Aristoteles e A Educacao
Aristoteles e A Educacao
Aristoteles e A Educacao
Introdução.........................................................................................................................................................3
Objectivos.........................................................................................................................................................3
Metodologia......................................................................................................................................................3
Vida e obra de Aristóteles.................................................................................................................................4
Principais obras de Aristóteles:.........................................................................................................................4
A Educação Aristotélica...................................................................................................................................5
O método educativo Aristotélico......................................................................................................................5
Tarefas da educação em Aristóteles..................................................................................................................6
Boa educação para Aristóteles..........................................................................................................................6
Finalidade da educação.....................................................................................................................................7
A Educação para a felicidade............................................................................................................................7
Educação como dever do Estado......................................................................................................................8
Educação e formação do carácter em Aristóteles..............................................................................................8
Conclusão.........................................................................................................................................................9
Bibliografia.....................................................................................................................................................10
Introdução
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Com o presente trabalho pretendemos demonstrar a proposta aristotélica para a educação do cidadão
que viverá e actuará na pólis (cidade-Estado). A fim de executar bem nosso intento apresentaremos
a educação como fator imprescindível para o desenvolvimento do homem e da cidade-Estado, uma
vez que o primeiro é considerado parte integrante da última. A partir desta constatação,
apresentaremos também a proposta de que a pedagogia descrita pelo Estagirita pode ser ministrada
em todos os lugares do convívio público, sendo uma constante na vida citadina. Buscaremos sempre
ressaltar a relevância da família e dos legisladores, da ética e da política como guias na educação do
homem. Concluiremos que a educação nos moldes aristotélicos é factor determinante para a vida
plena do cidadão e para o bom funcionamento da pólis grega e ainda na actualidade.
Objectivos
Geral
Ressaltar algumas ideias de Aristóteles que podem contribuir para a acção pedagógica no
sentido de reflectir sobre a tarefa de educar.
Específicos
Extrair da obra de Aristóteles alguns princípios úteis para a reflexão em torno da educação,
Metodologia
Segundo, Lakatos e Marconi, os métodos são vias ou caminhos, através dos quais se chega a um
determinado fim. Portanto, para a realização deste trabalho, recorremos ao método de recolha de
dados bibliográficos e buscas na Internet. (LAKATOS e MARCONI, 2003:39).
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O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322
a.C. (aos 62 anos) Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu
discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da
Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C., a escola Liceu (depois se transformou na
Escola Peripatética), voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-
se em experimentações para comprovar fenómenos da natureza.
O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus
pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas
do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didáctica, poética,
retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didáctico,
principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas
crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de
seus pensamentos.
Seus pensamentos filosóficos e ideias sobre a humanidade tem influências significativas na
educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do
pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade.
A Educação Aristotélica
Aristóteles pensa a educação como causa da felicidade, pois acredita que todas as causas têm um
fim. A educação seria a maneira de preparar o cidadão para a vida em sociedade, e essa vida em
sociedade deveria se dar por meio de virtude calcada na boa educação e na prática de actos
virtuosos. Para o filósofo, não aprendemos a virtude lendo textos ou ouvindo conceitos sobre a
palavra, mas aprendemos a ser virtuosos mediante a educação que recebemos e praticando actos
virtuosos. Entretanto, precisaríamos de certo conhecimento sobre os valores e definições de justiça
em cada sociedade para sermos justos e virtuosos, mas a virtude e a justeza não estariam “fechadas”
nessas definições, ARISTÓTELES (2001).
A metodologia Aristotélica, tal qual como se usa actualmente, parte de um problema, em que
Aristóteles acredita que isso vá exercitar o espírito do aluno, construindo nele um pensamento
abstracto. Tais conjuntos metodológicos abordam a educação como um procedimento para a vida
toda, no âmbito de uma cidade educadora, “o indivíduo é chamado a obedecer e dar ordens, julgar e
participar das actividades políticas, sociais e artísticas” HOURDAKIS (2001 p.48).
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Finalidade da educação
Aristóteles compara a mente de uma criança como um pedaço de argila pronta a ser moldada para
ser um adulto racional. Ou seja, a criança estava potencialmente pronta para ser tornada adulta. É
comparável a uma semente que potencialmente está em condições de se tornar uma planta com
todos os elementos condensados nela. O que se destaca nesta comparação é o facto de que a
semente de uma planta vai sempre crescer no sentido de ser aquela planta. Por exemplo, não seria
possível que uma semente de milho se desenvolva numa palmeira. Assim também uma criança vai
crescer para ser um homem ou uma mulher, mas nunca se transformar num animal porque uma
forma vaga de adulto já está presente na criança, em potência.
Para Aristóteles existem dois tipos de actividades – a actividade intelectual e a prática; e esses dois
tipos de actividades são aspectos da razão, respectivamente a razão teórica e a razão prática. A razão
teórica é desenvolvida por uma intensa actividade intelectual e é, segundo Aristóteles, uma
actividade mais alta que o homem pode desenvolver porque o propósito desta actividade é a
descoberta do conhecimento e da verdade. Mas como o homem é um animal social, isto é, ele vive
em sociedade, ele necessita o segundo tipo de razão que é a prática. Pois, é com esta que ele
consegue conduzir os assuntos sociais. Efectivamente a razão prática reflecte questões de conduta
moral dos homens assim como orienta a sua acção política. Aristóteles era da opinião que nem
todos os homens têm habilidades suficientes para realizar plenamente a actividade intelectual. Só o
segundo tipo de razão é que estaria aberto para todos porque a razão prática, na sua concepção, é a
que todos necessitam para uma vida moralmente sã e como cidadão da polis, Idem, (2001)
é possível a um homem que vive na pobreza ou a quem se tortura na roda ser feliz” o homem se
eleva ao ideal moral por meio das posses materiais indispensáveis. ARISTÓTELES, (2001 p. 52).
Conclusão
Concluindo Aristóteles propõe uma educação que tem início na infância, momento em que a criança
recebe as primeiras lições de sua família. Esta se estende ao jovem que deve receber uma educação
pública, ser educado também na pólis. Esse tipo de educação perpassa ainda toda a vida do cidadão
adulto. Deste modo, as actividades mais costumeiras podem favorecer a formação do homem. E
todas as etapas do aprendizado devem corroborar com a eudaimonía.
Contudo, aquele que educa e aquele que é educado necessitam saber das tendências naturais dos
homens a fim de aprimorá-las ou controlá-las quando conveniente. Com isso surge a necessidade de
educar também àquilo que o Filósofo chama de parte irracional da alma. Esta comporta o desejo
que, junto com as demais paixões, devem ser ‘domesticados’ pelos bons hábitos, facilitando uma
vida virtuosa e feliz.
Portanto, a educação deve dar às paixões uma direcção correcta, condizente com a finalidade
humana e com a recta razão.
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Bibliografia