Autoconhecimento
Autoconhecimento
Autoconhecimento
Robert Steven Kaplan, professor da escola de negócios de Harvard, afirma que o sucesso
depende de um processo corajoso de conhecimento pessoal, pois, prossegue ele, todos nós
temos “pontos cegos”, ou seja, características pessoais das quais não temos conhecimento,
mas que são evidentes para quem nos observa. Kaplan está falando sobre o tema
autoconhecimento, o “conhece-te a ti mesmo” (Platão), sendo este o assunto em que me
proponho a contribuir com este texto.
Segundo Carl Jung o ser humano se utiliza de uma máscara (maneira como nossa
personalidade se apresenta) que é destinada a produzir um determinado efeito sobre os outros
e ocultar a sua verdadeira natureza. Ao longo do tempo estas máscaras ou poderíamos dizer
personas, talvez um termo mais aceitável, que são utilizadas para interpretação de diferentes
papéis em diferentes situações e meios sociais, começam a fazer parte da essência das
pessoas, que nesta altura já não se conhecem a fundo, pois se deixaram absorver pelas
personas, criando situação onde poderão permanecer muito tempo na superfície das coisas,
estarem mais dependentes das opiniões de terceiros sobre diversos assuntos e, também,
dependentes do que chamamos de senso comum ou realidade de consenso (vemos o que
estamos condicionados a ver, segundo as normas da sociedade), bem como, passarão a
utilizar estas máscaras como parâmetros para interpretações e comportamentos no meio onde
vivem.
Ora, as relações humanas genuínas se tornam impossíveis quando nos confundimos com um
determinado papel, com o nosso cargo na empresa e/ou determinado arquétipo social e, para
comprovarmos isto é só pensarmos que a maneira com que falaremos com o presidente da
empresa será sutilmente diferente da maneira com que falaremos com o faxineiro, pois nos
dois casos não seremos nós mesmos (a essência, o ser humano na sua plenitude), e sim a
personalidade desempenhando papeis em razão das imagens conceituais que criou. Ora, fica
claro que no nosso dia a dia representamos papeis, sendo que os elementos que estão
interagindo não são os seres humanos e sim egos, imagens mentais conceituais.
Compreender a Si Mesmo:
“Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem
olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta. ” Carl Jung.
Roni Martins