Aula Eja Texto 1 2020.BBB
Aula Eja Texto 1 2020.BBB
Aula Eja Texto 1 2020.BBB
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO
O que nos é comum - Nelson Dacio Tomazi
Ao nascer, chega-se a um mundo que já está pronto, e essa relação com o “novo” é de total
estranheza. A criança vai se relacionar e conviver com o mundo externo. Nesse momento ainda
não se reconhece como pessoa, pois não domina os códigos sociais; é o “nenê”, um ser genérico.
Com o tempo, a criança percebe que existem outras coisas a seu redor... Percebe que existem
também pessoas – pai, mãe, irmãos, tios, avós – com os quais vai ter de se relacionar... À medida
que cresce, vai descobrindo que há coisas que pode fazer e coisas que não pode fazer.
Posteriormente saberá que isso é determinado pelas normas e costumes da sociedade à qual
pertence.
No processo de conhecimento do mundo, a criança observa que alguns dias são diferentes
dos outros. Há dias em que os pais não saem para trabalhar e ficam em casa mais tempo... Nos
outros dias da semana vai à escola, onde encontra crianças da mesma idade e também outros
adultos.
A criança vai entendendo que, além da casa e do bairro onde reside, existem outros lugares,
uns parecidos com o local em que vive e outros bem diferentes; alguns próximos e outros
distantes; alguns grandes e outros pequenos; alguns suntuosos e outros humildes ou miseráveis.
Esse processo de conviver com a família e com os vizinhos, de freqüentar a escola, de ver
televisão, de passear e de conhecer novos lugares, coisas e pessoas compõe um universo cheio de
faces no qual a criança vai se socializando, isto é, vai aprendendo e interiorizando palavras,
significados e idéias, enfim, os valores e o modo de vida da sociedade da qual faz parte. (...)
Mesmo considerando todas as diferenças, há normalmente um processo de socialização
formal, conduzido por instituições, como escola e Igreja, e um processo mais informal e
abrangente, que acontece na família, na vizinhança, nos grupos de amigos e pela exposição aos
meios de comunicação.
O ponto de partida é a família, o espaço privado das relações de intimidade e afeto, em
que geralmente, podemos encontrar alguma compreensão e refúgio, apesar dos conflitos. É o
espaço onde aprendemos a obedecer a regras de convivência, a lidar com a diferença e a
diversidade.
Os espaços públicos de socialização são todos os outros lugares que freqüentamos em nosso
cotidiano. Neles, as relações são diferentes, pois convivemos com pessoas que muitas vezes nem
conhecemos. Nesses espaços públicos, não podemos fazer muitas das coisas que em casa são
permitidas, e precisamos observar as normas e regras próprias em cada situação. Nos locais de
culto religioso, por exemplo, devemos fazer silêncio; na escola, onde ocorre a educação formal,
precisamos ser pontuais nos horários de entrada e saída, e assim por diante.
Há, entretanto, agentes de socialização que estão presentes tanto nos espaços públicos como
nos privados: são os meios de comunicação – o cinema, a televisão, o rádio, os jornais, as
revistas, a internet e o telefone celular. Esses talvez sejam os meios de socialização mais eficazes e
persuasivos. TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia para o ensino médio. 1ª Ed. São Paulo: Atual,
2007. Pp. 17-20.
Conhecendo a Sociologia
A Sociologia é a ciência da sociedade, estuda o homem inserido na sociedade, apesar da
ciência sociológica ser considerada nova, pois se consolidou por volta do século XIX, a necessidade
de se entender as sociedades, a busca por explicações remonta de tempos antigos, tanto que na
Grécia Antiga já havia o desejo de se entender a sociedade.
No século V a.C, havia uma corrente filosófica, chamada sofistas, que começava a dar mais
atenção para os problemas sociais e políticos da época. Porém, não foram os gregos os criadores da
Sociologia. Auguste Isidore Comte (1798-1857), foi quem criou o termo “sociologia” a
partir da organização do seu curso de Filosofia Positiva. Comte desejava com esse curso se os
métodos utilizados nessas ciências, os quais já haviam alcançado um “status” de positivo,
poderiam ser utilizados na física social, denominada, por ele de Sociologia. Um dos lemas
defendidos por conte foi:
“O amor por principio, a ordem por base e o progresso por fim”
Comte é considerado um pensador da linha positivista, o que quer dizer que acreditava
na superioridade da ciência e no seu poder de explicação dos fenômenos de maneira desprendida
da religiosidade, como era comum se pensar naquela época. Como positivista ele acreditava
que a ciência deveria ser utilizada para organizar a ordem social. Comte é, portanto conhecido
como “Pai” da Sociologia, naquela época, a sociedade estava em desordem, orientada pelo caos.
COM BASE NO TEXTO ACIMA E NA SUA EXPERIÊNCIA DE VIDA, RESPONDA EM SEU CADERNO:
1. Segundo o autor do texto, o que nos é comum?
2. Quando a criança ainda não se reconhece como pessoa, ela é, segundo o autor, “um ser genérico”, por
quê?
3. Qual deve ser o ponto de partida para compreensão da sociedade?
4. Nosso processo de socialização começa na família. O que devemos aprender com a nossa família e a
nossa vizinhança?
5. Quem é o fundador da Sociologia? Qual o lema por ele defendido?
6. De que forma a Sociologia contribui em nossa vida?
a vivência da dinâmica “Muito prazer, eu sou...” a Distribua folhas de papel aos jovens.
•Eu...
Disponível em: www.ensinoonline.com.br/provas/ESPM ISP%20%28eSCOLA%Superior
%20%20%Propaganda%20 e%20Marketing%29/2008/ESPM%20SP%20-%202008%20Modelo
%20S
es públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil;
nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o
debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar
a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar
justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de
exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma
pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no
século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)
a) prestígio social.
b) acúmulo de riqueza.
c) participação política.
d) local de nascimento.
e) grupo de parentesco.
2. (Enem 2010) “Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a
sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, em
1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário à lei da natureza, que
“era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando.
NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. História da vida privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia
das Letras. 1997 (adaptado).
3. (Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela
dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial
ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —,
tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao
desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. IstoÉ. Edição 2099; 3 fev. 2010.
TEXTO II
Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar as pulsões e emoções do indivíduo, sem um
controle muito específico de seu comportamento. Nenhum controle desse tipo é possível sem que
as pessoas anteponham limitações umas às outras, e todas as limitações são convertidas, na pessoa
a quem são impostas, em medo de um ou outro tipo.
Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal como descrito no Texto II, o argumento do
Texto I acerca da violência e agressividade na sociedade brasileira expressa a
a) incompatibilidade entre os modos democráticos de convívio social e a presença de aparatos de
controle policial.
b) manutenção de práticas repressivas herdadas dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos
administrativos.
c) inabilidade das forças militares em conter a violência decorrente das ondas migratórias nas
grandes cidades brasileiras.
d) dificuldade histórica da sociedade brasileira em institucionalizar formas de controle social
compatíveis com valores democráticos.
e) incapacidade das instituições político-legislativas em formular mecanismos de controle social
específicos à realidade social brasileira.
A ação democrática consiste em todos tomarem parte do processo decisório sobre aquilo que terá
consequência na vida de toda coletividade.
GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia. Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).
TEXTO II
É necessário que haja liberdade de expressão, fiscalização sobre órgãos governamentais e acesso
por parte da população às informações trazidas a público pela imprensa.
O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises
sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a
ética pode ser compreendida como
a) instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a pensar e agir
de acordo com valores coletivos.
b) mecanismo de criação de direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e
virtuoso.
c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do entendimento
do que é efetivamente a ética, a política internacional se realiza.
d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses e ação privada dos
cidadãos.
e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua
vinculação à outras sociedades.
8. (Enem 2014) Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana. Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da
população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a
produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos
de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de
europeus, de asiáticos — para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos
igualmente tenham seus direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov.
2013 (adaptado).
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da
inclusão social a
a) práticas de valorização identitária.
b) medidas de compensação econômica.
c) dispositivos de liberdade de expressão.
d) estratégias de qualificação profissional.
e) instrumentos de modernização jurídica.
9. (Enem 2012) “Na regulação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a
linguagem oficial, os currículos da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades
religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos
menos chamativos, como, por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes ao
matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação das esferas pública e privada —
em tudo isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma cultura
majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa de tais regras, implicitamente
repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade
de direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra
a cultura da maioria.”
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo
nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança:
a) A secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condição da sua
concentração espacial, num tipo de independência nacional.
d) A autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se libertar
das tradições de suas origens em nome da harmonia da política nacional.
Gabarito
1. C
Resolução passo-a-passo
a) No período histórico em questão, o prestígio social não era muito relevante para a vida política.
b) A cidadania não era censitária.
c) A principal característica da cidadania nos dois textos é a participação política.
d) O local de nascimento era um fator importante, mas não tem evidência nos textos em questão.
e) O grupo de parentesco era um fator importante, mas não tem evidência nos textos em questão.
2. D
Resolução passo-a-passo
a) Esse é um problema real, mas não está em evidência nos textos.
b) A democracia no Brasil não faliu e há divulgação de estatísticas.
c) O texto 1 é anterior à constituição de 1988.
d) Desde a origem do Brasil, as práticas homossexuais são vistas como impróprias e ao longo da
história permaneceram sem aceitação.
e) Neste sentido, o Estado não praticou eugenia.
3. B
Resolução passo-a-passo
a) Essa seria uma crítica completamente anacrônica, uma vez que usa elementos da cidadania
contemporânea para criticar a cidadania clássica.
b) Essa alternativa não está correta por se tratar da realidade ateniense, mas por representar bem
o pensamento aristotélico apresentado no texto.
c) Nem todos os habitantes da Grécia eram cidadãos.
d) O propósito do tempo livre era dedicar-se à filosofia.
e) Todos aqueles que eram nascidos em Atenas, maiores de idade, livres e homens eram cidadãos.
4. A
Resolução passo-a-passo
a) Essa transformação só foi possível porque a noção de cidadania foi estendida aos homossexuais.
b) O texto não fala de valores religiosos.
c) Foi justamente a queda de ideologias conservadoras que propiciou a ampliação da cidadania.
d) O texto trata de cotas.
e) Não houve alteração étnica da população.
5. D
Resolução passo-a-passo
a) A presença de aparato policial é perfeitamente compatível e é justamente ela que deve garantir a
segurança da democracia.
b) Segundos os textos, o motivo da violência urbana é a ausência do Estado e não suas práticas
repressivas.
c) O texto trata do povo brasileiro e não de outros povos.
d) O Brasil ao longo de sua história tem tido dificuldade de dar aos seus cidadãos a tranqüilidade e
segurança que deveriam ser característicos de um país democrático. Isso ocorre porque o Estado
não consegue se fazer presente em todas as áreas.
e) Essa alternativa também poderia estar correta Caberia entrar com pedido de anulação da
questão. Isso porque os textos tratam justamente da violência e do processo civilizatório, que nas
democracias deve ocorrer através de mecanismos de controle social específicos à realidade social.
6. B
Resolução passo-a-passo
a) Orientar as compras dos cidadãos não é nenhum serviço prestado à democracia.
b) As informações veiculadas que ampliam os conhecimentos da população, e assim fomentam o
debate político, são serviços prestados à democracia.
c) A principal função democrática dos meios de comunicação não é uma simples apresentação dos
fatos.
d) O entretenimento não é um aspecto relevante para conscientização política.
e) A união cultural propiciadas pelas transmissões esportivas não é uma contribuição à
democracia.
7. A
Resolução passo-a-passo:
a) A ética quando associada aos valores políticos se torna o principal meio de garantia da
cidadania.
b) A ética inspira os direitos humanos, mas não podemos afirmar através dela que o homem seja
naturalmente ético e virtuoso.
c) A ética pode ajudar a resolver os problemas oriundos da globalização, mas para isso é preciso
mais que compreender: é preciso adotar ações éticas.
d) A ética está diretamente ligada aos interesses da coletividade, de modo que todos possam
alcançar os valores necessários ao seu bem estar sem que esses firam a harmonia coletiva.
e) A necessidade de discussão constante é justamente porque a ética nem sempre está ligada a
valores universais implícitos.
8. A
Resolução passo-a-passo:
a) Essa política tem por fundamento fortalecer a valorização identitária.
b) Essa medida não visa nenhum tipo de compensação, reconhecimento cultural.
c) A liberdade de expressão é respeitada por essa política, mas não é o seu alvo.
d) Essa política não traz consigo nenhum tipo de qualificação profissional.
e) Essa política não está vinculada à modernização jurídica.
9. A
Resolução passo-a-passo:
a) A igualdade que as minorias devem alcançar não está vinculada à distribuição espacial.
b) Habermas nunca defendeu a unificação de todas as culturas em uma cultura nacional única.
c) Segundo Habermas, uma sociedade em pleno exercício da cidadania deve sabar conviver com as
diferenças e respeitar a voz de todos os grupos.
d) Para Habermas, ninguém precisa abandonar suas tradições em nome de uma cultura nacional.
A nação é que quem deve saber conciliar todas as culturas em seu interior.
e) As peculiaridades de cada grupo social devem ser mantidas e respeitadas.
10. A
Resolução passo-a-passo:
a) Segundo Aristóteles, a democracia ajudava a neutralizar os defeitos e deixava em evidência as
virtudes.
b) Era o próprio povo quem devia neutralizar seus defeitos.
c) A corrupção não era aceita no pensamento político de Aristóteles.
d) A democracia é o governo do povo.
e) Essa alternativa não possui nexo com o pensamento de Aristóteles.
CIDADANIA
QUESTÕES COMENTADAS
SOCIOLOGIA
Posts Relacionados
MATEMÁTICA
16/ABR/2018
QUESTÕES COMENTADAS