Manual de OPERACAO CALD AUP
Manual de OPERACAO CALD AUP
Manual de OPERACAO CALD AUP
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Rod. Armando de Salles Oliveira, Km 335,8 14175-300 - Sertãozinho - SP C.P. 211
Fone (16) 3946-2700 / Fax (16) 3945-4003 / e-mail: engenharia@caldema.com.br www.caldema.com.br
Inscrição Estadual : 664.006.636.115 Inscrição CNPJ : 45.372.893/0001-34
1
MANUAL DE OPERAÇÃO
VERSÃO 1.998/REV.0
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PREFÁCIO
3
PREFÁCIO
Este manual foi elaborado para atender as caldeiras da série AUP e A2C,
fornecidas completas; o usuário deverá utilizá-lo de acordo com sua necessidade, isto é,
para todos os componentes de sua caldeira específica.
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DADOS REFERENCIAIS
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DADOS REFERENCIAIS
Cliente ...........................................:
Endereço .......................................:
Caldeira .........................................:
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ÍNDICE
PREFÁCIO .......................................................................................................................................................................4
DADOS REFERENCIAIS................................................................................................................................................6
CAPÍTULO I ..................................................................................................................................................................11
I - INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................................11
II - CARACTERÍSTICAS GERAIS...............................................................................................................................11
3 - COMPONENTES DA CALDEIRA..........................................................................................................................13
1 – VERIFICAÇÃO INICIAL........................................................................................................................................19
CAPÍTULO III................................................................................................................................................................34
I - OPERAÇÃO ..............................................................................................................................................................34
1 – GENERALIDADES .................................................................................................................................................34
2 - PERFORMANCE......................................................................................................................................................34
3 - OPERAÇÃO..............................................................................................................................................................35
3.1 - Dessuperaquecedor.............................................................................................................................................35
3.2 - Lavador de gases ................................................................................................................................................35
3.3 - Controle de Nível................................................................................................................................................35
3.4 - Pré-aquecedor de ar ............................................................................................................................................36
3.5 - Economizador.....................................................................................................................................................37
3.6 - Fornalha..............................................................................................................................................................37
3.7 - Superaquecedor ..................................................................................................................................................38
3.8 - Feixe tubular .......................................................................................................................................................38
3.9 - Descargas de fundo e contínua ...........................................................................................................................38
3.10 - Descarga de coletores .......................................................................................................................................39
3.11 - Combustão ........................................................................................................................................................39
3.12 - Controle da concentração da água na caldeira..................................................................................................41
3.13 - Soprador de Fuligem ........................................................................................................................................42
3.14 - Limpeza do Grelhado .......................................................................................................................................43
3.15 - Válvulas Rotativas e Roscas Transportadoras ..................................................................................................44
3.16 - Válvulas de Segurança......................................................................................................................................45
3.17 - Aquecedor de Ar a Vapor.................................................................................................................................45
4 – PARADA NORMAL................................................................................................................................................45
4.1 - Parada prolongada com resfriamento .................................................................................................................45
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4.2 - Parada rápida sem resfriamento..........................................................................................................................47
5 – OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA..........................................................................................................................47
5.1 - Queda de Nível de água......................................................................................................................................47
5.2 - Explosão na Fornalha .........................................................................................................................................49
5.3 - Perda de Controle do fluxo de ar ........................................................................................................................49
5.4 - Problemas na tubulação da caldeira....................................................................................................................50
CAPÍTULO IV ...............................................................................................................................................................52
1 – PRESERVAÇÃO DA CALDEIRA..........................................................................................................................52
3 – PERFOMANCE PREVISTA....................................................................................................................................56
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CAPÍTULO I
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CAPÍTULO I
I - INTRODUÇÃO
Este manual não tem como objetivo solucionar todos os problemas específicos que
possam surgir em operação. Caso ocorra algum fato que fuja do conhecimento do
pessoal de operação da caldeira, deverão ser consultados nosso Departamento de
Engenharia e/ou Assistência Técnica, sempre que possível.
II - CARACTERÍSTICAS GERAIS
1 - FILOSOFIA DE PROJETO
As caldeiras das séries “AUP e A2C ” com Grelha inclinada “GI ” / Grelha
Basculante “GB” foram projetadas para a queima de combustíveis, como bagaço de cana,
lenha picada, óleo combustível, etc., permitindo uma limpeza rápida e eficiente, com
retirada das cinzas através de vapor, rosca transportadora e válvula rotativa.
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Os gases, após cederem parte do calor para a água e vapor na caldeira, são
aproveitados no Pré-Aquecedor de Ar Secundário, Primário e Economizador, e por fim
são eliminados para a atmosfera pela chaminé.
O nível de água deve ser mantido no nível normal para maior segurança da
caldeira, devendo o visor de nível ser conferido com mangueira em relação ao centro do
corpo superior, que deverá atender as medidas de projeto. O nível alto provoca o arraste
de partículas de água para o superaquecedor e, consequentemente, uma queda de
temperatura do vapor (“priming”). Sendo assim, a instrumentação deverá garantir uma
pequena variação de nível próxima do nível normal.
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A quantidade de sólidos totais deve ser a mais baixa possível, pois alta
concentração de sais e impurezas na água da caldeira provoca o arrastamento de
partículas d’água para as serpentinas do superaquecedor, devido à formação de espumas
(“foaming”).
3 - COMPONENTES DA CALDEIRA
01 Fundações
02 Estrutura de Sustentação e Buckstays
03 Tubulões
04 Feixe Tubular
05 Fornalha
06 Superaquecedor de Vapor
07 Economizador
08 Conjunto de Grelha
09 Sistema de alimentação (Combustível)
10 Pré Aquecedor de ar
11 Sistema de Ar Secundário
12 Chicanas
13 Plataformas da Caldeira
14 Sistema de Insuflação de ar
15 Sistema de Tiragem de Gases
16 Sistema de Alimentação d’água
17 Sistema de Sopragem de Fuligem
18 Sistema de Drenos e Purgas
19 Isolamento e invólucro
20 Selagem
21 Válvulas e Acessórios
22 Instrumentação e CCM
23 Indicador e Alarme de Nível
24 Desaerador Térmico
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4 - CONDIÇÕES DE PROJETO
Tipo ......................................................:
Modelo .................................................:
Capacidade máxima contínua .............:
Pressão de Projeto ...............................:
Temperatura do Vapor .........................:
Temp. da água de alimentação ............:
Temperatura do ar local .......................:
Sistema da tiragem ..............................:
Número de seções de grelha ...............:
Tipo de grelha ......................................:
Combustível .........................................:
1ª Fase 2ª Fase
Capacidade ...........................................:
Pressão de Operação ...........................:
Temperatura ..........................................:
Tabela 4.3 :
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* Caso seja constatado arraste de sólidos no vapor, estes valores deverão ser
reduzidos e controlados até o desaparecimento do arraste, passando estes valores
reduzidos a serem o limitante da caldeira.
Observações :
4.4 - Combustível
5 - CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO
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7 - DESCRIÇÃO GERAL
7.1 - Evaporador
A parede lateral do feixe é construída por tubos Ø 76,2 mm, formando painéis
aletados e isolados, que formam juntamente com a fornalha o invólucro da caldeira.
O calor trocado na fornalha e feixe, faz com que a densidade da mistura vapor /
água seja maior nos tubos traseiros do feixe, sendo assim, os tubos traseiros e das
laterais do feixe conduzem o fluido ao tubulão inferior e os tubos frontais reconduzem a
mistura ao tubulão superior.
Na fornalha, os coletores inferiores são alimentados por uma mistura vapor / água
através dos “DOWNCOMERS” principais, que no caso das caldeiras da série AUP,
também servem de sustentação dos tubulões e feixe. Sendo a taxa de evaporação na
fornalha maior que no feixe, teremos assim, menor densidade do fluido na fornalha, o que
provocará o diferencial de pressão que garante a circulação do fluido pela fornalha com
maior velocidade e, consequentemente, garantindo o resfriamento dos tubos.
A mistura vapor / água com baixa densidade chega ao tubulão superior através dos
tubos de circulação de vapor (“Risers”).
A mistura vapor / água entra no tubulão superior onde é feita à separação primária.
Existem dois tipos de separadores primários :
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- O tipo multiciclones, onde os ciclones são instalados nas chapas defletoras e
através da força centrífuga nos mesmos, a água precipita-se para o fundo do tubulão
superior e o vapor sai pelo centro dos ciclones, seguindo para os separadores
secundários.
- O tipo filtros, onde os mesmos são instalados antes dos filtros de secagem e
através da velocidade do vapor em sua passagem, faz com que a água se separe do
vapor, indo a água para o fundo do tubulão e o vapor para os filtros de secagem.
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CAPÍTULO II
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I) PROCEDIMENTO PARA PARTIDA
1 – VERIFICAÇÃO INICIAL
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1.1.14) Alimentadores.
1.1.15) Rosca transportadora / Válvulas rotativas.
1.1.16) Grelhado.
1.1.17) Instrumentação
1.1.18) Sistema de Segurança
1.1.19) Intertravamento
1.1.20) Escadas e Plataformas
1.1.21) Iluminação
1.1.22) Portas de Inspeção e Visores
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1.1.4 - Válvulas de Controle de Alimentação de água
• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Verificar o sentido do fluxo.
• Verificar a instalação do eletro-posicionador.
• Verificar o curso de abertura.
• Verificar a instalação das válvulas de by-pass e bloqueio.
1.1.6 - Dessuperaquecedor
• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Certificar-se de que os bocais estão no sentido do fluxo do vapor.
• Verificar a instalação da água de alimentação.
• Verificar a instalação do eletro-posicionador.
• Verificar o curso de abertura.
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1.1.10 - Válvulas de Segurança
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• Certificar se o balanceamento do conjunto foi executado e está correto.
• Verificar e registrar as amperagens dos motores com os registros
fechados.
• Verificar o sentido de fluxo de ar e gás nos registros.
• Verificar se a turbina está devidamente instalada conforme
recomendações do fabricante.
1.1.14 - Alimentadores
1.1.16 - Grelhado
1.1.16.1) Basculante
1.1.17 - Instrumentação
1.1.19 - Intertravamento
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4) Ligar motor do exaustor (caso o acionamento seja por tubo-redutor, ligar
a bomba elétrica de óleo e fechar o contato do pressostato.
5) ligar motor do ventilador primário
6) ligar motor do ventilador secundário
7) Testar o “trip” da alimentação de combustível, conforme seqüência
abaixo :
a) desligar os distribuidores, imediatamente deverão desligar o ventilador
pneumático e os alimentadores automaticamente.
b) ligar os distribuidores, ventilador pneumático e os alimentadores.
c) desligar o ventilador pneumático, imediatamente deverão desligar os
alimentadores automaticamente.
d) ligar o ventilador pneumático e os alimentadores.
8) Testar o “trip” (sistema de segurança) quando de :
a) Nível Baixíssimo
• Repetir os itens de 1 a 6 acima.
• Simular nível baixo na chave de nível tipo bóia, que após o tempo
programado no temporizador deverá desarmar todo o sistema (itens
1 a 6 acima).
• Observar que neste caso qualquer motor somente será liberado para
ligar novamente quando o nível voltar ao normal.
b) Emergência manual
• Repetir itens 1 a 6 acima.
• Empurrar a chave de emergência (botão soco) que deverá desarmar
todo o sistema (itens 1 a 6 acima).
d) Parada do exaustor
• Repetir itens 1 a 6 acima.
• Desligar o exaustor que deverá desarmar todo o sistema (itens 1 a 6
acima).
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1.1.21 - Iluminação
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1.1.22 - Portas de Inspeção e Visores
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2.2.2 - Procedimento para alimentação química
3 – POSTA EM MARCHA
3.1) Encher a caldeira com água tratada até o nível normal de partida, conforme
descrito no item 2.1.
3.8) Para facilitar o acendimento, molham-se estopas com óleo diesel e as coloca
sobre o combustível. Logo que a chama estiver estabelecida, inicia-se a alimentação
contínua de bagaço com baixa rotação.
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3.9) Ligar o ventilador de tiragem induzida e de ar primário com os respectivos
registros fechados.
3.19) À medida que a caldeira estiver sendo aquecida, com elevação de pressão,
verificar dilatações térmicas da mesma, principalmente nos pontos inferiores (fornalha,
coletor inferior, etc.).
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3.21) Durante o processo de elevação de pressão a combustão deverá ser
controlada manualmente, garantindo-se que não seja ultrapassada a temperatura de
vapor admissível nas serpentinas do superaquecedor.
4 – GERAÇÃO DE VAPOR
4.1) O nível de água do tubulão superior deve ser sempre mantido no centro do
indicador de nível. Caso haja uma subida de nível, descarregar a caldeira através da
válvula de descarga do tubulão inferior (descarga de fundo).
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4.7) Quando a caldeira atingir uma condição de carga estável, os controles de
temperatura do vapor, combustão e tiragem deverão ser colocados em automático.
5.6) Após atingir uma camada de combustível ideal para a partida, parar os
alimentadores.
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5.8) Ligar o ventilador de ar secundário com os registros fechados, e em seguida,
abri-los até no máximo 20%.
5.12) Quando a caldeira atingir uma condição estável, os controles de, temperatura
do vapor, combustão e tiragem deverão ser colocados em automático.
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CAPÍTULO III
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CAPÍTULO III
I - OPERAÇÃO
1 – GENERALIDADES
2 - PERFORMANCE
2.3) Relatórios sobre a operação deverão ser emitidos com o propósito de facilitar
futuras comparações sobre seu desempenho.
2.5) Análise periódica da umidade do combustível deverá ser efetuada, uma vez
que é um dado indispensável na análise do rendimento da unidade.
2.6) temperatura e a análise dos gases que saem da caldeira, são valores
importantes como indicadores da qualidade de combustão, que deve ser completada
antes dos gases deixarem a fornalha. As condições mais favoráveis para diferentes faixas
de vaporização poderão ser estabelecidas durante a operação. A presença de monóxido
de carbono (CO) no fluxo de gás indica combustão incompleta, sendo o método de Orsat
o mais seguro para a sua análise. Para determinar a porcentagem de CO e CO2 , a
amostra de gás deverá ser obtida na saída da caldeira, e comparada com amostra obtida
na entrada do exaustor, afim de identificar possíveis vazamentos em dutos, pré-
aquecedor de ar e economizador.
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3 - OPERAÇÃO
3.1 - Dessuperaquecedor
3.3.1) Deverá ser verificado o ajuste do transmissor de nível com a caldeira quente,
comparando a escala do controlador com o nível real do visor (50%).
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3.3.3) A menos que haja instrução específica em contrário, o nível de água do
tubulão deve ser conservado próximo do centro do indicador de nível. O controle de nível
de água deve ser realizado lentamente, pois se elevado repentinamente e houver muita
solicitação de vapor, poderá haver arraste (priming). Caso isto aconteça, o controle de
água de alimentação será passado para “ manual “, para baixar o nível de água, abrindo-
se a descarga de fundo. Neste caso o nível deve ser reduzido somente até o nível mínimo
permitido, mantendo-se nesta posição. Se necessário, a carga da caldeira pode ser
reduzida.
Devem ser verificados a alcalinidade e o total de sólidos contidos, e em ocasião
oportuna a condição das partes internas do tubulão.
3.3.4) No manuseio do indicador de nível de água, ter atenção nos seguintes itens:
3.3.5) Para limpeza e drenagem dos visores deverá ser consultado o manual do
fabricante.
3.4 - Pré-aquecedor de ar
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a) Falta de ar (O2) ;
b) Acúmulo de sujeira nas superfícies de aquecimento;
c) Combustão secundária;
d) Combustão no pré-aquecedor de ar de resíduos de combustível não
queimado.
e) Queda das chicanas ou vazamentos nas mesmas.
3.5 - Economizador
a) Excesso de ar elevado;
b) Acúmulo de sujeira nas superfícies de aquecimento;
c) Combustão secundária;
d) Combustão no Economizador de resíduos de combustível não queimado.
3.6 - Fornalha
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O tratamento da água de alimentação, bem como as condições da água da
caldeira, devem ser tais que não permitam essas incrustações.
Se os valores limites recomendados ou se o tratamento for inadequado, poderão
surgir incrustações, que mesmo em finas camadas, provocarão o aumento da
temperatura na parede dos tubos, o que poderá provocar até a sua ruptura.
A inspeção periódica e o controle da água são importantes para evitar acidentes.
Por outro lado, havendo formações de crostas na tubulação, o processo para
remoção a fim de evitar a ruptura é a lavagem ácida apropriada, que somente será
efetuada sob responsabilidade e orientação de equipe especializada e experiente em tal
processo.
3.7 - Superaquecedor
3.8.2) Deverá ser feito um acompanhamento periódico dos gases na saída do feixe
e da capacidade de produção da caldeira, a fim de se detectar possíveis incrustações ou
vazamentos que possam vir a ocorrer.
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3.9.1) Os dados sobre as descargas devem ser registrados, pois a freqüência e a
duração das mesmas serão melhor fixadas através de análise química da água da
caldeira.
Desde que o sistema de tratamento de água de alimentação e da caldeira varia
para cada tipo de unidade, devem-se solicitar os serviços de uma autoridade competente
no assunto para prescrever tratamento adequado à água de alimentação e fornecer
instruções necessárias para as descargas. Se não for possível este estudo, a descarga
de fundo deverá ser operada ao menos uma vez a cada 24 horas, ou mais, se a qualidade
da água de alimentação for suficiente ou se a quantidade de água de reposição for
grande.
3.9.2) O uso da válvula de descarga de fundo deverá ser restringido aos períodos
de taxa de vaporização moderada e nível estável, e será executada sempre para eliminar
sedimentos depositados, quando a caldeira for parar. A menos que haja recomendação
em contrário do fabricante, abrir primeiro a válvula de vedação (próximo à caldeira), e
depois a válvula de descarga, fechando na ordem inversa. No caso de descargas
programadas, as válvulas de bloqueio deverão permanecer constantemente abertas.
Nunca faça descargas tão longas a ponto de se perder a visibilidade da água no visor de
nível.
3.10.1) Nunca dê descarga nos coletores das paredes d’água enquanto a unidade
estiver produzindo vapor. Entretanto, eles deverão sofrer descargas por ocasião da
parada da caldeira logo após a extinção da combustão, observando-se, que não se deve
perder a visibilidade de água no visor, a fim de não se permitir depósitos residuais nos
coletores.
3.11 - Combustão
3.11.3) Por outro lado, no caso de pouca quantia de ar, o interior da fornalha tornar-
se-á escuro e a chama apresentará cor alaranjada escura. Já a fumaça na chaminé
apresentará cor preta, sendo que a condição de ar ideal será o interior da fornalha com
cor vermelha vivo e a fumaça na chaminé, de cor cinza.
3.11.4) Para uma análise mais precisa, deverá ser analisada a quantidade de CO,
CO2, e O2 na saída da caldeira, através de analisadores de gás específicos, mantendo-se
os valores indicados na performance prevista, com o CO sempre tendendo a zero.
NOTA : Para caldeiras com lavador de gases não será possível analisar a
combustão pela cor da fumaça da chaminé.
3.11.11) Deve-se evitar que ocorra queima de bagaço ao redor da parede posterior
da fornalha, porque isto poderá motivar o aparecimento de fumaça negra ou de cinzas
solidificadas.
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3.11.12) Se ocorrer queima somente na parte frontal da fornalha, ocorrerá entrada
de ar em excesso pela parte traseira da mesma, provocando queda da eficiência e da
quantidade de vaporização da caldeira.
3.12.8) Outros
ATENÇÃO :
3.13.1) Assegure-se que a válvula de dreno está totalmente aberta e, então, abra
lentamente a válvula principal de vapor.
3.13.3) Quando o vapor que sai através da válvula de dreno sair totalmente seco,
fecha-se esta válvula.
3.13.5) Antes de operar os sopradores de fuligem, a tiragem dos gases deverá ser
aumentada (porém sem aumentar o excesso de ar), o suficiente para impedir uma
pressão positiva na fornalha quando os sopradores estiverem operando.
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3.13.7) Após terem todos os sopradores operados adequadamente, fecha-se a
válvula principal de vapor e abre-se a válvula de drenagem. A válvula de dreno deve ter
um furo no plug ou parede divisório interna, a fim de evitar acúmulo de condensado
durante a sopragem, ou aumento de pressão nas linhas de alimentação dos sopradores,
devido um possível vazamento na válvula principal de vapor.
NOTA :
Lubrificação :
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e) Abrir a válvula de admissão de vapor para limpeza do grelhado fixo da seção
correspondente, deixando-a aberta até que a seção esteja completamente limpa.
f) Fechar a válvula de admissão de vapor de limpeza.
g) Atuar por diversas vezes o grelhado basculante da seção correspondente, até
que a mesma esteja completamente limpa.
h) Certificar-se que o grelhado basculante esteja fechado.
i) Abrir o registro de ar da seção correspondente.
j) Acionar o alimentador de combustível da seção correspondente.
3.14.4) Quando a seção que fora limpa estiver em operação normal (com perfeita
combustão), procede-se à limpeza de uma próxima seção. Deverá ser feita a limpeza em
seções alternadas.
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3.16 - Válvulas de Segurança
3.17.1) Após a caldeira já estar em regime de operação com fluxo normal na vazão
de vapor, deverá ser colocado em operação o aquecedor de ar a vapor, obedecendo ao
seguinte procedimento :
4 – PARADA NORMAL
Procedimento:
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4.1.1) Reduzir gradualmente a carga da caldeira, baixando a taxa de combustão
proporcionalmente com o fluxo de vapor. O controle de combustão pode ser automático
até o ponto que seja possível o controle manual.
4.1.7) Quando a carga estiver sendo reduzida, deve-se observar o estado geral da
caldeira e o comportamento da contração das partes metálicas.
4.1.10) O nível de água deve estar sempre visível no indicador de nível durante o
procedimento de parada.
4.1.11) Se a caldeira ficar fora de operação por alguns dias (menos que uma
semana) deverá ser cheia completamente. Se a parada for superior a uma semana,
adotar procedimento próprio de preservação, constante neste manual.
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4.1.12) Para drenar completamente a caldeira deve-se ir repondo água de
alimentação quente, à medida que for fazendo descarga, até que haja equilíbrio de
temperatura.
4.1.13) Quando a pressão atingir 2kgf/cm² abrir a (s) válvula (s) de ventilação do
corpo superior.
4.2.1) Não se deve reduzir a pressão do vapor com a redução de carga, estando a
caldeira ainda em linha; a queda de pressão deve ser mais lenta que no caso anterior.
4.2.2) Atingida a pressão desejada para ser preservada a caldeira e estando esta
fora de linha, fecha-se a ventilação do super manualmente.
OBS.: Sempre que a caldeira for retirada de serviço deve-se tomar precaução
quanto à corrosão, mesmo que esta parada for por curto período. Ver métodos de
preservação neste manual.
5 – OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA
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Uma das mais sérias emergências na operação da caldeira é a perda do nível de
água. Como foi mencionado em outros itens, o nível deve ser observado frequentemente
e o indicador inspecionado periodicamente quanto ao seu estado geral de operação.
Devem ser previstas proteções nas linhas dos transmissores de nível de água para
se evitar danificações das mesmas.
Se o nível de água sair fora do controle do indicador a causa pode estar na
alimentação de água ou negligência do operador, exceto no caso de flutuação
momentânea, que pode ocorrer por ocasião de mudanças repentinas de carga, quando,
então, devem-se tomar imediatamente medidas apropriadas para retomar a posição
normal do nível.
Quando houver problema de queda de nível chegando-se até o ponto de atuação
do “trip” de segurança, a decisão de reiniciar a operação mesmo por curto período, deverá
ser tomada por pessoa autorizada e familiarizada com as circunstâncias que ocasionaram
a emergência, e ter certeza de que o nível será restabelecido imediatamente sem
qualquer prejuízo para a caldeira. Não havendo tal decisão :
5.1.3) Suspeitando-se que tenha sido provocado algum dano nas partes de
pressão da caldeira, fechar a válvula principal de vapor e abrir a válvula de ventilação do
super, deixando a caldeira resfriar até a pressão cair a zero.
5.1.5) Caso tenha havido apenas deformações dentro de limites aceitáveis, deverá
ser analisada a hipótese de execução do teste hidrostático.
Sendo este possível, o mesmo deverá ser executado conforme descrito no Manual
de Montagem.
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5.1.6) Caso haja deformações que venha comprometer a segurança operacional da
caldeira, estas deverão ser efetivamente corrigidas por pessoal qualificado e com a
devida aprovação de um Inspetor de órgão competente.
Somente, então, deverá se proceder ao teste hidrostático, com o acompanhamento
do Inspetor acima mencionado.
NOTA:
1) Durante a operação normal, os operadores não devem ter total confiança nos
alarmes de nível, uma vez que esses poderão falhar.
Os visores devem sempre ser observados para evitar surpresas desagradáveis,
drenando-os frequentemente, a fim de mantê-los limpos.
5.4.2) Se o vazamento é tal que não se consiga manter o nível, a unidade será
posta fora de operação imediatamente, mantendo-se a fornalha pressurizada para levar o
vapor através da chaminé. Com a caldeira fria, inspecionar as partes de pressão a
procura de defeitos.
Alguns tubos poderão ser isolados provisoriamente, de acordo com as
necessidades de vapor, para no período de manutenção serem trocados.
50
CAPÍTULO IV
51
CAPÍTULO IV
1 – PRESERVAÇÃO DA CALDEIRA
1.2) Os fatores chaves responsáveis pela corrosão durante a parada são a água, o
oxigênio e o pH. A eliminação da umidade ou do ar evitará apreciavelmente a corrosão. A
proteção, portanto, consiste em se remover o oxigênio ou a água do sistema da caldeira.
1.3) A proteção seca alcança esse objetivo eliminando água e reduzindo a umidade
relativa a um índice seguro.
1.7) A proteção úmida é a que tem mais larga aplicação, todavia, a proteção seca
deve ser adotada quando a proteção úmida for impraticável por haver perigo de
congelamento e for difícil adaptar qualquer método de aquecimento próprio.
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1.8) Nas modernas caldeiras de grande capacidade e alta pressão, é recomendável
o uso combinado de um método para pressurizar internamente os tubulões da caldeira,
coletor e tubos, utilizando-se gás inerte, como o nitrogênio, tanto na proteção úmida
quanto na seca.
1.9.1.1) Encher a caldeira com água tratada aquecida (água desaerada e/ou
desmineralizada) e adicionar inibidores de corrosão. Em caldeiras de baixas e médias
pressões (até ~ 60 Kgf/cm²), usualmente se utiliza hidrazina (N2H4) e amônia (NH3),
mantendo a água com uma condição de no mínimo 200 ppm de hidrazina e 10 ppm de
amônia, para ajuste de pH entre 9,5 e 10,5.
1.9.2.2) A caldeira será resfriada, e antes que esteja completamente fria, deverão
ser colocados absorventes de umidade e fechada hermeticamente.
1.9.2.3) Como absorvente de umidade poderá ser utilizado sílica-gel, cal virgem
(CaO), ou alumina ativada. As quantidades recomendadas são :
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Embora se tenha de utilizar 2,5 vezes mais sílica-gel que cal virgem, a sílica-gel é
mais vantajosa por ter um poder de absorção maior, além de haver a possibilidade de
reparação da mesma por aquecimento em estufa.
A sílica-gel normalmente é fornecida com um indicador de cor (CoCl2), que se
altera de rosa pálido para azul cobalto, conforme o aumento da saturação.
2.2) Recomendamos que seja utilizada cal virgem numa proporção de 14 Kg para
cada 50 m² da superfície a ser protegida.
2.4) Todos os locais que possa haver entradas de ar ou infiltração de água deverão
ser vedados.
2.5) Após a colocação da cal e o fechamento total, deverá ser feita uma inspeção,
no início a cada 1 ou 2 semanas. Posteriormente, a inspeção deverá ser executada em
períodos mais amplos, conforme as circunstâncias.
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ANEXOS
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3 – PERFOMANCE PREVISTA
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