Apostila Passos e Trad - Revis-12-2015-Com-Aviso
Apostila Passos e Trad - Revis-12-2015-Com-Aviso
Apostila Passos e Trad - Revis-12-2015-Com-Aviso
BLOG: www.grupomadarj.blogspot.com
(os endereços e horários das reuniões estão sempre atualizados no blog)
(Robin – Meditações)
“Amar demasiado não significa amar muitos homens, ou apaixonar-se com muita
frequência, ou mesmo ter um grande amor genuíno por alguém.
Significa, na realidade, ficar obcecada por um homem e chamar isso de amor,
permitindo que tal sentimento controle suas emoções e boa parte de seu
comportamento, mesmo percebendo que exerce uma influência negativa sobre
sua saúde, bem estar e, ainda assim, achar-se incapaz de opor-se a ele. Significa
medir a intensidade do seu amor pela quantidade de sofrimento que ele lhe traz.
Ninguém se transforma em mulher que ama demais por acaso. Crescer como
mulher nessa sociedade e em famílias desajustadas, pode gerar padrões
previsíveis.”
3. Como não pôde transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e
afetuosas de que precisava, você reage fortemente ao tipo de homem
familiar, mas inacessível, o qual você tenta, mais uma vez, transformar
através de seu amor;
4. Com medo de ser abandonada, você faz qualquer coisa para impedir o
fim do relacionamento;
5. Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for
para “ajudar” a pessoa com quem está envolvida;
8. Sua autoestima está criticamente baixa, e no fundo você não acredita que
mereça ser feliz. Ao contrário, você acredita que deve conquistar o direito
de desfrutar da vida;
10. Você está muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento
poderia ser do que com a realidade da situação;
13. Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao
se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente,
você evita concentrar a responsabilidade em si própria;
15. Você não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão
interessados em você. Acha que esses homens “agradáveis” são
enfadonhos.
Mulheres que amam demais têm pouca consideração com a sua integridade
pessoal, dentro de um relacionamento amoroso. Concentram sua energia na
mudança do comportamento e sentimentos de outra pessoa com relação a elas,
através de manipulações desesperadas, como as dispendiosas chamadas
telefônicas e viagens aéreas.
5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmas e perante outro ser humano,
a natureza exata de nossas falhas.
9. Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que
possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem.
Até abrirmos mão de todas as nossas restrições, sejam elas quais forem, estamos
colocando em risco os alicerces de nossa recuperação. Somos mestras em
manipular a verdade. As restrições nos privam dos benefícios que este programa
tem a nos oferecer. Livrando-nos de todas as restrições, nós nos rendemos e assim
podemos ser ajudadas na recuperação de nossa doença.
Em MADA não existe um grau de sofrimento necessário para que você venha a se
render e iniciar o processo de recuperação. Cada uma de nós pode investigar
sua própria vida, avaliar o sofrimento e a dor sentida no passado. A rendição
significa não ter mais que lutar. Hoje, o importante é ter o desejo sincero de
romper com os padrões doentios de se relacionar e iniciar o aprendizado de um
novo processo de vida, onde possamos viver bem conosco e com os outros.
O Primeiro Passo nos prepara para uma nova vida através de uma mudança do
nosso próprio pensamento.
“Se quisermos mudar nossa vida, é mais importante mudarmos as atitudes do que
as circunstâncias. A menos que mudemos as atitudes, é improvável que as
circunstâncias realmente possam mudar um dia”. (Robin - Meditações)
PARA REFLETIR: “Uma viagem de mil milhas precisa começar com um simples
passo.” (Lao-Tzu)
Algumas de nós, a princípio, não levamos esse Passo muito a sério. Passamos por
ele com pouco interesse, para constatarmos depois que os Passos seguintes não
funcionavam até que trabalhássemos o Segundo Passo.
O Segundo passo sugere que encontremos uma força além de nós, que nos
ajude a acreditar que há uma saída para o nosso sofrimento e também que há
uma maneira para praticar os Passos da recuperação. O Segundo Passo indica
um Poder Superior, não o Poder Superior. A compreensão de um poder superior
fica a nosso critério. Ninguém vai decidir por nós.
Quem sabe agora, em MADA, a prática desse Passo possa dar a chance de
encontrar uma nova concepção de Deus, uma concepção que seja mais
adequada para nós. Um Deus amantíssimo.
Aqui em MADA, você não é obrigada a ter uma crença para praticar a
programação e desenvolver a espiritualidade. Você pode ter em mente que o
que encontra na Irmandade, é algo que lhe dá força e coragem, que é mais do
que conseguiria usando somente a força de vontade. Falamos e ouvimos as
outras. Vimos outras pessoas se recuperando e elas nos disseram que estava
funcionando.
Que possamos fazer juntas o que não podemos fazer sozinhas. Em MADA, o que
funciona não é o “VER PARA CRER”, mas o “CRER PARA VER!”.
PARA REFLETIR: “Deveríamos estar atentos para não fazer do intelecto nosso Deus”
(Albert Einstein)
No Primeiro Passo, admitimos que não tínhamos o controle sobre nossas vidas. No
Segundo Passo, vimos que precisávamos de algum Poder Superior a nós, para
recuperarmos a sanidade. Agora, no Terceiro Passo, vamos exercitar nossa
entrega e aceitação.
Como Mulheres que Amam Demais, várias vezes entregamos nossa vontade e
nossa vida a um poder destrutivo. Nossa vontade e nossa vida eram controladas
pelo nosso egocentrismo e pelos outros. Vamos aprender a deixar o controle das
atitudes perante nossos relacionamentos e nossas vidas, e confiá-lo a esse Poder
Superior. Como já vimos no Segundo Passo, esse Poder Superior será como cada
uma O conceba.
Nenhuma de nós poderá afirmar que está aqui hoje porque assim planejou anos
atrás. Isso nos leva a pensar em como são as coisas e em como é cega e
inoperante a nossa vontade, quando se baseia apenas em nossa
autossuficiência. E, se somos cegas quanto às nossas próprias necessidades e
limitações, imaginem quanto às necessidades e limitações das pessoas cujas
vidas estão ligadas à nossa?
O Terceiro Passo não diz: “Entregamos nossa vontade e nossas vidas aos cuidados
de um Poder Superior”, diz que: “Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida
aos cuidados de Deus, como nós O concebíamos”. Nós decidimos. Não foi o
A palavra decisão implica ação. Esta decisão é baseada na fé. Entregar nossa
vontade e nossa vida a esse Poder Superior é confiar que qualquer resultado
obtido na nossa ação, Ele está cuidando de nós, acreditando que Ele sabe o que
necessitamos e o que é melhor para nós naquele momento. Sentiremos então
paz e serenidade, pois não estaremos mais lutando com a vida, mas apenas
fazendo a nossa parte.
A maioria de nós sente que as chaves desse Passo são mente aberta, boa
vontade e rendição. Rendemos nossa vontade e nossa vida aos cuidados de um
Poder Superior a nós. Nossos medos são diminuídos e a fé começa a crescer à
medida que aprendemos o verdadeiro significado da rendição.
Fazer a Oração da Serenidade é uma forma de praticarmos o Terceiro Passo.
ORAÇÃO DA SERENIDADE
Concedei-nos, Senhor,
a Serenidade necessária
para aceitar as coisas que não podemos modificar;
Coragem para modificar aquelas que podemos;
e Sabedoria para distinguir umas das outras.
“Precisamos lembrar que a vida neste mundo é como uma sala de aula e que, à
medida que avançamos no aprendizado, as tarefas tornam-se cada vez mais
complicadas. Cada fase na escola da vida é necessária para o desenvolvimento
final. Cada uma é um desafio, mas, tão logo tenhamos dominado um estágio,
devemos seguir para o próximo. Nenhuma de nós, depois de ter aprendido o que
determinada fase tem a nos ensinar, deseja permanecer sempre no mesmo
ponto. Em vez disso, avançamos ansiosamente para a próxima série de estudos.
Portanto, se a vida parece muito difícil, tente lembrar que os desafios atuais
indicam não apenas o que ainda há para aprender, mas também até onde você
conseguiu chegar e quanto você já sabe. Aprender a não amar demais é uma
lição bem diferente de, por exemplo, aprender a não roubar. Aprenda a não
exceder os limites da compaixão. Entregue tanto a sua obstinação quanto a da
pessoa a quem você ama, a uma Vontade Superior. Esses desafios são tão sutis
quanto profundos.” (Robin – Meditações)
PARA REFLETIR: “A maneira correta de rezar pela resposta para todos os seus
problemas é sentir e saber que Deus é o único que sabe a resposta. Porque isto é
verdade, você saberá a resposta e lembrará da verdade: Deus nunca falha”.
(Joseph Murphy)
Ao olharmos para nossas vidas no passado, vimos que nossas relações foram
movidas por impulsos dependentes. Quando indagávamos: “Por que sempre eu
acabo me relacionando com esse tipo de pessoa?”, achávamos que éramos
vítimas das situações, que não tínhamos sorte, que a vida estava contra nós...
A maioria de nós descobriu que não éramos tão terríveis, nem tão maravilhosas,
quanto imaginávamos. Ficamos até surpresas por descobrir que temos coisas
boas no nosso inventário. Qualquer pessoa, que esteja a algum tempo no
programa e tenha praticado este Passo, vai lhe dizer que o Quarto Passo foi um
momento decisivo na sua vida.
O propósito desse Passo é nos libertar de uma vida e padrões destrutivos. Damos
o Quarto Passo para crescer e ganhar força e discernimento. O Primeiro, o
Você pode guardá-lo em lugar seguro e compará-lo quando fizer o próximo. Uma
pessoa que já tenha feito o Quarto Passo, ou sua madrinha pode orientá-la. A
nossa experiência demonstra que nenhum inventário, por mais profundo e
completo que seja, terá qualquer efeito duradouro, se não for prontamente
seguido de um Quinto Passo, igualmente completo.
“Reze para ter disposição, força e coragem para olhar honestamente para o
passado e sua participação nele. A psique é sensível a tais esforços de “limpeza”
e colabora trazendo de volta a dor enterrada no passado, de maneira que ela
possa ser conscientemente eximida.” (Robin – Meditações)
PARA REFLETIR: “As pessoas veem apenas aquilo que estão preparadas para ver”.
(Ralph Waldo Emerson)
O Quinto Passo é a chave para a liberdade. Ele nos permite viver confortáveis no
presente. Partilhando a natureza exata das nossas falhas, somos libertadas para
viver.
Talvez muitos dos fatos revelados no Quarto Passo tenham sido mantidos em
segredo absoluto. Muitas vezes a nossa doença justificava nosso comportamento.
Então, é muito importante que alguém, que esteja em processo de recuperação,
nos ajude a descobrir a natureza exata de nossas falhas e o que nos levou ao
comportamento doentio, desfazendo a armadilha da negação e da posição de
vítima que nos é tão familiar. Dessa forma, descobriremos que a trama das nossas
ações de “amar demais” era, na verdade, movida pelo egoísmo, controle e
nossa incapacidade de amar e receber amor verdadeiro.
É importante que a pessoa que escolhemos para fazer este Quinto Passo seja de
nossa inteira confiança, mantendo estrita confidência de nossas revelações e
que ela possa ter compreensão de nossos problemas. Essa pessoa pode ser uma
companheira mais experiente no programa de MADA, ou outra pessoa, mas o
importante é que conheça a natureza da nossa doença. Poderá ser um
terapeuta ou conselheiro espiritual. Mas não faça de seu parceiro esse ouvinte.
Nosso Poder Superior está conosco durante o nosso Quinto Passo. Receberemos
ajuda e estaremos livres para encarar a nós mesmas e a outro ser humano.
Parecia desnecessário admitir a natureza exata das nossas falhas ao nosso Poder
Superior - “Deus já sabe de tudo” - racionalizamos. Embora Ele já o saiba, a
admissão deve vir dos nossos próprios lábios, para que seja verdadeiramente
efetiva.
Temos de ser exatas, contando a verdade simples, nua e crua, o mais rápido
possível. À medida que partilhamos este Passo, geralmente a ouvinte também vai
partilhando um pouco da sua história. Descobrimos que não somos as únicas.
Com as “máscaras” no chão, precisamos fazer mudanças de padrões de
comportamento e, trazendo-os para fora, temos a possibilidade de lidar com eles
construtivamente. Não podemos fazer essas mudanças sozinhas. Precisamos da
ajuda de um Poder Superior e da Irmandade de MADA.
“Devemos abandonar o papel que nos serve há tanto tempo e, sob certos
aspectos, bem – o de vítima, mártir, libertadora ou vingadora – ou talvez
abandonar todos esses papéis sucessivamente.” (Robin – Meditações)
Porque pedir uma coisa, antes de estarmos prontas para ela? Isto seria pedir
problemas. Quantas vezes nós buscamos as recompensas de um trabalho, sem
fazer esforço? O que nós trabalhamos no Sexto Passo é a boa vontade.
Deus, como nós O concebemos, pode transformar nossas vidas e provocar essa
mudança. Compreendemos agora que, antes de pedirmos a Deus que nos
modifique, precisamos abrir nossa mente para que essas mudanças possam
ocorrer.
É necessário abrir mão de todos os hábitos que prejudicam a nós e aos outros.
Precisamos estar prontas e aceitar essas mudanças. Você pode estar pensando:
“Posso viver sem alguns comportamentos, mas de outros não estou disposta a
abrir mão (não importa qual seja), fazendo imposições, jamais conseguirei
mudar”.
Uma das características de uma Mulher que Ama Demais é a falta de autoestima.
Acostumadas ao sofrimento, passamos pela vida acreditando que não
merecíamos ser felizes. Fazer o Sexto Passo é também acreditar que merecemos
essa mudança e estamos crescendo para uma consciência amadurecida. Com
isso em mente, colocamos nossa boa vontade em ação e passamos para o
Sétimo Passo.
“Se nossa dependência for o caminho para Deus, então devemos ficar gratas por
isso”. (Robin – Meditações)
1. Ao dar uma olhada na lista do seu Quarto Passo, existe alguma coisa que
você acredita ser “impossível” abrir mão em sua vida, mas você sabe ser
necessário mudar?
2. Você acredita realmente que uma modificação profunda pode ocorrer em
sua vida?
3. O que significa “prontificar-se”?
PARA REFLETIR: “Quando você tem defeitos, não tenha medo de abandoná-los”.
(Confúcio)
Até agora, havíamos dedicado nossas vidas, em maior escala, à fuga da dor e
dos problemas. À medida que a adicção progredia, dedicávamos nossa energia
para satisfazer nossos desejos naturais. O principal estimulante para esses nossos
defeitos era o medo egocêntrico, especialmente o medo de perder algo que já
possuíamos, ou de não ganhar algo que buscávamos.
Essa é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os dias. Aos
poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão e entramos na
corrente da vida. Um dos perigos é sermos excessivamente duras conosco.
Nossa experiência demonstra que precisamos sentir boa vontade para que este
Passo possa surtir qualquer efeito. O Oitavo Passo não é fácil, exige um novo tipo
de honestidade nas nossas relações com os outros. Pode ser chocante descobrir
que nós também magoamos os outros. O Oitavo Passo inicia o processo do
perdão: perdoamos os outros, possivelmente somos perdoados e, finalmente, nós
nos perdoamos e aprendemos a viver no mundo.
O prejuízo pode ser causado por algo que seja dito, feito ou deixado de fazer.
Pode-se ter prejudicado com palavras ou ações, intencionais ou não. O grau de
prejuízo pode variar desde fazer com que alguém se sinta mentalmente
desconfortável, até o dano físico ou mesmo a morte.
O Oitavo Passo nos confronta com um problema: muitas de nós têm dificuldade
de admitir que prejudicaram outras pessoas, colocando a culpa na doença. É
crucial evitar esta racionalização no Oitavo Passo. Temos que separar o que
fizeram conosco daquilo que fizemos com os outros. Deixamos de lado as nossas
justificativas e ideias de sermos vítimas.
O Oitavo Passo oferece uma grande mudança para uma vida dominada pela
culpa e pelo remorso. Nosso futuro é modificado porque não temos que evitar as
pessoas que prejudicamos. Como resultado desse Passo, recebemos uma nova
liberdade que pode pôr fim ao isolamento. Ao percebemos a necessidade de
sermos perdoados, temos uma tendência maior para o perdão. Sabemos que
não estivemos magoando os outros intencionalmente.
PARA REFLETIR: “Que seu interesse esteja apenas na ação e nunca nos
resultados”. (Bhagavad Gita)
Este Passo não deve ser evitado. Às vezes o orgulho, o medo e a procrastinação
parecem uma barreira intransponível, que obstruem o caminho do progresso e do
crescimento. O importante é partirmos para a ação e estarmos prontas para
aceitar as reações das pessoas que prejudicamos. Fazemos as reparações o
melhor que podemos.
Às vezes não poderemos realmente fazer as reparações por não ser possível nem
prático, ou as reparações podem estar além dos nossos recursos. Descobrimos
que a boa vontade pode substituir a ação, quando não for possível entrar em
contato com a pessoa que prejudicamos. Entretanto, jamais devemos deixar de
entrar em contato com alguém por constrangimento, medo ou procrastinação.
Queremos nos livrar da nossa culpa, mas não devemos fazê-lo às custas de outra
pessoa. Podemos correr o risco de envolver uma terceira pessoa que não queira
ser exposta. Não temos o direito, nem a necessidade, de colocar outra pessoa
em apuros. É necessário, frequentemente, receber orientação de outras pessoas
nestes assuntos.
Pode ser perigoso procurar alguém que ainda esteja magoado com nossos
desacertos. Pode ser necessário fazer reparações indiretas, quando as
reparações diretas não forem seguras ou puderem ameaçar outras pessoas.
Tentamos lembrar que as fazemos por nós mesmas. Em vez de nos sentirmos
culpadas ou com remorsos, nós nos sentimos aliviadas de nosso passado.
Aceitamos que foram nossas ações que causaram a nossa atitude negativa.
O Nono Passo nos ajuda com nossa culpa e ajuda os outros com a sua raiva. Às
vezes a única reparação que podemos fazer é nos mantermos serenas. No
processo da nossa recuperação somos devolvidas à sanidade, e parte da
sanidade é, de fato, o relacionamento com os outros.
Com menos frequência encaramos as pessoas como uma ameaça à nossa
segurança. A verdadeira segurança vai substituir a dor e a confusão mental
Estamos nos libertando dos destroços do nosso passado. Vamos querer manter a
nossa casa em ordem, praticando um contínuo inventário pessoal no Décimo
Passo.
“Se a tarefa da sua alma for perdoar, você deve experimentar o imperdoável. Se
não, onde está a lição? Abençoe e perdoe, pelo menos no seu coração, peça
perdão a todos os homens (e mulheres) com quem já lutou e brigou no passado.
Quando perdoamos, oferecemos o bem em troca do mal e concluímos a lição.”
(Robin - Meditações)
PARA REFLETIR: “Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, mas nada
pode ser modificado antes de enfrentado.” (James Baldwin)
O Décimo Passo pode nos ajudar a corrigir nossos problemas com a vida e evitar
que se repitam. Examinamos nossas ações durante o dia. Algumas de nós
escrevem sobre os seus sentimentos, avaliando como se sentiram e qual a sua
participação nos problemas que tenham ocorrido. Prejudicamos alguém? Temos
que admitir que estávamos erradas. Se encontramos dificuldades, fazemos um
esforço para resolvê-las. Quando estas coisas ficam pendentes, elas têm sua
maneira de envenenar o espírito. Esse passo pode ser uma defesa contra a velha
insanidade.
Trabalhamos este Passo, enquanto os altos e baixos do dia ainda estão frescos em
nossa mente. Listamos o que fizemos e tentamos não racionalizar as nossas ações.
Isso pode ser feito por escrito no final do dia. Como fazer? A primeira coisa que
fazemos é parar. Depois, nos damos um tempo e nos permitimos o privilégio de
pensar.
Este Passo é uma grande ferramenta para evitar a aflição antes de cairmos nela.
Vigiamos nossos sentimentos, emoções, fantasias e ações. Olhando
constantemente para nós mesmas, conseguimos evitar a repetição das ações
que nos fazem sentir mal. Precisamos deste Passo mesmo quando nos sentimos
bem e as coisas estão dando certo. Os sentimentos bons são uma coisa nova
para nós e precisamos nutri-los. Em momentos de confusão, podemos tentar as
coisas que funcionaram nos momentos bons. Temos o direito de nos sentirmos
bem.
Precisamos lembrar que todos cometem erros. Nunca seremos perfeitas! Mas,
podemos nos aceitar usando o Décimo Passo. Continuando o inventário pessoal,
somos libertadas, aqui e agora, de nós mesmas e do passado. Não justificamos
mais a nossa existência. Este Passo nos permite sermos nós mesmas.
PARA REFLETIR: “Quem é consciente de suas próprias falhas não criticará as falhas
do próximo.” (James Ross)
Como já foi dito, as nossas preces parecem funcionar, assim que entramos no
programa e nos rendemos à nossa doença. Quando viemos para o programa
pela primeira vez, recebemos a ajuda de um Poder Superior, isto se deu com a
nossa rendição ao programa. O objetivo do Décimo Primeiro Passo é aumentar a
nossa consciência desse Poder Superior e melhorar a nossa capacidade de usá-la
como fonte de força em nossas novas vidas. Quanto mais aprimoramos o nosso
contato consciente com nosso Deus através da prece e meditação, mais fácil
fica dizer “Seja feita a Vossa vontade e não a minha”.
Acalmar a mente através da meditação traz uma paz interior que nos põe em
contato com Deus dentro de nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros
resultados da meditação e a nossa experiência confirma isso. À medida que
crescemos espiritualmente e encontramos um Poder Superior, nossas
necessidades espirituais vão sendo satisfeitas e nossos problemas existenciais vão
sendo reduzidos.
Assim, a vontade Dele torna-se para nós a nossa própria vontade. Deixamos de
controlar as pessoas e passamos a deixá-las ser quem são. É muito importante
admitirmos a nossa impotência para que, com a ajuda de um Poder Superior,
possamos nos manter fora de relacionamentos destrutivos. Com o constante
contato com um Poder Superior, as respostas que buscamos vêm até nós e
ganhamos capacidade de fazer o que não conseguíamos. Com uma atitude de
rendição e humildade, retomamos este Passo repetidamente, para recebermos a
dádiva do conhecimento e da força de Deus. Construa sua oração, seu próprio
encontro com Deus.
Viemos para MADA devido aos destroços de nosso passado. A última coisa que
esperávamos, era um despertar espiritual. Queríamos apenas que a dor parasse.
Os Passos conduzem a um despertar de natureza espiritual. Este despertar é
demonstrado pelas mudanças em nossas vidas. As mudanças nos tornam mais
capazes de viver segundo princípios espirituais e de levar a nossa mensagem de
recuperação e esperança à Mada que ainda sofre. Entretanto, a mensagem não
tem sentido se não a vivermos.
À medida que a vivemos, nossas vidas e ações dão-lhe maior significado do que
nossas palavras e literatura jamais conseguiriam. A ideia de um despertar
espiritual adquire formas diferentes, nas diferentes personalidades que
encontramos na Irmandade. Entretanto, todo despertar espiritual, tem alguma
coisa em comum. Os elementos comuns incluem o fim da solidão e um sentido de
direção em nossas vidas.
Muitas de nós acreditam que um despertar espiritual não tem sentido se não for
acompanhado por uma crescente paz de espírito. Para manter essa paz de
espírito, nós nos concentramos no aqui e agora. Aquelas de nós que trabalharam
esses Passos o melhor que puderam, receberam muitos benefícios. Acreditamos
que os benefícios são o resultado direto de viver este programa.
1. O que você tem feito por uma Mulher que Ama Demais e está sofrendo?
2. O que são princípios espirituais?
3. Você é grata à Irmandade de MADA? De que maneira você demonstra
isso?
4. Como é o seu trabalho dentro da Irmandade?
5. Você sabe da necessidade da sala aberta para a nova que está
chegando?
BEM-VINDA A MADA!
Começamos a compreender que não tínhamos que temer pela saúde de MADA,
pois a Irmandade tem Doze Tradições que foram elaboradas para manter os
nossos Grupos e os Comitês de Serviço funcionando.
Este estudo das Tradições que faremos a seguir visa mostrar como essas Doze
sugestões funcionaram para ajudar pessoas, Grupos de MADA como um todo, a
resolver problemas, a prosperar e a levar a mensagem àquelas mulheres que
ainda sofrem.
Temos uma imensa gratidão para com os Alcoólicos Anônimos por mostrarem o
caminho, através dos Doze Passos e das Doze Tradições, e por permitirem que
outras Irmandades as adaptassem.
4. Cada Grupo de MADA deve ser autônomo, salvo em assuntos que afetem
outros Grupos ou MADA como um todo.
9. MADA jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém criar comitês
ou juntas de serviço, diretamente responsáveis perante aqueles a quem
prestam serviço.
10. MADA não opina sobre questões alheias à irmandade, portanto o nome de
MADA jamais deverá aparecer em controvérsias públicas.
Muitas de nós, Madas, vivemos a maior parte das nossas vidas no isolamento,
sendo este considerado o núcleo da nossa doença. Preferíamos ficar sozinhas,
para podermos agir sem interferências na nossa obsessão por pessoas. Era para
nós, muito difícil estar cercada por outras pessoas, ou procurá-las para pedir
ajuda.
Nosso desejo de viver livre dessa obsessão nos forçou a mudar nossas atitudes. A
recuperação começou para muitas de nós quando ingressamos em um Grupo
de MADA e descobrimos que não estávamos mais sozinhas, que havia outras
mulheres como nós. Ali encontramos aceitação, identificação, sensação de
pertencer a algum lugar e união com outras Madas.
Muitas de nós poderiam não estar vivas hoje se não tivéssemos ingressado em
nossos Grupos de MADA. Se quisermos continuar vivas e nos recuperando,
precisamos ter o apoio contínuo dos Grupos e a inspiração que recebemos de
nossas companheiras de MADA. Precisamos também da oportunidade diária de
poder ser úteis às outras companheiras. Sendo assim, a Primeira Tradição é uma
questão de vida ou de morte para nós. Entretanto, nem sempre é fácil manter a
unidade.
Alguns grupos fazem tais reuniões junto com a reunião de partilha e outros a
fazem separadamente. Os grupos de MADA, em geral, gastam muito pouco
tempo regular da reunião com assuntos de serviço.
Uma vez que todos os pontos de vista tenham sido carinhosamente ouvidos, o
voto da consciência do Grupo é dado. Cada companheira baseia seu voto
naquilo que acredita ser o melhor para o Grupo, e não nas personalidades que
estão defendendo um determinado ponto de vista, nem no que suas amigas mais
próximas acreditam. Aquelas companheiras que têm longa experiência em
MADA e conhecimento das Tradições têm a responsabilidade de compartilhar o
que aprenderam.
Entretanto, nem todas as decisões tomadas nos Grupos são sábias ou práticas.
Como seres humanos, cometemos erros e podemos e devemos procurar
melhores soluções para o problema. Processa-se, então, uma nova votação em
consciência de Grupo, a fim de corrigir a situação. Assim como acontece com
cada uma de nós, os Grupos de MADA, também aprendem com seus erros.
Nosso Poder Superior geralmente nos guia por intermédio de nossos erros.
Membros mais antigos, que já passaram por tais experiências, podem pensar que
suas opiniões devem prevalecer, apesar da Segunda Tradição. Entretanto,
quando elas tentam controlar, em vez de servir às outras companheiras,
geralmente as coisas dão errado.
A maioria de nós chega em MADA com muita dificuldade em lidar com suas
famílias, seus amigos, seus companheiros, seus relacionamentos de trabalho, etc.
Fundamentalmente esses relacionamentos têm por base o poder, o controle e a
“Há uma sensação confortadora em saber que a orientação para o Grupo não
vem através de indivíduos, mas da disposição do Grupo para seguir tudo o que a
sabedoria do Poder Superior possa expressar através dos seus membros.”
PARA REFLETIR: “Raiva e amargura são substituídas por harmonia e paz, quando
damos a mesma importância a cada pessoa e realmente ouvimos o que todas
têm a dizer. Quando isso acontece, a vontade de um Deus amantíssimo está
realmente se expressando através dos nossos Grupos.”
Ninguém é expulsa de MADA por não trabalhar os Passos, não ter uma Madrinha,
não respeitar as Tradições ou não adotar os instrumentos que a maioria emprega.
Isso não quer dizer que os Passos, as Tradições e os instrumentos não são
importantes, mas isso mostra como praticamos os princípios da aceitação e do
amor incondicional em MADA.
PARA REFLETIR: “Em MADA aprendemos que as pessoas podem discordar de nós
em assuntos importantes e ainda assim serem companheiras amorosas que nos
apoiam. Quando aplicamos, sem reservas, a Terceira Tradição, frequentemente
descobrimos a amizade sincera onde menos esperávamos, em pessoas que,
anteriormente, teríamos excluído de nossas vidas. Tal amizade está em toda
parte, à nossa volta, e tudo o que temos que fazer é abrirmos nossos corações
para recebê-la. Bem vindas ao Lar!”
“É proibido proibir!” Este Lema em MADA quer dizer que não há nada obrigatório
no Programa. Que, como indivíduos, somos responsáveis por nós mesmas e livres
para trabalhar (ou não) o Programa de Doze Passos, da forma que quisermos.
Existe apenas um limite na Quarta Tradição: os Grupos não devem fazer nada
que prejudique outros Grupos ou MADA como um todo. A Quarta Tradição dá
aos Grupos a liberdade de fazer o que funciona melhor para eles. Cada Grupo
escolhe seu próprio horário e local de reunião, assim como as literaturas a serem
estudadas (aprovadas previamente pelo comitê de literatura).
Cada Grupo de MADA toma suas próprias decisões e comete seus próprios erros,
sem interferência de nenhum órgão de governo, além da sua própria
consciência de Grupo. Membros de MADA que visitam outros Grupos podem se
deparar com outras práticas que possam lhes parecer estranhas, mas não
devemos nos esquecer da autonomia do Grupo. Entretanto, Grupos de MADA
por todo o país, devem ser iguais em um aspecto: funcionar em uma atmosfera
que promova a recuperação, por intermédio dos Doze Passos e das Doze
Tradições.
Em casos extremos, quando o Grupo está afetando MADA como um todo, por
causa de uma persistente recusa em funcionar segundo os princípios da
Irmandade, esse Grupo pode ser retirado das listas de reuniões. Entretanto, essa
atitude só deve ser tomada depois de muita reflexão.
PARA REFLETIR: “Esta Tradição nos desafia, como indivíduos, como Grupos de
MADA e como Irmandade, a atingir um equilíbrio saudável entre nossa
responsabilidade para conosco e para com os outros, ao crescermos e
trabalharmos juntas como companheiras em recuperação.”
MADA é uma Irmandade que oferece um programa espiritual que tem trazido
recuperação para muitas mulheres que haviam perdido a esperança. Nós, que
encontramos uma maneira saudável de nos relacionar, temos a responsabilidade
de assegurar que MADA não se desvie dos seus objetivos. Nossos Grupos se
reúnem para que possamos partilhar com outras companheiras a recuperação
obtida por intermédio dos Doze Passos e das Doze Tradições. MADA sempre
oferecerá recuperação para as mulheres que sofrem da nossa doença, desde
que nos lembremos que esse é o nosso propósito primordial.
Todas as vezes que oferecemos nossa experiência, nossa força e nossa esperança
à Mada que ainda sofre, retribuímos o que nos foi dado de graça e, desse modo,
perpetuamos o fluxo de energia curadora que alimenta nossa própria
recuperação. Devemos nossa própria recuperação a outras companheiras de
MADA. Encontramos companheiras que tinham feito e sentido as mesmas coisas
que nós. Escutamos atentamente o que elas diziam, pois queríamos saber como
elas estavam melhorando.
A Mada que ainda sofre nem sempre é uma recém-chegada. Pode ser uma
companheira mais antiga que esteja passando por dificuldades. Ver uma
companheira em recaída ou enfrentando problemas pode ser assustador para
nós. Geralmente ficamos tentadas a evitar o assunto, ou usamos o slogan “junte-
se às vencedoras” como uma racionalização para não falarmos com a pessoa
em recaída nas reuniões de MADA ou para nunca telefonarmos para as
companheiras que pararam de ir às reuniões. Quando reagimos assim, estamos
esquecendo o propósito primordial de nossa Irmandade.
A Quinta Tradição também nos diz para irmos além dos nossos Grupos, isto é, para
procurarmos Madas que nunca assistiram a uma reunião. Nosso propósito
primordial inclui a responsabilidade de atingir essas pessoas de todas as maneiras
possíveis. Esta é uma das razões pela qual cada Grupo de MADA gasta uma
parte de seus fundos, sustentando o Intergrupo.
MADA também não é filiada a outros Grupos de Doze Passos e Doze Tradições,
embora muitas de nós sejamos também membros desses Grupos. MADA tem,
frequentemente, usado a sabedoria e a experiência de outros Grupos de Doze
PARA REFLETIR: “Devemos sempre lembrar por que estamos aqui, e nunca usar o
Grupo para promover nossos projetos favoritos ou nossos interesses pessoais em
empreendimentos de fora.”
Temos de nos unir. E, ao nos unirmos, aprendemos que realmente somos parte de
algo maior do que nós. A nossa política financeira é definida: recusamos
quaisquer contribuições ou doações de fora. Nossa Irmandade é totalmente
autossustentável. Não aceitamos financiamentos, doações, empréstimos e/ou
presentes. Tudo tem seu preço, não importa a intenção. Mesmo para aqueles
que queiram nos ajudar e garantam que não haverá nenhum compromisso, não
devemos aceitar sua ajuda.
Não podemos também permitir que um só membro contribua com mais do que
aquilo que lhe cabe. O preço pago por este fato é a desunião e a controvérsia.
Não devemos colocar nossa liberdade em risco. Queremos que a Irmandade de
MADA cumpra o seu propósito primordial e se mantenha livre de influências
externas. Precisamos nos manter livres da necessidade de contribuições externas.
As reuniões de MADA são frequentemente muito terapêuticas, mas elas não são
a mesma coisa que grupos de terapia. Uma diferença significativa entre os
Grupos de MADA e os grupos de terapia pode ser vista na Oitava Tradição.
MADA não possui terapeutas profissionais com a responsabilidade de orientar
membros do Grupo e trabalhar com elas. Embora a maioria de nós se sinta livre
para partilhar problemas nas reuniões de MADA, fornecer psicoterapia não é o
objetivo de MADA. Durante o processo de recuperação, alguns membros podem
precisar da ajuda de um profissional nesta área, como complemento do Grupo.
PARA REFLETIR: “Nós nos reunimos como iguais e nos ajudamos mutuamente, não
porque algumas são especialistas e outras são aprendizes, mas porque todas nós
temos necessidades e forças.”
O que esta Tradição nos encoraja a fazer é permanecer o mais livre possível da
burocracia, que tende a se formar em torno das organizações, adquirindo vida
própria e obscurecendo o verdadeiro propósito do Grupo. Tudo o que fazemos
em MADA é voltado para o nosso propósito primordial de transmitir a mensagem
de recuperação, baseada em princípios espirituais.
Tomar conta dos serviços do Grupo é muito importante. Contudo, devemos usar o
menor tempo possível da reunião elegendo a junta de serviço, votando,
organizando eventos ou fazendo relatórios. Em vez disso, devemos nos concentrar
em compartilhar nossa fé, força, experiência e esperança umas com as outras e
em estudar os Passos e as Tradições.
Se o foco das reuniões não fosse dirigido para os princípios do programa de Doze
Passos, o grande poder de recuperação que encontramos nos Grupos não
existiria. Viver pela Nona Tradição de MADA significa que não dependemos de
nenhuma autoridade ou estrutura de poder para impor as Tradições. Todas nos
responsabilizamos por falar quando elas estão sendo ignoradas. Entretanto, os
Grupos de MADA devem estabelecer normas de conduta em suas reuniões, tais
como: roteiro de reunião, fumar ou não em sala, conversas paralelas, presença
de crianças, etc. Os Grupos fazem reuniões de consciência coletiva para
estabelecer estas normas de conduta. Assim como em relação às Tradições,
quando os indivíduos ignorarem a consciência coletiva, cada membro tem o
direito e a responsabilidade de falar. Uma vez que tenhamos nos expressado, a
Nona Tradição nos diz para relaxar e deixar que nosso Poder Superior se
encarregue da reunião.
Como indivíduos, somos livres para acreditar em qualquer causa que escolhamos
e trabalhar em prol dela. A Décima Tradição apenas nos pede que deixemos
esses assuntos de fora quando atravessarmos a porta de uma sala de MADA. O
programa de MADA é essencial para cada uma de nós. Nossa sobrevivência
depende dele, portanto devemos ser cautelosas e resguardar nossa Irmandade
de qualquer conexão com assuntos de fora. Quebras da Décima Tradição, a
princípio, podem parecer inocentes, mas podem ter consequências de longo
alcance.
Não ter opinião sobre assuntos de fora também significa que não nos opomos de
forma alguma a tais causas. Não precisamos diminuir ou ridicularizar os outros
para levar a mensagem de recuperação que MADA tem a oferecer. Isto
interferiria na atmosfera positiva das reuniões de MADA. Portanto, percebemos a
sabedoria de nos mantermos em silêncio sobre assuntos externos em reuniões de
MADA.
O que são assuntos externos? Muitas Madas são também membros de outras
Irmandades. MADA, como um todo, não tem opinião sobre qualquer Grupo ou
tratamento para qualquer desordem compulsiva. Achamos melhor não ter nossa
atenção desviada para isso durante as nossas reuniões. Mantemos o foco de
nossas discussões na recuperação em relação à dependência de
relacionamentos.
Para manter a Décima Tradição, a maioria dos Grupos vende em suas reuniões
apenas literatura aprovada por MADA. A experiência de MADA pode ser
encontrada em nossa própria literatura. Nós, Madas, podemos aprender muito
com a Décima Tradição se nos concentrarmos em nossa mensagem e evitarmos
controvérsias. Ela está resumida no Lema “Viver e deixar viver!”.
PARA REFLETIR: “Como grupo, temos um só propósito – nos apoiar umas nas
outras, enquanto nos recuperamos. Mas em nível pessoal, esta Tradição nos
permite estabelecer um relacionamento valioso com pessoas que, sob condições
menos favoráveis, poderíamos ter dificuldades em tratar com cortesia.”
Sem um alicerce nenhuma casa pode permanecer de pé. É essencial que todas
nós compreendamos e respeitemos o anonimato para que MADA sobreviva e
que nós encontremos recuperação aqui. Nossa experiência com o anonimato
começa quando entramos porta adentro de um Grupo como recém-chegadas.
Muitas de nós não querem que ninguém saiba que estamos nos juntando a
MADA ou como realmente nos sentimos em relação a nós mesmas.
Ser anônima significa ser uma no meio de muitas e aceitarmo-nos como nem
melhores nem piores do que nossas companheiras. Esta aceitação coloca-nos em
estado de humildade. Ela nos torna abertas para aprender. Passamos a ouvir
atentamente pessoas cujos sobrenomes desconhecemos. Elas podem ter origens
completamente diferentes das nossas. Escutamos porque nos identificamos com
elas. Aprendemos, simplesmente, que elas podem dizer alguma coisa que seja a
chave para a nossa recuperação. O anonimato não é a mesma coisa que sigilo.
Deus,
Nos fortaleça hoje
Para que o amor em nós
Seja de crescimento e saúde.
Êxito!
ORAÇÃO DA UNIDADE
ORAÇÃO DA SERENIDADE
Concedei-nos, Senhor,
A Serenidade necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
e Sabedoria para distinguir uma das outras.
Só por Hoje!
1. SÓ POR HOJE!
Este Lema sugere que, ao invés de tomarmos decisões para a vida toda,
limitemo-nos a fazer propósitos por um dia apenas, justamente o dia que estamos
sempre vivendo: o dia de hoje! O de ontem já vivemos quando ele era hoje e o
de manhã, quando chegar, será hoje novamente. Se aplicarmos o que é
sugerido, estaremos, por assim dizer, cortando a vida em “pedacinhos
mastigáveis”, o que irá tornar bem mais fácil nossa caminhada através do
processo de recuperação.
Este Lema nos sugere a adoção de um método muito simples, porém eficaz, de
ordenarmos nossas atividades ou a solução de nossos problemas, de forma a
agirmos com equilíbrio e sensatez. Se procurarmos ter calma e examinarmos
cuidadosamente, veremos que, de acordo com as circunstâncias, haverá sempre
uma coisa que deverá ser feita em primeiro lugar e as demais deverão aguardar
a sua vez, segundo a ordem de importância ou de urgência em que devam ser
realizadas.
5. ESQUECER OS PREJUÍZOS
Este lema sugere que deixemos de ficar rememorando os prejuízos que possamos
ter tido. Trazer de volta à memória os prejuízos é o mesmo que sofrê-los
novamente. Nada mais acertado, portanto, do que procurarmos esquecer nossos
prejuízos e dedicarmo-nos de corpo e alma ao Programa que nos oferece a
libertação.
Este Lema sugere que tenhamos calma e perseverança para podermos chegar
bem longe no processo de recuperação. Precisamos tomar cuidado com a
tendência a exigirmos resultados imediatos em tudo que fazemos. Possibilitando-
nos solucionar gradativamente nossos problemas e ter, também, o equilíbrio
necessário para aceitar os que não possam ser solucionados.
Este Lema nos diz que nossa liberdade e independência dependem de nossas
próprias atitudes e sentimentos, pois só mudando a nós mesmas
verdadeiramente, poderemos mudar o que está a nossa volta.
9. ESCUTE E APRENDA
Este Lema sugere que prestemos mais atenção às mensagens que nos são
passadas a partir do nosso próprio corpo, da nossa alma e do nosso Poder
Superior. Exercitando-nos para estarmos mais conscientes do que esta voz interior
está tentando nos dizer, podemos: Escutar e Aprender.
Este Lema sugere que, em vez de tentarmos fazer uma tarefa como um todo,
possamos simplificá-la, dando apenas um passo por vez. Ao nos concentrarmos
em uma coisa de cada vez, o impossível pode se tornar provável se nós
mantivermos o simples.
Este lema sugere que nos desliguemos das ideias antigas, quando elas não nos
servirem mais, não nos apegando muito a qualquer maneira de abordar a vida, a
fim de que possamos nos ajustar às mudanças com menos tensão e esforço.
Este Lema nos sugere que nos façamos esta pergunta, antes de reagirmos a uma
situação perturbadora. Usando esse simples Lema, podemos descobrir que muitos
dias, que antes teríamos considerado como trágicos, são agora preenchidos com
serenidade e confiança.