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Peixes Da Planície de Inundação Do Alto Rio Paraná - Graça & Pavanelli

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PEIXES DA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO
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DO ALTO RIO PARANÁ E ÁREAS
ADJACENTES
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Ilustrações da capa:
Superior: Salminus brasiliensis ¨dourado¨
Mediano esquerda: Sternarchorhynchus britskii
Mediano direita: Cichlasoma paranaense ¨cará¨
Inferior: Rhamdia quelen ¨bagre¨

Ilustrações da contra-capa:
Superior: Potamotrygon motoro ¨raia¨
Inferior: casal de Poecilia reticulata ¨barrigudinho¨

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Editora da Universidade Estadual de Maringá

Reitor: Prof. Dr. Décio Sperandio


Vice-Reitor: Prof. Dr. Mário Luiz Neves de Azevedo
Diretor da Eduem: Prof. Dr. Ivanor Nunes do Prado
Editor-Chefe da Eduem: Prof. Dr. Alessandro de Lucca e Braccini
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CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Antonio Belincanta, Prof. Dr. Benedito Prado Dias Filho, Prof. Dr. Carlos
Alberto Scapim, Prof. Dr. Edson Carlos Romualdo, Prof. Dr. Eduardo Augusto
Tomanik, Prof. Dr. Edvard Elias de Souza Filho, Profa. Dra. Hilka Pelizza Vier Machado,
Prof. Dr. José Carlos de Sousa, Prof. Dr. Luiz Antonio de Souza, Prof. Dr. Lupércio
Antonio Pereira, Prof. Dr. Neio Lucio Peres Gualda.
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WEFERSON JÚNIO DA GRAÇA
CARLA SIMONE PAVANELLI

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PEIXES DA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO
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DO ALTO RIO PARANÁ E ÁREAS
ADJACENTES
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Maringá
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2007
Divisão de Projeto Gráfico Projeto Gráfico e Editoração

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Marcos Kazuyoshi Sassaka Jaime Luiz Lopes Pereira

Divisão de Marketing Normalização


Marcos Cipriano da Silva Jane Lessa Monção

Revisão de Língua Portuguesa Tiragem


Annie Rose dos Santos 500 exemplares

Capa – arte final


Jaime Luiz Lopes Pereira

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“Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)”
(Biblioteca Setorial – UEM. Nupélia, Maringá, PR, Brasil)

Graça, Weferson Júnio da, 1979-


G729p Peixes da planície de inundação do alto rio Paraná e áreas adjacentes / Weferson
Júnio da Graça, Carla Simone Pavanelli. -- Maringá : EDUEM, 2007.
241 p. : il. (algumas color.)
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Bibliografia: p. 221-232
Inclui glossário e índice remissivo
ISBN 978-85-7628-092-2 (broch.)
1. Peixes de água doce - Planície de inundação - Alto rio Paraná.
2. Peixes de água doce - Sistemática - Planície de inundação - Alto rio Paraná.
I. Pavanelli, Carla Simone, 1967-

CDD 22. ed. - 597.17609816


NBR/CIP - 12899 AACR/2
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Maria Salete Ribelatto Arita CRB 9/858

Copyright © 2007 para os autores


Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo mecânico,
eletrônico, reprográfico, etc., sem a autorização, por escrito, dos autores.
Todos os direitos reservados desta edição © 2007 para Eduem.
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Endereço para correspondência:


Eduem – Editora da Universidade Estadual de Maringá
Avenida Colombo, 5790 – Campus Universitário – 87020 – 900 –Maringá – Paraná – Brasil
Fone: (0XX44) 3261-4527/3261-4394 – Fax: (0XX44) 3261-4394
Site: http://www.eduem.uem.br – E-mail: eduem@uem.br
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UEM

Universidade Estadual de Maringá - UEM


Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aqüicultura – Nupélia
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Diretora do Centro de Ciências Biológicas: Dra. Sonia Lucy Molinari. Vice-Diretora do


Centro de Ciências Biológicas: Dra. Izabel de Fátima Andrian. Coordenador Geral do
Nupélia: Dr. Horácio Ferreira Júlio Junior. Vice-Coordenador Geral do Nupélia: Dr. Samuel
Veríssimo. Coordenadora Administrativa do Nupélia: Maria Claudia Zimmermann Callegari.
Coordenador Científico do Nupélia: Dr. Luiz Carlos Gomes.
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Patrocínio
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Apoio
do

Pesquisas Ecológicas
de Longa Duração
PELD C A P E S
Rafaela Ota, Alessandro Bifi, Tiago Debona e

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Héctor Vera testaram as chaves de identificação e
catalogaram parte do material;
Angelo Agostinho colaborou várias vezes para a
AGRADECIMENTOS elaboração e publicação deste trabalho;
Maurice Kottelat e a revista Ichthyological
Exploration of Freshwaters (Alemanha)
gentilmente autorizaram a reprodução da foto de
Gymnogeophagus setequedas;
Liliana Rodrigues, Norma Hahn, Salete Arita,
Muitas pessoas contribuíram de diferentes maneiras Érica, Elaine, Cínthia Bulla, Cláudia Cavaleiro,
para a realização deste trabalho. Sem a intenção Marli, Silvia, Giovanna, dona Lourdes, Cíntia,
de mencionar todas elas, gostaríamos de destacar Wladimir, Samuel, João, Harumi, Rosi, Aninha,
algumas, igualmente importantes, às quais Celso Ikedo, Celsão, Andréia, Maria Dias, Rosa,
agradecemos profundamente: Jaime, Edson, João Fábio, Márcia, Tato, Tião,

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Roberto Reis (PUCRS-MCT), Horácio Júlio Júnior Valdecir, Valdenir, Chiquinho, Gazo, Tuti, Tuti
(UEM-Nupélia), Francisco Langeani (UNESP), Branco, Gaito, Alfredo, Nego, Leandro, Willian,
Ricardo Campos-da-Paz (UNIRIO), Ricardo seu Hélio e seu Mílton (UEM-Nupélia)
Correa e Castro (USP-LIRP), Cláudio Zawadzki contribuíram de diferentes maneiras e em várias
(UEM-Nupélia) e Luiz Malabarba (UFRG e ocasiões para a realização das etapas deste trabalho;
PUCRS-MCT) leram o manuscrito, ou partes dele, O Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia
e deram valiosas sugestões; e Aqüicultura (Nupélia) e o Programa de Pós
Heraldo Britski, Naércio Menezes, Alberto Akama, Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos
Mônica Toledo Piza-Ragazzi, Mário de Pinna, Continentais (PEA), ambos da Universidade
Gizelani Guazelli, Flávio Lima e Cristiano Moreira Estadual de Maringá, forneceram o apoio logístico;
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(MZUSP); Flávio Bockmann, Marcelo Carvalho, A Itaipu Binacional, através do convênio com o
Aléssio Datovo e Katiane Ferreira ((USP-LIRP); Nupélia, possibilitou a coleta de várias espécies
Cláudio Zawadzki (UEM-Nupélia); Luiz de peixes utilizadas na elaboração deste trabalho;
Malabarba (UFRGS e PUCRS-MCT); Wilson O Conselho Nacional para o Desenvolvimento
Costa (UFRJ); Carlos Figueiredo (MNRJ); Ricardo Científico e Tecnológico (CNPq), através do
Campos-da-Paz (UNIRIO); Sven Kullander projeto PELD (Programa Ecológico de Longa
(NRM-Suécia); e Paulo Lucinda (UNITINS) Duração, Processo nº520026/1998-5) Site 6: A
auxiliaram de maneira decisiva na identificação planície alagável do rio Paraná: estruturas e
ou solução de dúvidas sobre o status taxonômico processos ambientais, sob a coordenação do Dr.
das espécies de suas respectivas especialidades; Angelo Agostinho, permitiu a coleta de parte do
Cláudio Zawadzki e Milena Moreira (UEM- material utilizado neste trabalho;
Nupélia) forneceram, respectivamente, dados A Fundação Araucária, através da chamada 7/
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sobre os cascudos (Loricariidae) e traíras (Hoplias); 2006, protocolo 5277, de apoio a publicações
Osvaldo Oyakawa, José Lima e Mário de Pinna científicas, viabilizou a publicação desta obra;
(MZUSP); Flávio Bockmann e Ricardo Correa e O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Castro (USP-LIRP) permitiram o acesso às coleções Recursos Naturais Renováveis (Ibama), processo
de peixes sob seus cuidados; nº02014.002359/2003-49, e a Secretaria de
Almir Cunico, Rodrigo Fernandes, Angelo Estado de Meio Ambiente (SEMA), do Estado
Agostinho, Éder Gubiani, Celso Ikedo, Horácio do Mato Grosso do Sul, licença 09/2005, processo
Júlio Júnior, Harumi Suzuki, João Latini, Wladimir nº23/304974/2002, emitiram as autorizações
Domingues, Fernando Pelicice e Cláudio Zawadzki para a realização das coletas do projeto PELD-
(UEM-Nupélia), e Ricardo Campos-da-Paz Site 6;
(UNIRIO) fizeram algumas das fotos dos peixes e A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
da região; de Nível Superior (CAPES) e CNPq contribuíram
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Milena Moreira, Anderson Oliveira, Carlos com bolsas de mestrado e produtividade em


Oliveira, Mário Loyola, Mariana Sarragiotto, pesquisa aos autores, respectivamente.
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SUMÁRIO

Introdução __________________________________________________ 1

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Materiais e métodos ___________________________________________ 3
Caracterização da Área __________________________________________ 3
Descrição das medidas __________________________________________ 6
Descrição das contagens _________________________________________ 8
Resultados __________________________________________________ 9
Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as ordens e
enquadramento nas famílias _____________________________________ 13

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Potamotrygonidae ______________________________________________ 22
Potamotrygon cf. falkneri Castex & Maciel, 1963 “raia”, “arraia” ______________ 23
Potamotrygon cf. motoro (Müller & Henle, 1841) “raia”, “arraia” ______________ 24

Cyprinidae ____________________________________________________ 25
Cyprinus carpio Linnaeus, 1758 “carpa-comum” ___________________________ 25

Parodontidae __________________________________________________ 26
Apareiodon affinis (Steindachner, 1879) “canivete”, “charuto” ________________ 27
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Apareiodon piracicabae (Eigenmann, 1907) “canivete”, “charuto” _____________ 28
Apareiodon vladii Pavanelli, 2006 “canivete”, “charuto” _____________________ 29
Parodon nasus Kner, 1859 “canivete”, “charuto” ___________________________ 30

Curimatidae ___________________________________________________ 31
Cyphocharax modestus (Fernández-Yépez, 1948) “saguiru”, “curimata” _________ 31
Cyphocharax nagelii (Steindachner, 1881) “saguiru”, “curimata” ______________ 32
Steindachnerina brevipinna (Eigenmann & Eigenmann, 1889) “saguiru” ________ 33
Steindachnerina insculpta (Fernández-Yépez, 1948) “saguiru”, “curimata” ______ 34

Prochilodontidae _______________________________________________ 35
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Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) “curimba”, “curimbatá” _____________ 36

Anostomidae __________________________________________________ 37
Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850) “solteira”, “perna-de-moça” ___________ 37
Leporinus amblyrhynchus Garavello & Britski, 1987 “piau” ___________________ 39
Leporinus elongatus Valenciennes, 1850 “piapara” _________________________ 40
Leporinus friderici (Bloch, 1794) “piau-três-pintas” _________________________ 41
Leporinus lacustris Campos, 1945 “corró” ________________________________ 42
Leporinus macrocephalus Garavello & Britski, 1988 “piavuçu”, “piaussu” ______ 43
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Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1836) “piau” __________________________ 44


Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 “piau”, “flamenguinho”, “ferreirinha” 45
Leporinus striatus Kner, 1858 “piau-listrado” ______________________________ 46
Schizodon altoparanae Garavello & Britski, 1990 “piau-bosteiro” _____________ 47
Schizodon borellii (Boulenger, 1900) “piau-bosteiro” _______________________ 48
Schizodon nasutus Kner, 1858 “ximborê”, “timborê” ________________________ 49
Crenuchidae ___________________________________________________ 50

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Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909 “charutinho”, “mocinha” ____________ 51
Characidium sp. “charutinho” _________________________________________ 52

Hemiodontidae ________________________________________________ 53
Hemiodus orthonops Eigenmann & Kennedy, 1903 “bananinha” ______________ 53

Characidae ____________________________________________________ 54
Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 “tambiú”, “lambari-do-rabo-amarelo” 55
Astyanax bockmanni Vari & Castro, 2007 “lambari” _________________________ 56
Astyanax aff. fasciatus (Cuvier, 1829) “lambari-do-rabo-vermelho” _____________ 57
Astyanax aff. paranae Eigenmann, 1914 “lambari” __________________________ 58

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Astyanax schubarti Britski, 1964 “lambari” ________________________________ 59
Bryconamericus aff. iheringi (Boulenger, 1887) “lambarizinho”, “piquira” _______ 60
Bryconamericus exodon Eigenmann, 1907 “lambarizinho”, “piquira” ___________ 61
Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 “lambarizinho”, “piquira” ________ 62
Hemigrammus marginatus Ellis, 1911 “lambarizinho” ________________________ 63
Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882) “mato-grosso” __________________ 64
Hyphessobrycon sp. “lambarizinho” _____________________________________ 65
Knodus moenkhausii (Eigenmann & Kennedy, 1903) “lambarizinho” ___________ 66
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Moenkhausia aff. intermedia Eigenmann, 1908 “lambari” ____________________ 67
Moenkhausia aff. sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) “lambari-do-olho-vermelho”,
“maconherinho” _____________________________________________________ 68
Oligosarcus paranensis Menezes & Géry, 1983 “peixe-cachorro”, “saicanga” ____ 69
Oligosarcus pintoi Campos, 1945 “peixe-cachorro” _________________________ 70
Piabina argentea Reinhardt, 1867 “piaba”, “piquira”, “lambari” _______________ 71
Psellogrammus kennedyi (Eigenmann, 1903) “lambari” ______________________ 72
Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816) “dourado” ____________________________ 73
Salminus hilarii Valenciennes, 1850 “tabarana” ____________________________ 74
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Triportheus nematurus (Kner, 1858) “sardela”, “sardinha” ____________________ 75


Brycon hilarii (Valenciennes, 1850) “piraputanga”, “piracanjuva”, “piracanjuba” _ 77
Brycon orbignyanus (Valenciennes 1850) “piracanjuva”, “piracanjuba” _________ 78
Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) “tambaqui” ________________________ 79
Metynnis lippincottianus (Cope, 1870) “pacu-cd” __________________________ 80
Myloplus tiete (Eigenmann & Norris, 1900) “pacu-peva”, “pacu-prata” _________ 81
Mylossoma duriventre (Cuvier, 1818) “pacu-peva” __________________________ 82
Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887) “pacu” _________________________ 83
Serrasalmus maculatus Kner, 1858 “piranha” ______________________________ 84
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Serrasalmus marginatus Valenciennes, 1837 “piranha” ______________________ 85


Aphyocharax anisitsi Eigenmann & Kennedy, 1903 “piquira” _________________ 87
Aphyocharax dentatus Eigenmann & Kennedy, 1903 “piquira” ________________ 88
Aphyocharax sp. “piquira” ____________________________________________ 89
Galeocharax knerii (Steindachner, 1879) “dentudo” ________________________ 90
Roeboides paranensis Pignalberi, 1975 “dentudo”, “lambiá” __________________ 91
Odontostilbe sp. “lambarizinho” ________________________________________ 92

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Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) “piabinha”, “lambari” ______________ 93
Serrapinnus sp. 1 “piabinha”, “lambari” __________________________________ 94
Serrapinnus sp. 2 “piabinha”, “lambari” __________________________________ 95
Planaltina britskii Menezes, Weitzman & Burns, 2003 “piabinha” _____________ 96

Acestrorhynchidae _____________________________________________ 97
Acestrorhynchus lacustris (Lütken, 1875) “peixe-cachorro” ___________________ 98
Acestrorhynchus pantaneiro Menezes, 1992 “peixe-cachorro” ________________ 99

Cynodontidae _________________________________________________ 100


Rhaphiodon vulpinus Spix & Agassiz, 1829 “cachorra”, “dourado-facão” ______ 100

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Erythrinidae __________________________________________________ 101
Erythrinus erythrinus (Bloch & Schneider, 1801) “jejú” _____________________ 101
Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829) “jejú” ________________________ 102
Hoplias sp. (grupo lacerdae) “trairão” __________________________________ 103
Hoplias sp. 1 “traíra”, “lobó” __________________________________________ 104
Hoplias sp. 2 “traíra”, “lobó” __________________________________________ 105
Hoplias sp. 3 “traíra”, “lobó” __________________________________________ 106
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Lebiasinidae __________________________________________________ 107
Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903 “piquira” _________________ 107

Cetopsidae ___________________________________________________ 108


Cetopsis gobioides (Kner, 1858) “candiru” _______________________________ 108

Aspredinidae _________________________________________________ 109


Amaralia sp. “peixe-banjo”, “rabeca” ___________________________________ 109

Trichomycteridae _____________________________________________ 110


Paravandellia oxyptera Miranda-Ribeiro, 1912 “candiru”, “candiru-vampiro” ___ 110
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Trichomycterus sp. “candiru” _________________________________________ 111

Callichthyidae ________________________________________________ 112


Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758) “tamboatá”, “camboja” _____________ 112
Corydoras aeneus (Gill, 1858) “tamboatazinho” ___________________________ 113
Corydoras flaveolus Ihering, 1911 “tamboatazinho” _______________________ 114
Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) “tamboatá”, “tamoatá”, “caborja”, “camboja”
_________________________________________________________________ 115
Lepthoplosternum pectorale (Boulenger, 1895) “tamboatá”, “tamoatá”, “caborja”,
“camboja” _________________________________________________________ 116
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Scoloplacidae _________________________________________________ 117


Scoloplax empousa Schaefer, Weitzman & Britski, 1989 _____________________ 117

Loricariidae __________________________________________________ 118


Hisonotus sp. “cascudinho”, “limpa-vidro” ______________________________ 118
Farlowella aff. amazona (Günther, 1864) “cascudinho”, “gravetinho” _________ 119
Loricaria prolixa Isbrücker & Nijssen, 1978 “cascudo-chinelo”, “rapa-canoa” __ 120

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Loricaria sp. “cascudo-chinelo”, “rapa-canoa” ___________________________ 121
Loricariichthys platymetopon Isbrücker & Nijssen, 1979 “cascudo-chinelo”, “rapa-
canoa” ____________________________________________________________ 122
Loricariichthys rostratus Reis & Pereira, 2000 “cascudo-chinelo”, “rapa-canoa” 123
Rineloricaria sp. “cascudo-chinelo” ___________________________________ 124
Ancistrus sp.”cascudinho”, “cascudo-barbudo” __________________________ 125
Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) “cascudo” ______________________ 127
Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911) “cascudo” _______________________ 128
Hypostomus cochliodon Kner, 1854 “cascudo” ___________________________ 129
Hypostomus commersoni Valenciennes, 1836 “cascudo”, “cascudo-avião” _____ 130

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Hypostomus margaritifer (Regan, 1908) “cascudo” ________________________ 131
Hypostomus microstomus Weber, 1987 “cascudo” _________________________ 132
Hypostomus regani (Ihering, 1905) “cascudo” ____________________________ 133
Hypostomus cf. strigaticeps (Regan, 1908) “cascudo” ______________________ 134
Hypostomus ternetzi (Boulenger, 1895) “cascudo-tarzan” ___________________ 135
Hypostomus sp. “cascudo” ___________________________________________ 136
Megalancistrus parananus (Peters, 1881) “cascudo-abacaxi” ________________ 137
Pterygoplichthys anisitsi Eigenmann & Kennedy, 1903 “cascudo-pintado”, “acari” ___
loa
_________________________________________________________________ 138
Rhinelepis aspera Spix & Agassiz, 1829 “cascudo-preto” ___________________ 139

Pseudopimelodidae ___________________________________________ 140


Pseudopimelodus mangurus (Valenciennes, 1835) “bagre-sapo” _____________ 140

Heptapteridae ________________________________________________ 141


Cetopsorhamdia iheringi Schubart & Gomes, 1959 “bagrinho” ______________ 141
Heptapterus mustelinus (Valenciennes, 1835) “bagrinho”, “bagre-pedra” _______ 142
Imparfinis mirini Haseman, 1911 “bagrinho” _____________________________ 143
Imparfinis schubarti (Gomes, 1956) “bagrinho” ___________________________ 144
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Phenacorhamdia tenebrosa (Schubart, 1964) “bagrinho” ___________________ 145


Pimelodella avanhandavae Eigenmann, 1917 “bagre”, “mandi-chorão” _______ 146
Pimelodella gracilis (Valenciennes, 1835) “bagre”, “mandi-chorão” ___________ 147
Pimelodella taenioptera Miranda-Ribeiro, 1914 “bagre”, “mandi-chorão” ______ 148
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) “bagre”, “jundiá” _________________ 149

Pimelodidae __________________________________________________ 150


Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes, 1840) “jurupoca”, “jurupensém” ___ 150
Hypophthalmus edentatus Spix & Agassiz, 1829 “sardela”, “mapará”, “perna-de-moça”
do

_________________________________________________________________ 151
Iheringichthys labrosus (Lütken, 1874) “mandi-beiçudo”, “mandi-bicudo” _____ 152
Megalonema platanum (Günther, 1880) “bagre” ___________________________ 153
Pimelodus cf. argenteus Perugia, 1891 “mandi” ___________________________ 154
Pimelodus heraldoi Azpelicueta, 2001 “mandi” ___________________________ 155
Pimelodus maculatus La Cepède, 1803 “mandi”, “mandi-amarelo” ____________ 156
Pimelodus ornatus Kner, 1858 “mandi-paraguaio” _________________________ 157

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Pimelodus paranaensis Britski & Langeani, 1988 “mandi” ___________________ 158
Pinirampus pirinampu (Agassiz, 1829) “barbado” _________________________ 159
Pseudoplatystoma corruscans (Spix & Agassiz, 1829) “pintado” _____________ 160
Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus, 1766) “cachara” ___________________ 161
Sorubim lima (Bloch & Shneider, 1801) “bico-de-pato”, “surubim” ____________ 162
Steindachneridion scriptum (Miranda-Ribeiro, 1918) “sorubim” ______________ 163
Zungaro zungaro (Humboldt, 1821) “jaú” ________________________________ 164

Doradidae ____________________________________________________ 165


Oxydoras eigenmanni Boulenger, 1895 “armadinho”, “armado” ______________ 165
Platydoras armatulus (Valenciennes, 1840) “armado”, “armao” _______________ 166

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Pterodoras granulosus (Valenciennes, 1821) “armado”, “abotoado”, “armao”, “fedô”,
“mandi-capeta”, “capetão” ___________________________________________ 167
Rhinodoras dorbignyi (Kner, 1855) “armado”, “abotoado” __________________ 168
Trachydoras paraguayensis (Eigenmann & Ward, 1907) “armadinho” _________ 169

Auchenipteridae ______________________________________________ 170


Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766) “palmito” ___________________________ 171
Ageneiosus militaris Valenciennes, 1836 “manduvê” _______________________ 172
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Ageneiosus ucayalensis Castelnau, 1855 “manduvê” _______________________ 173
Auchenipterus osteomystax (Miranda-Ribeiro, 1918) “palmito” _______________ 174
Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766) “cangati”, “capatinho” __________ 175
Tatia neivai (Ihering, 1930) “bocudinho” ________________________________ 176
Trachelyopterus sp. “cangati” _________________________________________ 177

Gymnotidae __________________________________________________ 178


Gymnotus inaequilabiatus (Valenciennes, 1839) “morenita”, “tuvira” _________ 179
Gymnotus pantanal Fernandes, Albert, Daniel-Silva, Lopes, Crampton & Almeida-Toledo,
2005 “morenita”, “tuvira” _____________________________________________ 180
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Gymnotus paraguensis Albert & Crampton, 2003 “morenita”, “tuvira” _________ 181
Gymnotus sylvius Albert & Fernandes-Matioli, 1999 “morenita”, “tuvira” _______ 182

Sternopygidae ________________________________________________ 183


Eigenmannia trilineata López & Castello, 1966 “espadinha” ________________ 183
Eigenmannia virescens (Valenciennes, 1836) “espadinha” __________________ 184
Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801) “ituí” ____________________ 185

Rhamphichthyidae ____________________________________________ 186


Gymnorhamphichthys sp. ____________________________________________ 186
do

Rhamphichthys hahni (Meinken, 1937) “tatu”, “espadão” ___________________ 187

Hypopomidae _________________________________________________ 188


Brachyhypopomus cf. pinnicaudatus (Hopkins, Comfort, Bastian & Bass, 1990)
“espadinha-rajada” __________________________________________________ 188

Apteronotidae ________________________________________________ 189


Apteronotus aff. albifrons (Linnaeus, 1766) “ituí-cavalo” ___________________ 189

ree
Apteronotus cf. caudimaculosus Santana, 2003 “ituí-cavalo” ________________ 190
Apteronotus sp. “ituí” _______________________________________________ 191
Porotergus ellisi Arámburu, 1957 “ituí” _________________________________ 192
Sternarchorhynchus britskii Campos-da-Paz, 2000 ________________________ 193

Rivulidae _____________________________________________________ 194


Rivulus apiamici Costa, 1989 “guaru” ___________________________________ 194
Poeciliidae ___________________________________________________ 195
Pamphorichthys sp. “guaru” __________________________________________ 195
Phalloceros aff. caudimaculatus (Hensel, 1868) “guaru”, “barrigudinho” ______ 196
Poecilia reticulata Peters, 1859 “guaru”, “barrigudinho” ___________________ 197

df
Synbranchidae ________________________________________________ 198
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 “pirambóia”, “muçum” ________________ 198
Sciaenidae ____________________________________________________ 199
Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) “curvina”, “corvina” _____________ 199

Cichlidae _____________________________________________________ 200


Astronotus crassipinnis (Heckel, 1840) “apaiari”, “oscar” ___________________ 200
loa
Cichla kelberi Kullander & Fereira, 2006 “tucunaré”, “tucunaré-amarelo” ______ 201
Cichla piquiti Kullander & Ferreira, 2006 “tucunaré-azul” ___________________ 202
Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 “cará” ___________________________ 203
Crenicichla britskii Kullander, 1982 “joaninha” ___________________________ 205
Crenicichla haroldoi Luengo & Britski, 1974 “joaninha” ___________________ 206
Crenicichla jupiaensis Britski & Luengo, 1968 “joaninha” __________________ 207
Crenicichla niederleinii (Holmberg, 1891) “joaninha” ______________________ 208
Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) “cará” ____________________ 209
Geophagus cf. proximus (Castelnau, 1855) “cará” _________________________ 210
Gymnogeophagus setequedas Reis, Malabarba & Pavanelli, 1992 “cará” _______ 211
wn

Laetacara sp. “carazinho” ____________________________________________ 212


Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) “tilápia” __________________________ 213
Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) “cará”, “zoiúdo”, “porquinho” ________ 214
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) “tilápia” ______________________________ 215
Achiridae ____________________________________________________ 216
Catathyridium jenynsii (Günther, 1862) “linguado”, “solha” _________________ 216
Glossário _________________________________________________ 217
Referências _______________________________________________ 221
do

Apêndices _________________________________________________ 233


Apêndice 1 ___________________________________________________ 233
Apêndice 2 ___________________________________________________ 234
Índice remissivo ____________________________________________ 235
rigorosamente cumprida. Valendo-se deste livro

ree
para identificar uma espécie de peixe, o leitor terá
também a segurança de estar se utilizando da
nomenclatura e classificação mais atualizadas.
PREFÁCIO Uma chave de identificação de todos os
gêneros de peixes encontrados nessa área do alto
Paraná constitui-se no esquema básico para se
adentrar no livro e prosseguir no trabalho cativante
É grande a satisfação de prefaciar uma obra de identificar cientificamente determinado peixe.
que versa sobre a sistemática dos peixes de água Alcançada a identificação da espécie através da
doce do Brasil, mais particularmente da bacia do seqüência de chaves, o leitor deverá assegurar-se
alto rio Paraná, peixes pelos quais iniciei meus da retidão de seu procedimento através da leitura
estudos ictiológicos e sobre os quais publiquei cuidadosa da descrição dessa espécie. Cada espécie

df
vários trabalhos. da região é então descrita de forma concisa no
Há apenas algumas décadas, eram raros os decorrer de uma página do livro, tendo por base
livros tratando da ictiofauna brasileira de água os caracteres mais acessíveis. Constam ali também
doce, e, mesmo assim, abordavam o assunto de o nome comum da espécie, dados sobre seu
forma genérica. Nos últimos tempos, o avanço comprimento máximo, dados sobre sua biologia,
da ictiologia brasileira em todas as áreas foi quando existentes, e de sua distribuição conhecida,
exigindo a preparação de ferramentas seguras e além de uma foto que a ilustra, tudo o que permite
práticas para o reconhecimento das espécies. A alcançar a segurança buscada na identificação.
partir da década de 70 do século passado, Ainda que o livro tenha sido elaborado
começaram a surgir as primeiras publicações
loa
prioritariamente como um manual de
tratando de maneira mais objetiva os identificação de peixes, certamente poderá ser
conhecimentos sobre taxonomia de peixes de apreciado de outras formas pelo leitor,
água doce de nosso país; tal circunstância, por folheando suas páginas para admirar as
sua vez, foi-se constituindo em fator essencial ilustrações das diferentes espécies de peixes da
no despertar do interesse por essa área do região ou consultando-o para responder
conhecimento que, desde então, expandiu-se questões específicas.
vigorosamente. Nos últimos anos, vieram à luz É crescente, nos momentos atuais, a
muitos artigos científicos, não apenas preocupação com a preservação dos bens que a
descrevendo novas espécies, mas sobretudo natureza graciosamente nos oferece, também
corrigindo identificações e nomes de peixes da como uma forma de garantir que nossos
bacia do alto rio Paraná. Tudo isso foi descendentes não serão privados desse bem que
wn

possibilitando a elaboração de manuais como ora desfrutamos. Certo é que, quanto mais
este que agora vem à luz, tendo por base conhecemos um aspecto da natureza, mais o
inventários muito mais abrangentes e precisos admiramos e mais somos impelidos a preservá-
que os realizados há algumas décadas. lo: brota dali o anelo de conservar esse bem, a
Este livro dos ictiólogos Weferson J. da fim de que possa ser apreciado e usufruído por
Graça e Carla S. Pavanelli representa uma nós mesmos e pelas gerações futuras. Tendo
contribuição valiosa e mais que esperada no isso em mente, penso que este livro poderá ser
sentido de prover aos que tencionam identificar usado não apenas pelos pesquisadores das
peixes – não apenas da planície de inundação do diferentes áreas da ictiologia, mas por todo aquele
alto rio Paraná, mas também de áreas adjacentes, que se interessa pelas coisas da natureza e se
que nesse caso envolve praticamente toda a
do

preocupa com sua preservação.


região do alto rio Paraná – de uma ferramenta
extremamente útil e prática.
Todo trabalho que pretenda cumprir esse Prof. Dr. Heraldo A. Britski
objetivo de levar o leitor com mãos seguras a (Museu de Zoologia da USP)
identificar espécies animais deve estar apoiado
na literatura mais recente, e essa exigência é aqui São Paulo, Setembro de 2006
do
wn
loa
df
ree
I
N
T
Introdução R

ree
O
A região Neotropical engloba a América do Sul, que possui a maior fauna de
D
peixes de água doce conhecida. De acordo com Reis, Kullander e Ferraris, Jr. (2003), U
são aproximadamente 4.475 espécies válidas, 1.550 espécies não descritas, totalizando Ç
mais de 6.000 espécies para essa região. O Brasil detém a maior rede hidrográfica
Ã
do mundo, assim como uma das maiores diversidades de peixes de água doce. São O
mais de 2.500 espécies válidas atualmente; entretanto, com o incremento de estudos
e coletas em ambientes poucos amostrados e a inclusão de outros ainda não explorados,
esse número com certeza aumentará.
O rio Paraná é o segundo maior em extensão da América do Sul, e vem ao
longo dos anos sofrendo drásticas mudanças em seu leito, sobretudo devido à
construção de barragens. A supressão de barreiras físicas naturais, como os saltos de

df
Sete Quedas, que separavam duas províncias ictiofaunísticas distintas no rio Paraná
– a do alto Paraná e Parano-Platense (BONETTO, 1986) – também foi propiciada.
Com a formação do reservatório da UHE de Itaipu, em outubro de 1982, algumas
espécies de peixes do médio Paraná, que se encontravam no trecho de
aproximadamente 150 km entre as Sete Quedas (Guaíra) e a usina (Foz do Iguaçu),
estabeleceram-se acima do divisor de bacias, que atualmente é considerado a usina
hidrelétrica de Itaipu.
No final do ano de 2002, foi concluído o Canal da Piracema, construído pela
loa
Itaipu com o objetivo de possibilitar que espécies migradoras de longa distância que
estão abaixo da barragem – “pintados”, “jaús”, “curimbatás”, “cacharas”, etc. –
pudessem transpor a barragem de Itaipu, permitindo o acesso aos rios e à planície
que ficam a montante do reservatório. A abertura deste canal tem proporcionado a
mistura continuada de espécies de peixes das duas províncias ictiofaunísticas
supramencionadas, em ambas as direções. O monitoramento deste Canal tem sido
realizado pela Itaipu Binacional, em convênio com o Núcleo de Pesquisas em
Limnologia, Ictiologia e Aqüicutura (Nupélia), da Universidade Estadual de Maringá
(UEM) e o Grupo de Pesquisa em Recursos Pesqueiros e Limnologia (Gerpel), da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Toledo. Os
resultados obtidos ainda não são conclusivos, mas espécies típicas da ictiofauna do
wn

alto rio Paraná, como Leporinus octofasciatus e Astyanax altiparanae têm sido
capturadas nas partes mais baixas do Canal; assim como Hemiodus orthonops e
Astyanax asuncionensis, típicas do médio Paraná, têm ocorrido nas regiões mais
altas do Canal (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ;
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 2005).
Aproximadamente 200 km a montante do reservatório de Itaipu há uma planície
de inundação, a qual, em períodos de cheia, alaga uma grande porção do Estado do
Mato Grosso do Sul, na região de Taquarussu. Essa região representa o único trecho
não represado considerável da bacia do alto rio Paraná e é de fundamental importância
do

para os peixes de piracema (migradores), que utilizam essa região para desova e
berçário de seus filhotes, incluindo espécies de importância comercial e/ou com risco
de extinção (AGOSTINHO; ZALEWSKI, 1996; TAKEDA; LANSAC-TOHA;
AGOSTINHO, 2002), além de fazer parte da Área de Proteção Ambiental das Ilhas
e Várzeas do rio Paraná. Lowe-McConnell (1999) afirma que rios com ampla planície
de inundação caracterizam-se como ambientes muito dinâmicos, disponibilizando uma

1
I
N
T
R grande variedade de alimentos e hábitats aos peixes. Junk, Bayley e Sparks (1989)

ree
O mencionam que, nesses sistemas rio/planície de inundação, o regime hidrológico é a
D principal força condutora, sendo o pulso de inundação de importância crucial para a
U
Ç manutenção da alta produtividade e diversidade desses ecossistemas complexos e
frágeis.
Ã
O Desde 1983, o Nupélia vem realizando continuamente estudos intensivos sobre a
ictiofauna de Itaipu e da planície de inundação do alto rio Paraná através de grandes
projetos que abrangem diversos biótopos, como o lago de Itaipu, rios, canais, remansos,
lagoas temporárias e permanentes, assim como riachos da margem esquerda do rio
Paraná. Agostinho, Júlio Júnior, Gomes, Bini e Agostinho (1997) pontuam que o
entendimento e a conservação da planície de inundação do alto rio Paraná são
indispensáveis para a manutenção do estoque pesqueiro daquela região e do reservatório

df
de Itaipu.
Exemplares-testemunho de todas essas coletas encontram-se depositados na
Coleção Ictiológica do Nupélia, mas em determinadas ocasiões torna-se necessária a
imediata identificação no campo em virtude da impossibilidade de transporte dos
exemplares ao laboratório ou necessidade de mantê-los vivos. Essa tarefa, devido à
escassez de bibliografia especializada disponível para esse fim e à ausência de uma
obra aglutinadora de informações taxonômicas sobre a ictiofauna do alto Paraná,
vinha sendo muito dificultada, o que estimulou a elaboração do presente trabalho.
loa
Além de possibilitar a identificação da ictiofauna pela comunidade científica, este
livro também será de grande utilidade para estudantes iniciantes, leigos interessados,
assim como para os órgãos de fiscalização ambiental, tendo em vista que essa área
de proteção é também explorada comercialmente pelo setor turístico, pescadores
amadores e profissionais.
Este livro foi inicialmente elaborado com base no material depositado na Coleção
Ictiológica do Nupélia e nos resultados obtidos por Agostinho, Júlio Júnior, Gomes,
Bini e Agostinho (1997), Agostinho e Júlio Júnior (1999), e Agostinho, Bini, Gomes,
Júlio Júnior, Pavanelli e Agostinho (2004), que conduziram levantamentos ictiofaunísticos
no reservatório de Itaipu e na planície de inundação do alto rio Paraná. Todavia, fruto
de uma análise mais acurada, da inclusão de material de outros projetos desenvolvidos
wn

pelo Nupélia, da disponibilidade de mais bibliografia e consulta com especialistas,


este trabalho, no que se refere à nomenclatura e até ao número de espécies, apresenta
algumas divergências quando comparado aos trabalhos supramencionados. Neste,
apresentamos a caracterização morfológica das espécies registradas desde o
reservatório de Itaipu até a foz do rio Paranapanema, incluídos os afluentes das duas
margens do rio Paraná, com chaves de identificação para gêneros e espécies, fotos e
comentários pertinentes à biologia, distribuição e status taxonômico das espécies.
do

2
Materiais e métodos

ree
Caracterização da Área M
O rio Paraná é o principal formador da bacia do Prata e o segundo maior em A
extensão da América do Sul, com aproximadamente 3.089 km (AGOSTINHO; T
JÚLIO JÚNIOR, 1999). Ao longo dos anos, o rio vem sofrendo drásticas mudanças E
em seu leito, especificamente pela construção de barragens. A supressão de barreiras R
físicas naturais, como os saltos de Sete Quedas, que separavam as duas províncias I
A
ictiofaunísticas distintas no rio Paraná – a do alto Paraná e Parano-Platense – foi
I
propiciada com a construção da usina hidrelétrica de Itaipu. S
Na parte superior, acima da usina E
hidrelétrica de Itaipu, denominada alto

df
Paraná, a área é acompanhada por uma M
extensa planície de inundação É
principalmente em sua margem direita, T
que em períodos de cheia é alagada, O
formando uma ampla planície inundada, D
a qual é o único trecho não represado do O
S
rio Paraná em terras brasileiras.
Rio Baía, margem direita do rio Paraná
loa
Bacia do alto rio Paraná Lagoas Sumida e Escondida
wn
do

Biótopos da planície de inundação do alto rio


Canal da piracema Paraná

A planície de inundação tem aproximadamente 250 km de extensão e área de


5.268 km2. Nesse trecho, o rio Paraná apresenta um amplo canal anastomosado, com
reduzida declividade (0,09 m/km), ora com extensa planície aluvial e grande acúmulo

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3
de sedimento em seu leito, dando origem a barras e pequenas ilhas (mais de 300), ora

ree
M com grandes ilhas e planície alagável mais restrita, e nela se anastomosam numerosas
A lagoas, rios e canais secundários (AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 1999). Na região
T de Guaíra (PR), o rio Paraná se estreita (4,5 km) e entra no reservatório de Itaipu, na
E
área onde estão submersos os saltos de Sete Quedas. O lago do reservatório tem 170
R
I km de extensão, largura média de 7 km e área alagada de 1.350 km2, sendo 770 km2
A em território brasileiro.
I
S Neste livro incluímos todas as espécies capturadas até o momento entre o reservatório
de Itaipu e a foz do rio Paranapanema, incluindo as que ocorrem em rios e riachos
E das margens direita e esquerda do rio Paraná.
Para a caracterização morfológica das espécies, utilizamos as descrições originais,

df
M revisões e outros trabalhos de cunho taxonômico, os quais se encontram citados ao
É longo do texto. No caso de descrições muito antigas e/ou apresentando caracterizações
T
sucintas e baseadas em poucos exemplares, e a fim de padronizarmos as descrições
O
D apresentadas, tomamos dados complementares do material depositado na Coleção
O Ictiológica do Nupélia. Da mesma forma, das espécies com problemas de identificação
S e das consideradas novas, analisamos no mínimo 10 exemplares, de acordo com a
disponibilidade do material. A tomada de dados morfomerísticos foi realizada com
auxílio de paquímetro digital, com aproximação de décimos de milímetros, e os
loa
merísticos com o auxílio de microscópio esteroscópico. Pesquisadores especialistas
em cada grupo taxonômico também foram consultados sempre que possível para a
confirmação da identificação de determinadas espécies.
Os exemplares analisados estão relacionados no apêndice, com o número do lote e,
entre parênteses, o número de exemplares examinados e a amplitude do comprimento
padrão (CP) em milímetros, exceto para Gymnotiformes (“ituís”) e Myliobatiformes
(“raias”), para os quais fornecemos o comprimento total (CT) em milímetros. As
caracterizações apresentam as proporções corporais e dados merísticos mais utilizados
nas descrições científicas correntes. Ao longo do texto, quando nos referimos ao
porte dos peixes, consideramos pequeno até 200 mm, médio de 201 a 400 mm e
grande acima de 401 mm.
wn

Trabalhos originais utilizados que apresentavam valores em porcentagem foram


convertidos para proporção seguindo a seguinte regra: p = 100/x, em que p = proporção
e x = porcentagem.
Para facilitar a compreensão e utilização do texto, procuramos manter um padrão ao
longo do trabalho, que inclui para cada espécie o nome científico; autor e nome comum
(obtido por consulta aos pescadores da região e, quando não conhecido por eles, por
consulta à literatura); foto (quando pertinente, apresentamos fotos de exemplares
que possuem dimorfismo sexual ou detalhes que facilitem a identificação), com o
comprimento padrão do(s) indivíduo(s) fotografado(s); caracterização morfomerística;
do

comprimento total do maior indivíduo registrado pelo Nupélia na região (em mm); e
dados sucintos da biologia das espécies obtidos na literatura, especificamente nas
publicações de pesquisadores do Nupélia que trabalharam com a ictiofauna das regiões
consideradas, além de observações pessoais em campo. A distribuição geográfica
apresentada foi baseada em Reis, Kullander e Ferraris, Jr. (2003), exceto para as
espécies que possivelmente são novas, e outras que tiveram a distribuição ampliada

4 METODOLOGIA
por este trabalho. Quando nos referimos à bacia do rio da Prata, consideramos que a

ree
espécie ocorre nas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Quando pertinente, M
apresentamos observações, principalmente de cunho taxonômico, sobre cada espécie. A
Além disso, indicamos o estado de conservação das espécies, seguindo as categorias T
E
de ameaça de extinção das espécies incluídas por Abilhoa e Duboc (2004) em sua
R
lista de espécies ameaçadas no Estado do Paraná. I
No intuito de tornar o texto mais conciso, utilizamos termos que representam altura A
(altura do corpo), cabeça (comprimento da cabeça), e olho (diâmetro horizontal do I
olho). Mais detalhes sobre essas medidas podem ser encontrados na descrição dos S
dados morfométricos. Da mesma forma, quando mencionamos planície de inundação,
estamos nos referindo à planície de inundação do alto rio Paraná. A contagem dos E
dentes refere-se ao número de dentes encontrados em apenas um dos lados das

df
maxilas. O número total de raios das nadadeiras (ramificados + não ramificados) é M
fornecido em algarismos arábicos, exceto para as ordens Perciformes e Siluriformes, É
T
que apresentam raios modificados em espinhos, sendo representados por algarismos
O
romanos maiúsculos. D
A descrição do padrão de colorido foi constituída basicamente considerando exemplares O
frescos, de forma sucinta e padronizada, dentro do possível, sobretudo por S
considerarmos que é fornecida pelo menos uma foto de cada espécie. No entanto,
algumas foram baseadas em exemplares fixados, nos quais a descrição foi elaborada
loa
com base na presença de pigmentos escuros. Na intenção de uniformizar as descrições
de coloração, procuramos utilizar pintas e manchas para nos referirmos,
respectivamente, a máculas (pontos) pequenas e grandes, e, da mesma forma, listra
(estreita) e faixa (larga).
O registro fotográfico foi realizado com câmeras digitais Canon Rebel, Sony DSC F-
727 e F-828 e Fujifilm Fine Pix S-5000, de exemplares recém-coletados, que depois
de medidos foram utilizados para outros fins. Das espécies que não foram capturadas
durante o desenvolvimento deste livro foram fotografados exemplares conservados
da Coleção Ictiológica do Nupélia, que estão destacados na lista de material examinado
do apêndice 1. Algumas espécies, entretanto, não tinham exemplares em boas
condições para fotos no Nupélia, e foram fotografadas de lotes do Museu de Zoologia
wn

da Universidade de São Paulo, relacionados no apêndice 2.


do

METODOLOGIA 5
sDescrição das medidas
As medidas foram tomadas, sempre que possível, considerando o peixe em

ree
M vista lateral esquerda, exceto Catathyridium jenynsii e Potamotrygon spp. Neste
A tópico, também são apresentadas as abreviaturas usadas nas descrições.
T
E
R • Altura do corpo (AC) – distância medida transversalmente na região mais alta do
I corpo;
A • Altura do pedúnculo caudal – distância medida transversalmente na parte mais
I estreita do pedúnculo caudal;
S • Comprimento da base da nadadeira adiposa – distância entre as inserções anterior
e posterior da nadadeira adiposa;
E • Comprimento da base da nadadeira anal – distância entre as inserções do primeiro
e último raios da nadadeira anal;

df
M • Comprimento da boca à cloaca – distância da região mediano-posterior da boca
É
T até a região anterior da cloaca, em vista ventral;
O • Comprimento da cabeça (CC) – distância entre as extremidades anterior do focinho
D e súpero-posterior do opérculo, excluindo a membrana opercular, exceto para os
O Loricariidae, onde foi medida a distância da extremidade superior do focinho a
S extremidade do osso occiptal;
• Comprimento da cauda – distância da inserção do último raio da nadadeira anal até
a extremidade da cauda, ou da nadadeira caudal em Apteronotidae;
• Comprimento da cloaca à inserção do ferrão – distância da região posterior da
loa
cloaca até a inserção do primeiro ferrão das raias;
• Comprimento do barbilhão maxilar – distância da base do barbilhão maxilar até a
sua extremidade distal;
• Comprimento do disco (CD) – distância da extremidade anterior do focinho até a
extremidade posterior do disco, excluindo a cauda;
• Comprimento do espinho da nadadeira peitoral – distância da inserção do primeiro
raio duro da peitoral até sua extremidade distal;
• Comprimento do espinho da nadadeira pélvica – distância da inserção do primeiro
raio duro da pélvica até sua extremidade distal;
• Comprimento do ferrão – distância da inserção do primeiro ferrão até sua
wn

extremidade distal;
• Comprimento do focinho até a nadadeira anal (CFA) – distância entre a extremidade
anterior do focinho e a inserção do último raio da nadadeira anal;
• Comprimento do gonopódio – distância da inserção do gonopódio até sua extremidade
distal;
• Comprimento do pedúnculo caudal – distância entre a inserção do último raio da
nadadeira anal e a extremidade posterior da coluna vertebral, percebida ao se curvar
a nadadeira caudal para os lados;
• Comprimento padrão (CP) – distância entre a extremidade anterior do focinho e a
do

extremidade posterior da coluna vertebral, evidenciada ao se curvar a nadadeira


caudal para os lados;
• Comprimento pré-nadadeiras – distância entre a extremidade anterior do focinho e
a inserção do primeiro raio das nadadeiras dorsal, peitoral e pélvica;
• Comprimento total (CT) – distância entre a extremidade anterior do focinho e a
extremidade posterior da cauda, ou do raio mais longo da nadadeira caudal;

6 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS


ree
• Focinho – distância entre a extremidade anterior do focinho e a borda anterior do M
olho; A
• Interorbital (IO) – menor distância entre as órbitas; T
• Largura da boca – distância transversal entre as bordas da boca, em vista ventral; E
• Largura da cauda – medida transversalmente na base; R
I
• Largura da mandíbula – distância entre as bordas laterais da mandíbula, medida
A
anteriormente; I
• Largura do corpo – maior largura do corpo medida à frente das nadadeiras peitorais; S
• Largura do disco (LD) – maior distância transversal do disco;
• Largura do focinho – distância entre as margens internas das aberturas nasais E
anteriores;

df
• Órbita – maior distância longitudinal entre as bordas anterior e posterior do olho. M
É
T
O
D
O
S
loa
wn
do

DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS 7


Descrição das contagens

ree
M • Dentes do maxilar – número total de dentes do osso maxilar, sendo apresentado o
A maior número, caso diferente entre os dois lados;
T • Dentes do palato – número de dentes na hemi-série do palato;
E
• Dentes do pré-maxilar – número de dentes da hemi-série, sendo apresentado o
R
I maior número, caso haja diferenças entre os dois lados;
A • Escamas da linha lateral – número de escamas perfuradas na linha lateral;
I • Escamas da linha longitudinal – número de escamas do final do opérculo até a base
S da nadadeira caudal, da série imediatamente superior à linha lateral inferior;
• Escamas da linha transversal abaixo da linha lateral – número de séries longitudinais
E de escamas abaixo da linha lateral, na vertical da inserção da nadadeira pélvica;
• Escamas da linha transversal acima da linha lateral – número de séries longitudinais

df
M de escamas acima da linha lateral, na região mais alta do corpo, geralmente coincidindo
É com a inserção da nadadeira dorsal;
T
• Escamas da linha transversal – número de séries longitudinais de escamas entre a
O
D origem da nadadeira dorsal e da pélvica, incluindo a linha lateral;
O • Escamas do ramo inferior da linha lateral – número de escamas perfuradas no
S ramo inferior da linha lateral;
• Escamas do ramo superior da linha lateral – número de escamas perfuradas no
ramo superior da linha lateral;
• Escamas entre as linhas laterais – número de séries longitudinais de escamas entre
loa
as duas linhas laterais, antes e após a nadadeira dorsal;
• Espinhos médio-dorsais – número total de espinhos na série mediano-dorsal, da
parte posterior do disco até a cauda;
• Placas da série lateral inferior – número de placas da série lateral inferior;
• Placas da série lateral superior – número de placas da série lateral superior;
• Placas entre as nadadeiras peitoral e pélvica – número de placas entre as inserções
das nadadeiras peitoral e pélvica;
• Placas no abdome – número de séries longitudinais de placas na região abdominal;
• Placas pré-dorsal – número de placas após o processo supra-occipital até a origem
da nadadeira dorsal;
wn

• Quilha ventral – número de espinhos simples, seguidos pelo número de espinhos


pares, contados da região ântero-ventral do corpo até a origem da nadadeira anal;
• Raios da nadadeira caudal – número total de raios da nadadeira caudal, excetuando-
se os procurrentes;
• Raios das nadadeiras – número total de raios das nadadeiras (dorsal, peitoral, pélvica
e anal).
do

8 DESCRIÇÃO DAS CONTAGENS


Resultados

ree
Foram registradas nove ordens, 35 famílias, 114 gêneros e 182 espécies. A
classificação é baseada em Britski, Silimon e Lopes (1999) para categorias até ordem
e Reis, Kullander e Ferraris, Jr. (2003) para famílias, subfamílias e a seqüência de
apresentação dos grupos, com exceção de Cyprinidae, que segue Cavender e Coburn
(1992) e de trabalhos específicos publicados posteriormente. R
E
Schizodon altoparanae S
CHONDRICHTHYES Garavello &
Britski, 1990 U
MYLIOBATIFORMES Schizodon borellii (Boulenger, 1900) L
Potamotrygonidae Schizodon nasutus Kner, 1858 T
Potamotrygon cf. falkneri Castex & Crenuchidae A
D

df
Maciel, 1963 Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909
Potamotrygon cf. motoro (Müller & Henle, Characidium sp.
O
1841) S
Hemiodontidae
OSTEICHTHYES Hemiodus orthonops Eigenmann &
CYPRINIFORMES Kennedy, 1903
Cyprinidae Characidae
Cyprinus carpio Linnaeus, 1758 Astyanax altiparanae Garutti & Britski,
CHARACIFORMES 2000
Astyanax bockmanni Vari & Castro, 2007
Parodontidae
loa
Astyanax aff. fasciatus (Cuvier, 1819)
Apareiodon affinis (Steindachner, 1879)
Astyanax aff. paranae Eigenmann, 1914
Apareiodon piracicabae (Eigenmann, 1907)
Astyanax schubarti Britski, 1964
Apareiodon vladii Pavanelli, 2006
Bryconamericus aff. iheringi (Boulenger,
Parodon nasus Kner, 1859 1887)
Curimatidae Bryconamericus exodon (Eigenmann,
Cyphocharax modestus (Fernández-Yépez, 1907)
1948) Bryconamericus stramineus Eigenmann,
Cyphocharax nagelii (Steindachner, 1881) 1908
Steindachnerina brevipinna (Eigenmann Hemigrammus marginatus Ellis, 1911
& Eigenmann, 1889) Hyphessobrycon eques (Steindachner,
1882)
Steindachnerina insculpta
wn

(Fernández-
Hyphessobrycon sp.
Yépez, 1948)
Knodus moenkhausii (Eigenmann &
Prochilodontidae Kennedy, 1903)
Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) Moenkhausia aff. intermedia Eigenmann,
Anostomidae 1908
Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850) Moenkhausia aff. sanctaefilomenae
Leporinus amblyrhynchus Garavello & (Steindachner, 1907)
Britski, 1987 Oligosarcus paranensis Menezes & Géry,
1983
Leporinus elongatus Valenciennes, 1850
Oligosarcus pintoi Campos, 1945
Leporinus friderici (Bloch, 1794)
Piabina argentea Reinhardt, 1867
Leporinus lacustris Campos, 1945
do

Psellogrammus kennedyi (Eigenmann,


Leporinus macrocephalus Garavello & 1903)
Britski, 1988 Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816)
Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1836) Salminus hilarii Valenciennes, 1850
Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 Triportheus nematurus
Leporinus striatus Kner, 1858 (Kner, 1858)

LISTA DE ESPÉCIES 9
ree
BRYCONINAE SILURIFORMES
Brycon hilarii (Valenciennes, 1850) Cetopsidae
Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1850) Cetopsis gobioides Kner, 1858
SERRASALMINAE
Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)
Aspredinidae
R Amaralia sp.
E Metynnis lippincottianus (Cope, 1870)
Myloplus tiete (Eigenmann & Norris, 1900) Trichomycteridae
S
Mylossoma duriventre (Cuvier, 1818) Paravandellia oxyptera Miranda-Ribeiro,
U 1912
L Piaractus mesopotamicus
(Holmberg, 1887)
Trichomycterus sp.
T
A Serrasalmus maculatus Kner, 1858 Callichthyidae
D Serrasalmus marginatus Valenciennes, 1837 Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758)

df
O APHYOCHARACINAE Corydoras aeneus (Gill, 1858)
S Aphyocharax anisitsi Eigenmann & Corydoras flaveolus Ihering, 1911
Kennedy, 1903 Hoplosternum littorale (Hancock, 1828)
Aphyocharax dentatus Eigenmann & Lepthoplosternum pectorale (Boulenger,
Kennedy, 1903 1895)
Aphyocharax sp. Scoloplacidae
CHARACINAE Scoloplax empousa Schaefer, Weitzman &
Galeocharax knerii (Steindachner, 1879) Britski, 1989
Roeboides paranensis Pignalberi, 1975
Loricariidae
loa
CHEIRODONTINAE HYPOPTOPOMATINAE
Odontostilbe sp.
Hisonotus sp.
Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915)
Serrapinnus sp. 1 LORICARIINAE
Serrapinnus sp. 2 Farlowella aff. amazona (Günther, 1864)
Loricaria prolixa Isbrücker & Nijssen, 1978
GLANDULOCAUDINAE
Loricaria sp.
Planaltina britskii Menezes, Weitzman &
Loricariichthys platymetopon Isbrücker &
Burns, 2003 Nijssen, 1979
Acestrorhynchidae Loricariichthys rostratus Reis & Pereira,
Acestrorhynchus lacustris (Lütken, 1875) 2000
Acestrorhynchus pantaneiro Menezes, 1992 Rineloricaria sp.
wn

Cynodontidae HYPOSTOMINAE
Rhaphiodon vulpinus Spix & Agassiz, 1829
Ancistrus sp.
Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908)
Erythrinidae Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911)
Erythrinus erythrinus (Bloch & Schneider, Hypostomus cochliodon Kner, 1854
1801) Hypostomus commersoni Valenciennes, 1836
Hoplerythrinus unitaeniatus Hypostomus margaritifer (Regan, 1908)
(Agassiz, 1829) Hypostomus microstomus Weber, 1987
Hoplias sp. (grupo lacerdae) Hypostomus regani (Ihering, 1905)
Hoplias sp. 1 (grupo malabaricus) Hypostomus cf. strigaticepis (Regan, 1908)
Hoplias sp. 2 (grupo malabaricus)
do

Hypostomus ternetzi (Boulenger, 1895)


Hoplias sp. 3 (grupo malabaricus) Hypostomus sp.
Lebiasinidae Megalancistrus parananus (Peters, 1881)
Pyrrhulina australis Eigenmann & Pterygoplichthys anisitsi Eigenmann &
Kennedy, 1903 Kennedy, 1903

10 LISTA DE ESPÉCIES
Rhinelepis aspera Spix & Agassiz, 1829 Auchenipteridae

ree
Pseudopimelodidae Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766)
Pseudopimelodus mangurus (Valenciennes, Ageneiosus militaris Valenciennes, 1836
1835) Ageneiosus ucayalensis Castelnau, 1855
Heptapteridae Auchenipterus osteomystax (Miranda-Ribeiro,
1918) R
Cetopsorhamdia iheringi Schubart &
Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766) E
Gomes, 1959
Tatia neivai (Ihering, 1930) S
Heptapterus mustelinus (Valenciennes,
Trachelyopterus sp. U
1835)
Imparfinis mirini Haseman, 1911 GYMNOTIFORMES L
Imparfinis schubarti (Gomes, 1956) Gymnotidae T
Phenacorhamdia tenebrosa (Schubart, Gymnotus inaequilabiatus (Valenciennes, A
D

df
1964) 1839)
Pimelodella avanhandavae Eigenmann, Gymnotus pantanal Fernandes, Albert, Daniel- O
1917 Silva, Lopes, Crampton & Almeida-Toledo, 2005 S
Pimelodella gracilis (Valenciennes, 1835) Gymnotus paraguensis Albert & Crampton,
Pimelodella taenioptera Miranda-Ribeiro, 2003
1914 Gymnotus sylvius Albert & Fernandes-Matioli,
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) 1999
Pimelodidae Sternopygidae
Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes, Eigenmannia trilineata López & Castello,
1840) 1966
loa
Hypophthalmus edentatus Spix & Agassiz, Eigenmannia virescens (Valenciennes, 1836)
1829 Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider,
Iheringichthys labrosus (Lütken, 1874) 1801)
Megalonema platanum (Günther, 1880) Rhamphichthyidae
Pimelodus cf. argenteus Perugia, 1891 Gymnorhamphichthys sp.
Pimelodus heraldoi Azpelicueta, 2001 Rhamphichthys hahni (Meinken, 1937)
Pimelodus maculatus La Cepède, 1803 Hypopomidae
Pimelodus ornatus Kner, 1858 Brachyhypopomus cf. pinnicaudatus
Pimelodus paranaensis Britski & Langeani, (Hopkins, Comfort, Bastian & Bass, 1990)
1988
Pinirampus pirinampu (Spix & Agassiz,
Apteronotidae
wn

Apteronotus caudimaculosus Santana, 2003


1829)
Apteronotus aff. albifrons (Linnaeus, 1766)
Pseudoplatystoma corruscans (Spix &
Apteronotus sp.
Agassiz, 1829)
Sternarchorhynchus britskii Campos-da-Paz,
Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus,
2000
1766)
Porotergus ellisi Arámburu, 1957
Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801)
Steindachneridion scriptum (Miranda- CYPRINODONTIFORMES
Ribeiro, 1918) Rivulidae
Zungaro zungaro (Humboldt, 1821) Rivulus apiamici Costa, 1989
Doradidae Poeciliidae
do

Oxydoras eigenmanni Boulenger, 1895 Pamphorichthys sp.


Platydoras armatulus (Valenciennes, 1840) Phalloceros aff. caudimaculatus (Hensel,
Pterodoras granulosus (Valenciennes, 1821) 1868)
Rhinodoras dorbignyi (Kner, 1855) Poecilia reticulata Peters, 1859
Trachydoras paraguayensis (Eigenmann & SYNBRANCHIFORMES
Ward, 1907) Synbranchidae

LISTA DE ESPÉCIES 11
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 Crenicichla niederleinii (Holmberg, 1891)

ree
PERCIFORMES Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard,
1824)
Sciaenidae
Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840)
Geophagus cf. proximus (Castelnau, 1855)
Gymnogeophagus setequedas Reis,
Cichlidae
Malabarba & Pavanelli, 1992
R Astronotus crassipinnis (Heckel, 1840)
E Cichla kelberi Kullander & Ferreira, 2006 Laetacara sp.
S Cichla piquiti Kullander & Ferreira, 2006 Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758)
U Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840)
L Crenicichla britskii Kullander, 1982 Tilapia rendalli (Boulenger, 1897)
T Crenicichla haroldoi Luengo & Britski, 1974 PLEURONECTIFORMES
A Crenicichla jupiaensis Britski & Luengo, Achiridae
D

df
1968
Catathyridium jenynsii (Günther, 1862)
O
S loa
wn
do

12 LISTA DE ESPÉCIES
1. Cinco aberturas branquiais localizadas na região inferior da cabeça, não cobertas

ree
por opérculo; cauda alongada, provida de espinhos fortes e pungentes superior-
mente (MYLIOBATIFORMES) __________ Potamotrygon (Potamotrygonidae)(p. 22)
1’. Aberturas branquiais cobertas por opérculo; cauda desprovida de espinhos __ 2
2. Olhos situados do lado direito da cabeça nos adultos (PLEURONECTIFORMES) ___ R
____________________________________ Catathyridium (Achiridae)(p. 216) E
2’. Olhos situados bilateralmente na cabeça _____________________________ 3 S
3. Uma única abertura branquial pequena, situada atrás da cabeça, na região media- U
no-ventral; corpo serpentiforme (SYNBRANCHIFORMES) _____________________ L
T
_________________________________ Synbranchus (Synbranchidae)(p. 198)
A
3’. Um par de aberturas branquiais; corpo não serpentiforme ________________ 4 D

df
4. Raios anteriores da nadadeira dorsal e da anal transformados em espinhos ___ 5 O
S
4’. Nadadeiras dorsal, anal e pélvica sem espinhos (ou apenas o primeiro raio das
respectivas nadadeiras transformado em espinho) ______________________ 16
5. Dois pares de barbilhões maxilares; nadadeira pélvica em posição abdominal, isto
é, geralmente situadas bem atrás das peitorais; escamas ciclóides (CYPRINIFORMES)
_________________________________________ Cyprinus (Cyprinidae)(p. 25)
5’. Barbilhões maxilares ausentes; nadadeira pélvica em posição torácica, isto é, situ-
loa
adas sob as peitorais; escamas ctenóides (PERCIFORMES) _________________ 6
6. Linha lateral contínua, da porção superior da abertura branquial até a nadadeira
caudal _________________________________ Plagioscion (Sciaenidae)(p. 199)
6’. Linha lateral interrompida, com um ramo superior (anterior) e outro mediano (pos-
terior) _________________________________________________________ 7
7. Com lóbulo desenvolvido no ramo superior do primeiro arco branquial _______ 8
7’. Sem lóbulo no primeiro arco branquial ______________________________ 10
8. Mancha grande, escura e ovalada ausente no flanco _ Satanoperca (Cichlidae)(p. 214)
8’. Mancha grande, escura e ovalada presente no flanco ___________________ 9
wn

9. Nadadeira dorsal com 15 ou 16 raios duros (espinhos) __ Geophagus (Cichlidae)(p. 209)


9’. Nadadeira dorsal com 12 a 14 raios duros (espinhos) ____________________
_________________________________ Gymnogeophagus (Cichlidae)(p. 211)
10. Nadadeira dorsal com um entalhe entre a porção anterior (espinhos) e a posterior
(raios moles) _________________________________ Cichla (Cichlidae)(p. 201)
10’. Nadadeira dorsal com margem reta, sem entalhe entre as regiões anterior e
posterior ______________________________________________________ 11
11. Borda posterior do pré-opérculo serrilhada; corpo alongado, sua altura contida 3,2
a 5 vezes no comprimento padrão ____________ Crenicichla (Cichlidae)(p. 204)
do

11’. Borda posterior do pré-opérculo lisa; corpo alto, sua altura contida menos de 3
vezes no comprimento padrão _____________________________________ 12
12. Nadadeira dorsal com 19 a 21 e anal com 15 a 17 raios moles _____________
________________________________________ Astronotus (Cichlidae)(p. 200)
12’. Nadadeira dorsal com 8 a 15 e anal com 8 a 10 raios moles ____________ 13

Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as 13


ordens e enquadramento nas famílias
13. Linha lateral superior com 21 a 23 e inferior com 13 a 16 escamas _______ 14

ree
13’. Linha lateral superior com 13 a 17 e inferior com 5 a 8 escamas ________ 15
14. Nadadeira caudal com várias faixas transversais alternando entre claras e escu-
ras; mais de 20 rastros longos e finos no ramo inferior do primeiro arco branquial
R ______________________________________ Oreochromis (Cichlidae)(p. 213)
E 14’. Nadadeira caudal sem faixas; menos de 15 rastros curtos e grossos no ramo
S inferior do primeiro arco branquial ________________ Tilapia (Cichlidae)(p. 215)
U
15. Nadadeiras dorsal e anal recobertas por pequenas escamas; cabeça contida 2,8 a
L
T 3,1 vezes no comprimento padrão ____________ Cichlasoma (Cichlidae)(p. 203)
A 15’. Nadadeiras dorsal e anal sem escamas; cabeça contida 1,3 a 2,4 vezes no com-
D primento padrão ___________________________ Laetacara (Cichlidae)(p. 212)

df
O 16. Corpo alongado, em forma de faca; nadadeira anal com mais de 100 raios; nada-
S
deiras dorsal e pélvicas ausentes (GYMNOTIFORMES) ____________________ 17
16’. Corpo nunca em forma de faca; nadadeira anal com menos de 62 raios; nadadei-
ras dorsal, pélvica e caudal presentes _______________________________ 25
17. Nadadeira caudal presente _______________________________________ 18
17’. Nadadeira caudal ausente _______________________________________ 20
18. Focinho prolongado em um rostro longo e tubular _______________________
loa
____________________________ Sternachorhynchus (Apteronotidae)(p. 193)
18’. Focinho não prolongado em um rostro _____________________________ 19
19. Linha transversal acima com mais de nove séries de escamas _____________
___________________________________ Apteronotus (Apteronotidae)(p. 189)
19’. Linha transversal acima com no máximo oito séries de escamas __________
____________________________________ Porotergus (Apteronotidae)(p. 192)
20. Mandíbula prognata _____________________ Gymnotus (Gymnotidae)(p. 178)
20’. Mandíbula de mesmo comprimento ou mais curta que a maxila superior __ 21
21. Focinho longo e tubular _________________________________________ 22
wn

21’. Focinho curto, não tubular _______________________________________ 23


22. Todos os raios da nadadeira anal simples (não ramificados); escamas presentes
apenas sobre a região posterior do corpo _______________________________
_______________________ Gymnorhamphichthys (Rhamphichthyidae)(p. 186)
22’. Maioria dos raios da nadadeira anal ramificados; escamas dispostas uniforme-
mente sobre o corpo _____________ Rhamphichthys (Rhamphichthyidae)(p. 187)
23. Narinas anteriores situadas sobre o lábio superior _______________________
_____________________________ Brachyhypopomus (Hypopomidae)(p. 188)
23’. Narinas situadas na região dorsal do focinho ________________________ 24
do

24. Olho com a margem orbital livre; maioria dos raios da nadadeira anal simples (não
ramificados) ________________________ Sternopygus (Sternopygidae)(p. 185)
24’. Olho completamente coberto por pele, sem a margem orbital livre; maioria dos
raios da nadadeira anal ramificados ______ Eigenmannia (Sternopygidae)(p. 183)

14 Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as


ordens e enquadramento nas famílias
25. Nadadeiras pélvicas em posição torácica, nos machos; escamas presentes sobre

ree
a cabeça (CYPRINODONTIFORMES) ___________________________________ 26
25’. Nadadeiras pélvicas em posição abdominal; escamas ausentes sobre a cabeça
_____________________________________________________________ 29
26. Machos adultos sem gonopódio _________________ Rivulus (Rivulidae)(p. 194) R
26’. Machos adultos com gonopódio __________________________________ 27 E
27. Colorido da região ventral do corpo, incluindo o pedúnculo caudal, clara, sem S
U
padrão reticulado; nadadeira dorsal com mancha escura em seus 2/3 distais ___
L
__________________________________ Pamphorichthys (Poeciliidae)(p. 195) T
27’. Colorido da região ventral do pedúnculo caudal sempre com padrão reticulado; A
nadadeira dorsal hialina __________________________________________ 28 D

df
28. Machos e fêmeas com mancha escura transversalmente alongada na lateral do O
S
corpo, sob a nadadeira dorsal; machos adultos com gonopódio longo, seu compri-
mento contido 2,6 a 3,1 vezes no comprimento padrão ____________________
______________________________________ Phalloceros (Poeciliidae)(p. 196)
28’. Machos coloridos irregularmente, e fêmeas sem mancha escura lateral; machos
adultos com gonopódio curto, seu comprimento contido 3,2 a 3,6 vezes no compri-
mento padrão ______________________________ Poecilia (Poeciliidae)(p. 197)
29. Corpo nu ou coberto por placas ósseas (SILURIFORMES) ________________ 30
loa
29’. Corpo coberto por escamas (CHARACIFORMES) _______________________ 75
30. Corpo totalmente nu, sem placas ósseas ____________________________ 31
30’. Corpo parcial ou totalmente coberto por placas ósseas ________________ 56
31. Opérculo com espinhos _________________________________________ 32
31’. Opérculo sem espinhos _________________________________________ 33
32. Boca inferior (ventral); barbilhões nasais ausentes ______________________
______________________________ Paravandellia (Trichomycteridae)(p. 110)
32’. Boca terminal; barbilhões nasais presentes ___________________________
wn

_____________________________ Trichomycterus (Trichomycteridae)(p. 111)


33. Nadadeira adiposa ausente ______________________________________ 34
33’. Nadadeira adiposa presente _____________________________________ 35
34. Nadadeira dorsal com I + 1 ou 2 raios _______ Amaralia (Aspredinidae)(p. 109)
34’. Nadadeira dorsal com sete raios _____________ Cetopsis (Cetopsidae)(p. 108)
35. Olho coberto por tecido adiposo, sem margem livre ___________________ 36
35’. Olho não coberto por tecido adiposo, com margem livre (exceto Phenacorhamdia
e Heptapterus) ________________________________________________ 40
do

36. Com apenas um par de barbilhões, às vezes encapsulados ________________


_________________________________ Ageneiosus (Auchenipteridae)(p. 170)
36’. Com mais de um par de barbilhões, não encapsulados _________________ 37
37. Nadadeira anal curta com 7 a 11 raios ________ Tatia (Auchenipteridae)(p. 176)
37’. Nadadeira anal com 21 a 51 raios ________________________________ 38

Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as 15


ordens e enquadramento nas famílias
38. Nadadeira caudal bifurcada; nadadeira anal com 42 a 51 raios _____________

ree
_______________________________ Auchenipterus (Auchenipteridae)(p. 174)
38’. Nadadeira caudal truncada; nadadeira anal com 21 a 25 raios __________ 39
39. Nadadeira adiposa presente _____ Parauchenipterus (Auchenipteridae)(p. 175)
R 39’. Nadadeira adiposa ausente ______ Trachelyopterus (Auchenipteridae)(p. 177)
E 40. Nadadeira anal longa, com 55 a 62 raios Hypophthalmus (Pimelodidae)(p. 151)
S
U 40’. Nadadeira anal curta, com menos de 25 raios _______________________ 41
L 41. Barbilhões achatados, em forma de fita _____ Pinirampus (Pimelodidae)(p. 159)
T 41’. Barbilhões roliços, não em forma de fita ___________________________ 42
A
D 42. Primeiro raio da nadadeira dorsal não pungente ______________________ 43

df
O 42’. Primeiro raio da nadadeira dorsal pungente _________________________ 49
S 43. Mandíbula mais longa que a maxila superior ___________________________
______________________________ Phenacorhamdia (Heptapteridae)(p. 145)
43’. Mandíbula mais curta ou do mesmo comprimento da maxila superior _____ 44
44. Processo supra-occiptal estreito e longo, quase alcançando o escudo pré-dorsal
____________________________________Megalonema (Pimelodidae)(p. 153)
44’. Processo supra-occiptal curto, nunca alcançando o escudo pré-dorsal ____ 45
loa
45. Base da nadadeira adiposa muito mais longa que a da nadadeira anal _____ 46
45’. Base da nadadeira adiposa aproximadamente do mesmo comprimento ou mais
curta que a da anal ______________________________________________ 47
46. Altura do corpo contida 10 a 10,6 vezes no comprimento padrão ___________
__________________________________ Heptapterus (Heptapteridae)(p. 142)
46’. Altura do corpo contida 4,7 a 5,7 vezes no comprimento padrão ___________
_____________________________________ Rhamdia (Heptapteridae)(p. 149)
47. Barbilhão maxilar longo, ultrapassando a base da nadadeira peitoral ________
____________________________________ Imparfinis (Heptapteridae)(p. 142)
wn

47’. Barbilhão maxilar curto, não ultrapassando a base da nadadeira peitoral __ 48


48. Corpo uniformemente escuro, sem faixas _____________________________
_______________________________ Cetopsorhamdia (Heptapteridae)(p. 141)
48’. Corpo com várias faixas escuras transversais _________________________
__________________________ Pseudopimelodus (Pseudopimelodidae)(p. 140)
49. Mandíbula mais longa que a maxila superior _ Hemisorubim (Pimelodidae)(p. 150)
49’. Mandíbula mais curta ou do mesmo comprimento da maxila superior _____ 50
50. Maxila superior muito mais longa que a mandíbula, permanecendo a placa dentígera
inteiramente exposta, mesmo com a boca fechada; nadadeira anal com 17 a 19
do

raios ___________________________________ Sorubim (Pimelodidae)(p. 162)


50’. Maxila superior do mesmo comprimento ou pouco mais longa que a mandíbula,
permanecendo a placa dentígera inteiramente oculta com a boca fechada; nada-
deira anal com menos de 15 raios __________________________________ 51
51. Lábios grossos, salientes ________________________________________ 52

16 Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as


ordens e enquadramento nas famílias
ree
51’. Lábios finos, não salientes ______________________________________ 53
52. Olho grande, contido 3,7 a 3,9 vezes no comprimento da cabeça ___________
__________________________________ Iheringichthys (Pimelodidae)(p. 152)
52’. Olho pequeno, contido 9,5 a 10,8 vezes no comprimento da cabeça ________
_______________________________ Steindachneridion (Pimelodidae)(p. 163) R
53. Processo supra-occiptal alcançando o escudo pré-dorsal _______________ 54 E
S
53’. Processo supra-occiptal não alcançando o escudo pré-dorsal ___________ 55 U
54. Processo supra-occiptal inteiramente estreito __________________________ L
___________________________________ Pimelodella (Heptapteridae)(p. 145) T
A
54’. Processo supra-occiptal largo na base, estreitando-se em direção ao escudo pré-
D

df
dorsal _________________________________ Pimelodus (Pimelodidae)(p. 154) O
55. Cabeça longa e muito deprimida; sua largura ao nível da boca igual ou pouco S
menor que sua maior largura ________ Pseudoplatystoma (Pimelodidae)(p. 160)
55’. Cabeça curta e pouco deprimida; estreitando-se para frente, sua largura ao nível
da boca contida menos de 1,5 vezes em sua maior largura _________________
_______________________________________ Zungaro (Pimelodidae)(p. 164)
56. Placa rostral sobre o focinho coberta por vários odontodes; porte diminuto, adul-
tos não ultrapassando os 25 mm ____________ Scoloplax (Scoloplacidae)(p. 117)
loa
56’. Focinho sem odontodes; adultos com porte maior do que 30 mm ________ 57
57. Uma série de placas ao longo da linha lateral, cada uma com um processo em
forma de espinho voltado para trás _________________________________ 58
57’. Mais de uma série de placas sobre a porção lateral do corpo, com ou sem odontodes,
mas sem processo em forma de espinho _____________________________ 62
58. Barbilhões ramificados; os mentonianos unidos por uma membrana nas suas ba-
ses; processo coracóide não coberto por pele _________________________ 59
58’. Barbilhões simples, não ramificados; os mentonianos não unidos por uma mem-
brana nas suas bases; processo coracóide coberto por pele ______________ 60
wn

59. Opérculo e pré-opérculo não cobertos por pele; olho grande, contido 2,5 a 3,1
vezes no comprimento da cabeça; barbilhão maxilar não alcançando a base da
nadadeira peitoral _______________________ Trachydoras (Doradidae)(p. 169)
59’. Opérculo e pré-opérculo cobertos por pele; olho pequeno, contido 3,6 a 4,9 vezes
no comprimento da cabeça; barbilhão maxilar alcançando ou ultrapassando a base
da nadadeira peitoral _______________________ Oxydoras (Doradidae)(p. 165)
60. Pedúnculo caudal nu, não coberto por placas __Pterodoras (Doradidae)(p. 167)
60’. Pedúnculo caudal totalmente coberto por placas, nas porções medianas dorsal e
ventral ________________________________________________________ 61
do

61. Opérculo e pré-opérculo não cobertos por pele; barbilhão maxilar ultrapassando a
base da peitoral ___________________________ Platydoras (Doradidae)(p. 166)
61’. Opérculo e pré-opérculo cobertos por pele; barbilhão maxilar não alcançando a
base da peitoral __________________________ Rhinodoras (Doradidae)(p. 168)

Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as 17


ordens e enquadramento nas famílias
ree
62. Duas séries de placas altas de cada lado do corpo; boca terminal ou subterminal
_____________________________________________________________ 63
62’. Várias séries longitudinais de placas de cada lado do corpo; boca inferior em
forma de ventosa _______________________________________________ 66
R 63. Ossos coracóides entre as nadadeiras peitorais cobertos por pele __________
E ___________________________________ Callichthtys (Callichthyidae)(p. 112)
S
U 63’. Ossos coracóides expostos ______________________________________ 64
L 64. Barbilhões maxilares curtos, não alcançando a abertura branquial; espinho da
T nadadeira dorsal aproximadamente do mesmo tamanho do seu primeiro raio rami-
A ficado _______________________________ Corydoras (Callichthyidae)(p. 113)
D

df
64’. Barbilhões maxilares longos, ultrapassando a abertura branquial; espinho da dorsal
O
S curto, menor que a metade do primeiro raio ramificado __________________ 65
65. Nadadeira caudal bifurcada ou de margem côncava _____________________
_________________________________ Hoplosternum (Callichthyidae)(p. 115)
65’. Nadadeira caudal truncada ou de margem convexa _____________________
______________________________ Lepthoplosternum (Callichthyidae)(p. 116)
66. Pedúnculo caudal deprimido; nadadeira adiposa ausente ________________ 67
66’. Pedúnculo caudal elíptico em corte transversal; nadadeira adiposa presente (exceto
loa
em Rhinelepis e Hisonotus) ______________________________________ 70
67. Focinho longo, prolongado em rostro _______ Farlowella (Loricariidae)(p. 119)
67’. Focinho curto, não prolongado em rostro ___________________________ 68
68. Lábio inferior com vários filamentos; dentes do pré-maxilar pelo menos duas
vezes maiores que os do dentário _____________ Loricaria (Loricariidae)(p. 120)
68’. Lábio inferior sem filamentos; dentes do pré-maxilar e mandíbula aproximada-
mente do mesmo tamanho ________________________________________ 69
69. Lábio inferior espesso, almofadado, com poucas papilas; dentário com 10 a 20
dentes _____________________________ Loricariichthys (Loricariidae)(p. 121)
wn

69’. Lábio inferior não almofadado, com várias papilas; dentário com 5 a 8 dentes
___________________________________ Rineloricaria (Loricariidae)(p. 124)
70. Região inter-opercular móvel, provida de espinhos longos, fortes e protráteis 71
70’. Região inter-opercular pouco móvel, sem espinhos ___________________ 72
71. Nadadeira dorsal com I+7–9 raios ___________ Ancistrus (Loricariidae)(p. 125)
71’. Nadadeira dorsal com I+10–15 raios __ Megalancistrus (Loricariidae)(p. 137)
72. Nadadeira adiposa ausente ______________________________________ 73
72’. Nadadeira adiposa presente _____________________________________ 74
do

73. Corpo com uma faixa escura longitudinal da ponta do focinho até a base da
nadadeira caudal; adultos de pequeno porte, não ultrapassando 50 mm; margem
anterior e lateral do focinho com cinco placas relativamente grandes, providas de
odontodes bem desenvolvidos _______________ Hisonotus (Loricariidae)(p. 118)

18 Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as


ordens e enquadramento nas famílias
73.’ Corpo uniformemente escuro; adultos de grande porte; margem do focinho nua

ree
ou com pequenas placas ___________________ Rhinelepis (Loricariidae)(p. 139)
74. Nadadeira dorsal com I+11–14 raios __ Pterygoplichthys (Loricariidae)(p. 138)
74’. Nadadeira dorsal com I+7 raios _________ Hypostomus (Loricariidae)(p. 126)
75. Maxilas superior e inferior totalmente desprovidas de dentes ____________ 76 R
75’. Maxilas pelo menos parcialmente com dentes _______________________ 77 E
76. Palato com dois sulcos paralelos formando três pregas longitudinais ________ S
U
____________________________________ Cyphocharax (Curimatidae)(p. 31)
L
76’. Palato com projeções glomerulares irregulares ________________________ T
_________________________________ Steindachnerina (Curimatidae)(p. 32) A
D

df
77. Mandíbula sem dentes, pelo menos na sua borda anterior _______________ 78
O
77’. Mandíbula com dentes, inclusive anteriormente ______________________ 80 S
78. Mandíbula de borda reta em vista ventral, sem dentes pelo menos na sua borda
anterior _______________________________________________________ 79
78’. Mandíbula de borda arredondada em vista ventral ______________________
_____________________________________ Hemiodus (Hemiodontidae)(p. 53)
79. Mandíbula sem dentes laterais ____________ Apareiodon (Parodontidae)(p. 26)
79’. Mandíbula com dentes laterais _____________ Parodon (Parodontidae)(p. 30)
loa
80. Dentes depressíveis, pequenos e numerosos, implantados nos lábios ________
__________________________________ Prochilodus (Prochilodontidae)(p. 36)
80’. Dentes bem desenvolvidos, não depressíveis, implantados nos ossos das maxilas
_____________________________________________________________ 81
81. Nadadeira adiposa ausente ______________________________________ 82
81’. Nadadeira adiposa presente _____________________________________ 85
82. Duas séries de dentes no dentário; dentes no palato e linha lateral ausentes __
_____________________________________ Pyrrhulina (Lebiasinidae)(p. 107)
82’. Uma série de dentes no dentário; dentes no palato e linha lateral presentes 83
wn

83. Osso maxilar com dentes cônicos e caniniformes _______________________


________________________________________ Hoplias (Erythrinidae)(p. 103)
83’. Osso maxilar com apenas dentes cônicos __________________________ 84
84. Uma mancha escura arredondada na região superior do opérculo; uma faixa
escura ao longo da linha lateral _________ Hoplerythrinus (Erythrinidae)(p. 102)
84’. Mancha no opérculo e faixa escura ao longo da linha lateral ausentes ______
______________________________________ Erythrinus (Erythrinidae)(p. 101)
85. Abdome quilhado ______________________________________________ 86
do

85’. Abdome arredondado __________________________________________ 93


86. Quilha abdominal sem espinhos ___________________________________ 87
86’. Quilha abdominal com espinhos __________________________________ 88
87. Corpo alongado, sua altura contida 5,2 a 6,1 vezes no comprimento padrão; linha
lateral com 142 a 145 escamas perfuradas __ Rhaphiodon (Cynodontidae)(p. 100)

Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as 19


ordens e enquadramento nas famílias
87’. Corpo alto, sua altura contida 2,7 a 3,2 vezes no comprimento padrão; linha

ree
lateral com 33 a 37 escamas perfuradas ______ Triportheus (Characidae)(p. 75)
88. Dentes tricuspidados (cúspides laterais muito pequenas), cortantes, dispostos em
uma única série em ambas as maxilas _______ Serrasalmus (Characidae)(p. 84)
R 88’. Dentes não tricuspidados, nem cortantes, dispostos em duas séries na maxila
E superior; dentário com duas séries, sendo a interna composta por um par de dentes
S cônicos localizados junto à sínfise ___________________________________ 89
U
89. Espinho pré-dorsal ausente ______________________________________ 90
L
T 89’. Espinho pré-dorsal presente _____________________________________ 92
A 90. Nadadeira anal coberta de escamas até a metade proximal e 32 a 35 raios ___
D

df
______________________________________ Mylossoma (Characidae)(p. 82)
O
S 90’. Nadadeira anal de escamas apenas na base e 22 a 25 raios ____________ 91
91. Nadadeira adiposa com raios _______________ Colossoma (Characidae)(p. 79)
91’. Nadadeira adiposa sem raios _______________ Piaractus (Characidae)(p. 83)
92. Nadadeira dorsal com 24 a 27 raios; nadadeira adiposa mais alta que longa __
________________________________________ Myloplus (Characidae)(p. 81)
92’. Nadadeira dorsal com 15 ou 16 raios; nadadeira adiposa mais longa que alta _
________________________________________ Metynnis (Characidae)(p. 80)
loa
93. Linha lateral com 47 ou mais escamas perfuradas ____________________ 94
93’. Linha lateral com, no máximo, 45 escamas perfuradas ________________ 99
94. Escamas espinóides presentes sobre o corpo __________________________
_____________________________________ Galeocharax (Characidae)(p. 90)
94’. Apenas escamas ciclóides presentes sobre o corpo ___________________ 95
95. Nadadeira anal com 40 a 50 raios; dentes mamiliformes dispostos fora da boca
nos adultos ______________________________ Roeboides (Characidae)(p. 91)
95’. Nadadeira anal com, no máximo, 30 raios; dentes não mamiliformes dispostos
dentro da boca _________________________________________________ 96
wn

96. Dentes presentes no palato ______________________________________ 97


96’. Dentes ausentes no palato ______________________________________ 98
97. Dentes cônicos e tricuspidados em ambas as maxilas; rastros branquiais longos,
sem espinhos ___________________________ Oligosarcus (Characidae)(p. 69)
97’. Dentes cônicos e caninos em ambas as maxilas; rastros branquiais curtos, com
espinhos _____________________ Acestrorhynchus (Acestrorhynchidae)(p. 97)
98. Três séries de dentes no pré-maxilar ____________ Brycon (Characidae)(p. 76)
98’. Duas séries de dentes no pré-maxilar _________ Salminus (Characidae)(p. 72)
do

99. Três raios não ramificados na nadadeira peitoral ________________________


____________________________________ Characidium (Crenuchidae)(p. 50)
99’. Um raio não ramificado na nadadeira peitoral ______________________ 100
100. Dentes presentes no palato ______________ Oligosarcus (Characidae)(p. 69)
100’. Dentes ausentes no palato ____________________________________ 101

20 Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as


ordens e enquadramento nas famílias
101. Uma série de dentes no pré-maxilar _____________________________ 102

ree
101’. Duas ou três séries de dentes no pré-maxilar ______________________ 107
102. Linha lateral completa ________________________________________ 103
102’. Linha lateral incompleta ______________________________________ 106
103. Pseudotímpano presente _______________ Odontostilbe (Characidae)(p. 92) R
103’. Pseudotímpano ausente ______________________________________ 104 E
S
104. Lobos da nadadeira caudal cobertos de pequenas escamas; nadadeira dorsal U
com uma mancha escura __________________ Leporellus (Anostomidae)(p. 37) L
104’. Lobos da nadadeira caudal nus, com escamas cobrindo apenas a base dos T
raios; nadadeira dorsal sem mancha escura __________________________ 105 A
D

df
105. Dentes de ambas as maxilas incisiformes nos adultos ___________________ O
______________________________________ Leporinus (Anostomidae)(p. 38) S
105’. Dentes de ambas as maxilas cuspidados nos adultos ___________________
______________________________________ Schizodon (Anostomidae)(p. 47)
106. Pseudotímpano e mancha escura no pedúnculo caudal ausentes __________
____________________________________ Aphyocharax (Characidae)(p. 86)
106’. Pseudotímpano e mancha escura no pedúnculo caudal presentes _________
_____________________________________ Serrapinnus (Characidae)(p. 93)
loa
107. Nadadeira caudal sem escamas sobre os raios _____________________ 108
107’. Nadadeira caudal com escamas sobre os raios ____________________ 109
108. Três séries de dentes no pré-maxilar __________ Piabina (Characidae)(p. 71)
108’. Duas séries de dentes no pré-maxilar ____________________________ 112
109. Linha lateral incompleta _______________ Hemigrammus (Characidae)(p. 63)
109’. Linha lateral completa ________________________________________ 110
110. Série interna do pré-maxilar com quatro dentes __ Knodus (Characidae)(p. 66)
110’. Série interna do pré-maxilar com cinco dentes _____________________ 111
wn

111. Nadadeira dorsal deslocada para trás, sua origem na vertical da origem da anal;
escamas modificadas sobre a nadadeira caudal, dando origem a uma glândula de
ferôrmonio (somente em machos adultos) ______ Planaltina (Characidae)(p. 96)
111’. Origem da nadadeira dorsal à frente da origem da nadadeira anal; sem escamas
modificadas ___________________________ Moenkhausia (Characidae)(p. 67)
112. Linha lateral incompleta _______________________________________ 113
112’. Linha lateral completa ________________________________________ 114
113. Nadadeira anal longa, de 39 a 46 raios ___ Psellogrammus (Characidae)(p. 72)
113’. Nadadeira anal curta, de 22 a 32 raios __ Hyphessobrycon (Characidae)(p. 63)
do

114. Série interna do pré-maxilar com quatro dentes ________________________


__________________________________ Bryconamericus (Characidae)(p. 60)
114’. Série interna do pré-maxilar com cinco dentes _____________________ 115
115. Nadadeira anal curta, de 17 a 35 raios ________ Astyanax (Characidae)(p. 54)
115’. Nadadeira anal longa, de 39 a 46 raios __ Psellogrammus (Characidae)(p. 72)

Chave para identificação dos gêneros, com destaque para as 21


ordens e enquadramento nas famílias
Potamotrygonidae

ree
Os membros da família Potamotrygonidae são de médio a
grande porte, possuem o corpo e a cabeça deprimidos, em forma
de disco. As nadadeiras peitorais são modificadas e compõem a
borda lateral do disco, unindo-se na parte anterior do focinho. A
boca fica na região ventral, com várias papilas e dentes pequenos
(BRITSKI; SILIMON; LOPES, 1999). Sobre a cauda,
apresentam espinhos e acúleos que inoculam um potente veneno,
e segundo Haddad Júnior, Garrone Neto, Paula Neto, Marques
M e Barbado (2004), a dor dos ferimentos causados por acidentes
Y com os membros dessa família é muito intensa, e o tempo de
L cicatrização é demorado. Habitam preferencialmente ambientes

df
I litorâneos, com sedimento lodoso ou arenoso. São ovovivíparos,
O os machos possuem um órgão copulatório denominado “clásper”,
B
e produzem de 2 a 7 filhotes por gestação (CARVALHO;
A
T LOVEJOY; ROSA, 2003).
I Passaram a ocorrer espécies do gênero Potamotrygon
F Garman, 1877, chamadas popularmente de “raias” ou “arraias”
O na região, apenas após a submersão das Sete Quedas pelo
R enchimento do reservatório de Itaipu. A identificação das
loa
M espécies de “raias” de água doce dá-se principalmente com base
E no padrão de colorido e alguns dados morfométricos. Entretanto,
S esses caracteres possuem variações intra-específicas
consideráveis, especialmente o padrão de colorido, o que tem
gerado grandes confusões e incertezas em nível taxonômico
desse grupo. O reconhecimento das espécies mencionadas aqui
engloba esses caracteres, mas, além das duas espécies citadas
(P. cf. falkneri e P. cf. motoro), outras também foram descritas
da bacia do Prata: P. brachyura (Günther, 1880), P. castexi
Castello & Yagokolski, 1969, P. histrix (Müller & Henle, 1834),
e P. schuhmacheri Castex, 1964, sendo possível que alguma(s)
wn

dessa(s) espécie(s) tenha(m) igualmente se estabelecido na área


estudada.

Potamotrygon

1. Superfície dorsal do disco inteiramente coberta por manchas brancas ou amarelas,


ovais ou reniformes, maiores que o diâmetro do olho, as quais se estendem distalmente
do

sobre a cauda ________________________________________ P. cf. falkneri


1’. Superfície dorsal do disco com ocelos amarelos ou alaranjados, maiores que o
diâmetro do olho, envolvidos por um anel preto, os quais não se estendem distalmente
sobre a cauda _________________________________________ P. cf. motoro

22 POTAMOTRYGONIDAE
Potamotrygon cf. falkneri

ree
Castex & Maciel, 1963
“raia”, “arraia”

M
Y
L

df
I
O
B
A
T
I
F
O
R
loa
M
E
Comprimento total 780 mm S

Corpo deprimido; comprimentos do disco 1 a 1,1, da boca à cloaca 1,4 a 1,6, da


cloaca à inserção do ferrão 1,7 a 2,1, da cauda 1 e do ferrão 4,2 a 6,0 vezes na LD;
larguras da boca 9,9 a 12,9 e da cauda 7,6 a 9,8 vezes na LD; comprimento da cauda
contido 1,0 vez no CD; e olho contido 2,3 a 3,9 vezes no IO. Boca inferior; série
superior com 22 a 50 e inferior com 26 a 44 dentes. Raios peitorais 95 a 99; espinhos
wn

médio-dorsais 18 a 56 (ROSA, 1985). Superfície dorsal do disco castanha, com


numerosas manchas amarelas de formato irregular, às vezes circundadas de preto,
ovais e reniformes, geralmente maiores que o diâmetro do olho.
Comprimento total máximo. 780 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de peixes e insetos.
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
do

POTAMOTRYGONIDAE 23
ree
Potamotrygon cf. motoro
(Müller & Henle, 1841)
“raia”, “arraia”

M
Y
L

df
I
O
B
A
T
I
F
O
R
loa
M
E Comprimento total 420 mm
S

Corpo deprimido; comprimentos do disco 0,9 a 1,2, da boca à cloaca 1,3 a 1,7,
da cloaca à inserção do ferrão 1,9 a 2,6, da cauda 0,8 a 1 e do ferrão 3,1 a 9,3 vezes
na LD; larguras da boca 7,6 a 12,8 e da cauda 7,2 a 16,4 vezes na LD; comprimento
da cauda contido 1,4 vezes no CD; e olho contido 2,5 a 5,3 vezes no IO. Boca inferior;
série superior com 18 a 39 e inferior com 20 a 39 dentes. Raios peitorais 93 a 101;
espinhos médio-dorsais 11 a 44 (ROSA, 1985). Superfície dorsal do disco variando
wn

de marrom-oliváceo a cinza-escuro, com manchas ocelares amarelas ou alaranjadas


circundadas de preto, maiores que o olho na região central do disco, diminuindo de
tamanho em direção às margens, e dispostas em uma a cinco séries submarginais de
cada lado.
Comprimento total máximo. 610 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, canais e lagoas. Hahn, Fugi e Andrian (2004),
analisando o conteúdo estomacal de um exemplar da região estudada, encontraram
apenas insetos.
Distribuição. Bacias dos rios da Prata, Orinoco e Amazonas.
do

24 POTAMOTRYGONIDAE
Cyprinidae
Os membros da família Cyprinidae são de pequeno a médio

ree
porte, possuem a boca protrátil com pequenos dentes, possuem
de três a cinco raios branquiostegais e dois pares de pequenos
barbilhões maxilares (NELSON, 1984). Essa família é uma das
com maior número de espécies dentro dos vertebrados. Sua
distribuição natural ocorre principalmente na Ásia, porém algumas
de suas espécies foram introduzidas em vários rios do mundo,
devido ao seu uso em pisciculturas e na aquariofilia, além de várias
serem amplamente utilizadas como peixes ornamentais. Na região,
ocorre o gênero Cyprinus Linnaeus, 1758.

df
Cyprinus carpio
Linnaeus, 1758
“carpa-comum”

C
Y
P
loa
R
I
N
I
F
O
R
M
Comprimento padrão 203,3 mm E
S
Corpo alto; altura contida 2,2 a 2,8 e do pedúnculo caudal 6,4 a 7,6 vezes no
wn

CP; comprimentos da cabeça 3,8 a 4,9, pré-dorsal 1,9 a 2,2 e do pedúnculo caudal 7
a 12,1 vezes no CP; e focinho contido 2,3 a 2,8, órbita 4,5 a 6,4 e interorbital 2,3 a 2,9
vezes no CC. Boca subterminal. Linha lateral com 35 a 38 escamas; linha transversal
acima com 5 a 6 e abaixo com 6 a 8 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 21,
peitoral com 16 a 18, pélvica com 8 e anal com 7 a 9 raios. Corpo mais escuro
dorsalmente; nadadeiras amareladas.
Comprimento total máximo. 480 mm.
Dados biológicos. Apresenta hábito alimentar onívoro, podendo incluir em sua dieta
desde invertebrados e algas até, ocasionalmente, pequenos peixes (PHILLIPS; RIX,
do

1985).
Distribuição. Bacias de rios da Ásia e Europa.
Observação. Sua captura na região provavelmente é resultado de escapes de
pisciculturas. Godoy (1987) menciona que a introdução dessa espécie no Brasil ocorreu
em 1881.

CYPRINIDAE 25
Os membros da família Parodontidae são de pequeno porte,

ree
possuem o corpo fusiforme, a boca subterminal, o lábio superior
está freqüentemente ausente, e não têm fontanela (PAVANELLI,
2003). Algumas das espécies dessa família apresentam tubérculos
nupciais sobre o focinho e região internasal na época de reprodução.
São geralmente encontradas em corredeiras, com as nadadeiras
peitorais bem desenvolvidas, o que as possibilita uma maior fixação
ao ambiente pedregoso, onde se alimentam, principalmente de
perifíton (PAVANELLI, 1999). Na região, ocorrem os gêneros
Apareiodon Eigenmann, 1916 e Parodon Valenciennes, 1850.

df
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
O
R
wn

M
E Apareiodon
S

1. Escamas pré-ânus 29½ ou mais; dentes do pré-maxilar com 12 a 15 cúspides __


_______________________________________________________ A. affinis
1’. Escamas pré-ânus 29 ou menos; dentes do pré-maxilar com menos de 12 cúspides
______________________________________________________________ 2
2. Dentes do pré-maxilar com as cúspides decrescendo paulatinamente de tamanho,
do

proporcionando uma borda cortante quase reta, com apenas os cantos arredonda-
dos; maxilar com dois (raramente um) dentes _______________ A. piracicabae
2’. Dentes do pré-maxilar pontiagudos, cujas cúspides decrescem abruptamente de
tamanho da mediana para as laterais; maxilar com um dente ________ A. vladii

26 PARODONTIDAE
Apareiodon affinis

ree
(Steindachner, 1879)
“canivete”, “charuto”

df
Comprimento padrão 93,3 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 3,2 a 5,4 e do pedúnculo caudal 8,2 a 10,8 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,8 a 4,9, pré-dorsal 1,9 a 2,2 e do pedúnculo caudal C
7 a 12,1 vezes no CP; e focinho contido 2,6 a 3,6, órbita 3,1 a 4,6, interorbital 2,3 a 3,4 H
e largura da mandíbula 3,7 a 5,9 vezes no CC. Boca subterminal; pré-maxilar com 4 A
ou 5, maxilar com 2 ou 3 e dentário sem dentes. Linha lateral com 39 a 46 escamas; R
linha transversal acima com 4½ ou 5 e abaixo com 3 a 4½ séries de escamas. A
Nadadeira dorsal com 10 a 13, peitoral com 11 a 14, pélvica com 7 a 9, anal com 7 ou C
8 e caudal com 18 ou 19 raios (PAVANELLI, 1999). Uma faixa escura longitudinal I
F
sobre a linha lateral, sem manchas adjacentes para baixo; seis a oito faixas transversais
O
escuras e estreitas acima da faixa longitudinal principal; nadadeiras hialinas ou com R
wn

poucos cromatóforos dispersos sobre os raios, exceto a nadadeira caudal, com um ou M


dois raios medianos escuros, em continuação à faixa longitudinal. E
Comprimento total máximo. 151 mm. S
Dados biológicos. Vive principalmente em rios, alimentando-se de detritos,
sedimentos e algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado
parental, realiza pequenas migrações, reproduz-se de setembro a dezembro, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 79 mm e nos machos com 73
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
do

PARODONTIDAE 27
Apareiodon piracicabae

ree
(Eigenmann, 1907)
“canivete”, “charuto”

df
loa Comprimento padrão 120 mm

Corpo alongado; altura contida 3,4 a 5,2 e do pedúnculo caudal 6,9 a 9,9 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,9 a 5, pré-dorsal 2 a 2,2 e do pedúnculo caudal 7,3
C a 13,6 vezes no CP; e focinho contido 2,7 a 3,4, órbita 3,2 a 4,8, interorbital 2,3 a 3,4
H e largura da mandíbula 3,7 a 5,9 vezes no CC. Boca subterminal; pré-maxilar com 4,
A maxilar com 1 ou 2 e dentário sem dentes. Linha lateral com 38 a 44 escamas; linha
R
transversal acima com 4½ ou 5 e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira
A
C dorsal com 11 ou 12, peitoral com 12 a 14, pélvica com 8 ou 9, anal com 7 a 9 e caudal
I com 19 raios (PAVANELLI, 1999). Uma faixa escura longitudinal sobre a linha lateral,
F sem manchas adjacentes para baixo; seis a oito faixas transversais escuras e estreitas
O acima da faixa longitudinal principal; nadadeiras hialinas ou com poucos cromatóforos
R dispersos sobre os raios, exceto a nadadeira caudal, com um ou dois raios medianos
wn

M escuros, em continuação à faixa longitudinal.


E Comprimento total máximo. 165 mm.
S Dados biológicos. Vive principalmente em rios, alimentando-se de detritos,
sedimentos e algas (PAVANELLI, 1999).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná e São Francisco.
do

28 PARODONTIDAE
Apareiodon vladii

ree
Pavanelli, 2006
“canivete”, “charuto”

df
Comprimento padrão 102,1 mm

Corpo alongado; altura contida 3,9 a 4,7 e do pedúnculo caudal 6,9 a 8,8 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 4,3 a 4,8, pré-dorsal 2 a 2,2 e do pedúnculo caudal
loa
6,3 a 9 vezes no CP; e focinho contido 2,7 a 3,1, órbita 3,8 a 4,6, interorbital 2,6 a 3,1
e largura da mandíbula 5 a 6,3 vezes no CC. Boca subterminal; pré-maxilar com 4, C
maxilar com 1 e dentário sem dentes. Linha lateral com 37 a 39 escamas; linha H
transversal acima com 4½ e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira A
R
dorsal com 11 ou 12, peitoral com 14 ou 15, pélvica com 8 ou 9, anal com 7 e caudal
A
com 19 raios. Uma faixa escura longitudinal sobre a linha lateral, sem manchas C
adjacentes para baixo; seis a oito faixas transversais escuras e estreitas acima da I
faixa longitudinal principal; nadadeiras hialinas ou com poucos cromatóforos dispersos F
sobre os raios, exceto a nadadeira caudal, com um ou dois raios medianos escuros, O
em continuação à faixa longitudinal (PAVANELLI, 2006). R
wn

Comprimento total máximo. 113,4 mm. M


Distribuição. Bacias dos rios Piquiri e Ivaí, alto rio Paraná. E
S
do

PARODONTIDAE 29
Parodon nasus

ree
Kner, 1859
“canivete”, “charuto”

df
Comprimento padrão 102,5 mm

Corpo alongado; altura contida 3,5 a 4,6 e do pedúnculo caudal 7 a 8,5 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 4,2 a 5, pré-dorsal 1,9 a 2,4 e do pedúnculo caudal 7,4
a 10,8 vezes no CP; e focinho contido 2,3 a 2,9, órbita 3,4 a 4,9, interorbital 2,3 a 2,7
loa
e largura da mandíbula 3,8 a 5,1 vezes no CC. Boca subterminal; pré-maxilar com 4,
C dentário com 2 a 4 e maxilar com 2 dentes. Linha lateral com 35 a 39 escamas; linha
H transversal acima com 4½ e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira
A dorsal com 11 ou 12, peitoral com 13 a 16, pélvica com 8 ou 9, anal com 8 ou 9 e
R caudal com 19 raios (PAVANELLI, 1999). Dorso escuro, ventre claro. Uma faixa
A
C escura longitudinal, com projeções para cima e para baixo, conferindo um aspecto de
I ziguezague. Nadadeiras hialinas ou amareladas, sendo a caudal com os raios caudais
F medianos escuros, em continuação à faixa longitudinal.
O Comprimento total máximo. 117 mm.
R Dados biológicos. Vive principalmente em rios, alimentando-se de algas e reproduz-
wn

M se de novembro a fevereiro (PAVANELLI, 1999). Capturada preferencialmente ao


E cair da noite, em rios de porte maior.
S Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Essa espécie era conhecida até recentemente na bacia do Paraná-
Paraguai como Parodon tortuosus Eigenmann & Norris, 1900 (PAVANELLI, 2003).
do

30 PARODONTIDAE
Os membros da família Curimatidae são de pequeno porte, não possuem

ree
dentes quando adultos, e as escamas são ciclóides, podendo ter a borda lisa,
crenulada ou denteada. Uma característica peculiar é a presença de inúmeras
modificações na boca, arcos branquiais e trato digestório, que tornam possível
um melhor aproveitamento da matéria orgânica, microdetritos,
microvegetação e filamentos de algas (VARI, 2003). Na região, ocorrem os
gêneros Cyphocharax Fowler, 1906 e Steindachnerina Fowler, 1906.
Cyphocharax
1. Linha lateral com 31 a 36 escamas; linha transversal acima com 4½ a 7 séries de
escamas ______________________________________________ C. modestus
1’. Linha lateral com 39 a 45 escamas; linha transversal acima com 7½ a 9 séries de

df
escamas ________________________________________________ C. nagelii

Cyphocharax modestus
(Fernández-Yépez, 1948)
“saguiru”, “curimata”
loa
C
H
A
R
A
Comprimento padrão 80 mm
C
I
Corpo alto; altura contida 2,4 a 2,9 e do pedúnculo caudal 6,6 a 7,7 vezes no CP; F
comprimentos da cabeça 3,2 a 3,7, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo caudal 10,7 a O
R
wn

10,9 no CP; e focinho contido 3 a 3,7, órbita 3,1 a 3,8 e interorbital 2,2 a 2,5 vezes no
M
CC. Boca terminal; pré-maxilar, dentário e maxilar sem dentes nos adultos. Linha lateral E
com 31 a 36 escamas; linha transversal acima com 5½ a 7 e abaixo com 4½ a 6 séries S
de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com 14 a 16, pélvica com 9 ou 10,
anal com 8 ou 9 e caudal com 19 raios (VARI, 1992). Uma faixa longitudinal escura que
se estende sobre a linha lateral até a extremidade dos raios caudais medianos, sendo
mais larga sobre o pedúnculo caudal; nadadeiras hialinas.
Comprimento total máximo. 132 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e rios, alimentando-se de detritos, sedimentos e
algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza
do

pequenas migrações, reproduz-se de agosto a maio, e a primeira maturação gonadal


nas fêmeas ocorre com 75 mm e nos machos com 73 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Até recentemente, essa espécie era identificada erroneamente na bacia do
Paraná-Paraguai como Curimata gilberti Quoy & Gaimard, 1824 (VARI, 1992).

CURIMATIDAE 31
Cyphocharax nagelii

ree
(Steindachner, 1881)
“saguiru”, “curimata”

df
Comprimento padrão 130 mm

Corpo alongado; altura contida 3 a 3,4 e do pedúnculo caudal 7,7 a 8,3 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3,3 a 3,7, pré-dorsal 2 a 2,2 e do pedúnculo caudal 10,3
a 10,7 vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 3,4, órbita 3,3 a 4 e interorbital 2,6 a 2,8
loa
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar, dentário e maxilar sem dentes nos adultos.
Linha lateral com 39 a 45 escamas; linha transversal acima com 7½ a 9 e abaixo com
C 6½ a 7½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com 13 a 15,
H pélvica com 9 ou 10, anal com 8 ou 9 e caudal com 19 raios (VARI, 1992). Uma faixa
A
longitudinal escura que se estende sobre a linha lateral até a extremidade dos raios
R
A caudais medianos, sendo mais larga sobre o pedúnculo caudal; nadadeiras hialinas.
C Comprimento total máximo. 165 mm.
I Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de detritos, sedimentos
F e algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza
O pequenas migrações, reproduz-se de agosto a março, e a primeira maturação gonadal
wn

R nas fêmeas ocorre com 89 mm e nos machos com 70 mm (SUZUKI; VAZZOLER;


M MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
E Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
S

Steindachnerina
do

1. Nadadeira dorsal com uma mancha escura na base dos raios medianos, às vezes
pouco conspícua _______________________________________ S. brevipinna
1’. Nadadeira dorsal sem mancha escura na base dos raios medianos _ S. insculpta

32 CURIMATIDAE
Steindachnerina brevipinna

ree
(Eigenmann & Eigenmann, 1889)
“saguiru”

df Comprimento padrão 105,8 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 2,6 a 3,2 e do pedúnculo caudal 6,6 a 8,3 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,7, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo caudal
C
8,3 a 9,3 vezes no CP; e focinho contido 2,9 a 3,7, órbita 2,8 a 3,6 e interorbital 2,2 a H
2,6 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar, dentário e maxilar sem dentes nos A
adultos. Linha lateral com 33 a 37 escamas; linha transversal acima com 5½ a 6½ e R
abaixo com 4½ a 5½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10 a 12, peitoral com A
11 a 14, pélvica com 9, anal com 9 ou 10 e caudal com 19 raios (VARI, 1991). Uma C
faixa longitudinal escura que se estende sobre a linha lateral até a extremidade dos I
raios caudais medianos; nadadeiras amareladas, sendo a dorsal com uma mancha F
escura na base dos raios medianos, às vezes pouco conspícua. O
R
wn

Comprimento total máximo. 160 mm.


M
Dados biológicos. Habita lagoas, rios e canais, alimentando-se de detritos, sedimentos
E
e algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental e a S
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 70 mm e nos machos com 65
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do rio da Prata.
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete
Quedas pela construção do reservatório de Itaipu. Prioli, Oliveira, Prioli, Prioli, Carrer,
Galdino, Pavanelli Júlio Júnior e Panarari (2004), na intenção de averiguar se os
exemplares com a mancha na dorsal pouco conspícua eram híbridos, realizaram análises
do

moleculares comparativas entre S. insculpta e S. brevipinna na região amostrada.


Constataram que aqueles exemplares correspondiam todos a S. brevipinna, com
exceção de apenas um exemplar híbrido.

CURIMATIDAE 33
Steindachnerina insculpta

ree
(Fernández-Yépez, 1948)
“saguiru”, “curimata”

df
Comprimento padrão 90 mm

Corpo alongado; altura contida 2,9 a 3,4 e do pedúnculo caudal 7,7 a 9,1 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,7, pré-dorsal 2 a 2,2 e do pedúnculo caudal
loa
9,1 a 9,7 vezes no CP; e focinho contido 3 a 3,4, órbita 3,4 a 4 e interorbital 2,4 a 2,6
C vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar, dentário e maxilar sem dentes nos adultos.
H Linha lateral com 34 a 40 escamas; linha transversal acima com 6½ a 7½ e abaixo
A com 4½ a 5½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com 12 a 15,
R pélvica com 9, anal com 9 ou 10 e caudal com 19 raios (VARI, 1991). Uma faixa
A longitudinal escura que se estende sobre a linha lateral até a extremidade dos raios
C
caudais medianos; nadadeiras amareladas, sendo a dorsal com poucos pigmentos
I
F escuros dispersos.
O Comprimento total máximo. 144 mm.
R Dados biológicos. Vive em lagoas, rios e canais, alimentando-se de detritos,
wn

M sedimentos e algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado


E parental, realiza pequenas migrações, reproduz-se de agosto a abril, e a primeira
S maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 53 mm e nos machos com 47 mm
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Até recentemente era identificada na bacia do alto rio Paraná como
Curimata elegans Steindachner, 1874 (VARI, 1991).
do

34 CURIMATIDAE
Os membros da família Prochilodontidae são de médio a

ree
grande porte, possuem numerosos (até 200) dentes diminutos,
espatulados ou falciformes, implantados de forma móvel no tecido
dos lábios carnosos e extremamente desenvolvidos, e a nadadeira
dorsal é precedida por um espinho pequeno, simples ou bifurcado
anteriormente (CASTRO; VARI, 2003, 2004). Apresentam hábitos
migratórios e participam de maneira importante da pesca comercial
em várias regiões da América do Sul. Alimentam-se de detritos,
por isto têm sucesso em ambientes com sedimento lodoso e, para
tanto, possuem adaptações anatômicas ao longo de todo o trato
digestório, a começar pela boca, com lábios móveis e carnudos,
em forma de ventosa. Na região, ocorre o gênero Prochilodus

df
Agassiz, 1829.
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
O
R
wn

M
E
S
do

PROCHILODONTIDAE 35
Prochilodus lineatus

ree
(Valenciennes, 1836)
“curimba”, “curimbatá”

df
Comprimento padrão 495,2 mm
loa
C Corpo alto; altura contida 2,2 a 3,3 e do pedúnculo caudal 10,7 a 14,6 vezes no
H
CP; comprimentos da cabeça 2,7 a 4,3, pré-dorsal 1,9 a 2,4 e do pedúnculo caudal
A
R 10,6 a 15,5 vezes no CP; e focinho contido 2,1 a 3,1, órbita 3,3 a 6,6 e interorbital 1,7
A a 2,1 vezes no CC. Boca terminal, com lábios carnosos; série externa do pré-maxilar
C com 95, interna com 13 a 25, série externa do dentário com 75, interna com 9 a 18 e
I maxilar sem dentes. Linha lateral com 44 a 50 escamas; linha transversal acima com
F 7 a 10 e abaixo com 6 a 9 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12 ou 13, peitoral
O com 14 a 19, pélvica com 8 ou 9, anal com 10 a 12 e caudal com 19 raios (CASTRO;
R
wn

VARI, 2004). Corpo prateado, região dorsal mais escura; nadadeira dorsal cinza-
M claro, nadadeiras caudal, anal e peitoral escuras e pélvica amarelo-avermelhada.
E Comprimento total máximo. 542 mm.
S
Dados biológicos. Encontrada em lagoas, rios e canais, alimentando-se de detritos
e sedimentos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental,
realiza longas migrações, reproduz-se principalmente nos tributários e lagoas do rio
Paraná, de outubro a abril, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com
240 mm e nos machos com 213 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA;
INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai e Paraíba do Sul.
do

Observação. Até recentemente era identificada na bacia do alto rio Paraná como
Prochilodus scrofa Steindachner, 1881 (CASTRO; VARI, 2004).

36 PROCHILODONTIDAE
Anostomidae
Os membros da família Anostomidae são de pequeno a

ree
grande porte, apresentam uma única série de dentes, sendo três
ou quatro no pré-maxilar e dentário, o maxilar é pequeno e sem
dentes, e a boca é relativamente pequena, podendo ser terminal,
subterminal ou superior (GARAVELLO; BRITSKI, 2003).
Algumas espécies são utilizadas como ornamentais e muitas têm
importância na pesca comercial da América do Sul. Geralmente,
alimentam-se de insetos e vegetais; para tanto, têm os dentes
cortantes. Na região, ocorrem os gêneros Leporellus Lütken, 1875,
Leporinus Agassiz, 1829 e Schizodon Spix & Agassiz, 1829.

df
Leporellus vittatus
(Valenciennes, 1850)
“solteira”, “perna-de-moça”
loa
C
H
A
R
A
C
Comprimento padrão 200 mm I
F
O
Corpo alongado; altura contida 3,7 a 4,5 e do pedúnculo caudal 10,3 a 10,7 R
wn

vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,8 a 4,2, pré-dorsal 2,2 a 2,4 e do pedúnculo M
caudal 5,2 a 5,5 vezes no CP; e focinho contido 2,2 a 2,6, órbita 3,8 a 5,7 e interorbital E
2,5 a 2,7 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com 4 e maxilar sem S
dentes. Linha lateral com 41 a 43 escamas; linha transversal acima com 5½ e abaixo
com 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10 ou 11, peitoral com 14 a 16,
pélvica com 9 ou 10, anal com 10 e caudal com 19 raios. Uma faixa longitudinal
escura ao longo da linha lateral que se continua sobre os raios caudais medianos;
porção dorsal e lateral da cabeça com vários pontos escuros; nadadeira dorsal
amarelada com uma mancha preta, nadadeiras peitoral e pélvica escuras, com as
extremidades às vezes amareladas, duas listras oblíquas sobre cada lobo da nadadeira
do

caudal.
Comprimento total máximo. 220 mm.
Dados biológicos. Habita rios e canais, alimentando-se de insetos (HAHN; FUGI;
ANDRIAN, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Paraná-Paraguai e São Francisco.

ANOSTOMIDAE 37
Leporinus

ree
1. Doze escamas circumpedunculares ____________________ L. amblyrhynchus
1’. Dezesseis escamas circumpedunculares _____________________________ 2
2. Corpo com quatro faixas longitudinais escuras _________________ L. striatus
2’. Corpo sem faixas longitudinais escuras ______________________________ 3
3. Corpo com oito faixas transversais escuras _______________ L. octofasciatus
3’. Corpo sem faixas transversais, geralmente com manchas escuras arredondadas
______________________________________________________________ 4
4. Linha lateral com 32 a 36 escamas _________________________ L. lacustris

df
4’. Linha lateral com 37 a 44 escamas __________________________________ 5
5. Pré-maxilar e dentário com 4 dentes _________________________ L. friderici
5’. Pré-maxilar e dentário com 3 dentes ________________________________ 6
6. Boca subterminal ______________________________________ L. elongatus
6’. Boca terminal __________________________________________________ 7
7. Raio mais longo da nadadeira anal maior que o do dobro do comprimento do último
raio ________________________________________________ L. obtusidens
loa
7’. Raio mais longo da nadadeira anal menor que o dobro do comprimento do último
raio _____________________________________________ L. macrocephalus
C
H
A
R
A
C
I
F
O
R
wn

M
E
S
do

38 ANOSTOMIDAE
Leporinus amblyrhynchus

ree
Garavello & Britski, 1987
“piau”

df
Comprimento padrão 97,5 mm

Corpo alongado; altura contida 3,8 a 4,3 e do pedúnculo caudal 10 a 10,2 vezes
loa
no CP; comprimentos da cabeça 3,9 a 4, pré-dorsal 2 e do pedúnculo caudal 7 a 7,9
vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,5, órbita 2,9 a 3,8 e interorbital 6,7 a 8,4 vezes no C
CC. Boca subterminal; pré-maxilar e dentário com 3 e maxilar sem dentes. Linha H
lateral com 37 a 40 escamas; linha transversal acima com 5 e abaixo com 4 séries de A
escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 18, pélvica com 9, anal com 10 e R
caudal com 19 raios (GARAVELLO; BRITSKI, 1987). Uma faixa longitudinal A
castanho-escura sobre a linha lateral da região posterior do opérculo até a base do C
I
pedúnculo caudal; 10 a 12 faixas transversais escuras no dorso, prolongando-se para
F
baixo, mas sem atingir a faixa longitudinal; nadadeiras claras, exceto a extremidade O
da dorsal escura. R
wn

Comprimento total máximo. 100,5 mm. M


Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. E
S
do

ANOSTOMIDAE 39
Leporinus elongatus

ree
Valenciennes, 1850
“piapara”

df
Comprimento padrão 190,8 mm

Corpo alongado; altura contida 3,2 a 3,5 e do pedúnculo caudal 8,6 a 8,9 vezes
loa
no CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,8, pré-dorsal 2 a 2,1 e do pedúnculo caudal 7
C a 7,9 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 2,9 a 3,8 e interorbital 6,7 a 8,4
H vezes no CC. Boca subterminal; pré-maxilar e dentário com 3 e maxilar sem dentes.
A Linha lateral com 41 a 44 escamas; linha transversal acima com 6 ou 7 e abaixo com
R 6 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 17, pélvica com 9, anal
A com 9 ou 10 e caudal com 19 raios. Com três máculas escuras arredondadas sobre a
C linha lateral; nadadeiras amareladas, exceto a dorsal clara.
I
Comprimento total máximo. 350 mm.
F
O Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e insetos
R (ANDRIAN; DÓRIA; TORRENTE; FERRETTI, 1994). Não apresenta cuidado
wn

M parental, realiza grandes migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas


E ocorre com 208 mm e nos machos com 190 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
S MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai e São Francisco.
Observação. Também chamada de Leporinus cf. obtusidens (Valenciennes, 1836)
por alguns autores como Nakatani, Agostinho, Baumgartner, Bialetzki, Sanches,
Makrakis e Pavanelli (2001) e Suzuki, Vazzoler, Marques, Lizama e Inada (2004).
do

40 ANOSTOMIDAE
Leporinus friderici

ree
(Bloch, 1794)
“piau-três-pintas”

dfComprimento padrão 189,2 mm

Corpo alongado; altura contida 3,2 a 4,2 e do pedúnculo caudal 9,3 a 10,5 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 4 a 4,3, pré-dorsal 2,1 a 2,3 e do pedúnculo caudal
loa
8,6 a 10,5 vezes no CP; e focinho contido 2,4 a 2,6, órbita 3,2 a 3,9 e interorbital 2,1 a
2,8 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com 4 dentes, maxilar sem C
dentes. Linha lateral com 37 a 40 escamas; linha transversal acima com 4 a 5½ e H
abaixo com 4 a 5½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com A
15 a 17, pélvica com 9, anal com 10 e caudal com 19 raios (GARAVELLO, 1979). R
A
Três manchas escuras arredondadas ou ovaladas sobre a linha lateral, a primeira sob
C
a nadadeira dorsal, a segunda anterior à nadadeira adiposa e a terceira sobre o I
pedúnculo caudal. A região superior do olho é vermelha, e a região de contato entre F
algumas escamas das séries abaixo da linha lateral é alaranjada ou avermelhada, O
formando, em conjunto, listras longitudinais pontilhadas; nadadeiras amareladas. R
wn

Comprimento total máximo. 370 mm. M


Dados biológicos. Encontrada em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais, insetos E
e peixes (ANDRIAN; DÓRIA; TORRENTE; FERRETTI, 1994). Não apresenta S
cuidado parental, realiza pequenas migrações, reproduz-se de outubro a março, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 162 mm e nos machos com 131
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Rios do Suriname e bacias dos rios Amazonas e Paraná-Paraguai.
do

ANOSTOMIDAE 41
Leporinus lacustris

ree
Campos, 1945
“corró”

df
Comprimento padrão 210 mm
loa
Corpo alto e robusto; altura contida 2,8 a 3,4 e do pedúnculo caudal 6,4 a 8
C vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,8, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo
H caudal 13,3 a 13,5 vezes no CP; e focinho contido 1,3 a 2,5, órbita 3,4 a 4,5 e interorbital
A 1,7 a 2 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com 4 dentes, e maxilar
R sem dentes. Linha lateral com 32 a 36 escamas; linha transversal acima e abaixo
A com 4 ou 4½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 14 a 16,
C pélvica com 8 ou 9, anal com 10 e caudal com 19 raios (CAMPOS, 1945;
I GARAVELLO, 1979). Três máculas escuras arredondadas sobre a linha lateral, sendo
F
a maior e mais nítida sob a nadadeira dorsal; nadadeiras amareladas.
O
R Comprimento total máximo. 230 mm.
wn

M Dados biológicos. Vive em lagoas, alimentando-se de vegetais (ANDRIAN;


E DÓRIA; TORRENTE; FERRETTI, 1994). Não apresenta cuidado parental, reproduz-
S se de setembro a março, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 104
mm e machos com 84 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA;
INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do rio Paraná.
do

42 ANOSTOMIDAE
Leporinus macrocephalus

ree
Garavello & Britski, 1988
“piavuçu”, “piaussu”

df Comprimento padrão 470 mm


loa
Corpo alto; altura contida 3 a 3,5 e do pedúnculo caudal 8,1 a 8,9 vezes no CP; C
comprimentos da cabeça 2,5 a 3, pré-dorsal 2 e pedúnculo caudal 4,9 a 6,6 vezes no H
CP; e focinho contido 2,2 a 2,5, órbita 2,9 a 3,7 e interorbital 1,7 a 1,9 vezes no CC. A
R
Boca terminal; pré-maxilar e dentário com 3 dentes, e maxilar sem dentes. Linha
A
lateral com 42 ou 43 escamas; linha transversal acima com 5½ ou 6 e abaixo com 5 C
ou 5½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 16 ou 17, pélvica I
com 9, anal com 10 e caudal com 19 raios (GARAVELLO; BRITSKI, 1988). Três F
máculas escuras, mais nítidas nos jovens, podendo ser inconspícuas ou ausentes nos O
adultos. Corpo cinza, abdome e região gular amarelados, escamas orladas com R
wn

pigmentos escuros, que, em conjunto, conferem um aspecto reticulado ao corpo; M


nadadeiras dorsal, anal e caudal escuras, peitoral e pélvica mais claras. E
Comprimento total máximo. 500 mm. S
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e sementes.
Distribuição. Bacia do rio Paraguai.
Observação. Espécie muito cultivada em pesqueiros e pisciculturas, sua captura na
região provavelmente é resultado de escape e/ou de peixamentos.
do

ANOSTOMIDAE 43
Leporinus obtusidens

ree
(Valenciennes, 1836)
“piau”

df
Comprimento padrão 148,9 mm
loa
C Corpo alto; altura contida 3,2 a 3,4 e do pedúnculo caudal 8,6 a 9,3 vezes no
H CP; comprimentos da cabeça 3,3 a 4,2, pré-dorsal 2,1 a 2,2 e do pedúnculo caudal 7,5
A a 8,7 vezes no CP; e focinho contido 2,4 a 2,5, órbita 2,4 a 3,1 e interorbital 1,8 a 2,3
R vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com 3 dentes, e maxilar sem
A
C dentes. Linha lateral com 38 a 40 escamas; linha transversal acima com 6 a 7 e
I abaixo com 5 a 6 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 16 ou 17,
F pélvica com 10, anal com 10 e caudal com 19 raios (GARAVELLO, 1979). Três
O manchas escuras arredondadas sobre a linha lateral; nadadeira dorsal hialina, peitoral,
wn

R pélvica e anal amareladas, sendo as últimas com a margem posterior escuras.


M Comprimento total máximo. 410 mm.
E Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e insetos
S (ANDRIAN; DÓRIA; TORRENTE; FERRETTI, 1994). Não apresenta cuidado
parental, realiza grandes migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas
ocorre com 216 mm e nos machos com 161 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios da Prata e São Francisco.
Observação. Garavello (1979) identificou essa espécie como Leporinus silvestrii
(Boulenger, 1902). Também chamada de Leporinus sp. por alguns autores, como
do

Nakatani, Agostinho, Baumgartner, Bialetzki, Sanches, Makrakis e Pavanelli (2001)


e Suzuki, Vazzoler, Marques, Lizama, Inada (2004).

44 ANOSTOMIDAE
Leporinus octofasciatus

ree
Steindachner, 1915
“piau”, “flamenguinho”, “ferreirinha”

df
Comprimento padrão 148,9 mm
loa
Corpo alto; altura contida 3,6 a 3,8 e do pedúnculo caudal 9,1 a 9,3 vezes no C
CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 4,3, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo caudal 9,2 H
a 9,3 vezes no CP; e focinho contido 2,2 a 2,7, órbita 4 a 4,2 e interorbital 2,2 a 2,6 A
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 3, dentário com 4 e maxilar sem dentes. R
A
Linha lateral com 35 a 39 escamas; linha transversal acima com 5 e abaixo com 4 a
C
5 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 16 ou 17, pélvica com 9, I
anal com 9 ou 10 e caudal com 19 raios (BRITSKI; GARAVELLO, 1978; F
GARAVELLO, 1979). Oito faixas transversais escuras sobre o corpo; nadadeira O
dorsal clara com extremidade avermelhada, peitoral clara, e as demais avermelhadas. R
wn

Comprimento total máximo. 210 mm. M


Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de vegetais (LUZ-AGOSTINHO; E
BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006). S
Distribuição. Rio Cubatão (Santa Catarina) e bacia do alto rio Paraná.
Observação. Alguns exemplares dessa espécie tem sido capturados abaixo da
barragem de Itaipu (médio-baixo rio Paraná), essa ocorrência coincide com o
funcionamento do canal da piracema construído por Itaipu, e que liga a região a
jusante da barragem com a parte superior.
do

ANOSTOMIDAE 45
Leporinus striatus

ree
Kner, 1858
“piau-listrado”

df
Comprimento padrão 69,2 mm
loa
C
H Corpo alongado; altura contida 3,9 a 4 e do pedúnculo caudal 9,6 a 10,6 vezes
A no CP; comprimentos da cabeça 3,7 a 4,5, pré-dorsal 2,1 a 2,2 e do pedúnculo caudal
R
9,4 a 10,4 vezes no CP; e focinho contido 2,2 a 2,8, órbita 3,1 a 3,5 e interorbital 2,5 a
A
C 2,7 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 3, dentário com 4 e maxilar sem
I dentes. Linha lateral com 34 a 36 escamas; linha transversal acima com 4 ou 4½ e
F abaixo com 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 16 ou 17,
O pélvica com 9 ou 10, anal com 10 e caudal com 19 raios (GARAVELLO, 1979).
wn

R Quatro faixas longitudinais escuras sobre o corpo; canto da boca vermelho; nadadeiras
M amareladas.
E Comprimento total máximo. 83,2 mm.
S Dados biológicos. Encontrada em rios, alimentando-se de pequenos invertebrados
e algas (LUZ-AGOSTINHO; BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
do

46 ANOSTOMIDAE
Schizodon

ree
1. Boca subterminal; focinho proeminente _______________________ S. nasutus
1’. Boca terminal; focinho não proeminente ______________________________ 2
2. Corpo sem faixas transversais; mancha escura alongada sobre o pedúnculo ___
__________________________________________________ S. altoparanae
2’. Corpo com faixas transversais; sem mancha escura alongada sobre o pedúnculo
_______________________________________________________ S. borellii

Schizodon altoparanae

df
Garavello & Britski, 1990
“piau-bosteiro”
loa
C
H
A
R
A
C
Comprimento padrão 282 mm
I
F
Corpo alongado; altura contida 3,6 a 3,8 e do pedúnculo caudal 9 vezes no CP; O
comprimentos da cabeça 4 a 4,5, pré-dorsal 2 a 2,5 e do pedúnculo caudal 7,7 a 8 R
wn

vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,5, órbita 3,5 a 4, interorbital 2 a 2,5 e largura do M
dentário 5 a 5,5 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com 4 e maxilar E
sem dentes. Linha lateral com 42 ou 43 escamas; linha transversal acima com 5 e S
abaixo com 4 ou 4½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 14 ou 15, peitoral com
13 a 17, pélvica com 9, anal com 12 ou 13 e caudal com 19 raios (GARAVELLO;
BRITSKI, 1990). Uma mancha escura alongada no pedúnculo caudal, que se prolonga
sobre a base dos raios caudais medianos, mas não até a extremidade, e também se
estende para frente, sobre as últimas escamas da linha lateral; nadadeiras claras.
Comprimento total máximo. 300 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais (FERRETTI;
do

ANDRIAN; TORRENTE, 1996). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas


migrações, reproduz-se de outubro a março, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 160 mm e nos machos com 149 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.

ANOSTOMIDAE 47
Schizodon borellii

ree
(Boulenger, 1900)
“piau-bosteiro”

df
Comprimento padrão 207,5 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 3 a 5 e do pedúnculo caudal 9,7 a 10 vezes no
C CP; comprimentos da cabeça 3,6 a 4,6, pré-dorsal 2,1 a 2,5 e pedúnculo caudal 8,2 a
H 9,7 vezes no CP; e focinho contido 2,3 a 2,4, órbita 3,6 a 5, interorbital 1,8 a 2 e
A largura do dentário 4 a 4,7 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com
R 4 e maxilar sem dentes. Linha lateral com 40 a 42 escamas; linha transversal acima
A e abaixo com 4½ séries de escamas. Nadadeira dorsal e peitoral com 14 ou 15,
C pélvica com 9, anal com 10 ou 11 e caudal com 19 raios (BRITSKI; SILIMON;
I LOPES, 1999). Quatro faixas transversais sobre o corpo; nadadeiras claras, exceto
F a caudal, com as extremidades escuras.
O Comprimento total máximo. 315 mm.
wn

R Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais (FERRETTI;


M
E ANDRIAN; TORRENTE, 1996). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
S migrações, reproduz-se de outubro a março, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 178 mm e nos machos com 146 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Garavello e Britski (1990) descreveram Schizodon intermedius da
bacia do alto rio Paraná, espécie bastante semelhante a S. borellii, entretanto todos
os exemplares analisados neste trabalho não se enquadram na descrição daqueles
do

autores.

48 ANOSTOMIDAE
Schizodon nasutus

ree
Kner, 1858
“ximborê”, “timborê”

df Comprimento padrão 160 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 3 a 4,3 e do pedúnculo caudal 10,2 a 10,4 vezes
no CP; comprimentos da cabeça de 4 a 4,5, pré-dorsal 2 a 2,2 e do pedúnculo caudal C
8,3 a 8,5 vezes no CP; e focinho contido 2,2 a 2,8, órbita 3,6 a 4,6, interorbital 2 a 2,6 H
e largura do dentário 5 a 5,5 vezes no CC. Boca subterminal, focinho proeminente; A
pré-maxilar e dentário com 4, e maxilar sem dentes. Linha lateral com 42 ou 43 R
escamas; linha transversal acima com 5 ou 5½ e abaixo com 4 a 5 séries de escamas. A
C
Nadadeira dorsal com 14, peitoral com 15, pélvica com 9, anal com 9 ou 10 e caudal
I
com 19 raios (GARAVELLO; BRITSKI, 1990). Uma mancha escura transversalmente F
alongada no pedúnculo caudal, que se prolonga sobre a base dos raios caudais medianos, O
e também para frente, sobre a linha lateral; nadadeiras amareladas. R
wn

Comprimento total máximo. 390 mm. M


Dados biológicos. Encontrada em lagoas e canais, alimentando-se de vegetais E
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). S
Distribuição. Bacia do rio da Prata.
do

ANOSTOMIDAE 49
Crenuchidae

Os membros da família Crenuchidae são de pequeno porte

ree
(dificilmente ultrapassam os 100 mm de comprimento), possuem
um par de forames no osso frontal, localizado na região posterior
da órbita, mas não possuem fontanela frontal, sendo a fontanela
parietal pequena e circular. Apresentam menos de 14 raios na
nadadeira anal, dentes cônicos ou tricuspidados, apenas uma série
de dentes no pré-maxilar e possuem dois ou mais raios não
ramificados nas nadadeiras peitorais (BUCKUP, 1998, 2003).
Algumas espécies são comercializadas por aquariofilistas e
existem registros da transposição de barreiras naturais por uma
espécie desse gênero relatado no trabalho de Buckup, Zamprogno,
Vieira e Teixeira (2000). Alguns pescadores, no entanto, afirmam

df
que também é comum ver exemplares de Characidium aff. zebra
aderidos a pequenos fios de água na barragem de Itaipu. Isso é
possível devido a modificações que ocorrem nas nadadeiras
peitorais e pélvicas. Na região, ocorre o gênero Characidium
Reinhardt, 1867.
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
O
wn

R
M
E
S

Characidium
do

1. Linha lateral completa; olho menor, contido 3,5 a 4,4 vezes no comprimento da
cabeça ______________________________________________ C. aff. zebra
1’. Linha lateral incompleta; olho maoir, contido 2,3 a 3,2 vezes no comprimento da
cabeça ___________________________________________ Characidium sp.

50 CRENUCHIDAE
Characidium aff. zebra

ree
Eigenmann, 1909
“charutinho”, “mocinha”

df
Comprimento padrão 56 mm

Corpo alongado; sua altura contida 3,9 a 4,8 e do pedúnculo caudal 8,9 a 11,1
loa
vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,4 a 4,8, pré-dorsal 2,2 a 2,4 e do pedúnculo
caudal 8,5 a 9,7 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 3,9, órbita 3,5 a 4,4 e interorbital C
4,6 a 5,1 vezes no CC. Boca terminal; istmo coberto por escamas; pré-maxilar com 9, H
dentário com 10 ou 11 e maxilar sem dentes. Linha lateral com 34 a 37 escamas; A
linha transversal acima com 4 e abaixo com 3½ ou 4 séries de escamas. Nadadeira R
dorsal com 11, peitoral com 13 ou 14, pélvica com 9, anal com 9 e caudal com 18 ou A
19 raios. Uma faixa escura da mancha umeral ao pedúnculo caudal, com 8 a 10 C
faixas transversais escuras e uma pinta preta sobre a base dos raios caudais medianos; I
F
coloração de fundo amarelo-pálido; nadadeiras hialinas.
O
Comprimento total máximo. 70 mm. R
wn

Dados biológicos. Habita rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos M


(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental e a primeira E
maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 25 mm e nos machos com 24 mm S
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Buckup (1992), ao redescrever Characidium fasciatum Reinhardt,
1867, afirma que essa espécie não apresenta escamas no istmo. Os exemplares da
planície de inundação têm o istmo escamoso, por isso a utilização provisória do nome
C. aff. zebra.
do

CRENUCHIDAE 51
Characidium sp.

ree
“charutinho”

df
Comprimento padrão 27,4 mm

Corpo alto; altura contida 3,4 a 4 e do pedúnculo caudal 8 a 10,4 vezes no CP;
loa
comprimentos da cabeça 3,1 a 3,7, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo caudal 6,3 a
7,5 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 4,5, órbita 2,3 a 3,2 e interorbital 2,8 a 4 vezes
C no CC. Boca terminal; istmo coberto por escamas; pré-maxilar com 7 a 9, dentário
H com 8 a 11 dentes e maxilar sem dentes. Linha lateral com 9 a 12 escamas; linha
A longitudinal com 29 a 34 escamas; linha transversal acima com 4 ou 4½ e abaixo com
R 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10 a 12, peitoral com 14, pélvica e
A anal com 7 a 9 e caudal com 18 ou 19 raios. Uma listra longitudinal escura, às vezes
C pouco nítida, da mancha umeral ao pedúnculo caudal, 9 ou 10 faixas transversais
I escuras e uma pinta preta sobre os raios caudais medianos; coloração de fundo
F
amarelada; nadadeiras hialinas.
O
wn

R Comprimento total máximo. 32 mm.


M Distribuição. Planície de inundação do alto rio Paraná (MS) e sua área de influência,
E e riachos na margem esquerda do rio Paraná (PR).
S Observação. Essa espécie aparentemente é nova para a ciência.
do

52 CRENUCHIDAE
Os membros da família Hemiodontidae são de pequeno e

ree
médio porte, a boca pode ser terminal ou subterminal, a fenda
bucal em vista ventral é arredondada, a maxila superior possui
uma grande quantidade de dentes, mas o dentário é desprovido de
dentes (BRITSKI; SILIMON; LOPES, 1999). Apresentam uma
mancha arredondada nos lados do corpo, e uma faixa escura ao
longo do lobo inferior da nadadeira caudal (LANGEANI, 2003).
Na região, ocorre o gênero Hemiodus Müller, 1842.

Hemiodus orthonops
Eigenmann & Kennedy, 1903

df
“bananinha”
loa
C
H
A
Comprimento padrão 137 mm R
A
C
Corpo alongado; altura contida 3,7 a 4,8 e do pedúnculo caudal 10 a 12,8 vezes I
no CP; comprimentos da cabeça 3,6 a 4,6, pré-dorsal 2,2 a 2,4 e do pedúnculo caudal F
6 a 7,2 vezes no CP; e focinho contido 3 a 3,6, órbita 3,2 a 4 e interorbital 2 a 3,2 vezes O
no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 9, dentário com 10 ou 11 e maxilar sem R
wn

dentes. Linha lateral com 85 a 97 escamas; linha transversal acima com 18 a 21 e M


abaixo com 8 a 11 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com 16 E
a 18, pélvica e anal com 10 ou 11 e caudal com 19 raios. Uma mancha lateral S
arredondada ou horizontalmente alongada aproximadamente na vertical do fim da
nadadeira dorsal; nadadeiras claras, exceto a caudal, que possui uma faixa escura
oblíqua em cada lobo.
Comprimento total máximo. 230 mm.
Dados biológicos. São pelágicos, alimentam-se de detritos, algas e larvas de insetos
(LANGEANI, 2003).
do

Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.


Observação. Alguns exemplares dessa espécie foram capturados logo após o
enchimento do lago de Itaipu, porém aparentemente não se estabeleceram no alto rio
Paraná. Passados mais de 20 anos sem nenhum outro exemplar ter sido coletado,
novamente foram capturados exemplares dessa espécie, fato que coincidiu com o
funcionamento do canal da piracema construído por Itaipu

HEMIODONTIDAE 53
Os membros da família Characidae apresentam portes diversificados,

ree
desde muito pequenos (“mato-grosso”, “piaba”, etc.) a muito grandes
(“dourado”, “pacu”, etc.), e encontram-se distribuídos em vários ambientes
da região Neotropical (LIMA; MALABARBA; BUCKUP; SILVA; VARI;
HAROLD; BENINE; OYAKAWA; PAVANELLI; et al., 2003). Além da
grande variação no porte das espécies, também podem ser encontrados
inúmeros tipos de hábitos alimentares, estratégias reprodutivas, padrões
comportamentais, preferências de hábitats, padrões de colorido e variações
osteológicas, anatômicas e morfológicas de toda natureza, o que a caracteriza
como a família mais heterogênea dentro dos peixes neotropicais. Muitas
espécies têm importância na pesca comercial e esportiva e outras são
amplamente utilizadas por aquariofilistas.

df
Devido ao grande número de espécies e às semelhanças entre grupos
de gêneros, a divisão em subfamílias tem sido utilizada por vários autores.
No entanto, Lima, Malabarba, Buckup, Silva, Vari, Harold, Benine, Oyakawa,
Pavanelli, et al. (2003) apresentam uma nova classificação, com base em
trabalhos de sistemática filogenética, a qual é seguida aqui, onde muitos
gêneros e espécies têm suas relações pouco conhecidas e foram considerados
como Incertae sedis em Characidae. Os gêneros e suas respectivas espécies,
ou mesmo espécies de gêneros incluídos em alguma subfamília, são incluídos
loa
na família Characidae, sabidamente polifilética, mas não são incluídos em
nenhuma subfamília. Na região, ocorrem os gêneros (Incertae Sedis)
C Astyanax Baird & Girard, 1854, Bryconamericus Eigenmann, 1907,
H Hemigrammus Gill, 1858, Hyphessobrycon Durbin, 1908, Knodus
A
Eigenmann, 1911, Moenkhausia Eigenmann, 1903, Oligosarcus Günther,
R
A 1864, Piabina Reinhardt, 1867, Psellogrammus Eigenmann 1908, Salminus
C Agassiz, 1829 e Triportheus Valenciennes, 1849. Além dos gêneros
I supracitados, ocorrem as subfamílias: Bryconinae, Serrasalminae,
F Aphyocharacinae, Characinae, Cheirodontinae e Glandulocaudinae.
O
R Astyanax
wn

M
E 1. Mancha umeral escura longitudinalmente ovalada e com limites bem definidos;
S maxilar sem dentes ____________________________________ A. altiparanae
1’. Mancha umeral escura transversalmente alongada e com limites difusos; maxilar
com um ou mais dentes ___________________________________________ 2
2. Nadadeira anal com 29 a 35 raios __________________________ A. schubarti
2’. Nadadeira anal com 17 a 28 raios ___________________________________ 3
3. Altura do corpo contida 2,4 a 2,7 vezes no comprimento padrão _____________
___________________________________________________ A. bockmanni
do

3’. Altura do corpo contida 2,9 a 3,6 vezes no comprimento padrão ___________ 4
4. Nadadeira anal com 24 a 28 raios; linha lateral com 34 a 36 escamas ________
__________________________________________________ A. aff. fasciatus
4’. Nadadeira anal com 17 a 23 raios; linha lateral com 38 ou 39 escamas _______
__________________________________________________ A. aff. paranae

54 CHARACIDAE
Astyanax altiparanae

ree
Garutti & Britski, 2000
“tambiú”, “lambari-do-rabo-amarelo”

df Comprimento padrão 79,9 mm


loa
C
Corpo alto; altura contida 1,8 a 2,9 e do pedúnculo caudal 6,6 a 10,1 vezes no H
CP; comprimentos da cabeça 3 a 4,4, pré-dorsal 1,6 a 2,4 e pedúnculo caudal 7,8 a A
8,4 vezes no CP; e focinho contido 3,2 a 4,1, órbita 2,3 a 4,7 e interorbital 1,9 a 3,3 R
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 4 ou 5, A
dentário com 8 a 16 e maxilar sem dentes. Linha lateral com 33 a 41 escamas; linha C
transversal acima com 6 a 8 e abaixo com 4 a 8 séries de escamas. Nadadeira dorsal I
F
com 12, peitoral com 12 ou 13, pélvica com 8 ou 9, anal com 22 a 34 e caudal com 19
O
raios (GARUTTI; BRITSKI, 2000). Uma faixa prateada longitudinal sobre a linha R
wn

lateral (escura em exemplares fixados), da mancha umeral até os raios caudais M


medianos, mais larga sobre o pedúnculo caudal, formando uma mancha alongada E
horizontalmente; nadadeiras amareladas. S
Comprimento total máximo. 129,2 mm.
Dados biológicos. Encontrada em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas
de insetos e algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental,
realiza pequenas migrações, reproduz-se de agosto a fevereiro, e a primeira maturação
gonadal nas fêmeas ocorre com 42 mm e nos machos com 36 mm (SUZUKI;
VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

Observação. Até recentemente, era identificada na bacia do alto rio Paraná como
Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) (GARUTTI; BRITSKI, 2000). De acordo
com Graça e Pavanelli (2002), essa espécie também ocorre na bacia do rio Iguaçu.

CHARACIDAE 55
Astyanax bockmanni

ree
Vari & Castro, 2007
“lambari”

df
Comprimento padrão 67,2 mm
loa
C
H
A
R Corpo alto; altura contida 2,4 a 2,7 e do pedúnculo caudal 8,7 a 9,2 vezes no
A CP; comprimentos da cabeça 4 a 4,1, pré-dorsal 1,9 a 2 e pedúnculo caudal 8,2 a 12,4
C vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 4,4, órbita 2,4 a 2,5 e interorbital 2,8 a 2,9 vezes
I no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 4 ou 5, dentário
F com 9 ou 10 e maxilar com 2 dentes. Linha lateral com 37 ou 38 escamas; linha
O transversal acima com 5½ ou 6 e abaixo com 5 a 6 séries de escamas. Nadadeira
R
wn

dorsal com 11 ou 12, peitoral com 15 ou 16, pélvica com 9, anal com 22 ou 23 e caudal
M com 19 raios. Uma faixa prateada longitudinal sobre a linha lateral (escura em
E
exemplares fixados), que vai da mancha umeral até os raios caudais medianos; mancha
S
umeral escura alongada transversalmente, seguida por outra mancha posterior similar,
mas menor; nadadeiras amarelo-avermelhadas.
Comprimento total máximo. 74,2 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações, reproduz-se de agosto a fevereiro, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 42 mm e nos machos com 36 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
do

MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).


Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Até recentemente, era identificada na bacia do alto rio Paraná como
Astyanax eigenmanniorum (Cope, 1894) (VARI; CASTRO, 2007).

56 CHARACIDAE
Astyanax aff. fasciatus

ree
(Cuvier, 1829)
“lambari-do-rabo-vermelho”

df Comprimento padrão 65 mm
loa
C
H
Corpo alongado; altura contida 2,9 a 3,4 e do pedúnculo caudal 10,4 a 11,1 A
vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,5 a 4,6, pré-dorsal 2 a 2,1 e do pedúnculo R
caudal 9,5 a 13,3 vezes no CP; e focinho contido 3,4 a 3,6, órbita 2,2 a 2,3 e interorbital A
3,3 a 3,5 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa C
com 4 ou 5, dentário com 10 a 12 dentes e maxilar com um dente. Linha lateral com I
34 a 36 escamas; linha transversal acima com 5 ou 5½ e abaixo com 5 séries de F
escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com 15, pélvica com 9, anal com 24 a 28 O
R
wn

e caudal com 19 raios. Uma faixa prateada longitudinal sobre a linha lateral (escura
em exemplares fixados), da mancha umeral até os raios caudais medianos, mais M
E
espessa sobre o pedúnculo caudal, formando uma mancha alongada horizontalmente;
S
mancha umeral escura alongada transversalmente; nadadeiras ímpares avermelhadas,
pares hialinas.
Comprimento total máximo. 102 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos e
vegetais (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza
pequenas migrações, reproduz-se de agosto a fevereiro, e a primeira maturação gonadal
nas fêmeas ocorre com 47 mm e nos machos com 48 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
do

MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).


Distribuição. Bacias de rios do México até a Argentina.
Observação. Devido à imprecisão da localidade-tipo dessa espécie, sua ampla
distribuição e a sugestão por alguns autores, como Garutti e Britski (2000), de que se
trata de um complexo de espécies, ela é aqui denominada provisoriamente como
Astyanax aff. fasciatus.

CHARACIDAE 57
Astyanax aff. paranae

ree
Eigenmann, 1914
“lambari”

df
Comprimento padrão 68,4 mm
loa
C
H Corpo alongado; altura contida 3,5 a 3,6 e do pedúnculo caudal 10,9 a 11,6
A vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,9 a 4,1, pré-dorsal 1,9 a 2 e do pedúnculo
R caudal 7,2 a 9,6 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 4,5, órbita 2,4 a 2,8 e interorbital
A
2,9 a 3,1 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa
C
I com 4 ou 5, dentário com 8 a 13 e maxilar com um dente. Linha lateral com 38 ou 39
F escamas; linha transversal acima com 5 ou 5½ e abaixo com 4 ou 4½ séries de
O escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com 15 ou 16, pélvica com 9, anal com
R 17 a 23 e caudal com 19 raios. Uma faixa escura longitudinal sobre a linha lateral, da
wn

M mancha umeral até os raios caudais medianos; mancha umeral escura alongada
E transversalmente, seguida por outra mancha posterior similar, mas menor; nadadeiras
S avermelhadas.
Comprimento total máximo. 90 mm.
Dados biológicos. Encontrada em riachos, alimentando-se de larvas de insetos
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações, reproduz-se de agosto a fevereiro, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 42 mm e nos machos com 36 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Vários riachos das principais bacias da América do Sul.
do

Observação. Essa espécie faz parte do “complexo scabripinnis” proposto por


Moreira Filho e Bertolo (1991), e possivemente é uma espécie nova para a ciência.

58 CHARACIDAE
Astyanax schubarti

ree
Britski, 1964
“lambari”

df Comprimento padrão 68,4 mm


loa
C
Corpo alto; altura contida 2,4 a 2,5 e do pedúnculo caudal 10,7 a 11,2 vezes no H
CP; comprimentos da cabeça 4,1 a 4,6, pré-dorsal 2 a 2,1 e do pedúnculo caudal 10,1 A
a 11,6 vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 3,8, órbita 2,1 a 2,2 e interorbital 3 a 3,1 R
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 3 a 5, A
C
dentário com 10 a 13 e maxilar com um dente. Linha lateral com 37 ou 38 escamas;
I
linha transversal acima com 6 ou 7 e abaixo com 6 séries de escamas. Nadadeira F
dorsal com 10 ou 11, peitoral com 14 a 16, pélvica com 9, anal com 29 a 35 e caudal O
com 19 raios (BRITSKI, 1964). Uma faixa escura longitudinal sobre a linha lateral, R
wn

da mancha umeral até os raios caudais medianos; mancha umeral escura alongada M
transversalmente; nadadeiras caudal e dorsal amareladas e as demais hialinas. E
Comprimento total máximo. 89 mm. S
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de vegetais e algas (HAHN; FUGI;
ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas migrações, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 60 mm e nos machos com 56
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

CHARACIDAE 59
Bryconamericus

ree
1. Altura do corpo contida 2,7 a 2,9 vezes no comprimento padrão _ B. aff. iheringi
1’. Altura do corpo contida 4 a 4,2 vezes no comprimento padrão ____________ 2
2. Extremidade posterior dos lobos da nadadeira caudal hialinos ____ B. stramineus
2’. Extremidade posterior dos lobos da nadadeira caudal escuros _____ B. exodon

Bryconamericus aff. iheringi


(Boulenger, 1887)

df
“lambarizinho”, “piquira”
loa
C
H
A
R
A
C
Comprimento padrão 50 mm
I
F
O Corpo alto; altura contida 2,7 a 2,9 e do pedúnculo caudal 8,4 a 9,7 vezes no
R
wn

CP; comprimentos da cabeça 4,5 a 4,6, pré-dorsal 1,7 a 1,9 e do pedúnculo caudal 7,6
M a 8,1 vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 3,9, órbita 2,4 a 2,6 e interorbital 3 a 3,2
E vezes no CC. Boca subterminal; série interna do pré-maxilar com 4, externa com 5
S ou 6, dentário com 9 a 11 e maxilar com 3 ou 4 dentes. Linha lateral com 34 a 36
escamas; linha transversal acima com 5 ou 5½ e abaixo com 4 a 5½ séries de escamas.
Nadadeira dorsal com 12 ou 13, peitoral com 15, pélvica com 9, anal com 22 a 24 e
caudal com 19 raios. Uma faixa prateada longitudinal sobre a linha lateral (escura
nos exemplares fixados), da mancha umeral até os raios caudais medianos; mancha
umeral escura arredondada ou transversalmente alongada; nadadeiras amarelo-
avermelhadas.
do

Comprimento total máximo. 60 mm.


Dados biológicos. Encontrada em rios, alimentando-se de vegetais e algas (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004).
Distribuição. Bacia da Laguna dos Patos, e dos rios Uruguai e Paraná.
Observação. A localidade-tipo desta espécie é São Lourenço-RS, provavelmente a
espécie que ocorre no alto rio Paraná, seja nova para a ciência.

60 CHARACIDAE
Bryconamericus exodon

ree
Eigenmann, 1907
“lambarizinho”, “piquira”

df
Comprimento padrão 55,8 mm

Corpo alongado; altura contida 3,8 a 4,2 e do pedúnculo caudal de 10,6 a 11,2
loa
vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,1 a 4,3, pré-dorsal 2,1 a 2,2 e do pedúnculo
caudal 6,7 a 7,1 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 4, órbita 2,2 a 2,5 e interorbital C
2,4 a 2,8 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 4, externa H
com 5 (alguns voltados para fora da boca), dentário 9 ou 10 e maxilar com 2 ou 3 A
dentes. Linha lateral com 36 a 38 escamas; linha transversal acima com 4 a 5 e R
abaixo com 3 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com 14 ou A
15, pélvica com 9, anal com 22 a 26 e caudal com 19 raios. Uma faixa prateada C
I
longitudinal sobre a linha lateral (escura em exemplares fixados), da mancha umeral
F
até o pedúnculo caudal; mancha umeral escura transversalmente alongada; nadadeiras O
amareladas, e a caudal com as margens dos lobos escuros. R
wn

Comprimento total máximo. 62 mm. M


Distribuição. Bacia do rio Paraguai. E
Observação. Exemplares dessa espécie passaram a ser capturados no alto rio Paraná S
após o início do funcionamento do canal da piracema, que a liga a região abaixo de
Itaipu (médio e baixo Paraná) e a região acima (alto rio Paraná).
do

CHARACIDAE 61
Bryconamericus stramineus

ree
Eigenmann, 1908
“lambarizinho”, “piquira”

df
Comprimento padrão 70 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 4 a 4,2 e do pedúnculo caudal de 10,6 a 11,8
C vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,6 a 4,8, pré-dorsal 2,1 a 2,2 e do pedúnculo
H caudal 6,8 a 7,4 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 4, órbita 2 a 2,5 e interorbital 2,5
A a 2,8 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 4, externa com 5,
R dentário 9 ou 10 e maxilar com 2 dentes. Linha lateral com 36 a 38 escamas; linha
A transversal acima com 4 e abaixo com 3 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11
C ou 12, peitoral com 14 ou 15, pélvica com 9, anal com 20 a 22 e caudal com 19 raios.
I Uma faixa prateada longitudinal sobre a linha lateral (escura em exemplares fixados),
F
da mancha umeral até o pedúnculo caudal; mancha umeral escura transversalmente
O
R alongada; nadadeira caudal alaranjada, demais nadadeiras ímpares hialinas, com borda
wn

M escurecida.
E Comprimento total máximo. 84 mm.
S Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e algas
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 21 mm e nos
machos com 30 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacias dos rios da Prata e São Francisco.
do

62 CHARACIDAE
Hemigrammus marginatus

ree
Ellis, 1911
“lambarizinho”

df
Comprimento padrão 39,7 mm

Corpo alto; altura contida 3 a 3,3 e do pedúnculo caudal 9,5 a 11,3 vezes no CP;
comprimentos da cabeça 4 a 4,5, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo caudal 8 a 8,6
vezes no CP; e focinho contido 3,3 a 3,8, órbita 1,9 a 2,3 e interorbital 2,7 a 3,2 vezes
no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 4 ou 5, dentário
loa
com 8 a 11 e maxilar com 2 dentes. Linha lateral com 6 a 13 escamas perfuradas;
linha longitudinal com 29 a 31 escamas; linha transversal acima com 4½ e abaixo C
com 3 a 4½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 9 a 10, peitoral com 12 ou 13, H
pélvica com 8 ou 9, anal com 23 ou 24 e caudal com 19 raios. Uma faixa prateada A
R
longitudinal sobre a linha lateral (escura em exemplares fixados), que se prolonga até
A
os raios caudais medianos; nadadeiras pares hialinas e as ímpares com a base amarelo- C
avermelhada e o terço distal dos lobos escuros. I
Comprimento total máximo. 51 mm. F
Dados biológicos. Encontrada em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e algas O
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas R
wn

migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 19 mm e nos M


machos com 18 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). E
Distribuição. Bacias dos rios Itapicuru, Paraná-Paraguai, São Francisco, Amazonas S
e Orinoco.
Observação. Embora tradicionalmente as espécies deste gênero apresentem a linha
lateral incompleta, foram encontrados exemplares desta espécie em diferentes
localidades com a linha lateral alongada, falhada e até completa.

Hyphessobrycon
do

1. Altura do corpo contida 2,7 a 2,9 vezes no comprimento padrão; mancha umeral
escura, grande e transversalmente alongada; corpo vermelho em vida __ H. eques
1’. Altura do corpo contida 3,2 a 3,4 vezes no comprimento padrão; mancha umeral
ausente ou pouco conspícua; corpo claro ______________ Hyphessobrycon sp.

CHARACIDAE 63
Hyphessobrycon eques

ree
(Steindachner, 1882)
“mato-grosso”

df
Comprimento padrão 32 mm
loa
C
H Corpo alto; altura contida 2,7 a 2,9 e do pedúnculo caudal 9,7 a 10,6 vezes no
A CP; comprimentos da cabeça 3,6 a 3,9, pré-dorsal 1,9 a 2 e do pedúnculo caudal 8,6
R a 11,1 vezes no CP; e focinho contido 4 a 4,5, órbita 2 a 2,4 e interorbital 3,2 a 3,5
A vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 3 a 5, externa com 3
C
ou 4, dentário com 8 a 11 e maxilar com 2 ou 3 dentes. Linha lateral com 4 ou 5
I
F escamas; linha longitudinal com 29 a 33 escamas; linha transversal acima com 5 a 6
O e abaixo com 3½ ou 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10 a 12, peitoral com
R 12 a 14, pélvica com 7, anal com 28 a 32 e caudal com 19 raios. Corpo vermelho em
wn

M vida. Uma mancha umeral escura, grande e transversalmente alongada; nadadeiras


E pélvica, caudal e anal avermelhadas, sendo a última com a borda escura, peitoral
S hialina e dorsal com uma grande mancha escura.
Comprimento total máximo. 58 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e algas (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 21 mm e nos
machos com 30 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas e Paraná-Paraguai.
do

Observação. Essa espécie era identificada anteriormente como Hyphessobrycon


callistus (Boulenger, 1900) (WEITZMAN; PALMER, 1997). Sua ocorrência no alto
rio Paraná pode estar relacionada à sua utilização por aquariofilistas.

64 CHARACIDAE
Hyphessobrycon sp.

ree
“lambarizinho”

df
Comprimento padrão 37,2 mm

Corpo alongado; altura contida 3,2 a 3,4 e do pedúnculo caudal 9,9 a 11,3 vezes
loa
no CP; comprimentos da cabeça 4,5 a 4,6, pré-dorsal 1,8 a 1,9 e do pedúnculo caudal
8,3 a 10 vezes no CP; e focinho contido 3,4 a 3,8, órbita 2,3 a 2,5 e interorbital 2,8 a C
3 vezes no CC. Boca terminal; séries interna e externa do pré-maxilar com 3 ou 4, H
dentário com 12 a 16 e maxilar com 4 ou 5 dentes. Linha lateral com 6 ou 7 escamas; A
linha longitudinal com 29 a 31 escamas; linha transversal acima com 4½ ou 5 e R
abaixo com 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10, peitoral com 12 a 14, A
pélvica com 7, anal com 22 a 24 e caudal com 19 raios. Uma listra escura longitudinal, C
do pseudotímpano até os raios caudais medianos; nadadeiras avermelhadas, sendo I
as extremidades das nadadeiras dorsal, caudal e anal escuras. F
O
Comprimento total máximo. 48 mm.
R
wn

Dados biológicos. Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas migrações, e M


a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 22 mm e nos machos com 20 E
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). S
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. De acordo com Lima (2004), essa espécie é aparentemente nova para
a ciência.
do

CHARACIDAE 65
Knodus moenkhausii

ree
(Eigenmann & Kennedy, 1903)
“lambarizinho”

df
Comprimento padrão 48 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 3,5 a 4 e do pedúnculo caudal 9,7 a 12,4 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,9 a 4,5, pré-dorsal 1,8 a 2 e do pedúnculo caudal
C 6,8 a 7,4 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 3,9, órbita 1,8 a 2,3 e interorbital 2,5 a
H
3,2 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 4, externa com 4
A
R ou 5, dentário com 8 ou 9 e maxilar com 2 ou 3 dentes. Linha lateral com 35 a 39
A escamas; linha transversal acima com 4½ a 5½ e abaixo com 3 a 4½ séries de
C escamas. Nadadeira dorsal com 10, peitoral com 14 ou 15, pélvica com 8 ou 9, anal
I com 22 a 24 e caudal com 19 raios. Uma faixa prateada longitudinal (escura em
F exemplares fixados), da mancha umeral até os raios caudais medianos; mancha umeral
O escura transversalmente alongada; nadadeiras amareladas, avermelhadas no período
R de reprodução.
wn

M Comprimento total máximo. 54 mm.


E Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.
S
Observação. Alguns autores consideram Knodus Eigenmann, 1911 como
sinônimo de Bryconamericus Eigenmann, 1907.
do

66 CHARACIDAE
Moenkhausia

ree
1. Uma mancha escura, grande, em cada lobo da nadadeira caudal, às vezes em
forma de faixa larga e oblíqua, sendo as extremidades dos lobos brancas _____
________________________________________________ M. aff. intermedia
1’. Uma faixa escura envolvendo o pedúnculo e a base da nadadeira caudal; lobos
sem machas escuras _________________________ M. aff. sanctaefilomenae

Moenkhausia aff. intermedia


Eigenmann, 1908

df
“lambari”
loa
C
H
Comprimento padrão 68,4 mm A
R
A
Corpo alongado; altura contida 3 a 4,6 e do pedúnculo caudal 9 a 12,1 vezes no C
CP; comprimentos da cabeça 4 a 4,6, pré-dorsal 1,9 a 2,1 e do pedúnculo caudal 7,7 a I
11,9 vezes no CP; e focinho contido 3,4 a 4,2, órbita 1,9 a 2,6 e interorbital 2,8 a 3,3 F
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 4, dentário O
R
wn

com 12 a 14 e maxilar com 1 ou 2 dentes. Linha lateral com 33 a 36 escamas; linha


transversal acima com 5 a 6 e abaixo com 3 a 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal M
E
com 10, peitoral com 13 a 15, pélvica com 8 a 10, anal com 26 a 28 e caudal com 19 S
raios. Uma faixa prateada longitudinal (escura nos exemplares fixados), do final do
opérculo até a base da nadadeira caudal; nadadeiras amareladas, caudal com uma
mancha escura, arredondada ou oblíqua, em cada lobo e as extremidades esbranquiçadas.
Comprimento total máximo. 104 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos e
microcrustáceos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental,
realiza pequenas migrações, reproduz-se de outubro a fevereiro, e a primeira
do

maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 42 mm e nos machos com 37 mm


(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Orinoco, Prata, Aprouague, Maroni e Mana.
Observação. Benine (2003) postula que a espécie M. intermedia, cuja localidade-
tipo é no rio Amazonas, é diferente da do alto Paraná, por isso a utilização, aqui, da
partícula aff.

CHARACIDAE 67
Moenkhausia aff. sanctaefilomenae

ree
(Steindachner, 1907)
“lambari-do-olho-vermelho”, “maconherinho”

df
loa
Comprimento padrão 43 mm

C
H
A
R Corpo alto; altura contida 2,4 a 2,8 e do pedúnculo caudal 8 a 9,2 vezes no CP;
A comprimentos da cabeça 3,7 a 3,9, pré-dorsal 1,7 a 1,9 e do pedúnculo caudal 11,8 a
C 13 vezes no CP; e focinho contido 2,9 a 3,7, órbita 2,4 a 3 e interorbital 2,3 a 2,9 vezes
I no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 4 ou 5,
F dentário com 9 a 11 e maxilar com 1 ou 2 dentes. Linha lateral com 25 a 29 escamas;
O
linha transversal acima com 4 a 5 e abaixo com 3 a 5 séries de escamas. Nadadeira
R
wn

M dorsal com 10 ou 11, peitoral com 14 ou 15, pélvica com 9, anal com 24 a 26 e caudal
E com 19 raios. Uma faixa escura envolvendo o pedúnculo e a base da nadadeira
S caudal; parte superior do olho vermelha e nadadeiras amareladas em vida.
Comprimento total máximo. 54 mm.
Dados biológicos. Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas migrações, e
a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 21 mm e nos machos com 22
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Parnaíba, São Francisco e Prata.
Observação. Benine (2003) assinala que a espécie M. sanctaefilomenae, cuja
localidade-tipo é no rio Parnaíba, é diferente da do alto rio Paraná, por isso a utilização,
do

aqui, da partícula aff.

68 CHARACIDAE
Oligosarcus

ree
1. Linha lateral com 47 a 54 escamas perfuradas; cabeça contida 2,9 a 3,5 vezes no
comprimento padrão; mandíbula de mesmo comprimento ou mais curta que a maxila
superior _____________________________________________ O. paranensis
1’. Linha lateral com 36 a 40 escamas perfuradas; cabeça contida 3,7 a 3,8 vezes no
comprimento padrão; mandíbula mais longa que a maxila superior ____ O. pintoi

Oligosarcus paranensis

df
Menezes & Géry, 1983
loa “peixe-cachorro”, “saicanga”

C
H
A
R
A
Comprimento padrão 82 mm C
I
F
O
R
wn

Corpo alongado; altura contida 2,9 a 3,7 e do pedúnculo caudal 7,8 a 8,6 vezes M
no CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,5, pré-dorsal 1,7 a 1,9 e do pedúnculo caudal E
8,7 a 9,4 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 4,5, órbita 2,6 a 4,3 e interorbital 3,8 a S
5,6 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 4 a 7, dentário com 11 a 21 e
maxilar com 18 a 35 dentes. Linha lateral com 47 a 54 escamas; linha transversal
acima com 9 a 10 e abaixo com 6 a 8 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12,
peitoral com 12 a 16, pélvica com 8 ou 9, anal com 20 a 27 e caudal com 19 raios
(MENEZES; GÉRY, 1983). Uma estreita faixa prateada longitudinal (escura nos
exemplares fixados), da mancha umeral até os raios caudais medianos; mancha umeral
escura transversalmente alongada, seguida por outra mais difusa; nadadeiras
do

amareladas.
Comprimento total máximo. 100 mm.
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.

CHARACIDAE 69
Oligosarcus pintoi

ree
Campos, 1945
“peixe-cachorro”

df
Comprimento padrão 68,4 mm
loa
C
H
A
R Corpo alto; altura contida 2,5 a 3,1 e do pedúnculo caudal 8,4 a 9,6 vezes no
A CP; comprimentos da cabeça 3,7 a 3,8, pré-dorsal 1,7 a 1,9 e do pedúnculo caudal 9,5
C a 9,6 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 4,2, órbita 2,4 a 2,5 e interorbital 3,5 a 3,6
I vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 10 a 12, dentário com 10 a 18 e maxilar
F com 15 a 23 dentes. Linha lateral com 36 a 40 escamas; linha transversal acima com
O 7 a 9 e abaixo com 6 a 8 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12, peitoral com
R
wn

14 a 17, pélvica com 9, anal com 28 a 33 e caudal com 19 raios (MENEZES, 1987).
M Uma estreita faixa prateada longitudinal (escura nos exemplares fixados), da mancha
E
umeral até os raios caudais medianos, mais larga sobre o pedúnculo caudal, formando
S
uma mancha longitudinalmente alongada; mancha umeral escura arredondada, com
um prolongamentos transversais para cima e para baixo, difusos, seguida por outra
mancha escura inconspícua; nadadeiras amareladas, vermelhas na época de
reprodução.
Comprimento total máximo. 76 mm.
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

70 CHARACIDAE
Piabina argentea

ree
Reinhardt, 1867
“piaba”, “piquira”, “lambari”

df Comprimento padrão 68 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 3,8 a 4,3 e do pedúnculo caudal 9,2 a 11,1 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,5 a 4,1 e pré-dorsal 1,9 a 2,1 vezes no CP; e C
focinho contido 3,2 a 3,7, órbita 2,8 a 3,4 e interorbital 3,3 a 3,7 vezes no CC. Boca H
subterminal; série externa do pré-maxilar com 2 ou 3, série mediana com 2 e interna A
com 4, dentário com 6 ou 7 e maxilar com 2 ou 3 dentes. Linha lateral com 37 a 39 R
A
escamas; linha transversal acima com 5 e abaixo com 3 a 4 séries de escamas. C
Nadadeira dorsal com 10, peitoral com 12 ou 13, pélvica com 9, anal com 18 a 21 e I
caudal com 19 raios (VARI; HAROLD, 2001). Uma mancha umeral escura, com F
limites irregulares; uma faixa longitudinal dessa até o fim do pedúnculo caudal; O
nadadeiras hialinas. R
wn

Comprimento total máximo. 74 mm. M


Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai, São Francisco, Itapicuru, Paraíba, E
Itapemirim e bacias do leste do Brasil. S
do

CHARACIDAE 71
Psellogrammus kennedyi

ree
(Eigenmann, 1903)
“lambari”

df
Comprimento padrão 30,5 mm
loa
C
H Corpo comprimido e alto; altura contida 2,1 a 2,5 e do pedúnculo caudal 9,7 a
A 10,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,4 a 4 e pré-dorsal 1,9 a 2,1 vezes no
R CP; e focinho contido 3,5 a 4, órbita 2,3 a 2,8 e interorbital 2,6 a 3,2 vezes no CC.
A Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 5, externa com 3 a 5, dentário com 8
C a 11 e maxilar com 1 dente. Linha lateral irregular (incompleta, raras vezes completa);
I linha longitudinal com 40 a 45 escamas. Nadadeira dorsal com 10, peitoral com 12 ou
F 13, pélvica com 8, anal com 39 a 46 e caudal com 19 raios. Uma mancha umeral
O escura, mas difusa; uma listra longitudinal escura dessa até a grande mancha escura
R
wn

bastante evidente no fim do pedúnculo caudal; nadadeiras hialinas.


M
E Comprimento total máximo. 45,5 mm.
S Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai e São Francisco.
Observação. Foram capturados quatro exemplares desta espécie no rio Ivinheima,
afluente da margem direita do rio Paraná (MS), consistindo no primeiro registro dessa
espécie para a bacia do alto rio Paraná.

Salminus
do

1. Linha lateral com 93 a 96 escamas; linha transversal acima com 16 a 18 e abaixo


com 8 a 9 séries de escamas ____________________________ S. brasiliensis
1’. Linha lateral com 68 a 71 escamas; linha transversal acima com 10 e abaixo com
6 séries de escamas ________________________________________ S. hilarii

72 CHARACIDAE
Salminus brasiliensis

ree
(Cuvier, 1816)
“dourado”

df Comprimento padrão 500 mm


loa
C
Corpo alto; altura contida 3,6 a 3,7 e do pedúnculo caudal 11,3 a 11,5 vezes no H
CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,3, pré-dorsal 1,8 a 1,9 e do pedúnculo caudal 9,3 A
a 9,6 vezes no CP; e focinho contido 3,4 a 4, órbita 5,7 a 5,9 e interorbital 2,7 a 3,2 R
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 9 a 11, externa com 8, A
série interna do dentário com 40 a 50, externa com 28 ou 29 e maxilar com 30 a 33 C
dentes. Linha lateral com 93 a 96 escamas; linha transversal acima com 16 a 18 e I
abaixo com 8 a 9 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com 15, F
O
pélvica com 9, anal com 26 a 28 e caudal com 19 raios. Uma mancha escura no
R
wn

pedúnculo caudal que se prolonga até a extremidade dos raios caudais medianos; M
pigmentos concentrados na região central das escamas formando listras escuras E
pontilhadas longitudinalmente; nadadeiras amareladas. S
Comprimento total máximo. 780 mm.
Dados biológicos. Vive principalmente em rios e canais, alimentando-se de peixes
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza grandes
migrações, reproduz-se de outubro a janeiro, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 378 mm e nos machos com 324 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Espécie considerada por Abilhoa e Duboc
(2004) como em alto risco de extinção. Sua ocorrência na área estudada é rara ou
do

moderada, devendo ser incentivada toda e qualquer medida de manejo que a beneficie.
Distribuição. Bacias dos rios da Prata, Mamoré e drenagens da Laguna dos Patos.
Observação. Essa espécie, até recentemente, era identificada na bacia do Paraná-
Paraguai como Salminus maxillosus (Valenciennes, 1850) (GÉRY; LAUZANNE,
1990).

CHARACIDAE 73
Salminus hilarii

ree
Valenciennes, 1850
“tabarana”

df
Comprimento padrão 170 mm
loa
Corpo alto; altura contida 3,6 a 4,1 e do pedúnculo caudal 9,9 a 11,8 vezes no
C CP; comprimentos da cabeça 3,6 a 3,8, pré-dorsal 1,8 a 1,9 e do pedúnculo caudal 8,6
H a 8,8 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 3,8, órbita 4,2 a 4,7 e interorbital 3,5 a 3,7
A
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 9 a 11, externa com 7
R
A a 8, série interna do dentário com 30 a 32, externa com 18 a 20 e maxilar com 30 a 32
C dentes. Linha lateral com 68 a 71 escamas; linha transversal acima com 10 e abaixo
I com 6 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12, peitoral com 15 a 17,
F pélvica com 9 ou 10, anal com 25 a 29 e caudal com 19 raios. Uma mancha escura
O sobre a parte posterior do pedúnculo caudal que se prolonga pelos raios caudais
R medianos; nadadeiras avermelhadas.
wn

M Comprimento total máximo. 340 mm.


E Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de peixes (LUZ-AGOSTINHO;
S BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006). Espécie considerada por Abilhoa
e Duboc (2004) como quase ameaçada de extinção. Seus estoques estão atualmente
bastante reduzidos e sua captura na região é considerada rara ou moderada. Caso
não haja alguma medida que a beneficie, pode entrar em ameaça em um futuro próximo.
Distribuição. Bacias dos rios Paraná, São Francisco, Tocantins, Amazonas e Orinoco.
do

74 CHARACIDAE
Triportheus nematurus

ree
(Kner, 1858)
“sardela”, “sardinha”

df Comprimento padrão 102 mm


loa
C
Corpo alto; altura contida 2,7 a 3,2 e do pedúnculo caudal 10,2 a 12,1 vezes no H
A
CP; comprimentos da cabeça 3,6 a 4,4, pré-dorsal 1,6 a 1,8 e do pedúnculo caudal 9,3
R
a 14,7 vezes no CP; e focinho contido 3,9 a 5, órbita 3 a 3,6 e interorbital 2,5 a 3,6 A
vezes no CC. Boca terminal; série externa do pré-maxilar com 6 ou 7 e interna com C
6 dentes, série externa do dentário com 5 ou 6, interna com 1 e maxilar com, no I
máximo, 2 dentes. Rastros branquiais 43 a 48. Linha lateral com 33 a 37 escamas; F
linha transversal acima com 6 e abaixo com 2 a 3 séries de escamas. Nadadeira O
dorsal com 11, peitoral com 11 a 13, pélvica com 7, anal com 28 a 34 e caudal com 19 R
wn

raios (MALABARBA, 2004). Escamas do flanco, acima do nível da peitoral com M


melanóforos na margem, formando um padrão escuro, reticulado na porção superior E
do flanco. Uma mancha inconspícua no fim do pedúnculo caudal prolongando-se S
sobre os raios caudais medianos; nadadeiras claras.
Comprimento total máximo. 150 mm.
Distribuição. Bacia dos rios Paraguai e baixo Paraná.
Observação. Essa espécie era identificada até recentemente na bacia do rio Paraguai
como Triportheus paranensis (Günther, 1874) (MALABARBA, 2004). Sua
ocorrência na bacia do alto rio Paraná teve origem após a construção de Itaipu
do

(PORTUGAL, 1990).

CHARACIDAE 75
ree
Os membros da subfamília Bryconinae são de médio a grande porte, possuem
três ou quatro séries de dentes no pré-maxilar, sendo um dente largo na série mais
interna do pré-maxilar e um sinfiseano atrás da fileira principal de dentes do dentário;
a nadadeira anal é longa, e a linha lateral fica bem abaixo do meio do flanco
(BRITSKI; SILIMON; LOPES, 1999; LIMA, F. C. T., 2003). Suas espécies podem
ser encontradas em toda a região Neotropical e são muito apreciadas na pesca
comercial e amadora, além de serem cultivadas em tanques em muitos locais. Na
região, ocorre o gênero Brycon Müller & Troschel, 1844.

df
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
O
R
wn

M
E
S
do

Brycon

1. Linha lateral com 65 a 82 escamas ____________________________ B. hilarii


1’. Linha lateral com 52 a 63 escamas ______________________ B. orbignyanus

76 CHARACIDAE - Bryconinae
Brycon hilarii

ree
(Valenciennes, 1850)
“piraputanga”, “piracanjuva”, “piracanjuba”

df
loa
Comprimento padrão 288,9 mm
C
H
A
R
Corpo alto; altura contida 2,8 a 3,9 e do pedúnculo caudal 8,6 a 11,8 vezes no
A
CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 4,7, pré-dorsal 2,2 a 2,8 e do pedúnculo caudal 5,5 C
a 8,1 vezes no CP; e focinho contido 2,9 a 3,8, órbita 3,3 a 5,1 e interorbital 1,9 a 2,7 I
vezes no CC. Boca terminal; série mediana do pré-maxilar com 4 a 6, interna com 4, F
externa com 9 a 13, série interna do dentário com 4, externa com 7 a 14 e maxilar O
com 11 a 23 dentes. Linha lateral com 65 a 82 escamas; linha transversal acima com R
wn

11 a 17 e abaixo com 6 a 9 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com M
13 a 16, pélvica com 8, anal com 22 a 30 e caudal com 19 raios (LIMA, 2001). Uma E
faixa escura longitudinalmente alongada no pedúnculo caudal que se prolonga até os S
raios caudais medianos; uma mancha umeral ovalada transversalmente, às vezes
inconspícua; nadadeiras pélvica, caudal e anal avermelhadas, peitoral e dorsal
escurecidas.
Comprimento total máximo. 302,9 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de insetos e vegetais (BRITSKI;
SILIMON; LOPES, 1999). Não apresenta cuidado parental, e realiza grandes
do

migrações.
Distribuição. Bacia do rio Paraguai.
Observação. Exemplares dessa espécie foram soltos no reservatório de Itaipu para
repovoamento (JÚLIO JÚNIOR, 2004).

CHARACIDAE - Bryconinae 77
Brycon orbignyanus

ree
(Valenciennes 1850)
“piracanjuva”, “piracanjuba”

df
Comprimento padrão 270 mm
loa
C Corpo alongado; altura contida 2,8 a 3,4 e do pedúnculo caudal 9,2 a 11,7 vezes
H no CP; comprimentos da cabeça 3,3 a 5,1, pré-dorsal 1,8 a 2,1 e do pedúnculo caudal
A
5,3 a 7,8 vezes no CP; e focinho contido 2,7 a 3,6, órbita 3,1 a 5 e interorbital 2,1 a 3
R
A vezes no CC. Boca terminal; série mediana do pré-maxilar com 2 a 4, interna com 5
C a 8, externa com 9 a 13, série interna do dentário com 4, externa com 8 a 14 e maxilar
I com 11 a 20 dentes. Linha lateral com 52 a 63 escamas; linha transversal acima com
F 11 a 13 e abaixo com 5 a 9 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com
O 13 a 16, pélvica com 7 ou 8, anal com 24 a 30 e caudal com 19 raios (LIMA, 2001).
R Uma faixa escura longitudinalmente alongada no pedúnculo caudal que se prolonga
wn

M até os raios caudais medianos; uma mancha umeral ovalada alongada transversalmente,
E às vezes inconspícua; nadadeiras pélvica, caudal e anal avermelhadas, peitoral e
S dorsal escurecidas.
Comprimento total máximo. 400 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de insetos (HAHN; FUGI;
ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza grandes migrações, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 316 mm e nos machos com 240
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Espécie
considerada por Abilhoa e Duboc (2004) com risco muito alto de extinção. Sua
do

ocorrência na área estudada é rara, devendo ser incentivada toda e qualquer medida
de manejo que a beneficie.
Distribuição. Bacia do rio da Prata.

78 CHARACIDAE - Bryconinae
Os membros da subfamília Serrasalminae são de médio a grande porte, o

ree
corpo é alto e comprimido, possuem uma quilha pré-ventral com espinhos, e uma
ou duas séries de dentes, os quais podem ser incisiviformes, molariformes, cônicos
ou tricuspidados (JÉGU, 2003). Engloba as “piranhas”, famosas por se alimentarem
vorazmente em cardumes, e os “pacus”, muitos deles importantes na pesca
comercial e amadora, e outros utilizados na aquariofilia. Algumas espécies de
“pacus” podem apresentar um dimorfismo sexual, especialmente quanto ao padrão
de colorido da região ventral do corpo e ao formato da nadadeira anal. Na região,
ocorrem os gêneros Colossoma Eigenmann & Kennedy, 1903, Metynnis Cope,
1878, Myloplus Gill, 1896, Mylossoma Eigenmann & Kennedy, 1903, Piaractus
Eigenmann, 1903 e Serrasalmus La Cepède, 1803.

df
Colossoma macropomum
(Cuvier, 1818)
“tambaqui”
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
Comprimento padrão 250 mm O
R
wn

Corpo alto; altura contida 1,8 a 1,9 e do pedúnculo caudal 8,5 a 9 vezes no CP;
M
comprimentos da cabeça 2,9 a 3,1, pré-dorsal 1,5 a 1,7 e do pedúnculo caudal 8,5 a 9,1
E
vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 3,4, órbita 5,2 a 5,6 e interorbital 1,8 a 2,1 vezes no S
CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 2 e externa com 5, série interna do
dentário com 3 ou 4, externa com 6 dentes. Linha lateral com 73 a 88 escamas; linha
transversal acima com 44 a 50 e abaixo com 45 a 50 séries de escamas. Quilha ventral
com 42 a 44 espinhos simples seguidos de 6 pares.Nadadeira dorsal com 14 a 16,
peitoral com 12 a 15, pélvica com 8 ou 9, anal com 22 a 25 e caudal com 19 raios
(PARRON, 2001). Região dorsal do corpo mais clara que a ventral; nadadeiras escuras.
Comprimento total máximo. 280 mm.
do

Dados biológicos. Vive principalmente em rios e lagoas, alimentando-se de frutos e


sementes. Não apresenta cuidado parental, e realiza grandes migrações (ARAÚJO-
LIMA; GOULDING, 1997).
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
Observação. A ocorrência dessa espécie na região é provavelmente resultado de
escape, por ser muito cultivada em pesqueiros e pisciculturas.

CHARACIDAE - Serrasalminae 79
Metynnis lippincottianus

ree
(Cope, 1870)
“pacu-cd”

df
loa
Comprimento padrão 149,3 mm
C
H Corpo alto; altura contida 1,3 a 1,5 e do pedúnculo caudal 9,2 a 9,6 vezes no
A CP; comprimentos da cabeça 3,7 a 3,8, pré-dorsal 1,4 a 1,6 e do pedúnculo caudal
R 17,4 a 20 vezes no CP; e focinho contido 2,6 a 3,6, órbita 2,2 a 2,9 e interorbital 2,3 a
A
C 2,6 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 4, externa com 2,
I série interna do dentário com 1, externa com 4 e maxilar sem dentes. Linha lateral
F com 82 a 84 escamas; linha transversal acima com 30 a 43 e abaixo com 36 a 38
O séries de escamas. Quilha ventral com 30 a 33 espinhos simples seguidos de 3 a 5
R levemente bifurcados. Nadadeira dorsal com 15 ou 16, peitoral com 14 a 16, pélvica
wn

M com 7, anal com 24 a 27 e caudal com 19 raios. Uma mancha umeral escura grande,
E arredondada, com limites difusos; várias manchas escuras arredondadas sobre o corpo;
S em período de reprodução aparecem manchas ou faixas avermelhadas, principalmente
na região ventral do corpo; nadadeira peitoral vermelha, pélvica preta nos machos e
vermelha nas fêmeas, dorsal com uma mancha grande preta e alguns pigmentos
vermelhos dispersos, anal clara e caudal clara com uma faixa escura na margem.
Comprimento total máximo. 170,2 mm.
Dados biológicos. Além do colorido da nadadeira pélvica, esta espécie apresenta
dimorfismo sexual no formato da nadadeira anal, falcada nos machos e truncada nas
do

fêmeas.
Distribuição. Bacias dos rios Paraguai e Amazonas.
Observação. Esta espécie tem sido identificada no alto Paraná como M. maculatus
(Kner, 1858), entretanto, considerando o trabalho de Zarske & Géry (1999), os
caracteres dos exemplares analisados combinam mais com os apresentados por M.
lippincottianus.

80 CHARACIDAE - Serrasalminae
Myloplus tiete

ree
(Eigenmann & Norris, 1900)
“pacu-peva”,”pacu-prata”

df
loa
C
H
Comprimento padrão 135 mm A
R
A
Corpo alto; altura contida 1,2 a 1,6 e do pedúnculo caudal 7,4 a 10,2 vezes no C
CP; comprimentos da cabeça 3 a 4, pré-dorsal 1,5 a 1,7 e do pedúnculo caudal 10,9 a I
12 vezes no CP; e focinho contido 2,6 a 3,4, órbita 2,5 a 3,9 e interorbital 2 a 2,4 vezes F
no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 4, externa com 2, série interna O
R
wn

do dentário com 1, externa com 4 e maxilar sem dentes. Linha lateral com 64 a 80
escamas; linha transversal acima com 24 a 30 e abaixo com 30 a 39 séries de escamas. M
E
Quilha ventral com 43 a 45 espinhos simples, seguidos de 6 pares de espinhos.
S
Nadadeira dorsal com 24 a 27, peitoral com 14 ou 15, pélvica com 9, anal com 31 a 38
e caudal com 19 raios. Uma faixa escura na borda da nadadeira anal; demais
nadadeiras claras, exceto a anal avermelhada.
Comprimento total máximo. 262 mm.
Dados biológicos. Vive principalmente em rios, alimentando-se de vegetais (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004). Espécie considerada por Abilhoa e Duboc (2004) como
quase ameaçada de extinção. Atualmente seus estoques estão bastante reduzidos e
do

sua captura na região já é considerada rara.


Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Era identificada anteriormente na bacia do Paraná-Paraguai como
Myloplus levis (Eigenmann & McAtee, 1907). JÉGU (2003) considerou essa espécie
no gênero Myleus, mas, mais recentemente, Jégu, Hubert e Bélmont-Jégu (2004)
retiraram o gênero Myloplus da sinonímia de Myleus.

CHARACIDAE - Serrasalminae 81
Mylossoma duriventre

ree
(Cuvier, 1818)
“pacu-peva”

df
loa
C
H
A
R Comprimento padrão 125,9 mm
A
C
I
F Corpo alto; altura contida 1,2 a 1,5 e do pedúnculo caudal 9,4 a 9,6 vezes no
O CP; comprimentos da cabeça 3,3 a 3,7, pré-dorsal 1,6 a 1,8 e do pedúnculo caudal
R
wn

10,7 a 12,8 vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 3, órbita 3,2 a 4,6 e interorbital 1,9 a
M 2,2 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 2, externa com 5 a
E 6, série interna do dentário com 1, externa com 4 a 5 e maxilar sem dentes. Linha
S
lateral com 88 a 94 escamas; linha transversal acima com 63 a 67 e abaixo com 57 a
70 séries de escamas. Quilha ventral com 43 a 47 espinhos simples, seguidos de 7
pares de espinhos. Nadadeira dorsal com 24, peitoral com 16, pélvica com 8, anal
com 32 a 35 e caudal com 19 raios. Várias faixas transversais escuras, mais evidentes
acima da linha lateral; nadadeiras hialinas, exceto a anal amarelada.
Comprimento total máximo. 150 mm.
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai, Amazonas e Orinoco.
do

Observação. Essa espécie era identificada anteriormente no alto rio Paraná como
Mylossoma orbignyanum (Valenciennes, 1850) (JÉGU, 2003).

82 CHARACIDAE - Serrasalminae
Piaractus mesopotamicus

ree
(Holmberg, 1887)
“pacu”

df
loa
Comprimento padrão 498 mm C
H
A
R
Corpo alto; altura contida 1,5 a 2 e do pedúnculo caudal 8,8 a 8,9 vezes no CP;
A
comprimentos da cabeça 2,7 a 4,2, pré-dorsal 1,6 a 1,7 e do pedúnculo caudal 8,8 a C
9,4 vezes no CP; e focinho contido 2,9 a 3,3, órbita 5,2 a 5,5 e interorbital 1,9 a 2,1 I
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 2, externa com 6 a 8, F
série interna do dentário com 2, externa com 6 e maxilar com 1 ou 2 dentes. Linha O
lateral com 107 a 119 escamas; linha transversal acima com 49 a 54 e abaixo com 50 R
wn

a 55 séries de escamas. Quilha ventral com 52 a 54 espinhos simples, seguidos de 7 M


pares de espinhos. Nadadeira dorsal com 15 ou 16, peitoral com 14 a 17, pélvica com E
8 ou 9, anal com 23 a 25 e caudal com 19 raios. Corpo acinzentado, mais escuro na S
região dorsal, clareando em direção à região ventral; nadadeiras dorsal e peitoral
escuras, pélvica, anal e caudal alaranjadas.
Comprimento total máximo. 533 mm.
Dados biológicos. Habita rios e lagoas, alimentando-se de vegetais e insetos (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, e realiza grandes migrações
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
do

Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.


Observação. Essa espécie era identificada anteriormente no alto rio Paraná como
Colossoma mitrei (Berg, 1895) (JÉGU, 2003).

CHARACIDAE - Serrasalminae 83
Serrasalmus

ree
1. Margem da nadadeira caudal hialina, precedida por uma faixa escura transversal;
perfil dorsal da cabeça pouco côncavo _____________________ S. maculatus
1’. Margem da nadadeira caudal escura em extensão variável, podendo estender-se até
a base dessa nadadeira; perfil dorsal da cabeça muito côncavo ___ S. marginatus

Serrasalmus maculatus
Kner, 1858
“piranha”

df
loa
C
H
A
R Comprimento padrão 157,2 mm
A
C Corpo alto; altura contida 1,6 a 1,8 e do pedúnculo caudal 8,2 a 9,7 vezes no CP;
I comprimentos da cabeça 2,8 a 3,2, pré-dorsal 1,6 a 1,7 e do pedúnculo caudal 10,5 a
F 11,4 vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 4,6, órbita 3,5 a 4,5 e interorbital 2,6 a 3 vezes
O no CC. Boca terminal, mandíbula prognata; pré-maxilar com 6, dentário com 7, maxilar
R
wn

sem dentes e palato com 4 a 7 dentes de cada lado. Linha lateral com 69 a 75 escamas;
M linha transversal acima com 29 a 33 e abaixo com 24 a 29 séries de escamas. Nadadeira
E dorsal e peitoral com 15 a 17, pélvica com 6 ou 7, anal com 30 a 33 e caudal com 19
S
raios (JÉGU; SANTOS, 2001). Várias máculas escuras arredondadas no corpo;
nadadeiras amareladas, sendo as ímpares com a margem escura, exceto a caudal, com
margem hialina, precedida por uma faixa escura transversal.
Comprimento total máximo. 268 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de nadadeiras e músculos
de peixes (ALMEIDA; HAHN; VAZZOLER, 1997). A primeira maturação gonadal
nas fêmeas ocorre com 108 mm e nos machos com 98 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
do

MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Esta espécie teve seu estoque reduzido após
o estabelecimento da congênere S. marginatus, depois da construção de Itaipu
(AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2002).
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas e Paraná-Paraguai.
Observação. Essa espécie era identificada até recentemente na bacia do Paraná-
Paraguai como Serrasalmus spilopleura Kner, 1858 (JÉGU; SANTOS, 2001).

84 CHARACIDAE - Serrasalminae
Serrasalmus marginatus

ree
Valenciennes, 1837
“piranha”

df
loa
Comprimento padrão 160,2 mm C
H
A
Corpo alto; altura contida 1,8 a 1,9 e do pedúnculo caudal 11 a 13,9 vezes no R
CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,1, pré-dorsal 1,7 a 1,8 e do pedúnculo caudal A
13,9 a 14,6 vezes no CP; e focinho contido 4,2 a 4,4, órbita 3 a 3,7 e interorbital 3,4 a C
4,5 vezes no CC. Boca terminal, mandíbula prognata; pré-maxilar com 6, dentário I
com 7, maxilar sem dentes e palato com 4 a 7 dentes. Linha lateral com 74 a 79 F
escamas; linha transversal acima e abaixo com 26 a 30 séries de escamas. Nadadeira O
R
wn

dorsal e peitoral com 15 a 17, pélvica com 7, anal com 32 a 36 e caudal com 19 raios.
Com várias manchas escuras de tamanhos e formas variadas no corpo; nadadeiras M
caudal e anal total ou parcialmente escuras, incluindo uma margem estreita, geralmente E
S
quebrada nos exemplares maiores; demais nadadeiras claras ou amareladas, com
poucos pigmentos escuros dispersos.
Comprimento total máximo. 260 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, canais e lagoas, alimentando-se de nadadeiras e
músculos de peixes (ALMEIDA; HAHN; VAZZOLER, 1997). Apresenta cuidado
parental, realiza pequenas migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas
ocorre com 122 mm e nos machos com 115 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;
do

LIZAMA; INADA, 2004).


Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete
Quedas pela construção do reservatório de Itaipu. Atualmente, está entre as espécies
mais abundantes na planície de inundação do alto rio Paraná, enquanto a espécie
nativa S. maculatus diminuiu em abundância (AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2002).

CHARACIDAE - Serrasalminae 85
ree
Os membros da subfamília Aphyocharacinae são de pequeno porte, possuem
a linha lateral incompleta, nadadeira anal com poucos raios (machos em período de
reprodução apresentam pequenos ganchos na nadadeira anal), uma série de dentes
bem desenvolvidos no pré-maxilar, dentário e maxilar, as fontanelas parietal e frontal
são largas, as membranas branquiais são livres entre si e do istmo, e a nadadeira
adiposa está presente (LIMA, R. S., 2003a). Muitos apresentam um padrão de
colorido intenso, sendo utilizados por aquariofilistas. Essa subfamília possui apenas
o gênero Aphyocharax Günther, 1868.

df
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
O
R
wn

M
E
S
Aphyocharax

1. Nadadeiras, exceto a peitoral e a adiposa, e região ventral do corpo avermelhadas;


sem mancha umeral; 1 a 4 dentes no maxilar ___________________ A. anisitsi
1’. Apenas a nadadeira caudal avermelhada; com mancha umeral escura, difusa e
ovalada transversalmente; 8 a 17 dentes no maxilar _____________________ 2
do

2. Órbita contida menos de 2,5 vezes no comprimento da cabeça; osso maxilar curto,
sua extremidade posterior não alcançando a transversal do meio do olho ______
_________________________________________________ Aphyocharax sp.
2’. Órbita contida 3,5 a 4,5 vezes no comprimento da cabeça; osso maxilar longo, sua
extremidade posterior alcançando a transversal do meio do olho ___A. dentatus

86 CHARACIDAE - Aphyocharacinae
Aphyocharax anisitsi

ree
Eigenmann & Kennedy, 1903
“piquira”

df Comprimento padrão 38,6 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 3,1 a 4,4 e do pedúnculo caudal 7,6 a 11,9 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 4, pré-dorsal 1,7 a 2 e do pedúnculo caudal 7,3 C
a 7,5 vezes no CP; e focinho contido 3 a 4,7, órbita 2,5 a 3,2 e interorbital 2,6 a 4,5 H
A
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 4 a 8, dentário com 7 a 14 e maxilar
R
com 1 a 4 dentes. Linha lateral com 7 a 10 escamas; linha longitudinal com 30 a 34 A
escamas; linha transversal acima com 4 a 5 e abaixo com 3½ a 5 séries de escamas. C
Nadadeira dorsal com 9 a 11, peitoral com 9 a 12, pélvica com 6 a 8, anal com 18 a 23 I
e caudal com 19 raios (LIMA, R. S., 2003b). Mancha umeral ausente; nadadeiras F
avermelhadas, exceto a peitoral e a adiposa. O
Comprimento total máximo. 49 mm. R
wn

Dados biológicos. Vive em lagoas e rios. Não apresenta cuidado parental, realiza M
pequenas migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 21 mm E
e nos machos com 18 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, S
2004).
Distribuição. Bacia do rio Paraná.
do

CHARACIDAE - Aphyocharacinae 87
Aphyocharax dentatus

ree
Eigenmann & Kennedy, 1903
“piquira”

df
Comprimento padrão 48 mm
loa
C Corpo alongado; altura contida 3,8 a 4,7 e do pedúnculo caudal 8,9 a 10,9 vezes
H
A no CP; comprimentos da cabeça 3,5 a 4,5, pré-dorsal 1,8 a 2 e do pedúnculo caudal
R 7,2 a 7,6 vezes no CP; e focinho contido 3,2 a 4,6, órbita 3,5 a 4,5 e interorbital 2,8 a
A 3,5 vezes no CC. Boca terminal, mandíbula levemente prognata; pré-maxilar com 4 a
C 8, dentário com 9 a 23 e maxilar com 8 a 17 dentes. Linha lateral com 8 a 13 escamas;
I linha longitudinal com 36 a 42 escamas; linha transversal acima com 5 a 7 e abaixo
F com 3 a 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 9 a 11, peitoral com 10 a 14,
O pélvica com 7 ou 8, anal com 16 a 22 e caudal com 19 raios (LIMA, R. S, 2003b).
R
wn

Uma mancha umeral escura, difusa, ovalada transversalmente; nadadeiras hialinas


M ou amareladas, exceto a caudal avermelhada.
E Comprimento total máximo. 60 mm.
S
Dados biológicos. Vive em lagoas e rios. Não apresenta cuidado parental, e realiza
pequenas migrações (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Anteriormente era identificada na bacia do baixo Paraná-Paraguai como
Aphyocharax difficilis (Marini, Nichols & La Monte, 1933) (LIMA, R. S., 2003a).
Estabeleceu-se no alto rio Paraná após a construção de Itaipu.
do

88 CHARACIDAE - Aphyocharacinae
Aphyocharax sp.

ree
“piquira”

df
Comprimento padrão 33,4 mm

Corpo alongado; altura contida 4,1 e do pedúnculo caudal 9,8 vezes no CP;
comprimentos da cabeça 4,4, pré-dorsal 1,8 e do pedúnculo caudal 7,4 vezes no CP;
loa
e focinho contido 3,8, órbita 2,5 e interorbital 2,7 vezes no CC. Boca terminal; pré-
maxilar com 8, dentário com 16 e maxilar com 9 dentes. Linha lateral com 10 escamas; C
linha longitudinal com 37 escamas; linha transversal acima com 6 e abaixo com 4 H
séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10, peitoral com 13, pélvica com 9, anal A
com 17 e caudal com 19 raios. Mancha umeral escura, ovalada transversalmente; R
uma listra longitudinal escura, mais evidente da transversal da origem da dorsal até o A
C
fim do pedúnculo caudal; nadadeiras hialinas, exceto a caudal avermelhada.
I
Comprimento total máximo. 53 mm. F
Dados biológicos. Vive em lagoas e rios. Não apresenta cuidado parental, realiza O
pequenas migrações e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 25 mm R
wn

e nos machos com 18 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, M


2004). E
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai. S
Observação. Aparentemente, essa espécie corresponde à Aphyocharax sp. n. 1,
caracterizada por Lima, R. S. (2003b).
do

CHARACIDAE - Aphyocharacinae 89
ree
Os membros da subfamília Characinae são de pequeno a médio porte,
possuem dentes cônicos, mamiliformes e ou caniniformes, pseudotímpano e
uma gibosidade antes da origem da nadadeira dorsal (LUCENA; MENEZES,
2003). Na região, ocorrem os gêneros Galeocharax Fowler, 1910 e Roeboides
Günther, 1864.

Galeocharax knerii
(Steindachner, 1879)
“dentudo”

df
loa
C
H
A
R
A Comprimento padrão 200 mm
C
I
F
O Corpo alto; altura contida 3 a 3,7 e do pedúnculo caudal 11,5 a 13,9 vezes no
R CP; comprimentos da cabeça 3 a 3,5, pré-dorsal 1,8 a 2,2 e do pedúnculo caudal 9,4
wn

M a 11,3 vezes no CP; e focinho contido 8 a 9,3, órbita 3,9 a 4,6 e interorbital 3,6 a 4,8
E vezes no CC. Boca levemente subterminal; pré-maxilar com 6 a 10, série interna do
S dentário com 7 a 11, externa com 4 dentes grandes mais 33 a 35 pequenos e maxilar
com 36 a 51 dentes. Linha lateral com 81 a 86 escamas; linha transversal acima com
16 a 18 e abaixo com 15 a 17 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11 ou 12,
peitoral com 15 ou 16, pélvica com 8, anal com 43 a 50 e caudal com 19 raios
(MENEZES, 1976). Uma faixa longitudinal prateada (escura nos exemplares fixados),
da mancha umeral até o pedúnculo caudal; uma mancha umeral escura, ovalada
transversalmente, de limites irregulares; nadadeiras hialinas.
do

Comprimento total máximo. 257 mm.


Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de peixes (HAHN; FUGI;
ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas migrações, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 140 mm e nos machos com 160
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.

90 CHARACIDAE - Characinae
Roeboides paranensis

ree
Pignalberi, 1975
“dentudo”, “lambiá”

dfComprimento padrão 88,8 mm


loa
C
Corpo alto; altura contida 2,2 a 2,7 e do pedúnculo caudal 12,3 a 13,1 vezes no H
CP; comprimentos da cabeça 4 a 4,2, pré-dorsal 1,9 a 2 e do pedúnculo caudal 12,8 a A
R
13,5 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 4,4, órbita 2,6 a 3,7 e interorbital 3,1 a 4
A
vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 6, externa com 4 a 6, C
série interna do dentário com 12 a 14, externa com 4 a 6 dentes e maxilar com 9 a 11 I
dentes. Linha lateral com 66 a 71 escamas; linha transversal acima com 13 a 16 e F
abaixo com 8 a 10 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10 ou 11, peitoral com O
11 ou 12, pélvica com 9 ou 10, anal com 50 a 55 e caudal com 19 raios. Uma faixa R
wn

longitudinal prateada (escura nos exemplares fixados), da mancha umeral até o M


pedúnculo caudal; mancha umeral escura, difusa, ovalada transversalmente; uma E
mancha transversal escura no pedúnculo caudal, que se prolonga levemente para S
frente; nadadeiras amareladas.
Comprimento total máximo. 100 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas, canais e rios, alimentando-se de insetos,
microcrustáceos e escamas de peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não
apresenta cuidado parental, realiza pequenas migrações, e a primeira maturação
gonadal nas fêmeas ocorre com 43 mm e nos machos com 39 mm (SUZUKI;
do

VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Ao longo do ciclo de vida


possuem variações na forma e disposição dos dentes associadas a alterações no
hábito alimentar (HAHN; PAVANELLI; OKADA, 2000).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete
Quedas pela construção do reservatório de Itaipu.

CHARACIDAE - Characinae 91
ree
Os membros da subfamília Cheirodontinae são de pequeno porte, possuem
uma série de dentes com várias cúspides no pré-maxilar, maxilar e dentário, as
fontanelas frontal e parietal e o pseudotímpano estão presentes, e a linha lateral
pode ser completa ou incompleta (MALABARBA, 1998, 2003). Algumas espécies
são exploradas por aquariofilistas e outras apresentam um dimorfismo sexual
acentuado. O gênero Serrapinnus apresenta uma característica bastante peculiar,
nos machos adultos o pedúnculo caudal se torna arqueado ventralmente. Na região,
ocorrem os gêneros Odontostilbe Cope, 1870 e Serrapinnus Malabarba, 1998.

df
Odontostilbe sp.
“lambarizinho”
loa
C
H
A
R
A
C Comprimento padrão 40 mm
I
F
O Corpo alongado; altura contida 3,5 a 4,1 e do pedúnculo caudal 8,7 a 11,7 vezes
R no CP; comprimentos da cabeça 3,4 a 4,4, pré-dorsal 1,8 a 2,1 e do pedúnculo caudal
wn

M 9,0 a 12,0 vezes no CP; e focinho contido 3,3 a 4,3, órbita 2,2 a 2,6 e interorbital 2,7 a
E 3,8 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 5, dentário com 7 a 10 e maxilar
S com 2 dentes. Linha lateral com 26 a 30 escamas; linha transversal acima com 4½ ou
5 e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 10 ou 11, peitoral
com 11 ou 12, pélvica com 8 ou 9, anal com 20 a 22 e caudal com 19 raios. Uma faixa
longitudinal prateada (escura nos exemplares fixados), do pseudotímpano até o
pedúnculo caudal; nadadeiras amareladas.
Comprimento total máximo. 50 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e rios. Não apresenta cuidado parental, realiza
do

pequenas migrações e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 20 mm


e nos machos com 23 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Segundo Malabarba (2004), essa espécie é aparentemente nova para
ciência.

92 CHARACIDAE - Cheirodontinae
Serrapinnus

ree
1. Nadadeiras dorsal e anal hialinas ______________________ Serrapinnus sp. 1
1’. Nadadeiras dorsal e anal com pigmentos escuros ______________________ 2
2. Nadadeiras dorsal e anal escuras na porção proximal __________ S. notomelas
2’. Nadadeiras dorsal e anal com apenas as porções distais escuras __________
________________________________________________ Serrapinnus sp. 2

Serrapinnus notomelas

df
(Eigenmann, 1915)
loa “piabinha”, “lambari”

C
H
Comprimento padrão 31,8 mm A
R
Corpo alto; altura contida 2,4 a 2,8 e do pedúnculo caudal 8,2 a 8,6 vezes no CP; A
comprimentos da cabeça 3,5 a 4, pré-dorsal 1,8 a 2 e do pedúnculo caudal 9,5 a 10,3 C
vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 3,8, órbita 2,3 a 3,2 e interorbital 2,6 a 3 vezes no I
CC. Boca terminal; pré-maxilar com 4 ou 5, dentário com 6 ou 7 e maxilar com 1 ou 2 F
dentes. Linha lateral com 5 a 7 escamas; linha longitudinal com 30 a 34 escamas; linha O
R
wn

transversal acima com 3½ ou 4 e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira


M
dorsal com 10 ou 11, peitoral com 12 ou 13, pélvica com 8 ou 9, anal com 19 a 24 e
E
caudal com 19 raios. Uma listra longitudinal escura, difusa, do pseudotímpano até o S
pedúnculo caudal; uma mancha escura ovalada longitudinalmente no pedúnculo caudal
que se estende sobre a base dos raios caudais medianos; nadadeira dorsal com muitos
cromatóforos escuros ao longo dos dois raios anteriores não ramificados e do primeiro
raio ramificado, e ao longo de cerca da metade proximal dos demais raios; demais
nadadeiras amareladas, com poucos cromatóforos escuros dispersos.
Comprimento total máximo. 40 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e canais. Não apresenta cuidado parental, realiza
do

pequenas migrações e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 20 mm e


nos machos com 21 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. As espécies pertencentes ao gênero Serrapinnus na bacia do alto rio
Paraná eram até recentemente atribuídas ao gênero Cheirodon Girard, 1855.

CHARACIDAE - Cheirodontinae 93
Serrapinnus sp. 1

ree
“piabinha”, “lambari”

df
loa
C
H
A
R
A
Comprimento padrão 48 mm (fêmea) e 47 mm (macho)
C
I
F Corpo alto; altura contida 2,2 a 2,5 e do pedúnculo caudal 7,9 a 9,8 vezes no
O CP; comprimentos da cabeça 4,3 a 4,5, pré-dorsal 1,9 a 2 e do pedúnculo caudal 9,5
R
wn

a 10,7 vezes no CP; e focinho contido 3,3 a 3,6, órbita 2,3 a 3,2 e interorbital 2,8 a 3
M
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 5 ou 6, dentário com 8 a 10 e maxilar
E
S com 2 ou 3 dentes. Linha lateral com 7 a 9 escamas; linha longitudinal com 30 a 32
escamas; linha transversal acima com 3½ ou 4 e abaixo com 3 ou 3½ séries de
escamas. Nadadeira dorsal com 10 ou 11, peitoral com 12 ou 13, pélvica com 8 ou 9,
anal com 19 a 24 e caudal com 19 raios. Uma listra longitudinal escura, do pseudotímpano
até o pedúnculo caudal; uma mancha escura ovalada longitudinalmente que se prolonga
para cima e para baixo sobre o pedúnculo caudal; nadadeiras amareladas.
Comprimento total máximo. 53 mm.
Dados biológicos. Encontrada em lagoas, rios e canais. Não apresenta cuidado
do

parental, realiza pequenas migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas


ocorre com 19 mm e nos machos com 20 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;
LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. De acordo com Malabarba (2004), essa espécie aparentemente é nova
para a ciência.

94 CHARACIDAE - Cheirodontinae
Serrapinnus sp. 2

ree
“piabinha”, “lambari”

df Comprimento padrão 21 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 2,8 a 3,9 e do pedúnculo caudal 8 a 10,7 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 4 a 4,6, pré-dorsal 1,8 a 2 e do pedúnculo caudal 9,7 C
a 10,8 vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 3,9, órbita 2 a 2,6 e interorbital 2,5 a 3,5 H
A
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 4 ou 5, dentário com 6 e maxilar com
R
2 dentes. Linha lateral com 6 ou 7 escamas; linha longitudinal com 31 a 34 escamas; A
linha transversal acima com 3½ e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira C
dorsal com 11, peitoral com 12 ou 13, pélvica com 8 ou 9, anal com 20 a 22 e caudal I
com 19 raios. Uma listra escura longitudinal, do pseudotímpano até o pedúnculo caudal, F
mais evidente após a vertical da origem da dorsal; uma mancha escura ovalada O
longitudinalmente, que se prolonga para cima e para baixo sobre o pedúnculo caudal; R
wn

nadadeiras hialinas, dorsal e anal com uma mancha escura na porção distal. M
Comprimento total máximo. 29 mm. E
Dados biológicos. Vive em lagoas e rios. Não apresenta cuidado parental, realiza S
pequenas migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 10 mm
e nos machos com 17 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. De acordo com Malabarba (2004), essa espécie é aparentemente nova
para a ciência.
do

CHARACIDAE - Cheirodontinae 95
ree
Os membros da subfamília Glandulocaudinae são de pequeno porte, possuem
dimorfismo sexual, caracterizado pela presença de uma glândula sobre a base da
nadadeira caudal dos machos adultos (que aparentemente produz ferormônio),
algumas vezes com modificações dos raios medianos dessa nadadeira e das escamas
que cobrem sua base, algumas espécies são inseminativas (BRITSKI; SILIMON;
LOPES, 1999, WEITZMAN, 2003). Algumas espécies são apreciadas por
aquariofilistas. Na região, ocorre o gênero Planaltina Böhlke, 1954.

Planaltina britskii Menezes,

df
Weitzman & Burns, 2003
“piabinha”
loa
C
H
A
R
A
C Comprimento padrão 35 mm
I
F
O
R
wn

M Corpo alongado; altura contida 3,9 a 5,4 e do pedúnculo caudal 7,1 a 10 vezes
E no CP; comprimentos da cabeça 3,9 a 4,6, pré-dorsal 1,8 a 1,9 e do pedúnculo caudal
S 7 a 10,3 vezes no CP; e focinho contido 3,3 a 4,5, órbita 2,4 a 2,8 e interorbital 2,8 a
4,3 vezes no CC. Boca subterminal; série externa do pré-maxilar com 3, série interna
do dentário com 4 e maxilar com 2 dentes. Linha lateral com 38 a 42 escamas; linha
transversal acima com 5 e abaixo com 4 séries de escamas. Nadadeira dorsal com
10, peitoral com 10 a 12, pélvica com 7, anal com 19 a 24 e caudal com 19 raios
(MENEZES; WEITZMAN; BURNS, 2003). Uma mancha escura alongada que se
prolonga sobre os raios caudais medianos; nadadeiras hialinas.
Comprimento total máximo. 40 mm.
do

Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.

96 CHARACIDAE - Glandulocaudinae
Os membros da família Acestrorhynchidae são de pequeno

ree
a médio porte, possuem o corpo alongado e comprimido, e coberto
por pequenas escamas, e o pré-maxilar, maxilar e dentário com
dentes cônicos ou caninos, e pequenos dentes cônicos no palato
(MENEZES, 2003). Não são muito exploradas comercialmente,
mas algumas espécies menores são utilizadas por aquariofilistas.
Essa família apresenta apenas o gênero Acestrorhynchus
Eigenmann & Kennedy, 1903.

df
loa
C
H
A
R
A
C
I
F
O
R
wn

M
E
S

Acestrorhynchus
do

1. Série de escamas longitudinais entre a linha lateral e a origem da nadadeira dorsal


de 22 a 25 ______________________________________________A. lacustris
1’. Série de escamas longitudinais entre a linha lateral e a origem da nadadeira dorsal
de 26 a 30 ___________________________________________ A. pantaneiro

ACESTRORHYNCHIDAE 97
Acestrorhynchus lacustris

ree
(Lütken, 1875)
“peixe-cachorro”

df
Comprimento padrão 150 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 4,2 a 5,3 e do pedúnculo caudal 13,2 a 15,6
vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,6, pré-dorsal 1,5 a 1,7 e do pedúnculo
C caudal 12,5 a 14 vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 2,8, órbita 2,8 a 5 e interorbital
H 4,0 a 5,4 vezes no CC. Boca terminal; série externa do pré-maxilar com 13 a 16, série
A
R interna do dentário com 10 a 20 e maxilar com 16 a 39 dentes. Linha lateral com 86
A a 102 escamas; linha transversal acima com 22 a 25 e abaixo com 13 a 15 séries de
C escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com 14 a 18, pélvica com 8, anal com 23
I a 27 e caudal com 19 raios (MENEZES, 1992). Uma mancha umeral arredondada
F escura; e uma mancha escura alongada transversalmente no pedúnculo caudal, que
O se prolonga sobre os raios caudais medianos; nadadeiras amareladas.
R
wn

Comprimento total máximo. 280 mm.


M Dados biológicos. Vive principalmente em lagoas e rios, alimentando-se de pequenos
E peixes (ALMEIDA; HAHN; VAZZOLER, 1997). Não apresenta cuidado parental,
S realiza pequenas migrações, reproduz-se de setembro a março, e a primeira maturação
gonadal nas fêmeas ocorre com 130 mm e nos machos com 107 mm (SUZUKI;
VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios São Francisco e alto rio Paraná.
Observação. Alguns exemplares capturados apresentavam uma mancha escura
arredondada na extremidade ântero-ventral da mandíbula, a qual, aparentemente,
não apresenta nenhuma relação com o ambiente, sexo ou época do ano.
do

98 ACESTRORHYNCHIDAE
Acestrorhynchus pantaneiro

ree
Menezes, 1992
“peixe-cachorro”

df Comprimento padrão 147 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 3,6 a 4,8 e do pedúnculo caudal 12,1 a 14,9
vezes no CP; comprimentos da cabeça 3 a 3,6, pré-dorsal 1,5 a 1,8 e do pedúnculo
caudal 9,8 a 13,1 vezes no CP; e focinho contido 2,8 a 3,3, órbita 3,5 a 5 e interorbital C
H
3,5 a 4,6 vezes no CC. Boca terminal; série externa do pré-maxilar com 13 a 16, série
A
interna do dentário com 10 a 20 e maxilar com 16 a 39 dentes. Linha lateral com 93 R
a 108 escamas; linha transversal acima com 26 a 30 e abaixo com 15 a 17 séries de A
escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com 14 a 18, pélvica com 8, anal com 23 C
a 27 e caudal com 19 raios (MENEZES, 1992). Uma mancha umeral arredondada I
escura; e uma mancha escura alongada transversalmente no pedúnculo caudal, que F
se prolonga sobre os raios caudais medianos; nadadeiras amareladas, e as nadadeiras O
anal e peitoral com as extremidades escuras. R
wn

Comprimento total máximo. 180 mm. M


Distribuição. Bacias dos rios Paraguai, baixo Paraná, Uruguai e Mamoré. E
S
Observação. Esse é o primeiro registro dessa espécie para o alto rio Paraná, fato
que deve ser atribuído ao funcionamento do canal da piracema, que liga a região
abaixo da barragem de Itaipu à região acima.
do

ACESTRORHYNCHIDAE 99
ree
Os membros da família Cynodontidae são de médio a grande
porte, possuem o corpo alongado e comprimido, a boca é superior,
a fenda bucal é ampla e oblíqua, o dentário tem dentes caninos
bem desenvolvidos, e a nadadeira peitoral é expandida (TOLEDO-
PIZA, 2003). Geralmente alimentam-se de peixes, utilizando-se
de seus grandes dentes caninos implantados na maxila inferior
para evitar o escape da presa. Apesar de serem pouco explorados
comercialmente, alguns ribeirinhos da região de Porto Rico (PR)
costumam produzir conservas que eles denominam “sardinhão”.
Na região, ocorre o gênero Rhaphiodon Spix & Agassiz, 1829.

df
Rhaphiodon vulpinus
Spix & Agassiz, 1829
“cachorra”, “dourado-facão”
loa
C
C
H
H
A
A
R
R
A
A
C
C Comprimento padrão 480 mm
II
F
F
O
O
R Corpo alongado; altura contida 5,2 a 6,1 e do pedúnculo caudal 16,1 a 17,3
wn

R
M
M vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,8 a 5,3, pré-dorsal 1,3 a 1,4 e do pedúnculo
E
E caudal 11,9 a 14 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 3,7, órbita 4,6 a 4,7 e interorbital
S
S 6,1 a 6,2 vezes no CC. Boca superior, fenda bucal oblíqua; pré-maxilar com 14 a 16,
dentário com 21 a 23 e maxilar com 15 a 17 dentes. Linha lateral com 142 a 145
escamas; linha transversal acima com 16 a 21 e abaixo com 13 a 16 séries de escamas.
Nadadeira dorsal com 14, peitoral com 17 ou 18, pélvica com 9, anal com 40 a 45 e
caudal com 19 raios (TOLEDO-PIZA, 2000). Corpo prateado; com as nadadeiras
peitoral, pélvica e anal amareladas, e as demais escuras.
Comprimento total máximo. 780 mm.
do

Dados biológicos. Vive em lagoas, canais e rios, alimentando-se de pequenos peixes


(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza grandes
migrações, reproduz-se de outubro a dezembro, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 360 mm e nos machos com 265 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Orinoco, Amazonas, Guianas e Prata.

100 CYNODONTIDAE
Os membros da família Erythrinidae são de pequeno a grande

ree
porte, possuem o corpo cilíndrico, a nadadeira caudal é
arredondada, a dorsal apresenta de 8 a 15 raios, a anal 10 ou 11
raios, e não possuem nadadeira adiposa, apresentam vários dentes
caniniformes, e a fontanela é ausente (OYAKAWA, 2003).
Algumas espécies são utilizadas como iscas-vivas na pesca
artesanal e outras têm importância na pesca comercial e amadora.
Na região, a população ribeirinha aprecia alimentar-se de espécies
dessa família, facilmente capturáveis em ambientes lênticos ou
remansos. Na região, ocorrem os gêneros Erythrinus Scopoli,
1777, Hoplerythrinus Gill, 1893 e Hoplias Gill, 1903.

df
Erythrinus erythrinus
(Bloch & Schneider, 1801)
“jejú”
loa
C
H
A
R
A
C
Comprimento padrão 93 mm
I
F
O
R
wn

Corpo alongado; altura contida 3,5 a 5 e do pedúnculo caudal 2 a 4 vezes no


CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,5, pré-dorsal 1,2 a 1,7 e do pedúnculo caudal 10 M
E
a 12,1 vezes no CP; e focinho contido 2,6 a 3, órbita 1,8 a 4,3 e interorbital 2,5 a 2,7
S
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 8 a 10, dentário com 32 a 36 e maxilar
com 30 a 33 dentes. Linha lateral com 28 ou 29 escamas; linha transversal acima
com 3 a 4 e abaixo com 3 ou 3½ séries de escamas. Nadadeira dorsal com 12,
peitoral com 15, pélvica com 8, anal com 10 e caudal com 19 raios. Região dorsal do
corpo mais escura que a ventral; nadadeiras escuras com pintas claras, às vezes
unidas, formando listras transversais irregulares, principalmente na dorsal e caudal.
Comprimento total máximo. 200 mm.
do

Dados biológicos. Encontrada em lagoas e canais, alimentando-se de pequenos


peixes.
Distribuição. Bacias dos rios costeiros das Guianas, Orinoco, Amazonas e Paraná-
Paraguai.
Observação. A ocorrência dessa espécie na região pode ser atribuída a uma
introdução deliberada ou por ser utilizada como isca-viva na pesca artesanal.

ERYTHRINIDAE 101
Hoplerythrinus unitaeniatus

ree
(Agassiz, 1829)
“jejú”

df
Comprimento padrão 150,2 mm

Corpo alongado; altura contida 4,2 a 4,7 e do pedúnculo caudal 6,3 a 6,6 vezes
loa
no CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,2, pré-dorsal 1,8 a 2 e do pedúnculo caudal
C 8,4 a 8,6 vezes no CP; e focinho contido 4 a 4,3, órbita 5,2 a 5,7 e interorbital 2,6 a 2,7
H vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 8 a 10, dentário com 35 a 38 e maxilar
A com 32 a 36 dentes. Linha lateral com 35 a 39 escamas; linha transversal acima com
R 3½ e abaixo com 3 séries de escamas. Nadadeira dorsal com 11, peitoral com 14 ou
A 15, pélvica com 8, anal com 13 ou 14 e caudal com 19 raios. Uma faixa longitudinal
C escura sobre a linha lateral, do opérculo até o pedúnculo caudal; uma mancha escura
I arredondada na região superior do opérculo; nadadeiras escuras, sendo a dorsal e a
F caudal com pintas escuras.
O
Comprimento total máximo. 260 mm.
R
wn

M Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de pequenos peixes


E (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, hábitos sedentários,
S e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 165 mm e nos machos com
140 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios São Francisco, Paraná-Paraguai, Orinoco, Amazonas,
e Guianas.
Observação. Podemos considerar duas hipóteses para a ocorrência dessa espécie
na região: a introdução deliberada ou acidental, por ser utilizada como isca-viva na
pesca artesanal; ou por ter obtido sucesso após a inundação das Sete Quedas pela
construção do reservatório de Itaipu.
do

102 ERYTHRINIDAE
Hoplias

ree
1. Margens inferiores da mandíbula quase paralelas, em vista ventral; língua sem
dentículos _______________________________ Hoplias sp. (grupo lacerdae)
1’. Margens inferiores da mandíbula convergindo em direção à sínfise mandibular, em
vista ventral; língua com dentículos ______ 2 Hoplias spp. (grupo malabaricus)
2. Altura da cabeça contida 2,0 ou mais vezes no seu comprimento; 13 séries de
escamas superiormente entre as linhas laterais, anteriores à nadadeira dorsal __
____________________________________________________ Hoplias sp. 1
2’. Altura da cabeça contida menos de 2,0 vezes no seu comprimento; menos de 13
séries de escamas superiormente entre as linhas laterais, anteriores à nadadeira

df
dorsal _________________________________________________________ 3
3. Região gular sem faixas, ou, quando presentes, pouco nítidas ____ Hoplias sp. 2
3’. Região gular com faixas claras irregulares, mais largas que as escuras ______
____________________________________________________ Hoplias sp. 3

Hoplias sp.
(grupo lacerdae)
loa
“trairão”
C
H
A
R
A
C
I
F
Comprimento padrão 277,2 mm O
R
wn

Corpo alongado; altura contida 3,6 a 4,2 e do pedúnculo caudal 6,9 a 9,3 vezes
M
no CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,6, pré-dorsal 1,8 a 2 e do pedúnculo caudal E
7,8 a 10,8 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 4,3, órbita 5,5 a 12,3 e interorbital 3,1 S
a 4,6 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 10, dentário com 35 a 37 e
maxilar com 30 a 34 dentes. Linha lateral com 43 a 45 escamas; linha transversal
acima com 5 ou 5½ e abaixo com 4½ ou 5 séries de escamas. Nadadeira dorsal com
12 a 15, peitoral com 13 ou 14, pélvica com 8, anal com 10 a 12 e caudal com 19 raios
(OYAKAWA, 1990). Uma faixa longitudinal escura sobre a linha lateral às vezes
pouco conspícua; quatro faixas transversais escuras; nadadeiras claras com pintas
escuras, às vezes formando listras irregulares.
do

Comprimento total máximo. 320 mm.


Dados biológicos. Encontrada em lagoas e canais, alimentando-se de pequenos
peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Essa espécie é provavelmente nova e corresponde à Hoplias sp. D,
estabelecida por Oyakawa (1990).

ERYTHRINIDAE 103
Hoplias sp. 1

ree
“traíra”, “lobó”

df
Comprimento padrão 260 mm

Corpo alongado; altura contida 4,8 a 5,2 e do pedúnculo caudal 7,8 a 8,3 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,4 a 3,5, pré-dorsal 2 a 2,2 e do pedúnculo caudal
7,5 a 8,4 vezes no CP; e focinho contido 4 a 4,1, órbita 4,1 a 5,5 e interorbital 4,2 a 4,6
loa
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 8 a 10, dentário com 30 a 34 e maxilar
C com 30 a 38 dentes. Linha lateral com 42 a 44 escamas; com 13 séries de escamas
H entre as linhas laterais, à frente da dorsal, e com 8 ou 9 séries de escamas atrás da
A dorsal. Nadadeira dorsal com 13, peitoral com 13 ou 14, pélvica com 8, anal com 8 a
R 11 e caudal com 19 raios. Uma faixa longitudinal escura; várias faixas escuras
A transversais irregulares nas laterais do corpo; região gular com várias faixas claras
C (mais largas) e escuras se alternando; nadadeiras claras com várias pintas escuras,
I às vezes formando listras transversais irregulares.
F Comprimento total máximo. 280 mm.
O
Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de pequenos peixes
R
wn

M (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Possui hábitos sedentários e com cuidado parental.
E Número diplóide de cromossomos 2n= 40 (PAZZA; JÚLIO JÚNIOR, 2003).
S Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. As espécies de Hoplias com as margens inferiores da mandíbula
convergindo em direção à sínfise mandibular e língua com dentículos têm sido
identificadas como Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794), com ampla distribuição
geográfica. Entretanto, vários autores concordam que se trata de um complexo de
espécies. Pazza e Júlio Júnior (2003), com base em dados citogenéticos, encontraram
três citótipos na região, dois nativos do alto Paraná (Hoplias sp. 2 e sp. 3) e Hoplias
sp. 1, que passou a ocorrer após a inundação das Sete Quedas pela construção do
do

reservatório de Itaipu. Com base nos exemplares utilizados por Pazza e Júlio Júnior
(2003) tentamos caracterizar as espécies da região.

104 ERYTHRINIDAE
Hoplias sp. 2

ree
“traíra”, “lobó”

df
Comprimento padrão 250 mm

Corpo alongado; altura contida 4,4 a 4,8 e do pedúnculo caudal 7,6 a 8 vezes no
loa
CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,4, pré-dorsal 2,1 a 2,3 e do pedúnculo caudal 7,5
a 7,7 vezes no CP; e focinho contido 3,5 a 4,2, órbita 5,6 a 6,2 e interorbital 3,1 a 3,5 C
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 8 a 10, dentário com 30 a 33 e maxilar H
com 31 a 36 dentes. Linha lateral com 42 a 44 escamas; com 11 ou 12 séries de A
escamas entre as linhas laterais, à frente da dorsal e com 9 ou 10 séries de escamas R
atrás da dorsal. Nadadeira dorsal com 13, peitoral com 13 ou 14, pélvica com 8, anal A
C
com 8 a 11 e caudal com 19 raios. Uma faixa longitudinal escura; várias faixas
I
irregulares transversais; região gular escura, e geralmente sem faixas, essas, quando F
presentes, são pequenas e pouco nítidas; nadadeiras claras com várias pintas escuras, O
às vezes formando listras transversais irregulares. R
wn

Comprimento total máximo. 263 mm. M


Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de pequenos peixes E
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Hábitos sedentários e com cuidado parental. S
Número diplóide de cromossomos 2n= 39 machos e 40 fêmeas (PAZZA; JÚLIO
JÚNIOR, 2003).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

ERYTHRINIDAE 105
Hoplias sp. 3

ree
“traíra”, “lobó”

df
Comprimento padrão 170 mm

Corpo alongado; altura contida 4,7 a 4,8 e do pedúnculo caudal 7,1 a 7,5 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,3, pré-dorsal 2,1 a 2,2 e do pedúnculo caudal
loa
7,8 a 9 vezes no CP; e focinho contido 4 a 4,2, órbita 5,1 a 5,4 e interorbital 4 a 4,2
C vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com 8 a 10, dentário com 30 a 35 e maxilar
H com 32 a 36 dentes. Linha lateral com 40 a 42 escamas; com 11 séries de escamas
A entre as linhas laterais, à frente da dorsal, e com 9 séries de escamas atrás da dorsal.
R Nadadeira dorsal com 13, peitoral com 13 ou 14, pélvica com 8, anal com 8 a 11 e
A caudal com 19 raios. Uma faixa longitudinal escura; várias faixas irregulares
C transversais; região gular com faixas, pequenas e pouco nítidas; nadadeiras claras
I
com várias pintas escuras, às vezes formando listras transversais irregulares.
F
O Comprimento total máximo. 190 mm.
R Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de pequenos peixes
wn

M (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Hábitos sedentários e com cuidado parental.


E Número diplóide de cromossomos 2n= 42 (PAZZA; JÚLIO JÚNIOR, 2003).
S Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

106 ERYTHRINIDAE
Os membros da família Lebiasinidae são de pequeno porte,

ree
possuem o corpo cilíndrico, a linha lateral é reduzida ou ausente, e
a nadadeira adiposa pode estar presente ou não (WEITZMAN;
WEITZMAN, 2003). Algumas espécies são apreciadas por
aquariofilistas. Na região, ocorre o gênero Pyrrhulina
Valenciennes, 1847.

Pyrrhulina australis
Eigenmann & Kennedy, 1903

df
“piquira”
loa
C
H
A
Comprimento padrão 29 mm R
A
C
I
Corpo alongado; altura contida 4,3 a 4,6 e do pedúnculo caudal 7,6 a 10 vezes F
no CP; comprimentos da cabeça 3,7 a 4,1, pré-dorsal 1,5 a 1,7 e do pedúnculo caudal O
R
wn

5,5 a 6,3 vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 3,7, órbita 2,6 a 2,9 e interorbital 2,6 a
2,7 vezes no CC. Boca terminal; série interna do pré-maxilar com 9 a 12 e externa M
E
com 4 a 6, série interna do dentário com 8 a 12, externa com 4 ou 5 e maxilar com 1
S
ou 2 dentes. Linha longitudinal com 20 a 25 escamas; linha transversal com 6 a 8
séries de escamas. Nadadeira dorsal com 9 ou 10, peitoral com 11 ou 12, pélvica com
9 ou 10, anal com 10 ou 11 e caudal com 19 raios. Uma faixa longitudinal escura da
extremidade anterior do dentário, passando pelo olho, tornando-se difusa sobre o
opérculo; uma grande mancha escura na nadadeira dorsal; demais nadadeiras hialinas.
Alguns exemplares podem apresentar poucas ou muitas manchas escuras sobre o
corpo, sem nenhuma regularidade aparente, o que acreditamos tratar-se de uma
do

variação intra-específica.
Comprimento total máximo. 33 mm.
Dados biológicos. Encontrada em lagoas. Não apresenta cuidado parental, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 22 mm e nos machos com 20
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias do Prata e do rio Guaporé.

LEBIASINIDAE 107
Cetopsidae

ree
Os membros da família Cetopsidae são de pequeno porte,
possuem o olho recoberto por pele, a nadadeira anal tem a base
longa, a nadadeira adiposa é ausente ou reduzida, e os barbilhões
são curtos (VARI; FERRARIS, Jr., 2003). Na região, ocorre o
gênero Cetopsis Spix & Agassiz, 1829.

Cetopsis gobioides
(Kner, 1858)
“candiru”

df
loa
Comprimento padrão 102,4 mm

S
I Corpo alongado; altura contida 3,7 a 3,9, da cabeça 4,9 a 5 e do pedúnculo
L caudal 8,4 a 9,6 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,1 a 4,4, da base da nadadeira
U anal 3,6 a 3,9, e do barbilhão maxilar 11,1 a 11,4 vezes no CP; e focinho contido 3,1
wn

R a 3,5, órbita 7,8 a 8,6 e interorbital 2,4 a 2,8 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar
I e dentário com dentes viliformes, maxilar sem dentes e vômer com uma série de
F dentes cônicos. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com 10 ou 11, pélvica com 10 e
O anal com 21 a 24 raios. Dorso com pequenos pigmentos escuros dispersos; nadadeiras
R hialinas.
M
Comprimento total máximo. 112,4 mm.
E
S Dados biológicos. Nos machos adultos em reprodução, o primeiro raio das nadadeiras
dorsal e peitoral é prolongado.
Distribuição. Bacias dos rios São Francisco, Paraná e Uruguai.
Observação. Anteriormente era incluída no gênero Pseudocetopsis Bleeker, 1862
do

(VARI, FERRARIS, Jr.; DE PINNA, 2005).

108 CETOPSIDAE
Aspredinidae

ree
Os membros da família Aspredinidae são de pequeno porte,
a nadadeira dorsal tem I+2 ou 3 raios, e inúmeros tubérculos
queratinizados sobre a pele (FRIEL, 2003). Algumas espécies são
apreciadas pelos aquariofilistas. Na região, ocorre o gênero
Amaralia Fowler, 1954.

Amaralia sp.
“peixe-banjo”, “rabeca”

df
loa
Comprimento padrão 87,1 mm

Corpo deprimido; altura contida 6,5 a 9,4 e do pedúnculo caudal 9,5 a 9,7 e S
largura do corpo 4 a 4,5 vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 3,6, órbita 14,3 a 16,2 SI
e interorbital 2,6 a 3,4 vezes no CC. Boca terminal. Nadadeira dorsal com I+1 ou 2, LI
peitoral com I+5, pélvica com 6 e anal com 5 raios. Corpo castanho, com faixas L
U
transversais escuras sobre o dorso; nadadeiras escuras com as margens claras. U
R
wn

Comprimento total máximo. 102,4 mm. RI


Dados biológicos. Encontrada no fundo de lagoas, alimentando-se de ovos de FI
F
O
loricarídeos (FRIEL, 2003).
O
R
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai. R
M
Observação. O gênero Amaralia possui apenas uma espécie descrita, Amaralia M
E
hypsiura (Kner, 1858), da bacia Amazônica. Friel (2003) preconiza que a espécie E
S
que ocorre na bacia dos rios Paraná-Paraguai é provavelmente nova. S
do

ASPREDINIDAE 109
Trichomycteridae

Os membros da família Trichomycteridae são de pequeno

ree
porte, possuem vários odontodes no inter-opérculo e opérculo, com
dois pares de barbilhões na boca (ventralmente os barbilhões rictais
e dorsalmente os maxilares) e um nasal em algumas subfamílias,
com raios procurrentes antes da nadadeira dorsal, a nadadeira
dorsal está situada após o meio do corpo e não possuem nadadeira
adiposa (DE PINNA; WOSIACKI, 2003). Algumas espécies de
porte bem pequeno, os “candirus”, são conhecidas e temidas por
penetrarem na uretra de animais e de pessoas com hábito de
banharem-se nuas. Outras podem ser encontradas parasitando
brânquias de peixes maiores, nas quais se alimentam de sangue.
Na região, ocorrem os gêneros Paravandellia Miranda-Ribeiro,

df
1912 e Trichomycterus Valenciennes, 1832.

Paravandellia oxyptera
Miranda-Ribeiro, 1912
“candiru”, “candiru-vampiro”
loa
S
I
L
U Comprimento padrão 18 mm
R
wn

I
F
O
R Corpo alongado; altura contida 10,8 a 11,9 e comprimentos da cabeça 4,8 a 5,1
M e pré-dorsal 1,4 a 1,6 vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 2,9, órbita 3,6 a 3,9 e
E interorbital 7 a 7,2 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar e dentário com vários
S dentes pequenos e finos, muitos deles cobertos por pele (difíceis de visualizar).
Nadadeira dorsal com 12, peitoral com 7, pélvica com 5 ou 6 e anal com 9 ou 10
raios. Com uma listra longitudinal escura, que se inicia após o opérculo e se continua
até a transversal da origem da pélvica; nadadeiras hialinas.
do

Comprimento total máximo. 27 mm.


Dados biológicos. Parasita de brânquias, alimenta-se do sangue de outros peixes.
Distribuição. Bacia do rio da Prata.

110 TRICHOMYCTERIDAE
ree
Trichomycterus sp.
“candiru”

df
Comprimento padrão 80,9 mm

Corpo alongado; altura contida 7,4 a 7,7 e comprimentos da cabeça 5,1 a 5,7 e
loa
pré-dorsal 1,5 a 1,7 vezes no CP; e focinho contido 2,2 a 3,2, órbita 7,2 a 9,3 e
interorbital 3,7 a 3,8 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com vários
dentes pequenos e finos, muitos deles cobertos por pele (difíceis de visualizar).
Nadadeira dorsal com 10, peitoral com 7, pélvica com 5 e anal com 9 ou 10 raios.
Corpo escuro, com pequenas manchas escuras; nadadeiras escuras.
Comprimento total máximo. 100 mm.
S
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. SI
Observação. Difere das demais espécies descritas da bacia do alto rio Paraná, LI
principalmente pelo padrão de colorido. L
U
U
R
wn

RI
FI
F
O
O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

TRICHOMYCTERIDAE 111
Callichthyidae

Os membros da família Callichthyidae são de pequeno a

ree
médio porte, possuem o corpo coberto com duas séries de placas
dérmicas, a linha lateral é reduzida, e os adultos não possuem
dentes no pré-maxilar. Uma característica interessante são as
modificações do sistema digestório posterior (intestino), que dão
origem aos órgãos acessórios utilizados para respiração,
possibilitando que suportem viver algum tempo fora da água (REIS,
2003). Algumas espécies são bastante apreciadas por
aquariofilistas. Em algumas regiões do país, as espécies de maior
porte são comercializadas, o que não acontece na região estudada,
onde ocorrem os gêneros Callichthys Scopoli, 1777, Corydoras
La Cepède, 1803, Hoplosternum Gill, 1858 e Lepthoplosternum

df
Reis, 1997.

Callichthys callichthys
(Linnaeus, 1758)
“tamboatá”, “camboja”
loa
S
I
L Comprimento padrão 120 mm
U
R
wn

I
F
O
R Corpo alongado; altura contida 4,5 a 5 e do pedúnculo caudal 6,5 a 6,7 vezes
M no CP; comprimentos da cabeça 4,3 a 4,5, pré-dorsal 2,6 a 2,7 e do barbilhão maxilar
E 3,9 a 4,1 vezes no CP; e focinho contido 2,2 a 2,4, órbita 9,4 a 10,1 e interorbital 1,4
S
a 1,6 vezes no CC. Boca terminal. Linha lateral com 4 poros na série superior. Série
lateral superior com 26 a 29 e inferior com 24 a 27 placas. Nadadeira dorsal com I+7
ou 8, peitoral com I+6, pélvica e anal com 6 raios. Corpo cinza; nadadeiras escuras
com pintas escuras.
do

Comprimento total máximo. 150 mm.


Dados biológicos. Encontrada em riachos, lagoas e canais, alimentando-se de
pequenos peixes, insetos e vegetais (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
Distribuição. Várias drenagens cis-Andinas até o norte de Buenos Aires.

112 CALLICHTHYIDAE
Corydoras

ree
1. Corpo com uma grande mancha escura regular, situada na região anterior do cor-
po; olho pequeno, contido de 3,6 a 4,2 vezes no comprimento da cabeça ______
_______________________________________________________ C. aeneus
1’. Corpo com pequenas manchas e pintas escuras irregulares; olho grande, contido
2,7 a 3,2 vezes no comprimento da cabeça ___________________ C. flaveolus

Corydoras aeneus
(Gill, 1858)

df
“tamboatazinho”
loa
Comprimento padrão 44 mm S
SI
LI
L
U
U
R
wn

RI
Corpo alto; sua altura contida 2 a 2,5 e do pedúnculo caudal 7,8 a 8,4 vezes no FI
CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,8, pré-dorsal 2,1 a 2,3 e do barbilhão maxilar F
O
5,3 a 5,5 vezes no CP; e focinho contido 1,8 a 1,9, órbita 3,6 a 4,2 e interorbital 1,6 O
R
a 2,3 vezes no CC. Boca inferior. Linha lateral com 4 a 6 poros na série superior. R
M
Série lateral superior com 20 a 23 e inferior com 19 a 22 placas. Nadadeira dorsal M
E
com I+7 ou 8, peitoral com I+8 a 10, pélvica com 6 e anal com 6 a 8 raios. Corpo E
S
cinza-escuro dorsalmente e amarelado ventralmente; nadadeiras escuras, sem pintas. S
Comprimento total máximo. 52 mm.
Dados biológicos. Encontrada em riachos, lagoas e canais, alimentando-se de larvas
do

de insetos e algas (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).


Distribuição. Bacias de rios da Colômbia até o rio da Prata.

CALLICHTYIDAE 113
ree
Corydoras flaveolus
Ihering, 1911
“tamboatazinho”

df
Comprimento padrão 30 mm
loa
Corpo alto; altura contida 2,9 a 3,5 e do pedúnculo caudal 7,3 a 7,5 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,7 a 3,2, pré-dorsal 2 a 2,4 e do barbilhão maxilar 5 a
S
5,7 vezes no CP; e focinho contido 1,9 a 2,2, órbita 2,7 a 3,2 e interorbital 3,1 a 4,1
I
L vezes no CC. Boca inferior. Linha lateral com 4 a 6 poros na série superior. Série
U lateral superior com 22 a 25 e inferior com 21 a 24 placas. Nadadeira dorsal com I+7
R ou 8, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com 6 a 8 raios. Corpo com várias
wn

I manchas e pintas escuras irregulares.


F Comprimento total máximo. 35,5 mm.
O Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
R
M
E
S
do

114 CALLICHTHYIDAE
ree
Hoplosternum littorale
(Hancock, 1828)
“tamboatá”, “tamoatá”, “caborja”, “camboja”

dfComprimento padrão 133,4 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 2,8 a 3,5 e do pedúnculo caudal 8,8 a 9,4 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,8, pré-dorsal 2 a 2,3 e do barbilhão maxilar
1,5 a 3,2 vezes no CP; e focinho contido 1,9 a 2,3, órbita 4,7 a 7 e interorbital 1,5 a S
SI
1,8 vezes no CC. Boca terminal. Linha lateral com 4 a 6 poros na série superior.
Série lateral superior com 25 a 27 e inferior com 22 a 24 placas. Nadadeira dorsal LI
L
U
com I+7, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com 8 raios (REIS, 1997). U
R
wn

Corpo cinza-escuro, mais claro na região ventral; nadadeiras escuras. RI


Comprimento total máximo. 220 mm. FI
Dados biológicos. Vive em lagoas e canais, alimentando-se de insetos (HAHN; F
O
ALMEIDA; GASPAR-DA-LUZ, 1997). Na época de reprodução, constroem ninhos O
R
para deposição dos ovos. R
M
Distribuição. Várias drenagens cis-Andinas até a bacia do rio da Prata. M
E
E
S
S
do

CALLICHTYIDAE 115
ree
Lepthoplosternum pectorale
(Boulenger, 1895)
“tamboatá”, “tamoatá”, “caborja”, “camboja”

df
Comprimento padrão 100 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 3,1 a 3,6 e do pedúnculo caudal 8,9 a 9,5 vezes
no CP; comprimentos da cabeça 3,3 a 3,8, pré-dorsal 2 a 2,3 e do barbilhão maxilar
1,5 a 2,2 vezes no CP; e focinho contido 1,9 a 2,2, órbita 4,7 a 5,7 e interorbital 1,4
S a 1,7 vezes no CC. Boca terminal. Linha lateral com 4 a 6 poros na série superior.
I Série lateral superior com 25 ou 26 e inferior com 22 ou 23 placas. Nadadeira dorsal
L com I+7, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com 8 raios (REIS, 1997).
U Corpo cinza-escuro com algumas pequenas pintas escuras; nadadeiras escuras.
R
wn

Comprimento total máximo. 140 mm.


I
Distribuição. Bacia do rio Paraguai.
F
O Observação. Alguns exemplares recentemente foram capturados no lago de Itaipu;
R esse é o primeiro registro dessa espécie no alto rio Paraná, fato que deve ser atribuído
M ao funcionamento do canal da piracema, que liga a região abaixo da barragem de
E Itaipu ao reservatório.
S
do

116 CALLICHTHYIDAE
Scoloplacidae

Os membros da família Scoloplacidae são de pequeno porte;

ree
apresentam o corpo achatado e muito largo na cintura escapular,
o pedúnculo caudal é fino, e quadrangular em corte transversal. A
abertura branquial é reduzida, os barbilhões são curtos (um par
em cada lado da boca), e dois ou quatro pares mentonianos, uma
placa rostral (na porção dorsal do focinho) móvel e com vários
odontodes fortes e recurvados para trás. Não possuem nadadeira
adiposa, uma série dorsal de placas de cada lado do corpo, atrás
da nadadeira dorsal, uma série entre o ânus e a nadadeira anal, e
uma série ventral de cada lado do pedúnculo caudal, entre a anal
e a caudal (BRITSKI; SILIMON; LOPES, 1999; SCHAEFER,
2003a). Essa família possui apenas o gênero Scoloplax Bailey &

df
Baskin, 1976.

Scoloplax empousa
Schaefer, Weitzman & Britski, 1989
loa
S
SI
Comprimento padrão 21 mm LI
L
U
U
R
wn

RI
Corpo deprimido; altura contida 5,7 a 6,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça
FI
3,7 a 4,2, nadadeira peitoral 4 a 4,2 e nadadeira pélvica 4,7 a 5,5 vezes no CP; e F
O
focinho contido 3,4 a 5,1 e interorbital 2,9 a 3,6 vezes no CC. Boca inferior; pré- O
R
maxilar e dentário com vários dentes finos e diminutos (difíceis de visualizar). R
M
Nadadeira dorsal com I+4, peitoral com I+5, pélvica com i+3 ou 4 e anal com 6 raios M
E
(BRITSKI; SILIMON; LOPES, 1999). Corpo escuro; região ventral mais escura que E
S
a região dorsal. Nadadeira caudal com uma mancha na base, seguida de uma área S
clara e outra mais escura, nadadeira pélvica com pequenas manchas escuras, as demais
nadadeiras manchadas de forma irregular, com áreas claras e escuras alternadas.
do

Comprimento total máximo. 24 mm.


Dados biológicos. Encontrados no fundo sobre a areia ou associados à vegetação
aquática, alimentam-se de larvas de insetos e oligoquetas (SCHAEFER, 2003a).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai e Amazonas.

SCOLOPLACIDAE 117
Loricariidae

Os membros da família Loricariidae são de pequeno a grande

ree
porte, apresentam o corpo coberto por várias séries de placas e a boca
é inferior, em forma de ventosa. Possuem órgãos acessórios para
respiração devido à modificação da porção anterior do tubo digestório
(estômago), o que lhes permite suportar algum tempo fora da água.
Algumas espécies de maior porte são importantes na pesca comercial, e
outras, de porte bem pequeno, são muito utilizadas por aquariofilistas.
Essa família é dividida em seis subfamílias, das quais três ocorrem na
região: Hypoptopomatinae, Loricariinae e Hypostominae.

Os membros da subfamília Hypoptopomatinae são de pequeno porte;


possuem ponte escapular parcial ou totalmente exposta (não coberta por pele),

df
aparecendo na região ventral do corpo entre as peitorais, com cinco placas grandes
limitando cada lado da borda inferior da cabeça, o pedúnculo caudal arredondado,
e geralmente, não possuem nadadeira adiposa (SCHAEFER, 2003b). Esses
pequenos “cascudinhos” são amplamente utilizados como peixes ornamentais,
devido à sua beleza. Na região, ocorre o gênero Hisonotus Eigenmann &
Eigenmann, 1889.

Hisonotus sp.
loa
“cascudinho”, “limpa-vidro”

S
I
L
U
R
wn

I
F Comprimento padrão 28 mm
O
R Corpo alongado; altura contida 5,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,9,
M da nadadeira peitoral 4,4 e da nadadeira pélvica 6,1 vezes no CP; e focinho contido
E
2,2, órbita 8,1, e interorbital 2,4 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 16 e
S
dentário com 14 dentes. Série lateral com 23 placas. Nadadeira dorsal com I+7,
peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo castanho; com uma
faixa longitudinal escura, da base do focinho até o pedúnculo caudal; nadadeiras
do

hialinas com algumas manchas escuras, e a caudal com uma grande mancha escura
na base e outra menor e irregular na parte distal.
Comprimento total máximo. 28 mm.
Distribuição. Rio Ocoí, afluente da margem esquerda do rio Paraná.
Observação. Essa espécie não corresponde a nenhuma das atualmente conhecidas
da bacia do alto rio Paraná, e aparentemente é nova para a ciência.

118 LORICARIIDAE - Hypoptopomatinae


ree
Os membros dessa subfamília são de pequeno a médio porte; possuem o
pedúnculo caudal deprimido, e não apresentam nadadeira adiposa (FERRARIS,
Jr., 2003a). Na região, ocorrem os gêneros Farlowella Eigenmann & Eigenmann,
1889, Loricaria Linnaeus, 1758, Loricariichthys Bleeker, 1862 e Rineloricaria
Bleeker, 1862.

Farlowella aff. amazona


(Günther, 1864)
“cascudinho”, “gravetinho”

df
loa
Comprimento padrão 130 mm

Corpo deprimido; altura contida 19,1 a 20,6 vezes no CP; comprimentos da S


SI
cabeça 4 a 4,4, da nadadeira peitoral 10,2 a 11,9 e da pélvica 15,1 a 17 vezes no CP;
e focinho contido 1,6 a 2, órbita 12,3 a 14 e interorbital 4,8 a 5,2 vezes no CC. Boca LI
L
U
inferior; pré-maxilar com 15 a 17 e dentário com 13 a 18 dentes. Série lateral com U
R
wn

32, pré-dorsal com 7, e entre a peitoral e pélvica com 5 placas; abdome com 3 séries RI
longitudinais de placas. Nadadeiras dorsal e peitoral com I+6, pélvica com i+4 ou 5 FI
e anal com 6 raios. Corpo castanho; com uma faixa longitudinal escura, da base do F
O
focinho até o pedúnculo caudal; nadadeiras hialinas com algumas manchas escuras, O
R
e a caudal com uma faixa escura longitudinal descontínua no lobo superior. R
M
Comprimento total máximo. 162 mm. M
E
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Tocantins e da Prata. E
S
S
do

LORICARIIDAE - Loricariinae 119


Loricaria

ree
1. Corpo com manchas escuras arredondadas; comprimento da cabeça contido 4,4 a
4,8 vezes no comprimento padrão ____________________________ L. prolixa
1’. Corpo sem manchas; comprimento da cabeça contido 5,8 a 6,2 vezes no compri-
mento padrão _________________________________________ Loricaria sp.

Loricaria prolixa
Isbrücker & Nijssen, 1978
“cascudo-chinelo”, “rapa-canoa”

df
loa
Comprimento padrão 230,5 mm

Corpo deprimido; altura contida 10,2 a 12,6 vezes no CP; comprimentos da


cabeça 4,4 a 4,8, pré-dorsal 3,1 a 3,3, dos espinhos das nadadeiras dorsal 4,8 a 6,
S
I peitoral 3,5 a 4,4 e pélvica 3,9 a 4,7 vezes no CP; e focinho contido 1,7 a 1,8, órbita
L 6,7 a 9,1, altura do pedúnculo caudal 13,4 a 14,4 e interorbital 5,2 a 5,8 vezes no CC.
U Boca inferior; pré-maxilar com 2 a 5 e dentário com 3 a 8 dentes. Série lateral com
R 35 a 37 placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+6 ou 7 e
wn

I anal com 6 raios (ISBRÜCKER; NIJSSEN, 1978). Corpo castanho, com manchas
F arredondadas escuras; nadadeiras hialinas com algumas pintas escuras.
O Comprimento total máximo. 450 mm.
R Dados biológicos. Encontrada em rios, alimentando-se de detritos e sedimentos
M (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
E
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
S
Observação. Isbrücker (1979) descreveu Loricaria prolixa lentiginosa do alto rio
Paraná. Essa espécie foi considerada por Ferraris, Jr. (2003a) válida como L.
lentiginosa. Entretanto, a análise comparativa do parátipo de L. prolixa e do holótipo
de L. lentiginosa depositados no MZUSP não possibilitou a separação das duas
do

espécies, a não ser pelo maior número de manchas escuras sobre o corpo de L.
lentiginosa do que em L. prolixa, único caráter diagnóstico apontado por Isbrücker
(1979) entre as duas espécies. Todos os exemplares examinados da região apresentam
um padrão de manchas correspondente ao apresentado pelo parátipo de L. prolixa.

120 LORICARIIDAE - Loricariinae


ree
Loricaria sp.
“cascudo-chinelo”, “rapa-canoa”

df
Comprimento padrão 230,5 mm

Corpo deprimido; altura contida 10 a 11,9 vezes no CP; comprimentos da cabeça


5,8 a 6,2, pré-dorsal 2,9 a 3,2, dos espinhos das nadadeiras dorsal 4 a 5,1, peitoral 4,6
a 5,5 e pélvica 3,9 a 4,7 vezes no CP; e focinho contido 1,4 a 1,7, órbita 6,8 a 7,1,
altura do pedúnculo caudal 10,4 a 12,2 e interorbital 5 a 5,4 vezes no CC. Boca
inferior; pré-maxilar com 3 a 5 e dentário com 5 a 8 dentes. Série lateral com 30 a 35
loa
placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+6 ou 7 e anal com
6 raios. Corpo castanho, sem manchas, mas com faixas escuras transversais irregulares;
nadadeiras hialinas com algumas pintas escuras.
Comprimento total máximo. 430 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de detritos e sedimentos (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, e a primeira maturação gonadal
nas fêmeas ocorre com 150 mm e nos machos com 142 mm (SUZUKI; VAZZOLER; S
SI
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
LI
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. L
U
Observação. Segundo Zawadzki (2004), essa espécie aparentemente é nova para a U
R
wn

ciência. RI
FI
F
O
O
R
Loricariichthys R
M
M
E
E
S
S
1. Focinho curto, contido 2,2 a 2,3 vezes no comprimento da cabeça; órbita contida 3,7
a 4,6 vezes no comprimento da cabeça __________________ L. platymetopon
do

1’. Focinho alongado, contido 1,9 a 2 vezes no comprimento da cabeça; órbita contida
5,3 a 6,5 vezes no comprimento da cabeça ___________________ L. rostratus

LORICARIIDAE - Loricariinae 121


Loricariichthys platymetopon

ree
Isbrücker & Nijssen, 1979
“cascudo-chinelo”, “rapa-canoa”

df
Comprimento padrão 210 mm

Corpo deprimido; altura contida 10 a 11,9 e do pedúnculo caudal 37 a 58,8


vezes no CP; comprimentos da cabeça 4 a 4,5, pré-dorsal 2,9 a 3,2, dos espinhos das
nadadeiras dorsal 4 a 5,1, peitoral 5,5 a 7 e pélvica 5,6 a 6,3 vezes no CP; e focinho
loa
contido 2,2 a 2,3, órbita 3,7 a 4,6 e interorbital 3,1 a 4,5 vezes no CC. Boca inferior;
pré-maxilar com 7 a 17 e dentário com 10 a 20 dentes. Série lateral com 31 ou 32
placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6
raios (REIS; PEREIRA, 2000). Corpo castanho com manchas escuras, às vezes
formando faixas escuras transversais irregulares; nadadeiras hialinas com pintas
escuras.
S Comprimento total máximo. 282 mm.
I
Dados biológicos. Habita rios, lagoas e canais, alimentando-se de detritos, sedimentos
L
U e larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental,
R reproduz-se de agosto a junho, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre
wn

I com 157 mm e nos machos com 145 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;


F LIZAMA; INADA, 2004).
O Distribuição. Bacia do rio da Prata.
R Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela
M construção do reservatório de Itaipu.
E
S
do

122 LORICARIIDAE - Loricariinae


ree
Loricariichthys rostratus
Reis & Pereira, 2000
“cascudo-chinelo”, “rapa-canoa”

df
Comprimento padrão 250 mm

Corpo deprimido; altura contida 7,5 a 10,3 e do pedúnculo caudal 35,7 a 50


vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,1 a 4,8, pré-dorsal 2,7 a 3,1, dos espinhos
das nadadeiras dorsal 4,5 a 5,5, peitoral 6,2 a 7,8 e pélvica 6,5 a 8 vezes no CP; e
loa
focinho contido 1,9 a 2, órbita 5,3 a 6,5 e interorbital 5 a 5,8 vezes no CC. Boca
inferior; pré-maxilar com 3 a 11 e dentário com 10 a 18 dentes. Série lateral com 31
a 33 placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal
com 6 raios (REIS; PEREIRA, 2000). Corpo castanho com manchas arredondadas
escuras; nadadeiras hialinas com algumas pintas escuras.
Comprimento total máximo. 282 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de detritos, S
SI
sedimentos e larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta
LI
cuidado parental (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). L
U
Distribuição. Bacia do rio Paraná, acima da foz do rio Paraguai. U
R
wn

Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela RI


construção do reservatório de Itaipu. Nos trabalhos de Hahn, Fugi e Andrian FI
(2004) e Suzuki, Vazzoler, Marques, Lizama e Inada (2004) é chamada de F
O
Loricariichthys sp. O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

LORICARIIDAE - Loricariinae 123


ree
Rineloricaria sp.
“cascudo-chinelo”

df
Comprimento padrão 86 mm

Corpo deprimido; altura contida 9,9 e da cabeça 12 vezes no CP; comprimentos


da cabeça 4,3, pré-dorsal 2,8, dos espinhos das nadadeiras dorsal 4,8 e pélvica 6,1
loa
vezes no CP; e focinho contido 2,6, órbita 8,7 e interorbital 4,1 vezes no CC. Boca
inferior; pré-maxilar e dentário com 6 dentes. Série lateral com 28 placas. Nadadeira
dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo castanho,
com faixas transversais escuras; nadadeiras hialinas com algumas manchas escuras,
às vezes formando faixas escuras irregulares.
S Comprimento total máximo. 93 mm.
I Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
L Observação: Aparentemente difere das demais espécies do alto rio Paraná pelo padrão
U de colorido e forma da cabeça. Mais estudos estão sendo conduzidos por Zawadzki
R (2004).
wn

I
F
O
R
M
E
S
do

124 LORICARIIDAE - Loricariinae


Os membros dessa subfamília são, em geral, de médio porte, possuem a

ree
região inter-opercular pouco móvel, provida de pequenos espinhos, e pedúnculo
caudal cilíndrico (WEBER, 2003). As espécies dessa subfamília, exceto Rhinelepis,
apresentam cuidado parental. Muitas espécies, sobretudo do gênero Hypostomus,
são de identificação confusa, devido à existência de muitos nomes disponíveis,
descrições muito antigas e exemplares-tipo mal conservados e, em sua maioria,
depositados fora do Brasil. As espécies que atingem um porte maior são
amplamentes utilizadas na pesca comercial, pois sua carne é bastante saborosa.
Na região, ocorrem os gêneros Ancistrus Kner, 1858, Hypostomus La Cepède,
1803, Megalancistrus Isbrücker, 1980, Pterygoplichthys Gill, 1858 e Rhinelepis
Spix & Agassiz, 1829.

df
Ancistrus sp.
“cascudinho”, “cascudo-barbudo”
loa
Comprimento padrão 110 mm S
SI
LI
Corpo alto; altura contida 3 a 4 e do pedúnculo caudal 6 a 7 vezes no CP; L
U
comprimentos da cabeça 2,6 a 2,8, pré-dorsal 2,1 a 2,2, dos espinhos das nadadeiras U
R
wn

dorsal 4,1 a 4,4, e peitoral 2,9 a 3,4 e do pedúnculo caudal 3,5 a 3,8 vezes no CP; e RI
focinho contido 1,2 a 1,4, órbita 7,9 a 8,3 e interorbital 2 a 2,4 vezes no CC. Boca FI
inferior; pré-maxilar com 8 a 15 e dentário com 10 a 16 dentes. Série lateral com 25, F
O
pré-dorsal com 4 e base da dorsal com 12 placas. Nadadeira dorsal com I+7 a 9, O
R
peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo escuro, com algumas R
M
manchas claras, sobretudo sobre a cabeça; nadadeiras claras com manchas escuras. M
E
E
S
Comprimento total máximo. 140 mm.
S
Distribuição. Rio São Francisco Verdadeiro, bacia do alto rio Paraná.
Observação. Para Zawadzki (2004), essa espécie aparentemente é nova para a ciência,
e este acredita que ocorram outras espécies desse gênero na região, porém difíceis de
do

separar pelos caracteres morfológicos convencionais. Os membros desse gênero até


recentemente eram incluídos na subfamília Ancistrinae (FISCH-MULLER, 2003),
porém Armbruster (2004), com base em análises filogenéticas, considerou que este
grupo não deveria ser considerado com este status, e sim como tribo (Ancistrini) da
subfamília Hypostominae.

LORICARIIDAE - Hypostominae 125


Hypostomus

ree
1. Dentes em forma de colher _____________________________ H. cochliodon
1’. Dentes bífidos __________________________________________________ 2
2. Corpo claro, com pintas e ou vermiculações escuras, pouco nítidas; pré-maxilar
com 59 a 127 e dentário com 60 a 126 dentes __________________ H. ternetzi
2’. Corpo escuro, com várias pintas claras ou pretas conspícuas _____________ 3
3. Pré-maxilar com 8 a 14 e dentário com 10 a 16 dentes _______ H. microstomus
3’. Pré-maxilar com mais de 15 e dentário com mais de 17 dentes ____________ 4
4. Corpo coberto por pintas claras _____________________________________ 5
4’. Corpo coberto por pintas escuras ___________________________________ 8

df
5. Pré-maxilar com 19 a 32 e dentário com 19 a 32 dentes _______H. margaritifer
5’. Pré-maxilar e dentário com mais de 32 dentes _________________________ 6
6. Pré-maxilar com 35 a 46 e dentário com 34 a 46 dentes; nadadeira peitoral maior
ou igual à pélvica ___________________________________ H. albopunctatus
6’. Pré-maxilar e dentário com 49 ou mais dentes; nadadeira peitoral menor que a
pélvica _________________________________________________________ 7
7. Pré-maxilar com 49 a 54 e dentário com 49 a 55 dentes ____ H. cf. strigaticeps
7’. Pré-maxilar com 65 a 110 e dentário com 65 a 132 dentes ________ H. regani
8. Comprimento do espinho da nadadeira dorsal contido 3,9 a 4,3 vezes no compri-
loa
mento padrão ________________________________________H. ancistroides
8’. Comprimento do espinho da nadadeira dorsal contido 2,6 a 3,6 vezes no compri-
mento padrão ___________________________________________________ 9
9. Órbita contida 6,7 a 9,5 vezes no comprimento da cabeça e nadadeira dorsal longa,
seu espinho contido 2,6 a 3,4 vezes no comprimento padrão ____ H. commersoni
9’. Órbita contida 4,4 a 5,5 vezes no comprimento da cabeça e nadadeira dorsal curta,
S seu espinho contido 3,4 a 3,6 vezes no comprimento padrão ___ Hypostomus sp.
I
L
U
R
wn

I
F
O
R
M
E
S
do

126 LORICARIIDAE - Hypostominae


Hypostomus albopunctatus

ree
(Regan, 1908)
“cascudo”

df Comprimento padrão 210 mm


loa
Corpo alto; altura contida 4,5 a 5 e do pedúnculo caudal 9,5 a 10,2 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,4, pré-dorsal 2,3 a 2,6, dos espinhos das
nadadeiras dorsal 3,3 a 5,2, peitoral 3,2 a 4,1, e adiposa 9,5 a 10,9 e do pedúnculo
caudal 3 a 3,6 vezes no CP; e focinho contido 1,3 a 1,7, órbita 7 a 9,3 e interorbital S
2,7 a 3,3 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 27 a 46 e dentário com 25 a 46 SI
dentes. Série lateral com 26 ou 27, pré-dorsal com 3 a 5 e base da dorsal com 7 ou 8 LI
L
U
placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6
U
R
wn

raios. Corpo escuro, com várias pintas claras, menores sobre a cabeça; nadadeiras RI
escuras com pintas claras.
FI
Comprimento total máximo. 315 mm. F
O
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de detritos, sedimentos e larvas de O
R
insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). R
M
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. M
E
E
S
S
do

LORICARIIDAE - Hypostominae 127


ree
Hypostomus ancistroides
(Ihering, 1911)
“cascudo”

df
Comprimento padrão 140 mm
loa
Corpo alto; altura contida 4,2 a 4,7 e do pedúnculo caudal 9,8 a 10 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,3, pré-dorsal 2,3 a 2,6, dos espinhos das
S nadadeiras dorsal 3,9 a 4,3, peitoral 3,7 a 3,9, e adiposa 9,9 a 10,9 e do pedúnculo
I caudal 2,9 a 3,3 vezes no CP; e focinho contido 1,5 a 1,8, órbita 6,5 a 7,3, e interorbital
L 2,4 a 2,7 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 24 a 33 e dentário com 23 a 35
U dentes. Série lateral com 27 ou 28, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 8 ou 9
R placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6
wn

I raios. Corpo castanho com várias pintas escuras, principalmente na região dorsal;
F nadadeiras castanhas com pintas escuras.
O Comprimento total máximo. 276 mm.
R
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, sedimentos e
M
E larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
S Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

128 LORICARIIDAE - Hypostominae


ree
Hypostomus cochliodon
Kner, 1854
“cascudo”

df
loa
Comprimento padrão 230 mm

Corpo alto; altura contida 3,7 a 4 e do pedúnculo caudal 9,1 a 10,4 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3,2 a 3,3, pré-dorsal 2,3 a 2,4, dos espinhos das S
nadadeiras dorsal 3,7 a 4,1, peitoral 3,2 a 3,4, e adiposa 12,8 a 17 e do pedúnculo SI
caudal 3 a 3,4 vezes no CP; e focinho contido 1,4 a 1,6, órbita 6,1 a 6,3, e interorbital LI
1,8 a 2 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 7 e dentário com 8 dentes. Série L
U
U
R
wn

lateral com 27 ou 28, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 8 placas. Nadadeira
RI
dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo castanho,
FI
com várias pintas escuras, mais evidentes sobre a cabeça; nadadeiras castanhas com F
O
pintas escuras. O
R
Comprimento total máximo. 270 mm. R
M
Dados biológicos. Encontrada em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, M
E
sedimentos e larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). E
S
Distribuição. Bacia do rio Paraguai e médio Paraná. S
Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela
construção do reservatório de Itaipu. Essa espécie era incluída até recentemente no
do

gênero Cochliodon Heckel, 1854 (WEBER; MONTOYA-BURGOS, 2002).

LORICARIIDAE - Hypostominae 129


ree
Hypostomus commersoni
Valenciennes, 1836
“cascudo”, “cascudo-avião”

df
Comprimento padrão 255 mm
loa
Corpo alto; altura contida 4 a 4,4 e do pedúnculo caudal 9 a 10,5 vezes no CP;
comprimentos da cabeça 3 a 3,3, pré-dorsal 2,4 a 2,8, dos espinhos das nadadeiras
S dorsal 2,6 a 3,4, peitoral 3,1 a 3,6, e adiposa 13,5 a 19 e do pedúnculo caudal 3 a 3,5
I vezes no CP; e focinho contido 1,6 a 1,8, órbita 6,7 a 9,5 e interorbital 2,4 a 2,8 vezes
L
no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 22 a 45 e dentário com 22 a 48 dentes. Série
U
R lateral com 28 a 30, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 8 a 10 placas. Nadadeira
wn

I dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo castanho,
F com várias pintas escuras, menores sobre a cabeça; nadadeiras castanhas com pintas
O escuras.
R Comprimento total máximo. 270 mm.
M Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de detritos, sedimentos e larvas de
E insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
S Distribuição. Bacias do médio e baixo rio Paraná e Laguna dos Patos.
Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela
construção do reservatório de Itaipu.
do

130 LORICARIIDAE - Hypostominae


Hypostomus margaritifer

ree
(Regan, 1908)
“cascudo”

df
loa
Comprimento padrão 235 mm

Corpo alto; altura contida 4,1 a 4,5 e do pedúnculo caudal 9,3 a 10 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3 a 3,4, pré-dorsal 2,4 a 2,7, dos espinhos das nadadeiras S
dorsal 2,3 a 3,1, peitoral 2,6 a 3,1, e adiposa 13,5 a 16 e do pedúnculo caudal 2,9 a SI
3,6 vezes no CP; e focinho contido 1,4 a 1,6, órbita 5,6 a 6,5 e interorbital 2,4 a 3 LI
vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com e dentário com 19 a 32 dentes. Série L
U
lateral com 26 ou 27, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 8 placas. Nadadeira U
R
wn

dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo escuro RI
com várias manchas e pintas claras, menores sobre a cabeça; nadadeiras castanhas FI
F
O
com pintas claras.
O
R
Comprimento total máximo. 312 mm. R
M
Dados biológicos. Encontrada em rios, alimentando-se de detritos, sedimentos e M
E
larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). E
S
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. S
do

LORICARIIDAE - Hypostominae 131


ree
Hypostomus microstomus
Weber, 1987
“cascudo”

df
Comprimento padrão 165 mm
loa
Corpo alto; altura contida 4 a 4,7 e do pedúnculo caudal 8,4 a 9,4 vezes no CP;
comprimentos da cabeça 2,8 a 3,2, pré-dorsal 2,4 a 2,5, dos espinhos das nadadeiras
dorsal 2,6 a 3,2, peitoral 2,8 a 3,1, e adiposa 13,5 a 16 e do pedúnculo caudal 3 a 3,5
vezes no CP; e focinho contido 1,4 a 1,6, órbita 4,6 a 5,8, e interorbital 1,6 a 2,1
vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 8 a 14 e dentário com 10 a 16 dentes.
S Série lateral com 24 a 27, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 7 placas. Nadadeira
I dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios (WEBER,
L 1987). Corpo escuro com pintas claras esparsas; nadadeiras castanhas com pintas
U claras, às vezes incospícuas.
R
wn

Comprimento total máximo. 300 mm.


I Dados biológicos. Encontrada em rios, alimentando-se de detritos, sedimentos e
F
larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
O
R Distribuição. Bacia do médio rio Paraná.
M Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela
E construção do reservatório de Itaipu.
S
do

132 LORICARIIDAE - Hypostominae


ree
Hypostomus regani
(Ihering, 1905)
“cascudo”

df Comprimento padrão 170 mm


loa
Corpo alto; altura contida 4,3 a 4,7 e do pedúnculo caudal 9,3 a 10,3 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,4, pré-dorsal 2,5 a 2,8, dos espinhos das
nadadeiras dorsal 2,2 a 3,6, peitoral 3,1 a 3,7, e adiposa 10 a 13,3 e do pedúnculo
caudal 2,8 a 3,3 vezes no CP; e focinho contido 1,6 a 1,8, órbita 4,8 a 5,8, e interorbital
2,3 a 2,6 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 65 a 110 e dentário com 65 a
132 dentes. Série lateral com 27 ou 28, pré-dorsal com 3 a 5 e base da dorsal com 8 S
ou 9 placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com SI
6 raios. Corpo escuro com pintas claras, menores sobre a cabeça; nadadeiras castanhas LI
com pintas claras. L
U
U
R
wn

Comprimento total máximo. 280 mm.


Dados biológicos. Encontrada em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, RI
sedimentos e larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). FI
F
O
Distribuição. Bacia do rio da Prata. O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

LORICARIIDAE - Hypostominae 133


ree
Hypostomus cf. strigaticeps
(Regan, 1908)
“cascudo”

df
Comprimento padrão 150 mm
loa
Corpo alto; altura contida 4,2 a 4,9 e do pedúnculo caudal 8,3 a 9,6 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3, pré-dorsal 2,2 a 2,5, dos espinhos das
nadadeiras dorsal 3,4 a 3,8, peitoral 3,1 a 3,3, e adiposa 8,9 a 9,7 e do pedúnculo
caudal 3 a 3,4 vezes no CP; e focinho contido 1,5 a 1,8, órbita 4 a 5,1, e interorbital
2,9 a 3,2 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 49 a 54 e dentário com 49 a
S 55 dentes. Série lateral com 24 a 26, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 8
I placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6
L raios. Corpo escuro com pintas claras, menores sobre a cabeça; nadadeiras
U castanhas com pintas claras.
R Comprimento total máximo. 169 mm.
wn

I Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, sedimentos


F e larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
O Distribuição. Bacia do rio Tietê, alto rio Paraná.
R
M Observação. Weber (2003) restringe a distribuição dessa espécie à bacia do rio
E Tietê, como indicado acima, no entanto, a espécie da região corresponde
S perfeitamente à descrição de H. strigaticeps. Portanto, até que uma revisão do
gênero seja realizada para a bacia do alto rio Paraná, optamos provisoriamente
pela utilização da partícula cf.
do

134 LORICARIIDAE - Hypostominae


Hypostomus ternetzi

ree
(Boulenger, 1895)
“cascudo-tarzan”

df Comprimento padrão 210 mm


loa
Corpo alto; altura contida 4,2 a 4,7 e do pedúnculo caudal 7,6 a 8,2 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3, pré-dorsal 2,2 a 2,4, dos espinhos das nadadeiras
dorsal 2,6 a 3,5, peitoral 3 a 3,3, e adiposa 9,2 a 10,3 e do pedúnculo caudal 3,1 a 3,3
vezes no CP; e focinho contido 1,6 a 1,8, órbita 6,3 a 6,5, e interorbital 2,6 a 3,1
vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 59 a 127 e dentário com 60 a 126 S
dentes. Série lateral com 25 a 27, pré-dorsal com 3 ou 4 e base da dorsal com 8 SI
placas. Nadadeira dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 LI
raios. Corpo castanho, com pintas e/ou vermiculações escuras pouco nítidas; L
U
U
R
wn

nadadeiras castanhas, às vezes com pintas escuras.


Comprimento total máximo. 296 mm. RI
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, sedimentos e FI
F
O
larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). O
R
Distribuição. Bacia do rio Paraguai, médio rio Paraná e Uruguai. R
M
Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela M
E
construção do reservatório de Itaipu. E
S
S
do

LORICARIIDAE - Hypostominae 135


ree
Hypostomus sp.
“cascudo”

df
Comprimento padrão 190 mm
loa
Corpo alto; altura contida 4,2 a 4,7 e do pedúnculo caudal 8,3 a 8,6 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3, pré-dorsal 2,2 a 2,3, dos nhos das nadadeiras
dorsal 3,4 a 3,6, peitoral 3 a 3,2, e adiposa 9 a 10,1 e do pedúnculo caudal 3,2 a 3,4
vezes no CP; e focinho contido 1,6 a 1,8, órbita 4,4 a 5,5, e interorbital 2,7 a 2,8
vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 32 a 41 e dentário com 35 a 42 dentes.
Série lateral com 24 a 27, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 8 placas. Nadadeira
S dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo castanho
I
com pintas e manchas escuras; nadadeiras castanhas com pintas escuras, às vezes
L
U inconspícuas.
R Comprimento total máximo. 210 mm.
wn

I Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, sedimentos e


F larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
O Distribuição. Planície de inundação do alto rio Paraná.
R Observação. De acordo com Zawadzki (2004), essa espécie aparentemente é nova
M para a ciência.
E
S
do

136 LORICARIIDAE - Hypostominae


ree
Megalancistrus parananus
(Peters, 1881)
“cascudo-abacaxi”

df Comprimento padrão 205 mm


loa
Corpo alto; altura contida 4 a 4,7 e do pedúnculo caudal 6 a 6,5 vezes no CP;
comprimentos da cabeça 2,8 a 3,2, pré-dorsal 2,2 a 2,4, dos espinhos das nadadeiras
dorsal 4,1 a 4,4, e peitoral 3,8 a 4,3, e do pedúnculo caudal 3,5 a 3,8 vezes no CP; e
focinho contido 1,2 a 1,4, órbita 5 a 6,2 e interorbital 1,6 a 2 vezes no CC. Boca
inferior; pré-maxilar com 6 a 8 e dentário com 8 a 10 dentes. Série lateral com 25,
pré-dorsal com 3 e base da dorsal com 12 placas. Nadadeira dorsal com I+10 a 15,
S
peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo claro com muitas manchas SI
escuras; assim como as nadadeiras. LI
Comprimento total máximo. 504 mm. L
U
Dados biológicos. Vive em rios e canais, alimentando-se de detritos e sedimentos U
R
wn

(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, e a primeira RI


maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 175 mm e nos machos com 140 mm FI
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). F
O
O
R
Distribuição. Bacia do rio da Prata.
R
M
Observação. Essa espécie era chamada até recentemente na bacia do rio da Prata de M
E
Megalancistrus aculeatus (Perugia, 1891) (FISCH-MULLER, 2003). Os membros E
S
desse gênero até recentemente eram incluídos na subfamília Ancistrinae (FISCH- S
MULLER, 2003), porém Armbruster (2004), com base em análises filogenéticas,
considerou que este grupo não deveria ser considerado com este status, e sim como
do

tribo (Ancistrini) da subfamília Hypostominae.

LORICARIIDAE - Hypostominae 137


Pterygoplichthys anisitsi

ree
Eigenmann & Kennedy, 1903
“cascudo-pintado”, “acari”

df
loa
Comprimento padrão 395 mm

S Corpo alto; altura contida 4,2 a 4,9 e do pedúnculo caudal 8,3 a 9,6 vezes no
I CP; comprimentos da cabeça 3,4 a 3,9, pré-dorsal 2,2 a 2,5, dos espinhos das
L nadadeiras dorsal 2,2 a 2,7, peitoral 3,1 a 3,3, e adiposa 8,9 a 9,7 e comprimento do
U pedúnculo caudal 3,3 a 3,8 vezes no CP; e focinho contido 1,5 a 1,6, órbita 5,2 a 8,6
R
wn

e interorbital 1,6 a 2,0 vezes no CC. Boca inferior; pré-maxilar com 19 a 36 e dentário
I com 17 a 37 dentes. Série lateral com 29 a 31, pré-dorsal com 3 e base da dorsal com
F 8 placas. Nadadeira dorsal com I+11 a 14, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal
O
com 5 raios. Corpo escuro com várias manchas claras, menores sobre a cabeça;
R
M nadadeiras escuras com manchas claras, às vezes inconspícuas.
E Comprimento total máximo. 500 mm.
S Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de detritos, sedimentos e
larvas de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, e a
primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 243 mm e nos machos com 241
mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
do

Distribuição. Bacia do rio Paraguai, médio rio Paraná, Bermejo e Uruguai.


Observação. Estabeleceu-se na região após a inundação das Sete Quedas pela
construção do reservatório de Itaipu. Essa espécie era até recentemente incluída no
gênero Liposarcus Günther, 1864 (ARMBRUSTER, 2004).

138 LORICARIIDAE - Hypostominae


ree
Rhinelepis aspera
Spix & Agassiz, 1829
“cascudo-preto”

df
loa
Comprimento padrão 360 mm

Corpo alto; altura contida 3,8 a 4,3 e do pedúnculo caudal 7,4 a 8,3 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,5 a 3,1, pré-dorsal 2,2 a 2,5, dos espinhos das S
nadadeiras dorsal 4,4 a 4,7, e peitoral 4,3 a 4,7, e do pedúnculo caudal 3,5 a 3,9 vezes SI
no CP; e focinho contido 1,5 a 1,6, órbita 10 a 10,8 e interorbital 1,6 a 2 vezes no CC. LI
L
U
Boca inferior. Pré-maxilar com 16 a 57 e dentário com 19 a 59 dentes. Série lateral
U
R
wn

com 23 a 25, pré-dorsal com 3 ou 4 e base da dorsal com 6 a 8 placas. Nadadeira RI


dorsal com I+7, peitoral com I+6, pélvica com i+5 e anal com 6 raios. Corpo escuro FI
sem pintas; assi como as nadadeiras. F
O
Comprimento total máximo. 440 mm. O
R
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de detritos, sedimentos e larvas de R
M
insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza M
E
grandes migrações, reproduz-se de outubro a janeiro, e a primeira maturação gonadal E
S
nas fêmeas ocorre com 288 mm e nos machos com 182 mm (SUZUKI; VAZZOLER; S
MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Essa espécie é considerada por Abilhoa e
Duboc (2004) como em alto risco de extinção. Sua ocorrência na área estudada é
do

rara ou moderada, devendo ser incentivada toda e qualquer medida de manejo que a
beneficie.
Distribuição. Bacias dos rios São Francisco e alto rio Paraná.

LORICARIIDAE - Hypostominae 139


Pseudopimelodidae

Os membros da família Pseudopimelodidae são de pequeno

ree
a médio porte; apresentam boca ampla (larga), olhos pequenos,
sem a margem orbital livre e barbilhões curtos (SHIBATTA, 1999).
Na região, ocorre o gênero Pseudopimelodus Bleeker, 1858.

Pseudopimelodus mangurus
(Valenciennes, 1835)
“bagre-sapo”

df
loa
Comprimento padrão 180 mm

S Corpo alto; altura contida 3,6 a 6,9 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,2
I a 4,5, da base da nadadeira adiposa 10,7 a 14,4, e do barbilhão maxilar 1,1 a 1,6
L vezes no CP; e focinho contido 2,4 a 3, órbita 13,8 a 17,9 e interorbital 1,9 a 2,5
U
vezes no CC. Boca terminal, com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira
R
wn

I dorsal com 7, peitoral com I+7, pélvica com 6 e anal com 8 a 13 raios (SHIBATTA,
F 1999). Faixa escura sobre a região do processo occipital larga, estendendo-se por
O entre as linhas laterais direita e esquerda; faixa escura subdorsal estendendo-se abaixo
R da linha lateral, mas não atingindo a linha horizontal que passa pela base da nadadeira
M pélvica; faixa sub-adiposa não alcançando a nadadeira anal, com projeção ântero-
E superior em forma de “V”, em vista superior; nadadeiras escuras próximo à base,
S com uma faixa escura sub-marginal e margem clara, exceto a caudal com uma faixa
larga, escura que se prolonga do pedúnculo caudal, mais uma faixa escura, larga,
trnsversal e extremidades dos lobos claras.
Comprimento total máximo. 210 mm.
do

Dados biológicos. Abilhoa e Duboc (2004) consideram essa espécie como em alto
risco de extinção. Sua ocorrência na área estudada é rara ou moderada, devendo ser
incentivada toda e qualquer medida de manejo que a beneficie.
Distribuição. Bacia do rio da Prata.

140 PSEUDOPIMELODIDAE
Heptapteridae

Os membros da família Heptapteridae são de pequeno a

ree
médio porte, possuem três pares de barbilhões (um maxilar e dois
mentonianos), e a nadadeira adiposa é bem desenvolvida
(BOCKMANN; GUAZELLI, 2003). Algumas espécies são
comercializadas por aquariofilistas, e outras de maior porte têm
importância na pesca comercial. Na região, ocorrem os gêneros
Cetopsorhamdia Eigenmann & Fisher, 1916, Heptapterus
Bleeker, 1858, Imparfinis Eigenmann & Norris, 1900,
Phenacorhamdia Dahl, 1961, Pimelodella Eigenmann &
Eigenmann, 1888 e Rhamdia Bleeker, 1858.

df
Cetopsorhamdia iheringi
Schubart & Gomes, 1959
“bagrinho”
loa
Comprimento padrão 50,2 mm S
SI
LI
L
U
Corpo alongado; altura contida 5,7 a 7,1, da cabeça 6,9 a 7,5 e do pedúnculo U
R
wn

caudal 9,2 a 10,1 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,5 a 4,9, das bases das RI
nadadeiras anal 8,1 a 8,7, e adiposa 8,1 a 8,4, e do barbilhão maxilar 3,2 a 3,9 vezes FI
no CP; e focinho contido 2 a 2,3, órbita 6 a 6,2 e interorbital 2,8 a 3 vezes no CC. F
O
Boca terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira O
R
dorsal com 7, peitoral com 8 a 11, pélvica com 6 e anal com 11 a 15 raios. Corpo R
M
castanho; nadadeiras castanhas, com uma faixa escura transversal no final do M
E
pedúnculo caudal. E
S
S
Comprimento total máximo. 65,2 mm.
Dados biológicos. Vive em riachos, alimentando-se de larvas de insetos.
Distribuição. Bacias do alto rio Paraná e São Francisco.
do

HEPTAPTERIDAE 141
ree
Heptapterus mustelinus
(Valenciennes, 1835)
“bagrinho”, “bagre-pedra”

df
Comprimento padrão 118,8 mm

Corpo alongado; altura contida 10 a 10,6, da cabeça 11,9 a 12,2 e do pedúnculo


caudal 17,7 a 18,4 vezes no CP; comprimentos da cabeça 6,1 a 6,4, das bases das
nadadeiras anal 4,9 a 5,5, e adiposa 2 a 2,2, e do barbilhão maxilar 6 a 7,2 vezes no
loa
CP; e focinho contido 2,9 a 3,1, órbita 4,9 a 5,2 e interorbital 3,7 a 3,9 vezes no CC.
Boca terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira
dorsal com 7, peitoral com 6 a 9, pélvica com 6 e anal com 15 a 17 raios. Corpo
castanho, com algumas faixas transversais escuras sobre o dorso; nadadeiras claras.
Comprimento total máximo. 130 mm.
Dados biológicos. Encontrada em riachos.
S Distribuição. Bacias do Prata e costeiras do sul do Brasil.
I
L
U
R
wn

I
F
O Imparfinis
R
M
E
1. Faixa escura ao longo do corpo inconspícua; primeiro raio da nadadeira dorsal
S
aproximadamente do mesmo tamanho do segundo ________________ I. mirini
1’. Faixa escura ao longo do corpo bem nítida; primeiro raio da nadadeira dorsal
menor que o segundo ____________________________________ I. schubarti
do

142 HEPTAPTERIDAE
ree
Imparfinis mirini
Haseman, 1911
“bagrinho”

df
Comprimento padrão 64,4 mm

Corpo alongado; altura contida 5,1 a 5,3, da cabeça 7,7 a 8 e do pedúnculo


loa
caudal 9,4 a 10 vezes no CP; comprimentos da cabeça 5 a 5,4, das bases das nadadeiras
anal 6,3 a 6,8, e adiposa 4,6 a 4,8, e do barbilhão maxilar 2,5 a 2,7 vezes no CP; e
focinho contido 1,9 a 2,4, órbita 6 a 6,3 e interorbital 2,5 a 2,6 vezes no CC. Boca
terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira dorsal
com 7, peitoral com 8 a 11, pélvica com 6 e anal com 11 a 14 raios. Corpo claro, com
pigmentos castanhos dispersos, exceto na região abdominal e ventral da cabeça;
com faixas transversais escuras sobre o dorso; uma listra escura inconspícua ao longo S
da linha lateral; nadadeiras amareladas. SI
Comprimento total máximo. 64,4 mm. LI
Dados biológicos. Vive em riachos, alimentando-se de insetos e algas (LUZ- L
U
U
R
wn

AGOSTINHO; BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006).


RI
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Essa espécie era incluída anteriormente no gênero Nannorhamdia FI
F
O
Regan, 1913 (BOCKMANN; GUAZELLI, 2003). O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

HEPTAPTERIDAE 143
ree
Imparfinis schubarti
(Gomes, 1956)
“bagrinho”

df
Comprimento padrão 50,2 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 5,1 a 5,3, da cabeça 6,9 a 7,4 e do pedúnculo
caudal 8,4 a 9 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,8 a 5,3, das bases das nadadeiras
anal 6,4 a 7, e adiposa 4,7 a 5,6 e do barbilhão maxilar 2,4 a 2,7 vezes no CP; e
focinho contido 2,2 a 2,4, órbita 3,4 a 4,5 e interorbital 3,6 a 3,8 vezes no CC. Boca
terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira dorsal
com 7, peitoral com 8 a 11, pélvica com 6 e anal com 11 a 14 raios. Corpo claro, com
S poucos pigmentos castanhos dispersos, exceto na região abdominal e ventral da
I cabeça; com faixas transversais escuras sobre o dorso; uma faixa transversal escura
L bem nítida ao longo da linha lateral; nadadeiras hialinas ou amareladas.
U Comprimento total máximo. 70,4 mm.
R
wn

Dados biológicos. Vive em riachos, alimentando-se de insetos e algas (LUZ-


I AGOSTINHO; BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006).
F Distribuição. Bacias do alto rio Paraná e rio Araguaia.
O
R
M
E
S
do

144 HEPTAPTERIDAE
ree
Phenacorhamdia tenebrosa
(Schubart, 1964)
“bagrinho”

df
Comprimento padrão 80,4 mm

Corpo alongado; altura contida 5,1 a 5,3, da cabeça 6,9 a 7,4 e do pedúnculo
caudal 8,4 a 9 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,8 a 5,3, das bases das nadadeiras
anal 6,4 a 7,0, e adiposa 4,7 a 5,6, e do barbilhão maxilar 2,4 a 2,7 vezes no CP; e
focinho contido 2,2 a 2,4, órbita 3,4 a 4,5 e interorbital 3,6 a 3,8 vezes no CC. Boca
loa
terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira dorsal
com 7, peitoral com 7 a 10, pélvica com 6 e anal com 12 a 18 raios. Corpo
uniformemente escuro; nadadeiras uniformemente mais claras.
Comprimento total máximo. 86,4 mm.
Dados biológicos. Encontrada em riachos.
Distribuição. Bacias do alto rio Paraná e rio São Francisco.
S
SI
LI
L
U
U
R
wn

Pimelodella RI
FI
F
O
O
R
1. Corpo com duas faixas longitudinais escuras, uma ao longo da linha lateral e outra R
M
um pouco abaixo da nadadeira dorsal ___________________ P. avanhandavae M
E
1’. Corpo com apenas uma faixa longitudinal escura, ao longo da linha lateral ___ 2 E
S
2. Primeiro raio da nadadeira dorsal não prolongado em um filamento, nos adultos __ S
_______________________________________________________ P. gracilis
2’. Primeiro raio da nadadeira dorsal prolongado em um filamento, nos adultos ___
do

___________________________________________________ P. taenioptera

HEPTAPTERIDAE 145
ree
Pimelodella avanhandavae
Eigenmann, 1917
“bagre”, “mandi-chorão”

df
Comprimento padrão 125 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 5,1 a 5,3, da cabeça 4,2 a 5 e do pedúnculo
caudal 7,4 a 8 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,5 a 4,7, das bases das nadadeiras
anal 6,6 a 7,5, e adiposa 1,9 a 2,2, e do barbilhão maxilar 1,1 a 1,4 vezes no CP; e
focinho contido 2,3 a 2,5, órbita 3,1 a 3,3 e interorbital 3,9 a 4,1 vezes no CC. Boca
S terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira dorsal
I com I+6, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com 12 a 14 raios. Corpo
L claro; uma faixa longitudinal escura sobre a linha lateral e outra pouco abaixo da
U nadadeira dorsal; nadadeiras claras.
R Comprimento total máximo. 236 mm.
wn

I Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos


F (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental e realiza pequenas
O migrações (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Número
R diplóide de cromossomos 2n= 52 (VASCONCELLOS; MARTINS-SANTOS, 2000).
M
Distribuição. Bacia do rio Tietê, alto rio Paraná.
E
S Observação. Nos trabalhos sobre os dados biológicos citados acima, essa espécie
foi denominada Pimelodella sp. nos dois primeiros e Pimelodella sp. 2 no último.
do

146 HEPTAPTERIDAE
ree
Pimelodella gracilis
(Valenciennes, 1835)
“bagre”, “mandi-chorão”

df Comprimento padrão 120 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 5,1 a 5,9, da cabeça 4,2 a 4,9 e do pedúnculo
caudal 7,2 a 7,9 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,3 a 5, das bases das nadadeiras
anal 6,4 a 7,8, e adiposa 2,3 a 2,5 e do barbilhão maxilar 1,2 a 1,5 vezes no CP; e
focinho contido 2,3 a 2,5, órbita 3 a 3,3 e interorbital 3,7 a 5 vezes no CC. Boca
terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira dorsal
S
com I+6, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com 12 a 14 raios. Corpo SI
claro; uma faixa longitudinal escura sobre a linha lateral; nadadeiras claras. LI
Comprimento total máximo. 184 mm. L
U
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos U
R
wn

(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental e realiza pequenas RI
migrações (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Número FI
diplóide de cromossomos 2n= 46 (VASCONCELLOS; MARTINS-SANTOS, 2000). F
O
Distribuição. Bacias dos rios da Prata, Amazonas e Orinoco. O
R
R
M
Observação. Essa espécie foi chamada de Pimelodella sp. 1 por Vasconcellos e
M
E
Martins-Santos (2000), na publicação de seu cariótipo. E
S
S
do

HEPTAPTERIDAE 147
ree
Pimelodella taenioptera
Miranda-Ribeiro, 1914
“bagre”, “mandi-chorão”

df
Comprimento padrão 130 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 4,9 a 6,2, da cabeça 4,3 a 5,0 e do pedúnculo
caudal 4,2 a 4,9 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,3 a 4,8, das bases das
nadadeiras anal 8,8 a 9,1, e adiposa 2,3 a 2,8 e do barbilhão maxilar 1,3 a 1,6 vezes
no CP; e focinho contido 2 a 2,7, órbita 3,2 a 4,8 e interorbital 3,8 a 4,7 vezes no CC.
S Boca terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira
I dorsal com I+6, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com 11 a 14 raios.
L Corpo claro; uma faixa longitudinal escura sobre a linha lateral; nadadeiras claras.
U Comprimento total máximo. 154 mm.
R Dados biológicos. Nos machos adultos o prolongamento do primeiro raio geralmente
wn

I é maior do que nas fêmeas.


F Distribuição. Bacia do alto rio Paraguai.
O Observação. Exemplares dessa espécie passaram a ser capturados no alto rio Paraná
R após o início do funcionamento do canal da piracema, que liga a região abaixo de
M
Itaipu (médio e baixo Paraná) à região acima (alto rio Paraná).
E
S
do

148 HEPTAPTERIDAE
ree
Rhamdia quelen
(Quoy & Gaimard, 1824)
“bagre”, “jundiá”

dfComprimento padrão 163,2 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 4,7 a 5,7, da cabeça 6,7 a 9 e do pedúnculo
caudal 5,6 a 8,4 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,1 a 4,2, das bases das
nadadeiras anal 7,8 a 8,8, e adiposa 2,3 a 2,7 e do barbilhão maxilar 2,1 a 2,7 vezes
no CP; e focinho contido 3 a 3,1, órbita 5,6 a 6,1 e interorbital 3 a 3,1 vezes no CC.
Boca terminal; pré-maxilar e dentário com vários dentículos viliformes. Nadadeira
dorsal com 7, peitoral com 8 a 10, pélvica com 6 e anal com 14 ou 15 raios. Corpo S
claro, podendo apresentar pigmentos escurecidos dispersos; nadadeiras escurecidas. SI
Comprimento total máximo. 410 mm. LI
Dados biológicos. Encontrada em rios, lagoas e canais, alimentando-se de peixes L
U
U
R
wn

(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental e realiza pequenas
RI
migrações (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
FI
Distribuição. Bacias de rios do norte do México até o sul da Argentina. F
O
O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

HEPTAPTERIDAE 149
Pimelodidae

Os membros da família Pimelodidae são de pequeno a grande

ree
porte, possuem três pares de barbilhões (um maxilar e dois
mentonianos), e a nadadeira adiposa é bem desenvolvida
(LUNDBERG; LITTMANN, 2003). Muitas espécies dessa
família são importantes na pesca comercial, incluindo os maiores
“bagres” encontrados na bacia do Prata, como os “pintados”,
“jaús”, “barbados” e “jurupocas”. Outras, devido ao padrão de
colorido, são apreciadas por aquariofilistas. Na região, ocorrem
os gêneros Hemisorubim Bleeker, 1862, Hypophthalmus Cuvier,
1829, Iheringichthys Eigenmann & Norris, 1900, Megalonema
Eigenmann, 1912, Pimelodus La Cepède, 1803, Pinirampus
Bleeker, 1858, Pseudoplatystoma Bleeker, 1862, Sorubim Cuvier,

df
1829 e Zungaro Bleeker, 1858.

Hemisorubim platyrhynchos
(Valenciennes, 1840)
“jurupoca”, “jurupensém”
loa
S
I
L
U Comprimento padrão 470 mm
R
wn

I
Corpo alongado; altura contida 6,5 a 7,6, da cabeça 10,6 a 10,9 e do pedúnculo
F
O caudal 14,7 a 15,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,4, das bases das
R nadadeiras anal 12,1 a 12,3 e da adiposa 7 a 7,9, e do barbilhão maxilar 1,8 a 2 vezes
M no CP; e focinho contido 2 a 2,6, órbita 5,5 a 5,9 e interorbital 4,8 a 5,4 vezes no CC.
E Boca quase terminal; mandíbula levemente prognata; com placas dentígeras em ambas
S as maxilas. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com 13 a 16, pélvica com 7 e anal com
10 a 14 raios. Corpo amarelo-esverdeado, com uma ou duas manchas escuras
arredondadas nas laterais do corpo, às vezes também uma na porção superior do
pedúnculo caudal; nadadeiras amareladas, com ou sem manchas castanhas difusas.
do

Comprimento total máximo. 495 mm.


Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de peixes (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza grandes migrações,
e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 316 mm e nos machos com
240 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Paraná-Paraguai.

150 PIMELODIDAE
ree
Hypophthalmus edentatus
Spix & Agassiz, 1829
“sardela”, “mapará”, “perna-de-moça”

df Comprimento padrão 405 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 4,3 a 4,4, da cabeça 7,5 a 7,9 e do pedúnculo
caudal 11,8 a 12 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,1 a 4,3, das bases das
nadadeiras anal 2 a 2,2, e adiposa 31 a 34,2, e do barbilhão maxilar 3,6 a 4,2 vezes no
CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 7,7 a 8,6 e interorbital 2,2 a 2,3 vezes no CC.
Boca terminal; sem dentes. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com 16 a 18, pélvica
com 7 e anal com 55 a 62 raios. Corpo cinza na região dorsal, claro na ventral;
nadadeiras claras com margens escuras. S
Comprimento total máximo. 440 mm. SI
Dados biológicos. Encontrada em rios, lagoas e canais, alimentando-se de LI
microcrustáceos (LANSAC-TÔHA; LIMA; HAHN; ANDRIAN, 1991; ABUJANRA; L
U
U
R
wn

AGOSTINHO, 2002). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas migrações,


RI
reproduz-se de novembro a janeiro, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre
FI
com 258 mm e nos machos com 233 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; F
O
LIZAMA; INADA, 2004). O
R
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Orinoco e costeiros da Guiana Francesa e R
M
Suriname. M
E
Observação. Hypophthalmus oremaculatus Nani & Fuster, 1947 foi descrita do rio E
S
Paraná, porém os exemplares examinados da região não apresentam os caracteres S
correspondentes a essa espécie, conforme descrito em Ringuelet, Arámburu e
Arámburu (1967). Lundberg e Littmann (2003) restringem a distribuição geográfica
do

de H. edentatus, como informamos na distribuição acima, provavelmente aceitando


que a espécie da bacia do Prata corresponderia à H. oremaculatus. Esse gênero era
antigamente situado em uma família à parte, monogenérica, Hypophthalmidae
(HOWES, 1983, LUNDBERG; MAGO-LECCIA; NASS, 1991).

PIMELODIDAE 151
ree
Iheringichthys labrosus
(Lütken, 1874)
“mandi-beiçudo”, “mandi-bicudo”

df
Comprimento padrão 200 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 4,1 a 4,5, da cabeça 5 a 5,3 e do pedúnculo
caudal 12,7 a 13,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,4 a 3,6, das bases das
nadadeiras anal 10,1 a 10,8 e adiposa 4,1 a 4,4, e do barbilhão maxilar 0,7 a 0,8 vezes
no CP; e focinho contido 2 a 3,8, órbita 3,7 a 3,9 e interorbital 3,5 a 4 vezes no CC.
S Boca subterminal; placas dentígeras em ambas as maxilas e no palato. Nadadeira
I
dorsal com I+7, peitoral com I+13, pélvica com 7 e anal com 9 ou 10 raios. Corpo
L
U castanho, com manchas escuras; nadadeiras claras.
R Comprimento total máximo. 240 mm.
wn

I Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos


F e pequenos peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental,
O realiza pequenas migrações, reproduz-se de agosto a fevereiro, e a primeira maturação
R gonadal nas fêmeas ocorre com 123 mm e nos machos com 128 mm (SUZUKI;
M VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
E Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
S
do

152 PIMELODIDAE
ree
Megalonema platanum
(Günther, 1880)
“bagre”

df Comprimento padrão 340 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 5,3 a 5,7, da cabeça 6,9 a 7,9 e do pedúnculo
caudal 12,9 a 13,2 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,7 a 3,9, das bases das
nadadeiras anal 10,6 a 11,5 e adiposa 4,3 a 4,5, e do barbilhão maxilar 1,3 a 1,8 vezes S
no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 4,5 a 5 e interorbital 4,5 a 4,7 vezes no CC. SI
Boca terminal; com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com 7, LI
peitoral com 14 ou 15, pélvica com 7 e anal com 9 ou 10 raios. Corpo cinza claro; L
U
nadadeiras amareladas ou hialinas. U
R
wn

Comprimento total máximo. 400 mm. RI


Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de peixes (HAHN; FUGI; FI
ANDRIAN, 2004). F
O
O
R
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
R
M
M
E
E
S
S
do

PIMELODIDAE 153
Pimelodus

ree
1. Corpo sem manchas escuras arredondadas ____________________________ 2
1’. Corpo com várias séries longitudinais de manchas escuras arredondadas ____ 3
2. Corpo com uma faixa longitudinal clara sobre a linha lateral; uma faixa escura na
nadadeira dorsal _________________________________________ P. ornatus
2’. Corpo uniformemente prateado ou castanho ______________ P. cf. argenteus
3. Base da nadadeira adiposa contida 3,5 a 3,9 vezes no comprimento padrão; 8 ou 9
séries longitudinais de manchas escuras na região lateral do corpo __ P. heraldoi
3’. Base da nadadeira adiposa contida 4,1 a 4,6 vezes no comprimento padrão; menos
de 8 séries de manchas escuras na região lateral do corpo ________________ 4
4. Distância interorbital contida 4 a 5,8 vezes no comprimento da cabeça; com duas

df
placas arredondadas de dentes no vômer ___________________P. paranaensis
4’. Distância interorbital contida 3,3 a 3,5 vezes no comprimento da cabeça; sem
placas dentígeras no vômer ______________________________ P. maculatus

Pimelodus cf. argenteus


Perugia, 1891
loa
“mandi”

S
I
L
U
R
wn

I
F
O
R Comprimento padrão 340 mm
M
E Corpo alto; altura contida 3,4 a 3,6, da cabeça 5,2 a 5,4 e do pedúnculo caudal
S
9,8 a 11,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,7 a 3,9, das bases das nadadeiras
anal 9,6 a 10,6 e adiposa 5 a 5,6, e do barbilhão maxilar 0,9 a 1,1 vezes no CP; e
focinho contido 2 a 2,2, órbita 4 a 4,5 e interorbital 2,9 a 3,1 vezes no CC; órbita
contida 1,3 a 1,5 vezes no interorbital. Boca terminal; com placas dentígeras em
do

ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com I+11 a 14, pélvica com 7
e anal com 8 a 10 raios. Corpo acinzentado, sem manchas; nadadeiras amareladas ou
hialinas.
Comprimento total máximo. 360 mm.
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.

154 PIMELODIDAE
ree
Pimelodus heraldoi
Azpelicueta, 2001
“mandi”

df
loa
Comprimento padrão 140mm

Corpo alto; altura contida 4,1 a 5,2 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,5
a 3,9, das bases das nadadeiras anal 7,5 a 11,7, e adiposa 3,5 a 3,9, e do barbilhão
maxilar 1 a 1,2 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 3,8 a 5,1 e interorbital S
3,4 a 4,5 vezes no CC; órbita contida 0,9 a 1,5 vezes no interorbital. Boca terminal; SI
com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com LI
12 a 15, pélvica com 6 e anal com 11 a 14 raios (AZPELICUETA, 2001). Corpo L
U
U
R
wn

cinza escuro, com 8 ou 9 séries longitudinais de manchas escuras arredondadas;


RI
nadadeiras claras com algumas pintas escuras, às vezes pouco conspícuas.
FI
Comprimento total máximo. 190 mm. F
O
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. O
R
Observação. Essa espécie anteriormente era identificada na bacia do alto rio Paraná R
M
como Pimelodus fur (Lütken, 1874) (LUNDBERG; LITTMANN, 2003). M
E
E
S
S
do

PIMELODIDAE 155
ree
Pimelodus maculatus
La Cepède, 1803
“mandi”, “mandi-amarelo”

df
loa
Comprimento padrão 180 mm
Corpo alto; altura contida 3,7 a 4 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,4 a
3,7, das bases das nadadeiras anal 7,4 a 8,6 e adiposa 4,2 a 4,4, e do barbilhão maxilar
0,9 a 1,4 vezes no CP; e focinho contido 1,8 a 2,3, órbita 4,2 a 4,4 e interorbital 3,3
S a 3,5 vezes no CC; órbita contida 0,8 a 1,2 vezes no interorbital. Boca terminal; com
I placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com
L I+11 a 14, pélvica com 6 e anal com 11 a 14 raios. Corpo claro, com várias séries
U longitudinais de manchas escuras arredondadas; nadadeiras escurecidas com pintas
R mais escuras, sobretudo na caudal e adiposa.
wn

I Comprimento total máximo. 310 mm.


F Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos
O e pequenos peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental,
R realiza grandes migrações, reproduz-se de outubro a março, e a primeira maturação
M gonadal nas fêmeas ocorre com 158 mm e nos machos com 147 mm (SUZUKI;
E
S VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná e São Francisco.
Observação. Pimelodus mysteriosus Azpelicueta, 1998 foi descrita do rio Paraná
em Missiones, na Argentina, logo abaixo da usina de Itaipu. Com a inundação das
do

Sete Quedas, essa espécie pode ter se estabelecido no alto rio Paraná, embora não a
tenhamos reconhecido no material capturado na região. Pimelodus mysteriosus é
muito semelhante à P. maculatus, diferindo por apresentar barbilhões mais longos,
sendo que o par maxilar alcança as extremidades dos lobos da nadadeira caudal, e o
mental alcança a extremidade da peitoral, e por não possuir manchas escuras na
nadadeira caudal, dentre outros caracteres osteológicos.

156 PIMELODIDAE
ree
Pimelodus ornatus
Kner, 1858
“mandi-paraguaio”

df
loa
Comprimento padrão 208 mm

Corpo alto; altura contida 3,9 a 4,2 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,1
a 3,4, das bases das nadadeiras anal 8,9 a 9,2, e adiposa 4,9 a 6 e do barbilhão
maxilar 1,6 a 1,8 vezes no CP; e focinho contido 2,1 a 2,3, órbita 5 a 5,2 e interorbital S
3,1 a 3,5 vezes no CC; órbita contida 1,5 a 1,7 vezes no interorbital. Boca terminal; SI
com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com LI
I+13 a 15, pélvica com 6 e anal com 11 a 13 raios. Corpo escuro, com uma faixa L
U
U
R
wn

longitudinal clara sobre a linha lateral, uma faixa clara inclinada da origem da dorsal
à origem da pélvica, e sem máculas; nadadeiras claras, sendo a dorsal com uma RI
mancha arredondada escura e a caudal com uma faixa longitudinal escura em cada FI
F
O
lobo. O
R
Comprimento total máximo. 330 mm. R
M
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos M
E
e pequenos peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental E
S
e realiza grandes migrações (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; S
INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios do Suriname, Amazonas, Essequibo, Guianas e Paraná-
do

Paraguai.
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas
pela construção do reservatório de Itaipu.

PIMELODIDAE 157
ree
Pimelodus paranaensis
Britski & Langeani, 1988
“mandi”

df
Comprimento padrão 168 mm
loa
Corpo alto; altura contida 3,7 a 5,2 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,1
a 3,4, das bases das nadadeiras anal 8,4 a 9 e adiposa 4,1 a 4,6, e do barbilhão
maxilar 1,4 a 1,8 vezes no CP; e focinho contido 2,1 a 2,3, órbita 3,5 a 5,8 e interorbital
S 4 a 5,8 vezes no CC; órbita contida 0,7 a 1,5 vezes no interorbital. Boca subterminal;
I com placas dentígeras em ambas as maxilas, e com duas placas arredondadas no
L vômer. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com I+9 ou 10, pélvica com 6 e anal com
U
R 11 a 13 raios (BRITSKI; LANGEANI, 1988). Corpo claro, com várias pintas escuras;
wn

I nadadeiras amareladas ou escurecidas, às vezes com pequenas pintas escuras.


F Comprimento total máximo. 190 mm.
O Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de peixes e insetos (LUZ-
R AGOSTINHO; BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006).
M Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
E
S
do

158 PIMELODIDAE
ree
Pinirampus pirinampu
(Agassiz, 1829)
“barbado”

df Comprimento padrão 620 mm


loa
Corpo alto; altura contida 5,1 a 5,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 4,2
a 4,5, das bases das nadadeiras anal 7,6 a 8,5 e adiposa 2,3 a 2,6, e do barbilhão
maxilar 1,1 a 1,4 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 7 a 9,2 e interorbital
2,6 a 2,9 vezes no CC; órbita contida 2,6 a 3,5 vezes no interorbital. Boca terminal; S
com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com SI
13 a 17, pélvica com 7 e anal com 11 a 15 raios. Corpo cinza ou castanho; nadadeiras LI
L
U
escurecidas, exceto a anal e a pélvica mais claras. U
R
wn

Comprimento total máximo. 680 mm. RI


Dados biológicos. Vive em rios e canais, alimentando-se de peixes (HAHN; FUGI; FI
ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, e realiza grandes migrações F
O
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). O
R
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Essequibo e Paraná-Paraguai. R
M
M
E
E
S
S
do

PIMELODIDAE 159
Pseudoplatystoma

ree
1. Corpo com várias manchas escuras sobre o corpo ___________ P. corruscans
1’. Corpo com várias faixas transversais sobre o corpo ___________ P. fasciatum

Pseudoplatystoma corruscans
(Spix & Agassiz, 1829)
“pintado”

df
loa
Comprimento padrão 675 mm

Corpo alto; altura contida 5,8 a 6,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,4
a 3,2, das bases das nadadeiras anal 8,4 a 8,8 e adiposa 10,7 a 14,4, e do barbilhão
maxilar 2,4 a 2,9 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 9,5 a 10,8 e interorbital
4,4 a 4,8 vezes no CC; órbita contida 1,9 a 2,4 vezes no interorbital. Boca subterminal,
S sendo a maxila superior levemente mais longa que a inferior; com placas dentígeras
I
em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com I+9, pélvica com 7 e
L
U anal com 12 a 15 raios. Corpo acinzentado acima da linha lateral, com várias manchas
R pretas irregulares, arredondadas ou transversalmente alongadas; nadadeiras claras
wn

I com pintas pretas arredondadas.


F Comprimento total máximo. 860 mm.
O Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de peixes (HAHN;
R FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza grandes migrações,
M reproduz-se de setembro a janeiro, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre
E com 652 mm e nos machos com 510 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;
S LIZAMA; INADA, 2004). Espécie definida por Abilhoa e Duboc (2004) como quase
ameaçada de extinção. Atualmente seus estoques estão bastante reduzidos e sua
captura na região é tida como rara ou moderada. Caso não haja alguma medida que a
beneficie, pode entrar em ameaça num futuro próximo.
do

Distribuição. Bacias dos rios São Francisco e Paraná-Paraguai.


Observação. Coletamos exemplares híbridos de Pseudoplatysytoma corruscans e
P. fasciatum (Linnaeus, 1766) da bacia do baixo Paraná-Paraguai, que provavelmente
tenham escapado de estações de piscicultura e/ou pesqueiros.

160 PIMELODIDAE
ree
Pseudoplatystoma fasciatum
(Linnaeus, 1766)
“cachara”

df Comprimento padrão 580 mm


loa
Corpo alto; altura contida 5,5 a 6 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,6 a
2,7, das bases das nadadeiras anal 8 a 8,9 e adiposa 11 a 13, e do barbilhão maxilar
2,2 a 2,5 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,3, órbita 10 a 10,8 e interorbital 4 a 4,9
vezes no CC; órbita contida 2,5 a 2,4 vezes no interorbital. Boca subterminal, sendo S
SI
a maxila superior levemente mais longa que a inferior; com placas dentígeras em
LI
ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com I+8 ou 9, pélvica com 7 e L
U
anal com 14 a 17 raios. Corpo acinzentado acima da linha lateral, com várias faixas U
R
wn

transversais pretas, às vezes irregulares, combinadas com manchas pretas RI


arredondadas; nadadeiras claras com pintas pretas arredondadas. FI
Comprimento total máximo. 800 mm. F
O
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de peixes. Não apresenta cuidado O
R
parental, realiza grandes migrações. R
M
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Essequibo, Orinoco e Paraná-Paraguai. M
E
Observação. Essa espécie passou a ser capturada na planície de inundação após a E
S
S
construção do canal da piracema no reservatório de Itaipu, que liga a região a jusante
da usina de Itaipu ao reservatório. Foram coletados exemplares híbridos de
Pseudoplatystoma fasciatum e P. corruscans (Spix & Agassiz, 1829), que
do

provavelmente tenham escapado de estações de piscicultura e/ou pesqueiros.

PIMELODIDAE 161
ree
Sorubim lima
(Bloch & Shneider, 1801)
“bico-de-pato”, “surubim”

df
Comprimento padrão 487 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 6,2 a 7,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça
2,8 a 3, das bases das nadadeiras anal 7 a 7,3 e adiposa 14,6 a 15, e do barbilhão
maxilar 2,3 a 3 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 9,3 a 10,5 e interorbital
2,7 a 3 vezes no CC; órbita contida 1,9 a 2,4 vezes no interorbital. Boca subterminal,
sendo a maxila superior muito mais longa que a inferior; com placas dentígeras em
S ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com I+8 a 10, pélvica com 7 e
I anal com 17 a 19 raios. Corpo castanho acima da linha lateral, com uma faixa
L longitudinal preta, com limites irregulares, sobre a linha lateral, extendendo-se sobre
U os raios caudais medianos, e outra similar na região dorsal; nadadeiras claras.
R
wn

I Comprimento total máximo. 605 mm.


F Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de peixes (HAHN;
O FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza grandes migrações,
R reproduz-se de novembro a dezembro, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas
M ocorre com 232 mm e nos machos com 222 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;
E LIZAMA; INADA, 2004).
S Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Orinoco, Paraná e Parnaíba.
do

162 PIMELODIDAE
ree
Steindachneridion scriptum
(Miranda-Ribeiro, 1918)
“sorubim”

df Comprimento padrão 320 mm


loa
Corpo alto; altura contida 5,8 a 6,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,4
a 3,2, das bases das nadadeiras anal 8,4 a 8,8 e adiposa 8 a 10 e do barbilhão maxilar
2,4 a 2,9 vezes no CP; e focinho contido 2 a 2,2, órbita 9,5 a 10,8 e interorbital 4,4 a
4,8 vezes no CC; órbita contida 1,9 a 2,4 vezes no interorbital. Boca terminal; com S
placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com 7, peitoral com I+9, SI
pélvica com 7 e anal com 12 a 15 raios. Corpo acinzentado, com pintas, vermiculações LI
e riscos escuros, irregularmente distribuídos; nadadeiras escurecidas. L
U
U
R
wn

Comprimento total máximo. 640 mm.


Distribuição. Bacias dos rios Uruguai e alto rio Paraná. RI
FI
F
O
O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

PIMELODIDAE 163
ree
Zungaro zungaro
(Humboldt, 1821)
“jaú”

df
Comprimento padrão 800 mm

Corpo alto; altura contida 3,5 a 3,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,9
a 3,1, das bases das nadadeiras anal 9 a 9,3 e adiposa 5,9 a 6,2, e do barbilhão
loa
maxilar 1,9 a 2,2 vezes no CP; e focinho contido 2,6 a 2,8, órbita 9,2 a 11 e interorbital
2,7 a 3,1 vezes no CC; órbita contida 3,9 a 4,2 vezes no interorbital. Boca terminal;
com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com
I+11 ou 12, pélvica com 7 e anal com 12 a 15 raios. Corpo acinzentado ou amarelado,
com manchas e pintas escuras indistintas e irregulares; nadadeiras escuras.
Comprimento total máximo. 830 mm.
S Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de peixes (HAHN; FUGI;
I ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, e realiza grandes migrações
L (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). Essa espécie é
U caracterizada por Abilhoa e Duboc (2004) como em alto risco de extinção. Sua
R
wn

ocorrência na área estudada é rara ou moderada, devendo ser incentivada toda e


I qualquer medida de manejo que a beneficie.
F Distribuição. Bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
O
Observação. Essa espécie era anteriormente chamada de Paulicea luetkeni
R
M (Steindachner, 1876), com ampla distribuição, popularmente conhecida como “jaú”.
E Também amplamente distribuída, outra espécie de couro, comumente conhecida como
S “bagre-sapo”, era denominada Pseudopimelodus zungaro (Humboldt, 1821).
Silfvergrip (1992) concluiu que o gênero Paulicea Ihering, 1898 é um sinônimo júnior
de Zungaro Bleeker, 1858, com uma única espécie válida, Z. zungaro, que corresponde
ao “jaú”. Igualmente afirma que o “bagre-sapo”, muitas vezes identificado como
do

Pseudopimelodus zungaro, corresponde, na maioria dos casos, à Pseudopimelodus


mangurus (Valenciennes, 1836). Lundberg e Littmann (2003) também consideram
válida Zungaro jahu (Ihering, 1908), referindo-se ao “jaú” do alto rio Paraná, a
despeito de Haseman (1911) tê-la considerado sinônima de P. luetkeni. Embora haja
suspeitas de que a espécie do alto rio Paraná seja diferente das de outras bacias,
utilizaremos Z. zungaro até que resultados conclusivos sejam publicados.

164 PIMELODIDAE
Doradidae

Os membros da família Doradidae são de pequeno a grande

ree
porte, possuem o processo umeral exposto, as nadadeiras dorsal
e peitoral com espinho serrilhado, e ossificações expandidas dos
poros do sistema látero-sensorial formando uma série de escudos
providos de acúleo (SABAJ; FERRARIS, Jr., 2003). Algumas
espécies de porte maior têm importância na pesca comercial. Na
região, ocorrem os gêneros Oxydoras Kner, 1855, Platydoras
Bleeker, 1862, Pterodoras Bleeker, 1862, Rhinodoras Bleeker,
1862, e Trachydoras Eigenmann, 1925. As caracterizações
morfológicas das espécies desta família apresentadas aqui são
baseadas no trabalho de Zawadzki, Pavanelli e Júlio Júnior (1996).

df
Oxydoras eigenmanni
Boulenger, 1895
“armadinho”, “armado”
loa
S
SI
LI
Comprimento padrão 82,9 mm
L
U
U
R
wn

Corpo alto; altura contida 2,8 a 3,8 e comprimento da cabeça 3,4 a 4, vezes no RI
CP; e focinho contido 1,9 a 2,1, órbita 3,6 a 4,9 e interorbital 2,6 a 3,1 vezes no CC; FI
órbita contida 1,3 a 1,7 vezes no interorbital. Boca terminal; com placas dentígeras F
O
em ambas as maxilas. Linha lateral com 27 a 30 placas. Nadadeira dorsal com I+6, O
R
R
M
peitoral com I+6 ou 7, pélvica com 7 e anal com 12 a 15 raios. Corpo castanho, com
M
E
pintas e manchas escuras irregularmente distribuídas; nadadeiras claras com pequenas E
S
manchas escuras. S
Comprimento total máximo. 125 mm.
Distribuição. Bacias dos rios Paraguai e Amazonas.
do

Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas
pela construção do reservatório de Itaipu. Anteriormente, era incluída no gênero
Doras La Cepède, 1803. Sabaj e Ferraris, Jr. (2003) incluíram-na provisoriamente
no gênero Oxydoras Kner, 1855, e a consideraram como incertae sedis in Doradidae,
informando que esta será posteriormente transferida para um novo gênero, em
descrição por M. H. Sabaj.

DORADIDAE 165
ree
Platydoras armatulus
(Valenciennes, 1840)
“armado”, “armao”

df
loa
Comprimento padrão 132,9 mm

Corpo alto; altura contida 3,2 a 3,9 e comprimento da cabeça 3,8 a 4, vezes no
S CP; e focinho contido 2,2 a 2,3, órbita 4,8 a 5,5 e interorbital 2,5 a 2,7 vezes no CC;
I
órbita contida 1,8 a 2,1 vezes no interorbital. Boca terminal; com placas dentígeras
L
U em ambas as maxilas. Linha lateral com 27 ou 28 placas. Nadadeira dorsal com I+6,
R peitoral com I+7, pélvica com 7 e anal com 10 a 12 raios. Corpo escuro, com uma
wn

I faixa longitudinal amarelada, iniciando-se na cabeça e se prolongando ao longo da


F linha lateral, até a extremidade dos raios caudais medianos; nadadeira dorsal com
O uma mancha escura no terço distal; margem das demais nadadeiras escuras.
R Comprimento total máximo. 178 mm.
M Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.
E Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas
S pela construção do reservatório de Itaipu.
do

166 DORADIDAE
ree
Pterodoras granulosus
(Valenciennes, 1821)
“armado”, “abotoado”, “armao”,
“fedô”, “mandi-capeta”, “capetão”

df
loa
Comprimento padrão 600 mm

Corpo alto; altura contida 2,9 a 4,4 e comprimento da cabeça 3,4 a 4,4, vezes
no CP; e focinho contido 2,2 a 2,3, órbita 8,3 a 11,8 e interorbital 2,5 a 3,1 vezes no
CC; órbita contida 3,1 a 4,3 vezes no interorbital. Boca terminal; com placas dentígeras S
em ambas as maxilas. Linha lateral com 27 ou 28 placas. Nadadeira dorsal com I+6, SI
peitoral com I+8 a 10, pélvica com 7 e anal com 12 ou 13 raios. Corpo castanho no LI
dorso, com pigmentos escuros irregularmente distribuídos; nadadeiras escurecidas L
U
U
R
wn

ou amareladas.
RI
Comprimento total máximo. 635 mm.
FI
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de vegetais e moluscos (GASPAR- F
O
DA-LUZ; FUGI; ABUJANRA; AGOSTINHO, 2002). Não apresenta cuidado O
R
parental, realiza grandes migrações, reproduz-se de dezembro a março, e a primeira R
M
maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 254 mm e nos machos com 242 mm M
E
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). E
S
Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Paraná e rios costeiros das Guianas e S
Suriname.
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas
do

pela construção do reservatório de Itaipu. Atualmente, é uma das principais espécies


na pesca comercial da região.

DORADIDAE 167
ree
Rhinodoras dorbignyi
(Kner, 1855)
“armado”, “abotoado”

df
Comprimento padrão 135,5 mm
loa
Corpo alto; altura contida 3,5 a 4,5 e comprimento da cabeça 3,1 a 3,6, vezes
no CP; e focinho contido 1,9 a 2,2, órbita 6,5 a 9,8 e interorbital 4,7 a 6,2 vezes no
S CC; órbita contida 1,2 a 1,8 vezes no interorbital. Boca subterminal; com placas
I dentígeras em ambas as maxilas. Linha lateral com 27 ou 28 placas. Nadadeira dorsal
L com I+6, peitoral com I+8 a 10, pélvica com 7 e anal com 8 ou 9 raios. Corpo
U amarelado, com manchas escuras irregulares; nadadeiras claras com manchas e pintas
R escuras.
wn

I Comprimento total máximo. 172 mm.


F Dados biológicos. Encontrada em rios, alimentando-se de insetos e vegetais (LUZ-
O AGOSTINHO; BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006).
R Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai.
M
E
S
do

168 DORADIDAE
ree
Trachydoras paraguayensis
(Eigenmann & Ward, 1907)
“armadinho”

df Comprimento padrão 125 mm


loa
Corpo alto; altura contida 2,7 a 3,1 e comprimento da cabeça 3,3 a 3,8 vezes
no CP; e focinho contido 1,9 a 2,2, órbita 2,5 a 3,1 e interorbital 2,2 a 2,8 vezes no
CC; órbita contida 1 a 1,3 vezes no interorbital. Boca subterminal; com placas
dentígeras em ambas as maxilas. Linha lateral com 28 a 30 placas. Nadadeira dorsal S
com I+6, peitoral com I+7, pélvica com 7 e anal com 12 a 14 raios. Corpo escurecido SI
no dorso; nadadeiras claras, com uma faixa escura, oblíqua e indistinta em cada lobo LI
da caudal. L
U
Comprimento total máximo. 150 mm. U
R
wn

Dados biológicos. Vive em rios e canais, alimentando-se de microcrustáceos, larvas RI


de insetos e detritos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado FI
F
O
parental, realiza curtas migrações, reproduz-se de outubro a abril, e a primeira
O
R
maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 65 mm e nos machos com 62 mm R
M
(SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). M
E
Distribuição. Bacias dos rios Paraguai-Paraná. E
S
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas S
pela construção do reservatório de Itaipu.
do

DORADIDAE 169
Auchenipteridae

Os membros da família Auchenipteridae são de pequeno a

ree
médio porte, possuem o corpo nu, sem placas, a nadadeira adiposa
é reduzida ou ausente, o olho é coberto por tecido adiposo, sem
uma borda nítida, e apresentam dimorfismo sexual, sendo a
fecundação interna (FERRARIS Jr., 2003b). Algumas espécies
são importantes na pesca artesanal, outras de menor porte são
apreciadas por aquariofilistas. Na região, ocorrem os gêneros
Ageneiosus La Cepède, 1803, Auchenipterus Valenciennes, 1840,
Parauchenipterus Bleeker, 1862, Tatia Miranda-Ribeiro, 1911 e
Trachelyopterus Valenciennes, 1840.

df
loa
S
I
L
U
R
wn

I
F
O
R
M Ageneiosus
E
S
1. Nadadeira caudal truncada; corpo alto, sua altura contida 4,5 a 5 vezes no compri-
mento padrão ____________________________________________ A. inermis
1’. Nadadeira caudal bifurcada; corpo alongado, sua altura contida 5,7 a 7,5 vezes no
do

comprimento padrão ______________________________________________ 2


2. Dorso com uma faixa longitudinal escura, às vezes interrompida por manchas cla-
ras irregulares; fenda bucal em forma de U invertido em vista ventral ________
______________________________________________________ A. militaris
2’. Dorso uniformemente escuro; fenda bucal em forma de V invertido em vista
ventral ______________________________________________ A. ucayalensis

170 AUCHENIPTERIDAE
ree
Ageneiosus inermis
(Linnaeus, 1766)
“palmito”

df
Comprimento padrão 212 mm (macho)
loa
Corpo alto; altura contida 4,5 a 5, comprimentos da cabeça 3,1 a 3,6 e da base
da nadadeira anal 3,3 a 3,9 vezes no CP; e focinho contido 1,5 a 1,8, órbita 12,5 a
15,1 e interorbital 6,2 a 7,5 vezes no CC; órbita contida 6,7 a 7,3 vezes no interorbital.
Boca terminal; com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com
I+6, peitoral com I+14 ou 15, pélvica com 7 e anal com 31 a 35 raios. Corpo S
acinzentado no dorso, mais claro no ventre; nadadeiras alaranjadas ou amareladas. SI
Comprimento total máximo. 332 mm. LI
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de microcrustáceos e peixes (HAHN; L
U
U
R
wn

FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, a fecundação é interna,


RI
os machos na época de reprodução possuem os barbilhões ossificados, modificação
FI
no espinho da nadadeira dorsal e os raios anteriores da nadadeira anal formam o F
O
gonopódio (FERRARIS Jr., 2003b). O
R
Distribuição. Várias bacias da América do Sul. R
M
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas M
E
pela construção do reservatório de Itaipu. Era anteriormente identificada como E
S
Ageneiosus brevifilis Valenciennes, 1840 (FERRARIS, Jr., 2003b). S
do

AUCHENIPTERIDAE 171
ree
Ageneiosus militaris
Valenciennes, 1836
“manduvê”

df
Comprimento padrão 202 mm (macho)
loa
Corpo alongado; altura contida 6,2 a 6,6, comprimentos da cabeça 3,2 a 4,1 e
da base da nadadeira anal 3,1 a 3,3 vezes no CP; e focinho contido 1,8 a 2, órbita 9,4
a 11,2 e interorbital 4,2 a 4,7 vezes no CC; órbita contida 3,7 a 4,9 vezes no interorbital.
S Boca terminal; com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com
I I+6, peitoral com I+14 ou 15, pélvica com 7 e anal com 32 a 39 raios. Corpo
L acinzentado, dorso com uma faixa longitudinal escura irregular, às vezes interrompida
U por manchas ou faixas claras irregulares; nadadeiras claras, sendo a caudal com as
R
wn

margens escuras.
I
F Comprimento total máximo. 332 mm.
O Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de microcrustáceos e peixes (HAHN;
R FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, a fecundação é interna,
M os machos na época de reprodução possuem os barbilhões ossificados, modificação
E no espinho da nadadeira dorsal e os raios anteriores da nadadeira anal formam o
S gonopódio (FERRARIS Jr., 2003b).
Distribuição. Bacia do rio da Prata.
Observação. Era anteriormente identificada como Ageneiosus valenciennesi Bleeker,
1864 (FERRARIS, Jr., 2003b).
do

172 AUCHENIPTERIDAE
ree
Ageneiosus ucayalensis
Castelnau, 1855
“manduvê”

df
Comprimento padrão 290 mm (macho)

Corpo alongado; altura contida 5,7 a 7,5, comprimentos da cabeça 3,3 a 3,9 e
da base da nadadeira anal 2,9 a 3,4 vezes no CP; e focinho contido 1,8 a 1,9, órbita
loa
9,5 a 12,9 e interorbital 4,9 a 6,5 vezes no CC; órbita contida 3,8 a 5,5 vezes no
interorbital. Boca terminal; com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeira
dorsal com I+6, peitoral com I+14 ou 15, pélvica com 7 e anal com 35 a 39 raios.
Corpo cinza-escuro no dorso; nadadeiras amareladas, sendo a caudal com margem
escura.
Comprimento total máximo. 332 mm.
S
Dados biológicos. Vive em rios, alimentando-se de microcrustáceos e peixes (HAHN; SI
FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, a fecundação é interna, LI
os machos na época de reprodução têm os barbilhões ossificados, modificação no L
U
espinho da nadadeira dorsal e os raios anteriores da nadadeira anal formam o U
R
wn

gonopódio (FERRARIS Jr., 2003b). RI


Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Orinoco, Guianas e Paraná-Paraguai. FI
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas F
O
pela construção do reservatório de Itaipu. O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

AUCHENIPTERIDAE 173
ree
Auchenipterus osteomystax
(Miranda-Ribeiro, 1918)
“palmito”

df
Comprimento padrão 191 mm (macho)

Corpo alongado; altura contida 4 a 5,9, comprimentos da cabeça 4,5 a 4,8 e da


base da nadadeira anal 2,2 a 2,5 vezes no CP; e focinho contido 2,3 a 2,6, órbita 3,2
loa
a 3,5 e interorbital 2 a 2,7 vezes no CC; órbita contida 1,7 a 2,3 vezes no interorbital.
Boca terminal; pré-maxilar e dentário com várias séries de dentes finos. Nadadeira
dorsal com 7, peitoral com 12 ou 13, pélvica com 13 ou 14 e anal com 42 a 51 raios
(FERRARIS, Jr.; VARI, 1999). Corpo escurecido na região dorsal; nadadeiras dorsal,
pélvica e anal claras, peitoral e caudal com as margens escuras.
S Comprimento total máximo. 285 mm.
I Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos (HAHN;
L FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, a fecundação é interna,
U reproduz-se de outubro a dezembro, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas
R ocorre com 153 mm e nos machos com 147 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;
wn

I LIZAMA; INADA, 2004).


F Distribuição. Bacias dos rios Prata, Tocantins e baixo Amazonas.
O Observação. Era erroneamente identificada até recentemente na bacia do rio da
R Prata como Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829) (FERRARIS, Jr.; VARI,
M
1999).
E
S
do

174 AUCHENIPTERIDAE
ree
Parauchenipterus galeatus
(Linnaeus, 1766)
“cangati”, “capatinho”

df
loa
Comprimento padrão 165 mm

Corpo alto; altura contida 3,5 a 3,9, comprimentos da cabeça 4,5 a 4,8 e da
base da nadadeira anal 2,2 a 2,5 vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 2,9, órbita 4,8
a 5,2 e interorbital 1,6 a 1,9 vezes no CC. Boca terminal; com placas dentígeras em S
ambas as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com I+7, pélvica com 7 ou 8 e SI
anal com 21 a 24 raios. Corpo castanho-escuro, com várias manchas pretas irregulares; LI
L
U
assim como as nadadeiras. U
R
wn

Comprimento total máximo. 285 mm. RI


Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos e FI
pequenos peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, F
O
mas tem fecundação interna, reproduz-se de outubro a março, e a primeira maturação O
R
gonadal nas fêmeas ocorre com 108 mm e nos machos com 113 mm (SUZUKI; R
M
VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004). M
E
Distribuição. Bacias de vários rios da América do Sul. E
S
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas S
pela construção do reservatório de Itaipu. Ferraris, Jr. (2003b) define
Parauchenipterus como um sinônimo de Trachelyopterus Valenciennes, 1840.
do

Entretanto, Akama (2004), com base em análises filogenéticas, mantém os dois


gêneros distintos. Mais anteriormente, essa espécie era incluída no gênero
Trachycorystes Bleeker, 1858.

AUCHENIPTERIDAE 175
ree
Tatia neivai
(Ihering, 1930)
“bocudinho”

df
Comprimento padrão 60 mm (macho)
loa
Corpo alongado; altura contida 4,5 a 5,2 e comprimento da cabeça 3,6 a 4,4
vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 2,9, órbita 4,8 a 5,2 e interorbital 1,7 a 2 vezes
no CC. Boca terminal; com placas dentígeras em ambas as maxilas. Nadadeiras dorsal
e peitoral com I+4 ou 5, pélvica com 7 ou 8 e anal com 7 a 11 raios. Corpo escuro,
com pintas claras alongadas transversalmente; assim como as nadadeiras,
S principalmente as ímpares, as pares podem ser claras.
I Comprimento total máximo. 68 mm.
L Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
U Observação. O comprimento da base da nadadeira anal não foi medido por apresentar
R diferenças entre os machos e as fêmeas, e no material examinado só havia machos.
wn

I
F
O
R
M
E
S
do

176 AUCHENIPTERIDAE
ree
Trachelyopterus sp.
“cangati”

dfComprimento padrão 98,2 mm


loa
Corpo alto; altura contida 4 a 4,3, comprimentos da cabeça 4,2 a 4,5 e da base
da nadadeira anal 2,9 a 3,1 vezes no CP; e focinho contido 3,6 a 3,7, órbita 6,2 a 6,4
e interorbital 1,6 a 1,8 vezes no CC. Boca terminal; com placas dentígeras em ambas
as maxilas. Nadadeira dorsal com I+6, peitoral com I+7, pélvica com 8 e anal com 21
a 25 raios. Corpo castanho-escuro com várias manchas pretas irregulares; assim como S
as nadadeiras. Nadadeira adiposa ausente. SI
Comprimento total máximo. 128 mm. LI
L
U
Distribuição. Rio Iguatemi, bacia do alto rio Paraná.
U
R
wn

Observação. De acordo com Akama (2004), essa espécie aparentemente é nova para RI
a ciência. Anteriormente, ela era identificada na bacia do alto rio Paraná como FI
Trachelyopterus coriaceus Valenciennes, 1840. F
O
O
R
R
M
M
E
E
S
S
do

AUCHENIPTERIDAE 177
Os membros da família Gymnotidae são de pequeno a

ree
grande porte, possuem o corpo alongado, com formato geral entre
cilíndrico e subcilíndrico (isto é, tornando-se progressivamente
mais comprimido em direção à região da cauda), a cabeça é
deprimida, as fontanelas são ausentes (parietal e frontal;
característica de exemplares adultos), a mandíbula é prognata,
o pré-maxilar e o dentário possuem duas ou três séries de dentes
cônicos, e o pedúnculo caudal é curto (CAMPOS-DA-PAZ,
2003). Uma característica peculiar da ordem Gymnotiformes,
que na região inclui as famílias Gymnotidae, Sternopygidae,
Rhamphichthyidae, Hypopomidae e Apteronotidae, é a presença
dos órgãos elétricos, que geram um campo elétrico. Cada espécie

df
possui uma descarga elétrica diferente, e esse campo elétrico é
importante na captura do alimento, proteção contra predadores
e reprodução. Algumas espécies são amplamente utilizadas como
iscas-vivas, tanto na pesca comercial quanto na esportiva, outras
são apreciadas por aquariofilistas. Na região ocorre o gênero
Gymnotus Linnaeus, 1758.
loa
Gymnotus
wn

G
Y 1. Corpo alongado (subcilíndrico); faixas claras, transversais, estreitas e distantes
M umas das outras ao longo da lateral do corpo __________________ G. pantanal
N 1’. Corpo alto (em forma de faca); faixas claras, transversais, estreitas e próximas
O
umas das outras ao longo da lateral do corpo ___________________________ 2
T
I 2. Com 11 a 12 séries de escamas acima da linha lateral, até a linha mediana do dorso;
F de 2 a 7 faixas trasversais claras ao longo da lateral do corpo, algumas delas
O formando um Y invertido ______________________________ G. paraguensis
R 2’. Com 6 a 9 séries de escamas acima da linha lateral, até a linha mediana do dorso;
do

M
faixas transversais claras ao longo da lateral do corpo não formando Y ______ 3
E
S 3. Comprimento da cabeça contido 8,3 a 11,1 vezes no comprimento total; interorbital
contido 2,3 a 2,4 vezes no comprimento da cabeça ________ G. inaequilabiatus
3’. Comprimento da cabeça contido 7,1 a 8,2 vezes no comprimento total; interorbital
contido 2,6 a 2,7 vezes no comprimento da cabeça _______________ G. sylvius

178 GYMNOTIDAE
Gymnotus inaequilabiatus

ree
(Valenciennes, 1839)
“morenita”, “tuvira”

df
Comprimento total 238 mm

Corpo alto; altura contida 7,1 a 13,3 vezes no CT; comprimentos da cabeça 8,3
a 11,1, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,3 e do pedúnculo caudal 52,6 a 125 vezes no
CFA; e focinho contido 2,9 a 3,3, órbita 13,9 a 15,4 e interorbital 2,3 a 2,4 vezes no
CC. Boca superior, mandíbula prognata. Nadadeira peitoral com 13 a 16 e anal com
170 a 260 raios. Seis a 8 séries de escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-
loa
PAZ, 1997). Corpo com faixas claras e escuras alternadas, nítidas em indivíduos com
menos de 250 mm de comprimento total, em exemplares maiores, as faixas escuras
podem fragmentar-se ou desaparecer, resultando em um padrão de pintas escuras
irregulares ou arredondadas, sobretudo na região dorsal; nadadeiras claras ou hialinas,
com pigmentos escuros dispersos.
Comprimento total máximo. 600 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos e
pequenos peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental,
reproduz-se de setembro a maio, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre
com 182 mm e nos machos com 193 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES;
LIZAMA; INADA, 2004).
wn

Distribuição. Bacia do rio Paraguai e baixo Paraná. G


Observação. A localidade-tipo dessa espécie é imprecisa, mas tem sido apontada Y
como o rio de la Plata (MAGO-LECCIA, 1994). Na bacia do alto rio Paraná, os M
N
exemplares de “morenita” foram identificados durante muitas décadas como
O
Gymnotus carapo Linnaeus, 1758, assim como em outras bacias. Albert e Crampton T
(2003a) restringiram G. carapo “stricto sensu” para as bacias Amazônica, do I
Orinoco, de Trinidad, do Escudo das Guianas e costeiras do nordeste do Brasil. Isso F
indica que a utilização desse nome no alto rio Paraná foi causado por erro de O
identificação, e que esses exemplares poderiam ser atribuídos a G. inaequilabiatus, R
do

ampliando sua distribuição. Todavia, dúvidas quanto às identificações anteriores devem M


permanecer, a não ser que existam exemplares-testemunho em coleções, sobretudo E
porque a utilização de “morenitas” como iscas-vivas possibilita a transposição de S
espécies entre bacias diferentes. Assim sendo, a ocorrência dessa espécie na região
pode ser natural, introduzida como isca, ou ainda ter se estabelecido após a inundação
da Sete Quedas pela construção de Itaipu.

GYMNOTIDAE 179
Gymnotus pantanal

ree
Fernandes, Albert, Daniel-Silva, Lopes,
Crampton & Almeida-Toledo, 2005
“morenita”, “tuvira”

df
Comprimento total 147 mm

Corpo alongado; altura contida 10,5 a 12,5 vezes no CT; comprimentos da


cabeça 9,9 a 11,1, da base da nadadeira anal 1,2 a 1,3 e do pedúnculo caudal 50,6 a
loa
111 vezes no CFA; e focinho contido 2,7 a 2,9, órbita 14,3 a 15 e interorbital 2,2 a 3
vezes no CC. Boca superior, mandíbula prognata. Nadadeira peitoral com 16 a 18 e
anal com 256 a 270 raios. Sete ou 8 séries de escamas acima da linha lateral
(FERNANDES; ALBERT; DANIEL-SILVA; LOPES; CRAMPTON; ALMEIDA-
TOLEDO, 2005). Corpo com 7 a 25 faixas laterais claras e estreitas, distantes umas
das outras; nadadeiras claras ou hialinas, com pigmentos escuros dispersos.
Comprimento total máximo. 200 mm.
Distribuição. Bacia do rio Paraguai.
Observação. Duas hipóteses podem ser levantadas para explicar a ocorrência dessa
espécie na região: ou ela se estabeleceu depois da inundação das Sete Quedas pela
wn

construção do reservatório de Itaipu, ou foi introduzida acidentalmente por pescadores,


G ao transportarem exemplares para utilização como isca-viva.
Y
M
N
O
T
I
F
O
R
do

M
E
S

180 GYMNOTIDAE
Gymnotus paraguensis

ree
Albert & Crampton, 2003
“morenita”, “tuvira”

df
Comprimento total 250 mm

Corpo alto; altura contida 9,7 a 10,2 vezes no CT; comprimentos da cabeça 7,5
a 8,2, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,2 e do pedúnculo caudal 50,6 a 111 vezes no
loa
CFA; e focinho contido 2,8 a 3, órbita 13,9 a 15,4 e interorbital 2,4 a 3,2 vezes no CC.
Boca superior, mandíbula prognata. Nadadeira peitoral com 17 a 21 e anal com 260 a
270 raios. Onze ou 12 séries de escamas acima da linha lateral (ALBERT;
CRAMPTON, 2003a). Corpo com 23 a 26 faixas oblíquas, com margens bem
delimitadas, sendo 2 a 7 em forma de Y invertido ou, às vezes, em forma de X, ou
com faixas interrompidas posteriormente ao meio do corpo; nadadeiras claras ou
hialinas, com pigmentos escuros dispersos.
Comprimento total máximo. 280 mm.
Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.
Observação. Duas hipóteses podem ser levantadas para explicar a ocorrência dessa
wn

espécie na região: ou ela se estabeleceu depois da inundação das Sete Quedas pela
construção do reservatório de Itaipu, ou foi introduzida acidentalmente por pescadores, G
Y
ao transportarem exemplares para utilização como isca-viva.
M
N
O
T
I
F
O
R
do

M
E
S

GYMNOTIDAE 181
Gymnotus sylvius

ree
Albert & Fernandes-Matioli, 1999
“morenita”, “tuvira”

df
Comprimento total 260 mm

Corpo alongado; altura contida 7 a 9,3 vezes no CT; comprimentos da cabeça


7,1 a 8,2, do focinho ao último raio da anal 1 a 1,2 e do pedúnculo 50 a 120 vezes no
loa
CFA; e focinho contido 3 a 3,3, órbita 12,8 a 14 e interorbital 2,6 a 2,7 vezes no CC.
Boca superior, mandíbula prognata. Nadadeira peitoral com 15 ou 16 e anal com 220
a 228 raios. Oito ou 9 séries de escamas acima da linha lateral (ALBERT;
FERNANDES-MATIOLI; ALMEIDA-TOLEDO, 1999). Corpo com faixas claras
e escuras alternadas e obliquamente transversais, sendo as escuras mais estreitas;
nadadeiras escurecidas, a anal com a extremidade posterior clara.
Comprimento total máximo. 360 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos e
pequenos peixes (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental e
reproduz-se de setembro a maio (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA;
wn

G INADA, 2004).
Y Distribuição. Bacias dos rios Ribeira do Iguape, Paraíba do Sul e Pardo.
M Observação. Essa espécie, descrita recentemente de bacias costeiras do sudeste do
N Brasil, pode ter tido exemplares erroneamente atribuídos a G. carapo Linnaeus, 1758,
O a exemplo de G. inaequilabiatus. Dessa forma, considerações similares podem ser
T feitas para explicar sua ocorrência na região. Ou seja, exemplares identificados como
I G. carapo poderiam pertencer a G. sylvius, ampliando a distribuição geográfica natural
F
dessa espécie, ou sua ocorrência na região pode ser atribuída à transposição de
O
R exemplares das bacias costeiras do leste do Brasil, utilizados como isca-viva.
do

M
E
S

182 GYMNOTIDAE
Os membros da família Sternopygidae são de médio porte,

ree
possuem o corpo subcilíndrico a comprimido, o pré-maxilar e o
dentário apresentam várias séries de pequenos dentes viliformes
(dispostos irregularmente), o olho é grande, sendo seu diâmetro
igual ou maior que a distância entre as narinas, a nadadeira anal
inicia-se na região do istmo, e, de maneira geral, têm os ossos da
série orbital relativamente bem desenvolvidos (ALBERT, 2003a).
Na região ocorrem os gêneros Eigenmannia Jordan & Evermann,
1896 e Sternopygus Müller & Troschel, 1848.

Eigenmannia

df
1. Três listras longitudinais escuras conspícuas no flanco; boca terminal ________
_____________________________________________________ E. trilineata
1’. Duas listras longitudinais inconspícuas no flanco; boca subterminal __________
_____________________________________________________ E. virescens

Eigenmannia trilineata
loa
López & Castello, 1966
“espadinha”
wn

Comprimento total 109,2 mm G


Y
M
N
Corpo alto; altura contida 4,8 a 5,6 vezes no CT; comprimentos da cabeça 7,4 O
a 9, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,2 e do pedúnculo caudal 2,8 a 4 e distâncias T
pré-anal 5,9 a 7,8 e pré-peitoral 7 a 9,1 vezes no CFA; e focinho contido 2,5 a 3,5, I
órbita 4 a 5,2 e interorbital 2 a 2,6 vezes no CC. Boca terminal. Nadadeira peitoral F
com 16 a 18 e anal com 197 a 230 raios. Linha lateral com 110 a 122 escamas e linha O
transversal acima com 15 ou 16 séries de escamas (CAMPOS-DA-PAZ, 1997). R
do

Três listras escuras longitudinais na região lateral do corpo (uma sobre a linha lateral, M
uma na base da nadadeira anal e outra entre as duas anteriores); nadadeiras hialinas. E
Comprimento total máximo. 265 mm. S
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos
(PERETTI; ANDRIAN, 1999).
Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.

STERNOPYGIDAE 183
Eigenmannia virescens

ree
(Valenciennes, 1836)
“espadinha”

df
Comprimento total 205 mm
loa
Corpo alongado; altura contida 5,7 a 7 vezes no CT; comprimentos da cabeça
6,4 a 8,3, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,2 e do pedúnculo caudal 2,6 a 4,9 e
distâncias pré-anal 5,3 a 6,4 e pré-peitoral 6,4 a 9,3 vezes no CFA; e focinho contido
3,1 a 4,4, órbita 5,4 a 7,3 e interorbital 2,9 a 4 vezes no CC. Boca subterminal. Nadadeira
peitoral com 14 a 17 e anal com 186 a 245 raios. Linha lateral com 150 a 162 escamas
e linha transversal acima com 15 a 16 séries de escamas (CAMPOS-DA-PAZ, 1997).
Duas listras escuras longitudinais inconspícuas na região lateral do corpo (uma sobre
a linha lateral e outra na base da nadadeira anal); nadadeiras hialinas.
wn

G Comprimento total máximo. 320 mm.


Y Dados biológicos. Habita rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos (HAHN;
M FUGI; ANDRIAN, 2004).
N Distribuição. Bacias dos rios Orinoco até a do rio da Prata.
O Observação. Campos-da-Paz (2004) sugere que a distribuição desta espécie possa
T ser restrita à bacia dos rios Paraná-Paraguai. Shibatta (1993) afirma que Eigenmannia
I virescens talvez constitua um complexo de espécies de difícil separação.
F
O
R
do

M
E
S

184 STERNOPYGIDAE
Sternopygus macrurus

ree
(Bloch & Schneider, 1801)
“ituí”

df
Comprimento total 280 mm

Corpo alongado; altura contida 7,9 a 10 vezes no CT; comprimentos da cabeça


loa
8,6 a 9,6, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,2, e do pedúnculo caudal 2,6 a 4,9 e
distâncias pré-anal 6,8 a 7,6 e pré-peitoral 6,6 a 7,4 vezes no CFA; e focinho contido
2,6 a 3, órbita 10,7 a 12 e interorbital 3,3 a 3,9 vezes no CC. Boca terminal. Nadadeira
peitoral com 15 a 17 e anal com 221 a 247 raios. Linha lateral com 193 a 269 escamas
e linha transversal acima com 20 a 22 séries de escamas (CAMPOS-DA-PAZ, 1997).
Corpo escurecido, com uma mancha umeral escura arredondada, às vezes pouco
conspícua; nadadeiras com cromatóforos sobre os raios e as membranas hialinas.
Comprimento total máximo. 550 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).
wn

Distribuição. Bacia do rio Amazonas até a dos rios Paraná-Paraguai.


G
Observação. Campos-da-Paz (1997) preconiza que Sternopygus macrurus talvez
Y
constitua um complexo de espécies de difícil separação. M
N
O
T
I
F
O
R
do

M
E
S

STERNOPYGIDAE 185
Os membros da família Rhamphichthyidae são de pequeno

ree
a grande porte, possuem o corpo comprimido, o focinho é longo e
tubular, as aberturas nasais (“narinas”) anteriores não são tubulares
e estão localizadas junto ao lábio superior, na entrada da boca, e a
boca é pequena e sem dentes (CAMPOS-DA-PAZ, 1997). Na
região, ocorrem os gêneros Gymnorhamphichthys Ellis, 1912 e
Rhamphichthys Müller & Troschel, 1848.

Gymnorhamphichthys sp.

df
loa
Comprimento total 115 mm

Corpo alongado e comprimido; altura contida 16,6 a 17,9 vezes no CT;


comprimentos da cabeça 8,5 a 8,7, da base da nadadeira anal 1,4 a 1,6 e do pedúnculo
caudal 4,9 a 6 e distâncias pré-anal 7,7 a 8,3 e pré-peitoral 7,8 a 8,2 vezes no CFA; e
focinho contido 2 a 2,3, órbita 12,9 a 17,4 e interorbital 10,4 a 12,2 vezes no CC. Focinho
longo; boca terminal. Nadadeira peitoral com 13 a 15 e anal com 162 a 170 raios. Corpo
claro, com várias faixas ou manchas transversais castanhas no dorso, as quais não se
prolongam abaixo da linha lateral; nadadeiras hialinas.
Comprimento total máximo. 115 mm.
wn

Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.


G Observação. Apenas dois exemplares dessa espécie foram coletados na região. Essa
Y ocorrência, além de rara, também é inédita, tendo em vista que não há registros anteriores
M
de nenhuma espécie desse gênero no alto rio Paraná. Ferraris, Jr. (2003c) indica “Upper
N
O Paraná” na distribuição de Gymnorhamphichthys rondoni (Miranda-Ribeiro, 1920),
T talvez referindo-se a um exemplar apontado por Nijssen, Isbrücker e Géry (1976),
I coletado em Puerto Bertoni, Departamento Alto Paraná, no Paraguai, o qual fica a
F jusante da área de Itaipu. Na região de influência do reservatório de Manso, alto rio
O Paraguai, exemplares similares a estes coletados na planície de inundação têm sido
R capturados com certa freqüência pelo Nupélia, em um projeto em convênio com Furnas
do

M Centrais Elétricas S. A. Provisoriamente, esses espécimes têm sido identificados como


E Gymnorhamphichthys hypostomus Ellis, 1912. Na dúvida se a identificação da espécie
S do rio Paraguai está correta, e se os exemplares da planície de inundação são da mesma
espécie do rio Paraguai, e conforme sugestão de Campos-da-Paz (2004), optamos por
utilizar o nome Gymnorhamphichthys sp., com suspeita inclusive de que seja uma
espécie nova.

186 RHAMPHICHTHYIDAE
Rhamphichthys hahni

ree
(Meinken, 1937)
“tatu”, “espadão”

df
loa
Comprimento total 567,3 mm

Corpo alongado e comprimido; altura contida 6,4 a 9,1 vezes no CT;


comprimentos da cabeça 6,2 a 7,1, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,2 e do pedúnculo
caudal 10 a 13,3 e distâncias pré-anal 9,2 a 9,8 e pré-peitoral 6,1 a 7 vezes no CFA;
e focinho contido 1,9 a 2,1, órbita 20 a 23,8 e interorbital 7,9 a 9,9 vezes no CC.
Focinho longo; boca terminal. Nadadeira peitoral com 17 a 20 e anal com 337 a 400
raios. Vinte a 22 séries de escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-PAZ,
wn

1997). Corpo castanho-claro, com várias faixas e manchas transversais escuras


irregulares; nadadeiras com manchas escuras às vezes formando listras longitudinais G
Y
irregulares.
M
Comprimento total máximo. 800 mm. N
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos O
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, reproduz-se de T
outubro a fevereiro, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 444 mm I
e nos machos com 368 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, F
2004). Um comportamento que chama a atenção é que exemplares desta espécie O
mantidos em tanques ou aquários normalmente ficam imóveis sobre o fundo, durante R
do

o período de repouso, sem procurar manter uma postura com o dorso para cima. M
Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai. E
S
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete
Quedas pela construção do reservatório de Itaipu. Até recentemente era identificada
erroneamente no alto rio Paraná como Ramphichthys rostratus (Linnaeus, 1766)
(FERRARIS, Jr., 2003c).

RHAMPHICHTHYIDAE 187
Os membros da família Hypopomidae são de pequeno a

ree
médio porte, possuem o corpo alongado e comprimido, o focinho
é curto, as aberturas nasais anteriores estão localizadas na
extremidade do focinho, próximas do lábio superior e da entrada
da boca, e a boca é pequena e sem dentes (ALBERT;
CRAMPTON, 2003b). Algumas espécies são utilizadas como
iscas-vivas na pesca artesanal e comercial, outras têm sido
utilizadas por aquariofilistas. Na região, ocorre o gênero
Brachyhypopomus Mago-Leccia, 1994.

Brachyhypopomus cf. pinnicaudatus

df
(Hopkins, Comfort, Bastian & Bass, 1990)
“espadinha-rajada”
loa
Comprimento total 112,2 mm

Corpo alongado e comprimido; altura contida 5,8 a 8,1 vezes no CT;


comprimentos da cabeça 7,6 a 8,6, da base da nadadeira anal 1,2 a 1,4 e do pedúnculo
caudal 2 a 3,1 e distâncias pré-anal 3,9 a 5 e pré-peitoral 7 a 7,9 vezes no CFA; e
focinho contido 2,4 a 3,5, órbita 8,2 a 10,3 e interorbital 3 a 4,8 vezes no CC. Boca
wn

G terminal. Nadadeira peitoral com 15 ou 16 e anal com 191 a 226 raios. Sete ou 8
Y séries de escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-PAZ, 1997). Corpo castanho-
M claro, escuro no dorso, onde há faixas transversais escuras, largas e irregulares, mais
N nítidas sobre o pedúnculo caudal; nadadeiras hialinas com pigmentos castanhos
O dispersos.
T
I Comprimento total máximo. 160 mm.
F Distribuição. Bacias dos rios das Guianas, Amazonas, Orinoco e do Prata.
O Observação. Até recentemente essa espécie não ocorria na bacia do alto rio Paraná.
R Campos-da-Paz (2004) suspeita que a introdução tenha sido realizada por pescadores
do

M que a utilizam como isca-viva. Atualmente, é uma espécie muito abundante em várias
E lagoas da planície de inundação. Com relação à autoria da espécie, Albert e Crampton
S (2003b) referem-se à Brachyhypopomus pinnicaudatus (Hopkins, 1991), porém
Campos-da-Paz (1997) assegura que o correto é B. pinnicaudatus (Hopkins, Comfort,
Bastian & Bass, 1990), pois estes autores publicaram um trabalho de fisiologia,
caracterizando e nominando a espécie, antes da publicação da descrição original.

188 HYPOPOMIDAE
Os membros da família Apteronotidae são de pequeno a médio porte,

ree
possuem o corpo comprimido, com uma pequena nadadeira caudal, a região
médio-dorsal do corpo apresenta um filamento carnoso (aderido ao dorso em
exemplares intactos; às vezes parcialmente destacado em indivíduos fixados), e
a boca apresenta uma ou duas séries de dentes no pré-maxilar e no dentário
(ALBERT, 2003b). Algumas espécies são apreciadas por aquariofilistas, tanto
pelo formato do corpo, bem peculiar, quanto pelo padrão de colorido e habilidade
de natação para trás. Na região, ocorrem os gêneros Apteronotus La Cepède,
1800, Porotergus Ellis, 1912 e Sternarchorhynchus Castelnau, 1855.

Apteronotus
1. Corpo uniformemente escuro, sem qualquer faixa clara na região ântero-dorsal do

df
corpo ou da cabeça __________________________________ Apteronotus sp.
1’. Corpo escuro, com uma faixa longitudinal clara e estreita na região ântero-dorsal
do corpo e/ou da cabeça __________________________________________ 2
2. Com uma faixa longitudinal clara e estreita na região dorsal da cabeça; duas faixas
claras transversais no pedúnculo caudal, sem manchas escuras _ A. aff. albifrons
2’. Com uma faixa longitudinal clara e estreita na região dorsal, que se inicia na
extremidade anterior do focinho e prolonga-se até aproximadamente a metade do
corpo; duas faixas claras transversais no pedúnculo caudal, com manchas escuras
loa
irregulares ____________________________________ A. cf. caudimaculosus

Apteronotus aff. albifrons


(Linnaeus, 1766)
“ituí-cavalo”
wn

Comprimento total 100 mm


G
Corpo alongado e comprimido; altura contida 5,5 a 6,2 vezes no CT; comprimentos Y
da cabeça 5,5 a 6, da base da nadadeira anal 1,2 a 1,5 e do pedúnculo caudal 5 a 6,6, e M
N
distâncias pré-anal 6,1 a 7,5 e pré-peitoral 5,5 a 6 vezes no CFA; e focinho contido 2,7 a O
4,7, órbita 9 a 16,7 e interorbital 3,9 a 4,7 vezes no CC. Boca terminal. Nadadeira peitoral T
com 15 ou 16, anal com 170 a 192 e caudal com 17 a 20 raios. Quinze a 16 séries de I
escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-PAZ, 1997). Corpo castanho-escuro, F
com uma faixa longitudinal clara na região médio-dorsal, que se inicia na extremidade O
anterior do focinho e termina na região da nuca, duas faixas claras envolvendo o pedúnculo R
do

caudal; nadadeiras escuras, estreita margem das nadadeiras anal e caudal clara. M
Comprimento total máximo. 150 mm. E
Distribuição. Bacia de rios da Venezuela até o Paraguai e bacia do rio Paraná. S
Observação. Santana (2003) esclarece que A. albifrons constitui um complexo de
espécies, e que A. albifrons (sensu stricto) é restrita à localidade-tipo, Suriname, por isto
a utilização aqui da partícula aff.

APTERONOTIDAE 189
Apteronotus cf. caudimaculosus

ree
Santana, 2003
“ituí-cavalo”

df
Comprimento total 260 mm
loa
Corpo alongado e comprimido; altura contida 4,8 a 6 vezes no CT; comprimentos
da cabeça 5,1 a 5,9, da base da nadadeira anal 1,2 a 1,4 e do pedúnculo caudal 5,4 a
6,8, e distâncias pré-anal 3,9 a 5 e pré-peitoral 7 a 7,9 vezes no CFA; e focinho
contido 2,7 a 4,7, órbita 9 a 16,7 e interorbital 3,9 a 4,7 vezes no CC. Boca terminal.
Nadadeira peitoral com 15 ou 16, anal com 157 a 170 e caudal com 18 a 22 raios.
Onze a 14 séries de escamas acima da linha lateral (SANTANA, 2003). Corpo
castanho-escuro, com uma faixa longitudinal clara na região médio-dorsal, que se
inicia na extremidade anterior do focinho e prolonga-se até a metade do corpo, duas
faixas claras envolvendo o pedúnculo caudal, a anterior com manchas escuras
irregulares em todas as fases de desenvolvimento; nadadeiras escuras, estreita margem
das nadadeiras anal e caudal clara.
wn

G Comprimento total máximo. 280 mm.


Y Distribuição. Bacia do rio Paraná-Paraguai.
M Observação. Embora o material-tipo desta espécie seja exclusivamente proveniente
N da bacia do rio Paraguai, sua ocorrência em diversas localidades da bacia do alto rio
O Paraná sugere que esta espécie seja nativa da região.
T
I
F
O
R
do

M
E
S

190 APTERONOTIDAE
Apteronotus sp.

ree
“ituí”

df Comprimento total 240 mm


loa
Corpo alongado e comprimido; altura contida 6,6 a 8 vezes no CT; comprimentos
da cabeça 3,8 a 5,2, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,3 e do pedúnculo caudal 7,3 a
9,6, e distâncias pré-anal 5,3 a 7,6 e pré-peitoral 6,2 a 7,6 vezes no CFA; e focinho
contido 1,9 a 2,2, órbita 20 a 31,2 e interorbital 5,5 a 7,6 vezes no CC. Boca terminal.
Nadadeira peitoral com 16 a 18, anal com 182 a 193 e caudal com 17 a 20 raios. Onze
a 15 séries de escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-PAZ, 1997). Corpo
castanho-escuro, uma listra clara transversal envolvendo a base da nadadeira caudal;
nadadeiras escuras, anal com estreita margem clara.
wn

Comprimento total máximo. 280 mm. G


Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. Y
Observação. Essa espécie era identificada até recentemente na bacia do alto rio M
Paraná como Apteronotus brasiliensis (Reinhardt, 1852). Conforme Campos-da- N
Paz (2004), essa espécie aparentemente é nova para a ciência. O
T
I
F
O
R
do

M
E
S

APTERONOTIDAE 191
Porotergus ellisi

ree
Arámburu, 1957
“ituí”

df
Comprimento total 128,2 mm
loa
Corpo alongado e comprimido; altura contida 5,8 a 6,2 vezes no CT;
comprimentos da cabeça 5,9 a 6,5, da base da nadadeira anal 1,1 a 1,2 e do pedúnculo
caudal 6,2 a 7,7 e distâncias pré-anal 5,8 a 7,2 e pré-peitoral 5,4 a 5,7 vezes no CFA;
e focinho contido 2,6 a 3, órbita 12,6 a 18,2 e interorbital 3,9 a 4,9 vezes no CC. Boca
terminal. Nadadeira peitoral com 16 ou 17, anal com 170 a 190 e caudal com 17 a 20
raios. Cinco a 8 séries de escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-PAZ, 1997).
Corpo castanho-escuro, com uma faixa clara transversal que envolve a base da
nadadeira caudal; nadadeiras escuras, anal com estreita margem clara.
Comprimento total máximo. 240 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de larvas de insetos
wn

(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004).


G
Y Distribuição. Bacia dos rios Paraná-Paraguai.
M Observação. Albert (2003b) inclui essa espécie no gênero Apteronotus, contudo,
N como não temos conhecimento de nenhum trabalho que suporte essa combinação,
O manteremos P. ellisi, nome tradicionalmente utilizado, até que resultados conclusivos
T sejam publicados.
I
F
O
R
do

M
E
S

192 APTERONOTIDAE
Sternarchorhynchus britskii

ree
Campos-da-Paz, 2000

df
Comprimento total 212 mm

Corpo alongado e comprimido; altura contida 6,9 a 7,9 vezes no CT;


loa
comprimentos da cabeça 4,7 a 5,2 e da base da nadadeira anal 1 a 1,1 e distâncias
pré-anal 7 a 8,2 e pré-peitoral 4,6 a 5,1 vezes no CFA; e focinho (prolongado num
rostro) contido 1,5 a 1,6, órbita 24,4 a 32,2 e interorbital 14,1 a 21,7 vezes no CC.
Boca terminal. Nadadeira peitoral com 14 ou 15 e anal com 166 a 178 raios. Onze a
13 séries de escamas acima da linha lateral (CAMPOS-DA-PAZ, 2000). Corpo
castanho-escuro, com uma faixa longitudinal clara na região da cabeça; nadadeiras
mais claras que o corpo.
Comprimento total máximo. 212 mm.
Dados biológicos. Espécie incluída na lista da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção como de alto risco de extinção (MACHADO; MARTINS; DRUMMOND,
wn

2005). Sua ocorrência na área estudada já é rara, devendo ser incentivada toda e G
qualquer medida de manejo que a beneficie. Y
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná. M
N
O
T
I
F
O
R
do

M
E
S

APTERONOTIDAE 193
C
Y
P
R Os membros da família Rivulidae são de pequeno porte,

ree
I possuem os raios branquiostegais e as membranas operculares
N
contínuas, o sistema látero-sensorial da cabeça é reduzido, o pré-
O
D maxilar é protrátil, a nadadeira adiposa é ausente, e são ovíparos,
O com fecundação externa (COSTA, W. J. E. M., 2003). Muitas
N espécies são utilizadas por aquariofilistas. Na região, ocorre o
T gênero Rivulus Poey, 1860
I
F
O
R Rivulus apiamici
M
Costa, 1989

df
E
S “guaru”
loa
Comprimento padrão 21 mm (macho)

Corpo alongado; altura contida 4,1 a 4,6, da cabeça 5,2 a 5,5 e do pedúnculo
caudal 6,3 a 7,2 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,6 a 3,9, pré-dorsal 1,2 a 1,3,
wn

pré-pélvica 1,7 a 1,9, das bases das nadadeiras dorsal 8,6 a 10, anal 4,2 a 5,1 e largura
da cabeça 4,6 a 5,1 vezes no CP; órbita contida 2,8 a 3,3 vezes no CC. Boca terminal;
pré-maxilar e dentário com vários dentes pequenos. Linha longitudinal com 29 a 31,
série transversal com 8 ou 9 e pedúnculo caudal com 16 séries de escamas. Nadadeira
dorsal com 8 ou 9, peitoral com 11 ou 12, pélvica com 6 ou 7 e anal com 13 a 15 raios
(COSTA, 1989). Machos com corpo cinza ou castanho-claro, com listras escuras
oblíquas, irregulares, alternadas, sugerindo a formação de um V (com o vértice voltado
para frente); manchas escuras arredondadas ou alongadas na região do opérculo;
nadadeiras dorsal, caudal e anal com listras transversais escuras. Fêmeas com padrão
do

de colorido semelhante, além de uma mancha escura arredondada na região ântero-


superior da nadadeira caudal.
Dados biológicos. A grande maioria dos exemplares foi capturada em bancos de
macrófitas flutuantes.
Comprimento total máximo. 25 mm.
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.

194 RIVULIDAE
C
Y
P
Os membros da família Poeciliidae são de pequeno porte, R

ree
I
possuem a boca prognata, os machos são menores do que as
N
fêmeas e têm a nadadeira anal modificada em gonopódio, são O
vivíparos, com fecundação interna, e não apresentam a nadadeira D
adiposa (LUCINDA, 2003). Muitas espécies são utilizadas por O
aquariofilistas, e algumas foram amplamente introduzidas em várias N
bacias brasileiras para controle de larvas de mosquito. Na região, T
ocorrem os gêneros Pamphorichthys Regan, 1913, Phalloceros I
Eigenmann, 1907 e Poecilia Bloch & Schneider, 1801. F
O
R
Pamphorichthys sp. M

df
E
“guaru” S
loa
Comprimento padrão 26 mm (fêmea-acima) e 17,6 mm (macho-abaixo)
wn

Corpo alongado; altura contida 3,8 a 6 e do pedúnculo caudal 5,1 a 6,1 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 4,2, pré-dorsal 1,5 a 2,1 e do gonopódio 2,7 a 3,6
vezes no CP; e focinho contido 2,6 a 3,5, órbita 1,8 a 2,5 e interorbital 1,5 a 2,1 vezes
no CC. Boca superior, mandíbula prognata; pré-maxilar e dentário com vários dentes
pequenos. Linha longitudinal com 29 a 31 escamas e linha transversal com 8 séries
de escamas. Nadadeira dorsal com 8 ou 9, peitoral com 9 a 12, pélvica com 6 e anal
com 8 ou 9 raios. Com uma listra longitudinal escura mal definida, da origem da
dorsal até a nadadeira caudal; escamas (exceto as da região ventral) orladas com
pigmentos escuros, que, em conjunto, conferem um aspecto reticulado ao corpo;
nadadeiras amareladas, sendo a dorsal com uma mancha escura nos 2/3 distais, e a
do

caudal dos machos com uma faixa transversal escura sobre sua base, mais larga
sobre a base dos raios caudais medianos; gonopódio com uma capa escura.
Comprimento total máximo. 30 mm.
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Segundo Figueiredo (2005), essa espécie aparentemente é nova para
a ciência.

POECILIIDAE 195
C
Y
P
R
Phalloceros aff. caudimaculatus

ree
I
N (Hensel, 1868)
O
D “guaru”, “barrigudinho”
O
N
T
I
F
O
R
M

df
E
S
loa
Comprimento padrão 21,9 mm (fêmea-acima) e 20,4 mm (macho-abaixo)

Corpo alongado; altura contida 3,7 a 4,2 e do pedúnculo caudal 5,2 a 6 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3 a 3,9, pré-dorsal 1,5 a 2, e gonopódio 2,6 a 3,1 vezes
no CP; e focinho contido 3 a 4,7, órbita 2,8 a 2,9 e interorbital 2,3 a 2,4 vezes no CC.
wn

Boca superior, mandíbula prognata; pré-maxilar e dentário com vários dentes pequenos.
Linha longitudinal com 26 a 32 escamas e linha transversal com 8 ou 9 séries.
Nadadeira dorsal com 8 ou 9, peitoral com 11 a 13, pélvica com 6 e anal com 10 raios
(GUSMÃO; PAVANELLI, 1996). Corpo amarelo-pálido; com uma mancha escura
alongada transversalmente na lateral do corpo, abaixo da nadadeira dorsal; escamas
orladas com pigmentos escuros, que, em conjunto, conferem um aspecto reticulado
ao corpo; nadadeiras amareladas.
Comprimento total máximo. 32 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e riachos, alimentando-se de larvas de insetos.
Distribuição. Bacia do alto rio Tocantins, costeiras da Bahia e do Prata.
do

Observação. Lucinda (2003) sugere que essa constitua um complexo de espécies


de difícil separação por caracteres convencionais.

196 POECILIIDAE
C
Y
P
R
Poecilia reticulata

ree
I
Peters, 1859 N
O
“guaru”, “barrigudinho” D
O
N
T
I
F
O
R
M

df
E
S
loa
Comprimento padrão 35,2 mm (fêmea-acima) e 20,3 mm (macho-abaixo)

Corpo alongado; altura contida 3,4 a 4,4 e do pedúnculo caudal 4,8 a 6 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 3,3 a 4,1, pré-dorsal 1,5 a 1,8 e do gonopódio 3,2 a 3,6
vezes no CP; e focinho contido 2,1 a 3,1, órbita 2,2 a 3,5 e interorbital 1,5 a 2,3 vezes
no CC. Boca superior, mandíbula prognata; pré-maxilar e dentário com vários dentes
wn

pequenos. Linha longitudinal com 26 a 28 escamas e linha transversal com 8 ou 9


séries. Nadadeira dorsal com 8 ou 9, peitoral com 13 ou 14, pélvica com 6 e anal com
8 ou 9 raios. Corpo amarelo-pálido; escamas orladas com pigmentos escuros, que,
em conjunto, conferem um aspecto reticulado ao corpo; machos com várias manchas
e faixas irregulares, escuras e/ou coloridas; nadadeiras amareladas, as dos machos
com manchas escuras e coloridas; e caudal com prolongamento dos raios no lobo
superior.
Comprimento total máximo. 38 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e riachos, alimentando-se de larvas de insetos
(LUZ-AGOSTINHO; BINI; FUGI; AGOSTINHO; JÚLIO JÚNIOR, 2006).
do

Distribuição. Bacias de rios da Venezuela até a bacia do rio da Prata.


Observação. Era conhecida até recentemente como Lebistes reticulatus (Peters,
1859) (LUCINDA, 2003). Foi introduzida em várias bacias para controle de larvas
de insetos transmissores de doenças (IHERING, 1931).

POECILIIDAE 197
S Os membros da família Synbranchidae são de médio a

ree
Y grande porte, possuem o corpo serpentiforme e sem escamas,
N uma única abertura branquial localizada sob a cabeça, e não
B apresentam nadadeiras peitoral e pélvica, e as demais são
R atrofiadas (KULLANDER, 2003a). Podem sobreviver em
S
A ambientes quase sem água, mantendo-se enterrados na lama
Y
N até a próxima chuva. Na região, ocorre o gênero Synbranchus
N
C
B Bloch, 1795.
H
RI
A
F
N
O
C
R Synbranchus marmoratus

df
H
M Bloch, 1795
EI
F
S “pirambóia”, “muçum”
O
R
M
E
S
loa
Comprimento total 500 mm

Corpo alongado; altura contida 28 a 32 e comprimento da cabeça 9 a 9,3 vezes


no CP; e focinho contido 3,3 a 4,3 e interorbital 3,7 a 4,2 vezes no CC. Boca terminal;
wn

pré-maxilar e dentário com vários dentes pequenos. Corpo amarelado, dorso escuro,
com várias pintas escuras sobre todo o corpo.
Comprimento total máximo. 550 mm.
Dados biológicos. Vive em lagoas e riachos, e são capazes de respirar o ar
atmosférico (BRITSKI; SILIMON; LOPES, 1999).
Distribuição. Bacias de rios do México até a Argentina.
do

198 SYNBRANCHIDAE
Os membros da família Sciaenidae são de médio a grande

ree
porte, a linha lateral não é dividida, o pré-opérculo tem espinhos
na borda anterior e posterior, a região anterior da nadadeira dorsal
apresenta dez espinhos, a posterior apenas um, e cerca de 30
raios moles, com um entalhe que separa essas duas regiões, a
nadadeira anal apresenta dois espinhos, e a nadadeira caudal tem P
a borda arredondada (CASATTI, 2003). Algumas espécies são E
muito importantes na pesca comercial e esportiva, e foram R
C
introduzidas em várias bacias de rios brasileiros. Na região, ocorre
I
o gênero Plagioscion Gill, 1861. F
O
R

df
Plagioscion squamosissimus M
(Heckel, 1840) E
S
“curvina”, “corvina”
loa
Comprimento padrão 330 mm

Corpo alto; altura contida 2,9 a 3,1, da cabeça 3,4 a 3,6 e do pedúnculo caudal
10,3 a 11,8 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,7 a 3,3, pré-dorsal 1,5 a 1,8 e pré-
wn

peitoral 1,7 a 2,2 vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 4,2, órbita 4,2 a 5,6 e interorbital
3,6 a 4,9 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com várias séries de
dentes. Linha lateral com 46 a 51 escamas, linha transversal acima com 12 a 15 e
abaixo com 20 a 23 séries de escamas. Nadadeira dorsal com X+I+29 a 33, peitoral
com 15 a 20, pélvica com I+6 e anal com II+6 raios. Corpo prateado; nadadeiras claras.
Comprimento total máximo. 512 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, alimentando-se de peixes (HAHN;
AGOSTINHO; GOITEIN, 1997). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações, reproduz-se de outubro a março, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 198 mm e nos machos com 161 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
do

MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).


Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Paraná-Paraguai.
Observação. Espécie nativa da bacia Amazônica, que, devido à sua importância
comercial, foi introduzida na bacia do rio Paraná, onde se estabeleceu com sucesso,
e hoje responde por uma importante fração do desembarque pesqueiro no reservatório
de Itaipu (COSTA, R. S., 2003).

SCIAENIDAE 199
Cichlidae
Os membros da família Cichlidae são de pequeno a grande porte,

ree
possuem a linha lateral dividida em dois ramos, a boca é protrátil, com o pré-
maxilar móvel, e várias séries de dentes cônicos no pré-maxilar e dentário
(KULLANDER, 2003b). Suas espécies cuidam da prole de diversas maneiras,
algumas delas guardam os filhotes dentro da boca para protegê-los de
P predadores. Os machos, no período de reprodução, apresentam um padrão
E
de colorido bastante atrativo, com cores fortes e iridescentes. Muitas espécies
R
C são amplamente comercializadas por aquariofilistas e algumas têm importância
I na pesca comercial. Na região, ocorrem os gêneros Astronotus Swainson,
F 1839, Cichla Bloch & Schneider, 1801, Cichlasoma Swainson, 1839, Crenicichla
O Heckel, 1840, Geophagus Heckel, 1840, Laetacara Kullander, 1986,
R Oreochromis Günther, 1889, Satanoperca Günther, 1862 e Tilapia Smith, 1840.

df
M
E
S Astronotus crassipinnis
(Heckel, 1840)
“apaiari”, “oscar”
loa
Comprimento padrão 172,3 mm

Corpo alto; altura contida 1,8 a 2,2 e da cabeça 3 a 3,2; e comprimento da


cabeça 2,4 a 3,2 vezes no CP; e focinho contido 2,9 a 3,1, órbita 4,6 a 5,2 e interorbital
wn

2,1 a 2,2 vezes no CC. Boca terminal; série externa do pré-maxilar com 17 a 20 e
série externa do dentário com 15 a 20 dentes, seguida por mais três séries com
dentes menores. Linha lateral superior com 20 ou 21, inferior com 22 escamas e linha
longitudinal com 42 a 44 escamas. Linha transversal acima com 5 ou 5½ e abaixo
com 14 a 15 séries de escamas. Nadadeira dorsal com XIV+19 a 21, peitoral com 15
ou 16, pélvica com I+6 e anal com III+15 a 17 raios. Corpo escuro, com várias faixas
transversais claras irregulares. Machos na época de reprodução com várias pintas
amarelo-avermelhadas sobre o corpo; com uma mancha ocelar preta, orlada de
amarelo, na região superior da base da nadadeira caudal; nadadeiras escuras, às
vezes a dorsal, anal e caudal com estreita margem clara.
do

Comprimento total máximo. 302 mm.


Distribuição. Bacias dos rios Paraná-Paraguai e Amazonas.
Observação. Espécie inédita na bacia do alto rio Paraná, passou a ocorrer na planície
de inundação recentemente e, por ser apreciada por aquariofilistas, pode ter tido
sucesso após a soltura de exemplares de aquário. Até recentemente era identificada
erroneamente como Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) (KULLANDER, 2003b).

200 CICHLIDAE
Cichla

ree
1. Região lateral do corpo com três ou quatro faixas transversais escuras; linha lateral
superior com 70 a 85 escamas ______________________________ C. kelberi
1’. Região lateral do corpo com seis ou mais faixas transversais escuras; linha lateral PP
superior com 89 a 98 escamas ______________________________ C. piquiti EE
RR
CC
II
Cichla kelberi FF
Kullander & Fereira, 2006 OO
RR

df
“tucunaré”, “tucunaré-amarelo” MM
EE
SS
loa
Comprimento padrão 190 mm

Corpo alto; altura contida 2,3 a 3,7, da cabeça 3 a 3,2 e do pedúnculo caudal 8,2
a 9,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3,2 e do pedúnculo caudal 5 a 6,7
vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 3, dentário 1,9 a 2,2, órbita 4,5 a 6,2 e interorbital
3,2 a 4,4 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com duas ou três e dentário com
três ou quatro séries de dentes cônicos. Linha lateral superior com 70 a 85, inferior
wn

com 52 a 59 e linha longitudinal com 70 a 80 escamas. Linha transversal acima com


10 a 14 e abaixo com 17 a 23 séries de escamas. Nadadeira dorsal com XIV a
XVI+12 a 17, peitoral com 14 a 16, pélvica com I+6 e anal com II ou III+9 a 11 raios.
Corpo amarelo-esverdeado, com três ou quatro faixas transversais escuras, que não
se prolongam até a região ventral; com várias pintas claras irregulares sobre o corpo;
uma mancha ocelar escura, orlada de amarelo ou branco, na base da nadadeira caudal;
nadadeiras escuras, sendo dorsal com pintas claras difusas.
Comprimento total máximo. 445 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de peixes (HAHN;
FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental.
do

Distribuição. Bacias dos rios Tocantins e Araguaia.


Observação. Espécie introduzida na bacia do rio Paraná, para utilização na pesca
esportiva. Atualmente está entre as espécies mais abundantes na região (JÚLIO
JÚNIOR; CUNICO; GUBIANI; FERNANDES; DIAS; GRAÇA; GOMES, 2003).
Anteriormente era identificada na bacia do alto rio Paraná como Cichla monoculus
Spix & Agassiz, 1831 (KULLANDER; FERREIRA, 2006).

CICHLIDAE 201
ree
Cichla piquiti
Kullander & Ferreira, 2006
“tucunaré-azul”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 240 mm


loa
Corpo alto; altura contida 3,4 a 3,5, da cabeça 2,8 a 3,1 e do pedúnculo caudal
9,1 a 9,5 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3,1 a 3,3 e do pedúnculo caudal 6,9
a 7,4 vezes no CP; e focinho contido 2,7 a 2,8, dentário 2 a 2,1, órbita 4,7 a 4,8 e
interorbital 4,2 a 4,3 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com duas ou três e
dentário com três ou quatro séries de dentes cônicos. Linha lateral superior com 89 a
98, inferior com 58 a 65 e linha longitudinal com 87 a 93 escamas. Linha transversal
acima com 13 a 15 e abaixo com 20 a 25 séries de escamas. Nadadeira dorsal com
XIV a XVI+16 a 18, peitoral com 14 a 16, pélvica com I+6 e anal com II ou III+9 a
11 raios. Corpo azulado, com seis ou mais faixas transversais escuras, que não se
prolongam até a região ventral; com várias pintas claras sobre o corpo; uma mancha
wn

ocelar escura, orlada de amarelo ou branco, na base da nadadeira caudal; nadadeiras


escuras, sendo a dorsal com pintas claras.
Comprimento total máximo. 280 mm.
Distribuição. Bacia do rios Tocantins e Araguaia.
Observação. Espécie introduzida da bacia do rio Tocantins, segundo Oliveira (2004),
que, com base em análises de DNA, conclui ainda que esteja ocorrendo hibridização
bilateral entre as duas congêneres introduzidas. Anteriormente era identificada na
bacia do alto rio Paraná como Cichla sp.
do

202 CICHLIDAE
Cichlasoma paranaense

ree
Kullander, 1983
“cará”
PP
EE
RR
CC
II
FF
OO
RR

df
MM
EE
SS
loa
Comprimento padrão 110 mm

Corpo alto; altura contida 1,7 a 2,5, da cabeça 2,5 a 3,1 e do pedúnculo caudal
4,9 a 6,4 vezes no CP; comprimentos da cabeça 1,3 a 2,4 e do pedúnculo caudal 10,2
a 16,4 vezes no CP; e focinho contido 3 a 3,6, órbita 3,5 a 4,4 e interorbital 4,2 a 5
wn

vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com duas ou três e dentário com três ou
quatro séries de dentes cônicos. Linha lateral superior com 14 a 17, inferior com 5 a
8 e linha longitudinal com 22 ou 23 escamas. Linha transversal acima com 2½ a 4 e
abaixo com 5 a 7 séries de escamas. Nadadeira dorsal com XIII a XV+10 a 15,
peitoral com 12 ou 13, pélvica com I+6 e anal com III+8 a 10 raios (KULLANDER,
1983). Corpo esverdeado iridescente, com faixas transversais escuras; uma mancha
escura pouco abaixo da linha lateral superior, uma mancha escura menor na região
superior do pedúnculo caudal; nadadeiras escuras.
Comprimento total máximo. 171 mm.
do

Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos


(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 48 mm e nos
machos com 47 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004).
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.

CICHLIDAE 203
Crenicichla

ree
P 1. Corpo com várias faixas transversais claras _________________ C. jupiaensis
E 1’. Corpo uniformemente escuro ______________________________________ 2
R
C 2. Corpo alto, sua altura contida 3,2 a 3,9 vezes no comprimento padrão __ C. britskii
I 2’. Corpo alongado, sua altura contida 4,1 a 5 vezes no comprimento padrão ____ 3
F 3. Escamas da linha lateral com uma pinta escura junto ao poro; linha lateral superior
O
com 23 ou 24 escamas ____________________________________ C. haroldoi
R

df
M 3’. Escamas da linha lateral sem pinta escura junto ao poro; linha lateral superior com
E 26 a 28 escamas ______________________________________ C. niederleinii
S
loa
wn
do

204 CICHLIDAE
ree
Crenicichla britskii
Kullander, 1982
“joaninha”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 130 mm


loa
Corpo alto; altura contida 3,2 a 3,9, da cabeça 5 a 5,5 e do pedúnculo caudal 7,1
a 8,1 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,9 a 3,1 e do pedúnculo caudal 7,8 a 8,3
vezes no CP; e focinho contido 1,5 a 2,3, órbita 3 a 4,2 e interorbital 3,5 a 4 vezes no
CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com dentes dispostos em várias séries.
Linha lateral superior com 20 a 22, inferior com 7 a 9 e linha longitudinal com 33 a 40
escamas. Linha transversal acima com 3 a 4½ e abaixo com 7 a 9 séries de escamas.
Nadadeira dorsal com XVI+14 a 16, peitoral com 14 ou 15, pélvica com I+5 e anal
com III+9 a 11 raios (KULLANDER, 1982). Corpo escurecido, com uma faixa
longitudinal escura, descontínua, às vezes inconspícua, do focinho até o pedúnculo
wn

caudal; uma mancha umeral arredondada escura; uma mancha ocelar na base da
nadadeira caudal; dorso às vezes com faixas transversais escuras; uma listra escura
oblíqua abaixo do olho; nadadeiras dorsal, anal e caudal com pintas claras; peitorais e
pélvicas amareladas ou hialinas.
Comprimento total máximo. 176 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 68 mm e nos
machos com 70 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA,
2004). Manchas e ocelos adicionais podem aparecer no período reprodutivo,
do

principalmente sobre as nadadeiras, assim como prolongamentos dos raios das


nadadeiras.
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Anteriormente era identificada na bacia do alto rio Paraná como
Crenicichla lepidota Heckel, 1840 (KULLANDER, 1982).

CICHLIDAE 205
ree
Crenicichla haroldoi
Luengo & Britski, 1974
“joaninha”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 110 mm

Corpo alongado; altura contida 4,1 a 5, da cabeça 4,9 a 5,4 e do pedúnculo


loa
caudal 8,4 a 9,6 vezes no CP; comprimentos da cabeça 3 a 3,1 e do pedúnculo caudal
7,5 a 8,2 vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 4, órbita 4 a 4,1 e interorbital 4,7 a 6,5
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com dentes dispostos em várias
séries. Linha lateral superior com 23 ou 24, inferior com 10 a 12 e linha longitudinal
com 50 a 58 escamas. Linha transversal acima com 3 ou 3½ e abaixo com 6 a 9
séries de escamas. Nadadeira dorsal com XX ou XXI+11 ou 12, peitoral com 15 a 17,
pélvica com I+5 e anal com III+7 ou 8 raios (LUENGO; BRITSKI, 1974). Corpo
esverdeado, com uma faixa longitudinal escura, do focinho até o pedúnculo caudal;
uma mancha ocelar ou preta na base da nadadeira caudal, às vezes inconspícua;
corpo com faixas transversais escuras no dorso; cada escama da linha lateral com
wn

uma pinta preta junto ao poro; nadadeiras dorsal, anal e caudal com manchas escuras;
peitorais e pélvicas amareladas ou hialinas.
Comprimento total máximo. 171 mm.
Dados biológicos. Encontrada em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas
de insetos (HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental. Manchas
e ocelos adicionais podem aparecer no período reprodutivo, principalmente sobre as
nadadeiras, assim como prolongamentos dos raios das nadadeiras.
Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
do

206 CICHLIDAE
ree
Crenicichla jupiaensis
Britski & Luengo, 1968
“joaninha”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 120 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 2,8 a 3, da cabeça 4,9 a 5,4 e do pedúnculo
caudal 8,4 a 9,6 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3 e do pedúnculo caudal
7,5 a 8,2 vezes no CP; e focinho contido 3,7 a 4, órbita 4 a 4,1 e interorbital 4,7 a 6,5
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com dentes dispostos em várias
séries. Linha lateral superior com 20 a 22, inferior com 9 a 11 e linha longitudinal com
48 a 56 escamas. Linha transversal acima com 3 ou 3½ e abaixo com 6 a 9 séries de
escamas. Nadadeira dorsal com XVIII a XX+9 a 11, peitoral com 16 ou 17, pélvica
com I+5 e anal com III+7 ou 8 raios (BRITSKI; LUENGO, 1968). Corpo castanho,
com uma faixa longitudinal escura, descontínua, do focinho até o pedúnculo caudal, e
14 a 17 faixas transversais claras, estreitas, nos lados do corpo; nadadeiras
escurecidas.
wn

Comprimento total máximo. 150 mm.


Distribuição. Bacia do alto rio Paraná.
Observação. Essa espécie foi capturada apenas no rio Piquiri, afluente da margem
esquerda do rio Paraná, sendo importante destacar que Machado, Martins e Drummond
(2005) alertam que ela está em perigo de extinção.
do

CICHLIDAE 207
ree
Crenicichla niederleinii
(Holmberg, 1891)
“joaninha”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 145,5 mm


loa
Corpo alongado; altura contida 4,1 a 4,3, da cabeça 5 a 5,4 e do pedúnculo
caudal 8,4 a 9,6 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,6 a 3, e do pedúnculo caudal
7,5 a 8,5 vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 4, órbita 4,1 a 4,7 e interorbital 5,4 a 5,9
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com dentes dispostos em várias
séries. Linha lateral superior com 26 a 28, inferior com 12 a 14 e linha longitudinal
com 63 a 66 escamas. Linha transversal acima com 3 ou 3½ e abaixo com 5 a 7
séries de escamas. Nadadeira dorsal com XIX+11, peitoral com 12 a 15, pélvica com
I+5 e anal com III+7 raios. Corpo castanho, com uma faixa longitudinal escura, irregular
e descontínua, começando no focinho e estendendo-se até o pedúnculo caudal; uma
mancha ocelar ou preta na base da nadadeira caudal; corpo com faixas transversais
wn

no dorso; nadadeiras dorsal, anal e caudal com manchas escuras; peitorais e pélvicas
amareladas ou hialinas.
Comprimento total máximo. 195,4 mm.
Distribuição. Bacia do rio Paraná.
Observação. Até recentemente era identificada no alto rio Paraná como Crenicichla
lacustris (Castelnau, 1855) (KULLANDER, 2003b). Manchas e ocelos adicionais
podem aparecer no período reprodutivo, principalmente sobre as nadadeiras, assim
como prolongamentos dos raios das nadadeiras.
do

208 CICHLIDAE
Geophagus

ree
1. Corpo com faixas longitudinais claras, às vezes azuladas, em exemplares vivos;
linha lateral superior com 17 a 19 escamas perfuradas; linha longitudinal com 24 a
27 escamas __________________________________________ G. brasiliensis P
1’. Corpo com várias faixas longitudinais vermelhas ou alaranjadas, em exemplares E
vivos; linha lateral superior com 21 a 23 escamas perfuradas; linha longitudinal com R
32 a 34 escamas _____________________________________ G. cf. proximus C
I
F
O
Geophagus brasiliensis R

df
M
(Quoy & Gaimard, 1824) E
“cará” S
loa
wn

Comprimento padrão 148 mm

Corpo alto; altura contida 2,2 a 2,5 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,4
a 3,1 vezes no CP; e focinho contido 1,7 a 2,4, órbita 2,9 a 4,7 e interorbital 2,7 a 3,2
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com duas ou três e dentário com três ou
quatro séries de dentes cônicos. Linha lateral superior com 17 a 19, inferior com 10 a
14 e linha longitudinal com 24 a 27 escamas. Linha transversal acima com 4 e abaixo
com 5 séries de escamas. Nadadeira dorsal com XV ou XVI+10 a 13, peitoral com
14 ou 15, pélvica com I+5 ou 6 e anal com III+7 a 10 raios. Corpo esverdeado
do

iridescente, com uma grande mancha escura ovalada no flanco do corpo, às vezes
com faixas longitudinais azuladas; nadadeiras amarelo-avermelhadas, com pequenas
manchas claras.
Comprimento total máximo. 175 mm.
Distribuição. Drenagens costeiras do leste e sul do Brasil, e Uruguai.

CICHLIDAE 209
ree
Geophagus cf. proximus
(Castelnau, 1855)
“cará”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 150 mm


loa
Corpo alto; altura contida 2,1 a 2,5 vezes no CP; comprimento da cabeça 3 a
3,4 vezes no CP; e focinho contido 1,7 a 2,4, órbita 3 a 4,7 e interorbital 2,7 a 3,5 vezes
no CC. Boca terminal; pré-maxilar com duas ou três e dentário com três ou quatro
séries de dentes cônicos. Linha lateral superior com 21 a 23, inferior com 14 a 16 e
linha longitudinal com 32 a 34 escamas. Linha transversal acima com 4 e abaixo com
5 séries de escamas. Nadadeira dorsal com XVI a XVIII+11 ou 12, peitoral com 15
ou 16, pélvica com I+5 e anal com III+7 a 10 raios. Corpo esverdeado iridescente,
wn

com uma mancha escura ovalada no flanco, e várias faixas longitudinais vermelhas
nas laterais do corpo, às vezes com faixas azuladas ou esverdeadas; nadadeiras
amareladas, com várias manchas ou faixas avermelhadas e/ou azuladas.
Comprimento total máximo. 200 mm.
Distribuição. Bacia do rio Amazonas e Ucayali.
Observação. A ocorrência dessa espécie na região é recente, mas bem sucedida, e
talvez possa ser atribuída à sua comercialização como peixe ornamental.
do

210 CICHLIDAE
ree
Gymnogeophagus setequedas
Reis, Malabarba & Pavanelli, 1992
“cará”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 81,3 mm (foto reproduzida com autorização de M. Kotellat)


loa
Corpo alto; altura contida 2,1 a 2,6 e do pedúnculo caudal 5,7 a 7,9 vezes no
CP; comprimentos da cabeça 2,6 a 3 e do pedúnculo caudal 6,3 a 7,9 vezes no CP; e
focinho contido 2,2 a 3,2, órbita 2,7 a 3,7 e interorbital 3 a 4 vezes no CC. Boca
terminal; pré-maxilar com duas ou três e dentário com três ou quatro séries de dentes
cônicos. Linha lateral superior com 13 a 18, inferior com 6 a 11 e linha longitudinal
com 23 a 25 escamas. Linha transversal acima com 3 a 5 e abaixo com 7 a 9 séries
de escamas. Nadadeira dorsal com XII a XIV+9 a 11, peitoral com 12 ou 13, pélvica
wn

com I+5 e anal com II ou III+7 a 9 raios (REIS; MALABARBA; PAVANELLI,


1992). Corpo esverdeado iridescente, com faixas transversais escuras; uma mancha
escura pouco abaixo da linha lateral superior, uma mancha escura menor na região
superior do pedúnculo caudal; nadadeiras escuras, com pequenas manchas iridescentes.
Comprimento total máximo. 98 mm.
Dados biológicos. Espécie apontada por Abilhoa e Duboc (2004) como em alto
risco de extinção. Sua ocorrência na área estudada é muito rara, devendo ser
incentivada toda e qualquer medida de manejo que a beneficie.
Distribuição. Bacia do rio Paraná.
do

CICHLIDAE 211
ree
Laetacara sp.
“carazinho”

P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S

Comprimento padrão 32,6 mm


loa
Corpo alto; altura contida 2,2 a 2,4, da cabeça 2,8 a 3,1 e do pedúnculo caudal
5,4 a 5,9 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3,1 e do pedúnculo caudal 6,8
a 7,9 vezes no CP; e focinho contido 3,1 a 3,3, órbita 3,1 a 3,2 e interorbital 3,8 a 5
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar com duas e dentário com duas ou três
séries de dentes cônicos. Linha lateral superior com 13 a 17, inferior com 6 a 8
escamas e linha longitudinal com 21 a 23 escamas. Linha transversal acima com 2½
a 3½ e abaixo com 4 a 5 séries de escamas. Nadadeira dorsal com XIII+8, peitoral
com 14 a 16, pélvica com I+5 e anal com III+8 raios. Corpo azulado iridescente, com
wn

várias manchas escuras, sete faixas longitudinais escuras, descontínuas, no flanco;


uma mancha escura transversalmente alongada na base da nadadeira caudal;
nadadeiras amareladas, com pintas ou listras claras ou iridescentes.
Comprimento total máximo. 43 mm.
Distribuição. Bacias dos rios amazonas e alto Paraná.
Observação. Essa espécie começou a ser coletada na região no início da década de
1990, e suas características não correspondem às de Laetacara dorsigera (Heckel,
1840), do Pantanal. Exemplares muito similares aos da planície de inundação,
provenientes dos rios Tapajós, Xingu e Tocantins, foram examinados por um de nós,
no NRM (Naturhistoriska Riksmuseet-Suécia). Esse fato, aliado à presença de
do

indivíduos dessa espécie à venda em lojas de aquariofilia, sugere que a sua ocorrência
na região possa ser conseqüência de alguma introdução acidental. Exemplares
provavelmente da mesma espécie têm obtido sucesso recente também em outras
regiões da bacia do alto rio Paraná. Mesmo na bacia Amazônica essa espécie não
tem nome científico formal (KULLANDER, 2004).

212 CICHLIDAE
ree
Oreochromis niloticus
(Linnaeus, 1758)
“tilápia”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S
loa
Comprimento padrão 185 mm

Corpo alto; altura contida 2,3 a 2,9, da cabeça 3 a 4 e do pedúnculo caudal 6,3
a 7,3 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,7 a 3,2 e do pedúnculo caudal 7 a 10
vezes no CP; e focinho contido 2,5 a 3,3, órbita 3,1 a 5 e interorbital 2,2 a 3,2 vezes no
CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com três ou mais séries de dentes. Linha
lateral superior com 21 a 23, inferior com 13 a 16 e linha longitudinal com 30 a 35
wn

escamas. Linha transversal acima com 4 a 5 e abaixo com 8 a 12 séries de escamas.


Nadadeira dorsal com XVII ou XVIII+11 a 15, peitoral com 14 a 16, pélvica com I+5
e anal com III+8 a 10 raios. Corpo claro, com faixas transversais escuras; nadadeiras
claras, sendo a caudal com pintas escuras unidas entre si, formando listras transversais.
Comprimento total máximo. 200 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e lagoas, e segundo Sousa e Teixeira-Filho (1985)
alimenta-se de larvas de insetos e detritos.
Distribuição. Bacias de vários rios Africanos.
Observação. Espécie africana, introduzida em várias bacias da América do Sul e
muito cultivada em pesqueiros e pisciculturas. Híbridos dessa espécie com outras
do

congêneres e até de outros gêneros são bastante comuns.

CICHLIDAE 213
ree
Satanoperca pappaterra
(Heckel, 1840)
“cará”, “zoiúdo”, “porquinho”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S
loa
Comprimento padrão 150 mm

Corpo alto; altura contida 2,3 a 2,8, da cabeça 3 a 3,6 e do pedúnculo caudal 6,2
a 7 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3,3, e do pedúnculo caudal 6,5 a 7,5
vezes no CP; e focinho contido 1,3 a 1,9, órbita 3,4 a 4,3 e interorbital 3 a 4 vezes no
CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com uma ou duas séries de dentes. Linha
lateral superior com 18 a 20, inferior com 11 a 13 e linha longitudinal com 28 a 33
wn

escamas. Linha transversal acima com 4 a 5 e abaixo com 6 a 9 séries de escamas.


Nadadeira dorsal com XIV ou XV+9 a 11, peitoral com 13 a 15, pélvica com I+5 e
anal com III+6 ou 7 raios. Corpo esverdeado iridescente, com duas listras escuras
paralelas, da boca ao olho; cinco ou seis faixas transversais escuras, às vezes pouco
conspícuas, na região lateral do corpo; nadadeiras escuras com pintas claras.
Comprimento total máximo. 222 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de larvas de insetos
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Apresenta cuidado parental, realiza pequenas
migrações, reproduz-se de outubro a janeiro, e a primeira maturação gonadal nas
fêmeas ocorre com 86 mm e nos machos com 75 mm (SUZUKI; VAZZOLER;
do

MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).


Distribuição. Bacias dos rios Amazonas, Guaporé e Paraná-Paraguai.
Observação. Anteriormente, era incluída no gênero Geophagus Heckel, 1840, e
identificada como Geophagus jurupari Heckel, 1840, a qual atualmente é restrita à
bacia do baixo Amazonas (KULLANDER, 2003).

214 CICHLIDAE
ree
Tilapia rendalli
(Boulenger, 1897)
“tilápia”
P
E
R
C
I
F
O
R

df
M
E
S
loa
Comprimento padrão 150 mm

Corpo alto; altura contida 2,4 a 2,8, da cabeça 3,2 a 3,6 e do pedúnculo caudal
6,1 a 7,2 vezes no CP; comprimentos da cabeça 2,8 a 3,3 e do pedúnculo caudal 6,5
a 7,5 vezes no CP; e focinho contido 2,3 a 2,9, órbita 2 a 4,6 e interorbital 2,4 a 3,8
vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com uma ou duas séries de
dentes. Linha lateral superior com 20 ou 21, inferior com 11 a 14 e linha longitudinal
wn

com 28 a 33 escamas. Linha transversal acima com 3½ a 5 e abaixo com 5 a 7 séries


de escamas. Nadadeira dorsal com XV ou XVI+11 a 13, peitoral com 11 a 13, pélvica
com I+5 e anal com III+8 a 10 raios. Corpo claro, com faixas transversais escuras;
nadadeiras claras, com poucos pigmentos escurecidos dispersos, caudal sem listras
escuras.
Comprimento total máximo. 170 mm.
Dados biológicos. Vive em rios e canais, alimentando-se de detritos e algas.
Distribuição. Bacias de vários rios Africanos.
Observação. Espécie africana, introduzida em várias bacias da América do Sul e
muito cultivada em pesqueiros e pisciculturas. Híbridos dessa espécie com outras
do

congêneres e até de outros gêneros são bastante comuns.

CICHLIDAE 215
Achiridae
Os membros da família Achiridae são de pequeno a médio porte, possuem

ree
o corpo comprimido e de contorno ovalado, sendo que os olhos estão situados do
lado direito do corpo, as nadadeiras dorsal e anal são longas, as peitorais são
reduzidas ou ausentes, as pélvicas são assimétricas, e a caudal é arredondada
(RAMOS, 2003). Permanecem geralmente associados ao sedimento,
movimentando-se pouco à espera da presa, mas são extremamente ágeis na
P captura da mesma. Algumas espécies são utilizadas por aquariofilistas. Na região,
L ocorre o gênero Catathirydium Chabanaud, 1928.
E
U
R
Catathyridium jenynsii
O (Günther, 1862)

df
N “linguado”, “solha”
E
C
T
I
F
O
R
M
E
loa
S

Comprimento padrão 107,6 mm


wn

Corpo alto; altura contida 1,5 a 1,8, do pedúnculo caudal 4,1 a 6 e da cabeça 2,8 a
3,4 vezes no CP; altura do pedúnculo 2,7 a 4 vezes na AC; e focinho contido 2,8 a 4, órbita
8,7 a 15,9 e interorbital 6,1 a 11,8 vezes no CC. Boca terminal; pré-maxilar e dentário com
pequenos dentes cônicos. Linha lateral com 70 a 85 escamas. Nadadeira dorsal com 55 a
60, pélvica com 5 e anal com 40 a 44 raios. Lado direito do corpo castanho, com várias
pintas escuras irregulares e cinco ou seis listras transversais irregulares; lado esquerdo
claro, sem pigmentação; nadadeiras castanhas, com várias pintas escuras.
Comprimento total máximo. 256 mm.
Dados biológicos. Vive em rios, lagoas e canais, alimentando-se de pequenos peixes
(HAHN; FUGI; ANDRIAN, 2004). Não apresenta cuidado parental, realiza pequenas
do

migrações, e a primeira maturação gonadal nas fêmeas ocorre com 104,2 mm e nos
machos com 108 mm (SUZUKI; VAZZOLER; MARQUES; LIZAMA; INADA, 2004).
Distribuição. Bacias dos rios Paraná e Uruguai.
Observação. Essa espécie se estabeleceu na região após a inundação das Sete Quedas
pela construção do reservatório de Itaipu. Anteriormente, o “linguado” da bacia do rio
Paraguai era incluído no gênero Achirus La Cepède, 1802 (RAMOS, 1998).

216 ACHIRIDAE
Acúleo: raio de nadadeira duro, formando um espinho forte e normalmente pungente,

ree
perfurante, muitas vezes serrilhado nas laterais.
aff.: partícula utilizada para referir-se a uma espécie afim, parecida com aquela, mas que é
sabidamente diferente e não possui nome científico disponível.
Arco branquial: estrutura cartilaginosa que suporta os filamentos e os rastros branquiais.
Barbilhão maxilar: barbilhão cuja base é inserida na região do osso maxilar, que se origina
logo acima do canto da boca, presente principalmente nos peixes de couro (Siluriformes).
Barbilhão mental: barbilhão dos peixes de couro (Siluriformes), localizado na região inferior
da mandíbula.
Barbilhão rictal: localizado no canto da boca, originando-se próximo e logo abaixo da base
do barbilhão maxilar.
Biótopo: área ocupada por um conjunto inter-relacionado de fauna e flora, local disponível

df
para a sobrevivência das espécies.
Boca inferior: cuja abertura é situada na região inferior (ventral) da cabeça.
Boca subterminal: cuja abertura é voltada para a região inferior da cabeça, pouco abaixo/ G
atrás do plano transversal que passa pela extremidade mais anterior da cabeça. L
Boca superior: cuja abertura é voltada para região superior da cabeça, logo acima do plano O
transversal que passa pela extremidade mais anterior da cabeça. S
S
Boca terminal: cuja abertura é situada na região mais anterior da cabeça.
Á
Brânquia: estrutura externa do arco branquial, composta pelos filamentos branquiais, que são R
loa
responsáveis pela oxigenação do sangue dos peixes, ou seja, órgão respiratório dos peixes. I
Caracteres merísticos: dados contáveis dos organismos, por exemplo: número de dentes, O
escamas, raios, entre outros.
Caracteres morfométricos: dados mensuráveis dos organismos, por exemplo: comprimento
padrão, distância pré-dorsal, largura da cabeça, entre outros.
cf.: partícula utilizada para referir-se a indivíduos provavelmente da espécie nomeada, que,
por algum motivo não se tem certeza, sugerindo a necessidade de conferir.
Comprimido: achatado látero-lateralmente.
Conspícua: nítida, bem visível.
Coracóides: par de ossos da cintura escapular, que corresponderia à cintura na qual se inserem
wn

os membros superiores ou anteriores em outros grupos, como nos mamíferos, por exemplo.
Crenulada: com ondulações, crenulações na borda.
Cromatóforos: pigmentos coloridos.
Cuidado parental: cuidado executado pelos pais para a proteção de seus descendentes,
podendo incluir desde a fase ovo até alevinos.
Dentário: osso da maxila inferior, ou mandíbula, que pode ser provido ou não de dentes.
Dente cônico: dente pequeno, em forma de cone.
Dente cuspidado: dente com a borda cortante composta por duas ou mais pontas (cúspides)
ou saliências.
do

Dente depressível: dente móvel, não fixado integralmente de maneira rígida no osso, que,
em contato com o alimento, pode mudar da posição repousada para eriçada.
Dente mamiliforme: dente com a base alargada, terminando em ponta rombuda, em forma
de mamilo.
Dente viliforme: dente muito pequeno, em forma de cone, implantado juntamente com um
grande número de outros dentes semelhantes, sobre uma placa dentígera óssea.

217
Deprimido: achatado dorso-ventralmente.

ree
Dimorfismo sexual: diferença morfológica e/ou comportamental perceptível externamente
entre machos e fêmeas da mesma espécie, podendo incluir formação de estruturas para
cópula ou coorte, porte, padrão de colorido, estruturas utilizadas para reconhecimento de
sexos, entre outras.
Distal: mais afastado do centro do corpo.
Entalhe na nadadeira dorsal: concavidade na margem da nadadeira, situada entre a
porção de raios duros (espinhos) e raios moles.
Escama ciclóide: escama fina, sem espinhos na superfície e com anéis concêntricos.
Escama ctenóide: escama fina, com vários espinhos pequenos na superfície externa,
normalmente voltados para trás, conferindo aspereza ao peixe quando acariciado de trás
para frente, e com anéis perpendiculares.

df
Escama espinóide: escama ciclóide modificada, fina, com vários dentículos na superfície
externa, normalmente voltados para trás, conferindo leve aspereza ao peixe quando acariciado
de trás para frente, e com anéis concêntricos.
G Escudo pré-dorsal: conjunto de placas ósseas localizado entre a parte posterior do crânio
L e a inserção do primeiro raio da nadadeira dorsal.
O Escudo: placa dérmica rígida, normalmente ornamentada com um ou mais espinhos
S pungentes, voltados para trás, geralmente disposto em uma série longitudinal ao longo do
S flanco, juntamente com outros escudos similares.
Á Espécie: grupo de organismos isolados reprodutivamente de outras espécies, e que realizam
R
loa
trocas de material genético entre si, deixando descendentes capazes de se reproduzir.
I
Espinho pré-dorsal: pequeno espinho inserido na linha mediano-dorsal, logo à frente da
O
nadadeira dorsal, podendo às vezes encontrar-se recoberto por pele ou muco.
Espinho: raio de nadadeira duro, pungente, perfurante (não serrilhado).
Família: categoria taxonômica utilizada para agrupar gêneros com características semelhantes.
Fecundação externa: fecundação (encontro dos gametas masculino e feminino) ocorrida
fora do corpo da fêmea, após o macho e a fêmea expelirem seus gametas na água.
Fecundação interna: fecundação (encontro dos gametas masculino e feminino) ocorrida
dentro do corpo das fêmeas.
Flanco: região lateral do corpo.
Fontanela: abertura na superfície mediana do teto do crânio, moleira. Quando situada entre
wn

os ossos frontais é chamada fontanela frontal e quando entre os ossos parietais chama-se
fontanela parietal.
Frontal: osso do teto do crânio, situado entre as órbitas.
Fusiforme: em forma de fuso, alongado, em forma de torpedo.
Ganchos eréteis: espinhos curvados (odontodes) implantados no inter-opérculo, que,
devido à movimentação muscular, podem eriçar-se voluntariamente.
Gênero: categoria taxonômica utilizada para agrupar espécies com características semelhantes.
Gibosidade: convexidade (corcunda) na região mediano-dorsal do corpo e/ou cabeça, anterior
à nadadeira dorsal.
Gonopódio: modificação da nadadeira anal em órgão copulador nos machos.
do

Hialino: transparente, translúcido, que deixa passar a luz.


Hibridação bilateral: cruzamento de indivíduos de ambos os sexos de espécies diferentes,
ou seja, entre machos e fêmeas das duas espécies.
Ictiofauna: fauna de peixes.
Incertae sedis: conjunto de gêneros e/ou de espécies que não possuem suas relações de
parentesco estudadas a contento ou conclusivamente, nem possuem um conjunto de

218
caracteres únicos para qualificá-los como determinada categoria taxonômica, como família

ree
ou subfamília, por exemplo.
Inconspícua: não nítida, pouco visível.
Inter-opérculo: osso do aparelho opercular situado sob o pré-opérculo.
Iridescente: que apresenta cor diversa e reluzente, segundo a luz projetada.
Istmo: região mais estreita entre as bordas inferiores das membranas branquiais situadas na
porção ventral da cabeça.
Jusante: abaixo de um determinado local.
Lagoa permanente: lagoa que não seca, independentemente do período do ano.
Lagoa temporária: lagoa que seca nos períodos de seca ao longo do ano.
Linha lateral: canal estreito sobre a região lateral do corpo, perfurado em determinados

df
intervalos para penetração da água, e com células sensoriais, funcionando como um “radar”,
ao perceber vibrações e alterações de pressão na água.
Lóbulo branquial: estrutura cartilaginosa arredondada, podendo ou não apresentar rastros,
presente na parte superior do arco branquial de alguns membros da família Cichlidae. G
Localidade-tipo: local em que o exemplar-tipo da espécie foi coletado. L
O
Maturação gonadal: fase em que os indivíduos encontram-se aptos a se reproduzir. S
Maxilas: conjunto de ossos da parte superior (maxila superior) e inferior (maxila inferior ou S
mandíbula) da boca. A maxila superior é formada por um par de ossos pré-maxilares e um par Á
de ossos maxilares de cada lado. A maxila inferior é composta por três pares de ossos, R
loa
dentários, articulares e angulares. I
Melanóforos: pigmentos escuros. O
Migração: deslocamento de uma determinada região para outra.
Montante: acima de um determinado local.
Nadadeira arredondada: com a margem posterior arredondada.
Nadadeira bifurcada: dividida em dois lobos separados por um entalhe em forma de
forquilha, sendo um superior e outro inferior.
Nadadeira truncada: com a margem posterior reta.
Nadadeira: apêndice locomotor dos peixes, constituída de raios ósseos unidos por
membranas chamadas inter-radiais. Podem ser pares (peitorais e pélvicas) ou ímpares (dorsal,
wn

adiposa, anal e caudal).


Odontodes: dentículos dérmicos que podem variar em número, forma e rigidez, de acordo
com a espécie, sexo, local do corpo ou período reprodutivo.
Opérculo: maior osso do aparelho opercular, que recobre a cavidade branquial.
Ordem: categoria taxonômica que agrupa as famílias com características semelhantes.
Ovovivípara: espécie cuja reprodução se dá por fecundação interna e o desenvolvimento é
indireto, ou seja, ocorre a formação dos ovos, que se desenvolvem dentro do corpo da
fêmea e posteriormente são depositados na água, quando nascem os filhotes.
Palato: superfície superior da cavidade bucal, atrás dos pré-maxilares, constituída de vários
do

ossos (céu da boca).


Parietais: par de ossos da porção posterior do teto do crânio, situados atrás dos frontais e
à frente do supra-occipital.
Pedúnculo caudal: região entre a inserção do último raio da nadadeira anal e a origem da
nadadeira caudal.

219
Perifíton: conjunto de microorganismos que vivem aderidos a uma superfície do ambiente

ree
aquático (pedras, folhas, dentre outros).
Planície de inundação: terrenos baixos e planos irrigados por rios que, em períodos de
seca, apresentam um leito definido e várias lagoas, e, em períodos de cheia, são parcial ou
totalmente inundados.
Polifilético: conjunto de grupos não unidos por um único ancestral comum.
Pré-opérculo: osso do aparelho opercular situado à frente do opérculo e sobre o inter-
opérculo.
Processo coracóide: extremidade do osso coracóide.
Processo umeral: projeção óssea posterior da cintura escapular, situado logo atrás da
abertura branquial e acima da nadadeira peitoral.
Prognata: mandíbula ou maxila inferior alongada e proeminente, mais longa que a maxila superior.

df
Projeções glomerulares: estruturas globulares, enoveladas, macias e flexíveis, de formato
irregular, situadas no palato de algumas espécies de curimatídeos.
G Protrátil: composta de ossos móveis, com capacidade de projetarem-se para frente.
L Proximal: mais próximo do centro do corpo.
O
Pseudotímpano: ponto da região umeral desprovido de músculos, sob o qual se ajusta,
S
internamente, a parede anterior da bexiga natatória.
S
Á Pungente: com ponta dura e fina, perfurante, que espeta.
R Raios branquiostegais: localizados na região inferior da cabeça, dando suporte ao opérculo.
loa
I Raios procurrentes: situados à frente e em seqüência aos raios principais da nadadeira
O caudal, na linha mediano-ventral e dorsal.
Região neotropical: região zoogeográfica do sul do México até o norte da Argentina.
Reniforme: em forma de rim.
Rostro: prolongamento, geralmente tubular, do focinho.
Sinonímia: relação de nomes científicos inválidos (sinônimos), conforme a ordem cronológica
de descrição.
Sinônimo(a): nome científico de espécie ou gênero inválido nomenclaturalmente por
existência de um outro mais antigo, ou seja, publicado anteriormente, baseado em indivíduos
da mesma espécie ou gênero (exceto o chamado sinônimo sênior, válido).
wn

Sistema látero-sensorial: ver linha lateral.


Sistemática filogenética: ciência que estuda as relações de parentesco entre os grupos,
esboçando padrões evolutivos.
sp.: partícula utilizada quando não se consegue identificar o nome da espécie em questão ou
quando a espécie é nova, ou seja, ainda não possui nome científico formalmente publicado.
Taxonomia: ramo da Zoologia que trata da classificação dos seres vivos.
Tubérculos nupciais: estruturas dérmicas em forma de botões, presentes principalmente
em algumas regiões da cabeça e parte anterior do tronco, geralmente mais desenvolvidas em
indivíduos no período de reprodução.
do

Ventosa: estrutura circular que, através de sucção, proporciona aderência ao substrato.


Vivípara: espécie cuja reprodução se dá por fecundação interna e cujo desenvolvimento dos
filhotes também é interno, e, ao nascerem, os filhotes são bastante semelhantes aos adultos.
Vômer: osso localizado na região anterior do palato, logo atrás dos pré-maxilares.
Zoologia: ciência que estuda os animais.

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do

232
Material utilizado para as descrições, com número do lote, (entre parênteses

ree
o número de exemplares, quando mais do que um, e amplitude do comprimento padrão
ou total) e para as fotografias, com asterisco. Todos os lotes estão depositados na
coleção ictiológica do Nupélia (NUP), e são provenientes da planície de inundação
do alto rio Paraná, reservatório de Itaipu e afluentes das duas margens do rio Paraná,
bacia do alto rio Paraná, nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, Brasil.

CYPRINIFORMES: Cyprinidae: Cyprinus carpio: 1414* (4 de 6, 184,0-251,2 ). CHARACIFORMES: Curimatidae:


Cyphocharax modestus: 3290* (2, 98,2-100,0); Steindachnerina brevipinna: 2372 (3, 58,4-103,6); S.
insculpta 1424* (3, 62,4-99,8). Anostomidae: Leporellus vittatus: 1902* (3, 79,8-165,2); Leporinus
elongatus: 763 (2, 212,0-250,3) e 1900 (280,2); L. friderici: 1180 (5, 118,2-193,4); L. lacustris 3308* (3,
128,0-179,8), L. macrocephalus: 1838* (2, 80,0-137,2) e 1906 (2, 190,0-235,0); L. obtusidens: 274
(212,2), 275 (104,7) e 277 (132,1); L. octofasciatus: 281* (3, 170,8-182,0); Schizodon borellii: 1925 (3,
220,0-290,0); S. nasutus: 2495* (3, 114,2-122,4). Crenuchidae: Characidium aff. zebra: 372 (5, 31,1-

df
43,8); Characidium sp. 347 (2, 15,4-22,3), 454 (116,8), 2352 (23,1), 3337 (2, 23,1-24,8) 3450* (30,
18,3-27,6) e 3451 (28,2). Characidae: Astyanax bockmanni: 765 (5, 52,9-68,4); A. aff. fasciatus: 32* (5,
50,2-90,6); A. aff. paranae: 133 (5, 51,4-64,8); A. schubarti: 397 (5, 40,4-52,4); Bryconamericus aff.
iheringi: 824* (5, 56,0-58,5); B. stramineus: 3298* (5, 33,6-53,9); B. exodon: 4911 (33, 35,0-80,5);
Hemigrammus marginatus: 2384* (20, 31,0-35,2); H. eques: 3282* (5, 20,7-29,9); Hyphessobrycon sp:
1991* (10, 26, 6-30,0); Knodus moenkhausii.: NUP 3211* (10, 40,0-52,0); Moenkhausia aff. intermedia:
2389* (6, 31,6-35,5) e 3208 (25, 47,3-66,8); M. aff. sanctaefilomenae: 371 (5, 31,1-50,9); Oligosarcus
paranensis: 303* (6, 67,4-90,3); O. pintoi: 1772* (5, 57,4-76,1); Psellogrammus kennedyi: 4557: (4,
22,4-34,5); Salminus hilarii: 1893* (3, 160,0-214,6); S. brasiliensis: 1865 (3, 212,0-282,0).
Aphyocharacinae: Aphyocharax sp.: 3225* (32,2). Characinae: Galeocharax knerii: 263* (3, 125,0-
187,6); Roeboides paranensis: 3286* (3, 52,8-68,2). Cheirodontinae: Odontostilbe sp.: 1517* (10, 23,4-
loa
26,8); Serrapinnus notomelas: 360 (10, 20,2-37,9); Serrapinnus sp. 1: 3283* (10, 28,5-39,2); Serrapinnus
sp. 2: 3455* (10, 19,0-32,0). Serrasalminae: Metynnis lippincottianus: 443* (52,3) e 2714 (94,8); Myloplus
tiete: 2484* (2, 77,9-117,0) e 291 (115,7); Mylossoma duriventre: NUP 2158* (2, 109,0-125,9); Piaractus
mesopotamicus: 2353 (3, 119,2-131,6); Serrasalmus maculatus: 396* (3, 45,7-87,3); S. marginatus:
439* (3, 46,1-122,8). Cynodontidae: Rhaphiodon vulpinus: 1513 (327,0) e 3418 (212,5). Erythrinidae: A
Hoplerythrinus unitaeniatus: 3437* (5, 143,9-176,3); Hoplias sp. 1: 292* (7, 97,8-171,1) e 3456 (5, P
130,0-252,0); Hoplias sp. 2: 3457* (5, 180,09-263,0); Hoplias sp. 3: 3458* (3, 145,3-161,7). Lebiasinidae:
Pyrrhulina australis: 3345* (5, 22,3-26,9). SILURIFORMES: Cetopsidae: Cetopsis gobioides: 2476* (3, 82,4-
Ê
102,4). Aspredinidae: Amaralia sp.: 98 (50,7) e 124* (87,1). Trichomycteridae: Paravandellia oxyptera: N
313* (3, 24,0-25,9); Trichomycterus sp. 2325* (15, 52,0 89,0). Callichthyidae: Callichthys callichthys: D
318 (58,8) e 1722 (102,0); Corydoras aeneus: 1526* (5, 39,3-44,1); C. flaveolus: 1572* (3, 29,5-35,5); I
Hoplosternum littorale: 161* (3, 152,0-205,0). Scoloplacidae: Scoloplax empousa: 4806* (17, 18,0-
21,0); Loricariidae: Hypoptopomatinae: Hisonotus sp.: 4597 (1, 28,0); Loricariinae: Farlowella aff.
C
amazona: 374* (6, 75,6-162,0); Loricaria sp.: 2567* (3, 133,0-187,0) e 3132 (7, 193,0-218,0); E
S
wn

Rineloricaria sp.: 2565* (1, 86,0). Hypostominae: Hypostomus albopunctatus: 1761* (11, 146,0-315,0);
H. ancistroides: 332* (5, 66,9-144,2); H. cochliodon: 2556* (20, 165,7-210,0); H. commersoni: 856*
(20, 160,0-284,0); H. margaritifer: 1766* (20, 227,0-312,0); H. microstomus: 1725* (4, 194,0-260,0);
H. regani: 2286* (20, 166,0-293,0); H. ternetzi: 1765 (20, 157,0-296,0); Hypostomus sp.: 2577* (5,
123,2-186,0); Hypostomus cf. strigaticeps: 3190* (4, 95,0-169,0); Pterygoplichthys anisitsi: 1529 (3,
180,0-290,0); Rhinelepis aspera: 1726 (15, 133,0-250,0) ; Megalancistrus parananus: 528* (2, 230,0-
380,0). Heptapteridae: Cetopsoshamdia iheringi: 3232* (65,2) e 2087 (42,7); Heptapterus mustelinus:
2500* (2, 97,9-108,6); Imparfinis mirini: 87* (2, 42,0-61,0) e 354 (43,0); I. schubarti: 2032* (107,4) e
2083 (2, 65,2-98,1); Phenacorhamdia tenebrosa: 2499 (4, 52,1-63,6); Pimelodella avanhandavae:
3455 (7, 99,0-152,0); P. gracilis: 3118* (6, 91,5-109,7); P. taenioptera: 3991* (2, 97,9-112,3) e 4404 (1,
110,2); Rhamdia quelen: 2501 (3, 170,2-208,2). Pimelodidae: Hemisorubim platyrhynchos: 2506 (4,
177,8-270,5); Hypophthalmus edentatus: 1749 (2, 270,7-308,5); Iheringichthys labrosus: 671 (124,0-
144,7); Megalonema platanum: 1729 (162,7-267,0); Pimelodus cf. argenteus: 3230* (150,7-151,8); P.
maculatus: 420 (2, 76,4-100,0); P. ornatus: 2492 (3, 150,0-190,0); Pinirampus pirinampu: 666 (2,
do

227,0-290,0); Pseudoplatystoma corruscans: 523 (2, 189,0-244,0); Sorubim lima: 2494 (2, 197,0-
397,0); Steindachneridion scriptum: 2479 (310,0); Zungaro zungaro: 1194 (340,0). Doradidae: Oxydoras
eigenmanni 1861* (82,9); Platydoras armatulus: 1052* (132,9). Auchenepteridae: Ageneiosus inermis:
3161* (2, 200,0-212,0); A. militaris 537* (2, 189,0-209,0); A. ucayalensis: 533* (2, 190,0-290,0);
Auchenipterus osteomystax: 2627* (191,0); Parauchenipterus galeatus: 3302* (127,5-137,4); Tatia neivai:
363 (2, 30,0-110,0) e 2080 (2, 89,0-132,0); Trachelyopterus sp.: 1884 (2, 100,0-152,0) e 1885* (180,0).
G Y M N O T I F O R M E S : Sternopygidae: Sternopygus macrurus: 2096* (280,0). Ramphichthyidae:

APÊNDICE 1
233
Gymnorhamphychthys sp.: 3337* (2, 98,2-115,0). Hypopomidae: Brachyhypopomus cf. pinnicaudatus:

ree
2510* (112,2). Apteronotidae: Apteronotus sp. 1750* (240,0). C YPRINODONTIFORMES: Rivulidae: Rivulus
apiamici: 3453 (25,0) e 3159* (2, 13,2-17,0). Poeciliidae: Pamphorichthys sp.: 3226* (10, 14,0-17,2) e
3238 (10, 15,4-29,9); Poecilia reticulata: 3452 (10, 28,2-49,4). S YNBRANCHIFORMES : Synbranchidae:
Synbranchus marmoratus: 414* (5, 204,0-405,0). PERCIFORMES: Sciaenidae: Plagioscion squamosissimus:
1924 (3, 212,0-215,0). Cichlidae: Astronotus crassipinnis: 3449 (2, 208,1-210,0); Cichla kelberi: 1746
(5, 210,0-320,0); Cichla piquiti: 3379 (2, 209,0-210,5); Crenicichla niederleinii: 1097* (130,0); Laetacara
sp.: 822 (20, 25,3-49,0); Geophagus cf. proximus: 4784 (120,0) e 4787 (150,0); Oreochromis niloticus:
1132* (3, 125,0-190,0); Satanoperca pappaterra: 339 (5, 150,0-200,0); Tilapia rendalli: 1809 (32,
102,5-22,8). PLEURONECTIFORMES: Achridae: Catathirydium jenynsii: 1921* (4, 88,2-107,5).

df
Número dos lotes e status dos exemplares fotografados do Museu de Zoologia
da Universidade de São Paulo (MZUSP), todos da bacia do alto rio Paraná, Brasil.

Astyanax schubarti: 1701; Callichthys callichthys: 60261; Erythrinus erythrinus:


34351; Gymnotus sylvius: 83538 (Parátipo); Hoplias sp. “grupo lacerdae” 69370; e
Schizodon altoparanae: 41102 (Holótipo).
loa
A
P
Ê
N
D
I
C
E
S
wn
do

234 APÊNDICE 2
armado $ 165, 166, 167, 168

ree
armao $ 166, 167
A arraia $ 23, 24
arraias $ 22
abotoado $ 167, 168 Aspredinidae $ 10, 15, 109, 233
acari $ 138 Astronotus $ 12, 13, 200, 234
Acestrorhynchidae $ 10, 20, 97 Astronotus crassipinnis $ 12, 200, 234
Acestrorhynchus $ 10, 20, 97, 98, 99 Astronotus ocellatus $ 200
Acestrorhynchus lacustris $ 10, 98 Astyanax $ 1, 9, 21, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 233,
Acestrorhynchus pantaneiro $ 10, 99 234
Achiridae $ 12, 13, 216 Astyanax aff. eigenmanniorum $ 56
Achirus $ 216 Astyanax aff. fasciatus $ 9, 57
aeneus, C. $ 113 Astyanax aff. paranae $ 9, 58
affinis, A. $ 26 Astyanax altiparanae $ 1, 9, 55
Astyanax asuncionensis $ 1

df
Ageneiosus $ 11, 15, 170, 171, 172, 173, 233
Ageneiosus brevifilis $ 171 Astyanax bimaculatus $ 55
Ageneiosus inermis $ 11, 171, 233 Astyanax bockmanni $ 9, 54, 56, 233
Ageneiosus militaris $ 11, 172 Astyanax schubarti $ 9, 59, 234
Ageneiosus ucayalensis $ 11, 173 Auchenipteridae $ 11, 15, 16, 170
Ageneiosus valenciennesi $ 172 Auchenipterus $ 11, 16, 170, 174, 233
albifrons, A. aff. $ 189 Auchenipterus nuchalis $ 174
albopunctatus, H. $ 126 Auchenipterus osteomystax $ 11, 174, 233
altiparanae, A. $ 54 avanhandavae, P. $ 145
altoparanae, S. $ 47
Amaralia $ 10, 15, 109, 233
loa
Amaralia hypsiura $ 109
Amaralia sp. $ 10, 109, 233 B
amblyrhynchus, S. $ 38
Ancistrinae $ 125, 137 bagre $ 146, 147, 148, 149, 153
Ancistrini $ 125, 137 bagre-pedra $ 142 Í
ancistroides, H. $ 126, 233 bagre-sapo $ 140, 164 N
Ancistrus $ 10, 18, 125 bagrinho $ 141, 142, 143, 144, 145
Ancistrus sp. $ 10, 125
D
bananinha $ 53
anisitsi, A. $ 86 I
barbado $ 159
Anostomidae $ 9, 21, 37, 233 barrigudinho $ 196, 197 C
apaiari $ 200 bico-de-pato $ 162 E
Apareiodon $ 9, 19, 26, 27, 28, 29 bocudinho $ 176
wn

Apareiodon affinis $ 9, 27 borellii, S. $ 47, 48 R


Apareiodon piracicabae $ 9, 28 Brachyhypopomus $ 11, 14, 188, 234 E
Apareiodon vladii $ 9, 29 Brachyhypopomus cf. pinnicaudatus $ 11, 188, M
Aphyocharacinae $ 10, 54, 86, 233 234 I
Aphyocharax $ 10, 21, 86, 87, 88, 89, 233 Brachyhypopomus pinnicaudatus $ 188
Aphyocharax anisitsi $ 10, 87
S
brachyura , P.$ 22
Aphyocharax dentatus $ 10, 88 S
brasiliensis, G. $ 209
Aphyocharax difficilis $ 88 brasiliensis, S. $ 72, 233 I
Aphyocharax sp. $ 10, 89, 233 brevipinna, S. $ 32, 33 V
Apteronotidae $ 6, 11, 14, 178, 189, 234 britskii, C. $ 204 O
Apteronotus $ 11, 14, 189, 191, 192, 234 Brycon $ 10, 20, 76, 77, 78
Apteronotus aff. albifrons $ 11, 189 Brycon hilarii $ 10, 77
do

Apteronotus brasiliensis $ 191 Brycon orbignyanus $ 10, 78


Apteronotus caudimaculosus $ 11 Bryconamericus $ 9, 21, 54, 60, 61, 62, 66, 233
Apteronotus cf. caudimaculosus $ 190 Bryconamericus aff. iheringi $ 9, 60, 233
Apteronotus sp. $ 191 Bryconamericus exodon $ 9, 61, 233
argenteus, P. cf. $ 154 Bryconamericus stramineus $ 9, 62, 233
armadinho $ 165, 169 Bryconinae $ 10, 54, 76

235
Cichla $ 12, 13, 200, 201, 202, 234

ree
Cichla kelberi $ 12, 201, 234
C Cichla piquiti $ 12, 202, 234
Cichla sp. $ 202
caborja $ 115, 116 Cichlasoma $ 12, 14, 200, 203
cachara $ 161 Cichlasoma paranaense $ 12, 203
cachorra $ 100 Cichlidae $ 12, 13, 14, 200, 219, 234
Callichthtys $ 18 cochliodon, H. $ 126, 233
Callichthyidae $ 10, 18, 112, 233 Colossoma $ 10, 20, 79
Callichthys $ 10, 112, 233, 234 Colossoma macropomum $ 10, 79
Callichthys callichthys $ 10, 112, 233, 234 Colossoma mitrei $ 83
camboja $ 112, 115, 116 commersoni, H. $ 126, 233
candiru $ 108, 110, 111 corró $ 42
candiru-vampiro $ 110 corruscans, P. $ 160, 161
corvina $ 199

df
cangati $ 175, 177
canivete $ 27, 28, 29, 30 Corydoras $ 10, 18, 112, 113, 114, 233
capatinho $ 175 Corydoras aeneus $ 10, 113, 233
capetão $ 167 Corydoras flaveolus $ 10, 114
cará $ 203, 209, 210, 211, 214 Crenicichla $ 12, 13, 200, 204, 205, 206, 207,
carazinho $ 212 208, 234
carpa-comum $ 25 Crenicichla britskii $ 12, 205
cascudinho $ 118, 119, 125 Crenicichla haroldoi $ 12, 206
cascudo $ 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, Crenicichla jupiaensis $ 12, 207
134, 136 Crenicichla lacustris $ 208
cascudo-abacaxi $ 137 Crenicichla lepidota $ 205
loa
cascudo-avião $ 130 Crenicichla niederleinii $ 12, 208, 234
cascudo-barbudo $ 125 Crenuchidae $ 9, 20, 50, 233
cascudo-chinelo $ 120, 121, 122, 123, 124 curimata $ 31, 32, 34
cascudo-pintado $ 138 Curimata elegans $ 34
cascudo-preto $ 139 Curimata gilberti $ 31
Í Curimatidae $ 9, 19, 31, 233
N cascudo-tarzan $ 135
castex, P. $ 22 curimba $ 36
D Catathirydium $ 216, 234 curimbatá $ 36
AI Catathyridium $ 6, 12, 13, 216 curvina $ 199
PC Catathyridium jenynsii $ 6, 12, 216 Cynodontidae $ 10, 19, 100, 233
ÊE caudimaculosus, A. cf. $ 189 Cyphocharax $ 9, 19, 31, 32, 233
N Cetopsidae $ 10, 15, 108, 233 Cyphocharax modestus $ 9, 31, 233
wn

DR Cetopsis $ 10, 15, 108, 233 Cyphocharax nagelii $ 9, 32


Cetopsis gobioides $ 10, 108, 233 Cyprinidae $ 9, 13, 25, 233
IE
Cetopsorhamdia $ 11, 16, 141 Cypriniformes $ 9, 13, 233
CM Cyprinodontiformes $ 11, 15, 234
EI Cetopsorhamdia iheringi $ 11, 141
Characidae $ 9, 20, 21, 54, 233 Cyprinus $ 9, 13, 25, 233
SS Cyprinus carpio $ 9, 25, 233
Characidium $ 9, 20, 50, 51, 52, 233
S Characidium aff. zebra $ 9, 50, 51, 233
I Characidium fasciatum $ 51
V Characidium sp. $ 9, 52, 233
O Characiformes $ 9, 15, 233 D
Characinae $ 10, 54, 90, 233
charutinho $ 51, 52 dentatus, A. $ 86
do

charuto $ 27, 28, 29, 30 dentudo $ 90, 91


Cheirodon $ 93 Doradidae $ 11, 17, 165, 233
Cheirodontinae $ 10, 54, 92, 233 Doras $ 165
Chondrichthyes $ 9 dourado $ 54, 73
Cichla monoculus $ 201 dourado-facão $ 100

236
Gymnotus $ 11, 14, 178, 179, 180, 181, 182,

ree
234
E Gymnotus carapo $ 179
Gymnotus inaequilabiatus $ 11, 179
Eigenmannia $ 11, 14, 183, 184 Gymnotus pantanal $ 11, 180
Eigenmannia trilineata $ 11, 183 Gymnotus paraguensis $ 11, 181
Eigenmannia virescens $ 11, 184 Gymnotus sylvius $ 11, 182, 234
eigenmanniorum, A. aff. $ 54
elongatus, L. $ 38
eques, H. $ 63, 233
Erythrinidae $ 10, 19, 101, 233 H
Erythrinus $ 10, 19, 101, 234
Erythrinus erythrinus $ 10, 101, 234 haroldoi, C. $ 204
espadão $ 187 Hemigrammus $ 9, 21, 54, 63, 233

df
espadinha $ 183, 184 Hemigrammus marginatus $ 9, 63, 233
espadinha-rajada $ 188 Hemiodontidae $ 9, 19, 53
exodon, B. $ 60, 233 Hemiodus $ 1, 9, 19, 53
Hemiodus orthonops $ 1, 9, 53
Hemisorubim $ 11, 16, 150, 233
Hemisorubim platyrhynchos $ 11, 150, 233
F Heptapteridae $ 11, 16, 17, 141, 233
Heptapterus $ 11, 15, 16, 141, 142, 233
falkneri, P. cf. $ 22 Heptapterus mustelinus $ 11, 142, 233
Farlowella $ 10, 18, 119, 233 heraldoi, P. $ 154
hilarii, B. $ 76
loa
Farlowella aff. amazona $ 10, 119, 233
fasciatum, P. $ 160 hilarii, S. $ 72
fasciatus, A. $ 54, 233 Hisonotus $ 10, 18, 118, 233
fedô $ 167 Hisonotus sp. $ 10, 118, 233
ferreirinha $ 45 histrix, P. $ 22
flamenguinho $ 45 Hoplerythrinus $ 10, 19, 101, 102, 233 Í
flaveolus, C. $ 113, 233 Hoplerythrinus unitaeniatus $ 10, 102, 233 N
friderici, L. $ 38, 233 Hoplias $ 10, 19, 101, 103, 104, 105, 106, 233, D
234
I
Hoplias aff. malabaricus $ 104
Hoplias sp. $ 10, 103, 104, 105, 106, 234 C
Hoplias sp. 1 $ 10, 233 E
G Hoplias sp. 2 $ 10, 233
wn

Hoplias sp. 3 $ 10, 233 R


Galeocharax $ 10, 20, 90, 233 Hoplosternum $ 10, 18, 112, 115, 233 E
Galeocharax knerii $ 10, 90, 233 Hoplosternum littorale $ 10, 115, 233 M
Geophagus $ 12, 13, 200, 209, 210, 214, 234 Hyphessobrycon $ 9, 21, 54, 63, 64, 65, 233 I
Geophagus brasiliensis $ 12, 209 Hyphessobrycon callistus $ 64
Geophagus cf. proximus $ 12, 210, 234
S
Hyphessobrycon eques $ 9, 64
Geophagus jurupari $ 214 S
Hyphessobrycon sp. $ 9, 65, 233
Glandulocaudinae $ 10, 54, 96 Hypophthalmidae $ 151 I
gracilis, P. $ 145, 233 Hypophthalmus $ 11, 16, 150, 151, 233 V
gravetinho $ 119 Hypophthalmus edentatus $ 11, 151, 233 O
guaru $ 194, 195, 196, 197 Hypophthalmus oremaculatus $ 151
Gymnogeophagus $ 12, 13, 211 Hypopomidae $ 11, 14, 178, 188, 234
do

Gymnogeophagus setequedas $ 12, 211 Hypoptopomatinae $ 10, 118, 233


Gymnorhamphichthys $ 11, 14, 186, 234 Hypostominae $ 10, 118, 125, 137, 233
Gymnorhamphichthys hypostomus $ 186 Hypostomus $ 10, 19, 125, 126, 127, 128, 129,
Gymnorhamphichthys rondoni $ 186 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 233
Gymnorhamphichthys sp. $ 11, 186, 234 Hypostomus albopunctatus $ 10, 127, 233
Gymnotidae $ 11, 14, 178 Hypostomus ancistroides $ 10, 128
Gymnotiformes $ 4, 11, 14, 178, 233 Hypostomus cf. strigaticepis $ 10

237
Hypostomus cochliodon $ 10, 129 lambari-do-olho-vermelho $ 68

ree
Hypostomus commersoni $ 10, 130 lambari-do-rabo-amarelo $ 55
Hypostomus margaritifer $ 10, 131 lambari-do-rabo-vermelho $ 57
Hypostomus microstomus $ 10, 132 lambarizinho $ 60, 61, 62, 63, 65, 66, 92
Hypostomus regani $ 10, 133 lambiá $ 91
Hypostomus sp. $ 10, 126, 136, 233 Lebiasinidae $ 10, 19, 107, 233
Hypostomus ternetzi $ 10, 135 Lebistes reticulatus $ 197
Leporellus $ 9, 21, 37, 233
Leporellus vittatus $ 9, 37, 233
Leporinus $ 1, 9, 21, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43,
I 44, 45, 46, 233
Leporinus amblyrhynchus $ 9, 39
iheringi, B. aff. $ 60, 233 Leporinus cf. obtusidens $ 40
Iheringichthys $ 11, 17, 150, 152, 233 Leporinus elongatus $ 9, 40, 233
Leporinus friderici $ 9, 41

df
Iheringichthys labrosus $ 11, 152, 233
Imparfinis $ 11, 16, 141, 142, 143, 144, 233 Leporinus lacustris $ 9, 42
Imparfinis mirini $ 11, 143, 233 Leporinus macrocephalus $ 9, 43
Imparfinis schubarti $ 11, 144 Leporinus obtusidens $ 9, 44
inaequilabiatus, G. $ 178, 179, 182 Leporinus octofasciatus $ 1, 9, 45
inermis, A. $ 170, 233 Leporinus silvestrii $ 44
insculpta, S. $ 32, 33, 233 Leporinus sp. $ 44
intermedia, M. aff. $ 67 Leporinus striatus $ 9, 46
ituí $ 185, 191, 192 Lepthoplosternum $ 10, 18, 112, 116
ituí-cavalo $ 189, 190 Lepthoplosternum pectorale $ 10, 116
limpa-vidro $ 118
loa
linguado $ 216
Liposarcus $ 138
J lobó $ 104, 105, 106
Loricaria $ 10, 18, 119, 120, 121, 233
Í Loricaria prolixa $ 10, 120
jaú $ 164 Loricaria prolixa lentiginosa $ 120
N jejú $ 101, 102 Loricaria sp. $ 10, 120, 121, 233
D joaninha $ 205, 206, 207, 208 Loricariichthys $ 10, 18, 119, 121, 122, 123
AI jundiá $ 149 Loricariichthys platymetopon $ 10, 122
PC jupiaensis, C. $ 204 Loricariichthys rostratus $ 10, 123
ÊE jurupensém $ 150 Loricariidae $ 10, 18, 19, 118, 233
N jurupoca $ 150 Loricariinae $ 10, 118, 119, 233
wn

DR
IE
CM
EI
K M
SS
kelberi, C. $ 201 maconherinho $ 68
S Knodus $ 9, 21, 54, 66, 233
I macrocephalus, L. $ 38
Knodus moenkhausii $ 9, 66, 233 maculatus, P. $ 154, 156, 233
V
maculatus, S. $ 84, 85
O
mandi $ 154, 155, 156, 158
mandi-amarelo $ 156
L mandi-beiçudo $ 152
do

mandi-bicudo $ 152
lacustris, A. $ 97 mandi-capeta $ 167
lacustris, L. $ 38, 233 mandi-chorão $ 146, 147, 148
Laetacara $ 12, 14, 200, 212, 234 mandi-paraguaio $ 157
Laetacara dorsigera $ 212 manduvê $ 172, 173
Laetacara sp. $ 12, 212, 234 mapará $ 151
lambari $ 55, 56, 58, 59, 67, 71, 72, 93, 94, 95 margaritifer, H. $ 126, 233

238
marginatus, S $ 84, 233 oscar $ 200

ree
mato-grosso $ 54, 64 Osteichthyes $ 9
Megalancistrus $ 10, 18, 125, 137, 233 Oxydoras $ 11, 17, 165, 233
Megalancistrus aculeatus $ 137 Oxydoras eigenmanni $ 11, 165, 233
Megalancistrus parananus $ 10, 137, 233
Megalonema $ 11, 16, 150, 153, 233
Megalonema platanum $ 11, 153, 233
Metynnis $ 10, 20, 79, 80, 233 P
Metynnis lippincottianus $ 10, 80, 233
Metynnis maculatus $ 80 pacu $ 54, 80, 81, 82, 83
microstomus, H. $ 126, 233 pacu-cd $ 80
militaris, A. $ 170, 233 pacu-peva $ 81, 82
mirini, I. $ 142 pacu-prata $ 81
mocinha $ 51 pacus $ 79

df
modestus, C. $ 31 palmito $ 171, 174
Moenkhausia $ 9, 21, 54, 67, 68, 233 Pamphorichthys $ 11, 15, 195, 234
Moenkhausia aff. intermedia $ 9, 67, 233 Pamphorichthys sp. $ 11, 195, 234
Moenkhausia aff. sanctaefilomenae $ 9, 68 pantanal, G. $ 178
morenita $ 179, 180, 181, 182 pantaneiro, A. $ 97
motoro, P. cf. $ 22 paraguensis, G. $ 178
muçum $ 198 paranae, A. aff. $ 54, 233
Myleus $ 81 paranaensis, P. $ 154
Myliobatiformes $ 4, 9, 13 paranensis, O. $ 69
Myloplus $ 10, 20, 79, 81, 233 Parauchenipterus $ 11, 16, 170, 175, 233
Myloplus levis $ 81 Parauchenipterus galeatus $ 11, 175, 233
loa
Myloplus tiete $ 10, 81, 233 Paravandellia $ 10, 15, 110, 233
Mylossoma $ 10, 20, 79, 82, 233 Paravandellia oxyptera $ 10, 110, 233
Mylossoma duriventre $ 10, 82, 233 Parodon $ 9, 19, 26, 30
Mylossoma orbignyanum $ 82 Parodon nasus $ 9, 30
Parodontidae $ 9, 19, 26 Í
Paulicea luetkeni $ 164 N
peixe-banjo $ 109 D
N peixe-cachorro $ 69, 70, 98, 99
I
Perciformes $ 5, 12, 13, 234
perna-de-moça $ 37, 151 C
nagelii, C. $ 31 E
Phalloceros $ 11, 15, 195, 196
Nannorhamdia $ 143
Phalloceros aff. caudimaculatus $ 11, 196
wn

nasutus, S. $ 47, 233 R


Phenacorhamdia $ 11, 15, 16, 141, 145, 233
niederleinii, C. $ 204
notomelas, S. $ 93
Phenacorhamdia tenebrosa $ 11, 145, 233 E
piaba $ 54, 71 M
Piabina $ 9, 21, 54, 71 I
Piabina argentea $ 9, 71 S
piabinha $ 93, 94, 95, 96
O piapara $ 40
S
Piaractus $ 10, 20, 79, 83, 233 I
obtusidens, L. $ 38, 233 Piaractus mesopotamicus $ 10, 83, 233 V
octofasciatus, L. $ 38, 233 piau $ 39, 44, 45 O
Odontostilbe $ 10, 21, 92, 233 piau-bosteiro $ 47, 48
Odontostilbe sp. $ 10, 92, 233 piau-listrado $ 46
do

Oligosarcus $ 9, 20, 54, 69, 70, 233 piaussu $ 43


Oligosarcus paranensis $ 9, 69, 233 piau-três-pintas $ 41
Oligosarcus pintoi $ 9, 70 piavuçu $ 43
orbignyanus, B. $ 76 Pimelodella $ 11, 17, 141, 145, 146, 147, 148,
Oreochromis $ 12, 14, 200, 213, 234 233
Oreochromis niloticus $ 12, 213, 234 Pimelodella avanhandavae $ 11, 146, 233
ornatus, P. $ 154, 233 Pimelodella gracilis $ 11, 147, 233

239
Pimelodella sp. 1 $ 147 Pseudoplatystoma corruscans $ 11, 160, 233

ree
Pimelodella sp. 2 $ 146 Pseudoplatystoma fasciatum $ 11, 161
Pimelodella taenioptera $ 11, 148 Pterodoras $ 11, 17, 165, 167
Pimelodidae $ 11, 16, 17, 150, 233 Pterodoras granulosus $ 11, 167
Pimelodus $ 11, 17, 150, 154, 155, 156, 157, Pterygoplichthys $ 10, 19, 125, 138, 233
158, 233 Pterygoplichthys anisitsi $ 10, 138, 233
Pimelodus cf. argenteus $ 11, 154, 233 Pyrrhulina $ 10, 19, 107, 233
Pimelodus fur $ 155 Pyrrhulina australis $ 10, 107, 233
Pimelodus heraldoi $ 11, 155
Pimelodus maculatus $ 11, 156
Pimelodus mysteriosus $ 156
Pimelodus ornatus $ 11, 157 R
Pimelodus paranaensis $ 11, 158
Pinirampus $ 11, 16, 150, 159, 233
rabeca $ 109
Pinirampus pirinampu $ 11, 159, 233

df
raia $ 23, 24
pintado $ 160
raias $ 4, 6, 22
pintoi, O. $ 69, 233
Ramphichthys rostratus $ 187
piquira $ 60, 61, 62, 71, 87, 88, 89, 107
rapa-canoa $ 120, 121, 122, 123
piquiti, C. $ 201
regani, H. $ 126, 233
piracanjuba $ 77, 78
Rhamdia $ 11, 16, 141, 149, 233
piracanjuva $ 77, 78
Rhamdia quelen $ 11, 149, 233
piracicabae, A. $ 26
Rhamphichthyidae $ 11, 14, 178, 186
pirambóia $ 198
Rhamphichthys $ 11, 14, 186, 187
piranha $ 84, 85
Rhamphichthys hahni $ 11, 187
piranhas $ 79
Rhaphiodon $ 10, 19, 100, 233
loa
piraputanga $ 77
Rhaphiodon vulpinus $ 10, 100, 233
Plagioscion $ 12, 13, 199, 234
Rhinelepis $ 11, 18, 19, 125, 139, 233
Plagioscion squamosissimus $ 12, 199, 234
Rhinelepis aspera $ 11, 139, 233
Planaltina $ 10, 21, 96
Rhinodoras $ 11, 17, 165, 168
Planaltina britskii $ 10, 96
Í Rhinodoras dorbignyi $ 11, 168
Platydoras $ 11, 17, 165, 166, 233
Rineloricaria $ 10, 18, 119, 124, 233
N Platydoras armatulus $ 11, 166, 233
Rineloricaria sp. $ 10, 124, 233
D platymetopon, L. $ 121
Rivulidae $ 11, 15, 194, 234
AI Pleuronectiformes $ 12, 13, 234
Rivulus $ 11, 15, 194, 234
PC Poecilia $ 11, 15, 195, 197, 234
Rivulus apiamici $ 11, 194, 234
ÊE Poecilia reticulata $ 11, 197, 234
Roeboides $ 10, 20, 90, 91, 233
Poeciliidae $ 11, 15, 195, 234
N Roeboides paranensis $ 10, 91, 233
Porotergus $ 11, 14, 189, 192
wn

DR rostratus, L. $ 121
Porotergus ellisi $ 11, 192
IE porquinho $ 214
CM Potamotrygon $ 6, 9, 13, 22, 23, 24
EI Potamotrygon cf. falkneri $ 9, 23
SS Potamotrygon cf. motoro $ 9, 24
S
S Potamotrygonidae $ 9, 13, 22
I Prochilodontidae $ 9, 19, 35 saguiru $ 31, 32, 33, 34
Prochilodus $ 9, 19, 35, 36 saicanga $ 69
V Salminus $ 9, 20, 54, 72, 73, 74, 233
Prochilodus lineatus $ 9, 36
O Prochilodus scrofa $ 36 Salminus brasiliensis $ 9, 73
prolixa, L. $ 120 Salminus hilarii $ 9, 74, 233
proximus, G. cf. $ 209 Salminus maxillosus $ 73
do

Psellogrammus $ 9, 21, 54, 72, 233 sanctaefilomenae, M. aff. $ 67, 233


Psellogrammus kennedyi $ 9, 72, 233 sardela $ 75, 151
Pseudocetopsis $ 108 sardinha $ 75
Pseudopimelodidae $ 11, 16, 140 Satanoperca $ 12, 13, 200, 214, 234
Pseudopimelodus $ 11, 16, 140, 164 Satanoperca pappaterra $ 12, 214, 234
Pseudopimelodus mangurus $ 11, 140, 164 Schizodon $ 9, 21, 37, 47, 48, 49, 233, 234
Pseudoplatystoma $ 11, 17, 150, 160, 161, 233 Schizodon altoparanae $ 9, 47, 234

240
Schizodon borellii $ 9, 48, 233 Tatia neivai $ 11, 176, 233

ree
Schizodon intermedius $ 48 tatu $ 187
Schizodon nasutus $ 9, 49 ternetzi, H. $ 126, 233
schubarti, A. $ 54, 233 Tilapia $ 12, 14, 200, 215, 234
schubarti, I. $ 142, 233 tilápia $ 213, 215
schuhmacheri, P. $ 22 Tilapia rendalli $ 12, 215, 234
Sciaenidae $ 12, 13, 199, 234 timborê $ 49
Scoloplacidae $ 10, 17, 117, 233 tortuosus $ 30
Scoloplax $ 10, 17, 117, 233 Trachelyopterus $ 11, 16, 170, 175, 177, 233
Scoloplax empousa $ 10, 117, 233 Trachelyopterus coriaceus $ 177
Serrapinnus $ 10, 21, 92, 93, 94, 95, 233 Trachelyopterus sp. $ 11, 177, 233
Serrapinnus notomelas $ 10, 93, 233 Trachycorystes $ 175
Serrapinnus sp. 1 $ 10, 93, 94, 233 Trachydoras $ 11, 17, 165, 169
Serrapinnus sp. 2 $ 10, 93, 95, 233 Trachydoras paraguayensis $ 11, 169
Serrasalminae $ 10, 54, 79, 233 traíra $ 104, 105, 106

df
Serrasalmus $ 10, 20, 79, 84, 85, 233 trairão $ 103
Serrasalmus maculatus $ 10, 84, 233 Trichomycteridae $ 10, 15, 110, 233
Serrasalmus marginatus $ 10, 85 Trichomycterus $ 10, 15, 110, 111, 233
Serrasalmus spilopleura $ 85, 226 Trichomycterus sp. $ 10, 111, 233
Siluriformes $ 5, 10, 15, 217, 233 trilineata, E. $ 183
solha $ 216 Triportheus $ 9, 20, 54, 75
solteira $ 37 Triportheus nematurus $ 9, 75
sorubim $ 163 Triportheus paranensis $ 75
Sorubim $ 11, 16, 150, 162, 233 tucunaré $ 201
Sorubim lima $ 11, 162, 233 tucunaré-amarelo $ 201
Steindachneridion $ 11, 17, 163, 233 tucunaré-azul $ 202
loa
Steindachneridion scriptum $ 11, 163, 233 tuvira $ 179, 180, 181, 182
Steindachnerina $ 9, 19, 31, 32, 33, 34, 233
Steindachnerina brevipinna $ 9, 33, 233
Steindachnerina insculpta $ 9, 34
Sternachorhynchus $ 14 U Í
Sternarchorhynchus britskii $ 11, 193 N
Sternopygidae $ 11, 14, 178, 183, 233 ucayalensis, A. $ 170, 233 D
Sternopygus $ 11, 14, 183, 185, 233
Sternopygus macrurus $ 11, 185, 233 I
stramineus, B. $ 60, 233 C
striatus, L. $ 38 E
strigaticeps, H. cf. $ 126
V
wn

surubim $ 162 R
sylvius, G. $ 178, 182 virescens, E. $ 183
vladii, A. $ 26
E
Synbranchidae $ 11, 13, 198, 234 M
Synbranchiformes $ 11, 13, 234
Synbranchus $ 12, 13, 198, 234
I
Synbranchus marmoratus $ 12, 198, 234 S
X S
I
ximborê $ 49 V
T O

tabarana $ 74
do

taenioptera, P. $ 145, 233 Z


tambaqui $ 79
tambiú $ 55 zebra, C. aff. $ 50, 51, 233
tamboatá $ 112, 115, 116 zoiúdo $ 214
tamboatazinho $ 113, 114 Zungaro $ 11, 17, 150, 164, 233
tamoatá $ 115, 116 Zungaro jahu $ 164
Tatia $ 11, 15, 170, 176, 233 Zungaro zungaro $ 11, 164, 233

241
do
wn
loa
df
ree

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