Equilibrio Cromato-Dicromato
Equilibrio Cromato-Dicromato
Equilibrio Cromato-Dicromato
Introdução
Quando misturamos duas substâncias e ocorre uma reação, se tivermos o bastante dos dois compostos, a reação vai consumir
totalmente os reagentes... não vai? Será que é possível que os produtos de uma reação voltem a formar os reagentes?
Reagentes e produtos podem coexistir num mesmo frasco? Veja neste experimento a resposta a estas perguntas.
Materiais necessários
4 tubos de ensaio
2 provetas de 10 mL
3 conta-gotas
solução de cromato de potássio 0,1 mol/L
solução de dicromato de potássio 0,1 mol/L
solução de nitrato de bário 0,1 mol/L
ácido clorídrico 1,0 mol/L
hidróxido de sódio 1,0 mol/L
Passo 1
Mãos à Obra
CUIDADO! O cromato e o dicromato são substâncias tóxicas e consideradas cancerígenas. Evite o contato direto com essas
substâncias e descarte-as em local apropriado.
CUIDADO! O HCl e o NaOH são corrosivos e podem causar queimaduras na pele. Evite o contatato com essas substâncias.
Passo 2
Mãos à obra
Passo 3
Mãos à obra
CUIDADO! O nitrato de bário é tóxico e não deve entrar em contato com a pele nem ser ingerido ou inalado.
Passo 4
Mãos à obra
Mãos
Passo
à obra
5
Ao tubo 3, adicione agora HCl 1,0 mol/L gota a gota (agitando o tubo!) até perceber uma diferença.
Ao tubo 4, adicione agora NaOH 1,0 mol/L gota a gota (agitando o tubo!) até perceber uma diferença.
Passo 6
O que acontece?
Equilíbrio cromato/dicromato
Quando adicionamos o HCl à solução de K2CrO4, percebemos uma mudança de cor na solução, de amarela para alaranjada. O
contrário foi observado quando adicionamos o NaOH à solução de K2Cr2O7, que mudou de alaranjada para amarela. Isto
aconteceu porque os íons CrO42- e Cr2O72-, quando estão em solução, estabelecem um equilíbrio químico. Neste equilíbrio, o
CrO42-, que é um íon amarelo, se transforma em Cr2O72-, assim como o Cr2O72-, que é alaranjado, se transforma em CrO42-.
Uma diminuição de pH favorece a formação do Cr2O72-, e por isso a adição do HCl tornou a solução alaranjada. Dizemos que
houve um deslocamento no equilíbrio no sentido de formação do Cr2O72-. Por outro lado, um aumento de pH favorece a
formação do CrO42-, e por isso a adição do NaOH tornou a solução amarela. Este equilíbrio pode ser representado pelas
equações 1 e 2 abaixo.
Formação de um precipitado
Quando adicionamos o Ba(NO3)2 às soluções de K2CrO4 e de K2Cr2O7, percebemos, em ambas, a formação de um precipitado.
Porém, na solução amarela de K2CrO4, percebemos a formação de maior quantidade do precipitado do que na solução
alaranjada de K2Cr2O7.
Como vimos anteriormente, a adição de HCl à solução amarela de CrO42- favorece a formação de Cr2O72-. Ao adicionarmos o
ácido à solução com precipitado, vimos que o precipitado foi desaparecendo aos poucos. Isso aconteceu porque quando íons
Ba2+ em solução aquosa entram em contato com íons CrO42-, há a formação de um sólido insolúvel, o cromato de bário
(BaCrO4) (equação 3). Ao favorecermos a formação do Cr2O72-, estamos diminuindo a disponibilidade do CrO42- para formar o
sólido, e por isso o precipitado vai desaparecendo.
Mesmo assim, percebemos que nem todo sólido dissolve. Isso acontece porque, mesmo na solução com maior quantidade de
Cr2O72-, ainda assim há a presença de CrO42-, devido ao equilíbrio químico estabelecido entre essas duas espécies. A prova
disso está no fato de que, ao adicionarmos o Ba(NO3)2 à solução de Cr2O72-, ainda assim percebemos a formação do
precipitado. Note que, antes de adicionarmos o Ba(NO3)2, adicionamos HCl, de forma a produzir a maior quantidade de Cr2O72-
possível. A adição de NaOH, posterior à adição de Ba(NO3)2, favorece a formação de CrO42-, e por isso mais precipitado de
BaCrO4 é formado.