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Trabalho Stand - Thiago Cabrino

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Sumário

1. Introdução

2. Mercado

2.1. Análise geral do mercado

2.2. Mercado de Cervejas no Brasil

3. Produto

3.1. O produto

3.2. Posicionamento

3.3. Público Alvo

3.4. Análise das oportunidades (SWOT)

4. Análise da Concorrência

5. Sustentabilidade e Responsabilidade Social

6. Estratégia de Comunicação

7. Estratégia de Marketing

7.1. Objetivos de Marketing

8. APAS

8.1. APAS 2010

9. Projeto

9.1. Estande

9.2. Ações

9.3. Orçamento

Cervejarias no Brasil

ì11 bilhões de litros produzidos ao ano.

ìCrescimento na casa dos 7% ano.

ìFaturamento total R$22,2 bilhões em 2006.

ìEm 2008 o segmento “Premium” no Brasil passou de 4,5% para


5,5%.
ìRepresentando 8% do faturamento do setor.

Estrategia

ìGerar conhecimento da marca na cidade de São Paulo.

ìAumentar o Market Share.

ìAumentar o volume de vendas.

Público

Razões racionais e emocionais de compra

ìRacional:

•Saciar a sede

•Qualidade

•Diversificação dos produtos

ìEmocional:

•Status

•Socialização

•Descontração

Hábitos e atitudes

ìInteressados por eventos culturais e atividades de lazer: teatro,


moda, cinema e festas.

ìFormador de opinião.

ìPúblico de classe social AB, de 25 a 35 anos de ambos os sexos.

ìEspírito jovem, sociável, bem-humorado, que gosta de


novidades.
Produto

ìDistribuição extremamente seletiva.

ìCiclo de vida: Crescimento.

ìSegmento de cervejas Premium.

ìUma das marcas mais conhecidas de cerveja artesanal no Brasil.

ìNasceu em Agosto de 2002. Rio de Janeiro. Criada com o


propósito de ser uma cerveja “cult”.

1. INTRODUÇÃO

Objetivo geral:

Estudar o mercado brasileiro de cervejas e avaliar os prós e contras,


sob o ponto de vista

social, de incentivos à indústria brasileira deste produto.

Objetivos específicos

a) Apresentar um panorama geral do mercado cervejeiro nacional;

b) Apresentar um panorama geral dos problemas sociais causados


pelo consumo de álcool;

c) Estimar a função de demanda por cerveja no Brasil;

d) Analisar os benefícios e custos sociais de alternativas de políticas


públicas visando à

geração de emprego e renda no setor cervejeiro.

Sendo assim, este estudo propõe-se a analisar a indústria cervejeira


não só como um setor produtivo da economia, mas também
considerar os efeitos que o consumo do seu produto pode causar à
sociedade. A análise será fundamentada em estudos sobre o tema
desenvolvidos no Brasil e no exterior.
2. O MERCADO BRASILEIRO DE CERVEJAS
2.1 Considerações Iniciais

O presente capítulo apresenta um quadro do mercado cervejeiro


nacional, a partir do enfoque da indústria de cervejas. Numa análise
introdutória são descritas a evolução do setor e a história das
primeiras cervejarias no Brasil. Em um segundo momento, é descrito
o funcionamento da cadeia produtiva da cerveja, além das principais
matérias-primas utilizadas para o acionamento desta cadeia.
Posteriormente, são apresentados os principais tipos de cervejas
produzidas, assim como os níveis de consumo no país e os principais
canais de distribuição e comercialização do produto.

Nos itens 8 e 9 deste capítulo é possível identificar que o consumo da


cerveja, apesar de pouco mensurável, é fortemente influenciado
pelos efeitos das políticas de marketing e pela diferenciação do
produto. Nas últimas seções do capítulo são abordadas questões
relacionados ao crescimento da indústria cervejeira nacional,
aspectos ambientais, o oligopólio presente no setor, o desempenho
da balança comercial, a tributação sobre o produto, além da descrição
dos dois principais bens substitutos e dos empregos gerados no setor.

O mercado consumidor brasileiro de cerveja é caracterizado


predominantemente por ter uma população jovem (61% entre 25 e 44
anos), que em virtude do seu baixo poder aquisitivo faz com que o
consumo per capita (por volta de 51,9 litros/habitante em 2006) ainda
seja considerado relativamente baixo, principalmente levando-se em
consideração a tropicalidade do país. Como exemplo, o consumo do
Reino Unido chega a ser de 97 litros/ano. O consumo brasileiro foi
incrementado a partir do Plano Real, quando na época totalizava
apenas 38 litros por ano (Fonte: Sindicerv1, 2006).

1 Sindicerv: Sindicato das Indústrias Cervejeiras.

Assim como ocorre no Brasil, aonde 4 empresas dominam o mercado,


mundialmente, o aumento do grau de concentração também foi
utilizado como forma de sobreviver ao baixo crescimento do
consumo. Segundo o “Global Brands Handbook 1999”, em 1997, as
dez maiores marcas de cerveja detinham 29% do mercado mundial
(em 1992 detinham 27%). No ano de 2002, as 10 maiores indústrias
cervejeiras concentravam 54% do volume produzido mundialmente.
Este nível de concentração elevou-se em 2004, com a fusão da
Interbrew com a AmBev e da Molson com a Coors. Com o nível de
concentração, em 2004, as 10 maiores cervejarias do mundo
produziram aproximadamente 58,8% do mercado total (Fonte:
Instituto Lafis, 2006).

No Brasil, a participação do mercado das pequenas empresas do setor


aumentou de 1,5% em 1995 para 8,9% em 2005. Em contrapartida,
houve um incremento de 12% no volume comercializado deste
produto no mesmo período (Fonte: Sindicerv).

Basicamente, não existe no país uma representação padrão de


oligopólio no setor, mas sim uma diversidade de situações de
mercado bem maior. Dentre elas o oligopólio compacto em que duas
ou três firmas dominam todo o mercado cervejeiro nacional, conforme
figura 1.

No ano de 1995, apenas 2 empresas (AmBev = ao somatório das


empresas Brahma e Antarctica, ainda não fundidas na época)
dominam o mercado nacional de cervejas.

Divisão do Mercado Brasileiro de Cervejas: 1995


15%

5%

78%

2%

Kaiser/Molson

Schincariol

Ambev

Outras Marcas

Figura 1: A Divisão do Mercado Brasileiro de Cervejas no ano de 1995.

Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Sindicerv (2007).

Representantes de oligopólios, estas empresas sempre preferiram não


competir via
7

preços, e a participação no mercado de cada firma geralmente foi


determinada pelo
desenvolvimento do produto e pela propaganda2 (as indústrias
cervejeiras sempre foram um

dos principais anunciantes do país). Isso se deve a dois fatores


básicos: ao desenvolvimento

de novos produtos e ao fato das campanhas publicitárias serem mais


difíceis de serem

copiadas do que os cortes em preço. Além disso, estes oligopolistas


sempre possuíram

recursos financeiros suficientes para se engajarem no


desenvolvimento de novos produtos e

em gastos com propaganda.

Baseando-se na teoria da demanda quebrada do monopólio, o preço


adotado sempre foi

relativamente rígido, pois uma firma que está completando uma


variação de preço presume

que sua concorrente irá copiar um corte de preço e irá ignorar um


aumento de preços. A

liderança de preços, em determinado momento, sempre envolveu um


acordo informal entre os

oligopolistas de acompanhar qualquer variação de preço iniciada por


uma firma designada.

O mercado se comportou de forma estável, até que no ano de 2003 a


empresa Schincariol

através de uma estratégia agressiva em preços e marketing,


aumentou sua participação no

mercado de 5,4% em 1995 para 12,6% em 2005, conforme mostra a


figura 2, listada abaixo.

Divisão do mercado brasileiro de cervejas: 2005


9%

13%

68%

10%
Kaiser/Molson

Schincariol

Ambev

Outras Marcas

Figura 2: A Divisão do Mercado Brasileiro de Cervejas no ano de 2005.

Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Sindicerv (2007).

2Segundo Kotler (2000, pg 597), o objetivo da propaganda deve surgir de uma


análise completa da situação do

mercado. Se a classe do produto estiver madura, a empresa for líder no mercado e


o uso da marca for baixo, o

objetivo adequado seria estimular mais o uso. Se a classe do produto for nova, a
empresa não for líder no

mercado, mas a marca for superior à da líder de mercado, então o objetivo


adequado seria convencer o mercado

da superioridade da marca.

O aumento do nível de participação no mercado da Schincariol via


redução de preços –

baseando-se no modelo de demanda quebrada (acordo informal) – fez


com que as demais

empresas do setor, que sempre adotaram preços padronizados entre


seus concorrente (tit-fortat3),

precisassem reduzir seus preços e a conseqüente lucratividade.

Além da divisão por empresas, este mercado pode ser dividido por
produto (marca), uma

vez que para manter a fidelidade dos clientes as empresas do setor


dispõem ao consumidor um

portifólio de produtos bastante diversificado, conforme é


demonstrado no quadro 1.

Participação de Mercado %

Ano 1992 1993 1994 1995 2002 2003 2004 2005

Mercado (MI Hc4) 47,70 50,90 65,00 80,00 84,10 82,20 84,70 90,00
Ambev 85,50 81,70 80,30 78,50 68,40 67,20 66,20 68,30

Brahma 37,40 35,20 33,30 31,40 21,80 20,90 19,80 20,40

Skol 14,10 15,00 16,80 15,20 32,30 32,80 31,60 32,60

Antarctica 34,00 31,50 30,20 31,90 14,30 11,60 13,00 13,60

Bohemia n.i5 n.i n.i n.i n.i 1,90 1,80 1,70

Kaiser 11,50 13,60 13,90 14,60 15,40 13,30 10,90 8,90

Schincariol 2,10 3,80 4,70 5,40 9,60 11,10 13,10 12,60

Outras Marcas 0,90 0,90 1,10 1,50 6,70 8,40 9,80 10,20

Petrópolis n.i n.i n.i n.i n.i n.i 3,60 5,20

Cintra n.i n.i n.i n.i 1,60 1,70 1,60 1,40

Outras n.i n.i n.i n.i 5,10 6,80 4,60 3,60

Quadro 1: Participação no Mercado de Cerveja por Marca em jan/2007.

Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Sindicerv (2007).

Como pode ser observado no quadro acima, a AmBev possui o maior


portifólio, assim

como os produtos de maior aceitabilidade pelo consumidor: as


cervejas Brahma e Antarctica.

3A ação de uma empresa está condicionada a ação de outra empresa, ou seja, se


todas as empresas cervejeiras

mativerem o mesmo nível de preço dos seus produtos, a tendência é de que todas
aumentem seus lucros.

Contudo, se uma das empresas resolve deixar de participar e diminui os seus


preços, a cooperação não será mais

possível e todas irão competir entre si.

4 MI Hc = milhões de hectolitros;

5 n.i = não informado.

Com relação a variações na demanda, o consumo de cerveja no Brasil


apresentou

crescimento praticamente constante na década de 1985 a 1995, com


exceção do ano de 1992,
no qual o poder de compra da população foi fortemente comprimido
em função das quedas

sucessivas de renda per capita brasileira, resultado da


implementação do Plano Collor, o qual

confiscou a poupança de milhares de brasileiros, diminuindo assim a


liquidez do mercado.

Com o Plano Real em 1994 e o conseqüente aumento do poder de


compra da população,

a demanda por cerveja reagiu, pois incorporou novos consumidores,


principalmente do

tradicional mercado de aguardente. A produção retomou a trajetória


de crescimento atingindo

80 milhões de hectolitros6 e consumo per capita recorde de 50


litros/ano em 1995. Após este

boom, a década seguinte (1995 a 2005), no entanto, não apresentou


o mesmo bom

desempenho para o setor. Com níveis de consumo praticamente


estagnados, a variação do

consumo entre 1995 e 2004 foi de apenas 6%, com consumo subindo
de 80 para 85 milhões

de hectolitros e com consumo per capita estacionado em torno dos 50


litros/ano (Fonte:

Sindicerv), o que evidencia uma forte relação entre as variações na


renda e o incremento

nacional no consumo de cerveja, sendo que as linhas de variação do


consumo total e per

capita acompanham a aumento na renda nacional, a partir de 1994.

O Brasil se posicionou no mercado como um dos quatro maiores


fabricantes de cerveja

do mundo em 2005, com um volume anual de cerca de 9,020 milhões


de litros, conforme

demostra o quadro 2 listado abaixo.


Países 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
China 17,300 18,500 22,313 22,700 23,558 25,405 29,100 30,615

Estados Unidos 23,300 23,256 23,220 23,300 23,456 23,130 23,330 23,024

Alemanha 11,170 11,280 11,043 10,850 10,840 10,599 10,619 10,545

Brasil 8,164 8,040 8,260 8,450 8,441 8,220 8,500 9,020

Rússia 3,253 4,320 5,490 6,300 7,020 7,320 8,520 8,920

México 5,466 5,726 5,781 6,230 6,370 6,642 6,848 7,250

Japão 7,179 7,151 7,099 7,103 6,930 6,497 6,549 6,343

Reino Unido 5,665 5,785 5,528 5,680 5,667 5,801 5,891 5,602

Espanha 2,499 2,585 2,641 2,774 2,786 3,068 3,068 3,250

Polônia 2,022 2,250 2,400 2,414 2,610 2,730 2,770 2,900

África do Sul 2,564 2,570 2,450 2,250 2,440 2,500 2,500 2,590

Paises Baixos 2,399 2,450 2,507 2,523 2,490 2,512 2,383 2,456

Canadá 2,278 2,295 2,307 2,392 2,137 2,344 2,313 2,316

Coréia do Sul 1,408 1,669 1,644 2,000 1,885 1,980 2,016 1,702

6 1 Hectolitro (hc) equivale a 100 litros.

10

República Checa 1,829 1,795 1,792 1,788 1,818 1,855 1,875 1,607

Venezuela 1,569 1,700 1,859 2,181 1,600 1,500 1,800 2,200

Bélgica 1,411 1,458 1,473 1,504 1,570 1,565 1,741 1,727

Ucrânia 683 850 1,027 13,100 1,490 1,665 1,729 2,370

Austrália nd nd Nd nd 1,748 1,726 1,691 1,709

França 1,981 1,987 1,893 1,887 1,812 1,810 1,680 1,639

Tailândia 931 1,050 1,154 1,232 1,252 1,524 1,614 1,703

Colômbia 1,830 1,600 1,350 1,345 1,200 1,507 1,600 1,650

Romênia 1,023 1,112 1,112 1,211 1,147 1,251 1,400 1,524

Itália 1,219 1,218 1,258 1,278 1,259 1,367 1,313 1,226

Filipinas 1,269 1,240 1,400 1,200 1,100 1,270 1,300 1,350

Argentina 1,240 1,200 1,200 1,240 1,399 1,273 1,280 1,370

Outros 20,592 20,988 20,922 9,495 20,298 20,852 21,783 10,853

Total 130,243 134,074 139,123 142,428 144,323 147,913 155,212 147,461

Quadro 2: Maiores Fabricantes de Cerveja do Mundo


Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Instituto Lafis apud Sindicerv ,
Alaface, Brewers of Europe,

Joh. Barth & Sohn (site) / (e) estimativa Joh Barth, (a) Joh. Barth citando como fonte
Alaface (2007).

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