12 Extincao Do Contrato de Trabalho
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Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO
Extinção do contrato de trabalho
Prof. Gervásio Meireles
SUMÁRIO
Extinção do Contrato de Trabalho...................................................................3
I – Modalidades de Extinção do Contrato........................................................3
I – 1 - Dispensa sem Justa Causa..................................................................3
I – 2 - Pedido de Demissão...........................................................................5
I – 3 - Dispensa por justa causa....................................................................8
I – 4- Rescisão Indireta.............................................................................. 17
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NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO
Extinção do contrato de trabalho
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Caro(a) aluno(a),
pensa sem justa causa do empregado. Esse ato, contudo, gera uma série de
direitos ao trabalhador:
a) aviso prévio;
b) saldo de salário;
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f) saque do FGTS;
Existem algumas situações especiais que, embora não haja uma dispensa for-
trabalhistas:
Muitas vezes a empresa simplesmente cessa suas atividades sem qualquer avi-
so aos empregados e tampouco dispensa formal. Nesse caso, o TST entende que é
dência considera que devem ser gerados os mesmos efeitos da dispensa sem justa
causa. Aliás, o Tribunal Superior do Trabalho inclusive editou uma súmula que re-
Súmula 44 do TST
AVISO PRÉVIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em
dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
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b) fato do príncipe
Como o ato que afeta atividade empresarial foi editado pelo Estado, essa situa-
ção passou a ser conhecida como fato do príncipe (factum principis). O art. 486
da CLT prevê:
CLT
Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por
ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolu-
ção que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indeniza-
ção, que ficará a cargo do governo responsável.
(...)
I – 2 - Pedido de Demissão
d) saldo de salário.
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de, não fazendo, ter o valor do aviso prévio descontado das demais verbas
O trabalhador não saca o FGTS, não tem direito à multa fundiária (do
SDI-I do TST:
OJ 270 da SDI-I
PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. TRANSAÇÃO EXTRAJU-
DICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. EFEI-
TOS (inserida em 27.09.2002)
A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do
empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parce-
las e valores constantes do recibo.
Além disso, caso o trabalhador que saiu da empresa pelo PDV ajuizasse uma
exemplo) e vencesse, o TST não admite que o valor do crédito trabalhista seja
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respeitada eficácia liberatória geral. Isso ficou decidido no tema 152 da lista
individual do empregado:
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CLT
Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual,
plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia,
salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.
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Súmula 77 do TST
PUNIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos a
que se obrigou a empresa por norma regulamentar.
Ademais, não se pode aplicar duas punições pelo mesmo fato. Uma vez
aplicada uma penalidade, não pode o trabalhador receber outra punição pelo mes-
Outro detalhe: a falta praticada deve ter sido o motivo da dispensa. Não
Justiça outra falta diversa daquela que ensejou a ruptura contratual. É o princípio
Outro princípio refere-se à simetria das penas ou isonomia. Ele atesta que
se deve aplicar as mesmas penas àqueles que cometeram os mesmos atos, com o
sendo que ambos tinham cargos com o mesmo nível de confiança do empregador
Existe corrente que aponta que existem requisitos objetivos (tipicidade e gravi-
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CLT
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empre-
gador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e
quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou
for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido sus-
pensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou
ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de
outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
de improbidade.
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aberto onde se enquadram todas as condutas graves que não estejam descritas nos
demais incisos.
que deveria estar trabalhando, prejudicando, assim, o serviço. No último caso, não
Assim, por exemplo, se uma empregada está vendendo produtos de beleza ha-
gado (art. 482, “d”), deve se pressupor que o processo criminal terminou. Dessa
maneira, aquelas prisões provisórias, tais como prisão temporária, e prisão preven-
tiva, não extinguem o contrato de trabalho, mas apenas os suspendem. Além disso,
durante o cumprimento da pena, o que deve ser entendido pela leitura da expres-
balhador, mas eventualmente, se o ato for muito grave, pode derivar de ato único.
Exemplo disso ocorre quando o empregado falta muitos dias de forma injustificada.
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7- Embriaguez (art. 482, “f”) apta a autorizar a justa causa por ser aquela
Aqui cabe um cuidado. Quando se trata de alcoolismo, não podemos falar em justa
priu uma regra prevista em um regulamento da empresa poderá haver justa causa,
se houver gravidade.
de regras gerais, mas de ordens específicas. Dessa forma, por exemplo, se uma
esse descumprimento quase gera o óbito, o ato comporta dispensa por justa causa
por insubordinação.
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Você não pode se esquecer, entretanto, que não será hipótese de justa causa
vado tanto pela convocação feita pelo empregador para que empregado retorne
ao trabalho, convocação essa não atendida pelo trabalhador, como também quan-
com o anterior.
Existe uma exceção. Quando o trabalhador consegue outro emprego com horá-
aguardar os 30 dias.
denciário e recebe alta do INSS (está apto a trabalhar), mas não volta ao serviço?
Súmula 32 do TST
ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo
de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo
de não o fazer
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uma doença cardíaca. Durante alguns meses Katila recebeu auxilio-doença previ-
não retornou a seu emprego e não justificou o motivo de não retornar. Neste caso,
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CLT
Art. 158 (...)
Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
Decreto 95247/87
Art. 7º (...)
§ 3º A declaração falsa ou o uso indevido do Vale-Transporte constituem falta grave.
se de justa causa:
CLT
Art. 482. (...)
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da pro-
fissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.
Assim, se o empregado possui uma profissão para a qual a lei exige uma
justa causa.
Olhe uma hipótese. Suponha que um advogado seja empregado de uma empre-
sa. A atuação como advogado pressupõe inscrição junto à OAB. Entretanto, ima-
gine que, por condutas dolosas irregulares, receba o profissional pena de exclusão
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b) saldo de salário.
que não haverá esse direito. Veja o que se infere da Súmula 171 do TST:
Agora vale um registro. Se a falta cometida pelo empregado não for grave o
suspensão, é claro que o empregado não recebe salários e seria prejudicial à sua
trato de trabalho (leia-se “rescisão por culpa do empregador”). Veja o art. 474
da CLT:
CLT
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa
na rescisão injusta do contrato de trabalho.
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pregador.
modalidade de extinção.
durante muito tempo para manter a sua fonte de sustento. Logo, não se exige
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cometimento de falta por parte do empregador, não pode ser interpretada como um
perdão tácito, sobretudo em razão de sua posição hipossuficiente na relação emprega-
tícia, que o leva a se submeter a situações prejudiciais como forma de manutenção do
emprego para sustento próprio e de sua família. Precedentes. Agravo de Instrumento
conhecido e não provido. (AIRR - 2332-79.2014.5.03.0182, Relatora Ministra: Maria de
Assis Calsing, Data de Julgamento: 09/11/2016, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT
11/11/2016)
CLT
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos
bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato
lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legíti-
ma defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afe-
tar sensivelmente a importância dos salários.
a elas:
483, “a” da CLT), não precisa ser necessariamente força física, podendo também
Serviços defesos por lei são aqueles proibidos, ou seja, ilícitos. Suponha por
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2- Tratamento com rigor excessivo (art. 483, “b” da CLT) significa o tra-
seu preposto abusam do poder diretivo. Exemplo disso ocorre em diversos casos
de assédio moral.
3- Correr perigo de mal considerável (art. 483, “c” da CLT) pressupõe que
exista efetivo risco para o trabalhador, como ocorre, por exemplo, na presta-
individual.
483, “d” da CLT), não estamos falando apenas as obrigações expressas, tais como
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balho ou ausência de depósitos do FGTS são motivos bastante comuns para o en-
Súmula 13 do TST
MORA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de deter-
minar a rescisão do contrato de trabalho.
Existem outras hipóteses de rescisão indireta fora do art. 483 da CLT? Sim. O
rol do art. 483 da CLT é meramente exemplificativo. Quer ver outro caso?
CLT
Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor
é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá
ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso,
proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções.
Parágrafo único. Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas
pela autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a res-
cisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483.
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e o empregador não adotar medidas para mudar de função, haverá motivo para res-
para ajuizar uma ação pedindo na Justiça rescisão indireta ou pode continuar tra-
CLT
Art. 483 (...)
§ 3º - Nas hipóteses das letras «d» e «g», poderá o empregado pleitear a rescisão de
seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo
ou não no serviço até final decisão do processo.
“g” do art. 483, o TST entende que essa faculdade se aplica a qualquer das alíneas:
(...) RESCISÃO INDIRETA. ARTIGO 483, § 3º, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABA-
LHO. Conforme se depreende do artigo 483, § 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho,
é facultado ao empregado que pleiteia em juízo a rescisão indireta do contrato de em-
prego, nas hipóteses das infrações previstas nas alíneas d e g do referido preceito de lei,
permanecer ou afastar-se do serviço. Tais alíneas referem-se às infrações mais brandas
entre aquelas elencadas no dispositivo consolidado, constituindo-se nas menos gravo-
sas em relação à pessoa do empregado. Conclui-se, assim, que, se o legislador faculta
o afastamento do empregado mesmo nas infrações empresariais consideradas menos
gravosas, logicamente o admitirá em relação às condutas mais graves, de que resulta
possivelmente comprometida a convivência entre empregado e empregador. Não é ra-
zoável exigir que o obreiro, para postular a rescisão indireta, deva permanecer subme-
tido à situação vexatória, constrangedora ou até mesmo danosa à sua integridade moral
ou física que ensejou o pedido de rescisão indireta. Recurso de revista de que não se
conhece. (...) (RR - 8039200-53.2003.5.04.0900, Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa,
Data de Julgamento: 30/06/2010, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/11/2011)
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direitos da dispensa sem justa causa com uma diferença: o aviso prévio
será sempre indenizado, já que não se poderia exigir que o trabalhador continu-
asse normalmente laborando durante o aviso prévio depois de ter sido reconhecida
CLT
Art. 487 (...)
§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta.
empregado optar entre suspender a prestação de serviços para cumprir, por óbvio,
CLT
Art. 483 (...)
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato,
quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do
serviço.
CLT
Art. 483 (...)
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado
ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
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b) férias vencidas (se houver) acrescidas de 1/3, porque se trata de direito ad-
quirido;
Súmula 14 do TST
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo
terceiro salário e das férias proporcionais.
A referência o art. 484 da CLT é por analogia. Aquele artigo trata da culpa re-
cíproca e seus efeitos sobre a indenização rescisória, indenização essa que apenas
apenas se aplica a quem contava com mais de 10 anos no emprego por ocasião da
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CLT
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de
culpa exclusiva do empregador, por metade.
g) saque do FGTS.
O empregado fará jus ao recebimento de 50% dos valores relativos ao aviso pré-
( )Certo ( )Errado
Certo. Na culpa recíproca, o empregado faz jus à metade das férias proporcionais,
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nização quando forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei,
contrários aos bons costumes, ou alheios aos contratos.
d) A rescisão indireta se dá quando existe um motivo justo para a rescisão do con-
trato de trabalho pelo empregador, sendo que nenhuma vantagem será atribuída
ao empregado, salvo as parcelas que constituírem direito adquirido, como as férias
vencidas que ainda não tenham sido usufruídas e o saldo salarial.
e) Na rescisão indireta, o Tribunal do Trabalho competente reduzirá a indenização
à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por um terço.
A letra “a” está errada. Violação de segredo da empresa não é hipótese de rescisão
indireta, mas de rescisão por justa causa (art. 482, “g”, da CLT).
A letra “b” está errada. O conceito está completamente errado. Rescisão indireta
ocorre quando o empregador comete ato grave que permite a extinção do contrato.
A letra “c” está certa. É o art. 483, “a”, da CLT.
A letra “d” está errada. Essa previsão refere-se à justa causa e não à rescisão
indireta.
A letra “e” está errada. Na rescisão indireta não há qualquer redução de valores
pela metade.
a) saldo de salário;
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d) férias vencidas (se houver) acrescidas de 1/3, porque se trata de direito ad-
quirido;
e) saque do FGTS.
CLT preceitua:
CLT
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso
seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
demissão, mas terá que dar aviso prévio ao empregador. Por outro lado, se quem
o empregado os mesmos direitos da dispensa sem justa causa, o que inclui o direito
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Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do
art. 481 da CLT (ex-Prejulgado n. 42).
1/3, 13º salário proporcional, multa de 40% do FGTS, mas não aviso prévio. Entre-
CLT
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
Parágrafo único. Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte
variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da
indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
contrário, ou seja, metade do tempo da remuneração a que teria até o final. Veja:
CLT
Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato,
sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que
desse fato lhe resultarem.
§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado
em idênticas condições.
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NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO
Extinção do contrato de trabalho
Prof. Gervásio Meireles
I – 7- Distrato
CLT
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I – por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no
§ 1º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;
II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da
conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do
inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta
por cento) do valor dos depósitos.
§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o
ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.
c) saldo de salário;
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seguro-desemprego.
I – 8 - Força Maior
É possível que o contrato de emprego seja extinto por força maior. Força maior,
dor não contribuiu e não tinha como impedir. O art. 501, caput e § 1º, da
CLT prevê:
CLT
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à
vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indi-
retamente.
§ 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.
Imagine que uma fábrica seja destruída por um atentado terrorista ou mesmo
a) saldo de salário;
f) saque do FGTS;
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NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO
Extinção do contrato de trabalho
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I – 9- Morte do Empregado
sórios devem ser pagos aos dependentes habilitados perante o INSS ou, na
sua falta, aos sucessores na forma da lei civil. É o dispõe o art. 1º da Lei
n. 6.858/80:
Lei n. 6858/80
Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das
contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação
PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas
iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social (...), e, na sua falta,
aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente
de inventário ou arrolamento.
São eles:
a) saldo de salário;
f) saque do FGTS.
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Extinção do contrato de trabalho
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Não há, por motivos óbvios, aviso prévio e multa de 40% do FGTS. Ora, o em-
sendo regulado pelos arts. 452-A e seguintes da CLT. Para maiores informações
Na presente aula, devemos ver que esse contrato passou a contar com uma
Recorde-se de que, antes da medida provisória, não havia uma forma es-
pecífica de extinção para esse tipo de contrato. Com a medida provisória, uma
CLT
Art. 452-D. Decorrido o prazo de um ano sem qualquer convocação do empregado pelo
empregador, contado a partir da data da celebração do contrato, da última convocação
ou do último dia de prestação de serviços, o que for mais recente, será considerado
rescindido de pleno direito o contrato de trabalho intermitente.
tado da alternativa mais recente (data em que o contrato foi firmado; data da
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Extinção do contrato de trabalho
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CLT
Art. 452-E. Ressalvadas as hipóteses a que se referem os art. 482 e art. 483, na hipó-
tese de extinção do contrato de trabalho intermitente serão devidas as seguintes verbas
rescisórias:
I - pela metade:
a) o aviso prévio indenizado, calculado conforme o art. 452-F; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, pre-
vista no § 1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990; e
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1º A extinção de contrato de trabalho intermitente permite a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no FGTS na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de
1990, limitada a até oitenta por cento do valor dos depósitos.
§ 2º A extinção do contrato de trabalho intermitente a que se refere este artigo não
autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.
c) saldo de salário;
do seguro-desemprego.
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Extinção do contrato de trabalho
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bém no contrato de trabalho intermitente que for extinto por qualquer outro
CLT
Art. 452-E. Ressalvadas as hipóteses a que se referem os art. 482 e art. 483, na hipó-
tese de extinção do contrato de trabalho intermitente serão devidas as seguintes verbas
rescisórias:
(...)
uma dispensa sem justa causa, uma morte do trabalhador ou uma força maior (hi-
póteses essas que não estão no art. 482 e 483 da CLT), então, os mesmos direi-
CLT
Art. 452-F. As verbas rescisórias e o aviso prévio serão calculados com base na média
dos valores recebidos pelo empregado no curso do contrato de trabalho intermitente.
§ 1º No cálculo da média a que se refere o caput, serão considerados apenas os meses
durante os quais o empregado tenha recebido parcelas remuneratórias no intervalo dos
últimos doze meses ou o período de vigência do contrato de trabalho intermitente, se
este for inferior.
§ 2º O aviso prévio será necessariamente indenizado, nos termos dos § 1º e § 2º do
art. 487.
mas será a média dos últimos 12 meses de contrato (se o contrato passou de 12
trabalho.
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Imagine que João foi contratado para trabalho intermitente em 01.03.17 e foi
lhou convocado apenas 3 meses nesse período. As verbas rescisórias são calcula-
II – Aviso Prévio
prévio. Sua importância é tamanha que constou na Constituição Federal. O art. 7º,
XXI, da CF prevê:
CF
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
o que evidencia que o inciso I do art. 487 da CLT não foi recepcionado pela Cons-
tituição e que o inciso II deve sempre ser examinado com respeito à Constituição:
CLT
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescin-
dir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
I – oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;
II – trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12
(doze) meses de serviço na empresa.
(...)
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Extinção do contrato de trabalho
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Assim, mesmo que o trabalhador receba por hora ou semana, ou mesmo que
tenha menos de 12 meses de serviço, não importa. O aviso prévio será de, no mí-
nimo, 30 dias.
CLT
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, será
concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano
de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, per-
fazendo um total de até 90 (noventa) dias.
dias, respeitado o limite total do aviso de 90 dias (30 dias de aviso mínimo já
a) O aviso prévio será concedido no prazo máximo de oitenta dias, conforme a si-
A letra “a” está errada. O prazo máximo do aviso prévio é de 90 dias, na forma do
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Extinção do contrato de trabalho
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TST. Veja:
(...) 3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULA 219, I, TST. A Lei n.. 12.506/2011 é cla-
ra em considerar a proporcionalidade uma vantagem estendida aos empregados (caput
do art. 1º do diploma legal), sem a bilateralidade que caracteriza o instituto original,
fixado em 30 dias desde 5.10.1988. A bilateralidade restringe-se ao aviso prévio de 30
dias, que tem de ser concedido também pelo empregado a seu empregador, caso queira
pedir demissão (caput do art. 487 da CLT), sob pena de poder sofrer o desconto corres-
pondente ao prazo descumprido (art. 487, § 2º, CLT). Esse prazo de 30 dias também
modula a forma de cumprimento físico do aviso prévio (aviso trabalhado): redução de
duas horas de trabalho ao dia, durante 30 dias (caput do art. 488, CLT) ou cumprimento
do horário normal de trabalho durante o pré-aviso, salvo os últimos sete dias (parágrafo
único do art. 488 da CLT). A escolha jurídica feita pela Lei n. 12.506/2011, mantendo os
trinta dias como módulo que abrange todos os aspectos do instituto, inclusive os desfa-
voráveis ao empregado, ao passo que a proporcionalidade favorece apenas o trabalha-
dor, é sensata, proporcional e razoável, caso considerados a lógica e o direcionamento
jurídicos da Constituição e de todo o Direito do Trabalho. Trata-se da única maneira
de se evitar que o avanço normativo da proporcionalidade se converta em uma con-
trafacção, como seria impor-se ao trabalhador com vários anos de serviço gravíssima
restrição a seu direito de se desvincular do contrato de emprego. Essa restrição nunca
existiu no Direito do Trabalho e nem na Constituição, que jamais exigiram até mesmo
do trabalhador estável ou com garantia de emprego (que tem - ou tinha - vantagem
enorme em seu benefício) qualquer óbice ao exercício de seu pedido de demissão. Ora,
o cumprimento de um aviso de 60, 80 ou 90 dias ou o desconto salarial nessa mesma
proporção fariam a ordem jurídica retornar a períodos selvagens da civilização ociden-
tal, antes do advento do próprio Direito do Trabalho - situação normativa incompatível
com o espírito da Constituição da República e do Direito do Trabalho brasileiros. Recurso
de revista conhecido e parcialmente provido. (RR - 1682-51.2015.5.17.0006, Relator
Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 24/05/2017, 3ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 26/05/2017)
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CLT
Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a
rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do
salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na
hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação.
Perceba você que essa redução de jornada apenas existe quando o empre-
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Surge, aqui, uma pergunta: será que o empregador pode substituir as duas
horas de redução pelo pagamento de duas horas? Isto é, será válido se o empre-
gado, ao invés de trabalhar duas horas a menos durante o aviso prévio quando for
dispensado, receber duas horas a mais para não ter a redução de jornada? Não.
Súmula 230
AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA
JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
a redução de 2 horas por dia ou 7 dias inteiros corridos. Veja o art. 488,
CLT
Art. 488 -(...)
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do
salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na
hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação.
Como se calcula o aviso prévio? Essa parcela é calculada com base no salá-
salário. Assim, não entram no cálculo do aviso prévio. Veja a Súmula 354 do TST:
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Cuidado com algumas verbas salariais. Existem parcelas salariais cuja aferição
em termos de tempo é superior ao mês, como ocorre por exemplo, com a gratifica-
ção semestral. Essa gratificação é paga, como o nome indica, por semestre. Como
Se o salário é pago por tarefa, deve ser considera a média dos últimos 12
meses. Leia:
CLT
Art. 487 (...)
§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos
parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses
de serviço.
§ 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.
gado pede demissão e não dá o aviso prévio ao empregador, terá que arcar com
Art. 487 (...)
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito
aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse
período no seu tempo de serviço.
§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de
descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
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Extinção do contrato de trabalho
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Ressalte-se que, como aponta a parte final do art. 487, § 1º, da CLT, é ga-
indenizado ou não.
OJ 82 da SDI-I
AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997)
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo
do aviso prévio, ainda que indenizado.
Todo o período do aviso prévio deve ser contado como integrante do contrato.
mínimo do aviso prévio é maior que 30 dias, então todo o período que a norma co-
letiva estipular deve ser considerado no contrato. Veja a OJ 367 da SDI-I do TST:
OJ 367 da SDI-I
AVISO PRÉVIO DE 60 DIAS. ELASTECIMENTO POR NORMA COLETIVA. PRO-
JEÇÃO. REFLEXOS NAS PARCELAS TRABALHISTAS (DEJT divulgado em 03, 04 e
05.12.2008)
O prazo de aviso prévio de 60 dias, concedido por meio de norma coletiva que silencia
sobre alcance de seus efeitos jurídicos, computa-se integralmente como tempo de ser-
viço, nos termos do § 1º do art. 487 da CLT, repercutindo nas verbas rescisórias.
E como se conta o aviso prévio? Aplicando o art. 132 do Código Civil, ou seja,
sado no dia 10.04.17, então o primeiro dia do aviso será dia 11.04.17. A Súmula
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CLT
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respec-
tivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra
parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
Parágrafo único. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois
de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse
sido dado.
Quando ocorre a dispensa sem justa causa, o aviso prévio cuida de direito
emprego. Logo, mesmo que o empregado peça para ser dispensado de seu cum-
primento, não pode o empregador aceitar sem que indenize o aviso prévio. A única
exceção, é claro, ocorre quando ele arruma outro emprego, hipótese em que o
aviso não será devido desde a data em que começou no novo emprego (porque a
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não haverá que indenizar o aviso prévio, não sendo aplicável a Súmula aludida.
faltoso grave que implicaria rescisão indireta? O empregador terá que inde-
CLT
Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado,
praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da
remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização
que for devida.
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cometer um ato faltoso grave que implicaria justa causa? O empregado perde
CLT
Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das
faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do
respectivo prazo.
tes a essa dispensa sem justa causa e a modalidade vira justa causa. Observe a
Súmula 73
DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redação) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003
A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo
do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas
rescisórias de natureza indenizatória.
(...) RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL S.A. (...) Frise-se que, do ponto de
vista jurídico, no período de pré-aviso, permanecem inalteradas algumas importan-
tes obrigações das partes, inclusive a lealdade contratual, podendo inclusive ocorrer
infração trabalhista por qualquer das partes, apta a transmudar a resilição contratual
em resolução culposa do pacto empregatício, ou seja, a dispensa injusta ou o pedido
de demissão em ruptura por justa causa de uma das partes (arts. 490 e 491 da CLT e
Súmula 73/TST). (...) (ARR - 1099-02.2011.5.02.0046, Relator Ministro: Mauricio Go-
dinho Delgado, Data de Julgamento: 13/04/2016, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT
15/04/2016)
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cisórias:
a) homologação da rescisão
quer um deles, o legislador criou alternativas. Veja o art. 477, §§ 1º e 3º, da CLT:
CLT
Art. 477 (...)
§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho,
firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando
feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do
Trabalho e Previdência Social.
§ 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a
assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo
Defensor Público e, na falta ou impedimento dêste, pelo Juiz de Paz.
Ressalte-se que essa assistência sindical deve ser fornecida de forma gratui-
CLT
Art. 477 (...)
§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o
trabalhador e empregador
Aliás, se a norma coletiva criar alguma cobrança por essa assistência, a cláusula
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Extinção do contrato de trabalho
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OJ 16 da SDC
TAXA DE HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. ILEGALIDADE (inserida
em 27.03.1998)
É contrária ao espírito da lei (art. 477, § 7º, da CLT) e da função precípua do Sindicato
a cláusula coletiva que estabelece taxa para homologação de rescisão contratual, a ser
paga pela empresa a favor do sindicato profissional.
Decreto-Lei n. 779/69
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito
público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:
I – a presunção relativa de validade dos recibos de quitação ou pedidos de demissão de
seus empregados ainda que não homologados nem submetidos à assistência mencio-
nada nos parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho;
CLT
Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se,
porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos
dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebi-
mento da indenização que lhe for devida.
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O art. 477, caput, da CLT passou a ter uma nova redação com a reforma tra-
balhista:
CLT
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à ano-
tação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos
competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma esta-
belecidos neste artigo.
§ 1º (Revogado).
§ 3º (Revogado).
§ 7º (Revogado).
CLT
Art. 477 (...)
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da
rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem
as partes, salvo se o empregado fôr analfabeto, quando o pagamento sòmente poderá
ser feito em dinheiro.
CLT
Art. 477. (...)
§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:
I – em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes; ou
II – em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto.
Outro ponto aqui interessante: eventual dívida do trabalhador pode ser com-
pensada com as verbas rescisórias devidas? Sim, muito embora haja limite ex-
presso no art. 477, § 5º, da CLT:
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CLT
Art. 477 (...)
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não
poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
CLT
Art. 477 (...)
§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência
do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
da SDI-I do TST:
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nistrativa (devida à União), além de uma outra multa para o trabalhador equi-
Art. 477 (...)
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de
160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em
valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN,
salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
to das verbas rescisórias mudou. Veja a nova redação do art. 477, § 6º, da
CLT
Art. 477. (...)
§ 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção
contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes
do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias
contados a partir do término do contrato.
a) (revogada);
b) (revogada).
passa a ser de 10 dias a partir do final do contrato. Veja que não foi feita
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Essa multa do art. 477, § 8º, da CLT não pode ser aplicada à massa falida. Isso
ocorre porque a massa falida apenas pode fazer pagamentos por meio do processo
no prazo sob pena de multa do art. 477, § 8º, da CLT. Não se aplica a Súmula
388 do TST para a empresa em recuperação judicial. Veja o que o TST diz:
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Imagine que o trabalhador prestou serviços durante 4 anos a uma empresa sem
vínculo de emprego reconhecido. Oito meses após a sua saída, entrou com ação
como aviso prévio, férias proporcionais etc. A empresa nega o vínculo e defende
direito às verbas rescisórias, as quais estão atrasadas por óbvio. Assim, incidirá,
segundo o TST, a multa do art. 477, § 8º, da CLT, conforme a Súmula 462:
prévio em casa (sem trabalhar), o prazo para pagamento das verbas rescisórias
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dia últil após os 30? O empregador acabaria tendo 31 dias para pagar, o que seria
burlar a regra de que as verbas rescisórias, quando o aviso fosse indenizado, deve-
riam ser pagas em 10 dias corridos (art. 477, § 6º, “b”, da CLT).
OJ 14 da SDI-I do TST
AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. VERBAS RESCISÓRIAS. PRAZO PARA PA-
GAMENTO (título alterado e inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005
Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas resci-
sórias é até o décimo dia da notificação de despedida.
c.2.5) multa do art. 477, § 8º, da CLT e pessoa jurídica de direito público
pena de multa.
Essas pessoas jurídicas são equiparadas a particular, abrindo mão de sua posi-
OJ 238 da SDI-I
MULTA. ART. 477 DA CLT. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL
(inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005
Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa jurídica de direito público que não obser-
va o prazo para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer particular, em
direitos e obrigações, despojando-se do “jus imperii” ao celebrar um contrato de emprego.
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Quando é ajuizada uma ação trabalhista pedindo verbas rescisórias, e o réu não
pena de multa de 50% sobre o valor delas. É o que prevê o art. 467 da CLT:
CLT
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à
data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob
pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento.
Essa multa é devida mesmo nos casos em que ocorre revelia (ausência de
Trabalho:
Súmula 69 do TST
RESCISÃO DO CONTRATO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A partir da Lei n. 10.272, de 05.09.2001, havendo rescisão do contrato de trabalho e
sendo revel e confesso quanto à matéria de fato, deve ser o empregador condenado ao
pagamento das verbas rescisórias não quitadas na primeira audiência, com acréscimo
de 50% (cinquenta por cento).
dessa multa pelos mesmos motivos expostos em relação a multa do 477 da CLT.
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CLT
Art. 477 (...)
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou
forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga
ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente
às mesmas parcelas.
Vamos entender. Na primeira parte da Súmula, você deve entender que se uma
parcela (verba trabalhista) com seu respectivo valor constou no termo de rescisão,
parcelas e valores ressalvados não são atingidos pela eficácia liberatória, mesmo
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No inciso I, você deve entender que nada impede que o trabalhador possa que-
rer demandar verbas trabalhistas que não estejam indicadas no termo de rescisão
ou mesmo diferenças das que estejam. Isso porque, como já disse, a eficácia libe-
ratória apenas atinge as parcelas indicadas no termo e, ainda assim, pelos valores
Assim, por exemplo, se um trabalhador pretende horas extras que diz não ter
recebido e que não estão no termo de rescisão, pode pedir essas verbas. Claro que
as horas extras habituais geram reflexos no aviso prévio. Logo, mesmo que o aviso
se reporta àquela parcela pelo tempo ali previsto. Nada impede que o trabalhador
peça a mesma verba em relação a períodos não constantes como pagos no TRCT.
Imagine que no TRCT conste pagamento de horas extras pelo período de 7 me-
ses, mas na verdade o reclamante trabalhou 12 meses de horas extras. Claro que
semprego e para sacar o FGTS, desde que, em ambos os casos, os demais requisi-
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Extinção do contrato de trabalho
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CLT
Art. 477. (...)
§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho e Previdência Social é
documento hábil para requerer o benefício do seguro-desemprego e a movimentação da
conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde
que a comunicação prevista no caput deste artigo tenha sido realizada.
CLT
Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato
de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o
sindicato dos empregados da categoria.
Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensal-
mente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória
das parcelas nele especificadas.
Esse documento, que pode ser assinado por empregados e empregadores, apon-
beratória em relação às parcelas ali indicadas. Pode ser assinado com o contra-
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Extinção do contrato de trabalho
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A NOSSA REVISÃO
Tópico Linha-mestra
1- São direitos: aviso prévio; saldo de salário; férias proporcionais acrescidas de 1/3;
férias vencidas (se houver) acrescidas de 1/3; 13º salário proporcional; saque do
Dispensa sem FGTS; multa de 40% sobre o FGTS; seguro-desemprego, se preenchidos os requisitos
justa causa legais.
2- A cessação das atividades da empresa encerra os contratos de trabalho (Súmula
173 do TST).
1- São direitos: férias vencidas (se houver) acrescidas de 1/3; saldo de salário.
2- O rol de hipóteses de justa causa previsto no art. 482 da CLT é meramente exem-
plificativo.
3- Com a reforma trabalhista (Lei n. 13.467/2017) surgiu mais uma hipótese de justa
Justa causa
causa: o art. 482, “m”, da CLT.
4- Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no
prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o
motivo de não o fazer (Súmula 32 do TST).
1- São direitos: saldo de salário integral; férias vencidas (se houver) acrescidas de
1/3; metade do aviso prévio; metade das férias proporcionais acrescidas de 1/3; me-
tade do 13º salário proporcional; saque do FGTS; multa de 20% do FGTS.
Culpa recíproca
2- Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho,
o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa
exclusiva do empregador, por metade (art. 484 da CLT).
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Extinção do con- 1- Exceto na justa causa ou na rescisão indireta, a extinção dessa modalidade de
trato de traba- contrato confere ao trabalhador terá os seguintes direitos: a) metade do aviso prévio
lho intermitente indenizado; b) multa de 20% do FGTS; c) saldo de salário; d) 13º salário proporcio-
(exceto justa nal; e) férias proporcionais acrescidas 1/3; f) férias vencidas (se houver) acrescidas
causa e rescisão de 1/3; g) saque de até 80% do saldo do FGTS.
indireta) 2- Foi criada uma forma específica de extinção no art. 452-D da CLT pela MP 808/17.
1 – Para cada ano de serviço, o aviso mínimo de 30 dias será acrescido de 3 dias,
respeitado o limite total do aviso de 90 dias (art. 1º da Lei n. 12.506/2011). 2 – O
trabalhador, quando dispensado, pode escolher entre a redução de 2 horas por dia ou
7 dias inteiros corridos (art. 488 da CLT).
3 – É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio,
pelo pagamento das horas correspondentes (Súmula 230 do TST). 4 – A data de sa-
ída a ser anotada na CTPS deve corresponder a do término do prazo do aviso prévio,
ainda que indenizado (OJ 82 da SDI-I do TST).
Aviso prévio 5 – Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo
prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, para a outra
parte é facultado aceitar ou não a reconsideração (art. 489 da CLT).
6 – O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa
de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo compro-
vação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego (Súmula 276 do TST).
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QUESTÕES DE CONCURSO
a) O aviso prévio será concedido no prazo máximo de oitenta dias, conforme a si-
uma doença cardíaca. Durante alguns meses Katila recebeu auxilio-doença previ-
não retornou a seu emprego e não justificou o motivo de não retornar. Neste caso,
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O empregado fará jus ao recebimento de 50% dos valores relativos ao aviso pré-
( )Certo ( )Errado
correta.
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do contrato de trabalho.
Vênus ausentou-se dos serviços por mais de 30 dias consecutivos, sem enviar qual-
quer comunicação para seu empregador justificando o motivo de suas faltas. Foram
enviados três e-mails e três telegramas para que Vênus retornasse ao serviço ou
justificasse a sua ausência. Nessa situação, fica caracterizada a justa causa para
a) incontinência de conduta.
b) desídia.
c) insubordinação.
d) indisciplina.
e) abandono de emprego.
pelo gerente para o seu subordinado, constitui justa causa para rescisão do contra-
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a) incontinência de conduta.
b) ato de indisciplina.
d) ato de insubordinação.
e) ato de improbidade.
tese em que o empregado não fará jus ao décimo terceiro salário do ano em curso.
( )Certo ( )Errado
a) a incontinência de conduta.
a) não precisa estar prevista em lei, bastando que seja considerada grave pelo
empregador.
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b) deve, além de estar prevista em lei, ser atual porque a falta cometida pelo em-
c) não precisa estar prevista em lei, mas o ato praticado pelo empregado deve ser
d) deve ser apurada pelo empregador que terá o prazo máximo de quinze dias para
e) deve ter sido punida pelo empregador com a aplicação de três advertências e,
caso, Clodoaldo
a) praticou falta grave passível de rescisão de seu contrato de trabalho por justa
b) praticou falta grave passível de rescisão de seu contrato de trabalho por justa
c) praticou falta grave passível de rescisão de seu contrato de trabalho por justa
d) praticou falta grave passível de rescisão de seu contrato de trabalho por justa
e) não praticou falta grave passível de rescisão de seu contrato de trabalho, mas
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produtos de higiene e beleza para seus colegas de trabalho, sem a permissão do seu
empregador. Tal situação configura motivo para rescisão contratual por justa causa?
b) Não, porque não há previsão legal para tal situação de rescisão por justa causa.
d) Sim, porque o fato está tipificado em lei como justa causa para rescisão do con-
e) Não, porque o fato não é tão grave e poderia apenas ensejar a rescisão sem
justa causa.
com justa causa, o nexo causal entre a falta e a pena aplicada e a imediaticidade
a) objetivos.
b) subjetivos.
c) circunstanciais.
Considere:
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a) I, II e IV.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
nização quando forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei,
trato de trabalho pelo empregador, sendo que nenhuma vantagem será atribuída
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empregador deve pagar a rescisão contratual no prazo de dez dias após o término
do contrato havido.
( )Certo ( )Errado
Caso peça demissão após dez meses de trabalho, o obreiro tem direito ao paga-
( )Certo ( )Errado
Joana labora para a empresa W e está sofrendo assédio sexual por chantagem de
seu superior hierárquico, Gildo, tendo em vista que o mesmo solicita a prestação
especificamente por
a) indisciplina.
b) desídia.
c) incontinência de conduta.
d) insubordinação.
e) ato de improbidade.
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tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias
proporcionais.
II – Considera-se justa causa para rescisão do contrato de trabalho, dentre outras
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) I, III e IV.
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emprego é de 10 dias.
c) Para haver justa causa, é preciso que o empregado seja condenado criminal-
prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito
itens a seguir.
( )Certo ( )Errado
( )Certo ( )Errado
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entre as partes pela Justiça do Trabalho. O contrato de trabalho de João foi extinto
por força maior, também reconhecida pela Justiça do Trabalho. Nesses casos, com
a) 40% do valor dos depósitos, sendo permitido que ambos saquem a conta
vinculada.
b) 20% e 40%, respectivamente, mas somente Ana poderá sacar a conta vinculada.
c) 40% e 20%, respectivamente, sendo permitido que ambos saquem a conta vin-
culada.
d) 20% do valor dos depósitos, sendo permitido que ambos saquem a conta vin-
culada.
e) 20% e 40%, respectivamente, mas somente João poderá sacar a conta vinculada.
nomina-se
a) negligência.
b) insubordinação.
c) incontinência de conduta.
d) indisciplina.
e) ato de improbidade.
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GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. C
5. E
6. D
7. E
8. C
9. B
10. B
11. D
12. C
13. A
14. C
15. E
16. C
17. C
18. B
19. D
20. C
21. E
22. D
23. D
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RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
correta.
do contrato de trabalho.
A letra “a” está errada. Havendo pedido de demissão, são devidas as férias propor-
cionais mesmo quando o tempo de contrato for inferior a 12 meses (Súmula 261
do TST).
A letra “b” está errada. A condenação criminal do empregado permite justa causa,
desde que não haja suspensão da execução da pena (art. 482, “d”, da CLT).
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A letra “c” está certa. Essa hipótese de rescisão indireta está prevista no art. 483,
“b”, da CLT.
A letra “d” está errada. Na culpa recíproca, existe o direito à metade das férias pro-
A letra “e” está errada. As férias proporcionais não são devidas na justa causa apli-
cada no trabalhador.
Vênus ausentou-se dos serviços por mais de 30 dias consecutivos, sem enviar qual-
quer comunicação para seu empregador justificando o motivo de suas faltas. Foram
enviados três e-mails e três telegramas para que Vênus retornasse ao serviço ou
justificasse a sua ausência. Nessa situação, fica caracterizada a justa causa para
a) incontinência de conduta.
b) desídia.
c) insubordinação.
d) indisciplina.
e) abandono de emprego.
para retorno ao trabalho não atendida, cabe justa causa por abandono de emprego.
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pelo gerente para o seu subordinado, constitui justa causa para rescisão do contra-
a) incontinência de conduta.
b) ato de indisciplina.
d) ato de insubordinação.
e) ato de improbidade.
tese em que o empregado não fará jus ao décimo terceiro salário do ano em curso.
( )Certo ( )Errado
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a) a incontinência de conduta.
A letra “c” não é hipótese de justa causa a condenação criminal quando ocorre a
a) não precisa estar prevista em lei, bastando que seja considerada grave pelo
empregador.
b) deve, além de estar prevista em lei, ser atual porque a falta cometida pelo em-
c) não precisa estar prevista em lei, mas o ato praticado pelo empregado deve ser
d) deve ser apurada pelo empregador que terá o prazo máximo de quinze dias para
e) deve ter sido punida pelo empregador com a aplicação de três advertências e,
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A justa causa deve estar prevista em lei (princípio da reserva legal). Além disso,
deve haver pouco tempo entre a ciência da falta e aplicação da penalidade, sob
produtos de higiene e beleza para seus colegas de trabalho, sem a permissão do seu
empregador. Tal situação configura motivo para rescisão contratual por justa causa?
b) Não, porque não há previsão legal para tal situação de rescisão por justa causa.
d) Sim, porque o fato está tipificado em lei como justa causa para rescisão do con-
e) Não, porque o fato não é tão grave e poderia apenas ensejar a rescisão sem
justa causa.
ao serviço. É justa causa prevista no art. 482, “c”, da CLT. A letra “d” está correta.
empregador deve pagar a rescisão contratual no prazo de dez dias após o término
do contrato havido.
( )Certo ( )Errado
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O texto do art. 477, § 6º, “a”, da CLT, antes da reforma, prevê que as verbas res-
cisórias são pagas no primeiro dia após o fim do contrato. O item está errado. Com
a reforma trabalhista, o prazo para pagamento das verbas rescisórias passa a ser
de 10 dias a partir do final do contrato. Veja que não foi feita nenhuma referência à
de aviso prévio cumprido. A regra passa a ser única. Hoje o item está certo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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