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OCUPAÇÃO MUÇULMANA
No séc. VI a Arábia (península da Ásia) era bastante pobre. Foi neste local que
Maomet, nascido na cidade de Meca, anunciou-se em 612 como profeta (enviado
de Deus para revelar verdades sagradas aos homens) e começou a pregar uma
nova religião – o Islamismo.
Os seguidores desta religião são os Muçulmanos e acreditam num único deus –
Alá. Os princípios desta religião estão reunidos num livro sagrado chamado
Corão.
Obrigações dos Muçulmanos:
• reconhecer Alá como Deus único e Maomet como seu profeta;
• rezar cinco vezes por dia virados para Meca;
• jejuar no mês do Ramadão;
• dar esmola aos mais pobres;
• ir a Meca pelo menos uma vez na vida.
Conquista da Península Ibérica
A Reconquista Cristã
Foi então a partir das Astúrias e junto dos Pirenéus que se iniciou a Reconquista
Cristã, ou seja, os cristãos começaram a lutar contra os Muçulmanos para voltar a
conquistar as terras que perderam para os Muçulmanos.
Cada reino tinha como objetivo conquistar terras a sul aos Muçulmanos de forma
a expulsá-los da Península Ibérica.
Foram precisos quase 800 anos para o conseguirem. Entretanto também houve
períodos de paz e confraternização. Cristãos e Muçulmanos foram-se habituando
a aceitar costumes e tradições diferentes dos seus.
A HERANÇA MUÇULMANA
Influência muçulmana nos povos peninsulares
Condado Portucalense
Durante a Reconquista Cristã, os reis cristãos da Península Ibérica pediram auxílio
a outros reinos cristãos da Europa para reconquistar os territórios aos
Muçulmanos. Os cavaleiros que vieram ajudar na luta contra os Muçulmanos
chamavam-se cruzados.
Estes condados pertenciam ao reino de Leão, por isso D. Henrique tinha que
prestar obediência, lealdade e auxílio militar ao rei D. Afonso VI. Em 1112 morre
e, como o seu filho D. Afonso Henriques apenas tinha 4 anos de idade, ficou D.
Teresa a governar o Condado Portucalense.
A luta pela independência
Em 1125, aos 16 anos, D. Afonso Henriques armou-se a si próprio cavaleiro,
como só faziam os reis. D. Afonso Henriques tinha como ambição concretizar o
desejo do seu pai D. Henrique: tornar o Condado Portucalense independente do
reino de Leão e Castela.
Nesta altura, D. Teresa mantinha uma relação amorosa com um fidalgo galego, o
conde Fernão Peres de Trava. Esta relação prejudicava a ambição de tornar o
Condado Portucalense independente. Por isso, apoiado por alguns nobres
portucalenses, D. Afonso Henriques revoltou-se contra a sua mãe.
Em 1128, D. Teresa é derrotada na batalha de S. Mamede por D. Afonso
Henriques, que passa a governar o Condado Portucalense.
Com estas vitórias de D. Afonso Henriques, D. Afonso VII, seu primo agora rei de
Leão e Castela, viu-se obrigado a fazer um acordo de paz – o Tratado de Zamora.
Neste tratado, assinado em 1143, Afonso VII concede a independência ao
Condado Portucalense que passa a chamar-se reino de Portugal, e reconhece D.
Afonso Henriques como seu rei.
A conquista da linha do Tejo
Feita a paz com o rei de Leão e Castela, D. Afonso Henriques passou a preocupar-
se exclusivamente em conquistar territórios a sul aos mouros de forma a alargar o
território do reino de Portugal:
• 1145: conquista definitiva de Leiria;
• 1147: conquista de Santarém e Lisboa.
O reconhecimento do reino
Apesar de o rei Afonso VII ter reconhecido em 1143 D. Afonso Henriques como rei
de Portugal, o mesmo não aconteceu com o Papa.
O Papa era o chefe supremo da Igreja Católica e tinha muitos poderes. Os reis
cristãos lhe deviam total obediência e fidelidade. Para a independência de um
reino ser respeitada pelos outros reinos cristãos teria de ser reconhecida por ele.
Para obter este reconhecimento D. Afonso Henriques mandou construir sés e
igrejas e deu privilégios e regalias aos mosteiros.
Só em 1179 é que houve o reconhecimento por parte do papa Alexandre III
através de uma bula (documento escrito pelo papa).
O REINO DE PORTUGAL E DO ALGARVE
Alargamento do território e definição de fronteiras
Portugal foi uma monarquia desde 1143 até 1910, ou seja, durante este período
Portugal foi sempre governado por um rei.
A monarquia portuguesa era hereditária. Isto significa que quem sucede um rei é
o seu filho mais velho (o príncipe herdeiro).
Atribuição de terras
Ao serem reconquistadas terras os reis tinham a necessidade de as povoar,
defender e explorar para não voltarem a ser ocupadas pelos mouros.
Os reis reservavam uma parte dessas terras para si e a grande parte era dada aos
nobres e às ordens religiosas militares como recompensa pela sua ajuda prestada
na guerra, bem como às ordens religiosas não militares para que fossem
povoadas mais rapidamente.
Sendo assim, as terras pertenciam ao rei, à Nobreza e ao Clero. O povo trabalhava
nessas terras e em troca recebiam proteção.
Aproveitamento dos recursos naturais
O aproveitamento dos recursos naturais das terras era realizado através da:
• terrenos bravios: pastorícia, criação de gado, caça e recolha de produtos
(como a lenha, a madeira, a cortiça, frutos silvestres, mel e cera).
• terrenos aráveis: agricultura onde se produzia cereais, vinho, azeite,
legumes, frutos e linho.
• mar e rios: pesca e salicultura.
Produção artesanal:
• O vestuário, calçado, instrumentos e todos os objetos necessários para o
dia-a-dia dos pastores, agricultores e pescadores eram feitos por eles
mesmos à mão e através da utilização de produtos retirados diretamente
da Natureza ou pelos materiais fornecidos pela agricultura e pela
pastorícia.
PORTUGAL NOS SÉCULOS XIII E XIV
Ordens sociais
A população portuguesa no séc. XIII era constituída por três grupos sociais:
• nobreza: grupo privilegiado que possuía terras, não pagava impostos,
recebia impostos e aplicava a justiça nas suas terras. A sua principal
atividade era combater;
• clero: grupo privilegiado que possuía terras, não pagava impostos, recebia
impostos e aplicava a justiça nas suas terras. A sua principal atividade era
prestar serviço religioso;
• povo: grupo não privilegiado que trabalhava nas terras do rei, da nobreza e
do clero e que ainda tinham que pagar impostos.
Todos os grupos sociais deviam ao rei fidelidade, obediência e auxílio.
Vida quotidiana nas terras senhoriais
Nestas terras era o nobre que aplicava a justiça, recrutava homens para o seu
exército e recebia impostos de todos os que lá trabalhavam. Em troca, tinha como
obrigação proteger as pessoas que estavam na sua dependência.
Atividades dos nobres:
• em tempo de guerra: combatiam;
• em tempo de paz: praticavam a caça, a equitação e exercícios desportivos
que os preparavam para a guerra.
Distrações dos nobres:
• À noite entretinham-se com jogos de sala, como o xadrez e dados, com os
saltimbancos, que faziam proezas, e com os jograis, que tocavam e
cantavam.
Casa senhorial:
• o salão era o aposento mais importante e era onde o nobre dava as suas
ordens, recebia os hóspedes e onde serviam-se as refeições;
• o mobiliário existente na casa era uma mesa, arcas para guardar a roupa e
outros objetos domésticos, poucas cadeiras e bancos chamados escanos;
• para a iluminação durante a noite utilizavam-se lamparinas de azeite ou
tochas e velas de cera e sebo.
Alimentação dos nobres:
• faziam-se normalmente duas refeições, o jantar e a ceia, onde
predominava a carne, pão de trigo, vinho, queijo e um pouco de fruta.
Por outro lado, os camponeses tinham uma vida dura e difícil. Trabalhavam seis
dias por semana nos campos dos senhores nobres e ainda tinham que lhes pagar
impostos pois só assim garantiam proteção.
Atividades dos camponeses:
• trabalhar nos campos.
Distrações dos camponeses:
• ida à missa, procissões e romarias.
Casa do camponês:
• Teto de colmo, paredes de madeira ou pedra, quase sem aberturas, e chão
em terra batida;
• tinha só uma divisão e havia pouca mobília;
• dormia-se num recanto coberto de molhos de palha.
Alimentação dos camponeses:
• baseava-se em pão negro, feito de mistura de cereais ou castanha,
acompanhado por cebolas, alhos ou toucinho. Apenas nos dias festivos
havia queijo, ovos e bocados de carne.