Mono Elilian
Mono Elilian
Mono Elilian
Três Rios
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Três Rios
2018
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UFRRJ/BIBLIOTECA
A alienação parental no plano jurídico brasileiro em consonância
ao Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente.
GOULART, Elilian/ Elilian Pontes Goulart - 2018. 46f.
Orientador(a): Ludmilla Elyseu Rocha
1. Direito de família – Monografia. 2. Alienação Parental –
Monografia. 3. Princípio do melhor interesse
Monografia (graduação). Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro
Faculdade de Direito
______________________________ _________________
Assinatura Data
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Banca Examinadora:
_________________________________________________________________________________
Ludmilla Elyseu Rocha, Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro –
UFRJ/PPGE (2008)
_________________________________________________________________________________
Marcela Siqueira Miguens, Doutora em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
(2011)
_______________________________________________________________________________
Marli Guayanaz Muratori, Mestra em Direito das Relações Econômicas pela Universidade Gama Filho
(2003)
AGRADECIMENTOS
Com o crescente aumento dos litígios relacionados a divórcio e guarda, não raro se
observam atitudes movidas por sentimento de vingança por parte daquele que
detém a guarda, na tentativa de afastar os filhos menores do genitor não-guardião,
prejudicando o relacionamento e convivência entre eles. À soma desses atos deu-se
o nome de Alienação Parental, que pode levar à chamada Síndrome da Alienação
Parental. A lei 12.318/2010 surge então da necessidade estatal de identificar e coibir
tais atos, além de proteger a integridade física e moral do menor, haja vista o melhor
interesse da criança e do adolescente ser um direito estabelecido
constitucionalmente. Este trabalho destina-se, portanto, à apresentação e
detalhamento da Alienação Parental, e como esta é discutida no âmbito jurídico
brasileiro.
With the increasing number in litigation related to divorce and custody, it is not
uncommon to see feelings of vengeance on the part of the custodian in an attempt to
ward off the minor offspring of the non-custodial parent, harming the relationship and
coexistence between them. The sum of these acts was called Parental Alienation,
which can lead to the so-called Parental Alienation Syndrome. Law 12.318/2010 then
arises from the State’s need to identify and restrain such acts, in addition to
protecting the physical and moral integrity of the child, since the best interest of the
child and adolescent is a constitutionally established right. This work is therefore
aimed at the presentation and detailing of Parental Alienation, and how it is
discussed in the Brazilian legal framework.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9
1. O PODER FAMILIAR E A GUARDA ................................................................... 11
1.1 Poder familiar .................................................................................................. 11
1.1.1 Perda do poder familiar ............................................................................. 15
1.2 Guarda ............................................................................................................ 18
2. ALIENAÇÃO PARENTAL .................................................................................... 22
2.1 Generalidades e Síndromes Relacionadas à Alienação Parental ................... 24
2.2 Principais apontamentos sobre a Lei 12.318/2010.......................................... 29
3. CASOS REAIS, CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL E O
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ...... 34
3.1 Casos Reais .................................................................................................... 34
3.2 Consequências da Alienação Parental ............................................................ 38
3.3 O Princípio do melhor interesse da Criança e do adolescente ........................ 39
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 44
9
INTRODUÇÃO
1
RANGEL, Tauã Lima Verdan. O instituto do poder familiar: uma breve análise. In: Âmbito
2
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil – Vol. V / Atual. Tânia da Silva
Pereira. – 25. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.
3
Idem. Ibidem.
4
REINALDIN, Juliana. Da evolução do pátrio poder ao poder familiar. Monografia – Universidade
Tuiuti do Paraná. Curitiba, 2008. In: TCC On Line. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp-
content/uploads/2013/09/DA-EVOLUCAO-DO-PATRIO-PODER-AO-PODER-FAMILIAR.pdf>.
Acesso em: ago 2017.
5
CORDEIRO, Marília Nadir de Albuquerque. A evolução do pátrio poder - poder familiar. In:
Conteúdo Juridico, Brasilia-DF: 22 abr. 2016. Disponivel em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.55706&seo=1>. Acesso em: 21 out. 2017.
12
Nesse contexto tem-se que a família romana era composta por um grupo de
pessoas submetidas a um chefe, o pai, avô ou bisavô, e seus descendentes lhe
eram sempre subordinados, independente de idade ou estado civil, sendo que tal
poder perdurava por toda a vida, extinguindo-se somente com a morte.7
Dando um salto histórico, expõe CORDEIRO (2016)8 que o modelo de família
nuclear, com a coabitação de pai, mãe e filhos, é uma criação pós Revolução
Francesa e Industrial, com o surgimento dos casamentos laicos e a urbanização.
Trazendo para a realidade brasileira, pode-se dizer que o modelo patriarcal de
família é oriundo do Direito Português, sendo absorvido pela cultura da colônia
através dos senhores de engenho e barões do café.9
Voltando ao Código Civil de 1916, FACHIN (2001) diz que ―no sistema
originário de família, o Código vertia uma família matrimonializada, hierarquizada e
patriarcal‖.10
Tal situação começou a tomar diferentes contornos em relação à figura
materna somente na metade do século XX, em decorrência da criação da Lei
4.121/62, comumente chamada de Estatuto da Mulher Casada. Tal lei modificou o
art. 380 do CC/1916, sendo então delegado aos pais o pátrio poder na vigência do
casamento, ―exercendo-o o marido com a colaboração da mulher‖, e, no parágrafo
único do mesmo dispositivo, ―que, divergindo os progenitores quanto ao exercício do
pátrio poder ―prevalecerá a decisão do pai, ressalvado à mãe o direito de recorrer ao
juiz para solução da divergência‖.11
6
RIBEIRO, 2002 apud CORDEIRO, 2016. Ibidem.
7
LEITE, 1991 apud REINALDIN, Juliana. Da evolução do pátrio poder ao poder familiar.
Monografia – Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 2008. In: TCC On Line. Disponível em:
<http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/09/DA-EVOLUCAO-DO-PATRIO-PODER-AO-
PODER-FAMILIAR.pdf>. Acesso em: ago 2017.
8
CORDEIRO, Marília Nadir de Albuquerque. A evolução do pátrio poder - poder familiar. In:
Conteúdo Juridico, Brasilia-DF: 22 abr. 2016. Disponivel em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.55706&seo=1>. Acesso em: 21 out. 2017.
9
REINALDIN, Juliana. Da evolução do pátrio poder ao poder familiar. Monografia – Universidade
Tuiuti do Paraná. Curitiba, 2008. In: TCC On Line. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp-
content/uploads/2013/09/DA-EVOLUCAO-DO-PATRIO-PODER-AO-PODER-FAMILIAR.pdf>.
Acesso em: ago 2017.
10
FACHIN, 2001 apud REINALDIN, 2008. Ibidem.
11
BRASIL. Lei n. 4.121 de 27 de agosto de 1962. Dispõe sobre a situação jurídica da mulher
13
17
PINTO, Cristiano Vieira Sobral. Direito civil sistematizado. – 5.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2014.
18
BRASIL. Lei n. 8.069/90, Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em
jun 2017.
19
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família – de acordo
com a Lei n. 12.874/2013. – 11. ed. – São Paulo : Saraiva, 2014.
20
Enunciado 112, I Jornada de Direito Civil, Conselho da Justiça Federal. Disponível em:
<http://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/748>. Acesso em jun 2017.
21
Enunciado 344, IV Jornada de Direito Civil, Conselho da Justiça Federal. Disponível em:
<http://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/394>. Acesso em jun 2017.
22
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
15
23
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
24
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família – de acordo
com a Lei n. 12.874/2013. – 11. ed. – São Paulo : Saraiva, 2014.
25
PINTO, Cristiano Vieira Sobral. Direito civil sistematizado. – 5.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2014.
26
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
16
com ZEGER, a única mudança diz respeito a uma das atribuições do poder familiar
— a guarda —, que passa a ser unilateral, quando concedida a um dos pais, ou
compartilhada, quando concedida ao pai e a mãe. 27
Com relação às formas de extinção do poder familiar, assim diz o Código
Civil:
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.30
Nesse sentido:
27
ZEGER, Ivone. Relação entre pais e filhos. A diferença entre a guarda e o poder familiar. In:
Conjur, outubro 2012. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2012-out-27/ivone-zeger-
diferenca-entre-guarda-poder-familiar>. Acesso em jun 2017.
28
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
29
STRAZZI, Alessandra. Guarda, poder familiar e alienação parental. In: Jus Brasil. Disponível
em: <https://alestrazzi.jusbrasil.com.br/artigos/112348733/guarda-poder-familiar-e-alienacao-
parental>. Acesso em jun 2017.
30
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
17
De acordo com entendimento do art. 1.634, IX, CC, compete aos pais exigir
que os filhos lhe prestem obediência, respeito e os afazeres correspondentes à sua
idade. No entanto, para tal, é vedado qualquer tipo de maus-tratos ou atitudes de
cunho ditatorial, posto que configuram abuso de direito, podendo ser causa de
efeitos pertinentes à responsabilidade civil (arts. 187 e 927 do CC). Conforme
explicita TARTUCE (2014), como consequência, além da suspensão ou destituição
do poder familiar, o pai ou a mãe poderá ser condenado a pagar indenização por
danos morais aos filhos se os maus-tratos estiverem presentes.32 Ademais,
ANDRADE (2017)34 aduz que a suspensão pode ser pleiteada por qualquer
31
TJ-SC - AC: 09000226520178240043, Relator: Henry Petry Junior, Data de Julgamento:
30/01/2018, Quinta Câmara de Direito Civil, Data da Publicação: 30/01/2018.
32
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 4. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
33
Idem. Ibidem.
34
ANDRADE, Edilene Pereira de. Extinção, suspensão e perda do poder familiar. In: DireitoNet.
18
parente ou pelo Ministério Público, cabendo ao juiz adotar as medidas que melhor
atenda a segurança do menor e de seus bens, suspensão esta que pode ser em
relação a um dos filhos, ou a todos, na hipótese de mais de um filho. Complementa a
autora que esta sanção pode ser revista pelo juízo ou parte interessada quando
houver mudança na situação fática que a causou e que, na possibilidade de se
retomar os laços de afeto entre pais e filhos, a suspensão deve ser a pena aplicada,
em detrimento da perda.
1.2 Guarda
38
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
39
BRASIL. Lei n. 6.515/77. Regula os casos de dissolução da sociedade conjugal e do
casamento, seus efeitos e respectivos processos, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6515.htm>. Acesso em jul 2017.
40
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família – de acordo
com a Lei n. 12.874/2013. – 11. ed. – São Paulo : Saraiva, 2014.
20
41
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 6 :
Direito de família — As famílias em perspectiva constitucional.2. ed. rev., atual. e ampl. São
Paulo : Saraiva, 2012.
42
Idem. Ibidem.
43
VENOSA, Sílvio de Salvo. Código civil interpretado. - 2. ed. - São Paulo: Atlas, 2011.
44
TJ-AM 40015265320178040000, Relator: Maria das Graças Pessoa Figueiredo, Data de
Julgamento: 06/08/2017, Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: 06/08/2017.
45
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: famílias, volume 6
– 7. ed. rev. ampl. e atual. – São Paulo: Atlas, 2015.
21
Acerca do tema:
46
RAMOS apud FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Ibidem.
47
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
48
VENOSA, Sílvio de Salvo. Código civil interpretado. - 2. ed. - São Paulo: Atlas, 2011.
22
2. ALIENAÇÃO PARENTAL
49
TJ-DF 20171410014885 - Segredo de Justiça 0001404-82.2017.8.07.0014, Relator: DIAULAS
COSTA RIBEIRO, Data de Julgamento: 22/02/2018, 8ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 26/02/2018.
50
TJ-SC - AI: 40017901520178240000 Joinville 4001790-15.2017.8.24.0000, Relator: Gilberto
Gomes de Oliveira, Data de Julgamento: 25/05/2017, Quarta Câmara de Direito Civil , Data de
Publicação: 25/05/2017.
51
VENOSA, Sílvio de Salvo. Código civil interpretado. - 2. ed. - São Paulo: Atlas, 2011.
52
―Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o
planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.‖ BRASIL. Constituição da República Federativa do
Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988. 53. ed., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2016.
53
BRASIL. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o
23
que dispõe sobre a alienação parental, prática induzida ou promovida por um dos
genitores ou por quem detenha a guarda do menor, que influencia na sua formação
psicológica, para que repudie genitor ou cause prejuízo ao estabelecimento ou à
manutenção de vínculos com este (art. 2º, Lei 12.318/2010).
No tocante às relações familiares, estas fundam-se em princípios, tais como a
solidariedade, a boa-fé e, conforme expõe FARIAS;ROSENVALD (2015) em sua
obra, também na confiança, entendida pelo Direito das Família como afeto. Segundo
o autor,
56
BRASIL. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o
art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso em: 12 dez
2016.
57
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
58
XAXÁ, Igor Nazarovicz. A síndrome de alienação parental e o Poder Judiciário. Trabalho de
conclusão de curso (graduação). Universidade Paulista, Brasília, 2008.
25
59
CORREIA apud ROCHA, Polianna Ramos de Moraes. A LEI DE ALIENAÇÃO PARENTAL E
SEUS MEIOS PUNITIVOS. Monografia. Curso de Direito. Centro Universitário de Brasília –
UNICEUB. Brasília, 2012.
60
CALÇADA, Andreia. Perdas Irreparáveis – alienação parental e falsas acusações de abuso
sexual. Rio de Janeiro : Publit, 2014.
61
TRINDADE apud OLIVEIRA, Mario Henrique Castanho Prado. A alienação parental como
forma de abuso à criança e ao adolescente. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo – USP. São Paulo, 2012.
62
LOBO apud CORREIA, Eveline de Castro. Análise dos meios punitivos da nova lei de
alienação parental. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 88, maio 2011. Disponível em:
<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9272>. Acesso em 02 jun
2018.
26
virtudes, sendo comum os filhos não terem a percepção de que estão sendo
influenciados negativamente.63
O reconhecimento tardio deste problema acarreta sérios prejuízos à criança.
De acordo com ROCHA (2012), crianças vítimas da SAP podem apresentar
depressão, culpa, transtornos de identidade e imagem, comportamento hostil,
incapacidade de adaptação em ambientes sociais, dentre outros problemas,
podendo chegar ao suicídio.64 Assim como o menor, o núcleo familiar também sofre
prejuízos, sendo necessário que o Estado intervenha, na condição de Estado-juiz,
para apaziguar a situação, fornecendo meios de cuidado e suporte para a criança
alienada, assim como o genitor-vítima da SAP. Conforme expõe
FARIAS;ROSENVALD (2015):
Nesse sentido:
63
CALÇADA, Andreia. Perdas Irreparáveis – alienação parental e falsas acusações de abuso
sexual. Rio de Janeiro : Publit, 2014.
64
ROCHA, Polianna Ramos de Moraes. A LEI DE ALIENAÇÃO PARENTAL E SEUS MEIOS
PUNITIVOS. Monografia. Curso de Direito. Centro Universitário de Brasília – UNICEUB. Brasília,
2012.
65
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: famílias, volume 6
– 7. ed. rev. ampl. e atual. – São Paulo: Atlas, 2015.
27
FREITAS (2015) relata em sua obra que, a partir dos estudos de Gardner,
outros pesquisadores identificaram os sintomas, porém os nomearam de forma
diferente, como por exemplo Síndrome de SAID – Alegações Sexuais no Divórcio,
onde um genitor incute na cabeça da criança que ela pode ter sofrido algum tipo de
66
TJ-DF 0708923-12.2017.8.07.0000, Relator: CESAR LOYOLA, Data de Julgamento:
18/10/2017, 2ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 26/10/2017.
67
Agravo de Instrumento Nº 70073205395, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 28/06/2017.
68
GARDNER, Richard A. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome de
Alienação Parental (SAP)? In SAP Síndrome da Alienação Parental, 2002. Tradução para o
português por Rita Rafaeli. Disponível em: <http://www.alienacaoparental.com.br/textos-sobre-
sap-1/o-dsm-iv-tem-equivalente>. Acesso em 10 jan 2017.
28
69
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
70
CALÇADA, Andreia. Perdas Irreparáveis – alienação parental e falsas acusações de abuso
sexual. Rio de Janeiro : Publit, 2014.
71
Idem. Ibidem.
72
ROSA, Felipe Niemezewski. A síndrome de alienação parental nos casos de separações
judiciais no direito civil brasileiro. Monografia. Curso de Direito. PUCRS, Porto Alegre, 2008.
73
PODEVYN apud ROSA. Ibidem.
29
Como já exposto em tópicos anteriores, entende-se que a lei que versa sobre
a alienação parental veio para, além de conceituar tal instituto, sinalizar meios de
observação da ocorrência deste, assim como estabelecer formas de sanção em
quem pratica, com intuito de combater esse problema, há muito presente no âmbito
do direito das famílias.
Através do Projeto de Lei n.º 4053/2008, de autoria do Deputado Regis de
Oliveira (SP), iniciou-se a regulamentação da lei em comento. Em sua exposição de
motivos, preocupou-se o deputado em explicar que a alienação
74
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
75
ZAMATARO, Yves A. R. A alienação parental no Direito brasileiro. In Migalhas, 2013.
Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI178383,21048-
A+alienacao+parental+no+Direito+brasileiro>. Acesso em 15 jan 2017.
76
BRASIL. Projeto de Lei n. 4053/2008. Dispõe sobre a alienação parental. In: Câmara dos
Deputados. Disponível em:
30
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=84BE0CC6631193A
28C6F6BB10F57A276.proposicoesWebExterno2?codteor=601514&filename=PL+4053/2008>.
Acesso em: 15 mai 2018.
77
BRASIL. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o
art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso em: 12 dez
2016.
78
MOTTA apud FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010.
4. ed. rev. atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
31
apontadas como atos ilícitos, eis que contrariam o ordenamento jurídico vigente,
conforme o art. 187 do CC (―também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes‖).79 O art. 3º da lei 12.318/2010 reforça a
ideia de ser uma conduta ilícita e abusiva, o que justifica, de acordo com FREITAS
(2015) uma propositura de ação por danos morais contra o alienante, além de outras
sanções, de cunho inibitório ou ressarcitório.80 Acrescenta-se que o art. 6º da lei em
estudo traz um rol exemplificativo de meios punitivos que o juízo pode se valer para
coibir tais atos.
Diz assim os artigos da Lei 12.318 supracitados:
79
BRASIL. Código Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Supervisão editorial Jair Lot
Vieira – São Paulo: Edipro, 2017.
80
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
81
BRASIL. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o
art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso em: 12 dez
2016.
32
Ao conceber a figura jurídica do Abuso Moral, no art. 3º, fica claro que o ato
de alienação gera dano moral, tanto para o menor quanto para o genitor alienado,
sendo ambos titulares desse direito.82
O disposto nos artigos 4º e 5º da lei trazem informações de como proceder
quando há indícios de alienação parental. No 4º, o legislador assegura que
magistrados ou representantes do Ministério Público, ao identificarem a prática,
devem promover a tramitação prioritária do processo, além de viabilizar medidas
garantidoras dos direitos do menor e defesa do genitor alienado. 83 Diz FREITAS
(2015) que comumente, os indícios de alienação só são percebidos quando se
verificam que acusações graves, como abuso sexual, se mostram falsas. Na
ocorrência de tais acusações, o juízo, ainda que desconfie da veracidade, deve
prezar pelo melhor interesse do menor. Nesse diapasão, cumpre dizer que deve-se
assegurar a manutenção da convivência entre a criança e o acusado, até que se
comprove a autenticidade das denúncias.84
No entanto, como bem observa OLIVEIRA (2012), o Estatuto da Criança e do
Adolescente, em seus artigos 24 e 22 traz expresso que, nos casos em que haja
descumprimento injustificado dos deveres de guarda, educação e sustento para com
os menores, serão decretados judicialmente a perda ou suspensão do poder
familiar.85
82
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
83
Idem. Ibidem.
84
Idem. Ibidem.
85
OLIVEIRA, Mario Henrique Castanho Prado. A alienação parental como forma de abuso à
criança e ao adolescente. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Direito da Universidade de
São Paulo – USP. São Paulo, 2012.
86
Idem. Ibidem.
33
87
BRASIL. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o
art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso em: 12 dez
2016.
88
Idem. Ibidem.
89
Idem. Ibidem.
34
adolescente.90
Caso 1: Fatos sobre um casal que estava junto há 7 anos, com duas filhas, e que
viviam num ambiente conturbado, muito em razão do ciúme excessivo da mulher,
que chegava, inclusive, às vias de fato. CR., o esposo, desejava a separação,
porém, adiava esse momento por causa das filhas. Quando tomou a iniciativa de sair
de casa, foi impedido pela ex-mulher de ver as filhas por 6 meses. Em razão dessa
recusa, procurou o judiciário para ter seu direito de convivência resguardado. A mãe
das meninas compareceu, então, a uma delegacia e acusou o genitor de abuso
sexual. Na própria delegacia onde ocorreu a denúncia, uma das filhas foi submetida
a uma suposta avaliação psicológica e, sem a oitiva do pai, um inquérito foi
instaurado. CR. foi denunciado e, por 8 anos, não teve contato com as filhas. Os
avós paternos tentaram, em vão, manter a convivência com as crianças, mas a mãe
colocou empecilhos, chegando até a fugir para outro estado. Tempos depois, foram
localizadas e os avós conseguiram, então, o direito à visitação. O vínculo com o pai,
contudo, foi destruído, mesmo após sua absolvição.91
Caso 2: O caso em comento trata de A., um pai que, após o divórcio, encontrou
90
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
91
CALÇADA, Andreia. Perdas Irreparáveis – alienação parental e falsas acusações de abuso
sexual. Rio de Janeiro : Publit, 2014.
35
dificuldades para manter a convivência com sua filha, pois as visitas sempre eram
motivos de brigas e discussões. Procurou, então, o judiciário para que os encontros
fossem regulamentados. A. fora denunciado por abuso sexual, sem que fosse ouvido
e, por 6 anos, foi impedido de ver a filha. A menina, já adolescente, se recusava a
encontrá-lo e sofria de depressão, obesidade e diabetes.92
Caso 3: Conta o acontecido com V. casado há 20 anos e que tinha dois filhos (à
época) adolescentes. Após envolver-se com F., saiu de casa, porém o
relacionamento com a nova companheira não deu certo e, V., acabou voltando para
casa, com a intenção de reatar o casamento. Ocorre que F. engravidou durante o
relacionamento e, com isso, V., ainda que quisesse, não voltou para a ex-mulher
naquele momento. Quando a criança nasceu, V. a assumiu, contudo, desde o
primeiro instante enfrentou dificuldades para estar com a filha. Nesse ínterim, reatou
o casamento e a convivência com a filha menor se tornou ainda mais difícil, pois F.
alegava que a primeira esposa poderia atentar contra a criança e boicotava diversas
formas de visita, o que levou V. a ajuizar uma ação de regulamentação. Durante o
processo, F. tentou denegrir a imagem do pai e de sua família, e vendo que não
surtia o efeito esperado, o acusou de abusar sexualmente da filha. O juiz não se
convenceu e, então, F. ajuizou ação cautelar para suspender a visitação paterna,
anexando um laudo psicológico acusando o pai de abuso, sem que este fosse
ouvido. O juízo suspendeu as visitações e pediu abertura de inquérito policial. V. foi
inocentado após 2 anos, tempo em que ficou sem contato com a filha, o que deixou
o vínculo entre eles abalado.93
92
CALÇADA, Andreia. Perdas Irreparáveis – alienação parental e falsas acusações de abuso
sexual. Rio de Janeiro : Publit, 2014.
93
Idem. Ibidem.
36
Nesse sentido:
94
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
37
95
TJ-AM 40050038420178040000 AM 4005003-84.2017.8.04.0000, Relator: João Mauro Bessa,
Data de Julgamento: 04/03/2018, Primeira Câmara Criminal
96
MOLD, Cristian Fetter. A alienação parental nas relações homoafetivas. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3312, 26 jul. 2012. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/22305>. Acesso em: 26 jun 2018.
97
Idem. Ibidem.
38
98
MOLD, Cristian Fetter. A alienação parental nas relações homoafetivas. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3312, 26 jul. 2012. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/22305>. Acesso em: 26 jun 2018.
99
CORRÊA, Flávia Cristina Jerônimo. Consequências da Alienação Parental. In: Jus.com.br.
ago. 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/41582/consequencias-da-alienacao-
parental>. Acesso em jun 2018.
100
SILVA apud FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010.
4. ed. rev. atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
101
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação Parental – comentários à Lei 12.318/2010. 4. ed. rev.
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
39
Ao longo desse estudo, muito se falou sobre como as questões que envolvam
os filhos menores, como nos casos de divórcio ou separação, onde se deve decidir
quem fica com a guarda, como proceder com relação a visitas e a própria mantença
ou não da convivência, devem sempre prezar pelo melhor interesse da criança e do
adolescente. Necessário se faz, então, conceituar tal princípio e entender como ele
se faz presente em tais litígios familiares. Ressalta BARBOSA (2010), que ―o
conceito de superior interesse da criança merece um profundo estudo, em
decorrência da amplitude de sua expressão nas relações humanas marcadas pelo
sofrimento da ruptura.‖104
Este princípio decorre da Constituição Federal, que em seu art. 227, caput,
diz que
―É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
102
CALÇADA, Andreia. Perdas Irreparáveis – alienação parental e falsas acusações de abuso
sexual. Rio de Janeiro : Publit, 2014.
103
Idem. Ibidem.
104
BARBOSA apud CASSETARI, Christiano. Multiparentalidade e parentalidade socioafetiva:
efeitos jurídicos – 3. ed. rev., atual., e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.
40
Extrai-se desse artigo que, todos aqueles que integram a família, pais e mães,
em especial, tem o dever de favorecer acesso aos adequados meios de promoção
moral, material e espiritual das crianças e dos adolescentes viventes em seu meio,
haja vista a própria função social desempenhada pela família. 106
Para PEREIRA (2017), o princípio ―deve ser reconhecido como pilar
fundamental do Direito de Família contemporâneo‖107; na mesma toada segue
GALIANO; PAMPLONA FILHO (2017), dizendo que ―a proteção plena das crianças e
adolescentes integrantes do seio familiar — não apenas os filhos, mas também
netos, sobrinhos etc. — traduz um intransponível fundamento do moderno Direito de
Família.‖108 Complementa FACHIN que este princípio reflete ―um critério significativo
na decisão e na aplicação da lei. (…), tutela os filhos como seres prioritários nas
relações paternofiliais e não mais apenas a instituição familiar em si mesma.‖.109
Este princípio, além de ter relação direta com os Direitos Humanos em geral,
serviu como ferramenta basilar do ECA, onde é facilmente percebido em diversos
momentos, principalmente nos artigos 3º e 4º, que trazem os seguintes textos:
105
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de
1988. 53. ed., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2016.
106
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de direito civil; volume único.
– São Paulo : Saraiva, 2017.
107
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil – Vol. V / Atual. Tânia da Silva
Pereira. – 25. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.
108
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de direito civil; volume único.
– São Paulo : Saraiva, 2017.
109
FACHIN apud PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil – Vol. V / Atual. Tânia
da Silva Pereira. – 25. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.
41
110
BRASIL. Lei n. 8.069/90, Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em
jun 2017.
111
Enunciado 333, IV Jornada de Direito Civil, Conselho da Justiça Federal. Disponível em:
<http://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/355>. Acesso em jun 2018.
42
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
______. Projeto de Lei n. 4053/2008. Dispõe sobre a alienação parental. In: Câmara
dos Deputados. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=84BE0C
C6631193A28C6F6BB10F57A276.proposicoesWebExterno2?codteor=601514&filen
ame=PL+4053/2008>. Acesso em: 15 mai 2018.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil – Vol. V / Atual. Tânia
da Silva Pereira. – 25. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.
PINTO, Cristiano Vieira Sobral. Direito civil sistematizado. – 5.ª ed. rev., atual. e
ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2014.
46
RANGEL, Tauã Lima Verdan. O instituto do poder familiar: uma breve análise. In:
Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 124, maio 2014. Disponível em:
<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14781>. Acesso em jun
2017.
STRAZZI, Alessandra. Guarda, poder familiar e alienação parental. In: Jus Brasil.
Disponível em: <https://alestrazzi.jusbrasil.com.br/artigos/112348733/guarda-poder-
familiar-e-alienacao-parental>. Acesso em jun 2017.
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 4. ed. rev., atual. e ampl.
– Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Código civil interpretado. - 2. ed. - São Paulo: Atlas,
2011.
ZEGER, Ivone. Relação entre pais e filhos. A diferença entre a guarda e o poder
familiar. In: Conjur, outubro 2012. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2012-
out-27/ivone-zeger-diferenca-entre-guarda-poder-familiar>. Acesso em jun 2017.