo o citoplasma – origina-se no Centrossomo.

Os microtúbulos que crescem a partir do Centrossomo apresentam instabilidade dinâmica


– enquanto alguns estão crescendo, outros estão se desmanchando, fazendo com que a
quantidade de dímeros no citoplasma é sempre elevado – isso gera movimento no
citoplasma celular.

Os microtúbulos que habitam nos cílios e flagelos são estabilizados.

Como se imagina que a hidrolise do GTP controla o crescimento dos microtúbulos –


Para um dímero conseguir se ligar, ele tem que estar grudado com moléculas (muito
energéticas) de GTP.
GTP => GDP => GMP

As organelas deslocam-se ao longo dos microtúbulos e assim organizam o interior da célula.


Organizam a localização das organelas.

Proteínas Motoras conduzem o transporte intracelular –


 Quiseninas – deslocam-se em direção extremidade mais – para
longe do Centrossomo.
 Dineínas – se movem em direção da extremidade menos – na
direção do Centrossomo.
As proteínas motoras transportam até mesmo organelas.

Cílios e Flagelos possuem microtúbulos estáveis pela Dineína –

Cílios e flagelos inserem-se em estruturas semelhantes aos centríolos – os


Corpúsculos Basais – responsável pelo crescimento dos microtúbulos
nesta localidade. Os microtúbulos nos cílios são organizados de maneira
diferente, tendo a dineína se ligando a extremidade do microtúbulo e
suprimindo a instabilidade dinâmica.
João Victor Mendes Molina
Modelo molecular simplificado para explicar os movimentos ciliar e flagelar –

A dineina estabelece contato com a tubulina de microtúbulos vizinhos e gera forças que promovem o movimento de
deslize entre pares de microtúbulos vizinhos, provocando o deslizamento de um par em relação ao outro. Esse
movimento é limitado por proteínas que prendem os pares de microtúbulos uns aos outros. O movimento da dineina
causa flexão do flagelo.

O ATP é que fornece energia para os movimentos ciliar e flagelar –

 A queda do teor de ATP nos espermatozoides diminui sua mobilidade;


 Nos tecidos ciliados as mitocôndrias se dispõem no polo apical para fornecerem facilmente ATP para os
movimentos ciliares.

Síndrome de Kartagener –

 Não há movimentos de cílios e flagelos – os braços de dineina estão ausentes nos cílios e flagelos, impedindo a
movimentação;
 Acarreta frequentes infecções respiratórias, sinusite crônica e esterilidade masculina.

Síndrome dos cílios imóveis –

 Doenças de sintomatologia semelhante;


 Causadas pela ausência de outras proteínas que também participam da movimentação de cílios e flagelos;
 A consequência é a mesma, mas, a diferença é que neste, as estruturas estão completas, mas não funcionam.
Drogas que interferem com os microtúbulos –
Colchicina –
 Causa o desaparecimento dos microtúbulos menos estáveis – fuso mitótico;
 Combina-se com os dímeros de tubulina;
 Impede a adição de novas moléculas na extremidade Mais;
 A despolimerização na extremidade menos não cessa, o microtúbulos se desintegra;
 Usado na medicina para o tratamento de gota;
 Vincristina e vimblastina – Agem de modo semelhante e são usadas no tratamento de câncer.

Taxol –

 Acelera a formação dos microtúbulos e os estabiliza, interrompendo a despolimerização;


 Usada no tratamento de tumores malignos;

Filamentos de Actina –

Estrutura dinâmica do Filamento de Actina –


João Victor Mendes Molina
 Recebe subunidades pela extremidade MAIS;
 Perde subunidades pela extremidade MENOS;
 Permite que o filamento se adapte com grande rapidez às necessidades da célula.

Proteínas Acessórias da Actina –


Interagem com os filamentos de actina na modulação de sua estrutura, na sua distribuição e associações, formando
tipos de estruturas.
Localização dos filamentos de actina –
a) Microvilosidades e Estereocílios –
formam o córtex (actina);
b) Feixes contrateis citoplasmáticos;
c) Movimento celular;
d) Anel contrátil durante a divisão
celular;

Funções –
 Formam o córtex celular – elementos
do córtex de actina participam
ativamente nas alterações morfológicas que ocorrem durante a diferenciação celular no embrião.
 Deslocamento das células (estica-se a célula, movimento através de uma extensão chamada filopódio que se estica e
puxa o restante do corpo)
 Manutenção de Microvilos e estereocílios.
 Formação do anel contrátil na divisão celular;
 Transporte intracelular – ocorre devido a
presença de proteínas motoras –
MIOSINAS
 Contração nas células musculares.

Miosina –
Tipo I
Tipo II – alongada com duas cabeças, é capaz
de se agrupar e formar um filamento de
miosina tipo II.
Funções –
 Realizam a contração muscular;
 Transportam moléculas utilizando a
actina;
 Movem uma actina sobre outra;

Interação Actina-Miosina –
Entre os filamentos de actina, existem
filamentos de miosina.
Entre os filamentos de actina e miosina,
existem filamentos de troponina e
tropomiosina.

João Victor Mendes Molina


Filamentos Intermediários –
 É composto por várias proteínas, e estas, são muito
mais fortes e estáveis do que actina, por isso, os
filamentos intermediários são estáveis, ele é muito
resistente.
 São mais estáveis, resistentes e duráveis do que os
microtúbulos e os filamentos de actina.
Microtúbulos e actina são maleáveis, enquanto os
filamentos intermediários são estruturas rígidas;
 Não são constituídos por monômeros precursores
(vários filamentos de miosina = miosina II);
 São abundantes nas células que sofrem atrito – epitélios – estão presentes nos desmossomos,
Hemidesmossomos e junções aderentes;
 Funções –
o Fazem com que a célula resista a tração.
o Capacita a células a suportar tensão mecânica;
o São essencialmente estruturais.
 São proteínas tecido-especificas – cada tecido tem um tipo próprio de filamento intermediário, por exemplo, na
pele, o filamento intermediário é a queratina.
 Todo filamento intermediário é uma molécula alongada.
 Os filamentos intermediários são presentes também dentro do núcleo celular, diferentemente da actina e
microtúbulos, e atua revestindo a membrana nuclear (formando a lâmina nuclear – formada de laminina).

MOVIMENTOS CELULARES –
Movimentos que não modificam a
forma da célula – movimentos
realizados no interior da célula
pelas proteínas miosina, dineina e
quisenina.
Movimentos que modificam a
forma da célula – movimentos
que a célula realiza e a deixam com forma diferente, realizado pelo citoplasma.

16/09/17

MATRIZ EXTRACELULAR –
A matriz surge a partir do momento que deixamos de ser unicelulares, pois, entre todas as células existe matriz.
Matriz pode ser considerada um compartimento. Matriz é formada pela célula que habita a região.
Papel Geral –
 Preenchimento de espaços entre as células (cimento biológico universal);
 Formar estruturas altamente especializadas:
o Tendões, cartilagens, ossos e dentes;
o Laminas basais.
 Papel ativo na regulação do comportamento celular (é o meio em que uma célula se comunica com a outra,
podendo enviar mensagens e ordens):
o Desenvolvimento;
o Migração;
o Proliferação (divisão celular);
o Forma;
o Funções metabólicas.
 Proteínas Alongadas Adesivas –

João Victor Mendes Molina


o Fibronectina;
o Laminina;
o Tenascina;
o Entactina/nidógeno;
o Condronectina;
o Osteonectina;
o Vitronectina.

Principais Classes de Macromoléculas Extracelulares –


 Glicosaminoglicanas (GAGs) e proteoglicanas – forma um gel hidratado (associação de água) e serve para o
transporte de substancias, e as células recebem através dos receptores de membrana plasmática, e o DNA
determina qual receptor cada célula tem;
o Glicosaminoglicanas – formada por dissacarídeos repetidos várias vezes - são polissacarídeos não ramificados,
fortemente aniônicos, que contêm monossacarídeos aminados (amino açúcares). Quando um grande número
de cadeias de glicosaminoglicanos se prende ao longo de um eixo proteico, elas constituem os proteoglicanos.
Alguns dos componentes mais importantes da matriz extracelular do tecido conjuntivo são proteoglicanos (ver
mais detalhes sobre essas moléculas nos Capítulos 5 e 7). Diferentemente das glicoproteínas, nos
proteoglicanos as cadeias de carboidrato constituem o componente principal da molécula.
Glicosaminoglicanos e glicoproteínas ácidas são fortemente aniônicas por causa do seu alto conteúdo d e
grupos carboxila e de sulfato. Por essa razão, eles reagem intensamente com o corante alcian blue.
o Sua organização é aleatória;
o Ácido Hialurônico – relativamente simples – é formado por 25.000 repetições de dissacarídeos.
o Anionicidade das GAGs – Glicosaminoglicanos – Atrai água – água de solvatação – contém íons, pequenas
moléculas e proteínas.

 Proteoglicanas – é a associação de uma proteína alongada com


mais de uma glicosaminoglicana –
o Função –
 Ancoram as células à matriz extracelular –
proteínas integrais de membrana = INTEGRINAS;
 Atuam como lubrificantes – ácido hialurônico do
liquido sinovial;
o Hidrofílicas –
 Difusão de macromoléculas;
 Migração celular (desenvolvimento embrionário);
 Resistência às forças físicas (turgor);
 Preenchimento eficaz de espaços.
o Agregados de Proteoglicanas – Um conjunto de
proteoglicanas, associadas pelo ácido hialurônico com
proteínas de ligação. Todas essas moléculas contêm carga
negativa, o que atrais íons e água provocando
anionicidade.
o Anionicidade das GAGs –
 Polímeros lineares de dissacarídeos – com carga negativa –
o Atrai cátions (principalmente sódio);
o Atrai água (provocando alta hidrofilia) – água de solvatação;
o Ocorre a formação de um gel.

Através de uma GAG – Ácido Hialurônico – ocorre a ligação de várias proteoglicanas, que se ligam ao ácido hialurônico
através de proteínas, formando então, um agregado de proteoglicanas.

João Victor Mendes Molina


Proteínas Fibrosas Estruturais –
 Colágeno – sistema de colágeno.
 Elastina – sistema elástico.

Sistema Colágeno –
 Encontrado em todos os animais multicelulares;
 Mamíferos – 20 genes diferentes de colágenos;
 Proteínas chefes dos ossos, tendões e pele;
 Constituem 25% da massa total de proteínas nos mamíferos;

Molécula de colágeno:
Longa (1.000 aa), rígida, tripla hélice => agrupam-se em polímeros – fibrilas
de colágeno => agrupam-se, formando a fibra de colágeno.

Os graus crescentes de Polimerização dos 4 tipos principais de colágenos –


 Tipo IV – associação pelas extremidades – rede (aspecto de tela) – colágeno
que forma lamina basal, este é o colágeno menos polimerizado;
 Tipos I, II e III – fibrilas –
o Tipo II – permanece apenas como fibrilas – cartilagens – associação intima
com proteoglicanas – compressividade reversível (devido à alta hidrofilia
das proteoglicanas);
 É possível comprimir a cartilagem, pois está repleta de colágeno Tipo II,
que contem grande quantidade de água e não formam fibras, e por
isso, tem alto grau de elasticidade.
o Tipo III – fibrilas se agrupam – formam fibras reticulares do conjuntivo –
artérias, músculo liso – realiza pontes com proteoglicanas – elasticidade limitada.
o Tipo I – processo mais acentuado, fibras mais espessas – feixe de fibras – fibras de colágeno do tecido conjuntivo
Derme, ossos e tendões.

Células do TC que habitam a matriz –


Pele e tendão – Fibroblastos;
Ossos – Osteoblastos;

Colágeno –
Produção Intracelular – liberado por exocitose na forma precursora;

Maioria das doenças de colágeno – alterações genicas – provocam afrouxamento dos tendões, ligamentos e pele.

Enfraquecimento do colágeno –
 Dos vasos sanguíneos – hemorragias frequentes;
 Dos ligamentos dentários – queda dos dentes;

Sintomas do Escorbuto – deficiência de vitamina C – (cofator indispensável para a síntese de colágeno).

As células organizam o colágeno que secretam –


Pele – camadas alternadas com diferentes orientações – para resistir ao estresse mecânico – semelhante no osso e
córnea.
Para realizarem suas funções, as fibrilas de colágeno devem estar alinhadas corretamente. Na pele, por exemplo, elas
estão tramadas ou em camadas alternadas em diferentes orientações para resistir às forças de estresse elástico em

João Victor Mendes Molina


múltiplas direções. Nos tendões, que ligam os músculos aos ossos, elas estão alinhadas em feixes paralelos ao longo do
principal eixo de tensão.
As células do tecido conectivo controlam essa orientação, parcialmente depositando o colágeno de forma orientada e
parcialmente rearranjando-o depois. Durante o desenvolvimento dos tecidos, os fibroblastos trabalham o colágeno que
secretam, arrastando-se sobre ele e puxando-o, auxiliando na sua compactação em camadas e delineando os feixes.
Esse papel mecânico dos fibroblastos no modelamento da matriz de colágeno foi demonstrado em cultura de células.
Quando os fibroblastos são misturados com uma rede de fibrilas de colágeno orientadas ao acaso, formando um gel nas
placas de cultura, os fibroblastos puxam a rede para sua vizinhança, compactando-o. Se dois pequenos pedaços de
tecido embrionário contendo fibroblasto são colocados em um gel de colágeno distantes um do outro, o colágeno
interposto se torna organizado em uma densa banda de fibras alinhadas que conectam os dois fragmentos de tecido. Os
fibroblastos migram para fora dos fragmentos de tecido ao longo das fibras alinhadas. Assim, os fibroblastos influenciam
o alinhamento das fibras de colágeno, e, por sua vez, as fibras de colágeno afetam a distribuição dos fibroblastos.
Provavelmente, os fibroblastos desempenham um papel similar na geração da matriz extracelular de longo alcance no
interior do organismo, auxiliando na formação dos tendões, por exemplo, e das densas e resistentes camadas de tecido
conectivo que envolvem e conectam a maioria dos órgãos. A migração dos fibroblastos também é importante na
cicatrização de feridas.

Sistema Elástico –
Elastina –
 Glicoproteína – altamente hidrofóbica – apresenta-se parcialmente enovelada – unidas por ligações covalentes
nas extremidades;
 Se distendem quando tracionadas – e retraem quando cessa a pressão;
 Abundantes na pele, artérias e pulmões;
 Elasticidades no mínimo 5x maior do que um filamento de borracha da mesma dimensão;
 Se agrega formando fibras – formam uma rede.
As fibras elásticas apresentam quantidade variável de microfibrilas –

As fibras elásticas da pele tendem a degenerar com a idade => parcialmente responsáveis pelas rugas.
O processo fica mais acelerado se o indivíduo tomar muito sol.

Fibronectina –
 Proteína dimérica;
 Dímeros unidos por Pontes Dissulfídicas;

Ligação molecular da matriz extracelular ao


citoesqueleto na célula animal.
A – Diagrama da Fibronectina;
B – Micrografia eletrônica de uma molécula de
Fibronectina.
Como a matriz extracelular pode interferir no
citoesqueleto e o contrário?
Através a fibronectina, que interliga o citoesqueleto
(córtex) a fibrila de colágeno da matriz extracelular,
portanto, estímulos que incorrerem em um incidem
no outro.

As moléculas de integrina e fibronectina ligam a célula à matriz extracelular. As moléculas de fibronectina do lado
externo da célula se ligam às fibrilas de colágeno. As integrinas da membrana celular ligam as fibronectinas, prendendo-
as ao citoesqueleto, no interior da célula. (A) Diagrama e (B) micrografia eletrônica de uma molécula de fibronectina. (C)
Ligação transmembrana mediada por uma molécula de integrina (dímero azul e verde). A molécula de integrina
transmite tensão através da membrana plasmática. Ela está ancorada internamente ao citoesqueleto e, externamente,
através da fibronectina, à matriz extracelular. A membrana plasmática não tem de ser forte. A integrina, aqui
João Victor Mendes Molina
apresentada, liga a fibronectina a um filamento de actina no interior da célula, mas outras integrinas conectam
diferentes proteínas extracelulares ao citoesqueleto (normalmente aos filamentos de actina, mas algumas vezes aos
filamentos intermediários).
Integrina – complexo de receptores celulares (presos a membrana plasmática).

Laminina –
 Situada na lamina basal;
 Une as células epiteliais e a Matriz extracelular;
 Ancora à superfície celular à lamina basal.
 Constituída por 3 polipeptídios em forma de cruz;
 Apresenta porções

Interação das macromoléculas extracelulares –


 Entre si – através das proteínas adesivas (glicoproteínas);
 Com a membrana plasmática – através de receptores para as mesmas;
 Com a matriz intracelular – através da membrana plasmática;

Formação de estruturas altamente especializadas –


 Tendões;
 Cartilagens;
 Paredes de artérias elásticas;
 Córneas;
 Corpo vítreo;
 Lâmina Basal.

Lâmina Basal (LB) –


Uma camada fina e resistente de matriz extracelular sustenta a superfície basal
do epitélio e é denominada lâmina basal, composta por um tipo de colágeno
especializado (colágeno tipo IV) e outras macromoléculas. Essas incluem uma
proteína denominada Jaminina, a qual fornece os locais de adesão para as
moléculas de integrinas da membrana plasmática das células epiteliais,
atuando como um ponto de ligação que se assemelha ao da fibronectina no
tecido conectivo. As faces basais e apicais de um epitélio são quimicamente
diferentes, refletindo a organização interna polarizada de cada célula epitelial.
Cada célula possui uma porção superior e uma inferior, com diferentes
propriedades. Essa organização polarizada é crucial para a função epitelial.
Considere, por exemplo, um epitélio simples; colunar que reveste o intestino
delgado dos mamíferos. Ele consiste, principalmente, em dois tipos celulares
misturados, células de absorção, que capturam os nutrientes, e células
caliciformes (assim denominada em virtude da sua forma), que secretam o
muco que protege e lubrifica o revesti mento do intestino. Os dois tipos celulares são polarizados. As células de absorção
importam as moléculas nutritivas da superfície apical para o lúmen do intestino e exportam essas moléculas pela lâmina
basal para os tecidos subjacentes. Para isso, eles necessitam de diferentes grupos de proteínas de transporte nas suas
membranas plasmáticas basais e apicais.
As células caliciformes também devem ser polarizadas, mas de maneira distinta. Elas devem sintetizar muco e então
secretá-lo somente em sua extremidade apical. O aparelho de Golgi, as vesículas secretoras e o cito esqueleto estão
organizados assimetricamente para que isso seja possível. Essa organização depende das junções que as células epiteliais
formam umas com as outras e com a lâmina basal, a qual, por sua vez, controla a organização de um sistema elaborado
de proteínas intracelulares associadas à membrana que coordenam a organização polarizada do citoplasma.

João Victor Mendes Molina


Membrana Basal –
É a associação da lamina basal mais uma zona de
transição para um tecido conjuntivo.

Se a lamina basal persiste => proporciona uma


armação sobre a qual podem migrar as células de
regeneração, acelerando a regeneração.

É um Filtro;

Influência sobre o metabolismo Celular –


 Indução da diferenciação celular.

João Victor Mendes Molina

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